Slide Master RIO-LONDRES
UGF – Rio
29 e 30/MAR/2012
Estudos Olímpicos e Educação
Olímpica na universidade:
o caso da Universidade Estácio de Sá
Campus Petrópolis
Profa. Dra. Ana Miragaya
Academi
a
Olímpica
Brasileir
EDUCAÇÃO OLÍMPICA Tradição
LEGADO
Pierre de Coubertin (1863-1937)
EDUCATOR par excellence
1863-2013
Origem do termo – década de 1970 (Müller, 1975)
‘sporting education’
Pédagogie Sportive, 1922
RETROSPECTIVA COUBERTIN
1897 - Le Havre - 2º Congresso Olímpico  propagação
do esporte e da Educação Física em escolas.
1905 - Bruxelas - 3º Congresso Olímpico – discussão de
modelos para a prática de esportes e de Educação Física
em escolas e em outras atividades.
1913 - Lausanne - Congresso sobre
“Psicologia e Fisiologia no esporte”
(universidades)
RETROSPECTIVA COUBERTIN
1918: “Não pode ser suficiente que esta Pédagogie
Olympique – sobre a qual eu disse recentemente que é
baseada ao mesmo tempo no culto ao esforço físico e no
culto à harmonia – ou seja, no gosto pelo excesso
combinado com moderação – deveria ter a oportunidade
de ser celebrada nos olhos do mundo a cada 4 anos. Ela
também precisa de ter suas ‘fábricas permanentes’.
Primeira ref. de Coubertin à Educação Olímpica. Ele estava claramente
convencido da necessidade de seu ideal educativo complexo.
Coubertin : Olympic Letter V. Olympic Pedagogy, (1918). In: Müller,N. (Ed.) : Olympism. Selected Writings of Pierre de Coubertin. Lausanne,
IOC, 2000, p.217
RETROSPECTIVA COUBERTIN
1918 - "O Olimpismo não é um sistema, mas uma
atitude.”
Coubertin : Olympic Letter IV. Olympism as a State of Mind. In : Müller,N. (Ed.) : Olympism.
Selected Writings of Pierre de Coubertin. Lausanne, IOC, 2000, p.548.
1921 - Coubertin tentou mostrar a necessidade de se
incluir um evento paralelo sobre sports education para
os trabalhadores no Congresso Olímpico Técnico em
Lausanne, mas não conseguiu maioria.
RETROSPECTIVA COUBERTIN
1925 – Coubertin fundou a Union Pédagogique
Universelle em Lausanne, para conferências, palestras,
seminários e outros eventos relacionados à educação.
Ele também projetou o Charter of Educational Reform,
que em 1930 foi passado por todos os Ministros de
Educação dos países que compunham a Liga das
Nações.
MÜLLER, N./IOC (Eds): Pierre de Coubertin. Textes choisis.
Vol.I «Révélation». Zurich, Hildesheim,
New York 1986,pp. 636-637.
RETROSPECTIVA COUBERTIN
1926 - Coubertin lançou em Lausanne o Bureau
International de Pédagogie Sportive, que passou a
publicar um boletim anual além de muitos livros
incluindo, o livro “Memória Olímpicas’ de Coubertin e
uma nova edição de Pédagogie Sportive.
Coubertin escreveu mais de 1100 artigos e 30 livros.
MÜLLER,N./SCHANTZ,O.: Bibliography.
Pierre de Coubertin.
Lausanne, CIPC,1991
.
O QUE É EDUCAÇÃO
OLÍMPICA?
Atividade educativa que tem na juventude seu grupoalvo principal e utiliza esportes para disseminar valores
olímpicos.
Empenha-se em prover uma educação universal, o
desenvolvimento do ser humano como um todo em
contraste com a educação cada vez mais especializada
encontrada em muitas disciplinas especializadas. Logo,
somente pode ser baseada nos valores fundamentais da
personalidade humana (Müller, 2009).
QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DA
EDUCAÇÃO OLÍMPICA?
Proteger e promover os interesses comuns da sociedade
humana, tais como paz, amizade e progresso.
Seu conteúdo pedagógico inclui os valores humanistas
que são universalmente aceitos pela sociedade humana,
como, por exemplo, a busca pela excelência, o fair play,
justiça, respeito.
QUAL O MÉTODO DA EDUCAÇÃO
OLÍMPICA?
Seu método básico de pedagogia é o esporte , uma
forma cultural que existe em todas as sociedades
humanas.
