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INDICADORES AMBIENTAIS ESSENCIAIS: UMA ANÁLISE DA SUA
UTILIZAÇÃO NOS RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE DAS EMPRESAS DO
SETOR DE ENERGIA ELÉTRICA SUL AMERICANO, ELABORADOS PELA
VERSÃO “G3” DA GLOBAL REPORTING INITIATIVE
Autores:
Fernanda Amorim Ribeiro de Castro (FACC/UFRJ)
José Ricardo Maia de Siqueira (FACC/UFRJ)
Marcelo Álvaro da Silva Macedo (FACC/UFRJ)
RESUMO
O objetivo do presente estudo foi verificar o quanto do que foi requerido nos indicadores
ambientais essenciais, da versão “G3”, da GRI, foi atendido pelas empresas do setor elétrico
sul americano e o quanto do potencial dessas informações foi efetivamente apresentado. Para
tanto foram realizados os cálculos dos Graus de Aderência Plena (GAPIE) e de Evidenciação
Efetiva (GEE). Primeiramente, verificou-se que, somente três empresas apresentaram um alto
GAPIE, sendo que elas – AMPLA, ENDESA CHILE e CHILECTRA – fazem parte de um
mesmo grupo. Adicionalmente, observou-se que mesmo fazendo parte de um mesmo
mercado, as empresas encontram-se em diferentes fases de aderência às Diretrizes da GRI, já
que os resultados variaram de 76% a 0%. Já em relação ao GEE, observou-se que,
diferentemente dos resultados do GAPIE, nenhuma das empresas apresentou um alto grau.
Além disso, devido a existência de omissões com justificativa, em metade das empresas,
houve uma inversão nas posições de algumas empresas no ranking. Esse resultado sugere que,
o fato de a GRI permitir a validade de omissões com justificativa, pode alterar o entendimento
do usuário referente à qualidade dos relatórios disponibilizados pelas empresas. Diante dos
resultados apresentados, observa-se que, apesar do esforço da GRI em desenvolver um
modelo de qualidade, mais consistente e completo de relatório de sustentabilidade, a sua
aplicabilidade, em empresas sul americanas de energia elétrica, ainda precisa evoluir bastante
para que os diversos usuários possam ter acesso ao real nível de responsabilidade ambiental
das organizações.
Palavras-Chave: balanço social; energia elétrica; G3; GRI; indicadores ambientais; relatório
de sustentabilidade.
1. INTRODUÇÃO
A urgência de temas, como a degradação de recursos naturais e da biodiversidade, bem
como a mudança climática, vem destacando a importância do envolvimento da sociedade,
como um todo, na questão ambiental.
Nesse contexto, as organizações, pelos impactos de suas atividades no patrimônio natural
e, pelo poder que concentram neste campo – decidem, por exemplo, sobre investimentos que
afetarão, dentre outros aspectos, a qualidade do ar e da água – são peças fundamentais na
busca da sustentabilidade.
Como consequência, os diversos stakeholders estão, cada vez mais, mostrando-se
interessados na atuação das organizações nesse meio. Com isso, aumenta a necessidade dessas
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organizações comunicarem, de forma consistente e confiável, o seu envolvimento neste
campo, o que aumenta a relevância mundial dos balanços sociais ou relatórios de
sustentabilidade.
Porém, pode se dizer, que o relatório de sustentabilidade é um tema que ainda se acha
longe de estar consolidado. Apesar de a utilização deste instrumento estar crescendo a cada
ano, a existência de diversos modelos de relatórios e a falta de obrigatoriedade da sua
elaboração, em muitos países, faz com que a utilidade desse instrumento, inclusive no que
tange à sua abrangência, a evidenciação de externalidades negativas e sua comparabilidade
fique bastante prejudicada.
Em se tratando especificamente do campo ambiental, pesquisas tem demonstrado que
algumas das informações relevantes dessa vertente estão sendo negligenciadas.
Li, Richardson e Thornton (1997), por exemplo, destacam pesquisas que vêm sugerindo
que as empresas estão fornecendo informações incompletas a respeito de seus passivos
ambientais. Estudo da Price Waterhouse, por exemplo, mostra que 62% das empresas da
amostra reconhecem que estão expostas a passivos ambientais, mas mesmo assim não os
demonstram nos seus relatórios.
Outro exemplo foi dado por Calixto (2007), que em seu estudo com 97 empresas
brasileiras de diversos setores, observou indícios de que embora as empresas estejam
preocupadas com o desenvolvimento sustentável, menos de 10% do total delas fornece
informações sobre seu desempenho no meio natural.
