UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – GESTÃO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS MERY ALESSANDRA MARTINENGHI DIAGNÓSTICO: PARTICIPAÇÃO DOS EGRESSOS DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS NO MERCADO DE TRABALHO BIGUAÇU 2008 MERY ALESSANDRA MARTINENGHI DIAGNÓSTICO: PARTICIPAÇÃO DOS EGRESSOS DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS NO MERCADO DE TRABALHO Monografia apresentada ao Curso de Ciências Contábeis na Universidade do Vale do Itajaí do Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Gestão como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Ciências Contábeis. Professora Orientadora: Juliane Vieira de Souza BIGUAÇU 2008 AGRADECIMENTOS “Você não sabe o quanto eu caminhei pra chegar até aqui, percorri milhas e milhas antes de dormir”, é com o trecho dessa música que iniciarei meus agradecimentos. Pois, foram muitos quilômetros rodados até a chegada da tão sonhada formatura. Primeiramente agradeço a Deus, o criador de todas as coisas. Aos meus pais, José e Onete que me deram à vida, e também pela coragem e pela sabedoria que me transmitiram para chegar até aqui e realizar este trabalho. Aos meus irmãos Máx e Mileise, por estarem sempre ao meu lado, quando precisei, principalmente quando não tinha como voltar para casa da faculdade, e vocês foram prontamente me buscar. A todos os amigos, que me deram força para nunca desistir, cada um com seu jeitinho, com um sorriso, com um gesto, uma mão amiga nos momentos mais difíceis. Meus sinceros agradecimentos a todos da DVRT, em especial as meninas da folha, Liliane e Karina que aturaram meus dias de total “stress”, e a Márcia, por me liberar tantos dias para que este trabalho chegasse ao fim. A todos os professores, que sempre estavam prontos a ajudar em qualquer momento. A todos os egressos que responderam o questionário enviado. A todos que de forma direta e/ou indiretamente, colaboraram na realização das várias etapas, contribuindo significativamente para o seu desenvolvimento e conclusão. “As lágrimas de cansaço, sofrimento e de desespero que rolaram em meu rosto, agora podem ser transformadas em lágrimas de alegria, felicidade e orgulho, por ter conquistado mais essa vitória.” Não basta ter belos sonhos para realizá-los. Mas ninguém realiza grandes obras se não for capaz de sonhar grande. Podemos mudar o nosso destino se nos dedicarmos à luta pela realização de nossos ideais. É preciso sonhar, mas com a condição de crer em nosso sonho; de examinar com atenção a vida real; de confrontar nossa observação. com nosso sonho; de realizar escrupulosamente, nossa fantasia. “Sonhos acreditem neles.” (Lênin) RESUMO Refletir sobre a questão da qualificação profissional nos dias de hoje não consiste em uma tarefa fácil, pois é um tema que envolve uma multiplicidade de aspectos, situações e posições de caráter acadêmico, empresarial, do mercado de trabalho e das profissões. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho visa apresentar um diagnóstico da participação dos egressos do curso de Ciências Contábeis no mercado de trabalho, que vem demonstrando a necessidade de qualificação, seja pelo mercado de trabalho que exige cada vez mais profissional com experiência, ou pelas Instituições de Ensino Superior que precisam estar aptas a oferecer um curso de qualidade aos acadêmicos. O trabalho foi direcionado aos egressos do curso de ciências contábeis do período de 2002 à 2007, nos campus de Biguaçu e Itajaí, da Universidade do Vale do Itajaí, por meio de questionário contendo nove questões de múltipla escolha e uma questão aberta. A presente pesquisa mescla elementos qualitativos com outros tipicamente quantitativos, mas deve ser considerada eminentemente qualitativa e explorou a participação dos egressos no mercado de trabalho. Quanto aos fins, a pesquisa pode ser caracterizada como descritiva e aplicada e quanto aos meios é classificada como uma pesquisa bibliográfica e também uma pesquisa documental. Palavras Chaves: 1. Ciências Contábeis 2. Egressos 3. Mercado de Trabalho. LISTA DE FIGURAS FIGURA 01 : EVOLUÇÃO DO ENSINO DA CONTABILIDADE NO BRASIL .....................................17 FIGURA 02 : ATUAÇÃO PROFISSIONAL DO CONTADOR NO SETOR PÚBLICO..........................21 FIGURA 03 : ATUAÇÃO PROFISSIONAL DO CONTADOR NO SETOR PRIVADO .........................22 FIGURA 04 : ATUAÇÃO PROFISSIONAL DO CONTADOR EM OUTRAS ÁREAS ..........................22 LISTA DE QUADRO E TABELAS QUADRO 1 : INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR EM SANTA CATARINA ...............................36 TABELA 1 : GÊNERO DOS ENTREVISTADOS....................................................................................47 TABELA 2 : FAIXA ETÁRIA DOS ENTREVISTADOS.........................................................................48 TABELA 3 : ATUAÇÃO PROFISSIONAL DA ÁREA DE FORMAÇÃO...............................................49 TABELA 4 : FAIXA SALARIAL DOS EGRESSOS ................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.50 TABELA 5 : MERCADO DE TRABALHO ESPERA DOS PROFISSIONAIS ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.51 TABELA 6 : MUDANÇAS NO MERCADO DE TRABALHO .. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.52 TABELA 7 : O CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS NA UNIVALI .....................................................53 TABELA 8 : ACESSO AO MERCADO DE TRABALHO ......................................................................54 TABELA 9 : PARTICIPAÇÃO DO APRENDIZADO NO DIA-A-DIA ............. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.55 TABELA 10 : DISCIPLINAS MAIS UTILIZADAS .................................................................................56 TABELA 11 : O OBJETIVO DO CURSO É ATENDIDO.......................................................................57 TABELA 12 : DURAÇÃO DO CURSO É ADEQUADO .......................................................................58 TABELA 13 : EMPRESA OFERECE CURSOS AOS EMPREGADOS................................................59 TABELA 14 : PÓS-GRADUAÇÃO SUPRI AS NECESSIDADE DO MERCADO DE TRABALHO .....60 TABELA 15 : RECUSADO EM ALGUM EMPREGO POR NÃO TER ESPECIALIZAÇÃO.................62 LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 01 : PERCENTUAL DE PARTICIPAÇÃO DOS ENTREVISTADOS...................................47 GRÁFICO 02 : FAIXA ETÁRIA DOS ENTREVISTADOS.....................................................................48 GRÁFICO 03 : ATUAÇÃO PROFISSIONAL ........................................................................................49 GRÁFICO 04 : FAIXA SALARIAL DOS EGRESSOS ..........................................................................50 GRÁFICO 05 : MERCADO DE TRABALHO.........................................................................................51 GRÁFICO 06 : MUDANÇAS NO MERCADO DE TRABALHO ............................................................52 GRÁFICO 07 : O CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS NA UNIVALI ...............................................533 GRÁFICO 08 : ACESSO AO MERCADO DE TRABALHO ..................................................................54 GRÁFICO 09 : PARTICIPAÇÃO DO APRENDIZADO NO DIA-A-DIA ................................................55 GRÁFICO 10 : DISCIPLINAS MAIS UTILIZADAS ...............................................................................56 GRÁFICO 11 : O OBJETIVO DO CURSO É ATENDIDO.....................................................................57 GRÁFICO 12 : DURAÇÃO DO CURSO É ADEQUADO ......................................................................59 GRÁFICO 13 : EMPRESA OFERECE CURSOS AOS EMPREGADOS..............................................60 GRÁFICO 14 : PÓS-GRADUAÇÃO SUPRI AS NECESSIDADE DO MERCADO DE TRABALHO ...61 GRÁFICO 15 : RECUSADO EM ALGUM EMPREGO POR NÃO TER ESPECIALIZAÇÃO...............62 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 10 1.1 JUSTIFICATIVA ...................................................................................... 10 1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA.................................................................. 11 1.3 OBJETIVOS ............................................................................................ 12 1.3.1 Objetivo Geral ........................................................................................ 12 1.3.2 Objetivos Específicos ........................................................................... 12 1.4 SUPOSIÇÕES......................................................................................... 13 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................. 14 2.1 HISTÓRIA DA CONTABILIDADE............................................................ 14 2.2 PERFIL DO PROFISSONAL CONTABIL BRASILEIRO .......................... 18 2.3 ENSINO NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO............................................ 23 2.4 O CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS .................................................. 25 2.5 MERCADO DE TRABALHO .................................................................... 28 2.6 RETORNO À UNIVERSIDADE ............................................................... 33 2.6.1 A Pós-graduação Stricto Sensu em Contabilidade ............................ 36 3 METODOLOGIA ..................................................................................... 39 3.1 ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO................................................. 39 3.2 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO..................................................... 41 4 ANÁLISE DE DADOS ............................................................................. 43 4.1 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO .................................................. 43 4.1.1 Institucional ........................................................................................... 44 4.1.2 Visão ....................................................................................................... 45 4.1.3 Missão .................................................................................................... 45 4.1.4 Valores.................................................................................................... 45 5 RESULTADOS DA PESQUISA .............................................................. 46 5.1 PERFIL DOS ENTREVISTADOS ............................................................ 47 5.1.1 Gênero .................................................................................................... 47 5.1.2 Faixa etária............................................................................................. 48 5.2 ATUAÇÃO PROFISSIONAL DA ÁREA DE FORMAÇÃO........................ 49 5.3 FAIXA SALARIAL .................................................................................... 50 9 5.4 MERCADO DE TRABALHO .................................................................... 51 5.5 APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL ................................................. 52 5.6 O CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS NA UNIVALI.............................. 53 5.7 ACESSO AO MERCADO DE TRABALHO .............................................. 54 5.8 APLICAÇÃO DO CONHECIMENTO ....................................................... 55 5.9 DISCIPLINAS MINISTRADAS UTILIZADAS NA VIDA PROFISSIONAL. 56 5.10 OS OBJETIVOS DO CURSO SÃO CLAROS E CONSIDERADOS APLICÁVEL.......................................................................................................... 57 5.11 A DURAÇÃO DO CURSO É ADEQUADA............................................... 58 5.12 A EMPRESA OFERECE CURSOS AOS EMPREGADOS ...................... 59 5.13 PÓS-GRADUAÇÃO SUPRI A NECESSIDADE DO MERCADO DE TRABALHO .......................................................................................................... 60 5.14 RECUSADO EM EMPREGO POR NÃO TER POS GRADUAÇÃO......... 62 5.15 CRÍTICAS E SUGESTÕES DOS EGRESSOS ....................................... 63 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES PARA FUTUROS TRABALHOS....................................................................................................... 64 7 DELIMITAÇÕES ..................................................................................... 66 REFERÊNCIA ..........................................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.67 ANPÊNDICE ........................................................................................................ 70 1 INTRODUÇÃO Na era da globalização as organizações precisam investir cada vez mais em capital intelectual, ele é fundamental na busca da criação e produção de novas estratégias. O conhecimento, a capacidade de aprender, criar e redesenhar processos são características primordiais para atender a demanda do mercado cada vez mais competitivo. A conquista de um espaço no mercado de trabalho e a perspectiva de maiores salários são alguns dos fatores que proporcionam um aumento na procura por cursos superiores. Concluir um curso de graduação constitui uma conquista de inestimável importância. O Diploma de curso superior abre uma série de oportunidades para enfrentar os desafios do mundo do trabalho, cada vez mais exigentes em relação à formação qualificada e abrangente dos profissionais que atuam em toda e qualquer área. Por esta razão as universidades estão atentas para atualizar os projetos pedagógicos de seus cursos, para capacitar o corpo docente, bem como promover contínuas melhorias nas condições infra-estruturais, focando, assim, seus esforços na razão maior de uma instituição educativa: o aluno. A conquista obtida com a colação de grau deve ser considerada um primeiro passo para a formação profissional qualificada. E também abre as portas para novos desafios. A qualificação em nível de graduação amplia os horizontes profissionais e contribui ao desenvolvimento da ciência e tecnologia. O mundo precisa urgentemente de grandes idéias, de grandes projetos, e principalmente de quem os leve adiante. 