Comunicação
AS ARTES VISUAIS E O TEATRO POR UMA VIA SENSORIAL
BERGAMINI, Fabiana de Moura
FARIA, Tales Bedeschi1
Palavras-chaves: Experimentação, Sensorial, Intuição.
RESUMO
A proposta da Oficina Híbrida é integrar artes visuais e teatro em um projeto
experimental, onde os professores se propõem mediadores de um processo de
ensino/aprendizagem, que favoreça o desenvolvimento de outras formas de
interferência e criação no espaço, ainda não trabalhadas na Escola Fundamental do
Centro Pedagógico da UFMG. O eixo central do projeto se firma na promoção de
processos cognitivos e de estímulo à percepção, à intuição e à espontaneidade,
realizados a partir de experiências sensoriais e exercícios de elaboração de
composições cênicas e plásticas. Através da análise do espaço, recolhemos
informações para a atuação, sendo que o objetivo é abrir campo de pesquisa para
configuração de novas estruturas ambientais. Tais construções se desenvolverão
tanto a partir das proposições de alguns artistas, quanto do universo cultural do
educando, sugerindo a ampliação da concepção de atuação em teatro e em artes
visuais. As primeiras atividades da Oficina serviram como ponte de acesso a
elementos básicos da composição cênica e visual, já que muitos educandos
contavam com pouquíssimas referências. Imagens de artes visuais projetadas foram
associadas ao contexto social, cultural e histórico do artista em questão, sugerindo
diferentes modos de fazer e pensar a arte. A análise de trabalhos de gravadores e
pintores serviu para a criação de um repertório imagético e estímulo para o
envolvimento com o desenho e o experimento da frotagem, buscando registrar as
impressões do ambiente e ainda reconfigurar visualmente o espaço. Numa proposta
de promover o contato com conceitos e estética trabalhados por Hélio Oiticica, foram
realizadas atividades que fundamentaram o trabalho com outros sentidos além da
visão, como a elaboração de uma estrutura ambiental que teve um percurso criado
pelos educandos. Em paralelo a esse trabalho, foi privilegiada a prática de jogos
teatrais propostos por Viola Spolin. Utilizados como forma de aquecimento e
integração de grupo, eles também propiciam repertório para a criação. A maior
contribuição desses jogos, entretanto, reside no fato de que o educando passa a
utilizar a intuição em primeiro plano e conseqüentemente a espontaneidade. Assim,
frente a frente com a realidade do jogo, o aluno deixa de representar e passa a
experienciar, vivenciar criativamente as situações propostas. Ainda pode ser
precipitado apresentar resultados, visto que a execução do projeto não se finalizou.
Convidados a experimentações e descobertas realizadas coletivamente, os
educandos vão apresentando mais disponibilidade e interesse pelas diferentes
formas de atuação.
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Universidade Federal de Minas Gerais. Escola de Belas Artes. Faculdade de Educação
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INTRODUÇÃO
A Oficina Artes Visuais e Teatro: por uma via sensorial é uma experiência
pedagógica em curso, realizada na Escola Fundamental do Centro Pedagógico da
UFMG. Ministrada por dois estudantes da Licenciatura em Artes Visuais e Teatro da
Escola de Belas Artes, ela é orientada pelas professoras do Departamento de
Métodos e Técnicas de Ensino – DMTE, da Faculdade de Educação da UFMG,
Mestra Amarílis Coragem e Lucilene França. Um projeto experimental da disciplina
de Estágio Supervisionado, que se iniciou em 04 de setembro de 2007 e tem
previsão de término em 05 de dezembro do mesmo ano. Os encontros programados
são realizados, em todas as terças-feiras deste período, tendo uma duração de 90
minutos. São trabalhadas duas turmas de crianças de 09 a 12 anos, uma com 12
alunos e a outra com 05.
Neste projeto é proposta a confluência de atividades que promovam
processos cognitivos e de estímulo à percepção e à intuição, realizados a partir de
experiências sensoriais e exercícios de elaboração de composições cênicas e
plásticas.
