INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - IFES CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO-SENSU EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS DO TIPO MONOTRILHO NA REGIÃO METROPOLITANA DE VITÓRIA Projeto de Pesquisa Orientador: D.Sc. Rodrigo de Alvarenga Rosa Orientando: Uarlem José de Faria Oliveira 1 OBJETIVO GERAL Avaliar se um sistema de trens do tipo monotrilho, implantados em vias elevadas é tecnicamente viável como um sistema de transporte público capaz de atender a crescente demanda da população da região metropolitana da grande Vitória. 2 OBJETIVOS ESPECIFICOS • Estudar, avaliar e demonstrar as características técnicas, vantagens e desvantagens do sistema de monotrilho em relação a outros sistemas concorrentes. • Avaliar a capacidade atual do sistema de transporte publico da região metropolitana da grande Vitória. • Avaliar a demanda atual assim como sua projeção para os próximos 30 anos. • Fazer a proposição das linhas e número de estações. • Modelar e simular as linhas propostas, assim como avaliar os resultados. • Fazer avaliação técnica e financeira de implantação do sistema. 3 JUSTIFICATIVAS Os fatores que justificam essa pesquisa são: • Rápido saturamento das vias publicas da região metropolitana da Grande Vitória. • Rápido crescimento no número de veículos em decorrência do crescimento econômico e como alternativa da população a falta de transporte publico de qualidade. • Concomitância com a política nacional de mobilidade urbana (Projeto de Lei n 1687/2007) que preve priorização dos investimentos em transporte coletivo em detrimento ao transporte individual (Seção II, Art 6º-II) . • Custos competitivos se comparados aos sistemas VLT (Veiculo Leve sobre Trilhos), Metro e BRT (Bus Rapid Transit – Vias exclusivas para ônibus). 4 MONOTRILHO Conforme Monorail Society, o Monotrilho é definido como um tipo de veiculo leve sobre trilhos que ao invés de circular em um par de trilhos como as ferrovias tradicionais, circulam em um único trilho que pode ser metálico ou em concreto armado e que podem usar rodas metálicas, rodas com pneus de borracha ou levitação magnética e são movidos a energia elétrica. Monorail Figura1: monotrilho de Palm Jumeirah – Dubai em trilho de concreto armado e tração sobre pneus. Fornecedor: Hitachi. Fonte: Monorail Society Dualrail Figura2: VLT de Rotterdam. Dois trilhos. Fornecedor: Siemens. Fonte: Monorail Society 5 Outra característica do sistema é que os carros do monotrilho são sempre mais largos do que o trilho que o sustenta, sendo que esses literalmente “abraçam” o trilho da via circulante. A Figura3: Composição do monotrilho de Las Vegas sendo construido com detalhe para o sistema de tração abraçando a viga de circulação. Fonte: Bombardier Transportation. B C Figura4: Exemplo de alguns tipos de monotrilho. A- do tipo Stadle Beam (viga em concreto pré moldado), B – Suspenso Invertido e C – Levitação Magnética. Fonte: Scomi Rail Co. 6 Os sistemas monotrilhos são quase que exclusivamente elevados o que reduz os custos e o tempo de implantação além de minimizar os impactos sob o transito das vias já existentes. Figura 5: Monotrilho de Las Vegas. Fonte: Bombardier Transportation. 7 VANTAGENS DO MONOTRILHO • Muito adaptável a cidades com pouco espaço, tanto na horizontal como na vertical, sendo normalmente construídos em elevados, ocupando menos espaço no chão, sendo este limitado praticamente ao pilares de sustentação. • Devido ao pouco espaço que ocupam no chão, são mais simples de serem implantados que os sistemas elevados convencionais e visualmente “menos agressivos” a paisagem urbana. • Flexibilidade quanto a capacidade pode ser usado desde monotrilhos de baixa capacidade (3000 pessoas/hora) até grandes capacidades (60.000 pessoas/hora). • Menor nível de ruído (aproximadamente 65 db) por usarem pneus de borracha. • Maior capacidade de subir, descer e virar, mais rapidamente que os comboios convencionais. • Maior segurança já que as rodas abraçam os trilhos, dificultando o descarrilamento