1.1 JUSTIFICATIVA Os cursos de Ciências Contábeis têm como objetivo formar contadores com condições necessárias para orientar de maneira mais assertiva o seu cliente na tomada de decisões, capazes de gerir informação empresarial, orientarem 11 estratégias, realizar perícias e auditorias e controlar os fluxos financeiros, entre outras atividades. Para garantir seu espaço no mercado os contabilistas precisam estar preparados para fornecer um trabalho de qualidade. Esta preparação vem basicamente das Instituições de Ensino Superior que deverá organizar o ensino de forma a propiciar situações que favoreçam o desenvolvimento global destes profissionais, facilitando a apropriação do conhecimento sistematizado. Para se posicionar no mercado de trabalho é importante que a pessoa esteja constantemente se atualizando e estudando. Por esse motivo a graduação também é vista como uma chance de organizar a carreira. A Universidade do Vale do Itajaí visa buscar através de seus cursos de graduação, que seus alunos estejam cada vez mais interagindo com o mercado de trabalho, aplicando o conhecimento da sala de aula em estratégias para obter um profissional habilitado e competente. Entre os principais fatores que se levou em conta para escolher este tema para o trabalho de conclusão de curso, esta no fato que de assim que formados os universitários ficam indecisos em saber se estão ou não aptos para a vida profissional. Esta é uma decisão muito importante, pois o mercado de trabalho esta cada dia mais competitivo e pede por profissionais mais qualificados. 1.2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA Em função do advento da globalização, o mercado de trabalho esta a cada dia mais competitivo, exigindo dessa forma uma mão-de-obra cada vez mais especializada. As universidades não fogem a essa regra, pelo contrário, é o local onde mais exigências se fazem em função da especialização dos docentes, a fim de respaldar o ensino dos futuros trabalhadores. Todas as atividades, para serem realizadas de forma satisfatória, requerem tempo, disponibilidade e dedicação, pois sem esses meios é impossível se chegar ao final de uma boa formação, e, por conseguinte de uma boa atuação profissional. 12 No Brasil, as mudanças explicadas pela globalização da economia provocaram importantes alterações na esfera organizacional. O conhecimento, a capacidade de aprender, criar e redesenhar processos são características primordiais para atender a demanda do mercado cada vez mais competitivo. A conquista de um espaço no mercado de trabalho e a perspectiva de maiores salários são alguns dos fatores que proporcionam um aumento na procura por cursos de graduação. Uma das razões das graduações é a de crescimento profissional. Neste contexto, pretende-se responder o seguinte problema de pesquisa: Como foi a aceitação profissional no mercado de trabalho dos egressos no curso de Ciências Contábeis na Univali, do período de 2002 a 2007? 1.3 OBJETIVOS Com intuito de responder ao problema formulado, alguns objetivos foram estabelecidos em conformidade com orientações metodológicas de pesquisa científica. Apresentam-se nesta seção os objetivos da pesquisa. 1.3.1 Objetivo Geral Identificar a atuação profissional dos egressos no curso de Ciências Contábeis na Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI (Itajaí-Biguaçu), no mercado de trabalho, no período de 2002 a 2007. 1.3.2 Objetivos Específicos Visando o alcance do objetivo principal deste estudo, pretende-se: Caracterizar o perfil dos profissionais que egressaram no curso; Analisar o perfil traçado; 13 Verificar a atuação profissional dos egressos na Universidade do Vale do Itajaí - Univali (Biguaçu-Itajaí) 1.4 SUPOSIÇÕES Por se tratar de uma pesquisa qualitativa optou-se pela antecipação de algumas suposições, visando apenas à tentativa de responder a pesquisa. Sendo assim supõe-se que: O objetivo da abordagem é justamente destacar a atuação profissional no mercado de trabalho dos egressos no curso de Ciências Contábeis na Universidade do Vale do Itajaí - Univali. Em um ambiente de tantas mudanças e dinâmico como esse que vivemos os contadores devem estar preocupados com a atualização dos seus conhecimentos, que vai muito além da capacidade de apenas registrar, mas, sobretudo, gerar uma Contabilidade Gerencial, não há um gestor que possa, hoje, alcançar o sucesso se não estiver acompanhado de um competente profissional da área contábil. O profissional que faz a graduação absorve um conhecimento a mais e geralmente coloca o conhecimento adquirido em prática, auxiliando o gestor. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Universidade, formação e trabalho são discutidos na perspectiva de interdependência em relação a ambientes e a processos e, como tais, vêm constituindo uma temática complexa, particularmente em tempos de mudanças estruturais, como se vive atualmente. E, para responder à questão desta pesquisa buscou-se compreender o objeto da pesquisa – mercado de trabalho dos egressos no curso de ciências contábeis. 2.1 HISTÓRIA DA CONTABILIDADE Há mais de 8.000 anos, desde o seu surgimento, na forma mais rudimentar, a contabilidade vem passando por inúmeras transformações. Com o desenvolvimento das atividades agrícolas familiares e criação de animais o ser humano começou a perceber a necessidade da quantificação de sua produção e consumo, de forma a melhor gerenciá-los. A partir do momento em que o ser humano passou a viver em sociedade, e já com o pensamento, intuitivo ainda, no seu patrimônio, a realização dos registros tornou-se inevitável, principalmente quando as atividades do comércio passaram a ter grande importância na relação entre as comunidades. (HENDRIKSEN, 1999.) Luca Pacioli, frei franciscano, matemático, teólogo, contabilista, entre outras profissões, embora não seja o criador do sistema de partidas dobradas, foi o grande responsável por sua organização e sistematização. Autor de diversas obras, destacando-se a Summa de Arithmética, Geometria, Proportioni et Proporcionalitá, na qual está inserido o seu tratado sobre Contabilidade e Escrituração. O tratado destacava todas as diretrizes necessárias ao bom comerciante. Conceituava e sistematizava algumas atividades contábeis, tais como o registro em livros de inventário, diário e razão; registros de operações: aquisições, permutas, sociedades, etc.; sobre contas em geral: como abrir e como encerrar; contas de armazenamento; lucros e perdas, que na época, eram "Pro" e "Dano"; sobre correções de erros; sobre arquivamento de contas e documentos, etc. Sobre o Método das Partidas Dobradas, Frei Luca Pacioli expôs a terminologia adotada: "Per", mediante o qual se reconhece 15 o devedor; "A", pelo qual se reconhece o credor, acrescentando que, primeiro apareceria o devedor, e depois o credor, prática que se usa até hoje. (HENDRIKSEN, 1999). O seu aparecimento implicou a adoção de outros livros que tornassem mais analítica a Contabilidade, surgindo, então, o Livro da Contabilidade de Custos. O surgimento do capitalismo ocasionou grandes mudanças nos registros contábeis da época, podendo inclusive ser um dos motivos que influenciaram o aparecimento do processo de partidas dobradas, no século XIV (HENDRIKSEN, 1999). Inclusive, a ciência contabilidade foi crescendo, tornando os registros mais complexos por volta do século XIII, quando apareceu a conta Capital. Neste século também, os comerciantes italianos contribuíram introduzindo a técnica contábil nos negócios privados. Um fator determinante para o desenvolvimento de escritas especiais que refletissem os interesses dos credores e investidores, foram os empréstimos a empresas comerciais e os investimentos em dinheiro e, ao mesmo tempo, fossem úteis aos comerciantes, em suas relações com os consumidores e os empregados. (HENDRIKSEN, 1999) Outras duas personalidades da contabilidade podem ser destacadas: Francesco Villa, escritor milanês, contador público, com sua obra La Contabilità Applicatta alle administrazioni Private e Plubbliche; e Fábio Bésta, escritor veneziano. Francisco Villa extrapolou os conceitos tradicionais de Contabilidade, destacando que a Contabilidade implicava em conhecer a natureza, os detalhes, as normas, as leis e as práticas que regem o patrimônio, iniciando assim a fase da ciência contábil e do pensamento patrimonialista (HENDRIKSEN, 1999, p.79). Entre os séculos XIV a XVI, principalmente na Itália, diversos acontecimentos, proporcionaram um impulso das ciências contábeis. Já se encontravam registros explicitados de custos comerciais e industriais, bastante analítica para época. Podese dizer que escrita já se parecia com a de hoje, considerando, em separado, gastos com matérias-primas, mão-de-obra direta a ser agregada e custos indiretos de fabricação. Os custos eram contabilizados por fases separadamente, até que fossem transferidos ao exercício industrial. (HENDRIKSEN, 1999) O inicio da era cientifica, começou por volta do século XVII, onde Pascal já tinha inventado a calculadora. A ciência da contabilidade ainda era confundida com a ciência da Administração, e o patrimônio se definia como um direito, segundo 16 postulados jurídicos. Na Itália, a Contabilidade já chegara à universidade, também nesse século. A Contabilidade começou a ser lecionada como aula de comércio da corte, em 1809. Foi na Itália que os conceitos tradicionais sobre a contabilidade foram transformados, através do italiano Francisco Villa, segundo ele, a escrituração e a guarda dos livros poderiam ser feitos por qualquer pessoa inteligente. Seu seguidor Fábio Besta, surpreendeu a todos, quando superou os ensinamentos de seu mestre, demonstrando o elemento fundamental da conta valor, chegando perto de definir o patrimônio como objeto da contabilidade, o que foi feito por Vicenzo Mazi em 1923. Verifica-se, por exemplo, que no início do século XX a contabilidade servia como uma forma de medir e controlar o patrimônio do proprietário, isto em função dos modelos de empresas da época que eram basicamente voltados para a agropecuária, comércio e fabricação de produtos de forma artesanal. (SILVA 2003, p. 4) A Escola Contábil Norte-americana surgiu na década de 20, onde o mundo contábil voltou todo sua atenção para os Estados Unidos. Suas teorias e práticas contábeis, favorecidas não apenas pelo apoio de uma ampla estrutura econômica e política, mas também pela pesquisa e trabalho sério dos órgãos associativos. Com o surgimento do American Institut of Certield Public Accountants que foi de extrema importância para o desenvolvimento da Contabilidade e dos princípios contábeis; várias associações não pouparam esforços e grandes somas em pesquisas nos Estados Unidos foram concretizadas. Havia uma total integração entre acadêmicos e os já profissionais da Contabilidade. (SILVA, 2003) No século XX, surgiram as gigantescas Corporations, empresas multinacionais, somando o bom desenvolvimento do mercado de capitais e ao campo fértil para o avanço das teorias e práticas contábeis norte-americanas. Isso explica porque atualmente o mundo possui inúmeras obras contábeis de origem norte-americanas que tem reflexos diretos nos países de economia. Até os anos 60, no Brasil, o profissional contábil era conhecido como “guardalivros”, mas, com o milagre econômico na década de 70, essa expressão foi desaparecendo e observou-se um excelente e valorizado mercado de trabalho para os contabilistas. (SILVA, 2003) 17 As funções do contabilista, em tempos atuais, não se restringem apenas ao âmbito meramente fiscal, tornando-se, num mercado de economia tão complexa, importantíssimo para empresas informações mais precisas possíveis para tomada de decisões dos gestores e para atrair investidores. O profissional vem ganhando cada vez mais destaque no mercado em Auditoria e Controladoria. Séc.XIX Aulas de comercio Séc. XX Pós-graduação / Stricto Sensu – Séc. XX Ensino Superior Década de 40 Evolução do Ensino da Contabilidade no Brasil Séc. XX Curso Profissionalizan Séc. XIX Inst. Comercial – RJ Séc. XX Ensino Comercial Figura 01 : Evolução do Ensino da Contabilidade no Brasil Fonte: Ivam Ricardo Peleias; Glauco Peres da Silva; João Bosco Segreti; Amanda Russo Chiorotto Esse novo milênio exigirá muito esforço e determinação para constantes e rápidas mudanças. A corrida para a disputa dos mercados internacionais e o mercado competitivo não aceita profissionais indecisos. O contabilista atualizado e moderno tem que ter iniciativa, ser corajoso, ter ética, visão de futuro, habilidade de negociação, agilidade, segurança para as decisões dos problemas que surgem diariamente, capacidade e humildade para de aprender a lidar com diversos tipos de personalidade, idéias inovadoras, flexibilidade, raciocínio rápido, saber inovar e criar, principalmente na sua área de atuação, saber interagir e estudar detalhadamente as realidades políticas, sociais e financeiras. 18 Orientar as empresas da melhor forma possível, demonstrando o caminho certo para que elas sobrevivam aos fortes abalos gerados pela globalização da economia é função de um contabilista. Ter o poder de manipular conhecimentos é o ponto chave das grandes decisões. O comportamento das empresas no cenário atual representa as tendências de atuação dos profissionais de contabilidade. Como os escritórios de contabilidade são empresas prestadoras de serviços elas possuem um grau altíssimo de responsabilidade nacional e seu desempenho eficaz está na qualidade do trabalho prestado. Isso faz com que o profissional esteja sempre fazendo atualizações, aumentando seus conhecimentos e aprendendo novas formas de tratamento para seus clientes. Um contabilista responsável deve estar preparado para ajudar seus colegas de trabalho e não os vendo como possíveis concorrentes no mercado de trabalho. O profissional contabilista precisa fazer leituras que ampliam sua visão da sociedade, da economia e das leis. O exercício profissional não pode ser limitado apenas ao ato de registrar e demonstrar deve servir também como orientação para seus clientes de forma a tornar sua empresa mais próspera e eficaz. (SILVA, 2003) 2.2 PERFIL DO PROFISSONAL CONTABIL BRASILEIRO Por ter um campo de atuação muito amplo, a contabilidade é aplicada em qualquer entidade, sejam elas, empresas, instituições não-lucrativas, Ongs ou empresas Públicas. Sendo qualquer campo de atuação, o contabilista deverá estar atento às habilidades técnicas exigidas no efetivo exercício da profissão. Nas atividades diárias, o contabilista irá se deparar com inúmeras alterações, por exemplo: no governo, informações referentes à legislação tributária, ou quando a necessitar de financiamento ou empréstimo, recorre a instituições financeiras, e também informações a serem repassadas aos sócios, acionistas e proprietários de quotas societárias, os administradores, diretores e executivos das empresas, estas 19 devem ser de forma clara e objetiva, demonstrando em relatórios, demonstrações financeiras, pareceres, declarações de imposto de renda, entre outras. Em uma entrevista concedida a Gurovitz, o executivo-chefe da Intel, foi questionado sobre o que uma pessoa deveria ter (qualidades e defeitos) para poder trabalhar na sua empresa. Respondeu com as seguintes palavras: Eles têm de ser