PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL Faculdade de Matemática - Departamento de Matemática Estruturas Algébricas Respostas da Lista 2: Lógica das Proposições 9) A proposição “todos os pelicanos comem peixe” pode ser escrita simbolicamente como (x A)( x é pelicano x come peixe) , onde A representa o conjunto de todas as aves. Portanto, a proposição (a) e sua contrapositiva (d) são verdadeiras. Não podemos, entretanto, garantir a veracidade ou falsidade das proposições (b) e (c) a partir da veracidade da proposição dada. 10) (a) 37 não é um número primo. (b) Bruno não irá ou ele vai jogar. (c) Nós não venceremos o primeiro jogo e nem o segundo. (d) Não há sanduíches e não vou comer um cachorro-quente. (e) Matemática não é muito legal ou computação não é fundamental. (f) Todas as pessoas têm acesso ao ensino de terceiro grau. 11) (a) Sejam as proposições p: você vê manchas na sua frente e q: você está vendo um leopardo. O raciocínio apresentado pode ser escrito como: ( p q) q p . Esta implicação é falsa, pois a proposição ( p q ) q pode ser verdadeira com p falsa (ou seja, a proposição que antecede o símbolo de implicação pode ser verdadeira sem que a proposição que sucede o símbolo também o seja): p q pq ( p q) q F V V V “Nada foi afirmado sobre quem vê um leopardo, apenas sobre quem vê manchas na frente.” (b) Sejam as proposições p: a aula é monótona e q: os alunos dormem. O raciocínio apresentado pode ser escrito como: ( p q ) (~ p ) ~ q . Esta implicação é falsa, pois a proposição ( p q ) (~ p) ~ q pode ser verdadeira com ~q falsa: p q ~p ~q pq ( p q ) (~ p ) F V V F V V “Nada foi afirmado sobre o que acontece quando a aula não é monótona.” (c) Seja I o conjunto de todos os insetos e sejam as proposições p(x): x é cupim e q(x): x é atraído pelo fogo. O raciocínio apresentado pode ser escrito como: ( x I )( p(x) q(x)) ( y I tal que p(y) é F ) q(y) é F. Esta implicação é falsa, pois a proposição que antecede o símbolo de implicação pode ser verdadeira mesmo quando a proposição que o sucede for falsa, pois podemos ter: p(y) falsa, p( y) q ( y) verdadeira e q(y) verdadeira. “Nada foi afirmado sobre os insetos que não são cupins, apenas sobre os cupins.” [email protected] (d) Seja P o conjunto de todas as pessoas, seja x P e sejam as proposições p: x anda debaixo de um coqueiro, q: x terá sua cabeça rachada, provavelmente e r: x vai à Bahia. O raciocínio apresentado pode ser escrito como: ( p q ) (x P )(r p ) ( r q ). Esta implicação é verdadeira, pois se as proposições ( r p ) e ( p q ) são verdadeiras, então r p e p q. Conseqüentemente, r q e, portanto, a proposição r q é verdadeira. (e) Seja P o conjunto de todas as pessoas, seja B o subconjunto de P formado por todos os brasileiros e sejam as proposições p(x): x é rico e q(x): x viaja muito. O raciocínio apresentado pode ser escrito como: ( y B tal que p(y) é V ) ( x P )( p( x ) q( x )) ( y B tal que q(y) é V). Esta implicação é verdadeira, pois se p(y) é verdadeira e p( y ) q( y ) é verdadeira, então q(y) só pode ser verdadeira. (f) “Nada foi afirmado sobre quem não faz todos os exercícios, logo, as duas primeiras afirmações não implicam a terceira.” (a) Não há uma mosca em sua sopa. 12) (b) Nada se pode concluir. (c) Lauro mentiu, Raul falou a verdade e Nestor mentiu. 13) “Bruxas queimam, assim como madeira” é uma proposição verdadeira, pelo menos na Idade Média. “Basta ver então se A é de madeira” não é uma conclusão correta, pois mesmo que a proposição “A é de madeira” fosse verdadeira, poderia-se concluir daí apenas que A pode ser queimada; não se poderia concluir que A é uma bruxa, visto que a recíproca de “se é bruxa então queima” não é verdadeira. “Para isso não adianta tentar construir uma ponte com A porque existem pontes de pedra” é uma conclusão correta, visto que com madeira podemos construir pontes, mas nem toda ponte é de madeira; ou seja, a recíproca da proposição “se temos madeira então podemos construir uma ponte” é falsa. Verificar se “A flutua como a madeira” não serve para concluir-se que A é de madeira, pois nem tudo que flutua é de madeira. Se A não flutuasse poderia-se concluir apenas que A não é de madeira, pois se fosse então flutuaria. “Como patos também flutuam, basta ver se A pesa o mesmo que um pato”, também não é suficiente para concluir-se que A é de madeira, visto que nem tudo que flutua é de madeira. Além disso, ter o mesmo peso de um pato não é condição suficiente para flutuar-se. http://www.pucrs.br/famat/demat/facin/estrualg.htm [email protected], [email protected], [email protected]