e pôr serem construídos em vias elevadas minimizam atropelamento de pessoas, animais e outros veículos. • Maior capacidade se comparado ao BRT e VLT. 8 VANTAGENS DO MONOTRILHO • Menor interferência com o transito de automóveis por serem na maior parte das vezes construídos em vias elevadas. • Menor custo, tempo e dificuldade de implantação do que os sistemas concorrentes, em especial se comparado com o metro. • Numa analise de engenharia financeira, em 30 anos de vida útil, o monotrilho pode ser mais econômico que o BRT (via exclusiva para ônibus) e com menor custo de implantação. • Menor necessidade de desapropriações por usar canteiros centrais das vias já existentes. • Ecologicamente corretos por terem reduzida emissão de carbono em função de serem movidos a energia elétrica. • Maior capacidade e conforto que o sistema BRT (via exclusiva para ônibus). • Integração com os demais modais de transporte (ônibus, aquaviário, taxi). 9 DESVANTAGENS DO MONOTRILHO • Tecnologia menos testada do que o sistema VLT • Maior custo de implantação médio do que um sistema VLT em superfície* • Maior impacto na paisagem urbana em função das vias elevadas • Maior dificuldade para evacuação de passageiros * Os custos de implantação de VLT podem se tornar maiores em consequencia de necessidade de trechos subterrâneos, em vias elevadas e maior necessidade de desapropriações. 10 COMPARAÇÃO ENTRE OS SISTEMAS CARACTERISTICA BRT (BUS RAPID TRANSIT) VLT (VEICULO LEVE SOBRE TRILHOS) MONOTRILHO METRÔ Custo médio de implantação (US$/km) 15 a 40 20 a 50 40 a 70 80 a 120 Capacidade máxima tipica de transporte (mil passageiroas/ hora) 10 a 30 10 a 40 15 a 50 25 a 80 2000 2000 3000 10000 25 a 60 25 a 40 40 a 60 40 a 90 70 a 90 (elevado) 60 a 80 60 a 80 75 a 100 Conforto Menor conforto (sofre com interferencias de freadas e semaforos) Conforto médio (sofre com a interferencia de semaforos e transito) Interferencia no transito Alta Alta Capacidade minima tipica (mil passageiroas/ hora) Velocidade média (km/h) Ruído (db) Maior conforto (para somente em estações, Maior conforto (para somente em menor tempo de trajeto, estações, menor tempo de trajeto) passageiro pode apreciar a paisagem) Minima (se elevado) Minimo (se subterraneo) Custo previsto em Elevado Elevado Baixo Médio desapropriação Interferencia durante Elevada Elevada Média Baixa construção Capacidade de atrair Baixa Média Alta Alta usuários do transporte individual Relação emição de Alta Média Baixa Baixa carbono/ passageiro transportado Fontes: CBTU, ANTP, ANTT, Monorail Society, AEAMESP, International Railway Journal, Revista Ferroviária, Catalogo técnico dos fabricantes 11 VLT vs MONOTRILHO • O VLT é mais apropriado para cidades que possuem grandes espaços livres para circulação e construção. • A redução de vias para os automóveis para a implantação de VLTs é uma decisão que normalmente desagrada a população usuária de automóveis. • O VLT possui grandes riscos de acidentes por atropelamento de pessoas e impacto com veiculos nos cruzamentos. • A interrupção do transito por prioridade ao VLT nos cruzamentos desagrada aos usuários de automóveis e pode em médio e longo prazo provocar novos gargalos no transito. • Os custos em desapropriação de terrenos e trechos subterrâneos podem tornar os custos do VLT superiores aos de monotrilhos elevados. • O tempo de implantação do monotrilho pode ser de até 50% do tempo de um sistema VLT e com menor impacto para o transito local. • As vias elevadas do monotrilho provocam menor impacto visual na cidade do que vias elevadas de um sistema VLT. • Um bom projeto arquitetônico pode incorporar muito bem o monotrilho a paisagem da 12 cidade. Figura 6: imagem conceitual do VLT na Av. Vitória. A redução de uma das faixas de veículos gera incomodo para os usuários de carros e motocicletas, além da continua possibilidade de atropelamentos de pedestres e acidentes envolvendo o VLT e esses veículos. Outro problema desse sistema e que ele provoca e sofre interferências do sistema semafórico da cidade, elevando o tempo de