XII Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia
25 a 28 de setembro de 2012
Porto de Galinhas – PE
EFEITO DO ÓLEO LUBRIFICANTE NOVO E USADO NA ATIVIDADE DA EROD IN
VIVO E IN VITRO
Mariana N. Garcia1, Mariana V. Pereira2, Eduardo A. de Almeida3
1
[email protected] (Universidade Estadual Paulista, São José do Rio Preto, São Paulo)
[email protected] (Universidade Estadual Paulista, São José do Rio Preto, São Paulo)
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[email protected] (Universidade Estadual Paulista, São José do Rio Preto, São Paulo)
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Os óleos lubrificantes estão entre os poucos derivados de petróleo que não são totalmente consumidos
durante o uso. O resíduo produzido a partir da queima do óleo lubrificante é muito pouco estudado apesar da
ABNT classificá-lo como resíduo perigoso (classe I). Para compreender melhor os mecanismos de
toxicidade do óleo lubrificante foram feitos teste in vivo e in vitro utilizando fígado de tilápia para comparar
a atividade da EROD in vivo e in vitro em organismos expostos ao óleo lubrificante novo e usado. A escolha
da EROD como biomarcador para a presença do óleo lubrificante justifica-se pelo fato de existir muitos
estudos na literatura mostrando que hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs), compostos presentes na
composição de derivados de petróleo, são capazes de induzir a EROD. O experimento in vivo foi realizado
através da exposição de tilápias (Oreochromis niloticus) às concentrações de 0,1 mL/L e 0,01 mL/L de óleo
novo e usado separadamente durante 3 e 7 dias. Para realização do teste in vitro foi utilizado um pool de
amostras de fígado de tilápia com a EROD previamente induzida. As amostras foram incubadas durante 1h a
37 oC em banho-maria com concentrações crescentes de 0,00%, 0,25%, 0,50%, 1,00%, 2,50% e 5,00% de
óleo lubrificante novo em um grupo e usado no outro grupo. Os resultados do experimento in vivo revelaram
a indução da enzima nos animais expostos por 3 dias às duas concentrações de óleo lubrificante usado. No
tratamento com 7 dias de exposição apenas a maior concentração de óleo lubrificante usado foi capaz de
induzir a EROD. Esta resposta era esperada pelo fato do óleo lubrificante usado ter passado por um processo
de queima, fazendo com que os HPAs ficassem mais concentrados. No teste in vitro observa-se uma resposta
inversa, sendo que os dois tipos de óleos foram capazes de inibir a EROD. Entretanto, o óleo lubrificante
usado teve um efeito inibitório maior sobre a enzima do que o óleo novo. Observa-se ainda que o padrão de
inibição foi dose-dependente para os dois tipos de óleo. A inibição pode estar relacionada com os metais
presentes no óleo lubrificante. Eles podem alterar a atividade das enzimas através da ligação aos seus grupos
funcionais, através do deslocamento do metal associado à enzima ou ainda, indiretamente, pela indução de
estresse oxidativo. Os resultados aqui mostrados sugerem diferentes mecanismos de toxicidade dos
compostos presentes no óleo lubrificante atuando em situações in vivo e in vitro.
Palavras-chave: teste in vitro e in vivo, EROD, óleo lubrificante
Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia (SBE)
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
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