Relatório de Gestão - 2º Trimestre de 2014 Cenário Macro No âmbito doméstico, a tônica do segundo trimestre foi o resultado das pesquisas eleitorais com uma evolução importante da oposição, e principalmente o estreitamento da diferença da intenção de votos entre os principais candidatos em um provável segundo turno. Este cenário deu um tom positivo para a Bovespa, registrando alta de 5,46% no trimestre. A inflação recuou ligeiramente e com ela os juros de 10 anos fecharam em torno de 75 bps. O câmbio apreciou da faixa de R$2,28 para R$2,20, muito apoiado nos leiloes diários do BC. Aliado a estes movimentos, o último relatório de crédito do BC mostrou aumento na taxa de inadimplência do sistema financeiro e o Boletim FOCUS indicou redução na projeção de crescimento de PIB para 1,1% em 2014. Ações do governo deixam evidente o uso de manobras pontuais, a fim de cumprir a meta do superávit primário de 1,9% do PIB para 2014, onde, sem estes “eventos não recorrentes”, dificilmente se alcançaria um patamar de sequer 1,0% do PIB. No âmbito externo, os EUA continuam mostrando uma economia forte, entretanto o FED deixa claro que o início da alta nos juros ainda está distante. Assim, os juros americanos de 10 anos recuaram dos níveis de 2,75% para 2,50% neste trimestre. A China vem mostrando dados com sinais diversos, onde ao mesmo tempo o minério de ferro atingiu o menor nível em 2 anos, abaixo de US$ 90, e os PMIs (Purchasing Managers Index) recentes vieram surpreendentemente melhores. Na Argentina, as atenções se voltam para a preocupação quanto ao pagamento da dívida, o que sempre “respinga” nos demais países do Mercosul. Tendo em vista o cenário acima exposto, decidimos zerar nossas posições em NTNs, reduzimos nossa exposição net em renda variável para 25% e aumentamos nosso “seguro call spread USD” para 41%. De acordo com nossa análise, as empresas que entendemos serem bons investimentos estão com múltiplos muito altos e, portanto, potencial de valorização limitado. A diferença de múltiplos entre as ações líquidas com resultados recorrentes e as demais ações dependentes de crescimento do PIB, atingiram níveis únicos. Reiteramos nossa visão pouco positiva com o PIB de 2015, a necessidade de equalizar preços administrados, os riscos com a volta da inflação e o não-cumprimento do superávit fiscal. Continuaremos monitorando com atenção redobrada tanto o cenário econômico como o político, com ênfase na eleição presidencial, a fim de nortear a alocação dos nossos investimentos. Hoje identificamos como cenário-base a reeleição de Dilma Rousseff, entretanto as tendências mostradas nas recentes pesquisas, em particular sobre o segundo turno, têm nos mostrado que este cenário pode mudar rapidamente. Estamos prontos para agir. Estudo de Caso: Cosan Presente na carteira do fundo multimercado desde novembro de 2013, Cosan é a única empresa verticalmente integrada no mercado de açúcar e álcool, atuando desde a produção de cana de açúcar até a distribuição final de combustíveis. Atualmente, a Cosan atua em seis diferentes linhas de negócio e está entre os líderes de mercado em cada um destes segmentos. Além da Raízen, joint-venture com a Shell, responsável pela distribuição de combustíveis e produção de cana-de-açúcar, a Cosan também detém participação na Comgás (60,1%), distribuidora de gás natural, na Rumo Logística (75%), responsável pelo transporte e armazenamento do açúcar, na Radar (37,7%), empresa desenvolvedora de terras agrícolas e na Cosan Lubrificantes (100%). Controlada principalmente pelo empresário Rubens Ometto, recentemente a empresa aprovou a fusão de sua empresa Rumo com a ALL Logística e propôs um spin-off da empresa em dois ramos de negócios: Cosan Logística, que englobaria a nova Rumo/ALL, e Cosan Energia, que englobaria a Raízen, a Comgás e demais linhas de negócios. Acreditamos que hoje a Cosan é uma história de crescimento bem administrado, com potenciais ganhos de sinergia com a integração de suas operações. A empresa traz um mix de receitas atrativo que concilia o crescimento da distribuição de combustíveis e logística com a estabilidade do business gerador de caixa da Comgás. Além disso, Cosan é uma das empresas mais bem posicionadas para capturar o valor escondido presente nas ineficiências logísticas no Brasil, o que pode trazer em um futuro próximo rentabilidade e crescimento ao business como um todo. LOG FUND I LONG BIASED FIC FIM: Ao final de junho, o fundo possuía a carteira e a rentabilidade abaixo: LFTs 11,2% CDBs 20,0% HEDGE -0,2% Exposição Setorial DI 35,3% AÇÕES 33,7% Consumo e Indústria Energia Mineração Construção Civil 10,3% 9,9% 10,0% 3,5% Total 33,7% LOG FUND I LONG BIASED FIC FIM Início em 21/05/13 RENTABILIDADE No 2º Trimestre 2014 12 meses 0,43% 13,22% 5,46% 12,03% 2,47% 9,66% 30/06/2014 IBOVESPA CDI LOG FUND YIELD 60 FIC FIRF CP: Assim como no fundo multimercado, zeramos nossa exposição em NTN-B, aumentando nossa exposição em CDBs de 20,6% para 38,6%. Com o caixa restante, compramos 13,7% da carteira em LFT, deixando o restante em operações compromissadas. Nossa ação permitiu capturar quase todo o movimento das NTN-B longas, o que gerou importante resultado no trimestre. A rentabilidade no ano atingiu 10,3% frente a 7,0% do CDI. Aguardamos prêmios maiores para voltarmos a investir. Debêntures de empresas com rating “investment grade” estão sendo considerados. Ao final de junho, o fundo possuía a carteira e a rentabilidade abaixo: DI 47,7% LOG FUND YIELD 60 FIC FIRF CP LFT 13,7% CDBs 38,6% Estamos à disposição, Equipe LOG FUND 30/06/2014 IMA-B 5 CDI Início em 24/05/13 RENTABILIDADE No 2º Trimestre 2014 12 meses 5,98% 12,98% 3,94% 10,60% 2,47% 9,66%