tecnicamente inteligentes, ter alta integridade, não podem ter medo de arriscar, têm de ser paranóicos. Não podem ser egoístas. Têm de ter boa capacidade de comunicação. Têm de ser membros do time, não tentar ser estrelas por si mesmos. E obviamente eles têm de entender os aspectos técnicos do negócio. (BARRETT, 1999, p.80) O perfil retratado por Gurovitz é de profissionais que querem ser admitidos para trabalhar em uma empresa de alta tecnologia, mas este perfil pode ser perfeitamente comparado com o perfil exigido aos contabilistas, que estejam querendo ingressar no mercado de trabalho ou já que se encontra em plena atividade. (BARRETT, 1999) O Código de Ética Profissional da Contabilidade – CEPC foi aprovado pela Resolução CFC (Conselho Federal de Contabilidade) no. 803, em 10 de outubro de 1996. No inciso I, do artigo 2º do CEPC, o contador deve exercer a profissão com zelo, diligência e honestidade, observada a legislação vigente e resguardados os interesses de seus clientes e/ou empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência profissionais. O inciso III, também do artigo 2º, o contador deve zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica dos serviços a seu cargo. Diante disso, percebe-se uma mesma direção de pensamento, entre as diretrizes do código de ética do profissional da contabilidade e as palavras de Barrett, citadas no parágrafo anterior. Sendo assim, pode-se dizer que, zelo, diligência, honestidade e competência entre outras, são qualidades indispensáveis do contabilista exigidas constantemente pelo mercado de trabalho. Estas qualidades estão relacionadas com a boa formação de caráter do profissional e na demonstração de interesse pela constante atualização dos conhecimentos. Para melhor demonstrar qual é a colocação que o contador deve assumir para crescer profissionalmente dentro da empresa onde trabalha, pode-se mencionar essa história de um autor desconhecido: 20 Álvaro trabalhava em uma empresa. Funcionário sério, dedicado, cumpridor de suas obrigações e, por isso mesmo já com 20 anos de casa. Um dia, ele vai ao dono da empresa para fazer uma reclamação: - Meu patrão, tenho trabalhado durante estes 20 anos em sua empresa com toda a dedicação, só que me sinto um tanto injustiçado. O Juca, que está conosco há somente três anos, está ganhando mais do que eu. O patrão, fingindo não ouvi-lo, disse: - Foi bom você vir aqui. Tenho um problema para resolver e você poderá fazê-lo. Estou querendo dar frutas como sobremesa ao nosso pessoal após o almoço de hoje. Aqui na esquina tem uma barraca. Vá até lá e verifique se eles têm abacaxi. Álvaro, sem entender direito, saiu da sala e foi cumprir a missão. Em cinco minutos estava de volta. - E aí Álvaro? – perguntou o patrão. - Verifiquei como o senhor mandou. O moço tem abacaxi. - E quanto custa? - Isso eu não perguntei, não. - Eles têm quantidade suficiente para atender a todos os funcionários? – quis saber o patrão. - Também não perguntei, não. - Há alguma fruta que possa substituir o abacaxi? - Não sei não... - Muito bem Álvaro. Sente-se ali naquela cadeira e me aguarde um pouco. O patrão pegou o telefone e mandou chamar o Juca. Deu a ele a mesma orientação que dera ao Álvaro. Em oito minutos, o Juca voltou. - E então? – indagou o patrão. - Eles têm abacaxi, sim. Em quantidade suficiente para todo o nosso pessoal e se o senhor preferir tem também laranja, banana, melão e mamão. Os abacaxis estão vendendo a R$ 1,50 cada; a banana e o mamão a R$ 1,00 o quilo; o melão a R$ 1,20 a unidade e a laranja a R$ 20,00 o cento, já descascada. Mas como eu disse que a compra seria em grande quantidade, eles me concederão um desconto de 15%. Deixei reservado. Conforme o senhor decidir, volto lá e confirmo – explicou Juca. Agradecendo pelas informações, o patrão dispensou-o. Voltou para o Álvaro, que permaneceu sentado ao seu lado e perguntou-lhe: - Álvaro, o que foi que você estava mesmo me dizendo? - Nada sério não, patrão. Esqueça. Com sua licença. Diante disso, pode-se perfeitamente concluir que não há mais lugar no mercado de trabalho para o contador tradicionalista, isto é, aquele profissional que passa a maior parte do tempo dentro da sua sala, com uma visão restrita a realizar lançamentos de débitos e créditos, emitindo balancetes de verificação, sem expressar opinião, por ter medo de assumir riscos de qualquer espécie. O mercado necessita que os profissionais da contabilidade, estejam preparados para assumir riscos calculados, que sejam profissionais ambiciosos ao adquirir mais conhecimento, e que saibam trabalhar em equipes. 21 Para ser considerado um bom contador é necessário que o profissional deva conhecer o funcionamento de uma empresa, pois ao participar de reuniões nas quais alguns setores como financeiro, marketing, informática e produção ilustram suas idéias e opiniões, o contabilista deva no mínimo entender os assuntos abordados, para não ser visto na empresa como um desinteressado. Para que isso aconteça, é essencial obter, ao longo de sua jornada diária, informações atualizadas, que podem ser encontrados através de leitura de bons livros, jornais, revistas especializadas, participação em seminários, e principalmente em cursos de aperfeiçoamento e cursos de pós-graduação. Como todos os profissionais, os contabilistas também se devem aperfeiçoar através da busca educacional, que é primordial nos dias de hoje, visando constantemente novos horizontes para desempenhar suas funções com competência, habilidade e atitude. Tanto um contador como um técnico em contabilidade pode ser chamado de contabilistas. A contabilidade oferece um campo de atuação muito amplo em qualquer desses dois tipos de atuação. Por ter uma área de atuação bastante ampla, inúmeras alternativas o profissional poderá optar: Auditor Fiscal do Tesouro Nacional Auditor Fiscal do Estado Auditor Fiscal de Tributos Municipais Serviço Público Analista Financeiro Perito Contábil Fiscais de Rendas Contador Figura 02 : Atuação Profissional do Contador no Setor Público Fonte: CFC A Figura n.º 02 apresenta às áreas que o contador público pode atuar. 22 Auditor Independ. Geral, financeiro, custos, gerencial Subcontador Auditor interno Pesquisador contábil Setor Privado Perito Contador Controller Analista de Crédito Analista Financeiro Auditor Analista de Balanços Figura 03 : Atuação Profissional do Contador no Setor Privado Fonte: CFC A Figura n.º 03 apresenta o campo de atuação do contador no setor privado. Avaliador de Empresas Conselheiro Fiscal Escritor Outras áreas Investiga-dor de Fraude Pareceris-ta Árbitro contábil Figura 04 : Atuação Profissional do Contador em outras áreas Fonte: CFC A Figura n.º 04 apresenta outras áreas de atuação de um contador. 23 O Profissional da contabilidade é o responsável por organizar e encaminhar os serviços contábeis, assessorando qualquer tipo de estabelecimentos como particulares, instituições e organismos governamentais nas suas necessidades tanto de escrituração de demonstrações contábeis, com também em auditoria, de análise das demonstrações contábeis, gerenciamento, dentre outros. A profissão “Contador” está regulamentada pelo Decreto-lei n.º 9.295/46, de 27 de maio de 1946 e posteriores resoluções. Na Resolução CFC n.º 560, de 28 de outubro de 1983, estão especificadas as prerrogativas profissionais tratadas no artigo 25 do referido Decreto-lei n.º 9.295/46. Art.1º - O exercício das atividades compreendidas na contabilidade, considerada esta em sua plena amplitude e condição de Ciência Aplicada, constitui prerrogativa, sem exceção, dos contadores e dos técnicos em contabilidade legalmente habilitados, ressalvadas as atribuições privativas dos contadores e dos técnicos em contabilidade legalmente habilitados, ressalvadas as atribuições privativas dos contadores. Art. 2º - O contabilista pode exercer as suas atividades na condição de profissional liberal ou autônomo, de empregado regido pela CLT, de servidor público, de militar, de sócio de qualquer tipo de sociedade, de diretor ou de Conselheiro de quaisquer entidades, ou, em qualquer outra situação jurídica definida pela legislação, exercendo qualquer tipo de função (...). 2.3 ENSINO NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO O momento histórico no qual vive a sociedade brasileira, em busca de uma universidade com a função de fazer ciência, produzir conhecimentos, promover a formação humana e desenvolver a sociedade apontada para a necessidade de implantação de sistemas efetivos de avaliação institucional nos três níveis de ensino e, especialmente, na educação superior (BRASIL, 1993). Segundo o dicionário Wikipédia, a universidade é definida como uma instituição de educação superior, pesquisa e extensão, com concessão de graus acadêmicos. Uma universidade provê educação tanto terciária (graduação) quanto quaternária (pós-graduação). E a faculdade é definido como uma das denominações adaptadas pelas universidades para as suas unidades orgânicas. 24 Segundo Martins (1986), dado o caráter dinâmico da sociedade e a própria condição intrínseca da natureza humana que, por sua capacidade criativa, busca contínuo aperfeiçoamento, necessita-se, cada vez mais, de Instituições de Ensino preocupadas com o seu meio externo, procurando servir e influenciar esse meio. A visão empresarial sobre uma instituição de ensino é, principalmente, balizada pela formação discente que ela fornece, percebida através dos estágios e/ou egressos. Uma avaliação positiva estende a competência para os seus docentes e, em decorrência, para a instituição como um todo, uma espécie de credenciamento. Do lado acadêmico, é fundamental estender o papel exercido pelo aluno ou egresso, como elemento básico para o processo de interação. Éden (in: MACHADO, 2001, p. 11). O mercado de trabalho espera que às universidades trouxessem soluções e objetivos, o qual na maioria das vezes é bem mais abrangente do que o esperado. Contudo, a universidade não pode deixar de se focar daquilo que lhe dá a razão de existir: a formação de novos profissionais. A área administrativa e o mercado já reconhecem os valores denominados de intangíveis, porém a contabilidade tradicional não consegue ainda retratar determinadas realidades, fato este comprovado pela diferenciação entre os valores contábeis apurados para determinadas ações e os valores efetivamente comercializados, podendo ser este último muitas vezes superior ao representado nas demonstrações contábeis, ou vice-versa. Claro que o preço de uma determinada ação está também associado à política mercadológica de oferta e procura determinada pelas condições locais e características de seu setor econômico, bem como as condições internas de determinada organização e sua capacidade de adaptação (HENDRIKSEN, 1999). Segundo Kunz (1999), a universidade tem como função principal formar um cidadão, desenvolvendo sua consciência crítica, contribuindo para o desenvolvimento humano, para o bem-estar da sociedade, para o bom funcionamento das relações sociais, para a reflexão dos valores. As Instituições de Ensino Superior precisam urgentemente rever a metodologia oferecida, e isso precisa ocorrer periodicamente, pois às constantes mudanças ocorridas na sociedade, como a globalização da economia, os avanços tecnológicos, o crescimento da oferta de novos cursos superiores e as altas 25 exigências do mercado de trabalho, esta relacionado com a preparação dos profissionais. A formação desses profissionais precisa estar voltada para desenvolver capacidades técnicas, e também uma integração com várias áreas do conhecimento para a resolução de diversos problemas. Formar cidadãos aptos a exercerem atividades produtivas ainda é um desafio em muitos países como o Brasil. Mas é preciso mais que isso. É preciso formar cidadãos capazes para desempenhar atividades que sequer existem atualmente. Isso significa ensinar conteúdos e habilidades úteis no presente, mas também ensinar a aprender no futuro, fora da escola convencional. (CASTRO in: MEHEDFF, 1999, p. 25). Para que isso se torne possível, é necessário que as Instituições de Ensino Superior façam ajustem nas diretrizes curriculares, tendo em vista as grandes inovações, com o intuito de propiciar aos profissionais, formados por ela, conhecimentos, habilidades e atitudes para exercerem atividades e funções em uma ampla gama de processos, capazes de resolver problemas inerentes à sua área de formação e superar situações contingentes de maneira segura. A universidade introduz na sociedade uma cultura que não é feita para sustentar formas tradicionais ou que tenham pouca duração, vivendo o aqui e agora, mas está pronta para ajudar indivíduos de uma sociedade a rever seu destino ‘hic e nunc’ (agora ou nunca). A autonomia da consciência universitária e a problematização, tem como conseqüências o fato de que a investigação deva manter-se aberta e plural, que a verdade tenha sempre a prioridade sobre a utilidade, que a ética do conhecimento seja mantida. Nesse sentido, não são os diplomas ou os saberes que são julgados para o reconhecimento profissional do indivíduo, mas sua capacidade de manifestar competências e produzir efeitos importantes no trabalho (Zarifian, 2001). 