CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE TAZEM RELATÓRIO DA DIRECÇÃO RELATIVO AO ANO DE 2006 Em conformidade com as disposições legais e estatutárias, vem a Direcção da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vila Nova de Tazem, submeter à apreciação e deliberação da Assembleia Geral o Relatório e Contas do ano findo em 31 de Dezembro de 2006 e relativo ao 27º Exercício desta Instituição de Crédito. A economia mundial em 2006 manteve as estimativas de crescimento do FMI de 5,1%, apesar da evolução menos dinâmica de algumas economias. Continuou o ciclo de forte crescimento dos últimos anos, impulsionado pela dinâmica e evolução nos principais pólos económicos como os Estados Unidos da América, China, India e outras economias emergentes, com um crescimento do PIB na ordem dos 4,3%. O ciclo de crescimento abrange quer os países já desenvolvidos, quer os países ditos emergentes que ganham peso crescente na economia mundial. A expansão da economia mundial foi acompanhada, na primeira metade, por um aumento das pressões inflacionistas, devido à subida dos preços do petróleo e dos metais industriais que atingiram máximos históricos. Na Zona Euro a inflação encontra-se próxima do <<target>> de 2% definido pelo Banco Central Europeu, beneficiando da redução do preço do petróleo a partir do meio do ano, e que se acentuou nos últimos meses. O BCE subiu gradualmente a sua taxa directora do nível de 2,25% em que se encontrava em Dezembro de 2005 para 3,5% já em Dezembro de 2006. Relativamente à economia portuguesa, o Banco de Portugal manteve a estimativa de 1,2% para o crescimento do PIB em 2006. Para o comportamento da economia portuguesa em 2006 assinala-se o importante contributo das exportações com uma taxa de crescimento de 9,3% em relação ao ano anterior. No entanto, não se verificou ainda um movimento claro e sustentado de recuperação de investimento, registando-se mesmo uma quebra. A necessidade de correcção do desequilíbrio orçamental implicou a adopção de medidas rigorosas de contenção da despesa da Administração Pública, pelo que o consumo público terá decrescido 0,2% em 2006, com uma quebra de 9% no investimento. Na área das finanças públicas, o objectivo definido pelo Governo terá sido alcançado pela redução do défice orçamental para 4,6%, para o que também contribuiu o aumento das receitas. O consumo privado regista um aumento do respectivo serviço de dívida que terá crescido 1,2% em 2006. A taxa de desemprego reduziu-se do nível de 8% verificada no 4º trimestre de 2005 para 7,4% no terceiro trimestre de 2006. A inflação terá aumentado para 3% em 2006 em reflexo da forte subida dos preços energéticos. A ligeira melhoria verificada na conjuntura económica nacional reflectiu-se, ao longo de 2006, num crescimento no crédito a empresas não financeiras. Apesar desta evolução, o crédito a empresas continua a perder peso relativo no valor do total do crédito concedido pelo conjunto das instituições financeiras nacionais, uma vez que o crédito a particulares regista taxas de crescimento mais elevadas, registando um ligeiro abrandamento no crédito à habitação e uma aceleração bastante forte no crédito ao consumo. Face a esta evolução as instituições financeiras portuguesas registaram, de um modo geral, um desempenho favorável em 2006. O Crédito Agrícola é um grupo constituído por 104 Caixas Agrícolas e pela Caixa Central e por um conjunto de empresas especializadas, constituindo um dos principais grupos bancários nacionais. O Crédito Agrícola apresentou em 2006 um vasto programa de modernização tecnológica, a operacionalização de um Centro de dados Alternativos fora da zona sísmica e a mudança da imagem corporativa do Crédito Agrícola, visando melhorar o serviço prestado aos seus associados e clientes, colocando-o ao nível das melhores práticas do sistema bancário nacional. Relativamente ao orçamento apresentado para o exercício económico de 2006, foram praticamente atingidos todos os objectivos propostos. Concluímos as obras no balcão da delegação do Arcozelo da Serra em Outubro de 2006, procurando desta forma prestar melhor qualidade de serviços aos nossos clientes e melhorar as condições de trabalho aos nossos colaboradores. Instalamos dois ATM’s, um na sede e outro em Arcozelo da Serra, ficando para 2007 a instalação do ATM no balcão da delegação de Gouveia. Efectuamos a mudança para a nova imagem corporativa do Crédito Agrícola, no sentido de a tornar mais moderna e alinhada com as tendências actuais do mercado. Relativamente às provisões para crédito vencido, crédito de cobrança duvidosa, riscos gerais de crédito e depreciação de imobilizações financeiras como já referimos foram cumpridos os níveis obrigatórios definidos pelos Avisos 3/95, 7/2000, 4/2002 e 8/2003 do Banco de Portugal. Nos seguros Ramo real concretizamos os objectivos propostos para 2006 em 101%, para um total de prémios comerciais de 46.991 euros o que corresponde a uma taxa de crescimento de 41% face aos valores de 2005. Efectuámos um seguro de grupo com a Adega Cooperativa de S. Paio à semelhança dos anos anteriores. Os objectivos de venda propostos pela Credito Agrícola Vida para o ano de 2006, foram ultrapassados, tendo cumprido 400% desses objectivos, correspondendo a 1.544.192 euros de prémios comerciais, obtendo esta CCAM o 1º lugar do Ranking Nacional. Promovemos sessões de esclarecimento aos agricultores do concelho, em Gouveia e Vila Nova de Tazem. Duas vezes por mês continuamos a ter a presença de um Engenheiro na Sede e na Delegação de Gouveia para apoiar os agricultores ao nível de projectos. Também continuamos a efectuar as candidaturas aos subsídios e prémios aos agricultores com o apoio da Confagri e do Inga. Dentro das nossas possibilidades apoiámos as actividades desportivas e recreativas, bem como patrocinámos alguns eventos, como é o caso das festas anuais que constituem o grande cartaz turístico do concelho em colaboração com a Junta de Freguesia de Vila Nova de Tazem e a Câmara Municipal de Gouveia. Refira-se ainda