Curso de Revisão para Enfermagem em Intervenção Cardiovascular DESBHCI DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO PERCUTÂNEO DAS ARRITMIAS VENTRICULARES E SUPRAVENTRICULARES Enfa. Veruska Hernandes Especialista de Produto Biosense Webster – J&J Outubro 2012 Sistema de Condução Elétrico Cardíaco Arritmias Cardíacas < 60 bpm Bradicardia FC = 60 a 100 bpm Normal Ritmo regular ou irregular > 100 bpm Taquicardia Arritmias Cardíacas Tipo de tratamentos Medicamentos Devices • Marcapasso • Cardiodesfibrilador Implantável • Ressincronizador cardíaco Ablação por cateter Eletrofisiologia Cardíaca é um braço da Cardiologia Intervencionista que envolve o diagnóstico e tratamento invasivo percutâneo das arritmias cardíacas. Fluxo do Paciente HOSPITAL Pronto Socorro / Enf. / UTI Laboratório de Eletrofisiologia PACIENTES MÉDICOS CLÍNICOS E CARDIOLOGISTAS Eletrofisiologista (realiza procedimentos simples) Eletrofisiologista (realiza procedimentos complexos) Fontes pagadoras / Auditores Campanhas de Conscientização / Folhetos explicativos Reuniões Clínicas Educação Profissional Suporte Técnico Disponibilidade de tecnologia Treinamento EBM Arritmias Cardíacas – Opções de Tratamento Bradicardia Taquicardia Taquiarritmias Cardíacas – Ablação por cateter Taquicardia Supra Ventricular (TPSV, FLA, TA) Fibrilação Atrial (FA) Prevalência: baixa Prevalência: alta (0.3M – Brasil) Procedimento rápido (1-2h) Procedimentos longos (3-5h) Baixa complicação Complicação alta Taxa de sucesso: 95-100% Taxa de sucesso : 60-80% Taquicardia Ventricular (TV) Prevalência: média Procedimentos longos (3-5h) Complicação média/alta Taxa de sucesso: 60-90% Tipos de Procedimento ESTUDO ELETROFISIOLÓGICO DIAGNÓSTICO • Avaliação do sistema excito-condutor cardíaco • Objetivo: DIAGNÓSTICO ou CONFIRMAÇÃO DO DIAGNÓSTICO da arritmia cardíaca – análise de como o sistema elétrico está se comportando. • Nesse momento, o médico traçará a estratégia de tratamento = clínico (medicamento), ablação ou CRM. ESTUDO ELETROFISIOLÓGICO TERAPÊUTICO – ABLAÇÃO • Considera a ablação como estratégia de tratamento • Objetivo: CURATIVA • Para arritmias complexas o médico pode necessitar de equipamentos de imagem mais avançados - Mapeamento Eletroanatômico / ECO Intracardíaco Produtos e equipamentos utilizados Cateteres Diagnósticos / Acesso / Imagem Diagram: No scale (Disposables) Convencional Curva Fixa Deflectíveis 4 mm 8 mm Irrigados Força de contato Avançados Circular ICE Bainhas Cateteres Terapêuticos (Ablação) Lasso ® Webster ® SmartTouch® Avail ® AcuNav ® Preface ® ThermoCool® Equipamentos Necessários Polígrafo Surgery Gerador de Radiofrequência Usado em todo Usado em todos os procedimento de ablação procedimentos para para liberar a energia de analisar os sinais radiofrequência. elétricos cardíacos. Bomba de Irrigação Usada com cateteres de ablação irrigados. Mapeamento 3D Tipicamente usado em procedimentos mais complexos Stockert EP Shuttle® CoolFlow® CARTO® 3 Ultrasom Tipicamente utilizado em procedimentos complexos Dinâmica do Procedimento Procedimento realizado na Sala de Hemodinâmica ou no CC com arco em C Arritmias “Simples” Geralmente procedimento realizado utilizando somente imagem fluoroscópia Dinâmica do Procedimento Procedimento realizado na Sala de Hemodinâmica ou no CC com arco em C Arritmias Complexas Utiliza, além da fluoroscopia, outros sistemas de imagem, que são aproveitados em 100% do tempo. Dinâmica do Procedimento Técnica de Seldinger Para cada cateter inserido é utilizado um acesso vascular dedicado. 