Daniel Muller Caminha é psicólogo e artista social. Diretor do Grupo Nômade e membro da Nômade Independente – Associação que desenvolve pesquisa e experiências em Inovação Social e Economia Criativa. www.estudionomade.com 9 São diversas propostas que tra- o Radioballet é uma peça de rádio pon- balham com a resignificação do olhar as pequenas supressões de liberdade sutil, quase como brincadeira. Parece tual que incita os ouvintes a quebrarem sobre a cidade, de forma convidativa e trazidas pela privatização de espaços que existe uma tendência na arte em públicos. Por meio de uma performance usar a rua de forma mais carinhosa, sincronizada, as pessoas convidam as comprometida e construtiva, por mais outras a olharem para detalhes que pas- transgressora que possa ser. Provavel- sam desapercebidos. mente, pela falta de grandes inimigos A obra Amarelinha Binária do para atacar, agora o forte da coisa é grupo Corpos Informáticos (http://www. corpos.org/) é outra referência que inspira. seu blog, diz: doces, linguagem; naturais, líquidos, gasosos, sexuados, animalescos e mistos, prontos para agregar. http://ligna.blogspot.com/2009/12/radio-ballet.html fazer amigos. POS são sistemas complexos artificiais, A composição urbana Amarelinha Binária surge a partir de ações denominadas Mar(ia-sem-ver)gonha: composições urbanas (CU) com o objetivo de compor arte, corpo, errante, vizinhança, grupo, ambiência, rua, através de jogos e brincadeiras. O público é iterator, busca-se iteração. Amarelinha Binária, logo incompossível, infinita, devir. Mar(ia-sem-ver)gonha vai sem ver, tateia. Não busca a lógica da linguagem do açúcar, se quer fruta, siririca, e apodrece em odores desafiando a lógica. As sementes dirão? Propõe-se o jogo, desenhados descaminhos abertos em todos os sentidos. A numeração se alterna: zero, um, um, zero, zero, um, um, um. http://ligna.blogspot.com/2009/12/radio-ballet.html Nas próprias palavras dos artistas, segundo Amarelinha Binária e ANTI COR- URBE #1 CARTOGRAFIAS URBANAS Organizado pelo grupo Ligna,