trajeto dele e dos veículos automotores. Fonte: skyscrapercity 13 Tecnologia Moderna Tecnologia Antiga Solução para o AGORA e para o LONGO PRAZO (30 anos a 50 anos) Solução para o CURTO e MÉDIO PRAZO (máx 20 anos) Emissão de Carbono/ano = ZERO Emissão de Carbono/ano* = 55.000 t/ano Árvores necessárias para compensar a emissão de Carbono/ano = ZERO Árvores necessárias para compensar a emissão de Carbono = 236.000 árvores* VS Monotrilho BRT Ruído: Baixo (65 db) Interferência no Transito: Praticamente Zero Necessidade de desapropriações: Praticamente Zero (usa o canteiro central e calçadas) Conforto: Alto (menos freadas, menor tempo de trajeto) Ruído: Alto (até 100 db) Interferência no Transito: Reduz uma via dos automóveis Necessidade de desapropriações: Alta (necessita criar novas faixas exclusivas para ônibus) Conforto: Baixo (sofre com freadas, maior 14 tempo de trajeto) * Para o total da frota da GV/ano Tempo de implantação: Rápido (50% da velocidade de implantação do BRT Tempo de implantação: Lento (50% mais demorado que o Monotrilho) Atração de usuários de carro: Alto (usuários sentem-se motivados a usarem um sistema moderno e rápido). Atração de usuários de carro: Baixo (usuários não sentem-se motivados a usarem um sistema desconfortável e lento). VS Monotrilho Poder turístico: Alto (turistas sentem-se motivados a usar o sistema) Capacidade de Transporte: 3000 a 50.000 passageiros/hora Incremento de capacidade: Alto Vida útil: 30 a 100 anos Custo/km (em milhões US$): 40 a 70 BRT Poder turístico: Baixo (turistas não sentem-se motivados a pegar um ônibus) Capacidade de Transporte: 2000 a 30.000 passageiros/hora Incremento de capacidade: Médio Vida útil: 5 a 20 anos Custo/km (em milhões US$): 15 a 40 15 COMPARAÇÃO DOS CUSTOS DE IMPLANTAÇÃO Monorail vs. Other systems Railway West Rail Hong Kong Type Metro Cost/km (USD million) 220 Caracas, Venezuela Metro 90 Skytrain, Bangkok Metro 74 LRT 68 KL STAR Manila Line 3 Ext Metro LRT 50 50 Mexico City Metro 41 KL Monorail Monorail 37 Las Vegas Monorail 42 KL PUTRA Fonte: SNC-Lavalin Inc; the Monorail Society Note: Cost/km includes capital cost excluding land acquisition. 16 PRINCIPAIS MONOTRILHOS NO MUNDO Track Type Emergency Walkway Inauguration Tokyo, Japan Fukuoka, Japan Osaka, Japan Osaka, Japan Tokyo, Japan Straddle Straddle Straddle Straddle Straddle No No No No No 17/09/1964 09/01/1985 01/06/1990 01/10/1998 27/11/1998 1 1 1 1 1 17,8km 8,8km 21,2km 2,6km 16,2km 10 13 14 2 19 80km/h 65km/h 75km/h 75km/h 65km/h Chiba, Japan Straddle No 27/07/2001 1 5,0km 4 50km/h Okinawa, Japan Kanagawa, Japan Chiba, Japan Tokyo, Japan Aichi, Japan Chongqing, China Malaysia Singapore Straddle Suspended Suspended Suspended Straddle Straddle Straddle Straddle No No No No No No No No 10/08/2003 03/03/1970 28/03/1988 17/12/1957 21/03/1962 18/06/2005 31/08/2003 15/01/2007 1 1 2 1 1 1 1 1 12,9km 6,6km 15,2km 0,3km 1,2km 19,2km 8,6km 2,1km 15 8 15 2 3 18 11 4 60km/h 75km/h 65km/h 66km/h 80km/h 80km/h Sydney, Australia Straddle No 01/08/1988 1 3,6km 8 33km/h Suspended Suspended Suspended Straddle Straddle Straddle Straddle Straddle No No No Yes No No Yes No 01/03/1901 02/05/1984 2002/7 01/01/2005 14/06/1959 01/10/1971 15/07/2004 24/03/1962 1 1 1 1 1 3 1 1 13,3km 3,0km 2,5km 4,7km 3,7km 23,6km 6,3km 1,5km 20 5 4 6 2 6 7 2 60km/h 50km/h 50km/h 70km/h 40km/h 40km/h Straddle Yes 2009/03/01 1 5.4km 4 70km/h Location Wuppertal, Germany Dortmund, Germany Düsseldorf, Germany Moscow, Russia California, USA Florida, USA Nevada, USA Washington, USA Dubai, UAE No. of Operation No. of Top speed Operation System Lines Length Stations ATC with driver ATO with driver ATC with driver ATC with driver ATC with driver Driverless ATO with attendant ATC with driver ATS with driver ATC with driver Manual with driver * Manual with driver * ATP Manual with driver * Manual with driver * Driverless Semi-automatic Manual with driver * Driverless ATO Driverless ATO Manual with driver * Manual with driver * Manual with driver * Driverless ATO Manual with driver * Driverless ATO with attendant 17 PRINCIPAIS PROJETOS - MUNDO França, Paris EUA, Los Angeles, Denver, Miami, São Francisco, Dallas Russia, San Petersburgo Alemanha, 3 projetos China. 