1 cateter = 1 introdutor valvulado Acessos Vasculares EEF Diagnóstico e Arritmia localizada no lado direito do coração Punção Veia Jugular Interna Direita (1 acesso) Punção Veia Femoral Direita (2 a 3 acessos) Arritmia localizada no lado esquerdo do coração Punção Veia Jugular Interna Direita (1 acesso) Punção Veia Femoral Esquerda (1 acesso) Punção Veia Femoral Direita (2 acessos) - Punção Transeptal Ou Punção Artéria Femoral Direita (1 acesso) Punção Veia Femoral Esquerda (1 acesso) Acessos Vasculares Punção Transeptal: acesso ao átrio esquerdo através do átrio direito. Passagem realizada através da punção do septo interatrial (fossa ovalis). Material utilizado: • Introdutor longo (Bainha para punção transeptal) • Agulha para punção transeptal (Brockenbrough) Bainha longa ou Bainha para punção transeptal Lado Direito Lado esquerdo • Melhor estabilidade do cateter durante a ablação da TRN e do Flutter Atrial. • Acesso por via transeptal • Direciona os cateteres nos procedimentos realizados no átrio esquerdo Punção Epicárdica Espaço Pericárdico Posicionamento dos Cateteres Feixe de His Átrio Direito / Ventrículo Direito Seio Coronário Átrio Direito Alto Seio Coronário Válvula Mitral Feixe de His Ápex do Ventrículo Direito Óstio do SC Estudo Eletrofisiológico Derivações Periféricas Tempo de Condução pelo NAV Tempo de Condução pelo Feixe de His Eletrogramas Intracardíacos Tempo de Condução pelo Sistema His-Purkinje Velocidade: 200 ms Ablação por cateter - Tipos de Energia Energias Corrente direta (1983) Gallagher e Scheinman Modo de Controle de Energia Radiofrequência (1986) Criotermia, Laser e US Huang et al Modo de Controle de Temperatura Brasil – São Paulo 1992 Ablação por cateter • Energia utilizada: radiofrequência • Necessita de gerador específico Ablação por Cateter utilizando Radiofrequência Ablação por Cateter utilizando Radiofrequência Ablação Linear Ablação Focal Mapeamento Eletroanatômico Tridimensional Benefícios • A utilização do Mapeamento Eletroanatômico está associado com uma drástica redução no tempo de fluoroscopia e dose de radiação1. • Tempo de fluoroscopia: 20 minutos a menos vs abordagem convencional • Dose de fluoroscopia: 1/5 da dose da abordagem convencional Dose de Fluoroscopia Total Tempo de Fluoroscopia Total Informações relacionadas com a utilização do Sistema CARTO® 3 (Biosense Webster, Inc) Mapeamento Eletroanatômico Tridimensional Mapeamento Eletroanatômico Tridimensional Ecocardiograma Intracardíaco Cateter SoundStar® Benefícios Clínicos • Visualização em tempo real da anatomia cardíaca • Segurança – visualização de eventos adversos (tamponamento cardíaco, trombo sanguíneo) • Aumenta confiança na punção transeptal (reconhecimento das variações dos septos interatriais) • Visualização da aproximação do cateter com o endocárdio Ecocardiograma Intracardíaco • A utilização do ECO Intracardíaco pode colaborar na prevenção de duas importantes complicações que podem ocorrer durante a punção transeptal: Perfuração da Aorta Perfuração do Miocárdio Atrial Ecocardiograma Intracardíaco Ecocardiograma Intracardíaco A ENFERMAGEM NOS PROCEDIMENTOS DE ELETROFISIOLOGIA CARDÍACA INVASIVA Drogas utilizadas durante o procedimento Otimizar o procedimento: • Isoproterenol (Isuprel) • Atropina • Procainamida (não produzida no Brasil) • Adenosina • Dobutamina / Dopamina/ Noradrenalina Cardioversão química • Procainamida (não produzida no Brasil) • Propafenona • Adenosina • Verapamil / Diltiazen • Amiodarona • Metoprolol Assistência no Pré-procedimento • • Orientação do procedimento: indicação Discutir riscos e benefícios – verificar conhecimento adquirido após a explicação médica Consentimento informado História: sobre a arritmia, co-morbidades, alergias, cirurgias prévias, MP/CDI Exame físico direcionado Verificar gravidez ou “possibilidade de” em mulheres – β-HCG ou exame de urina Revisão de resultados laboratoriais e imagens • • • • • • – Exames de rotina: hemograma, função renal, K+ Remoção de próteses, lentes de contato, óculos, se presentes Assistência no Pré-procedimento • • Jejum de 6 a 8 horas Tomar os medicamentos para controle de pressão arterial normalmente Suspensão de drogas antiarrítmicas • – – – • • • • Respeitar