ÈÈ××× Ý±²¹®»--± Þ®¿-·´»·®± ¼» Ý¿®¬±¹®¿º·¿ô η± ¼» Ö¿²»·®±ô Þ®¿-·´ô îï ¿ îì ¼» ±«¬«¾®± ¼» îððéò ÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ Comissão Técnica: Cartografia Histórica e História da Cartografia ATLAS UNIVERSAL DE SELEÇÕES DO READERS DIGEST Paulo Márcio Leal de Menezes1 Manoel do Couto Fernandes 1 Cláudio João Barreto dos Santos1,2 Renata Klar Divano3 1 Universidade Federal do Rio de Janeiro Igeo - Dep Geografia Laboratório de Cartografia (GeoCart) Av Brig Trompowski SN - Cidade Universitária - Rio de Janeiro - RJ - 21941-590 Tel: (21)2598-1880 - Fax: (21)2270-77 73 - E-mail: [email protected]/ [email protected]/ 2 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 3 Seleções Readers Digest RESUMO O Projeto de desenvolvimento do Atlas Universal de Seleções do Readers.Digest em português, estava em cogitação pela empresa desde 2004, vindo efetivamente a ser implantado ao fim de 2006, com lançamento previsto para meados de 2007. Um dos grandes problemas vinha a ser a tradução e adaptação dos nomes geográficos, de países, lugares, rios, montanhas, cidades e outras feições geográficas, cuja maioria encontrava-se em inglês ou romanizadas. Adaptações e atualizações também eram necessárias, visto que o original possuía dados relativos a 2003. O Laboratório de Cartografia da UFRJ, GeoCart, do Departamento de Geografia, foi contatado para a realização do trabalho de tradução dos nomes geográficos que efetivamente teriam nomes em português, bem como as adaptações que fossem necessárias, vindo a executar este serviço e outros que se fizeram necessário. Este trabalho tem por finalidade apresentar a metodologia elaborada pelo Laboratório, baseada inteiramente em normas e relações oficiais (ONU e Ministério das Relações Exteriores - MRE) e oficiosas (tradição de nomes), que permitiriam a tradução e adaptação dos nomes geográficos, de forma que o menor número de exônimos fosse criado e aproveitando-se o maior número possível de endônimos. Os nomes geográficos de tradição na língua foram mantidos. Mesmo assim, nomes tiveram que ser discutidos, pois apesar da norma indicar um direcionamento, organizações, principalmente a imprensa, apresentam outra forma de grafia, optando-se pela colocação em alguns casos, dos dois nomes. Será apresentada a metodologia aplicada para o desenvolvimento dos trabalhos, que envolveu a criação de um banco de nomes geográficos, identificação dos nomes a traduzir e a manter. Foram traduzidos e adaptados cerca de 12000 nomes geográficos, em um universo de aproximadamente 87000 nomes. PALAVRAS-CHAVE: Atlas Geográfico, nomes geográficos, toponímia, geonímia ABSTRACT The release of the Universal Atlas of Reader's.Digest in Portuguese, was in cogitation since 2004, coming indeed to be realized at the end of 2006, with release foreseen for middles of 2007. One of the greatest problems was the translation and adaptation of geographical names, of countries, places, rivers, mountains, cities and other geographical features, whose majority was in English or romanized. Adaptations and updatings were also necessary, because the original was updated only to 2003. The Laboratory of Cartography of UFRJ, GeoCart, of the Geography Department, was contacted for the accomplishment of the work of translation of all geographical features, which indeed would have names in Portuguese, as well as the necessary adaptations. This paper aims to present the methodology developed by the Laboratory, based entirely on norms and official relationships (UN and Ministry of Exterior Relationship - MRE) and unofficial (names tradition), which would allow the translation and adaptation of the geographical names, so that the smallest number of exonyms was created and taking advantage of the largest possible number of endonyms. The traditionally known geographical names in the lan- èïë ÈÈ××× Ý±²¹®»--± Þ®¿-·´»·®± ¼» Ý¿®¬±¹®¿º·¿ô η± ¼» Ö¿²»·®±ô Þ®¿-·´ô îï ¿ îì ¼» ±«¬«¾®± ¼» îððéò ÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ guage were maintained. Even so, names had to be discussed, therefore in spite of the norm to indicate a direction, some organizations, mainly the press, present another orthography form, so, the option was for the placement in some cases, of the two names. The applied methodology will be presented for the development of the works, since the development of a geographical names database, and the identification of the names to translate and to maintain. It was translated and adapted about 12000 geographical names, in an universe of approximately 87000 names. KEYWORDS: Geographical Atlas, Geographical Analysis, geographical names, toponimy, geonimy. 1 - INTRODUÇÃO Nomes geográficos são os testemunhos históricos do povoamento, descobrimento, conhecimento, presença, permanência entre outros, sobre e do espaço geográfico. Através deles é marcada a passagem de gerações, raças, povos e grupos lingüísticos, na sucessão da ocupação de um território. Desta forma ficam as passagens assinaladas pelo conhecimento humano e a expansão do espaço terrestre conhecido e habitado. O espaço geográfico fica individualizado e humanizado, ficando, portanto, diferenciado de qualquer local. Segundo Furtado (1957), os nomes geográficos vêm a constituir a linguagem geográfica essencial, como se fosse atribuída ao local a sua própria alma, caracterizada por um grupo de palavras, que por sua vez também possuem um significado, acepção ou sentido, expressando muito, tanto do terreno nomeado, quanto do povoamento que foi estabelecido no local. Através desta abordagem pode-se facilmente caracterizar a sua importância tanto para a Cartografia como para a Geografia. Identificar o vocábulo indicativo do nome geográfico, restaurando o seu termo, significado e correta expressão, associando o aspecto histórico-temporal, bem como, as coordenadas geográficas, irão caracterizar a evolução não só do geônimo, mas também uma riqueza sem par relacionado ao espaço geográfico e demais características associadas sobre este mesmo espaço geográfico. Assim, como é associado a um estudo lingüístico de um vocábulo, o nome geográfico pode refletir a estrutura vertical ou dialetológica ou ainda a geologia lingüística (histórica), bem como a estrutura horizontal ou geográfica do idioma (FURTADO, 1957) . Os nomes geográficos retratam as nuances da história, da vida de um povo, da mentalidade da época e do próprio povo, bem como as suas características fisionômicas. A ligação espaço-tempo é indissociável e ao mesmo tempo implícita em cada um deles, por serem marcantes e determinantes, as suas influências históricas, sociológicas, econômicas, antropológicas e geográficas (FURTADO, 1957). Os fósseis linguísticos caracterizam e refletem línguas, dialetos e estratos lingüísticos das línguas faladas pelos povos que antecederam, com influência nas que serão sucedidas, em um determinado lugar. Pode ser verificado que os topônimos, que são ou serão fósseis lingüisticos, cientificamente estudados e traduzidos, podem revelar detalhes importantíssimos sobre aspectos históricoculturais e mesmo geográficos do local. No estado do Rio de Janeiro existe uma grande quantidade de nomes que são oriundos do Tupi: Niterói (mar morto ou escondido), Carioca, Jacarépagua, Jacuecanga, Parati, Pedra do Açu (Pedra Grande). Se os engenheiros que projetaram as Usinas de Angra dos Reis, soubessem que o significado da palavra Itaorna é terra podre, talvez tivessem escolhido outro local para a sua construção(BOLEO, 1956). Um outro estrato lingüístico também bastante presente no Brasil, e no Estado do Rio de Janeiro, em uma escala um pouco menor, devido a intensa colonização portuguesa, deve-se aos vocábulos de origem africana. De uma maneira geral, pode-se, sem sombra de dúvida, afirmar que não há Geografia sem nomes geográficos. Há algum tempo atrás, a sustentação da