10 projetos em licitação Korea, Seul Japão, Tókio, Chiba, Okinawa Oriente Médio, Iran, Qatar, Abul Dabi Figura 7: principais projetos de monotrilho no mundo. Fonte: Monorail Society 18 PRINCIPAIS PROJETOS - BRASIL Juntamente com o VLT está sendo considerado a principal opção logística para atendimento as futuras demandas das cidades brasileiras em especial para as sedes da Copa de 2014 em função da rápida construção, custo competitivo e eficácia. Manaus. Status: em licitação. Custo estimado: 1 bilhão R$ 83,33 milhões reais/ km Extensão: 12km. Licitação: Edital já lançado Previsão de operação: mai/2013 Cuiaba. Status: projeto de viabilidade técnico e econômica concluído Extensão: 15km Licitação: em análise Previsão de operação: jan/2014 Figura 8: principais projetos de monotrilho no Brasil. Fonte: Monorail Society, Revista Ferroviária, Revista Exame, SPTrans, AMTrans e Fabricantes. Curitiba. Status: projeto de viabilidade técnico e econômica concluído Extensão: 15km Licitação: em análise Previsão de operação: jan/2014 Florianopolis. Status: aberto edital para projeto de analise técnico e econômica Extensão: Não disponível Previsão de operação: sem previsão Natal, Fortaleza e Salvador. Status: iniciando o estudo sobre o sistema Extensão: Não disponível Previsão de operação: 2014 Santos. Status: em projeto de viabilidade técnico e econômica Extensão: 10km Previsão de operação: sem previsão Belo Horizonte. Status: iniciando estudo sobre o sistema Extensão: Não disponível Licitação: sem previsão Previsão de operação: 2014 Rio de Janeiro. Status: o MetrôRio está estudando o monotrilho como opção mais rápida para expansão das linhas de metrô até a Barra da Tijuca. Extensão: Não disponível Previsão de operação: 2016 Porto Alegre. Status: iniciando o estudo sobre o sistema Extensão: Não disponível Previsão de operação: 2014 São Paulo. Status: em licitação Extensão: 100km (em 5 linhas) Licitação: Edital da 1ª linha já lançado. Custo estimado: 2,8 bilhões R$ (p/ 1ºs 32 km) – 87,5 milhões reais/km 19 Previsão de operação: Agosto/2013 PRINCIPAIS FORNECEDORES • Prós: • Grande experiência na área de transporte • Possui o sistema de monotrilho mais utilizado do mundo (Walt Disney Word Monorail (aprox. 200.000 passageiros/ dia) • Design dos carros mais moderno • Deve ser o vencedor da maioria das concorrências públicas nos EUA. • Contras: • Pouca experiência em transporte publico urbano de massa (única experiência em Las Vegas) • Prós: • Maior experiência com o sistema monotrilho entre os fabricantes • Possui a maioria dos sistemas instalados na Asia para transporte de passageiros (Tokio, Shoan, Chiba, Osaka, entre outros). • Possui o sistema mais flexivel do ponto de vista de capacidade, iniciando em 30.000 passageiros/dia (small type) até 300.000 passageiros/ dia (large type). • Seus monotrilhos operam no Japão sem acidentes fatais desde 1957. • Provável vencedor da concorrência em São Paulo. • Contras: • Sistema construtivo mais robusto e com vigas de maior impacto sobre a paisagem da cidade. • Prós: • Boa experiência na área de transporte • Competidor entrante na área e com preços competitivos • Venceu a concorrência para fornecer o monotrilho de Mumbai/ Índia, o maior projeto de monotrilho para transporte público em construção atualmente. • Contras: • Menor experiência no sistema monotrilho frente aos 2 fornecedores anteriores, possuindo somente uma linha operando na Malasia (Kuala Lumpur). 