Através
da
análise
de
algumas
teorias
e
trabalhos
artísticos
são
disponibilizadas referências para o estudo e recolhimento de informações sobre o
espaço. A proposta de apropriação deste espaço abre o campo de pesquisa tanto
para a configuração de novas estruturas ambientais como para a atuação – plástica
e cênica –, por meio da incursão do corpo. Desta forma, tais construções se
desenvolverão tanto a partir do universo cultural do educando como a partir de
pesquisas de artistas, mais especificamente, as proposições visuais e sensoriais de
Hélio Oiticica e os jogos de improvisação de Viola Spolin. O corpo, trazido para o
centro das atividades faz o elo entre os dois trabalhos, sendo um dos pontos de
onde partirão e desdobrarão reflexões, vivências e ações.
O Projeto, assim, visa gerar novos processos de aprendizagem e ao mesmo
tempo ampliar os recursos de expressão e atuação do indivíduo. O objetivo maior é
que o educando amplie a sua concepção de teatro e de artes visuais,
experimentando novas vivências e exercitando diferentes maneiras de pensar e
produzir arte.
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O CONTEXTO ESCOLAR
A implementação da Escola em Tempo Integral no Centro Pedagógico – CP,
visa envolver licenciandos e graduandos das diversas unidades da UFMG no
processo de formação de outros indivíduos. A proposta é consolidar a escola como
um espaço de inovações pedagógicas, pesquisa e formação de profissionais da
educação.
Numa proposta de democratizar o acesso ao ensino público de qualidade, o
CP elegeu o sorteio como alternativa à seleção de seus novos estudantes. Assim,
em todos os anos, a Escola conta com o ingresso de indivíduos das mais diversas
classes e nichos sócio-culturais, formando turmas onde a heterogeneidade é ponto
marcante.
Nas duas turmas trabalhadas foi recorrente um grande desnivelamento dos
alunos quanto às referências estéticas e capacidades críticas, interpretativas e
construtivas. Entretanto, crianças oriundas de realidades diversas podem contribuir
com referências diversas, e a intenção foi criar oportunidades de desenvolver meios
de se estabelecer de um diálogo entre as diferenças e sua incorporação de modo
positivo.
Usufruindo este contexto, os professores se colocam como parceiros de uma
construção, onde as atividades escolhidas propõem o exercício da experimentação
em coletivo e a forma da aula e seus resultados é dada pela combinação de
elementos surgidos da interação entre indivíduos, conceitos e ambiente. Ao
estudante, é dada a oportunidade de experienciar propostas dentro do universo da
arte, ser seu fruidor, crítico e produtor. O trabalho de grupo o insere em um espaço
de convivência onde o seu corpo, além de motor da transformação plástica do
ambiente e atuante expressivo, é o meio receptor de impressões, qualidades e
sensações, onde a interferência do outro faz toda a diferença em ambos processos.
INCORPORAÇÃO DE NOVOS PROCESSOS
Associar o trabalho de artes visuais e teatro na Escola é algo que dialoga com
uma tendência da Arte Contemporânea no que diz respeito à diluição de fronteiras
entre modalidades, antes rigidamente estruturadas.
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Seguindo esta história, voltamos às novas vanguardas da década de 1960 e
1970 e verificamos entre os artistas, várias tentativas de mudança radical na
recepção do público. Frente à especialização do mercado, novas análises são
determinantes na elaboração de uma produção artística, que muitas vezes se
direciona para um boicote ao grande circuito oficial da arte.
A partir da década de 1950 já se põe em causa a significação da pintura e do
processo estético em geral. Os artistas impugnam convenções da representação
tradicional e da abstração. As diversas tendências compartilhadas exercitam a
multiplicidade de estilos, a mescla de técnicas, o caráter heterogêneo e
multidisciplinar da arte. Pintura, escultura, música, teatro, cinema e poesia confluem
num espaço estético aberto (FAVARETTO).
O artista agrega novos meios, operando o corpo em performance e atuando
no espaço por meio de instalações. Se coloca, muitas vezes, como propositor de
experiências, onde a participação ativa do espectador é imprescindível.
