Com a devida vénia transcrevemos artigo publicado na edição de hoje do Jornal de Negócios on line Fechar o BPN custaria três vezes mais o Estado Ana Luísa Marques - [email protected] Se o Executivo tivesse optado pelo encerramento do banco os prejuízos poderiam alcançar os 1,5 mil milhões de euros, de acordo com estimativas da Caixa Geral de Depósitos. Esta estimativa, noticiada hoje pelo "Diário Económico", assume que o Estado alienaria "ao longo dos próximos anos alguns dos activos da instituição". O prejuízo estimado pela Caixa Geral de Depósitos, caso o Governo optasse pelo encerramento do banco, compara com os 550 milhões de euros que vão ser injectados no BPN no âmbito do acordo com o BIC. O Executivo escolheu a oferta do BIC – que vai pagar 40 milhões de euros pelo BPN – mas esta opção tem sido alvo de críticas. Em reacção a estas críticas, a secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, afirmou, em declarações ao "Diário Económico", que "a escolha era entre vender ao único proponente que apresentou uma proposta credível [o BIC] ou liquidar o BPN, o que custaria três vezes mais". Além disso, acrescentou a responsável, "perdiam-se 1.580 postos de trabalho e o Estado teria custos sociais com estes funcionários; duas garantias cedidas pela Caixa Geral de Depósitos ao BPN no valor de 1,4 mil milhões de euros passariam a ter um impacto directo no défice deste ano; para além dos custos reputacionais". Relativamente à proposta apresentada pelo Núcleo Estratégico de Investidores (NEI), Maria Luís Albuquerque afirmou que esta "não mereceu confiança suficiente e não mostrou ter capacidade financeira e de gestão para tomar conta de uma instituição bancária". Maria Luís Albuquerque vai ser ouvida esta manhã na Assembleia da República a propósito da venda do BPN. 2011-08-03