OS DESAFIOS DE UMA EDUCAÇÃO PARA INOVAÇÃO DENTRO DAS ORGANIZAÇÕES Adelice Leite de Godoy Dr. César Kyn d’Ávila Dr. Marcos Akira d’Ávila Aprendizado e cultura da inovação no ambiente organizacional — 188 — Adelice Leite de Godoy, Dr. César Kyn d’Ávila, Dr. Marcos Akira d’Ávila Capítulo 10 Os Desafios de uma Educação para Inovação dentro das Organizações 1. INTRODUÇÃO Quando falamos de uma educação voltada para inovação num contexto federativo, estamos nos referindo ao futuro do país. Isto ocorre porque a inovação está intimamente ligada ao processo de geração de riqueza e melhoria de aspectos sociais, que, por sua vez, são elementos necessários para promover condições individuais e coletivas para um progresso contínuo e sustentável. Por esses motivos mais gerais, o tema da inovação tem sido muito discutido, aparecendo constantemente dentro da lista de prioridades e preocupações de muitas organizações em todo o mundo. É também muito freqüente, em discussões sobre Gestão Empresarial, Planejamento Estratégico, colocar a inovação como fator determinante para a sobrevivência da empresa, razão pela qual o tema está presente em praticamente todas as pautas de discussão do mundo corporativo. Uma pesquisa sobre inovação, conduzida pelo Management Centre Europe e pelo Human Resource Institute da Universidade de Tampa, constatou que mais de 90% dos 1350 executivos entrevistados classificaram a inovação como sendo importante ou muito importante. No entanto, há um outro ponto interessante nessa pesquisa, pois 85% deles não consideram suas empresas bem sucedidas em inovação [1]. A partir desses números, decorre a constatação da existência de uma distância entre o que se quer e o que se obtém. Dentro do espectro da pesquisa, existe praticamente consenso dos executivos das organizações em apontar a inovação como algo fundamental e, portanto, desejável, mas com a ressalva de que os resultados obtidos através dos processos implementados para a geração de inovações têm sido insatisfatórios. — 189 — Aprendizado e cultura da inovação no ambiente organizacional Diversos pontos podem ser colocados como fatores de insucesso para se alcançar resultado positivo nas inovações no âmbito organizacional. Podemos, por exemplo, citar as dificuldades para implementação de sistemas de gestão da inovação e para determinação das ferramentas mais adequadas para os processos. Podemos também citar questões de ordem cultural, que, se por um lado garantem a continuidade da identidade de uma organização no tempo, simultaneamente podem se tornar, em diversos aspectos, barreiras no trabalho de realização das mudanças necessárias. Tal fato nos leva a analisar as questões relacionadas à educação e de que forma ela pode se tornar um agente propulsor das inovações dentro das organizações. 2. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Antes de abordar especificamente o papel da educação dentro do processo de geração de inovações, devemos atentar para alguns conceitos importantes. O primeiro conceito é o de Inovação, que pode ser definida como “qualquer mudança benéfica para uma organização” [2]. Este conceito é fundamental para que compreendamos que a inovação está intimamente ligada às organizações. Note, portanto, que o foco de todo o processo para geração da inovação está na realização de mudanças no âmbito organizacional, que podem levar a novos produtos, processos e tecnologias que refletirão nos mais variados benefícios. O segundo conceito é o de Organização, que, de acordo com as normas ISO [3], consiste em “grupo de instalações e pessoas com um conjunto de responsabilidades, autoridades e relações”. Entretanto, neste artigo, ampliaremos um pouco o conceito de organização para “um grupo de instalações, processos, recursos e pessoas com um conjunto de responsabilidades, autoridades e relações, arranjados para atingir uma finalidade específica.” O terceiro conceito é o de Educação. “Em geral designa-se com esse termo a transmissão e o aprendizado das técnicas culturais, que são as técnicas de uso, produção e comportamento [...] que permitem o trabalho em conjunto de modo mais ou menos ordenado e pacífico” [4]. Note que esta definição deixa explícita a necessidade da transmissão de conhecimento, desenvolvimento de habilidades e atitudes necessárias para a realização de um fim. Estes três conceitos são importantes para a discussão que se segue. — 190 — Adelice Leite de Godoy, Dr. César Kyn d’Ávila, Dr. Marcos Akira d’Ávila 3. NÍVEIS ORGANIZACIONAIS