POLÍTICAS DE INOVAÇÃO E IMPACTOS NA DINÂMICA INOVATIVA INDUSTRIAL: UMA ANÁLISE COMPARADA EM TRÊS PAÍSES Pós-doutoranda: Carolina Bagattolli Supervisora: Noela Invernizzi RESUMO Nas últimas décadas a inovação tecnológica vem sendo crescentemente entendida como central para o crescimento econômico e o desenvolvimento social. Em consonância com esta perspectiva, países de todo o mundo, com os mais diferentes portes e inseridos em contextos socioeconômicos e histórico-culturais distintos, passaram a adotar uma série de medidas de política no intuito de fomentar a inovação empresarial. Mecanismos financeiros de fomento foram reformulados, novos foram criados, o marco legal foi aprimorado e os recursos públicos disponíveis para as atividades inovativas empresariais cresceram consideravelmente – mesmo no recente contexto de crise internacional. No entanto, uma análise preliminar da evidência disponível parece indicar que, embora países de todo o mundo venham adotando um modelo de política pró-inovação bastante comum – refletindo-se inclusive num grau de financiamento público das atividades inovativas empresariais similar –, o resultado do esforço estatal na estratégia inovativa do setor industrial é significativamente distinto. É nesta discussão que se insere esta proposta de pesquisa, que tem por objetivo central analisar as diferenças no grau de sensibilidade do setor industrial com relação aos estímulos públicos para a inovação, a partir da análise de países americanos inseridos em diferentes estágios de industrialização: Brasil, Estados Unidos e Canadá. Buscamos identificar, a partir desta análise comparativa, o grau de efetividade dos esforços governamentais no sentido de aumentar a propensão a inovar e a fomentar o dinamismo tecnológico por parte do setor produtivo – atualmente um dos principais objetivos das políticas nacionais de ciência, tecnologia e inovação. Palavras-chave: Políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação (PCT&I), Inovação, Brasil, Estados Unidos, Canadá.