que fazemos parte dos Orgãos Sociais da ADRUSE com a presidência do Conselho Fiscal. Temos 38,12% do crédito vencido totalmente provisionado, o rácio crédito vencido (crédito vencido líquido/crédito total líquido) foi de 0,84%; o rácio crédito vencido/crédito concedido total foi de 1,35%; o rácio de imobilizado foi de 24,01%; o rácio de transformação (crédito sobre clientes/recursos) foi de 42,28%. Em relação aos processos em mora e contencioso, a morosidade do Tribunal, continua a ser o principal factor das poucas resoluções dos processos. Apesar de tudo, em 2006 ainda foram resolvidos alguns processos com acordos extrajudiciais. Na rubrica do Posto Médico, o prejuízo foi de €1.166,02, justificável pelo benefício deste serviço social aos associados. Os Fundos Próprios desta Instituição, em 31 de Dezembro de 2006, cifraram-se em € 2.203.436,00, dando uma situação de solidez, equilíbrio financeiro e estabilidade a esta Caixa. No ano de 2006 esta CCAM teve uma contribuição para o Fundo de Pensões do Crédito Agrícola no montante de € 2.448,99. No que respeita ao rácio de solvabilidade em 31 de Dezembro de 2006 apresentava um valor de 24,02%, sendo o mínimo exigido pelo Banco de Portugal, para instituições de crédito de 8%. O resultado líquido deste exercício foi de € 78.171,53 e o cashflow de €123.667,16. Queremos agradecer a todos os associados e depositantes em geral, a quem expressamos o nosso reconhecimento pelo facto de terem acreditado e confiado nesta Direcção. Terminamos propondo: 1º Um voto de pesar pelos associados falecidos; 2º A concessão de votos de agradecimento a quantos connosco colaboraram, nomeadamente: 2.1 - À Mesa da Assembleia Geral; 2.2 - Ao Conselho Fiscal que nos acompanhou com eficiência e isenção, no âmbito das suas funções, reunindo com a Direcção sempre que esta o solicitou; 2.3 - Aos Associados e Depositantes; 2.4 - À CAIXA CENTRAL, FENACAM E BANCO DE PORTUGAL; 2.5 - À CONFAGRI, INGA, IFADAP e MAPA; 2.6 - Às nossas congéneres, que de diversas maneiras nos apoiaram; 2.7 - Ao Associado, Sr. José Manuel de Lima Toscano Pessoa, por nos ter representado junto da FENACAM, CAIXA CENTRAL, Associadas do Grupo Crédito Agrícola e CONFAGRI; 2.8 - Aos Funcionários, sem cuja colaboração não teria sido possível alcançar os resultados obtidos; 2.9 - Ao Cartório Notarial de Gouveia; 2.10 - À Repartição de Finanças do Concelho de Gouveia; 2.11 - À Conservatória do Registo Predial de Gouveia; 2.12 - Aos CTT de Vila Nova de Tazem. 3º A aprovação do Relatório e Contas do exercício de 2006. 4º Tendo em conta as disposições legais, propõe a Direcção que do resultado do exercício de 2006, no valor de € 78.171,53, seja efectuada a seguinte distribuição: a) Para a Reserva Legal – € 15.634,31; b) Para a Reserva para Educação e Fomento Cooperativo – €5,00; c) Para Reserva para Mutualismo – €5,00; d) Para Reserva Especial – € 62.527,22; 5º A Direcção propõe ainda: Que, da Reserva Especial, agora constituída por € 62.527,22 e o saldo anterior de €1,91 seja transferido o montante de € 62.525,00, com a seguinte distribuição: a) A atribuição de uma remuneração ao capital social especial, no montante de € 14.590,00, de acordo com o nº 6 da Ficha Técnica de Emissão de Títulos de Capital Especial. Este valor cumpre os limites legalmente previstos (montante não superior a 30% do resultado anual líquido). b) Nos termos do número 2, alínea d) do artigo 8º dos Estatutos, propõe a Direcção que seja aumentado o capital social por incorporação da Reserva Especial no valor de € 47.935,00. Com a aprovação das anteriores propostas relativamente à aplicação do resultado do exercício e após as respectivas movimentações, a estrutura da referida situação líquida da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vila Nova de Tazem, apresentará a seguinte composição: DESCRIÇÃO Capital Social Reserva Legal Res.Educ.For.Coop EM 31/12/2006 APÓS DISTRIBUIÇÃO 2.131.050,00 2.178.985,00 208.739,00 224.373,31 1.636,12 1.641,12 Res.p/ Mutualismo Res.Reavaliação Reserva Especial Result.Exercício 1.636,12 81.082,47 1,91 78.171,53 A Direcção Francisco Alves Campos António Diamantino Félix João Alberto de Sá Morgado 1.641,12 81.082,47 4,13 BALANÇO (euros) CÓDIGO DAS CONTAS 10+11+130 12+13+130 20+21+280+2880+ 2881+2891-29000-29029010-29011-2951 16+22+23+282+283+287+ 2882+2883+2887+2892+2893+ 2897-29002-29003-2901229013-29017-2952 240+241+245+255+2480+ 250+251+2580+26+2840+ 2884+2894-290140-29202921-2925-2953 2400+2401+2410+2500+ 2501+2510+2600+2601+2610+ 2840+2884+2894+29014029200-29210-2925-2953 2402+2411+2412+245+255+ 2480+2502+2511+2512+2580+ 2602+2611+2612+2840+2884+ 2894-290140-29209-292192925-2953 2480+2580 243+244+245+255+2481-24810 +2490-2491+253+254+258125810+2841-290141-291-2923 -292-2925-2953+5624(dev) ACTIVO ANO ANO ANTERIOR AMORTIZAÇÕES ACTIVO BRUTO E PROVISÕES ACTIVO LIQUIDO (LÍQUIDO) 1. Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 373.000 373.000 316.200 2. Disponibilidades à vista sobre Instituições de Crédito 427.482 427.482 708.743 12.217.596 12.217.596 11.544.470 3. Outros créditos sobre Instituições de Crédito 4. Créditos sobre clientes 8.289.027 43.258 8.245.769 8.516.869 726.375 205.535 520.840 520.840 5.247 58 5.190 5.190 5. Obrig. e outros títulos de rendimento fixo a)Obrig.e o/ tít.de rendimento fixo - emissores públicos b)Obrig.e o/tít.de rendimento fixo - de outros emissores (Dos quais: obrigações próprias) 6. Acções e o/tít.de rendim.variável 400-490 7. Participações 401-491 8. Partes de capital em empresas coligadas.................................... 