ciência Geográfica era definida através da Geografia Descritiva. Em termos de Cartografia não existe a figura de um mapa ou uma carta muda que não possua nomes geográficos. Sem esses componentes o mapa passa a representar um mero cartograma ou um desenho puramente esquemático. A diacronia dos nomes geográficos, associados agora como geônimos, permite estabelecer o estudo espaço-temporal (históricogeográfico), tendo no mapa (visão cartográfica), uma das suas principais fontes de informação. Observe-se que uma vez, em qualquer pesquisa histórica, ao surgir um nome, existe a necessidade primeira de localizá-lo no espaço, caracterizando então a interface História, Geografia e Cartografia. Para o desenvolvimento de um Atlas, principalmente em se tratando de um Atlas elaborado em uma outra língua, que não o português, no caso do Atlas de Seleções, o inglês, um dos principais problemas vem a ser a adoção dos nomes estrangeiros que serão traduzidos para o português. Alguns nomes são consagrados, como Londres e não LONDON, Roma e não ROME, Munique e não Munich ou München. Porém outros nomes apresentam uma série de dúvidas que devem ser clarificadas, tais como: New York, Nova Iorque ou Nova York? Zimbawe, Zimbave ou Zimbaue? Este trabalho pretende mostrar os principais problemas apresentados no desenvolvimento do processo de tradução, bem como da metodologia criada para o trabalho conjunto de tradução de todos os mapas simultaneamente. èïê ÈÈ××× Ý±²¹®»--± Þ®¿-·´»·®± ¼» Ý¿®¬±¹®¿º·¿ô η± ¼» Ö¿²»·®±ô Þ®¿-·´ô îï ¿ îì ¼» ±«¬«¾®± ¼» îððéò ÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ Em relação à ONU, o UNGEGN, UN Group of Experts on Geographical Names, foi criado em 1967, para debater e discutir programas para a padronização de nomes geográficos. Existem 14 divisões mundiais lingüísticas, sendo que um país pode pertencer a mais de uma divisão. O Brasil pertence à América do Sul, mas aproxima-se também da África junto com Angola e Moçambique, para criar a divisão de países de língua portuguesa. Por endônimos são denominados os nomes geográficos que ocorrem na área onde a feição está localizada. Por exemplo, London, Wien, München. O exônimo é a designação ou tradução do nome geográfico para uma determinada língua ou país. Londres, Viena, Munique, Rússia, Sérvia e Ucrânia são alguns dos países que utilizam o cirílico; Egito, Arábia, Jordânia, Irã e Iraque são alguns que usam o árabe; O hebreu é utilizado por Israel e o romano pela grande maioria das demais línguas. Os três grandes grupos de escrita são as alfabéticas, as silábicas e as logográficas. As alfabéticas empregam letras individuais, como sinais estendidos ou não, formando palavras. Incluídos nessa classificação estão os alfabetos arábico, cirilico. hebreu, romano e thai. A escrita silábica consiste de conjunto de caracteres que representam o símbolo de uma sílaba. Como exemplo: amharico, da Etiópia, hatana e higana japoneses. A escrita logográfica usa conjuntos ou combinações de símbolos para representar uma palavra. O chinês, mandarim e o kenji japonês podem ser exemplos deste sistema. São bastante atuais as discussões sobre a representação de nomes geográficos, principalmente em relação aos países asiáticos e africanos, árabes e do extremo oriente. Para tanto há necessidade de se entender o correto significado dos termos: tradução, romanização, transliteração e transcrição, as quais são muitas vezes utilizadas de forma errada. Uma afirmação, por exemplo, de uma palavra que seja tradução de outra em cirílico, possui alguns erros inclusos. As três premissas básicas que a ONU orienta que sejam seguidas, são: Manter os exônimos que já são tradicionais para cada país; Evitar a criação de novos exônimos e Utilizar o mais possível endônimos, utilizado a grafia transliterada e apropriada para o nome geográfico. O Brasil não adotou a radicalização de Portugal, que praticamente aportuguesou a grande maioria dos nomes geográficos, surgindo palavras só adotadas lá, tais como: Estugarda, para Stuttgard, Munchão para Munique, entre outras (COUTINHO, 2003). Por outro lado, todas essas dúvidas ocorrem por não ter o País uma autoridade nacional em nomes geográficos, o que precisa urgentemente ser pensado pelas autoridades. 