Química 12.º Ano
Unidade 2 – Combustíveis, Energia e Ambiente
Carlos Alberto da Silva Ribeiro de Melo
Lição n.º 54
Sumário: Continuação da aula anterior. Hidrocarbonetos: grupos funcionais. Isomeria.
COMPETÊNCIAS A PROMOVER
ESTRATÉGIAS DE ENSINO
RECURSOS
Interesse e empenho dos
Usar as regras de nomenclatura da IUPAC para
compostos orgânicos, para atribuir nomes e escrever
A aula inicia-se com a conclusão da aula anterior:
fórmulas de estrutura dos compostos com os grupos
nomenclatura de hidrocarbonetos cíclicos e aromáticos;
alunos em sala de aula;
Comportamento e disposição
funcionais álcool e éter, aldeídos e cetonas, ácidos
carboxílicos e ésteres e aminas e amidas;
exemplos;
diferentes identidades, com a mesma fórmula
molecular, mas com diferentes arranjos dos átomos
Iniciar o estudo da isomeria referindo os possíveis tipos de
na molécula, diferentes propriedades físicas e muitas
isomeria.
vezes diferentes propriedades químicas.
dos alunos em sala de aula;
Colocar numa tabela os principais grupos funcionais,
juntamente com a sua fórmula geral, terminação e
Associar o conceito de isómeros a compostos com
AVALIAÇÃO
Manual.
Registos escritos dos alunos
sobre as informações
fornecidas na sala de aula;
Respostas dos alunos aos
exercícios propostos.
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Aula n.º 6
Breve descrição da aula
 Nomenclatura IUPAC de grupos funcionais: álcoois, ácidos carboxílicos, aminas, amidas, éteres,
ésteres, aldeídos e cetonas;
Tempo
90 minutos.
Objectivos de aprendizagem
 Usar as regras de nomenclatura da IUPAC para compostos orgânicos, para atribuir nomes e escrever
fórmulas de estrutura dos compostos com os grupos funcionais álcool e éter, aldeídos e cetonas,
ácidos carboxílicos e ésteres e aminas e amidas;
 Associar o conceito de isómeros a compostos com diferentes identidades, com a mesma fórmula
molecular, mas com diferentes arranjos dos átomos na molécula, diferentes propriedades físicas e
muitas vezes diferentes propriedades químicas;
Principais dificuldades previstas
As principais dificuldades que se prevêem surgir durante o desenvolvimento da aula estão relacionadas
com a introdução dos grupos funcionais que em alguns casos podem ser confundidos dadas as suas
semelhanças. Também é possível que os fenómenos de isomeria não sejam bem assimilados enquanto
leccionados teoricamente sem a resolução de exercícios devido à sua complexidade.
Desenvolvimento da aula
O início desta aula será idêntico ao final da aula anterior, uma vez que será a continuação da
nomenclatura de compostos cíclicos e compostos aromáticos. Nesta altura, pergunta-se também aos
alunos se têm alguma dúvida sobre a matéria nova leccionada na aula anterior. Findo o assunto, já
descrito no plano da aula anterior, introduzem-se os principais grupos funcionais, de acordo com a tabela
indicada.