Uma organização é composta por diversos elementos, conforme observamos na definição dada na Seção 2. Esses elementos se relacionam e interagem para que se cumpra a finalidade para a qual a organização existe. Por exemplo: uma empresa tem por finalidade fornecer produtos ou serviços ao mercado no qual atua; um instituto de pesquisa público tem por objetivo fornecer para a sociedade um conjunto organizado de conhecimentos; um hospital fornece atendimento a pacientes. Desta forma, os elementos que compõem uma organização formam determinados arranjos para que essa associação cumpra a sua finalidade. Estes arranjos criam uma estrutura organizacional. Ao observarmos as diferentes estruturas organizacionais, podemos identificar que estas relações e interações acontecem em níveis qualitativos distintos. Três níveis qualitativos (Figura 1) foram por nós identificados, dentro dos quais atuam e se relacionam os diversos elementos de uma organização: — nível fundamental — nível extensivo — nível intensivo Figura 1 Os níveis organizacionais. — 191 — Aprendizado e cultura da inovação no ambiente organizacional O nível fundamental é o que dá suporte aos demais níveis da empresa. Neste nível, estão os aspectos fundamentais ou essenciais da organização, tais como a cultura organizacional, a identidade, a missão da organização e sua visão de futuro. Na maioria das vezes, as ações que ocorrem neste nível não têm impacto direto sobre as atividades do dia-a-dia das organizações, mas permeiam todas as atividades, agindo de forma indireta. Em geral, as decisões aqui tomadas são implementadas no médio e longo prazo, uma vez que qualquer mudança nos fundamentos de uma empresa necessita de um tempo de adaptação para que a empresa não se desorganize. Tomemos como exemplo uma mudança de cultura. É fato incontestável que, se uma organização existe e está atuando e cumprindo sua finalidade, a sua cultura organizacional está suprindo de alguma forma as necessidades que possui. Contudo, diante de uma avaliação mais aprofundada, a alta administração pode concluir que esta cultura não suporta um crescimento da empresa ou mesmo não provê mecanismos que permitam que a organização se sustente ao longo do tempo. Diante deste quadro, é necessário que a cultura existente seja alterada, ou seja, as pessoas precisarão passar a agir de outra forma. Dependendo do nível de modificação pretendido, uma implementação abrupta pode causar uma completa desorganização da empresa, pois as pessoas necessitam de tempo para absorver uma nova cultura. As ações e decisões tomadas no nível fundamental, portanto, não exercem impacto imediato sobre as atividades do dia-a-dia das empresas, mas as condicionam no médio e longo prazo. As pessoas que agem nesse nível fundamental são ocupantes de altos cargos, consultores estratégicos, membros de conselhos científicos e tecnológicos, etc. Antes de explicar detalhadamente os outros dois níveis da Figura 1, vamos diferenciar, no presente contexto, o extensivo e o intensivo. Tratamos como sendo nível intensivo a unidade formadora do nível extensivo ao qual ela pertence, do ponto de vista do observador, e chamamos de nível extensivo aquele no qual estas unidades se inserem, relacionam e interagem. Podemos dizer que o nível extensivo se forma como uma teia, unindo elementos intensivos dispersos em seu meio. — 192 — Adelice Leite de Godoy, Dr. César Kyn d’Ávila, Dr. Marcos Akira d’Ávila Figura 2 Extensividade e Intensividade Observando a Figura 2, temos a teia vermelha representando o nível extensivo, que liga diversos elementos intensivos. No entanto, nossa definição leva em consideração o ponto de observação, isto porque dependendo do ponto de vista de observação, um elemento da organização pode ser considerado intensivo ou extensivo. De novo, um exemplo nos auxiliará a apreender este conceito. Consideremos uma empresa que possua várias filiais. Se colocarmos o observador no nível máximo da corporação, ele enxergará todas as filiais e suas inter-relações. Podemos entender que as inter-relações são de nível extensivo, e cada filial tomada individualmente, constitui um elemento intensivo que faz parte da estrutura extensiva. Dentro de cada filial temos diferentes processos, tais como vendas, produção, entrega, etc., processos estes que, dentro do ponto atual de observação, são internos às filiais e, portanto, de nível intensivo. Se, no entanto, mudarmos o ponto de vista do observador para a gerência da filial, perceberemos