Centro de Desenvolvimento Histórico D. Gonçalo Albuquerque1/ D. Paulo Palácio2/D. Luís Noronha3/ D. Pedro Noronha4/ Dona Catarina da Ataíde5* *Nome a decidir conforme o mais adequado 13º Senhor de Vila Verde dos Francos. Pai de D. Afonso de Albuquerque, a ele se deve a edificaçãodo Palácio dos Marqueses de Angeja, em meados do século XV. 2 Prior de Vila Verde dos Francos econfessor da Rainha.Natural de Granada, e homem de Letras, foi autorde alguns livros que ficaram no Convento da Visitação, entretanto desaparecidos. 3 Prior de Vila Verde dos Francos. Irmão de D. Pedro.O seu gosto pelas artes levou-o a mandar restaurar a igreja, sendo-lhe atribuídos os altares em talhadourada, obliterados há 50 anos. 4 6º Senhor de Vila Verde dos Francos. Mandou edificar o Convento da Visitação, e convidou os Frades Franciscanos de Xabregas para o habitarem. Foi o Fundador da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde dos Francos, em 1525, exigindo que o donatário de Vila Verde fosse eternamente o provedor dessa irmandade. Político de extrema vivacidade, procurou a todo o custo, e pelos seus meios, criar todas as instituições nesta localidade, como forma de manter poder sobre as mesmas, evitando a criação de outros grupos de pudessem vir a causar alguns problemas; criando uma hierarquia de sujeição à subordinação pelo clero e outras classes em Vila Verde dos Francos. 5Dama da Corte da Rainha D. Catarina, e uma das namoradas atribuídas a Luís de Camões. Foi casada com D. Pedro Noronha, 7º Senhor de Vila Verde dos Francos. Tendo em consideração, entre outros: A riqueza histórico-arqueológica do Concelho de Alenquer, assim como o papel que o conhecimento do passado do Homem assume na educação, tendo em vista uma plena consciência sociocultural; A necessidade de práticas sociais que promovam discursos acerca dos processos sociais do passado, criando valores no presente; Que o conhecimento e a investigação nestas áreas deve estar ao ser serviço da Comunidade, como ferramenta de construção social, através da reconstrução da memória; A urgência de uma consciência patrimonial que veja redefinido o seu potencial, entre eles a satisfação das necessidades de cidadania; Que o uso sustentável do nosso património deve ser eficaz economicamente, enriquecendo a oferta turística para o desenvolvimento sustentável, a nível local e regional. Apresenta-se, à 2ª Edição do Orçamento Participativo do Município de Alenquer, o Projecto de construção de umCentro de Desenvolvimento Histórico, em Vila Verde dos Francos, como adiante, se exporá. O Projecto: Incide na construção de um Centro de Desenvolvimento Histórico, em Vila Verde dos Francos, que se fará constituir por: 1- Sala-Museu; 2- Oficina, com duas vertentes: Conservação e Restauro. Gabinete de Estudo Arqueológico, equipada com sub-sala/ espaço de trabalho com acesso ao museu, arquivo de documentos e processos de estudo/investigação, etc. 3- Sala de Formação, com capacidade para, pelo menos, 20 formandos, e Estudo, que poderá ficar num segundo andar, ou não, conforme a acessibilidade a pessoas com incapacidade. 4- WC conforme as normas dos espaços públicos. Os Objectivos: Promover o estudo, protecção, valorização e divulgação conhecimento da História Local do concelho de Alenquer, particularmente das freguesias de Abrigada, Cabanas de Torres, Ventosa, Vila Verde dos Francos e Olhalvo. Desenvolver trabalhos de Conservação e Restauro que beneficiem todo o concelho, junto de Instituições públicas, a preços mais acessíveis e competitivos, ou sob financiamentos de origem pública, entre outros; ou a preços ajustados para privados ou instituições públicas de outros concelhos. Os trabalhos desenvolvidos por pessoal especializado deverão ser remunerados como prestação de serviços, e conforme o trabalho desenvolvido. Os lucros deverão fazer parte de um fundo que financiará o próprio espaço nos gastos que o mesmo necessita. Desenvolver parcerias com Universidades e Institutos para estágios e trabalhos de estudos para estudantes de licenciatura em Conservação e Restauro, História, Arqueologia, Antropologia entre outros relacionados; ou até mesmo a Paleontologia, tendo em vista a riqueza do nosso património geológico, pouco explorado. Ser um centro de ligação entre os restantes espaços e associações do Concelho, nomeadamente: Alenculta – Associação Cultural do Concelho de Alenquer, Associação para o Desenvolvimento Local de Aldeia Galega, Museu Municipal Hipólito Cabaço, entre outros; e centro de ligação a diversos espaços fora do concelho, enquadrados no mesmo âmbito, como sejam Museu Municipal Leonel Trindade (Torres Vedras), Serviço de Arqueologia do Museu Municipal de Vila Franca de Xira, Centro de Estudos e Investigação de Arruda dos Vinhos, Museu Municipal do Cadaval, Serviço de Arqueologia do Município de Sobral de Monte Agraço, entre tantos outros. Desenvolver formações relacionadas com o centro: dirigidos a estudantes - conforme anteriormente referido -, para estagiários estudantes; ou profissionais - dirigido a pessoas que lidem no seu dia a dia com objectos e espaços de valor histórico -; a voluntários, ou a trabalhadores que possam vir a prestar serviço público de visita ao concelho e seus espaço históricos, ou de relevância patrimonial, entre outras. As formações devem ter por base formaçãoacção utilizando a Oficina e o próprio Museu. Desenvolver um espaço de exposição com peças restauradas -antes de as mesmas serem devolvidas -, ou material arqueológico; com peças permanentes - doadas ou cedidas por paróquias entre outras -, ou achados das freguesias acima referidas, ou as que a Câmara Municipal de Alenquer possa considerar de interesse. Este espaço estará aberto com possibilidade de visita condicionada à oficina de restauro e Gabinete de Estudo Arqueológico. No futuro deve criar um circuito de visitas promovido pelo Município de Alenquer, em todo o todo o concelho, promovendo o desenvolvimento local de cada freguesia. O término desse circuito poderá acontecer na sala de formação, onde se fará resumo de toda a visita, e tratados outros assuntos considerados de interesse para essa mesma acção. Algumas notas de interesse: A responsabilidade do espaço será da Câmara Municipal de Alenquer, do Pelouro da Cultura, e de quem o mesmo indicar como administrador/gestor do espaço; Sugere-se que o trabalho no espaço seja desenvolvido em 1º lugar por técnicos e licenciados do concelho de Alenquer, promovendo a empregabilidade. Local sugerido: acima do Centro Escolar de Vila Verde dos Francos/ anterior mata do palácio (por se tratar de propriedade da Câmara Municipal de Alenquer, e por estar próximo da Freguesia de Abrigada, Cabanas de Torres, Ventosa e Olhalvo), podendo ser construído noutro local). Orçamento associado: Construção de um centro, com casa modular, num valor não superior a 80.000 euros (70.000) com 3 espaços (para albergar Sala-Museu, Oficina, e Sala de Formação e Estudo + WC). Aquisição de material para trabalhos num valor não superior a 10.000 (6.000) euros. Soma um total de 76.000/ 90.000 euros procurando-se, contudo, que o valor seja, se possível, inferior a este. Foto com apresentação do espaço: Local sugerido para implantação do Centro de Desenvolvimento Histórico, em Vila Verde dos Francos.