2.4 O CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS Atendendo às tendências do mercado, e à realidade socioeconômica brasileira, sem deixar de contemplar a teoria e as mais controversas propostas em uso pelo mundo: o curso de ciências contábeis está focado na integração entre as diversas 26 áreas, formando gestores capacitados a tomar decisões de forma ética e responsável. Na visão de Franco, a contabilidade exige de seus profissionais uma constante atualização e complementação de conhecimentos, buscando a capacidade de acompanhar a constante evolução da técnica e da economia em geral. (FRANCO 1993, p.112). A criação do curso de Ciências Contábeis e Atuariais se deram por meio do Decreto-Lei nº 7.988 de 22/09/1945, porém, somente em 1949 iniciou-se a primeira turma do mencionado curso. Em 1951, por meio da Lei nº 1.401, desmembrou-se o curso de Ciências Contábeis e Atuariais, criando de forma independente o curso de Ciências Contábeis. Desta data até hoje, notou-se um grande crescimento quantitativo desses cursos. Porém, os aspectos qualitativos não foram levados em conta. Para suprir o número de cursos e vagas, foram improvisados prédios, equipamentos e principalmente professores (MORAIS, SANTOS e SOARES, 2005). O curso de Ciências Contábeis capacita o acadêmico para atuar no desenvolvimento e implantação de sistemas de informações contábeis e gerenciais, com vistas a suprir os diversos usuários de informações com diversas características, bem como em atividades de auditoria, perícia contábil, entre outras. A formação do Bacharel enfatiza a ética e a responsabilidade da prestação de contas da gestão de empresas públicas e privadas perante a sociedade e no mundo. O currículo do curso de ciências contábeis privilegia, entre outras habilidades e competências, o desenvolvimento e a implantação de sistemas de informação contábil e de controle gerencial; a articulação, motivação e liderança de equipes multidisciplinares para a captação de dados, geração e disseminação de informações contábeis e o desenvolvimento do raciocínio lógico, crítico e analítico na solução de problemas. E essa capacitação do acadêmico acontece por intermédio da experimentação nas aulas práticas. Nessas atividades, há sempre envolvimento dos acadêmicos, onde nessa ocasião podem aplicar a teoria e prática. (MARION, 2001) As aulas práticas deveriam ser aplicadas em quase todas as disciplinas dos cursos de Ciências Contábeis, sendo direcionadas como complemento às aulas teórico-expositivas. Esse método consiste em mostrar aos alunos o lado prático da disciplina. (MARION 2001, p. 47) 27 Após a conclusão do curso, o contador deverá possuir conhecimentos necessários ao desenvolvimento das atividades de controladoria, auditoria, perícia contábil e outras que lhe são atribuídas. Algumas atividades são exclusivas desse profissional: a auditoria (exame da perícia contábil) e as perícias contábeis (exame dos livros e conferência da veracidade dos dados registrados), visando suprir os diversos usuários de informações que possam ter influência decisiva em seus processos de tomada de decisões. Segundo Zarifian (2001), o conhecimento ou o “saber” é adquirido por meio da aprendizagem. É na absorção dos conhecimentos e na relação educativa que as competências normalmente são formadas e desenvolvidas. Para Lê Boterf (2003), os conhecimentos podem ser desenvolvidos tanto na educação formal quanto na experiência profissional. A habilidade ou o “saber fazer” refere-se à capacidade de o indivíduo utilizar, nas situações de trabalho, os conhecimentos desenvolvidos. A busca por formação qualificada atraída por exigências do mercado de trabalho, faz com que os indivíduos de uma sociedade corram atrás de conhecimentos úteis e específicos em uma determinada área. E essa é a função da universidade, levar conhecimento, abrindo portas e mostrando que a educação é essencial. Para Morin (2000), Não se trata de apenas modernizar a cultura, mas de culturalizar a modernidade. Devido à formação universitária, o contador tem seu perfil voltado para o controle, principalmente por causa de sua visão para o futuro e do hábito de reflexão a partir de um ambiente de certezas. As universidades têm um papel importante na formação profissional da área contábil, voltar à educação de modo a permitir-lhes enfrentar uma sociedade em acelerada alteração tecnológica. O fim do curso de graduação, por si só, não garante o sucesso profissional. Muito pelo contrário, é o início de uma longa caminhada, que tem como pressuposto básico a educação continuada. Afinal as empresas estão procurando profissionais cada vez mais especializados, que possuam uma visão generalista e sejam capazes de conectar fatos, acontecimentos em várias áreas e ajudar as empresas na consecução dos seus objetivos. CARVALHO (2002, p. 10) 28 Para que o egresso possa atuar na profissão contábil é necessário que o mesmo obtenha seu registro junto ao Conselho de Contabilidade de sua região. 2.5 MERCADO DE TRABALHO Como a mudança do perfil do profissional de contabilidade, nos últimos anos, se modificou e assim até mesmo o conceito de emprego passa por uma profunda e irreversível transformação, onde que traz novos padrões comportamentais e de qualificação. Sobre a concepção de trabalho podem-se observar duas correntes bem distintas: a primeira pode ser definida de maneira negativa, aqui se pode levar em consideração o conceito de trabalho, do latim vulgar, tripaliare, que literalmente significa como menciona o dicionário Aurélio, “martirizar-se com o tripalium, um instrumento de tortura”. (GARCIAS, 1999) Mercado de trabalho pode ser definido também através do dicionário Aurélio como: a relação entre a oferta de trabalho e a procura de trabalhadores, em época e lugar determinados; ou o conjunto de pessoas e/ou empresas que, em época e lugar determinados, provocam o surgimento e as condições dessa relação. Desde os tempos remotos o campo de atuação do profissional de contabilidade esteve diretamente relacionado ao ambiente empresarial. Com a abertura de mercado no começo da década passada, o país tem presenciado a chegada de novas tecnologias e modelos de administração trazidos por empresas estrangeiras, despertando o meio empresarial brasileiro a necessidade de melhorar sua produtividade e da qualidade dos seus produtos nacionais para que possam competir com o mercado exterior. O profissional da contabilidade precisa estar atento às novas ferramentas utilizadas, passando por constante reciclagem para não ficar alijado do mercado de trabalho. (GARCIAS, 1999) O papel que a Universidade desempenha é ser semeador de conhecimento, difundindo idéias e promovendo desenvolvimento econômico e social. A integração entre as Universidades e as empresas deve ser uma via de mão dupla, caracterizada por um fluxo contínuo de troca de experiências e 29 informações. A Universidade tem a responsabilidade social de ser uma organização de vanguarda no desenvolvimento e disseminação de novos conhecimentos. (GARCIAS, 1999, p.33) Para que as experiências tenham resultados concretos, devem estar vinculadas à realidade da qual fazem parte. Apesar da interação Universidade com a Empresa ser uma importante ferramenta para a resolução de problemas ligados ao setor produtivo, alguns desafios é constante e dificultam esse processo. Na opinião de Stainsack (1999, p.119), seriam os seguintes: a) Descrença do setor produtivo em relação à Universidade, na qual as instituições de Ensino Superior são extremamente teóricas na solução de problemas relativamente práticos gerados na indústria; de outro lado, as Instituições de Ensino reclamam do imediatismo que as empresas reivindicam na solução de seus problemas; b) Falta de capital e investimento por parte das Universidades para geração de pesquisas científicas e tecnológicas que contribuam para o setor produtivo; c) As Universidades apresentam grade curricular incompatível com as necessidades do setor produtivo e do mercado. A Universidade precisa ajudar a solucionar os problemas que surgem constantemente e o mercado de trabalho deve absorver esses conhecimentos para a solução de problemas. Um fator que pode muitas vezes ser decisivo para o bom relacionamento entre universidade e mercado de trabalho é a absorção de conhecimento de ambas as partes no decorrer dos trabalhos realizados. O fato não é se submeter às exigências do mercado de trabalho e sim trocar informações para que ambos os lados cheguem a um padrão satisfatório de exigência e qualidade dos novos profissionais. Segundo a UNESCO (1998), [...] os diferentes tipos de ambiente com os quais interagem as instituições de ensino superior, [...] em constante mudança, globalização, internacionalização, regionalização, democratização, massificação, deslocamento, marginalização, fragmentação, tecnologização. As rápidas mudanças apontam conflitos de culturas, desafiando os padrões de formação e de desenvolvimento do conhecimento científico e tecnológico nas universidades. 30 Existindo esses conflitos, prevalece distintos pontos de vistas sobre formação, organização e desenvolvimento institucional e gestão social, que representam, problemas como carência de visão compreensiva e de projetos institucionais, falta de preparo em relação à formação de seus dirigentes. A falta de visão sobre a realidade social e a imposição de determinados setores intensificam tais conflitos e ampliam a rivalidade entre universidade, conhecimento, formação e mercado de trabalho. Posto isso, o documento da UNESCO (1998), afirma ser necessário “superar as contradições, isto é, deixar de raciocinar em termos de ‘ou isto ou aquilo’ e passar a fazê-lo em termos de ‘isto e aquilo’, dependendo do contexto, porque as visões e as ações devem ser situadas”. Atendendo a globalização, são feitas análises sobre tendências para o futuro em relação ao trabalho e ao emprego que, segundo UNESCO (1998), apontam, entre outras: • Aceleração da modificação do perfil do emprego e das competências exigidas em praticamente todas as profissões; • Demanda crescente de conhecimentos gerais em informática e competências de ponta nas novas tecnologias da informação e da comunicação; • Multiplicação dos papéis profissionais que exigem alto nível de conhecimento nas mais diferentes áreas. As diretrizes, políticas e metas educacionais estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/1996 (BRASIL, 1996) e pelo Plano Decenal de Educação, instituído pela Lei 10.172/2001(BRASIL, 2001), recomendam que seja discutida uma agenda de providências fundada em situações e exigências, que não pode mais ser mais deixada de segundo plano. Existem três recomendações: • A primeira delas é a da indissociabilidade entre processo de aprendizagem, trabalho e educação, por constituírem base intrínseca e dinâmica à produção do ser humano e das condições objetivas e subjetivas de seu desenvolvimento, particularmente, aplicada no âmbito da educação básica. • A segunda é a formação pós-básica, considerando as diferentes áreas de atuação relacionadas ao mundo do trabalho, ao conhecimento técnico-científico e 31 as demandas de trabalho e renda, respeitadas a complexidade da demanda social e a indissociabilidade entre conhecimento e tecnologia. • A terceira diz respeito à revisão do modelo de educação superior, incluído financiamento e gestão, que vem sendo praticado, estabelecendo-se diferenciações entre formação universitária propriamente dita – de caráter científico-investigativo –, e formação superior voltada à formação profissional. O contexto social, político e cultural sempre pressionou a universidade a cumprir funções que nem sempre lhe são próprias e que ao abrir-se para as demandas, a universidade criou um novo senhor controlador: o mercado. Este, completamente dominado por monopólios e, em muitos aspectos desregulados, impõe interesses nocivos ao caráter universal das ciências. (FRANTZ E SILVA 2002, p. 150). O mercado de trabalho cria oportunidades de fundamental importância para o contador, como fornecedor das veracidades das informações contábeis e financeiras de uma empresa, esse profissional se torna importante comunicador das informações indispensáveis para a tomada de decisões. O profissional contábil precisa ser visto como um comunicador de informações essenciais à tomada de decisões, pois a habilidade em avaliar fatos passados, perceber os presentes e predizer eventos futuros pode ser compreendido como fator preponderante ao sucesso empresarial. (SILVA 2003, p. 13) A contabilidade, como qualquer outra ciência oferece subsídios necessários para a tomada de decisões, portanto devem acompanhar a evolução, pois as informações hoje ganharam uma velocidade muito grande com os avanços tecnológicos. A Profissão Contábil tem procurado acompanhar as mudanças e adaptar-se à nova realidade de mercado. Para Franco ao se referir sobre as expectativas da sociedade em relação à profissão contábil, afirma que: As expectativas da sociedade crescem continuamente, uma vez que ela vê a profissão contábil como capaz de enfrentar os desafios do futuro e de cumprir suas responsabilidades. A profissão tem, portanto, de avaliar e reconhecer até onde ela pode atender às expectativas da sociedade, sempre crescentes, adaptando-se às novas situações, seu crescimento será assegurado. Isso exigirá constante comparação entre as expectativas da sociedade e a capacitação dos membros da profissão para atender a essas expectativas. Ela terá, portanto, de atualizar constantemente seus conhecimentos para justificar sua afirmação de que pode atender às necessidades da sociedade. (FRANCO1999, p. 86) 32 O perfil do contador moderno é o de um profissional de valor que precisa acumular muitos conhecimentos, mas que tem um mercado de trabalho garantido, todavia, que o profissional tenha consciência de que a maior remuneração exige qualidade de trabalho e que esta se consegue com o melhor conhecimento, com estudo, com aplicação. Esses profissionais têm que ser tecnicamente inteligentes e possuir capacidade criativa, ser pro ativo, ter alta integridade, não podem ter medo de arriscar, não pode ser egoístas, ter boa capacidade de comunicação, compreender a sistemática econômico-financeira, política e social, em nível local, regional ou mesmo internacional, entender dos aspectos técnicos dos negócios, para isso tem que estar sempre atualizado e procurar estudar a situação da empresa a qual irá prestar assessoria ou consultoria. Sem essas concepções e consciência, o desenvolvimento profissional fica bastante prejudicado. (BORBA, 2003) A área administrativa e o mercado já reconhecem os valores denominados de intangíveis, porém a contabilidade tradicional não consegue ainda retratar determinadas realidades, fato este comprovado pela diferenciação entre os valores contábeis apurados para determinadas ações e os valores efetivamente comercializados, podendo ser este último muitas vezes superior ao representado nas demonstrações contábeis, ou vice-versa. Claro que o preço de uma determinada ação está também associado à política mercadológica de oferta e procura determinada pelas condições locais e características de seu setor econômico, bem como as condições internas de determinada organização e sua capacidade de adaptação (HENDRIKSEN, 1999). É preciso que o profissional entenda a organização é sua razão de ser, compreendendo seus modelos de gestão, seus objetivos e políticas e suas interrelações com o ambiente externo. Só assim ele terá condições de ajudar a empresa a crescer, orientando adequadamente seus dirigentes a tomarem decisões acertadas. Um bom profissional deve conhecer muito bem sua área de atuação e todas as técnicas que permeiam a profissão, mas a situação atual não comporta mais profissionais descontextualizados, que não enxergam as diversas interligações da sua área de conhecimento com outras. 