Proteínas Profa. Alana Cecília Proteínas Aminoácidos ligados formam uma cadeia proteica (polipeptídica). As unidades de repetição são planos de amida que contêm ligações peptídicas. Esses planos de amida podem girar em torno de seus átomos de carbono de modo a criar as conformações tridimensionais das proteínas. Níveis de Estrutura das Proteínas Proteínas biologicamente ativas são polímeros que consistem em aminoácidos unidos por ligações peptídicas covalentes. Várias conformações diferentes são (estrutura tridimensional) são possíveis para uma molécula grande como as proteínas. Dessas diversas estruturas, poucas têm atividade biológica e são chamadas de conformação nativa. A Estrutura Primária é a ordem na qual os aminoácidos são ligados de forma covalente; A Estrutura Secundária é o arranjo dos átomos do esqueleto peptídico. As disposições da α-hélice e da folha β pregueada são dois tipos diferentes de estrutura secundária. As conformações das cadeias laterais dos aa não fazem parte da estrutura secundária.Em muitas proteínas, o dobramento das partes da cadeia pode ocorrer independentemente do dobramento de outras partes. Tais porções da proteína são chamadas de domínios ou de estrutura supersecundária. A Estrutura Terciária inclui o arranjo tridimensional de todos os átomos da proteína, inclusive nas cadeias laterais. Uma proteína pode consistir em múltiplas cadeias polipeptídicas chamadas de subunidades. O arranjo de uma subunidade com relação as outras é a Estrutura Quaternária. Estrutura Primária das Proteínas A sequência de aminoácidos (a estrutura primária) de uma proteína determina sua estrutura tridimensional, que por sua vez, determina suas propriedades. Em cada proteína, a estrutura tridimensional correta é necessário para o seu funcionamento perfeito. Importância: a anemia falciforme, é decorrente da troca de aminoácidos na estrutura primária, o que leva ao mal funcionamento das hamácias que não conseguem ligar o oxigênio de forma eficiente e também assumem um formato de foice. Estrutura Secundária das Proteínas A estrutura secundária das proteínas é o arranjo das pontes de hidrogênio do esqueleto proteico, a cadeia polipeptídica. Dois tipos de estruturas secundárias que ocorrem frequentemente nas proteínas são as estruturas de α-hélice e de folha β pregueada. A α-hélice é estabilizada por pontes de hidrogênio paralelas ao eixo da hélice no interior do esqueleto de uma única cadeia polipeptídica. A conformação helicoidal permite um arranjo linear dos átomos envolvidos nas pontes de hidrogênio, o que da a elas o máximo de força e assim, torna a conformação helicoidal bastante estável. O arranjo dos átomos na conformação folha β pregueada é muito diferente do observado na α-hélice . O esqueleto peptídico na folha β é quase completamente estendido. As pontes de hidrogênio podem ser formadas entre diferentes partes de uma mesma cadeia dobrada sobre si própria (ligações intercadeia) ou entre diferentes cadeias (ligações intercadeia). Estruturas Supersecundárias e Domínios A α-hélice, a folha β pregueada e outras estruturas secundárias são combinadas de diversas formas à medida que a cadeia polipeptídica de uma proteína dobra sobre si mesma. A combinação de fitas α e β produz diversos tipos de estruturas supersecundárias nas proteínas. > Estruturas Secundárias Mais comuns: Hélice + Simples Eixo imaginário com volta de 5.4 Å (3,6 aminoácidos) 3 a 4 pontes H Grupos R para fora da hélice: estáveis (± ¼ aa) ou não [Gly ou Pro] Ponte de H entre H(-N) e O(-CO) do 4º aa predominante em queratinas. Folhas β Seqüência de aa em Zig-zag Arranjo em folhas β pregueadas Grupos R perpendiculares Dobras β entre folhas e hélices Diferentes aspectos da estrutura das Helices Helice contornada p/ direita Vista das pontes H intra-cadeia Visão superior contato muito próximo dos átomos centrais Folhas : pontes H são formadas inter-cadeias Estrutura Tridimensional das Proteínas É o arranjo tridimensional de todos os átomos na molécula. As conformações da cadeia lateral e as posições de qualquer grupo prostético fazem parte da estrutura terciária, assim como as disposições de seções helicoidais e de folha pregueada umas em relação as outras. Em uma proteína fibrosa, a estrutura secundária também fornece muitas informações sobre a estrutura terciária. Para uma proteína globular, é necessário um número de informações consideravelmente maior. É preciso determinar a forma como as seções helicoidais e de folha pregueada se dobram sobre si mesmas, além das posições dos átomos da cadeia lateral e de qualquer grupo prostético. > Estruturas Terciária e Quartenária Estrutura 3ª: Arranjo tridimensional da seqüência de aa Estrutura 4ª: Arranjo ≥ 2 de peptídeos = ou Classificação protéica: Globulares Esféricas c/ vários tipos de estrutura 2ª Função enzimática, regulatória AA hidrofóbicos no interior Ex. Mioglobina, lisozima Fibrosas Longas c/ 1 tipo de estrutura 2ª Função estrutural Resistência e flexibilidade Insolúveis em H2O Ex. Colágeno, queratina Estrutura tridimensional de algumas pequenas proteínas Estruturas supersecundárias: Dobras estabilizadoras da estrutura 2ª Quantidades aproximadas de helices e folhas em algumas proteínas de cadeia simples Desnaturação e Renaturação As interações não-covalentes que mantêm a estrutura tridimensional de uma proteína são fracas, e por isso não surpreende o fato de que elas possam ser rompidas facilmente. O desdobramento de uma proteína é chamado Desnaturação. A redução das ligações dissulfeto leva à desorganização ainda maior da estrutura terciária. A desnaturação e a redução das ligações dissulfeto são frequentemente combinadas quando se deseja o rompimento completo da estrutura terciária das proteínas. Sob condições experimentais adequadas, a estrutura desfeita pode, então, ser completamente recuperada. As proteínas podem ser desnaturadas de formas: Calor: um aumento na temperatura favorece as vibrações no interior da molécula e a energia dessas vibrações pode torna-se grande o suficiente para desfazer a estrutura terciária. Extremos de pH: tanto em pH alto como em pH baixo, pelo menos algumas cargas das proteínas estão faltando, e, assim, as interações eletrostáticas que normalmente estabilizariam a forma funcional nativa da proteína são reduzidas, levando a desnaturação. Detergentes: detergentes como o SDS (dodecil sulfato de sódio) desnatura as proteínas. Β-mercaptaetanol é frequentemente utilizado para reduzir as pontes dissulfeto para dois grupos sulfidrila. Desnaturação de proteínas Hidrocloreto de guanidina Desnaturação e renaturação da ribonuclease Estrutura Quaternária É a propriedade das proteínas que contêm mais de uma cadeia polipeptídica. Cada cadeia é chamada de subunidade. O número de cadeias pode variar de 2 a mais de 12, e as cadeias podem ser idênticas ou diferentes. Alguns exemplos que normalmente ocorrem são dímeros, trímeros ou tetrâmeros, consistindo em duas, três ou quatro cadeias polipeptídicas. As cadeias interagem entre si de forma não-covalente via interações eletrostáticas, pontes de hidrogênio e interações hidrofóbicas que podem provocar mudanças sutis em uma molécula protéica e causar alterações drásticas nas propriedades em um sítio distante. As proteínas que exibem essa propriedade são chamadas alostéricas. Estrutura quaternária da desoxihemoglobina fita Cadeias = cinza e azul claro = rosa e azul escuro espacial