(tabela 1)
Grupo Funcional
Fórmula Geral
Álcool
CnH2n+2O
Nomenclatura
Exemplo (C3)
 A maior cadeia é a que contém o
grupo –OH
 A numeração da cadeia principal é
feita a partir da extremidade mais
próxima do grupo funcional
Terminação: …–ol
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CnH2n+2O
 A maior cadeia é a que contém o
grupo –O–
 A numeração da cadeia principal é
feita a partir do grupo funcional para
cada uma das extremidades
Terminação: éter …–ílico
CnH2nO
 A maior cadeia é a que contém o
grupo –COH
 A numeração da cadeia principal é
feita a partir da extremidade mais
próxima do grupo funcional
Terminação: …–al
CnH2nO
 A maior cadeia é a que contém o
grupo –CO–
 A numeração da cadeia principal é
feita a partir da extremidade mais
próxima do grupo funcional
Terminação: …–ona
CnH2nO2
 A maior cadeia é a que contém o
grupo –COOH
 A numeração da cadeia principal é
feita a partir da extremidade mais
próxima do grupo funcional
Terminação: ácido …–óico
CnH2nO2
 A maior cadeia é a que contém o
grupo –COO–
 A numeração da cadeia principal é
feita a partir do grupo funcional para
cada uma das extremidades
Terminação: …–ato de…
CnH2n+3N
 Os nomes das aminas são
construídos pelos radicais ligados
ao átomo N por ordem alfabética
Terminação: …–amina
CnH2n+1ON
 O nome das amidas é construído
pelo nome do respectivo ácido
substituído pelo prefixo –amida
 Os radicais ligados ao átomo N por
ordem alfabética
Terminação: …–amida
Éter
Aldeído
Cetona
Ácido Carboxílico
Éster
Amina
Amida
Depois de elaborada a tabela com os principais grupos funcionais refere-se apenas que os pares
elaborados “álcool-éter”, “aldeído-cetona” e “ácido carboxílico-éster” por apresentarem a mesma fórmula
geral são considerados isómeros funcionais. De seguida unem-se os conhecimentos de compostos
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aromáticos para se determinar grupos funcionais de compostos aromáticos e do respectivo grupo alquilo:
o fenil. Posto isto deve-se referir que existem alguns grupos funcionais que podem ser primários,
secundários ou terciários de acordo com o número de substituintes que têm. Para o caso dos álcoois,
esta identificação depende do número de radicais que o átomo C ligado ao grupo hidroxilo contém. O
mesmo acontece com as aminas e com as amidas, mas relativamente ao átomo N. Em cada uma das
situações referidas acima vão-se ilustrando alguns exemplos, nomeadamente os apresentados na tabela.
Uma vez que se introduziu o conceito de isomeria funcional, faz-se referência à origem da palavra,
reforçando a importância para a compreensão da química orgânica. Posto isto, o tempo restante de aula
será de resolução de exercícios do manual onde cada aluno vai respondendo individualmente.
Estratégias e Actividades
 A aula inicia-se com a conclusão da aula anterior: nomenclatura de hidrocarbonetos cíclicos e
aromáticos;
 Colocar numa tabela os principais grupos funcionais, juntamente com a sua fórmula geral, terminação
e exemplos;
 Iniciar o estudo da isomeria referindo os possíveis tipos de isomeria.
Materiais e Recursos
 Manual.
Avaliação
 Resolução de exercícios.
Reflexão
Esta aula tinha como objectivo principal introduzir os conceitos de grupo funcionais nos hidrocarbonetos.
O início da aula, tal como descrito serviu de conclusão à aula anterior. Uma vez que os alunos dominam
bem a nomenclatura de alcanos, alcenos e alcinos, a nomenclatura dos respectivos compostos cíclicos
não foi dificuldade para eles e leccionou-se de um modo simples e bem entendido por todos. Ainda da
aula anterior restava a nomenclatura de compostos aromáticos, onde alguns alunos já evidenciaram
algumas dificuldades na percepção das posições –orto, –meta e –para, bem como dos nomes comuns
atribuídos a estes compostos. Posto isto, iniciou-se o estudo dos grupos funcionais. Logo após a
introdução do primeiro par (álcool-éter), os alunos questionaram-se sobre a possibilidade de existirem
compostos diferentes com a mesma fórmula geral. Foi positivo para a aula porque se introduziu aqui um
conceito muito importante da química orgânica que é a isomeria. Ao contrário da nomenclatura
anteriormente referida, os alunos nunca tiveram no seu percurso escolar química orgânica de grupos
funcionais abordada de um modo tão directo, pelo que ao longo da aula e à medida que se ia mudando
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de grupo funcional, as dúvidas e questões iam surgindo. Nota-se bem a inexistência de conhecimentos
prévios de química orgânica pelo tipo de nomenclatura que iam dando aos compostos desenhados no
quadro. Assim, a aula foi mais extensa do que inicialmente previsto, devido às constantes dúvidas dos
alunos, mas terminada sinto que todos assimilaram o que era pretendido tendo sido deixado trabalho de
casa do manual para correcção na última aula relativa ao tema.
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