33 2.6 RETORNO À UNIVERSIDADE Como um dos objetivos das Instituições de Ensino Superior é inserir na sociedade diplomados aptos para o exercício profissional, deve ter ela retorno quanto à qualidade desses profissionais que vem formando, principalmente no que diz respeito à qualificação para o mercado de trabalho. O mercado de trabalho exige hoje um profissional que seja [...] capaz de atuar na prática, trabalhar tecnicamente e ao mesmo tempo intelectualmente [...] (KUENZER, 2001). Outro ponto que merece atenção é a necessidade de se qualificar, pois se sabe que o mercado está em constante evolução, não se concebe mais um profissional tradicional. Há que se exercer funções em um processo produtivo em constante transformação, apropriando-se do conhecimento produzido ou adquirindo novas competências que permitam agir prática e intelectualmente (KUENZER, 2001). Esse ato de integrar universidade com o mercado de trabalho é fundamental. Nessa interação, pode-se destacar o egresso. Com a conclusão dos estudos, o diploma nas mãos, o profissional esta apto a ingressar no mercado de trabalho. Os Atos do Conselho Federal de Educação cita através de resoluções que identificam dois tipos fundamentais de educação pós-graduada: Stricto Sensu (pósgraduação acadêmica) – tem por objetivo a formação de uma elite cientifica e tecnológica, capacitada para criação, inovação e transmissão do saber, novo ou acumulado. E a Lato Sensu (pós-graduação profissionalizante) – visa atender a uma necessidade concreta do mercado de trabalho, favorecendo a adaptação de graduados as suas funções especializadas na organização social. Ao longo do tempo, as vantagens da pós-graduação Lato Sensu foram se tornando evidentes, pois sua programação é mais rápida do que as do mestrado e doutorado, sem desmerecer sua eficiência e seus objetivos, por causa da pouca duração. A pós-graduação Lato Sensu oferece maior possibilidade de atendimento às peculiaridades institucionais ou regionais, apresentando, face às normas e prescrições legais, maior flexibilidade e maior liberdade na estruturação e funcionamento dos cursos, se comparados aos demais. 34 [...] a pós-graduação ‘Lato Sensu, enquanto política desejável de qualidade docente vai se impondo como resultado da existência de uma tensão dialética entre quantidade/qualidade, estímulos externos/reação do sistema educacional, expressa no espaço que vai da critica a expansão da pós-graduação ‘Stricto Sensu, à expansão regulada da pós-graduação ‘Lato Sensu’ (PUC-MG, 1993, p.20). Não se pode abrir mão em saber o que os egressos pensam a respeito da formação recebida. Primeiramente para proceder aos ajustes em todas as partes do sistema de ensino ofertado e também se aprimorar cada vez mais, seguindo as exigências do mercado de trabalho cada vez mais competitivo. Além disso, conhecer o que fazem como profissionais e cidadãos e suas adequações aos setores em que atuam, possibilita uma reflexão crítica sobre a formação e sua relação com as necessidades do mercado de trabalho. É interessante, também, conhecer a trajetória profissional e acadêmica, ou seja, em quanto tempo o egresso se estabiliza no mercado, qual o seu poder decisório, competências, autonomia e perspectivas, bem como o trajeto percorrido através de cursos após a graduação. A avaliação da Universidade feita por ex-alunos é um dos componentes de fundamental importância, tendo em vista estarem percebendo a real contribuição que o curso propiciou a eles para o desempenho de suas funções do dia-a-dia. (BOTH 1999, p. 21) Assim, a atuação do setor segue três objetivos básicos: fomentar o conhecimento científico, tecnológico e cultural, por meio de estudos e pesquisas; desenvolver e aprimorar os campos de conhecimento científico, relativo a pratica profissional e qualificar a oferta de cursos a comunidade, acompanhando a evolução tecnológica. (BORBA, 2003). Na Universidade do Vale do Itajaí, existe o programa de pós-graduação que integra a política de desenvolvimento em uma ampla proposta, que inclui a melhoria na qualidade de todas as atividades desenvolvidas, desde a formação de profissionais até a pesquisa, constituindo ferramentas indispensáveis ao aperfeiçoamento institucional. É meta dessa instituição de ensino superior, a formação de recursos humanos gabaritados, tanto para compor o respectivo quadro funcional como suprir os diversos setores no mercado de trabalho. Daí o compromisso da Pós-Graduação 35 em satisfazer as exigências da sociedade e dos segmentos produtivos da região, quando define os cursos a serem oferecidos. Estando atenta a exigência da região onde atua a Universidade do Vale do Itajaí, criou novas oportunidades de formação continuada. No período de 1994 a 1999, a Coordenadoria de Pós-Graduação encaminhou ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade (CONSEPE) 80 projetos de cursos de especialização, provendo oferta de 3.151 vagas. O resultado foi à criação de 54 novos cursos, numa média de onze cursos oferecidos por ano (UNIVALI, 1999). Atualmente há 57 (cinqüenta e sete) Instituições de Ensino Superior em Santa Catarina, com habilitação para ministrarem o curso de Bacharel em Ciências Contábeis, sendo distribuída da seguinte forma: Centro de Educação Superior - Cesfebave Orleans-SC Centro de Educação Superior - Única - Única Florianopolis-Sc Centro Universitário de Brusque - Unifebe Brusque-SC Centro Universitário de Jaraguá do Sul - Unerj Jaragua do Sul-SC Centro Universitário do Vale do Itajaí - Facivi Indaial-SC Faculdade Anita Garibaldi - Faag Sao Jose-SC Faculdade Barddal de Ciências Contábeis - Fb-Cc Florianopolis-SC Faculdade Capivari - Fucap Capivari de Baixo-SC Faculdade Concórdia - Facc Concordia-SC Faculdade de Ciências Contábeis - Facicont - Facicont Lages-SC Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas - Facisa - Celer Xaxim-SC Faculdade de Ciências Sociais E Aplicadas - Facsai Ibirama-SC Instituição Cidade/Uf Faculdade de Itapiranga - Sei/Fai Itapiranga-SC Faculdade do Litoral Catarinense -Faculdade Ideau Balneario Camboriu-SC Faculdade do Vale do Itajaí Mirim - Favim Brusque-SC Faculdade Exponencial - Fie Chapeco-SC Faculdade Franciscana - Ff Blumenau-SC Faculdade Metropolitana de Blumenau - Fameblu Blumenau-SC Faculdade Metropolitana de Guaramirim - Fameg Guaramirim-SC Faculdade Pinhalzinho - Horus Pinhalzinho-SC Instituto Blumenauense de Ensino Superior - Ibes Blumenau-SC Instituto Cenecista Fayal de Ensino Superior - Ifes Itajai-SC Instituto de Ensino Sup. Da Grande Florianópolis - Iesgf Sao Jose-SC Instituto de Ensino Superior de Joinville - Iesville Joinville-SC Instituto Santa Catarina de Educação E Cultura - Iscec Sao Jose-SC Universidade Comunitária Regional de Chapecó - Unochapecó Sao Lourenco do Oeste-SC Universidade Comunitária Regional de Chapecó-Unochapecó Chapeco-SC Universidade da Região de Joinville - Univille Sao Bento do Sul-SC Universidade da Região de Joinville - Univille Joinville-SC 36 Universidade do Contestado - Unc Concordia-SC Universidade do Contestado - Unc Cacador-SC Universidade do Contestado - Unc Canoinhas-SC Universidade do Contestado - Unc Curitibanos-SC Universidade do Contestado - Unc Mafra-SC Universidade do Contestado - Unc Rio Negrinho-SC Universidade do Extremo Sul Catarinense - Unesc Criciuma-sc Universidade do Oeste de Santa Catarina - Unoesc Sao Miguel do Oeste-Sc Universidade do Oeste de Santa Catarina - Unoesc Videira-SC Universidade do Oeste de Santa Catarina - Unoesc Pinhalzinho-SC Universidade do Oeste de Santa Catarina - Unoesc Joacaba-SC Universidade do Oeste de Santa Catarina - Unoesc Xanxere-SC Universidade do Planalto Catarinense - Uniplac Lages-SC Universidade do Planalto Catarinense - Uniplac Sao Joaquim-SC Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul Braco do Norte-SC Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul Palhoca-SC Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul Ararangua-SC Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul Tubarao-SC Universidade do Vale do Itajaí - Univali Tijucas-SC Universidade do Vale do Itajaí - Univali Picarras-SC Universidade do Vale do Itajaí - Univali Biguacu-SC Universidade do Vale do Itajaí - Univali Itajai-SC Universidade Federal de Santa Catarina - Ufsc Florianopolis-SC Universidade Federal de Santa Catarina - Ufsc Florianopolis-SC Universidade Para O Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí - Unidavi Taio-SC Universidade Para O Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí - Unidavi Ituporanga-SC Universidade Para O Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí - Unidavi Rio do Sul-SC Universidade Regional de Blumenau - Furb Blumenau-SC Quadro 01 : Instituições de Ensino Superior em Santa Catarina Fonte: Ministério da Educação 2.6.1 A Pós-graduação Stricto Sensu em Contabilidade No Brasil, a Lei n.º. 4024, de 20.12.1961, iniciou a discussão formal sobre Pós-graduação. O artigo 69 do Capitulo I, relata à educação superior, do qual define os cursos que poderão ser ministrados nas instituições de ensino superior. O item a do referido artigo tratou dos cursos de Pós-graduação, que poderiam ser abertos à matrícula de candidatos que tivessem concluído o curso de Graduação e obtido o respectivo diploma. A Lei no. 4024/61 em sua primeira visão foi genérica e requereu tratamento mais detalhado, com a edição do Parecer CFE no. 977, de 3.12.1965. O estudo desse Parecer revela que o modelo de Pós-graduação sugerido para o Brasil teve 37 por referência o modelo norte-americano, esse baseado no modelo germânico. O Parecer apresentou a distinção entre a Pós-graduação Lato Sensu e a Stricto Sensu (ou Sensu Stricto e Sensu Lato, de acordo com a redação do Parecer). Saviani in Bianchetti e Machado (2002) analisaram os elementos distintivos dos cursos de Pós-graduação: o ensino como elemento definidor e determinante dos objetivos a atingir no Lato Sensu, sendo a pesquisa uma mediadora necessária para o alcance dos objetivos preconizados nesses cursos. Na Pós-graduação Stricto Sensu, caracterizam-se os programas, cujo elemento definidor é a pesquisa, determinante dos objetivos a alcançar, traduzido na formação de pesquisadores e de quadros qualificados para a docência. Os primeiros programas Stricto Sensu em Contabilidade no Brasil ocorreram nos anos 1970. O pioneiro foi o Programa de Mestrado da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, em 1970. Na mesma década de 1970 foi criado o Programa de Mestrado em Ciências Contábeis da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro, que em 1991 foi reestruturado e transferido para a Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Na década de 1990 e início do século XXI, surgiram algumas razões para a implantação de novos programas: • As exigências da Lei no. 9394/96, nos itens II e III do artigo 52, para que pelo menos um terço do corpo docente das instituições de ensino superior, a partir de Centro Universitário, fosse de professores com titulação mínima de Mestrado, e da existência de professores em tempo integral dedicados à docência e à pesquisa; • O aumento na oferta de cursos superiores no Brasil e dentre esses os de Ciências Contábeis, ocorrida ao longo da década de 1990; • O aumento no número de professores doutores em Ciências Contábeis ocorrido no período, apesar de o Brasil ainda possuir, à época, apenas um programa de Doutorado na área; • A atuação de professores doutores em outras áreas que não em Ciências Contábeis nos programas Stricto Sensu em Contabilidade, o que em parte reduziu a restrição de haver apenas um Doutorado na área no País e contribuiu para minimizar a endogenia do corpo docente desses Programas. 38 Diversos estudos apontam as razões que, mais freqüentemente, justificam a opção de cursar um MBA: ampliar as oportunidades de trabalho deseja de alterar o perfil profissional, obter conhecimentos gerais de negócios, estímulo à experiência intelectual, aumentar os ganhos ou a autoconfiança (Ascher, 1984 Apud Baruch e Peiperl, 2000, p. 69; Luker, Browers e Powers, 1989 Apud Baruch e Peiperl, 2000). A criação dos programas Stricto Sensu semeou as condições necessárias para uma maior pesquisa e produção científica em Contabilidade no Brasil. O crescimento da produção científica levou a uma maior presença de trabalhos de pesquisa em Contabilidade em importantes eventos científicos brasileiros e internacionais, além da criação de eventos específicos, como o Congresso USP de Controladoria e Contabilidade. Como uma conseqüência do aumento da produção científica, abriu-se a possibilidade de publicação de trabalhos na área contábil em periódicos classificados na Base Qualis da CAPES, seguida da criação e manutenção de periódicos por alguns programas Stricto Sensu de Contabilidade. 3 METODOLOGIA A metodologia pode ser definida como “o conhecimento que proporciona aos pesquisadores, em qualquer área de sua formação, orientação geral que facilita planejar uma pesquisa, formular hipóteses, coordenar investigações, realizar experiências e interpretar os resultados”, ou seja, exprime o esclarecimento do estudo abrangendo o conhecimento. Odília Fachin (2003) 3.1 ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO Andrade (2005) conceitua pesquisa como sendo “um conjunto de procedimentos sistemáticos, baseado no raciocínio lógico, que tem por objetivo encontrar soluções para problemas propostos, mediante a utilização de métodos científicos.” Ela tem a finalidade de contribuir para a solução de problemas concretos. Este estudo quanto aos objetivos se caracteriza como descritiva. A pesquisa descritiva, definida por Vergara (2000, p. 47) como aquela que “expõe características determinadas da população ou de determinado fenômeno”, estabelecendo uma analogia entre variáveis e natureza, não tendo compromisso de explicar os fenômenos descritos. No que tange aos meios, a pesquisa utilizou-se dos seguintes delineamentos: 1. Pesquisa bibliográfica: por ter utilizado o registro de informações já tratadas por outras pessoas e de conhecimento do grande público, “abrange toda a bibliografia já tornada pública em relação ao tema estudado, desde publicações avulsas, até meios de comunicação orais e audiovisuais.” (MARCONI; LAKATOS, 2002, p. 71). Esta pesquisa foi essencial para a produção do referencial teórico deste trabalho; 2. Pesquisa documental: esta pesquisa vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou seja, que ainda não foram tabulados conforme os objetivos da pesquisa (GIL, 2002). A partir deste delineamento foi realizada a descrição da instituição em tela e de sua participação no mercado de trabalho. 