20 Dados técnicos: Medidas típicas das vigas de sustentação • Sistemas instalados no mundo: 7 • Último projeto: Las Vegas (2004) • Extensão: 6,4 km • Estações: 7 • Distancia média entre estações: 900m • Composições: 9 composições que podem ser montadas de 2 a 6 carros cada, conforme demanda. • Capacidade instalada inicial: 5000 pass/hora (composição com 4 carros) • Capacidade máxima (com inclusão de composições): 16000 pass/hora (composição com 6 carros) • Velocidade média: 40 km/h • Velocidade máxima: 82 km/h • Forma de implantação e operação: Parceria publico privada. O consórcio comandando pela Bombardier construiu o sistema que é operado por uma empresa que possui capital publico (cidade de Las Vegas e Estado de Nevada) e capital privado (que efetivamente opera o sistema). Figura 11: Exemplo de dimensão da via elevada do sistema monotrilho. Fonte: Bombardier Transportation. 21 Monorail car Hitachi Monorail System Specification Medium Large type Small type type Constructed by welding of Car structure aluminum alloy Length 61m 57m 38m (4-car per train set) Width 3.0m 3.0m 2.8m Height Dimensions (The top 5.3m 5.3m 4.8m of roof to the bottom of skirt) Average 8.6 Axle load Track Power source Width Height of Core Track beam portion Center to center distance Maximum grades Recommendable minimum curve radius 11 Metric 10 Metric tons tons Metric tons (Maximum 9 metric tons) DC 1,500V 850mm 800mm DC 750V 700mm 1500mm 1400mm 1300mm 3700mm 3700mm 3360mm Sistemas instalados: 9 Último projeto: Chongqing, China Extensão: 19,2 km Estações: 18 Distancia média entre estações: 1,1 km Composição: 13 composições com 9 carros cada. Capacidade máxima: 36000 pass/hora Forma de implatação e operação: empresa estatal e subsidio governamental. Passenger Carrying Capacity of Monorail Car Definition Normal Condition 100m 60m Medium Size Train 103 138 140 159 174 177 201 92 57 123 - 155 49 67 - End Car Large Size Train Middle Car 117 Middle Car 103 Middle Car 43 End Car End Car Seating + Standee (0.250m²/Person) Full Loaded Condition Seating + Standee (0.167m²/Person) Crush Loaded Condition 6% (within 400 meters long continuously) 100m Small Size Train Seating + Standee (0.125m²/Person) 22 Headway (min) Small Size Train Loading Capacity No. of Trains (Passengers per hour per (per hour) 2-Car Train 3 20 4 15 5 12 6 10 Headway 4-Car Train 1,96 2,68 1,47 3,68 4,96 2,76 2,01 1,176 1,608 980 1,34 3,72 2,208 2,976 1,84 2,48 Headway Medium Size Train Loading Capacity No. of Trains (Passengers per hour per direction) (min) (per hour) 2-Car Train 3-Car Train 4-Car Train 3 20 4 15 5 12 6 10 3,68 4,92 2,76 3,69 2,208 2,952 1,84 2,46 5,74 7,68 4,305 5,76 3,444 4,608 2,87 3,84 7,8 10,44 5,85 7,83 4,68 6,264 3,9 5,22 Large Size Train Loading Capacity No. of Trains (Passengers per hour per direction) (min) (per hour) 2-Car Train 4-Car Train 3 20 4 15 5 12 6 10 4,12 5,6 3,09 4,2 2,472 3,36 2,06 2,8 8,8 11,96 6,6 8,97 5,28 7,176 4,4 5,98 8-Car Train 18,16 24,68 13,62 18,51 10,896 14,808 9,08 12,34 23 Sistemas instalados: 1 Último projeto: Kuala Lumpur, Malásia Extensão: 8,6 km Estações: 11 Distancia média entre estações: 0,78 km Composição: 14 composições com 2 carros cada. Capacidade máxima: 3000 pass/hora Forma de implantação e operação: empresa de capital misto entre governo da Malásia e fundos privados. A Scomi Rail está construindo o maior sistema monotrilho do mundo em Mumbai/ India para capacidade inicial instalada de 35.000 pass/hora. 24 CARACTERISTICAS TÉCNICAS CARACTERISTICA BOMBARDIER Capacidade por carro 224 a 350 Velocidade máxima (km/h) 80 Menor raio de curva (m) 45 Gradiente de elevação 6,50% monocarro até 6 carros na composição Configurações Largura dos postes de 0,8 a 1,2 apoio (m) Altura tipica da via 6a8 elevada (m) Fontes: Bombardier Transportation, Hitachi Rail e Somi Rail. HITACHI 98 a 440 (Small type to large type) SCOMI 80 90 139 65 a 100 (Small type to large type) 6% monocarro até 9 carros na composição 6% monocarro até 4 carros na composição 0,8 a 1,5 0,8 a 1 6 a 12 6 a 10 50 25 Figura 9: Construção das guias do sistema monotrilho de las vegas. Fonte: Bombardier Transportation. 26 Figura 10: Comparação do impacto visual provocado pelas colunas e vigas de rolamento de um monotrilho contra um via elevada para VLT ou BRT. Fonte: Monorail Society e Hitachi Rail Co. 27 FOTOS - MONOTRILHOS Sydney Monorail. Inaugurado em 1988 com 3,6 km de extensão. Transporta 11 mil passageiros dia. Um bom exemplo de monotrilho para cidade de Vitória em função de sua integração com o visual da cidade e utilização inteligente dos espaços. 