41+460+4690-481 9. Imobilizações incorpóreas 151.943 151.943 42+461+462+463+468+ 4691-482 420+4280+461-4820 10. Imobilizações corpóreas 723.692 447.547 276.145 238.304 -48280 (Dos quais: imóveis de serviço próprio) 348.742 109.302 239.440 200.287 27003 11. Capital subscrito não realizado 22.145 22.145 213 239.417 239.417 211.563 22.327.583 22.062.391 24810+25810 14+15+19+27-27003-29007- 12. Acções próp.ou partes Capital pró 13. Outros activos 2959-299+402+409-499 51+55+56 (dev)+ 58 (dev)+59 69 14. Contas de regularização 15. Prejuízo do exercício Total do Activo 23.175.924 848.341 BALANÇO (euros) CÓDIGO DAS CONTAS PASSIVO 30+31 30020+30120+30220+ 31020+31220+31320+ 31920 1-1a) 1. Débitos para com Instituições de Crédito a) à vista 32++33+35 3213+3223 32-3213-3223+ 33+35 3200+3210+3220+3230 b) - ba) 2. Débitos para com clientes a) - Depósitos de poupança b) - Outros débitos 34 341 340+342+349 36+39 52+54+56(cred)+ 58(cred)+59 610+611+612+619 612 610+611+613 ANO ANO ANTERIOR (LÍQUIDO) b) - A prazo ou com pré-aviso ba) - à vista bb) - a prazo 19.605.491 11.251.542 8.353.949 19.443.529 10.583.705 8.859.824 5.472.050 2.881.899 5.467.164 3.392.659 32.615 131.419 38.982 93.199 55.741 56.671 55.741 56.671 2.131.050 1.991.095 212.013 81.082 176.255 83.922 78.172 178.738 22.327.583 22.062.391 3. Débitos representados por títulos a) - Obrigações em circulação b) - Outros 4. Outros passivos 5. Contas de regularização 6. Provisões para riscos e encargos a) - Pensões e encargos similares b) - Outras provisões 619 6A. fundo p/ riscos bancários gerais 60 62 632 8. Passivos subordinados 9. Capital subscrito 10. Prémios de emissão 630+631+635+639 633 66 69 (créd) 11. Reservas 12. Reserva de reavaliação 13. Resultados transitados 14. Lucro do exercício Total do Passivo DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO DE 2006 (euros) CÓDIGO DAS CONTAS 80 80240+80241+80245+ CRÉDITO B) PROVEITOS 1. Juros e proveitos equiparados (Dos quais: de títulos de rendimento fixo) ANO ANO ANTERIOR (LÍQUIDO) 889.640 805.953 74.970 1.190 49.377 5.106 82.745 124.461 11.905 17.996 80250+80251+80255+ 8026 81 81-81400-81401 81400 81401 82 83 840 + 841 + 842 + 843 + 845 + 849 844 89 672 69 2. Rendimento de títulos a) - Rendimento de acções, de quotas e de outros títulos de rendimento variável b) - Rendimento de participações c) - Rendimento de partes de capital em empresas coligadas) 3. Comissões 4. Lucros em operações financeiras 5. Reposições e anulações respeitantes a correcções de valor relativas a créditos e provisões para passivos eventuais e para compromissos 6. Reposições e anulações respeitantes a correcções de valor relativas a valores mobiliários que tenham o caracter de imobilizações financeiras, a participações e a partes de capital em empresas coligadas 7. Outros proveitos de exploração 8. Resultados da actividade corrente 9. Ganhos extraordinários 11. Prejuízo do exercício Total 34.144 1.060.452 1.037.037 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO DE 2006 (euros) CÓDIGO DAS CONTAS 70 71 72 73 + 74 73 730 + 731 732 + 733 73290+73291+7329 74 78 77 DÉBITO A) CUSTOS 1. Juros e custos equiparados 2. Comissões 3. Prejuízos em operações financeiras 4. Gastos gerais administrativos a) Custos com pessoal Dos quais: ( - Salários e vencimentos) ( - encargos sociais) Dos quais: ( - com pensões) b) Outros gastos administrativos 5. Amortizações do exercício 6. Outros custos de exploração 68 7. Provisões para crédito cobrança duvidosa e crédito vencido e para outros riscos 8. Provisões para imobilizações financeiras 10. Resultados da actividade corrente 11. Perdas extraordinárias 13. Imposto sobre os lucros 76 69 14. Outros impostos 14. Lucro do exercício 790 + 791 + 792 + 793 + 795 + 799 794 671 Total ANO ANO ANTERIOR (LÍQUIDO) 317.988 10.028 1.122 505.976 310.935 234.876 7.862 4.432 446.413 279.089 249.031 61.904 222.765 56.324 2.449 195.041 16.607 5.936 2.211 167.324 20.311 6.721 111.634 82.604 91.162 1.245 11.635 199.675 15.209 39.476 111 78.172 1.060.452 395 178.738 1.037.037 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VILA NOVA DE TAZEM, C.R.L. ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 (Valores expressos em euros) NOTA INTRODUTÓRIA A CCAM de Vila Nova de Tazem com sede em Largo Joaquim Borges Artiaga nº 11, Vila Nova de Tazem (adiante apenas designada por “CCAM” ) foi constituída em 21 de Dezembro de 1979, tem actualmente como âmbito de acção e actividade no concelho de Gouveia, sendo a cobertura feita através de uma rede de 3 balcões ligados "on line" entre si e a sede. A CCAM é uma instituição de crédito sob a forma de cooperativa de responsabilidade limitada que pratica todas as operações permitidas pelo Regime Jurídico do Crédito Agrícola Mútuo (RJCAM), aprovado pelo Decreto-Lei nº 24/91, de 11 de Janeiro, e alterado por vários diplomas subsequentes, não tendo obtido autorização para a prática de operações de crédito com não associados nos limites e condições previstos no Aviso nº 6/99 e na Instrução n.º 31/99 actualizada pela Instrução n.º 34/2000, do Banco de Portugal. A CCAM faz parte do "Sistema Integrado de Crédito Agrícola Mútuo" (SICAM)., que através da Caixa Central lhe garante, em sua representação, a ligação aos diferentes operadores de mercado. As notas cujos números não são indicados neste Anexo não têm aplicação por inexistência ou imaterialidade dos valores a reportar. NOTA 1 - AJUSTAMENTOS REALIZADOS PARA ESTABELECER UMA CORRECTA COMPARABILIDADE COM O EXERCÍCIO ANTERIOR Não foram realizados quaisquer ajustamentos para estabelecer uma correcta comparabilidade com o exercício anterior; assim as demonstrações financeiras apresentadas são comparáveis em todos os aspectos significativos com os valores publicados no exercício anterior. NOTA 2 - EVENTUAIS SITUAÇÕES QUE CONSTANDO NUMA RUBRICA DE BALANÇO PODERIAM SER INCLUÍDAS NOUTRAS RUBRICAS Nas rubricas diversas do balanço os registos contabilísticos estão classificados de acordo com a respectiva natureza, não existindo situações que poderiam ser classificadas noutras rubricas. NOTA 3 – BASES DE APRESENTAÇÃO, PRINCIPAIS CRITÉRIOS E POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 3.1. Bases de apresentação As demonstrações financeiras da CCAM são apresentadas em euros e foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados no Plano de Contas para o Sistema Bancário e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal. As demonstrações financeiras da CCAM em 31 de Dezembro de 2006, estão pendentes de aprovação pelos correspondentes órgãos sociais. No entanto é convicção da Direcção da CCAM que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações. 