3. Pesquisa de campo: Este tipo de pesquisa é utilizada “com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimento acerca de um problema para o qual se 40 procura uma resposta, ou de uma hipótese que se queira comprovar, ou ainda, descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles.” (MARCONI; LAKATOS, 2002, p. 83). Esta pesquisa mescla elementos qualitativos (com seu foco nas pessoas e suas opiniões) com outros tipicamente quantitativos (como o uso do questionário e a tabulação de freqüência das respostas), mas deve ser considerada predominantemente qualitativa. A pesquisa qualitativa parte de questões amplas que vão se definindo na medida em que se desenvolvem os estudos. Envolve dados descritivos, por meio de processos interativos, pelo contato do pesquisador com a situação estudada. É apropriada nos casos de avaliação formativa, quando trata-se de melhorar a efetividade de um programa, ou plano, ou quando é o caso da proposição de planos, ou seja, trata-se de selecionar as metas de um programa e construir uma intervenção, mas não é adequada para avaliar resultados de programas ou planos. (ROESCH, 1999, p. 146). A abordagem qualitativa considera como contexto, o ambiente interno e externo, exercendo grande influência sobre as pessoas que realizam suas ações em função do seu ponto de vista sobre o ambiente. A pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela se preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ser quantificado. Ou seja, ela trabalha com o universo dos significados, motivos, aspirações, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis. (MINAYO, 1994, p. 87). Sobre a pesquisa quantitativa Cresswell apud Zapelini; (2007), aponta: “pesquisa quantitativa é feita para o desenvolvimento do conhecimento através de raciocínio de causa e efeito, redução de variáveis específicas, hipóteses e questões, mensuração de variáveis, observação e teste de teorias”. Enquanto a pesquisa qualitativa pode ser delineada conforme Zapelini): De forma geral, ela representa uma tentativa de conhecer com maior profundidade um problema ou fenômeno, buscando descrever-lhe as características e definindo-o melhor perante os olhos do pesquisador; alguns autores inclusive afirmam que a tarefa básica da pesquisa qualitativa é produzir conhecimento. (ZAPELINI; 2007, p. 85). A coleta de dados foi realizada através de questionário, onde o respondente emite sua percepção sobre sua atuação profissional no mercado de trabalho. A 41 pesquisa foi enviada por email aos egressos do Curso de Ciências Contábeis 2002 – 2005 da Universidade do Vale do Itajaí, Capus Biguaçu e Itajaí. 3.2 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO Os procedimentos serão aplicados de acordo com cada etapa da pesquisa que será dividida em 3 (três): Primeiramente será realizado um levantamento bibliográfico em relação ao assunto e uma analise documental. A pesquisa bibliográfica serviu para fazer o levantamento do maior número de informações a respeito do assunto estudado. Foi indispensável para chegar-se ao desenvolvimento e solução do problema levantado. Geralmente, é consultada em materiais já elaborados, por outros autores, como livros e trabalhos científicos (GIL, 2002, p. 34). Outro instrumento utilizado para fazer a coleta de dados foi o levantamento documental que assemelha-se ao levantamento bibliográfico, tendo como diferença entre os dois o fato de, no caso do levantamento documental, tratar de documentos que podem ser alterados conforme os objetos da pesquisa, ou seja, não são documentos científicos, que não receberam tratamento analítico. Na pesquisa documental existem os documentos de primeira mão, ou seja, aqueles que não receberam nenhum tratamento analítico tais como os documentos conservados em órgãos públicos e instituições privadas, e os documentos de segunda mão que de alguma forma já foram analisados tais como: relatórios de pesquisa; relatórios de empresas; tabelas estatísticas e outros. (Gil, 2002, p. 46) Na segunda etapa: Será realizado um questionário aos ex-alunos. Para execução desta etapa em cada campus (Itajaí e Biguaçu) da Univali, será aplicado um questionário aos egressos. Com o objetivo de reunir o maior número de informações sobre o assunto, para que estas auxiliassem no desenvolvimento do estudo, foram utilizados os seguintes instrumentos de coleta de dados: pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e questionário. Para representar o universo em estudo, o tamanho da amostra compõe aproximadamente 500 pesquisas nos campus estudado, de modo a fornecer informações com índice de confiabilidade aceitável para o estudo. 42 como a técnica de investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas, etc.(Gil 1999, p. 128). a) A última etapa se realizará a compilação dos dados das respostas obtidas. É possível gerar as tabelas para a realização da análise: as tabelas mais comuns trazem a distribuição das freqüências de respostas assinaladas por questão, como também as tabelas com cruzamentos de dados, ou seja, quando duas ou mais questões são avaliadas em conjunto na mesma tabela. 4 ANÁLISE DE DADOS 4.1 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO Em 1964 inicia a história de uma das maiores instituições de ensino superior do Estado de Santa Catarina. Em 16 de setembro deste ano, ouve o registro do primeiro documento oficial da Sociedade Itajaiense de Ensino Superior, onde previa o funcionamento de duas faculdades: a Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais, e a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. No dia 22 de setembro a Sociedade deixa de ser iniciativa privada para tornar-se, via Lei Municipal, uma instituição pública. Na data de 21 de março de 1989, foi instala a Universidade do Vale do Itajaí, um seqüência natural da trajetória da Educação Superior em Itajaí e na região. A Lei Municipal 892, que cria a Autarquia Municipal de Educação e Cultura da cidade de Itajaí, é publicada em 25 de outubro de 1968. Em 1970, a Autarquia é transformada em Fundação de Ensino do Pólo Geoeducacional do Vale do Itajaí (Fepevi). Logo em seguida, por volta de 1986, as Faculdades Isoladas de Ciências Jurídicas e Sociais, de Filosofia, Ciências e Letras, e de Enfermagem e Obstetrícia são transformadas em Faculdades Integradas do Litoral Catarinense (Filcat). A Filcat, através da Portaria Ministerial 51/89, torna-se em 16 de fevereiro de 1989, a Universidade do Vale do Itajaí, sendo instalada oficialmente em 21 de março deste ano. Por estar na condição de Universidade, a Univali passa a ter autonomia para a abertura de novos cursos – um dos fatores que a impulsionaram a se transformar na maior instituição de ensino superior do Estado. Através da Lei Municipal n.º2515, em outubro de 1989, a Fepevi, é transformada em Fundação Universidade do Vale do Itajaí – entidade mantenedora da Univali. Para transformar idéias em realidade, a Instituição veio ocupar seu espaço e mostrar sua importância social e seu comprometimento com a redução das desigualdades sociais e a promoção da qualidade de vida em sua área de abrangência. Fundada em 1974, à Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe), com o objetivo de vincular a criação das escolas de nível superior à prefeitura municipal foi adotada em outras cidades do Estado. Tendo também como 44 objetivo em seu estatuto a criação das duas faculdades, concluído dois anos antes, em cinco de novembro de 1962. 4.1.1 Institucional A Universidade do Vale do Itajaí – Univali é uma das maiores instituições de ensino superior do Brasil. Localizada no litoral centro-norte de Santa Catarina, está presente nas cidades de Itajaí, Balneário Camboriú, Biguaçu, Piçarras, São José e Tijucas e também em Florianópolis. Sua estrutura multicampi e sua política de atuação permitem atender a comunidade em toda a sua área de abrangência, promovendo o crescimento local e global através da produção e socialização do conhecimento pelo ensino, pela pesquisa e pela extensão. (UNIVALI) São milhares de alunos, que contam com 170 mil m2 de área construída, disponibilizando centenas de salas de aulas, de salas de apoio e de laboratórios, todos equipados com tecnologia de ponta e monitorados por profissionais altamente capacitados. Conta também com espaços disponíveis e reservados às atividades práticas, como clínicas, agências, escritórios, teatro, auditórios, ginásios de esporte e quadras poli esportivas, piscina e oito bibliotecas, que reúnem um acervo de 119,5 mil títulos de livros, 267,2 mil exemplares e cerca de três mil títulos de periódicos, com 85,7 mil exemplares. Segundo os documentos analisados, a Univali possui mais de 50 cursos superiores – se somado os cursos de graduação e os cursos seqüenciais de formação específica –, entre mais de cem opções de turno e local. Conta ainda com cerca de 40 cursos de especialização/aperfeiçoamento, oito mestrados e dois doutorados. Além disso, dedica-se à Educação de Jovens e Adultos e à Educação Básica – com o Colégio de Aplicação da Univali (CAU) em Itajaí, Tijucas e Balneário Camboriú, atendendo mais de mil crianças e adolescentes, da Educação Infantil até o Ensino Médio. Como a Universidade do Vale do Itajaí, preza por seus acadêmicos, docentes e colaboradores, ela atribuiu Visão, Missão e Valores à instituição, conforme definido abaixo: 45 4.1.2 Visão A visão da Univali é ser reconhecida como Universidade de excelência na atividade de ensino, no desenvolvimento e na divulgação de pesquisas e na gestão criativa e empreendedora de projetos sociais. 4.1.3 Missão Nossa missão é produzir e socializar o conhecimento pelo ensino, pesquisa e extensão, estabelecendo parcerias solidárias com a comunidade, em busca de soluções coletivas para problemas locais e globais, visando à formação do cidadão crítico e ético. 4.1.4 Valores Esses valores englobam o respeito ao pluralismo de idéias, o compromisso social com o desenvolvimento regional e global, a produção e uso da tecnologia a serviço da humanização, a profissionalização de vanguarda. ética no relacionamento e a formação e 5 RESULTADOS DA PESQUISA Após o estudo bibliográfico que é contínuo em todo o processo e definido os procedimentos metodológicos, a pesquisa quantitativa foi aplicada pela pesquisadora. Dessa pesquisa resultaram dados e informações que foram devidamente tabulados e compilados e que possibilitaram a descrição dos resultados que seguem. Para melhor visualização, adotar-se-á a seguinte seqüência: mostrar-se-á, primeiramente, a tabela, depois o gráfico. Esta metodologia adotada facilita a melhor visualização dos dados, e, assim, facilitando a análise. Para o levantamento sobre a participação do egresso no mercado de trabalho, foi realizada uma pesquisa, através de um questionário com dez questões, que seguem discriminadas no apêndice. O questionário mencionado, fora encaminhado via e-mail aos egressos do Curso de Ciências Contábeis, de todos os formados entre o período de 2002 a 2007, nos Campus de Biguaçu e Itajaí. Foram enviados aproximadamente 500 e-mails, onde 77 voltaram por estarem com o endereço eletrônico alterado, 285 pessoas deram o retorno esperado, e o restante dos questionários enviados não foram respondidos até a data da tabulação dos dados. Cabe salientar que o objetivo deste trabalho não é avaliar a instituição em particular, mas sim mostrar o retrato dos egressos no curso de Ciências Contábeis, realizando um possível prognóstico quanto ao resultado encontrado, traçando soluções para os possíveis problemas, aproveitando as sugestões dos egressos questionados. Após as referidas análises passa-se ao levantamento para estabelecer a Participação do Egresso no Mercado de Trabalho. 47 5.1 PERFIL DOS ENTREVISTADOS Na primeira tabela estão contidos os resultados dos aspectos gerais da entrevista para melhor conhecer os entrevistados. Entre os dados solicitados buscou-se saber o sexo dos egressos. Encontrou-se o seguinte resultado: 5.1.1 Gênero Dados Pessoais (Resposta estimada) Gênero Número de entrevistados Feminino 148 Masculino 137 TOTAL 285 Tabela 1 : Gênero dos entrevistados Fonte: Questionário realizado pela pesquisadora % 52% 48% 100% 52% Feminino masculino 48% Gráfico 01 : Percentual de participação dos entrevistados Fonte: Elaboração do autor A presente pesquisa obteve a resposta aos questionários enviados de 285 egressos, sendo constatado neste universo, 48% do sexo masculino e 52% do sexo feminino. Comprovando que as mulheres estão correndo atrás do tempo perdido e buscando se qualificar. 48 5.1.2 Faixa etária Faixa etária (Resposta estimada) Faixa Número de Etária entrevistados Até 30 anos 102 De 31 a 40 anos 64 De 41 a 50 anos 37 Acima de 51 anos 82 TOTAL 285 Tabela 2 : Faixa etária dos entrevistados Fonte: Questionário realizado pela pesquisadora 40,00 35,00 30,00 35,79 22,46 28,77 até 30 anos 31 a 40 anos 41 a 50 anos acima de 51anos 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00 0,00 % 35,79 22,46 12,98 28,77 100% 12,98 Gráfico 02 : Faixa etária dos entrevistados Fonte: Elaboração do Autor De acordo com o gráfico, 35,79% dos entrevistados eram egressos com até 30 anos, com 28,77% os egressos acima de 51 anos, onde demonstram que a idade não é mais um obstáculo para quem quer se profissionalizar, em seguida com 22,46% estão os profissionais com a idade entre 30 a 40 anos, e logo 12,98% dos entrevistados estão os egressos com idade entre 41 a 50 anos. 49 5.2 ATUAÇÃO PROFISSIONAL DA ÁREA DE FORMAÇÃO Você esta atuando profissionalmente na sua área de formação? (Resposta estimada) Atuação na área Número de entrevistados SIM 202 NÃO 83 TOTAL 285 Tabela 3 : atuação profissional da área de formação Fonte: Questionário realizado pela pesquisadora % 70,88 29,12 100% 70,88 80,00 60,00 40,00 29,12 20,00 0,00 Sim Não Gráfico 03 : Atuação Profissional Fonte: Elaboração do Autor Como já era de se esperar, a maioria dos profissionais do curso de Ciências Contábeis atuam na área. Os resultados da pesquisa demonstraram que 29,12% dos egressos questionados não atuam na área de formação. Logo, 70,88% dos egressos questionados afirmaram que trabalham na área de formação. Acácia Kuenzer (2002, p.79) coloca que no final do século XX, os modelos se superam, mas passa-se a exigir capacidade individual e coletivade relaciona-se com o conhecimento de forma crítica e criativa, substituindo a certeza pela dúvida, a rigidez pela flexibilidade, a recepção passiva pela atividade permanente na elaboração de novas sínteses que possibilitem a construção de condições de existência cada vez mais democráticas e de qualidade. 50 5.3 FAIXA SALARIAL Faixa salarial mensal bruta (em reais) (Resposta estimada) Faixa Número de Salarial entrevistados Até 3 sal. Mínimos 75 De 4 a 6 sal. Mínimos 86 Acima de 7 sal. Mínimos 124 TOTAL 285 Tabela 4 : Faixa salarial dos egressos Fonte: Questionário realizado pela pesquisadora % 26,32 30,18 43,51 100% 43,51 acima de 7 sal. Mínimos 30,18 de 4 a 6 sal. Minimos 26,32 Até 3 sal. Mínimos 0 100 200 Gráfico 04 : Faixa salarial dos egressos Fonte: Elaboração do autor No gráfico n.