28 Figura 13: Las Vegas Monorail. Inaugurado em 2004 com 8,3 km de extensão. Transporta 80 mil passageiros dia. 29 Figura 14: TamaToshi Monorail. Inaugurado em 1998 com 16 km de extensão. Transporta 117 mil passageiros dia. Figura 15: Tokyo Monorail. Inaugurado em 1964 com 17,8 km de extensão. Transporta 138 mil passageiros dia. Figura 16: Moscow Monorail. Inaugurado em 2005 com 12,8 km de extensão. Tem capacidade de transportar 6 mil passageiros por hora. 30 Figura 17: Comparação entre colunas e vigas do sistema monotrilho versus a de sistema de trens elevados. Fonte: Bombardier Transportation. 31 Rodas de propulsão auxiliar Pneus propulsores Rodas abraçadoras Rodas abraçadoras Figura 18: Detalhes de como os carros são presos as vigas de rolamento no sistema monotrilho do tipo Alweg (o mais comum no mundo). Cada composição possui um sistema independente de rodas de propulsão principal, rodas de propulsão auxiliar lateral e rodas de trava (abraçadoras) que estabilizam os carros da composição na viga de rolamento e evitam o descarrilhamento em um sistema similar a usado em montanhas russas de parques de diversão. Com pequenas variações entre si esse é o sistema tipico dos 3 principais fornecedores. Fonte: Bombardier Transportation. 32 Figura 3: Seatle Monorail. Inaugurado em 1962 com 1,5 km de extensão. Transporta 125 mil passageiros dia. Figura 19 Figura 20 Walt Disney World Monorail. Inaugurado em 1971 com 23,6 km de extensão. Transporta mais de 150 mil passageiros dia. É o monotrilho mais movimentado do mundo. 33 Figura 17: Imagens conceituais das estações do projeto do monotrilho de Manaus. Fonte: Secretaria de Planejamento do Estado do Amazonas. 34 VIDEOS Monotrilho de Santos Monotrilho de Sydney Monotrilho de Kuala Lumpur - Malasia Monotrilho de Las Vegas Monotrilho de Manaus Monotrilho de Manaus – estações 35 FASES DO PROJETO DE PESQUISA 1. Avaliação técnica do sistema monotrilho: Concluído 2. Avaliar a capacidade atual do sistema de transporte publico da região metropolitana da grande Vitória: em obtenção de dados junto aos orgãos responsáveis. Prazo: Mai/2010 3. Avaliar a demanda atual assim como sua projeção para os próximos 30 anos: Prazo: Mai/2010 4. Fazer a proposição das linhas e número de estações: Parcialmente concluído (necessita da etapa 2 para avaliar se as rotas previstas são as que melhor atendem o fluxo de passageiros). 5. Modelar e simular as linhas propostas, assim como avaliar os resultados: Prazo: Jun/2010 6. Fazer avaliação técnica e financeira de implantação do sistema: em execução (dados preliminares prontos). 36 TRAJETOS PROPOSTOS 37 Opção 1: Opção Ideal Linhas de Monotrilho de ponta a ponta nos terminais rodoviários da Grande Vitória 3 Linhas troncais de monotrilhos: • Linha 1: Terminal de Campo Grande – Terminal de Jacaraípe • Linha 2: Terminal de Itaparica – Ligação com a Linha 1 via Túnel Vitória-Vila Velha • Linha 3: Terminal do Ibes – Ligação com a Linha 1 na estação da Rodoviária de Vitória • PRÓS: • Total integração entres as pontas do sistema Transcol • Possibilidade de eliminação de praticamente 90% das linhas troncais do sistema Transcol, disponibilizando-as para as linhas alimentadoras dos terminais. • CONTRAS: • Custo total elevado 38 TRAJETOS PROPOSTOS 7 Linha 1 (azul) - OPÇÃO 1 (av. Vitória, Reta da Penha) - 12 a 17 estações 6 Alt. 2 Alt. 1 2 4 Linha 1: T. C. Grande – T. Jacaraípe Estações: T. Campo Grande T. Jardim America Rodoviária de Vitória Porto de Vitória/ Aquaviário Centro – Praça Getulio Vargas Av. Vitória (entre Colégio Salesiano e IFES) Av. Cesar Hilal 1 (cruzamento com a Leitão da Silva) - Alternativa 1: - Praça do Papa/ Aquaviário - Shopping Vitória - Reta da Penha 1 (prox. Centro da praia) - Reta da Penha 2 (prox. Sede Petrobras, Carrefour) - Alternativa 2: - Av. Leitão da Silva (cruzamento com a Av. Maruipe) 3 8 1 5 UFES Praça de Goiabeiras Aeroporto de Vitória (conexão via ramal dedicado entre praça