o tempo de 5 meias-vidas: Amiodarona: 30 dias β-bloqueadores e bloq. Canais de Na: 3 a 5 dias Suspensão de anticoagulante e heparinas - Checar RNI antes do procedimento (< 1,5) Tricotomia Lesões na pele (região ingluinal) Peso / altura Assistência no Intra-procedimento ECG 12 derivações: O correto posicionamento dos eletrodos é importantíssimo! Assistência no Intra-procedimento Vise sempre o conforto do paciente! – posicionamento de braços e pernas, temperatura. Acesso venoso periférico (sempre!) – SF0,9% ou RL para ofertar uma adequada hidratação (100 a 150 ml/h) Pressão arterial não invasiva (cada 15 minutos, média) Oxímetro de pulso Cateter de oxigênio (se sedação) Campos cirúrgicos e material Anestesia local / sedação / geral SVD – somente em procedimentos muito demorados ou utilização de cateter com irrigação Placa de dispersão da RF - Posicioná-la Heparinização: controle pelo TCA Infusão de drogas: Isoproterenol (1 a 5 µg/min - 20% da FC basal) Diluir 1 ampola (0,2 mg) em SF0,9% 100 ml – iniciar com 30 ml/h Risco no Eletrodo Indiferente 80°C 80°C T [°C] Z [Ohm] P [W] Mal contato Tecido Primeiro local com alta impedância, alta densidade de corrente Segundo local com alta impedância, alta densidade de corrente Freiburg / 2006 37 Obrigada! Veruska Hernandes 011 3030 1451; [email protected] Ablação TRN SC HIS HIS AD SC AD AD=átrio direito / SC=seio coronário Ablação Via Acessória Direita RVA=ventrículo direito / CS=seio coronário / ABL:cateter de ablação / RCA=Artéria Coronária Direita Ablação Via Acessória – Esquerda Retroaórtica ABL VD SC HIS VD=ventrículo direito / SC=seio coronário / ABL=cateter de ablação Ablação Via Acessória – Esquerda Abordagem Transeptal NS ABL HIS SC VD VD=ventrículo direito / SC=seio coronário / NS=Nó Sinusal TAQUICARDIA ATRIAL DIREITA • ACESSOS VASCULARES: Veia Femoral Direita 2 ou 3 introdutores valvulados Veia Jugular Interna Direita 1 introdutor valvulado 2. Cateter de ablação Cateter terapêutico 4 mm – unidirecional ou bidirecional – ou Cateter terapêutico irrigado 3,5 mm – unidirecional ou bidirecional • PRODUTOS UTILIZADOS: 1.Cateteres diagnósticos utilizados Cateter diagnóstico octapolar ou duodecapolar – curva deflectível – mapeamento AD Cateter diagnóstico quadripolar – curva fixa ou deflectível – mapeamento His Cateter diagnóstico decapolar – curva fixa ou deflectível – mapeamento do SC AD=átrio direito / VD=ventrículo direito / SC=seio coronário Ablação TA Direita Ablação de Flutter Atrial Istmo Dependente CS=seio coronário / ABL=cateter de ablação / HALO=cateter duodecapolar Ablação de Flutter Atrial Atípico Arritmia Complexa Ablação de Fibrilação Atrial PROCEDIMENTO COMPLETO - ABLAÇÃO Mapeamento Ablação Validação Segurança Mapeamento Eletroanatômico Cateter Irrigado Cateter Circular Cateter ECO IC Sistema CARTO® Cateter THERMOCOOL® Cateter LASSO® Ablação de Fibrilação Atrial Isolamento Segmentar das Veias Pulmonares • Técnica desenvolvida por Michel Haïssaguerre • Utiliza o cateter circular Lasso e Fluoroscopia • Visualiza os potenciais de Veias Pulmonares através do cateter Lasso Mapeamento VPD Mapeamento VPE Ablação de Fibrilação Atrial Isolamento Segmentar das Veias Pulmonares Antes da Ablação Depois da Ablação PVP Ablação Circunferencial das Veias Pulmonares • Técnica desenvolvida por Carlo Pappone • Utiliza o CARTO Pappone C, et al. JACC 2003, 42: 185-97 Ablação Circunferencial das Veias Pulmonares • Técnica desenvolvida por Fred Morady • Utiliza o Sistema CARTO Oral H, Fred Morady et al. Circulation, 2003, 108: 2355-2360 Isolamento Circunferencial Isolamento Circunferencial com Linhas de Bloqueio Arq. Bras. Cardiol. vol.85 no.4 São Paulo Oct. 2005 Isolamento Segmentar Mapeamento Eletroanatômico Mapeamento Eletroanatômico Ecocardiograma na Ablação da FA Relampa 2010 23(4):223-229. TAQUICARDIA VENTRICULAR DIREITA TAQUICARDIA VENTRICULAR ESQUERDA