3.2. Resumo dos principais critérios e políticas contabilísticas As políticas contabilísticas que se seguem são aplicáveis às demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2005 e 2006. a) Especialização de exercícios A CCAM segue o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras, nomeadamente no que se refere ao reconhecimento contabilístico dos juros das operações activas e passivas que são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou cobrança. b) Operações em moeda estrangeira A compra e a venda de notas e moedas estrangeiras são convertidas para euros com base no câmbio médio à vista de referência à data de 31 de Dezembro de 2006, divulgados pelo Banco Central Europeu e pelo Banco de Portugal. As restantes operações em moeda estrangeira, são realizadas pela Caixa Central. c) Obrigações, acções e outros títulos de rendimento fixo ou variável x Títulos de negociação Consideram-se Títulos de negociação aqueles que são adquiridos com o objectivo de venda dentro de um prazo que não poderá exceder os seis meses. As Obrigações e outros títulos de rendimento fixo são valorizadas com base na cotação de mercado, acrescida dos juros corridos e não cobrados. A diferença que resulta entre a aplicação deste critério e o custo de aquisição é registada como custo ou proveito. Não existindo valor de mercado, estes títulos são valorizados ao custo de aquisição, acrescido dos juros corridos desde a data do último vencimento. As diferenças apuradas entre o valor de aquisição e o valor de valorização são registadas como custos ou proveitos. x Títulos de investimento e títulos a vencimento Os Títulos de investimento são aqueles que são adquiridos com o objectivo de venda mas cuja retenção, em regra, ultrapassa seis meses, ou que, apesar de ser intenção da CCAM mantê-los na sua carteira até à data de reembolso, não observam as condições para serem classificados como títulos a vencimento. Títulos a vencimento são aqueles que a instituição pretende manter até ao respectivo reembolso e cumprem com os requisitos enumerados no Anexo à Instrução 4/96 do Banco de Portugal. Tratam-se de títulos de rendimento fixo com data de reembolso determinada. As Obrigações e outros títulos de rendimento fixo emitidos com base no valor nominal são registados ao custo de aquisição, sendo os juros corridos apurados com base no valor nominal e na taxa de juro aplicável ao período, contabilizados nas respectivas contas de regularização do activo. A diferença entre o custo de aquisição e o valor de reembolso, que constituí o prémio ou desconto verificado no momento da compra, é amortizada de modo escalonado pelo período que decorre até à data de vencimento dos títulos, por contrapartida de resultados. A diferença, quando positiva, entre o custo de aquisição (corrigido dos montantes dos prémios ou dos descontos reconhecidos nos resultados) e o valor de mercado, é provisionada por contrapartida de resultados. d) Participações e partes de capital em empresas coligadas Na rubrica Partes de capital em empresas coligadas são registadas as participações nas empresas em que a CCAM ou CCCAM exerça uma posição de domínio e cujo interesse pela sua manutenção está ligado à sua actividade e, simultaneamente, se revistam de carácter duradouro – empresas subsidiárias. Na rubrica Participações são registadas as participações em empresas com percentagem de participação inferior a 20%. As partes de capital ou participações em empresas encontram-se registadas pelo respectivo custo de aquisição. e) Provisões para riscos de crédito As provisões para riscos de crédito foram apuradas nos termos do Aviso nº 3/95 o qual foi alterado pelos Avisos nº 2/99, nº 3/99, nº 7/2000, 4/2002, 8/2003 e 9/2003 todos do Banco de Portugal, e incluem: (i) Uma provisão específica para crédito e juros vencidos, apresentada no activo como dedução à rubrica de Créditos sobre clientes, calculada mediante a aplicação de taxas que variam entre 0,5% e 100% sobre os saldos de crédito e juros vencidos, em função da classe de risco, da natureza do crédito e da existência ou não de garantias e do tipo de garantia; (ii) São considerados outros créditos de cobrança duvidosa: a) As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições: i) Excederem 25% do capital em dívida, acrescido dos juros vencidos; ii) Estarem em incumprimento há mais de: Seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos; Doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a 5 e inferior a 10 anos; Vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a 10 anos. A parte vincenda dos créditos referidos na presente alínea deve ser reclassificada - apenas para efeitos de provisionamento - como crédito vencido; b) Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a reclassificação prevista na alínea anterior, o crédito e juros vencidos de todas as operações, relativamente a esse cliente, excederem 25 % do crédito total, acrescido dos juros vencidos. (iii) Uma provisão genérica para riscos gerais de crédito, apresentada no passivo na rubrica Provisões para riscos e encargos – outras provisões, corresponde a 1,5% do crédito ao consumo e do crédito a particulares de finalidade não determinada, 0,5% do crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, quando este se destina à habitação do mutuário e 1% do restante crédito não vencido concedido pela CCAM, no qual se inclui o representado por aceites, garantias e avales prestados; f) Aplicações por recuperação de créditos As Aplicações por recuperação de créditos correspondem a bens que vieram à posse da CCAM para regularização de crédito concedido, sendo apresentadas na rubrica Outros activos. Estes activos são registados ao valor de aquisição, ajustadas em função das avaliações efectuadas com a constituição de provisão adequada para as respectivas menos-valias potenciais, sempre que o valor de aquisição dos bens recebidos por dação em