de goiabeiras e terminal de passageiros da Adalberto Simon Nader) BR 101 (prox. T. Carapina) T. Laranjeiras 39 T. Jacaraipe TRAJETOS PROPOSTOS 7 Linha 1 (azul) OPÇÃO 2 (av. Beira Mar, Praia de Camburi) - 17 estações 6 2 4 3 8 1 5 Linha 1: T. C. Grande – T. Jacaraípe Estações: T. Campo Grande T. Jardim America Rodoviária de Vitória Porto de Vitória/ Aquaviário Av. Beira Mar Centro – Praça Getulio Vargas Prefeitura de Vitória (entre Colégio Salesiano e IFES) Av. Cesar Hilal 1 (cruzamento com a Leitão da Silva) Praça do Papa/ Aquaviário Shopping Vitória Praça dos namorados Praia de Camburi 1 (entre J. da Penha e Mata da Praia) Praia de Camburi 2 (cruzamendo com a Adalberto Simon Nader) Aeroporto de Vitória Praça de Goiabeiras BR 101 (prox. T. Carapina) T. Laranjeiras T. Jacaraipe 40 7 Linha 2 (verde) - 4 estações 6 Linha 3 (vermelha) - 3 estações Linha 2: T. Itaparica – Linha 1 Estações: T. Itaparica T. Vila Velha Vila Velha Centro Aquaviário Estação Linha 1 (conexão com o tunel Vitória – Vila Velha) Alt. 2 Alt. 1 2 Linha 3: T.IBES – Linha 1 Estações: T. IBES Rodovia Lindenberg (cruzamento com a rodovia Darli Santos). T. São Torquarto Rodoviária de Vitória (Ligação com a linha 1) 4 3 8 1 5 41 Opção 2: Opção por custo Sistema misto: corredores de ônibus fora da cidade de Vitória e Monotrilho ligando os terminais de Jardim América ao Terminal de Carapina via cidade de Vitória 1 Linhas troncal de monotrilho 4 linhas troncais de BRT • Linha 1(monotrilho): Terminal de Jardim America – Terminal de Carapina • Linha 2 (BRT): Terminal de Campo Grande – Terminal Jardim America • Linha 3 (BRT): Terminal de Itaparica – Estação de monotrilho mais próxima ao túnel Vitória-VV • Linha 4 (BRT): Terminal do Ibes – Estação do monotrilho da Rodoviária de Vitória • Linha 5 (BRT): Terminal de Carapina – Terminal de Jacaraípe • PRÓS: • Eliminação de praticamente 70% dos ônibus entrantes na cidade de Vitória • Menores interferências nas vias da cidade de Vitória do que o BRT puro • Probabilidade de menor custo do que a implantação do BRT na cidade de Vitória • Menor custo de implantação do que a Opção 1 • Possibilidade de incremento de novas linhas de monotrilho de forma relativamente simples. • CONTRAS: • Menor eficiência do sistema de transporte público 42 TRAJETOS PROPOSTOS 7 Linha 1 (azul monotrilho) - OPÇÃO 1 (av. Vitória, Reta da Penha) - 12 a 13 estações 6 Alt. 2 Alt. 1 2 Linha 1: T. C. Grande – T. Jacaraípe Estações: T. Jardim America Rodoviária de Vitória Porto de Vitória/ Aquaviário Centro – Praça Getulio Vargas Av. Vitória (entre Colégio Salesiano e IFES) Av. Cesar Hilal 1 (cruzamento com a Leitão da Silva) - Alternativa 1: - Praça do Papa/ Aquaviário - Shopping Vitória - Reta da Penha 1 (prox. Centro da praia) - Reta da Penha 2 (prox. Sede Petrobras, Carrefour) - Alternativa 2: - Av. Leitão da Silva (cruzamento com a Av. Maruipe) 4 3 8 1 5 UFES Praça de Goiabeiras Aeroporto de Vitória (conexão via ramal dedicado entre praça de goiabeiras e terminal de passageiros da Adalberto Simon Nader) BR 101 (prox. T. Carapina) 43 TRAJETOS PROPOSTOS 7 Linha 1 (azul monotrilho) OPÇÃO 2 (av. Beira Mar, Praia de Camburi) - 15 estações 6 Linha 1: T. C. Grande – T. Jacaraípe Estações: T. Jardim America Rodoviária de Vitória Porto de Vitória/ Aquaviário Av. Beira Mar Centro – Praça Getulio Vargas Prefeitura de Vitória (entre Colégio Salesiano e IFES) Av. Cesar Hilal 1 (cruzamento com a Leitão da Silva) Praça do Papa/ Aquaviário Shopping Vitória Praça dos namorados Praia de Camburi 1 (entre J. da Penha e Mata da Praia) Praia de Camburi 2 (cruzamendo com a Adalberto Simon Nader) Aeroporto de Vitória Praça de Goiabeiras BR 101 (prox. T. Carapina) 2 4 3 8 1 5 44 TRAJETOS PROPOSTOS 7 Linha 2 (verde – monotrilho via tunel) - 4 estações Linha 2 (monotrilho): T. Itaparica – Interligação com a Linha 1 do monotrilho Estações: 6T. Itaparica T. Vila Velha Vila Velha Centro Aquaviário Estação Linha 1 monotrilho Linha 3 (vermelha - BRT) - 3 estações Linha 4 (Marrom - BRT) - 2 estações Linha 5 (Rosa - BRT) - 2 estações