2 - NOMES GEOGRÁFICOS ESTRANGEIROS O trabalho com Atlas, cartas e mapas regionais e globais, implica conseqüentemente, na necessidade de se lidar com nomes geográficos estrangeiros. Para o país, o PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais), prevê este conhecimento. Por outro lado, existem no Brasil, nomes de origem estrangeira, notadamente espanhola, alemã, suíça, holandesa, inglesa, etc, em decorrência das épocas das correntes imigratórias. A estrutura atual, de intensa globalização, faz também necessária o conhecimento de nomes geográficos referentes às línguas com alfabetos inteiramente diferentes e com diferentes estruturas lingüísticas. Os nomes oriundos de países com alfabetos cirílico, arábico ou oriental, tipicamente simbólico, ou mesmo os que não possuem alfabeto próprio, sendo apenas transmitidos oralmente, é colocado um questionamento de como ficaria a grafia e a pronúncia do nome e português. Para esses nomes no Brasil, todos sem exceção foram totalmente aportuguesados. No Estado do Rio de Janeiro um exemplo pode ser dado pela cidade de Nova Friburgo. Dick (1999) classifica este nome, como um nome transplantado, imigrado por colonizadores suíços quando vieram para o Brasil e se instalaram na serra, tendo como nome origem, a cidade de Fribourg. Por outro lado a grafia tanto dos nomes estrangeiros, dos países, como o nome das cidades e feições geográficas, não são padronizados. Diga-se de passagem, que não o são também os nomes nacionais, por não existir uma autoridade nacional reguladora, para os nomes geográficos. O próprio Ministério das Relações Exteriores apresenta problemas com a grafia dos nomes de alguns países, havendo uma proposta de normatização desenvolvida por Coutinho (2003). No entanto é grande a diversidade de escritas que podem ser encontradas, todas com justificativas plausíveis, como por exemplo, para a cidade de Singapura e Cingapura. Diversos autores consideram Cingapura como a grafia correta, porém a Academia Brasileira de Letras e O Ministério das Relações Exteriores consideram a grafia correta como Singapura. Se em relação aos nomes de cidades apresentam-se esses problemas, o que dizer dos nomes de feições geográficas diversas, tais como rios, planaltos, planícies, montes, montanhas, entre outros? O massacre de MY LAI, ocorrido na guerra do Viet Nam, foi causado devido à existência de seis diferentes MY LAI no país e a sua errada identificação. O que dizer do Mar do Japão ou da Coréia? Beiging ou Pequim? Nova York, Nova Iorque ou New York? San Francisco ou São Francisco; São Diego ou San Diego? São Cristóvão e Nevis ou St. Kitts e Nevis? èïé ÈÈ××× Ý±²¹®»--± Þ®¿-·´»·®± ¼» Ý¿®¬±¹®¿º·¿ô η± ¼» Ö¿²»·®±ô Þ®¿-·´ô îï ¿ îì ¼» ±«¬«¾®± ¼» îððéò ÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ Uma língua ou linguagem mostra como ela é falada, enquanto o sistema de escrita apresenta a sua forma de escrita e de representar a língua falada. A língua escrita em russo utiliza o alfabeto cirílico, enquanto o português e a maioria das línguas de origem européia utilizam o alfabeto romano. Afirmar que KIEV é a tradução de na linguagem cirílica, aponta para os seguintes erros (RANDALL, 2001): Kiev não é tradução, mas a forma em inglês conversacional de . Cirílico não é uma língua, mas um sistema de escrita (com diferentes formas); Como fica em português? Assumimos a forma inglesa escrita, mas não pronunciada, Quiéve e não Quiive. A tradução é a expressão de uma tradução na acepção da palavra, assumindo e o nome traduzido como forma padrão da expressão do nome geográfico. A tradução de Buenos Ayres seria Bons