que, neste caso, no nível extensivo estão justamente os processos, sendo o nível intensivo formado por pequenos grupos ou mesmo indivíduos. A delimitação dos níveis intensivos e extensivos dentro de uma organização depende do grau de complexidade da estrutura organizacional. — 193 — Aprendizado e cultura da inovação no ambiente organizacional Equivale a dizer que, em um nível de complexidade mais “baixo”, as unidades formadoras, ou seja, o nível intensivo, são pessoas e recursos, enquanto que a extensividade é observada nas relações entre esses elementos, que podem ser organizadas na forma de um processo, de um departamento ou de um grupo de projeto. Quando nos deslocamos para um nível de complexidade mais alto, os elementos intensivos passam a ser os processos, departamentos ou grupos que no nível de complexidade anterior (mais baixo), consideramos extensivos. Neste novo nível, a extensividade não é mais dada pela inter-relação entre as pessoas, mas pela inter-relação das novas unidades formadoras. Portanto a extensividade se dá pelos fluxos entre processos, pelas relações entre departamentos ou mesmo pelas relações e trocas entre grupos de projeto. A figura seguinte mostra que, ao subirmos de nível e aumentarmos o número de interações, aumentamos também a complexidade do nível no qual estamos trabalhando (ponto de observação), e o que era extensivo passa a ser intensivo no nível acima. Assim, o que era extensivo no ponto de observação 1, passa a ser intensivo no ponto de observação 2. Ponto de Observação 2 Ponto de Observação 1 Observamos ainda, na mesma figura, que o nível fundamental suporta os demais níveis da organização. As ações que ocorrem no nível intensivo são “pontuais” em relação ao ponto de vista da observação e da abordagem utilizada e estão dentro das atividades práticas do dia-a-dia das organizações. Estas atividades podem incluir desde uma alteração de formulário de verificação até uma mudança de produto feita pelo engenheiro especialista. Em um nível de menor complexidade, podemos dizer que os elementos intensivos são as pessoas e recursos utilizados para realizar as atividades de um departamento ou de um processo. — 194 — Adelice Leite de Godoy, Dr. César Kyn d’Ávila, Dr. Marcos Akira d’Ávila Em um nível de maior complexidade, os elementos intensivos são os departamentos ou processos necessários para realizar alguma atividade. Os elementos extensivos também estão dentro das atividades práticas do dia-a-dia das organizações, mas referem-se às estruturas que condicionam a ação dos elementos intensivos e os fluxos entre os mesmos elementos. 4. A TIPOLOGIA DAS INOVAÇÕES Definimos inovação como “qualquer mudança benéfica no ambiente interno da empresa” [1], logo, entendemos por Gestão da Inovação a administração das ações e estratégias necessárias para implementar, verificar e garantir que mudanças benéficas ocorram na organização de forma sistemática e assim garantam a sua sustentabilidade ao longo do tempo. A partir das definições dos níveis na Seção 3, verificamos que inovações acontecem em qualquer um dos níveis apresentados. Classificaremos então as inovações de acordo com o nível qualitativo no qual ela ocorre: inovações fundamentais, inovações intensivas e inovações extensivas, dependendo em qual nível qualitativo ela ocorre. Cada inovação ocorre a partir de ações tomadas em cada um dos níveis apresentados na Figura 1. Uma primeira observação importante é que uma educação voltada para a inovação deve considerar as diferenças de conhecimento, habilidades e atitudes demandadas por cada nível, pois já deve estar bastante claro que a Gestão da Inovação permeia todos os elementos da organização (V.Figura 4). Figura 4 Gestão da Inovação dentro da estrutura organizacional. — 195 — Aprendizado e cultura da inovação no ambiente organizacional 5. A EDUCAÇÃO PARA O NÍVEL FUNDAMENTAL DAS ORGANIZAÇÕES As inovações fundamentais estão relacionadas às mudanças de premissas e fundamentos da empresa. Conforme mencionamos brevemente na Seção 2, trata-se de inovações ligadas às mudanças culturais e suas decisões estratégicas de médio e longo prazo. Por conseguinte, as pessoas que atuam neste nível devem ter, simultaneamente, visão generalista e conhecimentos específicos. A visão generalista inclui necessariamente conhecimento sobre áreas do conhecimento humano como ciência, política, ética e as disciplinas das chamadas artes liberais [5]. Os conhecimentos específicos referem-se tanto ao ambiente da empresa como