Alt. 2 Alt. 1 2 4 3 8 1 5 Linha 3 (BRT): T.IBES – Interligação com a Linha 1 do monotrilho Estações: T. IBES Rodovia Lindenberg (cruzamento com a rodovia Darli Santos). T. São Torquarto Rodoviária de Vitória (Ligação com a linha 1) Linha 4 (BRT): T. Campo Grande – InterligaçãoLinha 1 do monotrilho Estações: T. Campo Grande T. Itacibá T. Jardim América (Ligação com a linha 1 do monotrilho) Linha 5 (BRT): T. Carapina – T. Jacaraípe Estações: T. Carapina (Ligação com a linha 1 do monotrilho) T. T Laranjeiras 45 T. Jacaraípe CONCLUSÕES PRELIMINARES Os estudos até aqui levantados indicam que: • O monotrilho é uma opção de transporte publica eficaz e capas de competir com vantagens sobre os sistemas BRT e VLT, tanto em custo quanto em capacidade e flexibilidade do sistema. • Apesar de elevados, os custos de implantação, se capitalizados e diluídos em um prazo de 30 anos, em função de seu maior tempo de vida útil, podem ser equiparáveis ou até inferiores aos custos de implantação de um sistema BRT e VLT. • O monotrilho pode ser utilizado como um sistema de transporte publico troncal, sendo integrado aos terminais rodoviários já existentes e aos futuros terminais aquaviários. • Estudos preliminares indicam que as linhas propostas podem reduzir em até 90% a necessidade dos ônibus troncais do sistema Transcol dentro da cidade de Vitória. • O monotrilho é capaz de atrair os usuários do transporte individual de forma mais eficaz do que os sistemas concorrentes em função de seu maior conforto e velocidade de trajeto, contribuindo para a redução de veículos nas ruas. • A construção do monotrilho na Grande Vitória terá muito menos impactos negativos as vias e a paisagem urbana do que a dos sistemas concorrentes e não reduzirá o número de vias existentes reduzindo necessidade de investimentos em novas vias. • O monotrilho é ecologicamente mais alinhado aos tempos atuais e pode contribuir significativamente para a redução das emissões de CO2 na Grande Vitória, onde a contabilidade ambiental deve ser levada em conta durante a fase de análise econômica e comparação entre os sistemas. 46 EQUIPE • Orientando: Eng. Uarlem José de Faria Oliveira ([email protected]) – – – • Pós graduando em Engenharia de Produção pelo Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Estado do Espírito Santo (IFES) Engenheiro de Produção formado pelas Faculdades Integradas Espírito-Santenses (FAESA) Analista de Assistência a Cliente da ArcelorMittal Tubarão Orientador: D.Sc. Rodrigo de Alvarenga Rosa ([email protected]) – – – – – Doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) Mestre em Informática pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) Graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) Professor do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Estado do Espírito Santo (IFES) Professor colaborador no mestrado de Engenharia Civil na Área de Transportes da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), entre outras atuações em instituições publicas e privadas. 47 FONTES • BERGER/ABAM, Technology Alternatives Narrowing Paper, prepared for the Seattle Monorail Project, October 2001. • Bombardier Ltd. Transportation Company • DMJM+HARRIS, Monorail Technology Assessment Paper, prepared for Montgomery County Department of Public Works and Transportation, 2001. • ETC Seattle Popular Transit Plan, August 2002. • Federal Transit Administration website – located at: www.fta.dot.gov • Hitachi Ltd., Presentation, Proposal for the Supply of the Advanced Mass Transit Monorail System. • Ishikawa, Kosuke et al. Straddle-type Monorail as a Leading Urban Transport System for the 21st Century, 1999. • Jakes, Andrew S., Las Vegas Monorail, 2006. • Kennedy, Ryan R. Considering Monorail Rapid Transit for North American Cities Paper prepared for Monorail Society, 2006. • Kuwabara, Takeo et al., New Solution for Urban Traffic: Small-type Monorail System, 2001. • ROSA, Rodrigo de Alvarenga. Ferrovias: Conceitos Essenciais. 1ª. ed. 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