Ares! Schwarzwald é traduzido por Floresta Negra,. que já é um tradicional exônimo na língua portuguesa, por tradução. A transliteração é o procedimento de converter as letras dos vários alfabetos escritos não romanos, para as letras de um alfabeto romano. Dessa forma pode-se escrever corretamente que: A capital da Ucrânia é conhecida em português por Kiev, forma convencional vindo do inglês. A forma falada em ucraniano cirílico é é . O nome romanizado para o inglês de acordo com o sistema BGN/ PGGN, da ONU, o resultado é KYYIV, o que em português corresponderia a palavra QUIIVE. Outro exemplo pode ser aplicado à capital do Egito. A transliteração fornece o nome AL QÃHIRAH, cuja pronúncia correta em português seria AL CÃRRIRA, no entanto, a forma convencional em português é expressa pela palavra Cairo. Como observação, um dos grandes problemas enfrentados pelos países que fazem parte da força de ocupação do Afeganistão e do Iraque é exatamente a definição e conhecimento dos nomes das localidades. tando a localização geográfica de cada um dos nomes (coordenadas de página); - 104 (cento e quatro) arquivos em formato PDF, relativos à 196 (cento e noventa e seis) mapas. Não estão considerados aqui os mapas das páginas de descrição dos continentes; - tabelas de códigos UNICODE, ANSI e ISSO, para letras, países, continentes, lugares etc. - gazeteer glossário geográfico, com a versão anterior; - Relação dos países e informações a atualizar. O primeiro grande problema verificado foi a cerca da repetição dos nomes geográficos e a sua presença no glossário: o nome aparece apenas uma única vez no glossário, no entanto aparecendo em uma série de páginas, das quais não se tinha a informação das ocorrências. Por outro lado a inexistência de uma autoridade nacional em nomes geográficos, a falta de padronização e grande diversidade de nomes diferentemente colocados, levou o grupo a tomar uma série de decisões, as quais deveriam ser técnica, científica e linguisticamente embasadas. Para isso foram procurados o Ministério das Relações Exteriores, a Academia Brasileira de Letras, Instituto Antonio Houaiss, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Departamento de Lingüística, da Faculdade de Ciências e Letras da USP, entre outras. Foi estabelecido assim, critérios de tradução ou não dos nomes geográficos, com a devida chancela de pesquisadores, técnicos e cientistas voltados para esse tipo de estudo. Verificou-se a necessidade de desenvolvimento de um banco de dados que permitisse a consulta sobre os nomes geográficos, nomes originais, traduzidos, ocorrências nas páginas e localização em cada uma delas. Assim foi desenvolvida a metodologia que foi aplicada ao projeto. 4 - METODOLOGIA A metodologia desenvolvida e aplicada foi estabelecida pelas seguintes fases: Fase 1 Tradução a - Definição dos nomes a traduzir; b - atribuição de critério de tradução; c carga no banco de dados; d elaboração dos arquivos de apoio de cada mapa; e validação, atribuição de Unicode e geração de arquivo excell de cada mapa. 3 O DESAFIO QUANTIFICAÇÃO O Laboratório de Cartografia do Departamento de Geografia da UFRJ GeoCart, foi contato pela Seleções do Reader´s Digest, para realizar a tradução dos nomes geográficos do Atlas, bem como da revisão técnica das informações, revisão do Glossário Geográfico (Gazeteer) e atualização das informações gerais sobre dados dos países e continentes. Em termos quantitativos, foram levantadas as seguintes informações: - foi recebida uma tabela geral de uma versão anterior, com cerca de 93527 nomes geográficos, cons- Fase 2 Revisão Nesta fase foram recebidas as provas, com os nomes conforme deveriam ser impressos. As etapas foram as seguintes: a Revisão do mapa e excell; b Validação; c Atualização das informações sócio-econômicas dos países e glossário; èïè ÈÈ××× Ý±²¹®»--± Þ®¿-·´»·®± ¼» Ý¿®¬±¹®¿º·¿ô η± ¼» Ö¿²»·®±ô Þ®¿-·´ô îï ¿ îì ¼» ±«¬«¾®± ¼» îððéò ÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ para cada nome repetido no Atlas, consulta a topônimo original, a topônimo traduzido, página dupla, página exportação, página traduzida e local, que fornece através do código a página e as coordenadas da grade. d Revisão final. 