pagamento é superior ao respectivo valor esperado de realização. As mais-valias potenciais não são relevadas contabilisticamente. Estes activos não são objecto de qualquer amortização. g) Imobilizações corpóreas As imobilizações corpóreas são registadas ao custo de aquisição e a respectiva depreciação é calculada segundo o método das quotas constantes, por duodécimos, aplicado ao custo histórico, às taxas anuais máximas permitidas para efeitos fiscais, de acordo com os seguintes períodos, que se considera não diferirem substancialmente da vida útil estimada dos bens: Número de anos Imóveis 50 Beneficiações em imóveis arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 4 a 10 Mobiliário e instalações interiores 6 a 12 Viaturas 4 As Beneficiações em edifícios arrendados são amortizadas em 10 anos, ao abrigo do Aviso nº 9/94, de 2 de Novembro, do Banco de Portugal, dado ser este o período que se considera reflectir de forma mais aproximada a vida útil desses investimentos. h) Imobilizações incorpóreas O Imobilizado incorpóreo da CCAM é composto essencialmente por despesas de constituição, com aquisição de software (sistemas de tratamento automático de dados) e despesas plurienais, cujo impacto se repercute para além do exercício em que são gerados. Estas imobilizações são amortizadas no período de 3 anos pelo método das quotas constantes, por duodécimos, de acordo com o critério fiscal aplicável. i) Complementos de pensões de Reforma Face às responsabilidades assumidas para com os seus funcionários, a CCAM aderiu ao Fundo de Pensões do Crédito Agrícola Mútuo que se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social, relativamente à totalidade do seu pessoal abrangido pelo Acordo Colectivo de Trabalho Vertical das Instituições de Crédito Agrícola Mútuo (ACTV), sendo esses complementos calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma. j) Impostos sobre lucros Impostos correntes O encargo do exercício com impostos sobre os lucros, para a CCAM, é calculado tendo em consideração o disposto no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) e os incentivos e benefícios fiscais aplicáveis à Instituição. Até ao exercício de 2000 inclusive, a CCAM era tributada pelo lucro consolidado apurado pelo processo de consolidação fiscal de contas da Caixa Central com as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas, nesse exercício a CCAM passou a ser tributada em base individual ao abrigo do Estatuto Fiscal Cooperativo (EFC). Para o apuramento da repartição dos custos pelas actividades à taxa reduzida de 20% (abrangidas pelo EFC) e à taxa geral 25% (excluídas do EFC), a CCAM seguiu critérios de repartição ajustados ao seu apuramento. Em 31 de Dezembro de 2006 não existem diferenças temporárias significativas entre os resultados contabilísticos e os resultados fiscais. NOTA 4 – QUAISQUER DERROGAÇÕES AOS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS Não foram efectuadas quaisquer derrogações aos critérios valorimétricos, não existindo pois qualquer influência sobre o património, a situação financeira, os resultados e a carga fiscal. NOTA 5 – ACTIVOS COM VALOR DE BALANÇO DIFERENTE DO VALOR DE MERCADO As menos-valias referentes aos títulos de investimento e aos títulos a vencimento decorrentes de diferenças entre o custo de aquisição e o valor de mercado (flutuação) são provisionados de acordo com a política referida na Nota 3.2 c), sendo o valor das provisões apresentado como dedução aos respectivos activos (ver Nota 10). As aplicações para recuperação de créditos, elementos constantes na rubrica 13 do Activo do Balanço, não apresentam um custo de aquisição superior ao respectivo valor de mercado, devidamente provisionado (ver Nota 24). NOTA 6 – PARTICIPAÇÕES E PARTES DE CAPITAL EM EMPRESAS COLIGADAS São consideradas empresas coligadas as participações de capital superiores a 50% em que seja exercido controlo pela CCAM ou CCCAM. As empresas associadas são investimentos de carácter duradouro, cuja participação da CCAM ou da CCCAM no seu capital se situa entre 20% e 50% e em relação às quais não existe uma relação de domínio. A CCAM em 31 de Dezembro de 2006 detém participações enquadráveis como coligadas ou associadas (pelo que as Notas 8, 9, sobre créditos; e as Notas 20 e 21, sobre débitos, são aplicáveis). A provisão para menos-valias financeiras, no final dos exercícios de 2006 e 2005, destina-se a fazer face às desvalorizações de carácter permanente das seguintes participações: 2006 - 2005 CCCAM – Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. ................................... 205.535,34 205.535,34 - Rural Seguros, S.A. ....................................... 57,80 57,80 - Rural Informática S.A......................... NOTA 7 – VENCIMENTO DE OBRIGAÇÕES E OUTROS TÍTULOS DE RENDIMENTO FIXO Não aplicável. NOTA 8 – CRÉDITOS SOBRE EMPRESAS PARTICIPADAS Não existem créditos sobre empresas participadas e associadas com as quais a Instituição tenha uma ligação de participação, incluídos nas rubricas 2 e 5 do Activo. NOTA 9 – CRÉDITOS SOBRE EMPRESAS COLIGADAS Não existem créditos sobre empresas coligadas incluídos nas rubricas 2 e 5 do Activo. NOTA 10 – INVENTÁRIO DA CARTEIRA DE TÍTULOS Não aplicável. NOTA 11 – IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS E CORPÓREAS O movimento verificado nas rubricas de Imobilizações incorpóreas e corpóreas durante o exercício, foi o seguinte: -Outras imobilizações corpóreas.. -Património artístico.......................... TOTAIS -Imóveis.................................................. Imobilizações incorpóreas.............. IMOBILIZAÇÕES EM CURSO -Outras imobilizações corpóreas.. -Património artístico.......................... -Equipamento........................................ -Outros imóveis.................................... -Obras em imóveis arrendados....... -Imóveis de serviço próprio.............. IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS -Outras.............................................. -Despesas de invest. e desenv...... -Sistemas de tratam. automático de dados (software)........................... -Custos plurianuais......................... -Despesas de estabelecimento..... -Trespasses.................................... IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS Contas 827.143,28 371.915,69 303.284,51 107.290,68 44.652,40 582.882,45 327.941,46 102.997,91 107.290,68 44.652,40 Saldo do exercício anterior Amortizações Valor bruto acumuladas 54.448,83 8.990,92 45.457,91 0,00 Aumentos Reavaliações Aquisições (líquido) 0,00 Transf. 16.607,48 10.302,93 755,81 5.548,74 Amortizações do exercício 0,00 Regularizaç ões 5.957,27 5.957,27 Abates (líquido) 276.144,91 36.704,95 44.702,10 194.737,86 0,00 0,00 Valor líquido em 31-12-06 NOTA 12 – ACTIVOS COM CARÁCTER SUBORDINADO Não existem activos com esta natureza. NOTA 13 – ACTIVOS CEDIDOS COM ACORDO DE RECOMPRA FIRME Não existem activos com esta natureza. NOTA 14 – DURAÇÃO RESIDUAL DOS CRÉDITOS DAS RUBRICAS 3 e 4 DO ACTIVO Os créditos correspondentes às rubricas 3 e 4 do Activo, encontram-se enquadrados nos seguintes prazos: ACTIVO DESCRIÇÃO Rubrica 3 2006 < 3 meses 1ano < 3 meses 5 anos < 1 ano > 5 anos Indeterminada TOTAL Rubrica 4 2005 10.817.595,79 9.146.874,54 1.400.000,00 2.397.595,79 12.217.595,79 11.544.470,33 2006 331.164,26 871.542,76 1.203.226,69 5.774.253,51 108.840,19 8.289.027,41 2005 422.520,48 1.372.173,42 1.187.828,01 5.514.519,90 277.975,83 8.775.017,64 NOTA 15 – REAVALIAÇÕES DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS Não foi efectuada qualquer reavaliação de imobilizado durante o exercício de 2006, e não foram feitas amortizações extraordinárias resultantes de medidas carácter fiscal. As reservas de reavaliação apresentavam, em 31 de Dezembro de 2006, o saldo na rubrica de 81.082,47 euros, resulta da reavaliação efectuada em exercícios anteriores ao abrigo do Decreto-Lei nº 31/98, de 11 de Fevereiro e parcialmente utilizada, 25.529,63 euros, para o montante já realizado. As imobilizações corpóreas reavaliadas em exercícios anteriores resumem-se como segue: Imobilizações corpóreas (mapas fiscais) 33.18 33.18 TOTAL Custo Amortizações Valor líquido Reavaliações histórico acumuladas contab. reaval. 122148,06 141831,3 106799,06 157180,3 10288,41 15558,87 25847,28 132.436,47 157.390,17 106.799,06 183.027,58 NOTA 16 – TRESPASSES, DESPESAS DE ESTABELECIMENTO E DE INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO Não existem quaisquer despesas desta natureza. NOTA 17 – CORRECÇÕES DE VALOR EXCEPCIONAL INTRODUZIDAS NO ACTIVO NÃO IMOBILIZADO MOTIVADO POR MEDIDAS DE CARÁCTER FISCAL Não existem quaisquer correcções desta natureza. NOTA 18 – DURAÇÃO RESIDUAL DOS DÉBITOS DAS RUBRICAS 1.b), 2.a), 2.b) bb) e 3.b) DO PASSIVO Os débitos correspondentes às rubricas 1.b), 2.a), 2.b) bb) e 3.b) do Passivo, encontram-se enquadrados nos seguintes prazos: DESCRIÇÃO < 3 meses 1ano < 3 meses 5 anos < 1 ano > 5 anos Indeterminada TOTAL Montante de débitos a clientes 2006 2005 15.687.609,00 3.861.124,00 56.758,00 15.562.787,00 3.857.962,00 22.780,00 19.605.491,00 19.443.529,00 NOTA 19 – VENCIMENTO NO ANO QUE SE SEGUE À DATA DO BALANÇO DE ELEMENTOS DE OBRIGAÇÕES EM CIRCULAÇÃO A CCAM não tem quaisquer passivos enquadráveis na rubrica 3a) do Passivo – Obrigações em circulação. NOTA 20 – DÉBITOS PERANTE EMPRESAS PARTICIPADAS Não existem débitos sobre empresas participadas e associadas com as quais a Instituição tenha uma ligação de participação, incluídos nas rubricas 1,2,3 e 8 do Passivo. NOTA 21 – DÉBITOS PERANTE EMPRESAS COLIGADAS Não existem débitos sobre empresas coligadas incluídos nas rubricas 1,2,3 e 8 do Passivo. NOTA 22 – PASSIVOS SUBORDINADOS Os passivos subordinados apresentam a seguinte decomposição: - Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo ..... 2006 2005 0,00 0,00 NOTA 23 – COMPROMISSOS COM A PRESTAÇÃO DE GARANTIAS E RUBRICAS EXTRAPATRIMONIAIS x Passivos eventuais e Compromissos As Garantias emitidas pela CCAM, são passivos eventuais uma vez que garantem o cumprimento perante terceiros das obrigações dos seus clientes no caso de estes falharem os compromissos assumidos. Os compromissos, na generalidade, são acordos contratuais de curto prazo para utilização de linhas de crédito que geralmente têm associado prazos fixos, ou outras cláusulas de expiração, e requerem o pagamento de uma comissão. Os compromissos da CCAM com linhas de crédito estão na sua maioria condicionados à manutenção pelo cliente de determinados parâmetros, à data de utilização dessa facilidade. Dada a sua natureza, os compromissos assumidos e garantias prestadas não representam necessariamente requisitos futuros de liquidez. Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, existiam os seguintes saldos relativos a rubricas extrapatrimoniais: Rubrica extrapatrimonial Garantias prestadas Garantias e avales Fianças e indemnizações Garantias recebidas Garantias e avales Compromissos perante terceiros Compromissos irrevogáveis Responsabilidade em prestação de serviços Cobrança de valores Valores administrados pela CCAM Garantias reais Activos dados em garantia Activos recebidos em garantia Outras contas extrapatrimoniais Consignações Créditos abatidos ao activo Juros vencidos Despesas de crédito vencido TOTAL 2006 2005 108.172,21 97.952,53 6.794.721,97 6.879.999,37 32.200,00 38.000,00 7.996.308,43 6.861.392,28 778.810,36 54.457,51 2.087,80 15.766.758,28 447.499,79 52.952,60 2.087,80 14.379.884,37 NOTA 24 – COMPROMISSOS COM PENSÕES DE REFORMA E RESPECTIVAS COBERTURAS As responsabilidades assumidas para com os seus funcionários estão cobertas, conforme referido na nota 3.2. i), pelo Fundo de Pensões do Crédito Agrícola Mútuo. NOTA 25 – MOVIMENTO DE PROVISÕES O movimento verificado nas rubricas de Provisões durante o exercício, foi o seguinte: Saldo inicial Designação Créditos de cobrança duvidosa (*) Créditos vencidos (*) Dotações 4.672 8.291 253.476 80.233 Transf. Anulações/ Reposições Utilizaçõe s 244.708 Regulariz ações Saldo final 12.291 672 46.414 42.587 Depreciação de Tit. Investimento Outras aplicações