REFERENCIAL TEÓRICO E METODOLOGIA
“É o período onde aparecem vários trabalhos em Instalação,
situações arquitetadas no espaço, como os ambientes, locais, por
excelência, do jogo conceitual ou mental das idéias do universo
criador do artista.” (AGUIAR e PECININI).
Ainda no final dos 1960, Hélio Oiticica já propunha o supra-sensorial, numa
proposta de dilatar a percepção artística do campo visual para os outros sentidos.
Muito antes de pretender diluir a primazia pela visão, o artista propunha descoberta
do corpo. Uma descoberta que facultaria, de certa forma, a renúncia da
representação, de uma faculdade de julgar, em prol do estímulo à percepção total.
No seu trabalho, evidencia a busca, implacável e apaixonada, de algo que, além da
“arte experimental”, se manifesta o puro “experimental”. É o exercício experimental
da liberdade. O artista então supera o quadro, o desintegra e o transpõe ao
ambiente, incitando um deslizamento da arte para o vivencial.
Em Tropicália, Oiticica constrói um labirinto penetrável para estimular o
espectador dentro de uma rede de relações com coisas a serem apreendidas
fisicamente (LAGNADO). Movido pela idéia de transformar a própria vivência
existencial, o próprio cotidiano, em expressão, ele criava um dispositivo de
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transmutação do modo de ser humano. Seus Penetráveis permitem articulações
variadas de elementos plásticos e incluem a ação dos participantes como elemento
também constitutivo do acontecimento estético. O espaço se firma como campo de
tensões e é “organificado”. Neste, as relações plásticas são transformadas em
vivências: vivência da cor, do espaço cotidiano estetizado, confluindo tudo para a
efetivação de um espaço destinado a experiências em que também os participantes
se transformam. Ao artista cabe apenas a proposição de alguns elementos, a
construção de uma estrutura sugestiva, por vezes acompanhada de instruções. A
instalação é deixada em estado “aberto” para que tenha seus elementos
“inventados”, livremente, imprevisivelmente, pelo participante. O corpo se abre para
o por vir, para o desconhecido e o indeterminado. É quando se dilui a importância da
perda e da falta, vetores orientados para uma felicidade irremediavelmente
localizada no passado, portanto irrecuperável e se volta para ato, para o presente
(LAGNADO).
Para tanto, foram desenvolvidas atividades que pudessem tornar possível a
vivência das propostas dos artistas em estudo. Os primeiros exercícios
disponibilizaram elementos para a fundamentação de um trabalho final que
consistirá na construção de uma estrutura ambiental, instalação, e uma ação
performática sobre ela.
Foram realizadas atividades com o objetivo de iniciar o trabalho com outros
sentidos além do visual, como o desenho cego, a frotagem, e a escolha de objetos
na sala para apropriação. O desenho cego foi usado para se tentar incorporar o
ritmo no ato do desenho, “na mão”. A partir da escuta de música de diferentes estilos
e de olhos fechados, foram registrados garatujas no papel. A intenção era fazer com
que se pudesse ter acesso a um gesto gráfico sem o direcionamento da
representação. Em seguida, o próprio papel, carregado das mais inusitadas formas e
texturas pôde ser usado para uma releitura de maneira a criar um desenho que
sugerisse um animal trabalhado posteriormente em um jogo teatral de Viola Spolin, o
Ruas e Vielas. Como no jogo de gato e rato, os alunos traziam para o corpo as
características físicas do animal, desenvolvendo o processo de fisicalização
proposto pela autora.
A frotagem foi utilizada como forma de captar impressões do ambiente.
Através da fricção do giz sobre o papel, colocado em cima de um objeto – parede,
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porta, maçaneta, computador, tijolos etc – da sala, foram feitos registros gráficos
numa atividade de criação de visualidades por meio de propriedades táteis. Foi
coletado material suficiente para poder configurar a visualidade de setores da sala.