4.1 Banco de Dados O banco de dados foi desenvolvido com a utilização do Microsoft Access, devido a ser um banco de consulta simples e permitir o trabalho com a quantidade de nomes geográficos que se iria tratar. O conteúdo inicial do banco veio com o material fornecido pela Seleções do Reader´s Digest. Os campos constantes no banco foram devidos como: Código (COD) - Nome Original (Map_name) - Nome no Glossário (Índex_name) - Nome em português (nome_pt) - Nome no Glossário português (Índex_pt) e Justificativa. Foram criadas tabelas auxiliares, com a ligação entre código e número de página de pertinência 4.2 Arquivos PDF Os arquivos PDF recebidos apresentavam apenas a toponímia associada, como pode ser observado na figura 1. Figura 1 Exemplo de um arquivo PDF O trabalho inicial em cada mapa foi a identificação de cada topônimo que deveria ser traduzido em cada mapa, gerando-se um novo arquivo PDF e um arquivo em Excell, com o código do topônimo e sua tradução, bem como a justificativa dessa tradução. Figura 2. èïç ÈÈ××× Ý±²¹®»--± Þ®¿-·´»·®± ¼» Ý¿®¬±¹®¿º·¿ô η± ¼» Ö¿²»·®±ô Þ®¿-·´ô îï ¿ îì ¼» ±«¬«¾®± ¼» îððéò ÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ Figura 2 Mapa em PDF, com todos os nomes sujeitos a tradução marcada. 4.3 Carga no Banco de Dados Após os nomes em todos os mapas terem sido marcados, foi iniciada a carga no banco de dados, durante a qual foi verificada a existência do nome, o número de cada página que continha o nome, o grid de indicação e no caso a adição de um novo nome, caso não estivesse incluso no banco original. Ao término da carga foi possível a identificação da tradução de 13568 nomes, caracterizando-se ainda a adição de mais 3745 nomes que não constavam na versão do Atlas enviada para trabalho. Praticamente todos os países sofreram algum tipo de atualização, inclusive a própria base de países, com a separação da Sérvia e Montenegro. As atualizações foram todas baseadas nas páginas The World Factbooks, Banco Mundial, BIRD, entre outras, com a obtenção dos dados mais atualizados. Desta forma a edição brasileira é a mais atualizada existente no momento, entre todos os Atlas Mundiais lançados no presente ano. 5 CONCLUSÕES O trabalho desenvolveu-se durante o período de dezembro de 2006 à junho de 2007, sendo que até abril de 2007 ocorreu a fase de tradução e o restante para a revisão. O desenvolvimento deste projeto, pelo Laboratório de Cartografia GeoCart, do Departamento de Geografia, foi extremamente gratificante, tanto em termos de experiência profissional, como de aquisição de conhecimento científico, em relação a linha de pesquisa de Nomes Geográficos, que o Laboratório desenvolve junto com o Programa de Pós-Graduação em Geografia. Pelo menos três trabalhos técnicos foram levados a publicação, subsídios para uma tese de doutorado e quatro trabalhos de iniciação científica. 4.4 Continuidade do Trabalho Após a carga no banco de dados, foi desenvolvido uma nova etapa de revisão interna, para verificação da consistência dos dados e informações. Uma vez terminado o trabalho em cada mapa, revisto, era enviado para a sede, já para a realização da primeira prova. 4.5 Fase 2 Os trabalhos da fase 2, forma realizados mais a título de revisão sobre os mapas, textos e informações sócio econômicas sobre os países e regiões citadas no Atlas. èîð ÈÈ××× Ý±²¹®»--± Þ®¿-·´»·®± ¼» Ý¿®¬±¹®¿º·¿ô η± ¼» Ö¿²»·®±ô Þ®¿-·´ô îï ¿ îì ¼» ±«¬«¾®± ¼» îððéò ÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ ra Conferência Sul-Americana Sobre Normalização de Nomes Geográficos (Palácio Itamaraty, 17 a 21 de setembro de 1973). 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