Imobilizações financeiras Riscos gerais de crédito 205.593 56.671 205.593 23.110 24.040 55.741 Riscos de flutuação de câmbios Pensões de reforma e sobrevivência Outros riscos e encargos Riscos bancários gerais NOTA 26 – CRITÉRIO UTILIZADO PARA DISTINGUIR OS TÍTULOS-NEGOCIAÇÃO DOS TÍTULOS-INVESTIMENTO E A VENCIMENTO, E DAS IMOBILIZAÇÕES FINANCEIRAS Os critérios utilizados para distinguir os títulos-negociação dos títulos-investimento e a vencimento, e das imobilizações financeiras encontram-se devidamente explicitados nas notas 3.2. c) e 3.2. d). A rubrica 5 do Activo refere-se apenas a títulos de investimento, dado tratarem-se de títulos de rendimento fixo (Obrigações do Tesouro) adquiridos com a finalidade de permanecerem na posse desta CCAM por um prazo superior a seis meses, com o objectivo de obter um rendimento a médio prazo. NOTA 26-A – INDICAÇÃO POR OPERAÇÂO DOS TÍTULOS DE VENCIMENTO QUE FORAM ALIENADOS OU TRANSFERIDOS PARA TÍTULOS-INVESTIMENTO OU TÍTULOSNEGOCIAÇÃO ANTES DA DATA DO RESPECTIVO VENCIMENTO E EXPLICAÇÃO DAS CAUSAS QUE O MOTIVARAM Não existem operações enquadráveis neste critério. NOTA 27 – CONTAS DE REGULARIZAÇÃO As contas de regularização apresentam a seguinte decomposição: Contas de regularização 2006 2005 210.209,39 198.846,18 212,64 158,20 119.161,98 83.142,37 Despesas com custo diferido Proveitos a receber Receitas com custo diferido Custos a pagar NOTA 28 – INFORMAÇÕES ADICIONAIS SOBRE TÍTULOS Não aplicável. NOTA 29 – CAPITAL SUBSCRITO DURANTE O EXERCÍCIO No exercício de 2006, o capital subscrito e os aumentos de capital apresentam o seguinte detalhe: Descrição Incorporação de reservas Emissão de títulos de capital 1.487.140,00 Saldo inicial 503.955,00 136.015,00 Incorporação de reservas Total 1.991.095,00 136.015,00 8.965,00 Emissão de títulos de capital 8.965,00 0,00 Reembolso Pedido de demissão 1.623.155,00 Saldo final 5.025,00 507.895,00 5.025,00 2.131.050,00 Em 31 de Dezembro de 2006, o capital da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vila Nova de Tazem, C.R.L. encontra-se disperso por 1.478 associados, não existindo nenhum associado a deter mais de 50.000 euros (10.000 (nº) títulos de capital) no capital da CCAM. NOTA 30 – EXISTÊNCIA DE PARTES DE CAPITAL BENEFICIÁRIAS, OBRIGAÇÕES CONVERTÍVEIS E DE TÍTULOS OU DIREITOS SIMILARES Não existem quaisquer partes de capital, obrigações convertíveis e de títulos ou direitos similares. NOTA 31 – OUTROS ACTIVOS E PASSIVOS Estas rubricas decompõem-se como segue: x Outros activos (rubrica 13 do ACTIVO) Descrição 152–Numismática e medalhística 2006 2005 70,83 70,83 27000–Devedores por Bonificações a receber 27002–Devedores por IRC a recuperar 27009–Devedores diversos 21737,5 337,03 142,05 22.145,36 212,88 2740–Aplicações para recuperações de créditos (imóveis) 2749–Aplicações para recuperações de créditos (outros) 29007–Provisões p/cob.duvidosas p/devedores e outras aplicações 299-Provisões para Outras aplicações TOTAL x Outros passivos (rubrica 4 do PASSIVO) Descrição 2006 2005 360-Fornecedores 6.788,85 8.384,85 369-Credores diversos 6.346,83 3.176,99 390-Sector Público Administrativo 18.290,57 26.264,00 391-Cobranças por conta de terceiros 179,95 174,83 394-Contribuições para o S.A.M.S. 959,66 932,44 48,81 48,81 32.614,67 38.981,92 395-Contribuições para Fundos de Pensões TOTAL NOTA 32 – FUNDOS ADMINISTRADOS EM NOME PRÓPRIO MAS POR CONTA DE OUTRÉM Não existem quaisquer fundos administrados pela instituição em nome próprio mas por conta de outrém. NOTA 33 – OPERAÇÕES A PRAZO NÃO VENCIDAS À DATA DO BALANÇO, INCLUINDO CONTRATOS DE FUTUROS E OPÇÕES, E RELACIONADAS COM CUSTOS E PROVEITOS EM OPERAÇÕES FINANCEIRAS Não existem operações desta natureza. NOTA 34 – NÚMERO MÉDIO ANUAL DE TRABALHADORES Durante o exercício de 2006 o número médio anual de trabalhadores, por grandes categorias profissionais foi: 2006 Categorias profissionais Funções de Direcção Funções de Chefias Intermédias 2005 2 2 Funções Administrativas 7 7 Funções Auxiliares 1 1 10,00 10,00 Funções Técnicas TOTAL NOTA 35 – REMUNERAÇÃO DOS ÓRGÃOS DE DIRECÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO As remunerações pagas pela CCAM aos membros dos órgãos de Direcção e Fiscalização, os créditos concedidos a membros dos órgãos referidos, apresentam o seguinte detalhe: ÓRGÃOS SOCIAIS Exercícios Direcção Conselho Fiscal TOTAL Remunerações 2006 9.261,72 694,62 9.956,34 2005 9.000,00 3.224,00 12.224,00 Crédito concedido 2006 114.142,47 114.142,47 2005 Garantias prestadas 2006 125.113,10 125.113,10 0,00 2005 0,00 Não foram efectuados quaisquer adiantamentos e a CCAM não assumiu ou contratou quaisquer compromissos em matéria de pensões de reforma para antigos ou os actuais membros dos órgãos sociais, para além dos cobertos pelo Fundo de Pensões do Crédito Agrícola Mútuo. NOTA 36 – SERVIÇOS DE GESTÃO E DE REPRESENTAÇÃO DE TERCEIROS A CCAM não presta quaisquer serviços de gestão ou de representação de terceiros que assumam dimensão significativa (>5% dos proveitos totais). NOTA 37 – MONTANTE GLOBAL DOS ELEMENTOS DO ACTIVO E DO PASSIVO EXPRESSOS EM MOEDA ESTRANGEIRA O montante global dos elementos do activo e do passivo expressos em moeda estrangeira apresentam a seguinte decomposição por rubrica de Balanço: Rubrica de Balanço 101-Notas e moedas estrangeiras Conversão 2006 2005 28.100,75 19.956,49 NOTA 38 – DISTRIBUIÇÃO DOS PROVEITOS CORRENTES POR MERCADOS GEOGRÁFICOS Os custos e proveitos correntes da CCAM no exercício de 2006 tiveram origem na sua totalidade em operações realizadas no território nacional. NOTA 39 – OUTROS CUSTOS E PROVEITOS DE EXPLORAÇÃO, E GANHOS E PERDAS EXTRAORDINÁRIOS A.6 – OUTROS CUSTOS DE EXPLORAÇÃO Descrição 7700 - Quotizações 2006 2005 5.935,65 6.721,09 5.935,65 6.721,09 7701 - Donativos 7799 – Outros custos TOTAL A.11 – PERDAS EXTRAORDINÁRIAS Descrição 6710-Menos valias na realização de valores imobilizados 2006 2005 6712-Multas e outras penalidades contratuais 6713-Prejuízos por extravio, roubo ou falsificação 6718-Perdas relativas a exercícios anteriores 1.244,93 