º04, pode-se visualizar que dos duzentos e oitenta e cinco pesquisados, 43,51% estão percebendo acima de sete salários mínimos, 30,18 % estão percebendo entre quatro a seis salários mínimos e que 26,32 % recebem até três salários mínimos. É importante ressaltar, neste momento, a importância de a maioria destes egressos, está sendo consideravelmente, bem remunerada, pois diante de sua formação acadêmica, o mercado de trabalho atribui valor mensurável aos serviços prestado por esses profissionais. Desta maneira, é interessante observar que a instituição possui excelente demanda, uma vez que a mesma possui uma sistemática de divulgação de oportunidades de emprego nas diversas áreas. 51 5.4 MERCADO DE TRABALHO O mercado de trabalho procura profissional? (Resposta estimada) Mercado Número de de Trabalho entrevistados Profissionais Competitivos 82 Cumpridores de tarefas designadas 64 Cumpridores de tarefas mutáveis/ flexíveis 66 Desejando uma formação continuada 47 Outras 26 TOTAL 285 Tabela 5 : Mercado de trabalho espera dos profissionais? Fonte: Questionário realizado pela pesquisadora % 28,77 22,46 23,16 16,49 9,12 100% 28,77 30,00 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00 0,00 23,16 competitivos 16,49 9,12 cumpridores de tarefas desigandas cumpridores de tarefas mutáveis /flexíveis 22,46 desejando uma formação continuada outra Gráfico 05 : Mercado de Trabalho Fonte: Elaboração do Autor Os egressos questionados, ao terminarem sua graduação perceberam que o mercado de trabalho faz muitas exigências. Os resultados da pesquisa demonstraram que 28,77% dos entrevistados acham que o mercado de trabalho busca profissionais competitivos, 22,46% afirmam que o mercado de trabalho precisa profissionais cumpridores de tarefas designadas, 23,16%, busca cumpridores de tarefas mutáveis e flexíveis em seus profissionais, 16,49% dos entrevistados, relatam que o mercado de trabalho deseja uma formação continuada, logo, 9,12 % dizem que com outras qualificações que não constavam no questionário, estariam inseridos no mercado de trabalho. 52 Temos como principais motivos: primeiramente em decorrência da influência que o mercado de trabalho vem exercendo sobre esses profissionais, na busca por uma boa formação, e também a busca incessantemente em aperfeiçoarse, subentende-se que este aperfeiçoar seria o “praticar”, colocando em linguagem popular, o pôr a “mão na massa” preparar-se melhor para o mercado de trabalho, tornando-se, mais preparados e competitivos. Deve ser e estar atento às mudanças; deve saber trabalhar em equipe; saber profundamente sobre a área técnica que está atuando; ser flexível. Observa-se que o mercado de trabalho busca por profissionais flexíveis, não somente cumpridores de tarefas designadas, mais com ampla visão e que tenham flexibilidade. 5.5 APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL Como você tem acompanhado as mudanças do mercado de trabalho? (Resposta estimada) Mercado de Trabalho Cursos de aperfeiçoamento na área Leitura de referências bibliográficas e internet Estágios em empresas Sinto-me preparado diante das mudanças Outras Número de entrevistados % 92 32,28 97 35 34,04 12,28 33 28 11,58 9,82 TOTAL 285 Tabela 6 : Mudanças no mercado de trabalho Fonte: Questionário realizado pela pesquisadora 100% cursos de aperfeiçoamento na area 10% 12% 32% 12% leitura de referencia bibliográficas e internet Estágios em empresas Sinto-me bem preparado diante das mudanças 34% Gráfico 06 : Mudanças no Mercado de Trabalho Fonte: Elaboração do Autor Outra. 53 No ponto de vista dos egressos questionados eles enfrentam as mudanças no mercado de trabalho, em 34,04% fazendo leituras em referências bibliográficas e consultas na internet, 32,28% dos egressos questionados afirmam enfrentar as mudanças fazendo cursos de aperfeiçoamento na área. Em seguida com 12,28% os entrevistados afirmam que fazendo estágios nas empresas ajudam a enfrentar as mudanças ocasionadas pelo mercado de trabalho e 11,58% dizem estar preparados para as mudanças ocorridas. A função da instituição não é somente transmitir conhecimentos, mas sim aproveitar todas as ocasiões para a dupla aprendizagem que consiste em partilhar e vivenciar experiências e culturas e conviver em sociedade de maneira pacífica. E ainda, a criatividade está ligada no aprender a ser, pois é a possibilidade de desenvolver a personalidade, agindo com autonomia, juízo e responsabilidade, que os egressos devem enfrentar as mudanças no mercado de trabalho. 5.6 O CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS NA UNIVALI De forma abrangente, como você avalia o curso de graduação da UNIVALI? (Resposta estimada) Curso é Número de % considerado entrevistados Muito Bom 85 Bom 145 Satisfatório 50 Ruim 5 TOTAL 285 Tabela 7 : O curso de ciências contábeis na Univali Fonte: Questionário realizado pela pesquisadora 29,82 50,88 17,54 1,75 100% 60,00 50,00 50,88 40,00 muito bom bom satisfatório ruim 30,00 29,82 20,00 17,54 10,00 0,00 1,75 Gráfico 07 - O curso de ciências contábeis na Univali Fonte: Elaboração do Autor 54 De acordo com a opinião dos entrevistados o curso de Ciências Contábeis é considerado BOM, com 50,88%, em segundo lugar como MUITO BOM com 35%. Observa-se que, apesar da grande quantidade de instituições que oferecem esse curso, e das dificuldades encontradas na inserção no mercado de trabalho ser constantes, os egressos afirmam que consideram o curso de ciências contábeis oferecido pela Univali, bom, proeminente da qualidade profissional. Cabe ressaltar aqui que a qualidade de cada profissional depende única e exclusivamente dele, a instituição que o formou oferece os mecanismos necessários para que este esteja preparado para desenvolver suas habilidades potencialidades. 5.7 ACESSO AO MERCADO DE TRABALHO O curso de graduação na UNIVALI contribuiu de alguma forma para o seu acesso ao mercado de trabalho e para o seu desempenho profissional? (Resposta estimada) Acesso ao mercado Número de entrevistados % SIM 171 60,00 NÃO 15 5,26 UM POUCO 99 TOTAL 285 Tabela 8 : Acesso ao Mercado de Trabalho Fonte: Questionário realizado pela pesquisadora 34,74 100% 5% 60% sim não um pouco 35% Gráfico 08 : Acesso ao mercado de trabalho Fonte: Elaboração do Autor e 55 A maioria dos entrevistados, perfazendo um total de 60%, afirmam que o curso ajudou bastante no seu acesso ao mercado de trabalho. Em seguida 34,74% dos entrevistados dizem que o curso ajudou um pouco no seu acesso. Não podemos qualificar o que os entrevistados dizem ser esse pouco. Para os 5,16% que disseram que o curso não ajudou ao acesso no mercado de trabalho, pode-se atribuir também a falta de motivação. Sabe-se que a motivação pode ser influenciada pelo ambiente externo, através das relações sociais e produtivas que não são inexoráveis, dadas para toda a eternidade, mas construídas através da coincidência das transformações que se operam dialeticamente relacionadas, nas consciências e nas circunstâncias (MARX e ENGELS apud KUENZER, 2001). 5.8 APLICAÇÃO DO CONHECIMENTO Você utiliza o aprendizado na sala de aula em seu dia-a-dia? (Resposta estimada) Número de entrevistados SIM 148 ÀS VEZES 122 RARAMENTE 15 TOTAL 285 Tabela 9 : Participação do Aprendizado no dia-a-dia Fonte: Questionário realizado pela pesquisadora Aprendizado 5,26 raramente as vezes sim 42,81 51,93 Gráfico 09 : Participação do aprendizado no dia-a-dia Fonte: Elaboração do Autor % 51,93 42,81 5,26 100% 56 É inegável que a teoria aliada à prática é de fundamental importância, no entanto não se solidifica uma formação profissional sem a prática da teoria. Como afirma Acácia Kuenzer: Se o homem só conhece aquilo que é objeto de sua atividade, e conhece porque atua praticamente, a produção ou apreensão do conhecimento produzido não pode se resolver teoricamente através do confronto dos diversos pensamentos. Para mostrar sua verdade, o conhecimento tem de adquirir corpo na própria realidade, sob a forma de atividade prática, e transformá-la. Acácia Kuenzer (2002, p.79). A participação dos questionados em sala de aula é boa, os resultados da pesquisa demonstraram que 51,93% usam sim o que aprenderam em sala de aula para o seu dia-a-dia, logo em seguida, 42,81% dos pesquisados afirmam que a participação é somente às vezes. Apenas 5,26% dos questionados consideram que raramente usam o que aprenderam na sala de aula. 5.9 DISCIPLINAS MINISTRADAS UTILIZADAS NA VIDA PROFISSIONAL Das disciplinas ministradas no curso de graduação, qual delas você utiliza mais na vida profissional? (Resposta estimada) Número de Disciplinas entrevistados % Contabilidade pública/custos 66 Análise de balanços 74 Contabilidade geral/avançada 79 Perícia / Auditoria 35 Outras 31 TOTAL 285 Tabela 10 : Disciplinas mais utilizadas Fonte: Questionário realizado pela pesquisadora contabilidade pública/custos 23% 11% 23,16 25,96 27,72 12,28 10,88 100% analise de balanços perícia / auditoria 28% 26% contabilidade geral/avançada outras 12% Gráfico 10 : Disciplinas mais utilizadas Fonte: Elaboração do Autor 57 A disciplina considerada a mais utilizada pelos egressos é a de contabilidade geral e avançada, com 27,72 %. Em seguida com 25,96% esta a disciplina de análise de balanços. A disciplina de contabilidade pública ficou com 23,16% entre as mais utilizadas, e por ultimo, mas não menos importante ficaram a disciplina de perícia e auditoria com 12,28% dos entrevistados. Contudo, existem aqueles com 10,88¨%, que acham outras disciplinas são as mais utilizadas na vida profissional, mas que não foram mencionadas pelos mesmos, em virtude da maneira em que são lecionadas hoje. Ainda sobre as disciplinas, as instituições precisam fazer constantes avaliações com seus alunos, para saberem se com as mudanças ocorridas no mercado de trabalho sua grade curricular esta atualizada. Pois, de nada adianta continuar lecionando uma disciplina que não esta mais inserida na vida profissional do acadêmico. Uma das disciplinas mencionadas pelos egressos é a de Contabilidade Internacional e de Atuarias. 5.10 OS OBJETIVOS DO CURSO SÃO CLAROS E CONSIDERADOS APLICÁVEL Os objetivos do curso são claros e consigo observar sua aplicabilidade nas rotinas da empresa onde trabalho. (Resposta estimada) Número de Objetivo do curso entrevistados % SIM 145 50,88 NÃO 56 19,65 ÀS VEZES 84 29,47 TOTAL 285 100% Tabela 11 : O objetivo do curso é atendido Fonte: Questionário realizado pela pesquisadora 50,88 60,00 50,00 29,47 40,00 19,65 30,00 20,00 10,00 0,00 sim não Gráfico 11 : O objetivo do curso é atendido Fonte: Elaboração do Autor as vezes 58 Essa pergunta foi elaborada para que assim tiver a visão se o objetivo do curso foi atendido, perante os profissionais que atuam mercado de trabalho. Verificou-se que em 50,88% dos entrevistados, o objetivo do curso foi atendido com sucesso, em seguida percebeu-se que 29,47% afirmaram que somente às vezes consideram seus objetivos atendidos, logo 19,65% dos entrevistados não tiveram seus objetivos alcançados. Da nova ordenação mundial, percebe-se uma constante e rápida mudança com abertura de novos mercados de trabalho e, em algumas áreas, observa-se à ascensão das mesmas, certamente mais competitivos, nos quais o conhecimento aplicado e a informação são os fatores que a alimentam. Os profissionais estão cada vez mais interessados com em buscar instituições que tenham cursos que atendam seus objetivos, e assim concretizar suas metas no mercado de trabalho. Contudo, os objetivos requeridos pelos profissionais agregam-se, entre outras, maior independência e criatividade, entendida aqui pela postura e possibilidade de visualizar tudo aquilo que os outros vêem como situações possíveis de serem implementadas, a busca constante de se atualizar e estar sempre preparado para o trabalho que se encontra disponível. 5.11 A DURAÇÃO DO CURSO É ADEQUADA O período que compreende o curso é adequado e suficiente? (Resposta estimada) Duração adequada SIM NÃO ÀS VEZES TOTAL Número de entrevistados 175 45 65 285 Tabela 12 : Duração do curso é adequada Fonte: Questionário realizado pela pesquisadora % 61,40 15,79 22,81 100% 59 23% 16% sim não as vezes 61% Gráfico 12 : Duração do curso é adequada Fonte: Elaboração do autor Assim como os objetivos, a duração do curso foi considerada adequada. Os questionados estão satisfeitos com a carga horária do curso, os resultados da pesquisa demonstraram que 61,40% dos entrevistados acham que duração do curso é adequada, logo em seguida 22,81% dos questionados afirmaram que a carga horária esta regular, contudo apenas 15,59% dos entrevistados não consideram que a carga horária é adequada. 5.12 A EMPRESA OFERECE CURSOS AOS EMPREGADOS A empresa que você trabalha, oferece totalmente/parcialmente cursos de graduação. para seus funcionários? (Resposta estimada) Cursos oferecidos SIM NÃO ÀS VEZES TOTAL Número de entrevistados 88 175 22 285 Tabela 13 : Empresa oferece cursos aos empregados Fonte: Questionário realizado pela pesquisadora % 30,88 61,40 7,72 100% 60 7,72 as vezes não sim 0,00 61,40 30,88 50,00 100,00 Gráfico 13 : Empresa oferece cursos aos empregados Fonte: Elaboração do autor A aparente mudança no mercado de trabalho, a formação profissional pode ser considerada como uma evolução e/ou aquisição de novos conhecimentos. Verificou-se que a maioria dos entrevistados, 61,40% afirmou que a empresa ou instituição onde trabalham não oferece nenhum tipo de cursos a seus empregados, logo 30,88% dizem já ter participado de algum curso oferecido pela empresa, em seguida com apenas 7,72%, somente às vezes a empresa disponibiliza cursos aos colaborados. Diante do acima exposto, pode-se afirmar que as empresas precisam oferecer mais cursos para seus profissionais, a fim de motivá-los e deixa-los mais competitivos, inovadores, observadores. Investindo na capacitação de seus funcionários, a empresa tem o intuito de obterem maiores resultados, neste aspecto quem sai também lucrando é o trabalhador, uma vez que o conhecimento adquirido nas capacitações, treinamentos, cursos, entre outros, é um bem absorvido. 5.13 PÓS-GRADUAÇÃO SUPRI A NECESSIDADE DO MERCADO DE TRABALHO Os cursos de pós-graduação são meios suficientes suprir a necessidade no mercado de trabalho? (Resposta estimada) Pós–graduação SIM NÃO ÀS VEZES TOTAL Número de entrevistados 98 45 142 285 % 34,39 15,79 49,82 100% 61 Tabela 14 : Pós-graduação supri a necessidade do mercado de trabalho Fonte: Questionário realizado pela pesquisadora 50% sim não as vezes 34% 16% Gráfico 14 : Pós-graduação supriu a necessidade do mercado de trabalho Fonte: Elaboração do autor Na questão de número 09, foi pedido para que os entrevistados descrevessem a alternativa que mais achassem condizente com sua realidade, descrita dessa forma: “Os cursos de pós-graduação são meios suficientes suprir as necessidades no mercado de trabalho”? O resultado obtido foi que, 49,82% responderam que sim, que um curso de pós-graduação/especialização é necessário para suprir a necessidade do mercado de trabalho, este é um número bastante expressivo, já 34,39%, responderam que somente às vezes essa especialização supriu tais necessidades. O restante 16%, afirma dizendo que somente a pósgraduação não é suficientemente o bastaste para enfrentar o audacioso mercado de trabalho. Segundo Delors (1999) ”o desenvolvimento da formação profissional permanente, está na resposta, em larga medida, a uma das competências de ordem econômica e faz com que a empresa se dote das competências necessárias para manter o nível de emprego e reforçar a sua competitividade. Fornece, por outro lado, às pessoas ocasião de atualizarem os seus conhecimentos e possibilidades de promoção”. 