ao domínio de metodologias de análise e pesquisa. As questões éticas são de demasiada importância. No nível fundamental, devemos buscar pessoas com grande disciplina mental e apreço pela verdade. Entretanto, a facilidade de relacionamento interpessoal, aspecto muito valorizado dentro das corporações nos níveis intensivo e extensivo, embora seja uma característica desejável, não é essencial para as pessoas deste nível. Portanto, uma educação que atenda às necessidades do nível fundamental das organizações deve primar, pelo menos, pelos seguintes aspectos: — Conhecimento teórico de disciplinas generalistas; — Vivência prática nos níveis intensivo e extensivo; — Domínio de ferramentas e metodologias de análise e pesquisa; — Atitudes mais voltadas para a ética pela verdade e disciplina mental, e menos no sentido do relacionamento interpessoal. O desafio das organizações está justamente em reunir esses conhecimentos, habilidades e atitudes [6] para garantir as competências necessárias em seu quadro de colaboradores no nível fundamental, 6. A EDUCAÇÃO NOS NÍVEIS INTENSIVO E EXTENSIVO As inovações intensivas são aquelas que melhoram um determinado processo ou produto de forma “pontual” no tempo e no — 196 — Adelice Leite de Godoy, Dr. César Kyn d’Ávila, Dr. Marcos Akira d’Ávila espaço. São inovações que podem gerar impacto sobre o trabalho prático do dia-a-dia para várias pessoas, mas quando dentro de um grupo ou processo, limita-se a aspectos específicos do trabalho deste grupo ou indivíduo. As inovações extensivas são também práticas e reais como as intensivas, porém referem-se a modificações de processos e práticas na relação entre os elementos intensivos da organização, em qualquer nível de complexidade. Referem-se a inovações em fluxos de qualquer natureza, residindo aí a sua característica extensiva. Com relação à formação das competências individuais necessárias para pessoas dos níveis intensivo e extensivo, vamos apontar algumas regras e tendências claras necessárias para guiar o processo de implantação de uma educação voltada para a inovação. Uma primeira regra que podemos estabelecer é que, quando tendemos para a intensividade, a educação pode-se concentrar cada vez mais na busca de novos conhecimentos e habilidades e menos no desenvolvimento de atitudes. Com a extensividade, as atitudes tornam-se cada vez mais importantes. É importante notar que em qualquer nível de complexidade, tanto intensivo como extensivo, as pessoas devem ter domínio de conhecimentos e habilidades. Entretanto, como segunda regra, os conhecimentos para pessoas em nível intensivo e/ou complexidades mais baixas devem ter cunho mais específico da sua função, enquanto que, aumentando-se a extensividade e/ou a complexidade, o conhecimento torna-se mais generalista. Uma terceira regra refere-se às habilidades. Neste caso, as habilidades são distintas para cada caso. O nível intensivo depende de habilidades técnicas específicas. Com a extensividade, passase a exigir habilidades para gerir diferentes elementos e seus fluxos inter-relacionais. Portanto, no nível intensivo, as principais demandas são: — Conhecimentos e habilidades específicas e profundas sobre a atividade a ser executada; — Conhecimento generalista superficial; — Desenvolvimento de atitudes como persistência, determinação e disciplina. — 197 — Aprendizado e cultura da inovação no ambiente organizacional Quanto ao nível extensivo, as principais demandas são: — Conhecimentos e habilidades mais genéricas dependentes do nível de complexidade; — Conhecimento mais generalista; — Habilidades de gestão, retórica e transferência de informação; — Desenvolvimento de atitudes para gerenciamento de conflitos, para gestão de pessoas e de liderança. Percebe-se claramente o grande desafio das organizações para projetar e reunir esses conhecimentos, habilidades e atitudes para os colaboradores nos níveis intensivo e extensivo. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÕES Neste artigo, apresentamos alguns dos desafios para uma educação organizacional voltada para a inovação. Ficou claro que, pelo modelo utilizado na Seção 2, as demandas educacionais para o fomento de inovações dependem do nível organizacional e da complexidade em que se faz a análise de requisitos. De fato, a partir dos desafios apontados, é possível desenvolver estudos mais detalhados e específicos para cada área de uma empresa no sentido de definir as demandas educacionais para cada situação. Não obstante o modelo se apresente bastante geral, já pode ser utilizado para mostrar alguns desvios existentes na educação das estruturas organizacionais. Muitas empresas optam por programas de educação corporativa, currículos mínimos para determinados cargos, grandes programas de treinamento e formação de funcionários, alternativas nem sempre eficazes ou completas para o fomento da inovação. São iniciativas que pecam ora pelo excesso no desenvolvimento de seus recursos humanos, ora pela falta de determinados conhecimentos, habilidade e atitudes cujo balanço é essencial para uma educação voltada para a inovação. Portanto, na busca da geração consistente de inovações dentro das organizações, podemos afirmar que a educação correta tem papel fundamental e que qualquer deficiência, se por um lado não inviabiliza totalmente as inovações, por outro, constitui uma barreira a ser vencida para que os objetivos e metas sejam atingidos de forma satisfatória. — 198 — Adelice Leite de Godoy, Dr. César Kyn d’Ávila, Dr. Marcos Akira d’Ávila REFERÊNCIAS [1] MCE — Management Centre Group. Innovation — It’s Not Just About New Products. Management Development — Executive Issue No. 28, 2007. [2] TIDD, J.; BESSANT, J.; PAVITT, K. Managing innovation: Integrating technological, market and organizational change. John Wiley & Sons, 1997. [3] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 9000: sistemas de gestão da qualidade: fundamentos e vocabulário. Rio de Janeiro, 2000. [4] ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. Martins Fontes, 2000. [5] JOSEPH, M. The Trivium — The Liberal Arts of Logic, Grammar and Rethoric. Paul Dry Books, 2002. [6] BOOG, G. G. Manual de Treinamento e Desenvolvimento — ABTD. São Paulo, 1999. INFORMAÇÃO SOBRE OS AUTORES: Adelice Leite de Godoy obteve sua graduação em Engenharia Química pela Unicamp em 1992, completando sua formação com o Curso de Especialização em Administração para Graduados (CEAG) da Fundação Getúlio Vargas. Profissionalmente, atuou no mercado, desde sua formação, em indústrias químicas, tais como AveryDennison, Dixie-TOGA e Chem-Trend, nas áreas de Desenvolvimento de Produtos e de Garantia da Qualidade. Atua há seis anos como Consultora e Instrutora em Gestão da Qualidade, Desenvolvimento de Programas de Treinamento, Elaboração de projetos de pesquisa para submissão de pleitos ao Ministério da Ciência e Tecnologia para fruição dos benefícios da Lei da Informática e para agências de fomento, tais como FAPESP, Finep e CNPq. Contato: [email protected]. — 199 — Aprendizado e cultura da inovação no ambiente organizacional Dr. César Kyn d’Ávila obteve sua graduação em Engenharia Elétrica em 1992 pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde também completou sua formação acadêmica com o Mestrado e Doutorado na área de Telecomunicações, nos anos de 1995 e 1998 respectivamente. Seus trabalhos acadêmicos se concentram em estudos sobre a tecnologias para comunicações móveis (CDMA, GSM, UMTS). Desde a sua formação como doutor, atua no mercado de telecomunicações, como consultor em diversas empresas operadoras, fabricantes de equipamentos e prestadoras de serviço. Possui grande experiência didática e ministrou inúmeros treinamentos em empresas como Samsung, Motorola, Nortel, Ericsson, Instituto Eldorado, Flextronics, Brasil Telecom, Telemar, Vivo, Claro, Telemig Celular, e outras, bem como cursos de pós-graduação em faculdades. Atualmente ocupa a posição de Diretor de Tecnologia do Centro de Desenvolvimento Profissional e Tecnológico (CEDET) e atua como pesquisador independente tendo orientado teses e trabalhos científicos em instituições de renome como Unicamp e Inatel. Contato: cé[email protected]. Dr. Marcos Akira d’Ávila é Ph.D em Engenharia Química pela University of California - EUA (2003). É formado em Engenharia de Materiais pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e é Mestre em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Possui diversos trabalhos acadêmicos nas áreas de processamento e reologia de polímeros, simulação de processos químicos, ressonânica magnética nuclear, emulsões e escoamentos multifásicos; onde publicou artigos internacionais e livros, além de diversos trabalhos em congressos no Brasil e no exterior. Ministrou cursos de graduação e pós-graduação na FEQ-Unicamp. Atualmente é pesquisador do Laboratório de Processos Químicos e Gestão Empresarial (PQGE) da FEQ-UNICAMP, onde exerce atividades de ensino e pesquisa. Contato: [email protected]. — 200 —