Posteriormente, a transformação da aparência deu lugar à criação de uma
nova estrutura para esta visualidade. A partir de elementos encontrados na própria
sala, associados a outros materiais de cores, texturas e tamanhos variados, como
baldes, papel crepon, celofane, módulos de borrracha encaixáveis, bambolês etc, os
alunos, distribuídos em grupos, puderam desenhar e executar o projeto de uma
instalação, onde, ao final, a sala inteira realizou o seu percurso e teve a
oportunidade de usufruir da sua estrutura.
Em todos os momentos se buscou realizar uma ligação com as práticas
comuns a eles. Levando em conta que as aulas aconteciam na Brinquedoteca do
CP, a dificuldade de conter a dispersão e desvencilhar os alunos dos “brinquedos”
em sala tão rica para este fim, quase chegava a ser fator de constrangimento. As
mesmas brincadeiras, porém, passaram a ser utilizadas como ponto de partida para
inserção de conceitos e novas formas do fazer artístico. Então, as brincadeiras,
foram selecionadas, incorporadas e potencializadas, ampliando a interferência deles
naquele espaço. Apresentou-se a oportunidade de aliar à construção de estruturas
ambientais, colchões coloridos, grandes latas pintadas, cama elástica, cordas e suas
propriedades físicas e funcionais. Da mesma forma a atuação cênica foi proposta de
maneira a combinar tais elementos.
Para
que
os
educandos
pudessem
compreender
ainda
melhor
o
funcionamento do seu equipamento sensorial, foram aplicados jogos teatrais que
estimulassem tal percepção, sem necessariamente precisar manipular diretamente
os objetos. Um bom exemplo é o jogo do passeio na floresta, que se mostrou muito
eficaz. Na medida em que sugeríamos ações, os educandos, deitados no chão e
privados da visão, sensibilizavam os outros sentidos numa integração com o espaço
descrito. Para tanto, as indicações das ações foram feitas no tempo presente, como:
andar descalços na lama, ouvir o canto dos pássaros, o barulho das folhas, lavar o
rosto com a água do rio, molhar os pés, pegar uma fruta, comer a fruta, etc.
Outro exemplo de sensibilização sensorial é o jogo da bola. A diferença desse
jogo é a fisicalização, ou seja, o educando tem que mostrar com o corpo todo o que
ele está vendo, para que torne real o objeto manipulado. Só assim ele conseguirá
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acreditar no que está fazendo, na realidade do jogo. Estes são os primeiros passos
para a construção de outras relações mais complexas de atuação.
A projeção de imagens de artistas de diferentes culturas, que trabalhavam
com diferentes materialidades foi imprescindível para a criação de um repertório
imagético e conceitual. As imagens eram discutidas em sala de aula, em coletivo, e
em um primeiro momento se buscou dar ênfase em propostas de atuação como a de
Kandinsky, Lívio Abramo e as diferentes propostas de diluição da figuração sobre o
plano. Sendo assim um primeiro passo foi dado na questão da crítica e no
entendimento de questões básicas da forma e da composição. Obras instalacionais,
em especial de Hélio Oiticica puderam ser vistas, analisadas, criticadas e
contextualizadas na medida em que se caminhava num acompanhamento do seu
pensamento artístico até a superação do quadro e sua projeção no espaço. Núcleos,
Penetráveis e Tropicália, constituíram os primeiros ensaios.
Para apreender questões do teatro foi imprescindível uma dedicação à
compreensão desses elementos: o atuante, o espaço-tempo-ritual e o espectador,
traçando um panorama histórico desde a forma clássica do fazer teatral até os dias
de hoje.
“Experienciar é penetrar no ambiente, é envolver-se total e
organicamente com ele. Isto significa envolvimento em todos os
níveis: intelectual, físico e intuitivo. Dos três, o intuitivo, que é o mais
vital para a situação de aprendizagem, é negligenciado” (...) “O
intuitivo só pode responder no imediato – no aqui e agora. Ele gera
suas dádivas no momento de espontaneidade, no momento quando
estamos livres para atuar e inter-relacionar, envolvendo-nos com o
mundo em nossa volta que está em constante transformação”
(SPOLIN, p. 04).