62 5.14 RECUSADO EM EMPREGO POR NÃO TER POS GRADUAÇÃO Você já foi recusado em algum emprego por não ter uma pós-graduação? (Resposta estimada) Recusado Número de % entrevistados SIM 65 22,81 NÃO 115 40,35 ÀS VEZES 105 36,84 TOTAL 285 100% Tabela 15 : Recusado em algum emprego por não ter especialização Fonte: Questionário realizado pela pesquisadora 40,35 36,84 50,00 40,00 22,81 30,00 20,00 10,00 0,00 sim não as vezes Gráfico 15 : Recusado em algum emprego por não ter especialização Fonte: Elaboração do autor Observa-se que 22,81% dos entrevistados afirmam que já foram recusados em empresas por não ter em seu currículo um curso de pós-graduação, com 40,35% dos profissionais entrevistados afirmam que nunca passaram por essa situação, de ser recusado em alguma empresa por não ter especialização. Logo, 36,84%, confirmaram já ter vivido essa situação algumas vezes. Isso mostra que os empresários, buscam profissionais que tragam consigo uma maior carga de conhecimento, pois não é mais admissível ter profissionais que não estão aptos a tomarem decisões acerca de suas próprias opiniões. 63 5.15 CRÍTICAS E SUGESTÕES DOS EGRESSOS A última pergunta do questionário, pedia para os entrevistados descrevessem o que poderá ser melhorado no curso de ciências contábeis da Universidade do Vale do Itajaí, e para que deixassem críticas e ou sugestões. Dos 285 questionários respondidos, 74 % deixaram alguma sugestão, sendo 63% foram elogios e 37% foram criticas, onde devem ser visualizadas de forma construtiva. Como elogio, os egressos descreveram que de um modo geral, o curso atendeu suas expectativas, que os professores ensinam o caminho da biblioteca, e mostram onde utilizar o conhecimento adquirido. Como críticas, os profissionais descreveram o laboratório contábil como maior “vilão”. Muitos questionados sugeriram criar um escritório modelo, e que as práticas devem ser ministradas logo no início do curso, facilitando assim aprendizado do acadêmico no trabalho de conclusão final. Todas as sugestões estarão à disposição da Coordenação do curso de ciências contábeis. 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES PARA FUTUROS TRABALHOS Neste capítulo são apresentadas as considerações finais e análise dos dados coletados na pesquisa, com base no referencial teórico utilizado. Inclui-se também, recomendações a futuras pesquisas. Esta pesquisa procurou verificar como é a atuação profissional no mercado de trabalho dos egressos no curso de Ciências Contábeis na Univali, do período de 2002 a 2007. A pesquisa foi realizada por aplicação de questionários. Através da analise das respostas, foi possível responder os objetivos propostos nesta pesquisa. Neste contexto, a presente pesquisa teve como objetivo principal de descrever a atuação profissional. Além da atuação foi possível verificar se o respondente aplica os conhecimentos ministrados e qual a sua percepção em relação a qualidade do curso. A partir do objetivo principal surgiram três objetivos específicos sendo eles : caracterizar o perfil dos profissionais que egressaram no curso; analisar o perfil traçado e verificar a atuação profissional dos egressos na Universidade do Vale do Itajaí - Univali (Biguaçu-Itajaí). Na pesquisa percebe-se (70,88%) dos respondentes atua na área de formação. Evidencia-se também a efetiva participação da mulher na área contábil em um setor dominado pelos homens e a excelente remuneração dos profissionais formados, sendo que (43,51%) estão recebendo acima de 7 salários mínimos. Questionados sobre a qualidade do curso, a maioria (50,88%) avalia como bom e (29,82%) como excelente. (94,74%) dos egressos já aplicaram algum conhecimento ministrado em sala de aula no seu dia a dia. Das disciplinas ministradas no curso as que mais foram aplicada pelos respondentes foram Contabilidade Geral (79%), análise de balanços (74%) e contabilidade Pública/custos (66%). Portanto, percebe-se que as instituições de ensino possuem um papel importante na formação na formação profissional. Não basta apenas se formar é necessário continuar estudando, pois a pesquisa aponta que 22,81% dos pesquisados já deixaram de conseguir um emprego melhor por não ter curso de pós graduação. Desta forma entende-se que atualização profissional se tornou uma necessidade. Segundo De Masi (2000, p. 10), “vivemos e trabalhamos na sociedade do futuro, mas continuamos a usar os instrumentos do passado”. A atualização 65 profissional vem das universidades que possui o papel de provedora do conhecimento. Para entender as necessidades dos egressos, sugere-se uma cultura de avaliação. A adesão à avaliação por parte das universidades é extremamente importante para o sucesso do egresso no mercado de trabalho, tão competitivo. Pode-se então, finalizar este trabalho com a expectativa de que os problemas aqui levantados e sugestões oferecidas pelos questionados, sejam analisadas nas instituições que ofereça o curso de Ciências Contábeis para que possam ser reduzidas ao máximo, resultando dessa forma em melhor qualidade do ensino na graduação de Ciência Contábeis e maior reconhecimento no mercado de trabalho, da profissão contábil. Esse é apenas um trabalho inicial, que poderá servir como base para novos estudos. E que seria muito interessante avaliar o perfil dos egressos do curso de ciências contábeis de instituições públicas, comparando seu acesso ao mercado de trabalho, mas com o intuito de melhoria continua de seus acadêmicos. 7 DELIMITAÇÕES O campo de pesquisa esta delimitada a aplicação do questionário ao egresso do curso de ciências contábeis campus de Biguaçu e Itajaí, no período de 2002 a 2007. REFERÊNCIAS BEUREN, Ilse Maria (org). Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: Teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2003. BOTH, Ivo José. Avaliar a universidade é preciso: agente de modernização administrativa e da educação. In: SOUZA, Eda C. B. Machado (org). Avaliação Institucional. 2. ed. Brasília: Universidade de Brasília, 1999. 244 p. BRASIL. Comissão Nacional de Avaliação. Documento Básico. Avaliação das Universidades Brasileiras: uma Proposta Nacional. Brasília, novembro, 1993. BRASIL. Lei nº.9.394, de 20 de dezembro de 2001. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 23 de dez. 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/>. Acesso em: 03 maio. 2008. CARVALHO, Joana D´Arc Silva Galvão de. O perfil profissional do contador ingresso no mercado de trabalho no município de Salvador-Ba de 1991 a 2000. Salvador: FVC, 2002. Dissertação (Mestrado em Contabilidade), Centro de PósGraduação e Pesquisa Visconde de Cairú – CEPPEV, Fundação Visconde de Cairú, 2002. CRC. Princípios Fundamentais de Contabilidade e Normas Brasileiras de Contabilidade. Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul – 12. ed. Porto Alegre, 1998. FRANCO, Hilário. A Contabilidade na Era da Globalização: temas discutidos no XV Congresso Mundial de Contadores, Paris, de 26 a 29-10-97. São Paulo: Atlas, 1999. FRANCO, Hilário. Formação educacional e profissional do contador. Revista Brasileira de Contabilidade, Brasília, DF, n. 82, mar/abr 1993. GARCIAS, Paulo Mello. 1º Concurso de monografia sobre a MEHEDFF, Nassim Gabriel. A avaliação da educação e a inserção dos egressos do ensino médio no mercado de trabalho. Brasília: 1999 GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Atlas, 1994. GIL, A. C. Métodos e técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Atlas, 5 ed., 1999. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002. IUDÍCIBUS, Sergio de; MARION, José Carlos. Introdução a Teoria da Contabilidade. 3. º ed. São Paulo: Atlas. 2002 68 IUDÍCIBUS, Sérgio; et al. Contabilidade Introdutória. 7.ed. São Paulo: Atlas, 1986. Manual de contabilidade das sociedades por ações aplicáveis também às demais sociedades. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1994. KUNZ, Ivanir. Modalidades distintas na relação universidade/empresa e suas características específicas no Brasil. In: 1ºConcurso de monografia sobre a relação universidade empresa. Curitiba: IPARDES, 1999. LE BOTERF, G. Desenvolvendo a competência dos profissionais. Porto Alegre: Artmed, 2003. LEITE, C. E. B. A evolução das ciências contábeis no Brasil. Rio de Janeiro: FGV, 2005. LOUSADA, Ana Cristina Zenha. MARTINS, Gilberto de Andadre Egressos Como Fonte de Informação À Gestão dos Cursos de Ciências Contábeis. 2005 MACHADO, Antônio de Souza. Acompanhamento de egressos: caso CEFET-PR – Unidade de Curitiba. 2001. 134 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina. MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração, análise e interpretação de dados. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002. MARION, José Carlos. O ensino da contabilidade. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2001. 135 p. MARTINS, Gilberto de Andrade. As atividades de marketing nas instituições de ensino superior. 1986. 200p. Tese (Doutorado) MEHEDFF, Nassim Gabriel. A avaliação da educação e a inserção dos egressos do ensino médio no mercado de trabalho. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, 1999, 17. MORIN, E. Complexidade e transdisciplinaridade: a reforma da universidade e do ensino fundamental. Natal, RN: EDUFRN, 2000. Peleias, Ivam Ricardo; Silva, Glauco Peres da; Segreti, João Bosco; Chiorotto, Amanda Russo. Evolução do ensino da contabilidade no Brasil: uma análise histórica Revista Acadêmica da FACECA – RAF, v.1, n.1, Ago./Dez. 2001. REVISTA EXAME – 699 ed. – ano 33 – no. 21 – 20/outubro/99 – São Paulo: Abril, 1999. 69 SAVIANI, D.. A pós-graduação em educação no Brasil: pensando o problema da orientação. In: BIANCHETTI, L.; MACHADO, A. M. N. (organizadores). A bússola do escrever: desafios e estratégias na orientação de teses e dissertações. Florianópolis: Ed. da UFSC; São Paulo: Cortez, 2002. SILVA, Antônio Carlos Ribeiro da. Metodologia da pesquisa aplicada à contabilidade: Orientações de estudos, projetos, relatórios, monografias, dissertações, teses. São Paulo: Atlas, 2003. STAINSACK, Shellen. A Interação universidade/empresa no Estado do Paraná. In: 1º Concurso de monografia a sobre a relação universidade/empresa. Curitiba: IPARDES, 1999. UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ. Título. Disponível em < www.itajai.br>. Acessado em 18 mares 2008. ZAPELINI, Marcello B.; ZAPELINI, Silvia M. K. C. Metodologia científica e da pesquisa para o curso de administração. Disponível em: http://www.faculdadesenergia.com.br/trabalhos.php>. Acesso em: 10 abril 2008. ZARIFIAN, P. Objetivo competência: por uma nova lógica. São Paulo: Atlas, 2001. Título: História da Contabilidade Compilação: Júlio César Zanluca, Disponível em: Http://Www.Portaldecontabilidade.Com.Br/Tematicas/Historia.Htm, Acessado em: 05 de maio de 2008. APÊNDICE A: QUESTIONÁRIO APLICADO AOS EGRESSOS QUESTIONÁRIO SOBRE PARTICIPAÇÃO DO EGRESSO NO MERCADO DE TRABALHO Prezado (a) Egresso (a): O Sucesso dos serviços prestados pela UNIVALI, nos Campos de Itajaí e Baguaçu, depende do conhecimento de como os nossos alunos nos vêem, e sua opinião é muito importante. Dessa forma, precisamos que nos responda este questionário de forma mais sincera possível. A coleta destes dados cumpre parte do Trabalho de Conclusão de Curso da acadêmica Mery Alessandra Martinenghi, do curso de Ciências Contábeis da Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI. As informações aqui fornecidas serão utilizadas exclusivamente pela pesquisadora, sendo de grande importância o preenchimento de todos os itens. Parte I - Dados Pessoais Sexo: Feminino ( ) Masculino ( ) Idade: até 30 anos ( ) 31 a 40 anos ( ) 41 à 50 anos ( ) acima de 51 anos ( ) Graduação: Administração de empresas ( ) Ciências contábeis ( ) Direito ( ) Engenharia ( ) Matemática ( ) Ciência da computação( ) Comunicação ( ) Economia ( ) Estatística ( ) Outras ( ) Especifique:_________________ Parte II - Dados Específicos Assinale somente uma das alternativas como a correta: 01. Você esta atuando profissionalmente na sua área de formação? ( ) Sim ( ) Não 02. Renda: a) A profissão é a única fonte de renda? ( ) Sim ( )Não b) Faixa salarial mensal bruta (em reais). ( ) Até 3 sal. mínimos ( ) de 4 a 6 sal. mínimos ( ) acima de 7 sal. mínimos 03. O mercado de trabalho procura profissional: ( ) Competitivos ( ) Cumpridores de tarefas designadas ( ) Cumpridores de tarefas mutável-flexíveis ( ) Desejando uma formação continuada ( ) Outra. Qual.............................. 04. Como você tem acompanhado as mudanças do mercado de trabalho? ( ) Cursos de aperfeiçoamento na área ( ) Estágios em empresas ( ) Leitura de referencias bibliográficas e internet ( ) Sinto-me bem preparado diante das mudanças ( ) Outra. Qual.............................. 71 05. De forma abrangente, como você avalia o curso de graduação da UNIVALI? ( ) Muito Bom ( ) Bom ( ) Satisfatório ( ) Ruim ( ) Muito Ruim 06. O curso de graduação na UNIVALI contribuiu de alguma forma para o seu acesso ao mercado de trabalho e para o seu desempenho profissional? ( ) Sim ( ) Não ( ) Um pouco 07. Você utilizada o aprendizado na sala de aula em seu dia-a-dia? ( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca 08. Das disciplinas ministradas no curso de graduação, qual delas você utiliza mais na vida profissional? ( ) Contabilidade de Custos/Pública ( ) Análise de Balanços / ( ) Perícia / Auditoria ( ) Contabilidade Geral/ Avançada ( ) Outras: Especifique................................... 09. Nos critérios que seguem, preencha o quadro abaixo com a alternativa que melhor expressar a sua opinião, sobre a: Descrição SIM NÃO ÀS VEZES Os objetivos do curso são claros e consigo observar sua aplicabilidade nas rotinas da empresa onde trabalho. O período que compreende o curso é adequado e suficiente? A empresa que você trabalha, oferece totalmente/parcialmente cursos de graduação para seus funcionários? Os cursos de pós-graduação são meios suficientes suprir a necessidade no mercado de trabalho? Você já foi recusado em algum emprego por não ter uma pós-graduação? 10. O que poderia ser melhorado no curso de graduação da UNIVALI? Deixe aqui suas críticas e sugestões: _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________