Suas referências pedagógicas possuem significados
universais que transcendem etnia, religião, política,
status social, e várias outras barreiras sociais.
Estudos Olímpicos e Educação
Olímpica no Brasil
Marco inicial dos Estudos
Olímpicos e Educação Olímpica no
Brasil
Jogos Olympicos de Hontem, de Hoje e de Amanhan
livro de Américo R. Netto, publicado em 1937 na cidade de
São Paulo
 Descrição e análise das idéias de Pierre de Coubertin pelo viés
de suas possibilidades educacionais e suas possíveis
aplicações no Brasil em termos inéditos e até mesmo
futuristas em língua portuguesa ou espanhola.
 A visão inovadora da obra incidiu também numa crítica ao
Movimento Olímpico Internacional que então minimizava a
participação feminina nos esportes, um tema ainda pouco
explorado à época, mesmo em âmbito internacional.
XIX Olimpíada México 68 –Aspectos
Técnicos Evolutivos
(DaCosta et al. – Orgs, 1969)
foco principal  gestão dos Jogos e esportes olímpicos,
porém atenção mínima aos significados educacionais de tais
temas
Estudos Olímpicos
(Otávio Tavares e Lamartine DaCosta
Eds, 1999)
 obra de revisão e atualização dos temas olímpicos; perfil
predominante educacional (próximo a obras similares sobre
Educação Olímpica publicadas no exterior)
 referência básica para a Educação Olímpica brasileira (marco
editorial para a Educação Olímpica brasileira)
 lançado como resultado de vários anos da linha de pesquisa
“Identidade Cultural do Esporte e Estudos Olímpicos” de mestrado e
doutorado (UGF-RJ), dirigida por Lamartine DaCosta desde o início
dos anos de 1990 e após criação da Academia Olímpica Brasileira
em 1998.
EDUCAÇÃO OLÍMPICA NO BRASIL
10 grupos de Estudos Olímpicos em vários estados
 Pesquisa em Educação Olímpica (RJ -UGF):
DaCosta, Lamartine (1995), no COI em Lausanne
Abreu, Neise (1999)
Tavares, Otavio (1998, 2003)
Portela, Fernando (1999)
Gomes, Marta (1999)
Belém, Cristiano (1999, 2001)
Turini, Marcio (2002; 2007)
Gomes, Marta & Turini, Marcio (2004)
ACADEMIA OLÍMPICA BRASILEIRA
1998 – fundação da AOB
10 grupos de Estudos Olímpicos (2008): 16 Mestres e 18
Doutores
Participação na IOA - 79 brasileiros (1980-2007): 24 em
programas de pós-graduação após 1993
Alguns livros publicados no Brasil
Alguns livros publicados no
exterior
Experiência brasileira em
universidades
Cursos de graduação
 Estudos Olímpicos e História da Educação Física
PUC-RS (Prof. Dr. Nelson Todt)
Estudos Olímpicos UGF-RJ (Prof. Dr. Lamartine
DaCosta)
Estudos Olímpicos UCP-RJ (Profa. MS. Ana Flávia
Duarte)
Cursos de graduação
Educação Olímpica UFMG (Profa. Dra. Katia Lemos)
Educação Olímpica Universidade Federal de Lavras MG
(Prof. Dr. Raoni Machado)
 Experiência da Escola Americana do Rio de Janeiro
(EARJ) (Profa. Dra. Neíse Abreu)- Educação Olímpica
Proposta da Universidade Estácio
de Sá Campus Petrópolis para o
Curso de Graduação em Educação
Física
 TRADIÇÃO
INOVAÇÃO 
INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS
OLÍMPICOS
Parte Teórica: 66
Horas de Campo: 22
EMENTA:
Visão histórica dos Jogos Olímpicos (Grécia Antiga e Era
Moderna); o Movimento Olímpico no mundo atual. O
surgimento do Olimpismo. O COI e Instituições Olímpicas; a
Academia Olímpica Internacional (IOA). História da
participação do Brasil nos Jogos Olímpicos e no Movimento
Olímpico. O Olimpismo; esporte e ética; valores olímpicos. Os
Jogos Olímpicos como megaevento; legados; o voluntariado.
Educação Olímpica e sua aplicação no ensino público
municipal de Petrópolis, cidade-base candidata, dentro do
projeto Petrópolis Olímpica.
Objetivos Gerais
 Proporcionar ao aluno um panorama introdutório e
conhecimento básico dos fundamentos do
Olimpismo e do Movimento Olímpico, sua história,
estrutura, organização e contexto social, cultural e
político.