Neste sentido, escolhemos aplicar os jogos teatrais de Viola Spolin por conter
conceitos necessários para o desenvolvimento da oficina; como o foco, que
converge todo o aparelhamento sensorial para um único problema. O foco permite
ao aluno/ator trabalhar a ação, a fisicalização, tornando real o que não é real,
eliminando da cena a dramaturgia e o fingimento, criando um relacionamento
verdadeiro entre os indivíduos e capacitando-os para a improvisação. Mas, a maior
contribuição, que os jogos teatrais trazem está no fato de que o educando passa a
utilizar a intuição em primeiro plano e conseqüentemente, a espontaneidade. Assim,
frente a frente com a realidade do jogo o aluno deixa de representar e passa a
experienciar, vivenciar criativamente as situações propostas.
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Para inserir a performance no processo de ensino-aprendizagem, a pesquisa
e o trabalho do artista Renato Cohen, se tornam indispensáveis, na medida em que
a proposta da oficina é extrapolar a representação e valorizar a atuação.
“É nessa estreita passagem da representação para a atuação,
menos deliberada, com espaço para o improviso, para a
espontaneidade, que caminha a live art, com as a expressões,
happening e performance. É nesse limite tênue também que vida e
arte se aproximam. À medida que se quebra com a representação,
com a ficção, abre-se espaço para o imprevisto e, portanto para o
vivo, pois a vida é sinônimo de imprevisto, de risco”. (COHEN, p. 97).
As performances apropriam-se de espaços não freqüentemente utilizados
para a encenação, saindo da rota dos "espaços mortos”, como as galerias, museus
e teatros. Sugere, assim, uma nova perspectiva de leitura da história das artes.
Uma de suas principais características é a interdisciplinaridade das mais
variadas manifestações artísticas possíveis. Se cria uma busca intensa de uma arte
integrativa, uma arte total, que escape das delimitações disciplinares.
Renato Cohen coloca a performance na fronteira entre as artes plásticas, na
qual está a sua origem, e o teatro, no qual ele encontra a sua razão de ser, visto que
é uma expressão cênica e dramática. É também diferente a forma como a
performance vê a palavra. Há um predomínio do símbolo sobre a palavra e o uso de
uma estrutura não narrativa, inovação importante para o teatro, uma arte que
sempre foi pautada no texto.
A recepção mais
cognitivo-sensória
do que racional causada
pela
performance também pode ser explicada pela multiplicidade de códigos, sendo
estes, resultado de uma emissão multimídia que manipula o real, impõe padrões
estéticos, atribui valores a imagens artificiais legitimando esses modelos frente à
sociedade. Na performance, essas mesmas armas são utilizadas com a intensão de
efetuar uma leitura sob uma outra ótica, que gerando mudanças na forma receptiva
do público.
LEIRNER (citado por COHEN, Renato, 1989) “A performance é uma pintura sem
tela, uma escultura sem matéria, um livro sem escrita, um teatro sem enredo... ou a união de
tudo isso”.
CONCLUSÃO
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O trabalho por meio de uma oficina híbrida nos possibilita explorar aspectos e
exercícios de uma área, onde a outra se faz presente, abrindo outros caminhos em
direções não usuais do percurso da aprendizagem de cada uma em separado.
Disponibilizar estas referências, a partir de duas áreas da arte, pode dilatar a
percepção do educando frente a este universo. Este envolvimento, ainda, pode ser
importante instrumento para a identificação cultural e o desenvolvimento do
indivíduo, significa ter acesso às manifestações mais apuradas e sutis de uma
cultura.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:
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BARBOSA, Ana Mae Tavares Bastos (org.). Inquietações e mudanças no ensino
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COHEN, Renato. Performance como linguagem: criação de um tempo-espaço
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LAGNADO, Lisette. “Longing for the body”, ontem e hoje. Revista Trópico.
Disponível em: < http://pphp.uol.com.br/tropico/html/textos/2634,1.shl >. Acesso em:
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ZAMBONI, Sílvio. A pesquisa em arte: um paralelo entre arte e ciência.
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