Relatório de Gestão - 4º Trimestre de 2014 COPO MEIO CHEIO OU MEIO VAZIO ? 2015: ano de ajustes e reconstrução de padrões No período pré-eleição, nossa equipe de gestão entendeu que poderíamos construir um portfólio preparado para a vitória da oposição, que seria acompanhada por uma maior credibilidade e uma imagem mais positiva para os mercados. A rentabilidade do fundo Long Biased foi reflexo desta estratégia. Pensando à frente, atravessaremos um ano repleto de expectativas, tensões políticas e difíceis decisões. Este cenário mais desafiador será muito bem aproveitado pelo fundo, pois teremos a oportunidade de adquirir ativos a preços e múltiplos mais descontados, que levarão a uma rentabilidade mais elevada em um horizonte de médio/longo prazo. Hoje vivemos um momento de resgate da credibilidade institucional brasileira. Estamos dando passos na direção correta no combate à corrupção, ainda que tragam muito custo financeiro e moral para o país neste momento. Somos um país com empresários estruturados economicamente, força geográfica e populacional e um ambiente democrático com judiciário e legislativo independentes, o que confronta com os problemas advindos do reflexo de nossa sociedade de baixa educação. Já não somos o Cristo decolando da revista Business Week, tampouco Bolivarianos da Venezuela. Contudo, ainda estamos no radar da comunidade de investidores globais e estes conhecem bem como investir em mercados emergentes mesmo com seus problemas e dificuldades. Acreditamos que a Presidente Dilma, depois de ter percebido que o caminho antes trilhado inviabilizaria tanto o seu governo quanto o projeto de Lula, fará novas escolhas na direção mais ortodoxa, mesmo convivendo com o conflito entre o social e a estabilidade econômica. Neste momento, investidores nacionais e, principalmente estrangeiros, anseiam por sinais de rota certa e mares mais calmos para prontamente agir. Há ainda muito apetite ao risco, estima-se que haja um capital da ordem de centenas de bilhões em busca de investimentos alternativos ao porto seguro chamado EUA. Portanto, o cenário macro para 2015 deve indicar um dólar no patamar de R$2,80/3,00 que deve reduzir o déficit na balança comercial e taxa de juros Selic na ordem de 13% que deve produzir um efeito importante sobre a demanda, com queda da inflação no médio prazo após absorver a alta necessária dos preços administrados. Em um trabalho conjunto com o Banco Central, a equipe econômica deve mostrar alguma redução de despesas e incrementos na arrecadação. Tais sinais seriam um bom início no nosso caminho para reconstruir a rota do êxito econômico e contribuiriam para a retomada dos investimentos, crescimento do PIB e queda dos juros longos. Conhecemos a posição de renomados consultores e economistas, que apresentam com propriedade os problemas da economia brasileira: falta de produtividade, gargalos de infraestrutura, baixa poupança, custos do Estado engessados pela Constituição, problemas de corrupção, déficit fiscal, entre outros. Problemas como esses fazem com que muitos deles olhem o copo meio vazio. Em contrapartida, investidores estrangeiros buscam alternativas ao investimento nos EUA. E o Brasil está “underweight” para a maioria deles, ou seja, estão aguardando o momento certo para voltar a investir aqui. A história nos mostra que soluções são encontradas em períodos de crise e que recolocam o país na rota de crescimento. Voltando ao início, estamos em busca de credibilidade. O combate a corrupção, o tripé de ministros da área econômica, investimentos em infraestrutura, podem restitui-la, ainda que em um cenário bem mais lento do que gostaríamos e apesar de várias renomadas “cabeças” do mercado discordarem disso. Assim que o governo prover sinais de credibilidade, entendemos que o ciclo virtuoso recomeçará. Para nós, COPO MEIO CHEIO. Nossa visão para o portfólio Hoje, nosso portfólio possui 50% investidos em ações de empresas que acreditamos que, mesmo em cenários desafiadores, conseguirão se adaptar e entregar rentabilidade com dinamismo e crescimento. Estamos preparados para aumentar esta posição caso os mercados recuem por motivos alheios aos que alteram nossa percepção de valor. O pano de fundo para nossos investimentos considera: momentos difíceis para commodities e para países dependentes deste ciclo, a iminente alta na taxa de juros dos EUA que deve modificar o mix de investimentos globais, Europa com crescimento marginal sem rupturas e China crescendo em um ritmo mais moderado com possíveis surpresas de injeção de liquidez na economia. Este cenário, somado ao governo brasileiro focado no resgate da credibilidade, cumprimento da meta fiscal e combate à inflação, trará uma idéia construtiva de investimentos para 2015. Somente um sinal do governo brasileiro que o afaste do curso de resgate da credibilidade, seja na meta fiscal ou combate à inflação, nos fará mudar de idéia. LOG FUND I LONG BIASED FIC FIM: Ao final de dezembro, o fundo possuía a carteira e a rentabilidade abaixo: PORTIFÓLIO Títulos Públicos 17,7% CDBs 17,8% Exposição Setorial DI 8,9% AÇÕES 51,7% HEDGE 3,9% Financeiro Energia Consumo e Indústria Mineração / Siderurgia Saneamento Infraestrutura Shoppings 21,9% 8,3% 6,5% 6,0% 3,9% 3,0% 2,1% Total 51,7% Início em 21/05/13 LOG FUND I LONG BIASED FIC FIM RENTABILIDADE Desde o 12 Meses início 0,04% -4,11% -11,12% -2,91% 16,68% 10,80% 31/12/2014 IBOVESPA CDI LOG FUND YIELD 60 FIC FIRF CP: PORTIFÓLIO Ao final de dezembro, o fundo possuía a carteira e a rentabilidade abaixo: DI 37,9% CDBs 16,4% Início em 24/05/13 LOG FUND YIELD 60 FIC FIRF CP RENTABILIDADE NTN 45,7% Estamos à disposição, Equipe LOG FUND 31/12/2014 IMA-B 5 CDI Desde o início 12 Meses 14,73% 13,31% 16,57% 15,05% 11,64% 10,80%