 Promover o conhecimento e apreciação da natureza
e dos valores na prática do Olimpismo, esporte
olímpico e do Movimento Olímpico.
Objetivos Específicos
 Percorrer a história dos Jogos Olímpicos da Grécia
Antiga e da Era Moderna desde a fundação do
Comitê Olímpico Internacional (COI) incluindo a
história do Brasil no cenário olímpico.
 Possibilitar aos alunos conhecimentos da Carta
Olímpica assim como da estrutura e organização do
COI e suas instituições.
 Conceituar e refletir sobre Educação Olímpica e
valores olímpicos e sua aplicação no cotidiano das
escolas.
Conteúdo Programático
(1)
 História e filosofia do esporte na Grécia Antiga; os Jogos
e Santuários da Grécia Antiga; História dos Jogos
Olímpicos da Grécia Antiga; os Jogos de Hera
 História do Esporte Moderno; A Restauração dos Jogos
Olímpicos e sua história; fundação do Comitê Olímpico
Internacional (COI); Jogos Olímpicos de Inverno; Jogos
Olímpicos da Juventude; Jogos Paralímpicos
 O Movimento Olímpico; aspectos culturais, políticos e
sociais dos Jogos Olímpicos; as Instituições Olímpicas –
A Família Olímpica; a Carta Olímpica; a Academia
Olímpica Internacional (IOA)
Conteúdo Programático
(2)
 História da participação do Brasil nos Jogos Olímpicos e
no Movimento Olímpico; História do Comitê Olímpico
Brasileiro (COB) e da Academia Olímpica Brasileira (AOB)
 O Olimpismo; esporte e ética; valores olímpicos; o fair
play; questões de gênero e multiculturalismo
Conteúdo Programático
(3)
 Educação Olímpica no Brasil e no mundo:
desenvolvimento e implementação da Educação Olímpica
em escolas; projeto Petrópolis Olímpica; Petrópolis como
cidade-base dos Jogos de 2016
 Os Jogos Olímpicos como megaevento; a organização e
administração dos Jogos (tecnologia, mídia,
administração financeira, comunicação, etc.), o
marketing olímpico; patrocínios; legados de
megaeventos; o voluntariado
Procedimentos de Ensino
Carga horária teórica:
 Aulas expositivas e dialogadas; palestras de professores
e pesquisadores dentro da área olímpica, pesquisas
bibliográficas, realização de seminários.
Carga horária de prática:
 Atividade discente: Os alunos deverão visitar as escolas
do 1º segmento do ensino fundamental que já tenham o
programa de Educação Olímpica de Petrópolis em
andamento elaborando relatórios de observação para
serem apresentados em seminários internos sobre o que
viram em ação na escola.
Bibliografia
BÁSICA:
 TAVARES, Otávio e DACOSTA, Lamartine (Eds). Estudos Olímpicos. Rio de Janeiro: Ed.
Gama Filho, 1999.
 DACOSTA, Lamartine; CORRÊA, Dirce; RIZZUTI, Elaine; VILLANO, Bernardo e MIRAGAYA,
Ana (Eds). Legados de megaeventos esportivos. Brasília: Ministério do Esporte, 2008.
 REPPOLD FILHO, Alberto; PINTO, Leila; RODRIGUES, Rejane e ENGELMAN, Selda (Org.)
Olimpismo e Educação Olímpica no Brasil. Porto Alegre: Editora UFRGS.
 DACOSTA, Lamartine (Org.); MIRAGAYA, Ana (Ed.) Atlas do Esporte no Brasil. Rio de
Janeiro: Shape, 2005.
 MIRAGAYA, Ana. O processo de inclusão das mulheres nos Jogos Olímpicos. Tese de
Doutorado. Rio de Janeiro: UGF.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
 REN, Hai; DACOSTA, Lamartine; MIRAGAYA, Ana e JING, Niu (Eds.) Olympic Studies
Reader. Beijing: Beijing Sport University, 2009.
 MORAGAS, Miquel & DACOSTA, Lamartine; MIRAGAYA, Ana; TAVARES, Otávio; -KENNETT,
Chris e CEREZUELA, Berta (Eds.). Universidade e Estudos Olímpicos. Barcelona:
Universidade Autônoma de Barcelona, 2007.
Agradeço sua atenção!
Profa. Ana Miragaya
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Estudos Olímpicos e Educação Olímpica na universidade