14.960,06 6719-Outras perdas extraordinárias TOTAL 249,40 1.244,93 15.209,46 2006 2005 1.459,40 29,48 1.211,32 6,18 337,03 142,05 895-Recuperação de créditos, juros e despesas 6.179,22 12.427,93 899-Outros 3.900,26 4.208,43 11.905,39 17.995,91 B.7 – OUTROS PROVEITOS DE EXPLORAÇÃO Descrição 890 - Rendas de Locação Operacional 892-Proveitos pela prestação de serviços diversos 893-Reembolso de despesas TOTAL B.9 – GANHOS EXTRAORDINÁRIOS Descrição 2006 2005 6720-Mais valias na realização de valores imobiliários 6721-Indemnização por incumprimento de contratos 6728-Ganhos relativos a exercícios anteriores 34.143,54 6729-Outros ganhos extraordinários TOTAL 0,12 0,00 34.143,66 NOTA 40 – ENCARGOS IMPUTADOS E PAGOS RELATIVOS A PASSIVOS SUBORDINADOS Não é aplicável. NOTA 41 – IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO A CCAM está sujeita a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRC) e à correspondente Derrama, sendo que até ao exercício de 2000 inclusive era tributada pelo lucro consolidado, resultante do processo de consolidação das contas da Caixa Central com as das CCAM suas associadas. As Autoridades Fiscais têm a possibilidade de rever a situação fiscal da CCAM durante um período de quatro anos para os exercícios posteriores a 1998, podendo por isso resultar, devido a diferentes interpretações da legislação fiscal, eventuais liquidações adicionais relativamente aos exercícios ainda susceptíveis de revisão. A reconciliação entre o lucro contabilístico e o lucro tributável, a estimativa de impostos sobre os lucros e os impostos sobre os rendimentos pagos, com referência aos exercícios de 2002 a 2006 são analisados de acordo com um mapa de formato idêntico ao quadro 07 da declaração de IRC aplicável ao exercício. NOTA 42 – A PROPORÇÃO EM QUE O IMPOSTO SOBRE LUCROS INCIDE SOBRE OS RESULTADOS CORRENTES E OS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS A proporção do IRC sobre os resultados correntes em 2005........... 100,00% A proporção do IRC sobre os resultados correntes em 2006 .......... 100.00% Dos resultados extraordinários não resultou carga fiscal. NOTA 43 – INCLUSÃO EM CONTAS CONSOLIDADAS A CCAM de Vila Nova de Tazem integra o perímetro de consolidação de contas do SICAM e do Grupo Financeiro do Crédito Agrícola Mútuo, cuja sede social é na rua Castilho, nº 223 – 1099-004 Lisboa. NOTA 44 – EMPRESAS FILIAIS INSTALADAS NOUTROS ESTADOS MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA Não existem filiais fora do território nacional. NOTA 45 – OPERAÇÕES DE LOCAÇÃO FINANCEIRA Não existem operações desta natureza. NOTA 46 – COMPENSAÇÕES ENTRE SALDOS DEVEDORES E CREDORES EM CONTAS DE TERCEIROS E DE REGULARIZAÇÃO Não existem operações desta natureza. NOTA 47 – TRANSACÇÕES COM EMPRESAS DO GRUPO Não existem operações desta natureza. Associadas (a) Coligadas (b) 2006 Caixa Central CCAMs Total PROVEITOS Juros e proveitos equiparados Comissões Outros proveitos 337 329.407,15 1.466,08 380,24 337,03 331.253,47 30 181 30.181,35 329.407,15 31.647,43 717,27 0,00 361.771,85 CUSTOS Juros e custos equiparados Comissões Outros gastos administrativos Outros custos 86.833,10 0,00 NOTA 48 – 0,00 4.485,95 86.833,10 0,00 4.485,95 86.833,10 4.485,95 0,00 91.319,05 INFORMAÇÕES SOBRE OPERAÇÕES DE TITULARIZAÇÃO Não existem operações desta natureza. NOTA 49 – INFORMAÇÕES SOBRE A COBERTURA DE RESPONSABILIDADES DE PENSÕES DE REFORMA E SOBREVIVÊNCIA A cobertura de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência está a cargo de um Fundo de Pensões para todos os colaboradores das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo. Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo plano de pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros Fidelidade – Mundial S.A.. As informações sobre o valor do fundo e responsabilidades por pensões são disponibilizadas nas notas às contas consolidadas a apresentar pela Caixa Central. NOTA 50 – INFORMAÇÕES DETALHADAS, DE NATUREZA QUALITATIVA E QUANTITATIVA, SOBRE PARTICIPAÇÔES FINANCEIRAS As participações financeiras no exercício de 2006 tem o seguinte detalhe: Valor Natureza e espécies dos títulos Quantidade nominal Valor Valor Valor valor médio de de de de aquisição cotação balanço Provisões D. IMOBILIZAÇÕES FINANCEIRAS Participações - Na Fenacam - Na Caixa Central 2 5,00 9,98 145.275 5,00 726.375,00 1.038 5,00 5.179,62 10 5,78 57,80 205.535,34 - Em empresas coligadas - R. INFORMÁTICA - Rural Seguros - C.B.I. 57,80 0,00 Outras imobilizações financeiras 0,00 NOTA 51 – OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES PARA APRECIAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS A Técnica Oficial de Contas A Direcção PARECER DO CONSELHO FISCAL S/ RELATÓRIO, BALANÇO E CONTAS, E DISTRIBUIÇÃO DE RESULTADOS Ao abrigo do Artigo 32º, alínea c) dos Estatutos, vem o Conselho Fiscal emitir o seu Parecer sobre o Relatório, Balanço e Contas, referentes ao ano de 2006, elaborado pela Direcção. Durante o ano em apreço, o Conselho Fiscal acompanhou, na medida do possível, a actividade da Caixa, estando portanto em condições de emitir o seu parecer. De realçar o facto de, finalmente, ter sido possível terminar as obras na Delegação do Arcozelo, que muito nos devemos orgulhar e que sem dúvida são um desafio para todos os nossos associados e clientes. Apesar das dificuldades de todos conhecidas, 2006 foi um ano em que foi possível obter resultados positivos, sendo de realçar o crescimento obtido nos seguros, o que prova que apesar de tudo estamos no caminho certo e que não devemos desanimar com as primeiras contrariedades. Nestes termos, o Conselho Fiscal dá parecer favorável aos documentos apresentados pela Direcção, recomendando à Assembleia Geral a sua aprovação. De igual modo, se propõe um voto de louvor e agradecimento a todos que com o seu entusiasmo, dedicação e profissionalismo, tornaram possíveis os resultados obtidos. Vila Nova de Tazem, 10 de Março de 2007 O Conselho Fiscal José Manuel de Lima Toscano Pessoa Francisco Pinto Martins Gustavo Joaquim Almeida Quintela