Também Pinto e Ribeiro (2004), em sua pesquisa realizada nas 8 maiores empresas
industriais privadas de Santa Catarina, que publicaram balanço social, observaram a falta de
informação sobre as obrigações já assumidas e as contingentes no balanço ambiental.
Com isso, buscando fornecer às organizações uma ferramenta que proporcione a geração
de relatórios de sustentabilidade mais completos, consistentes, confiáveis, e padronizados
internacionalmente, surgiram as Diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI). Este modelo,
calcado no equilíbrio entre os desempenhos econômico, social e ambiental, o chamado triple
bottom line, encontra-se, atualmente, em sua terceira versão (G3) (GASPARINO, 2006).
Considerando que o número de organizações que vêm aderindo às Diretrizes, aumentou
substancialmente de 2000 para 2006, passando de 30 para 1000 (INSTITUTO ETHOS,
2007b), fica notória a crescente importância dada a esta ferramenta ao redor do mundo. De
acordo com Adams e Evans (2004 apud DIAS, SIQUEIRA e ROSSI, 2006, p. 5), o modelo da
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GRI, ao fornecer indicadores não enviesados, está sendo considerado como o menos
suscetível a tendências e, com isso, está fornecendo uma credibilidade adicional ao usuário.
Porém, mesmo com todo o seu potencial, a prática, vem demonstrando que existem
discordâncias entre o que as organizações vêm informando em seus relatórios de
sustentabilidade e o que a GRI efetivamente solicita em seus indicadores de desempenho.
Este problema é bastante relevante, uma vez que os diversos stakeholders podem estar
recebendo informações distorcidas a respeito da responsabilidade socioambiental de
determinada empresa.
Assim, considerando as discrepâncias que tem sido encontradas nas outras versões das
Diretrizes da GRI – como por exemplo, os resultados dos estudos de Dias (2006) e Carvalho
(2007) -, e toda relevância da questão ambiental no contexto atual, o objetivo desta pesquisa
é verificar o quanto as empresas que tiveram seus relatórios de sustentabilidade, elaborados
pela versão “G3” das Diretrizes da GRI, cumpriram exatamente ao que foi solicitado para os
indicadores de desempenho ambientais essenciais e o quanto do potencial das informações
requeridas foi efetivamente apresentado.
Para tanto, optou-se por delimitar a amostra ao setor sul americano de energia elétrica. A
escolha do setor elétrico deu-se por diversas razões, dentre elas destaca-se a grande
interferência de suas empresas no meio ambiente, como por exemplo a redução de florestas
para a construção de barragens (LINS e OUCHI, 2007). A escolha da América do Sul, por
sua vez, deu-se pelo fato da presente pesquisa tratar-se de uma derivação dos estudos de Dias
(2006) e Carvalho (2007).
2.
BALANÇO SOCIAL (BS) OU RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
Uma das principais discussões existentes acerca do Balanço Social diz respeito ao seu
significado, já que existe uma gama de definições disponíveis na literatura específica, dentre
elas, algumas que, por serem bastante restritas, propiciam um entendimento indevido sobre os
seus objetivos e, principalmente, sobre sua abrangência. As conceituações de Oliveira (1999
apud LIMA, 2001, p.4) e de Perottoni e Cunha (1997, p.13) são exemplos disso.
Para Oliveira (1999 apud LIMA, 2001, p.4), o balanço social “[...] tem por objetivo
discriminar os investimentos realizados pelas companhias em benefício de seus empregados,
da comunidade e também do meio ambiente.”
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Já para Perottoni e Cunha (1997, p.8), o BS “é um conjunto de informações econômicas e
sociais, que tem por objetivo a divulgação de informações sobre o desempenho econômico e
financeiro das empresas e sua atuação em benefício da sociedade”.
Como se pode observar, as duas definições focam na divulgação de informações sobre os
benefícios concedidos pela empresa, excluindo, desta forma, a necessidade de evidenciação
dos efeitos negativos, como, por exemplo, a devastação de áreas verdes e os casos de
acidentes de trabalho.
Além da exclusão dos aspectos negativos, as definições anteriores também pecam no
aspecto da abrangência. A de Perottoni e Cunha (1997, p.8), por exemplo, não deixa explícita
a questão ambiental.
A abrangência do relatório diz respeito não só ao atendimento aos anseios dos
stakeholders da organização, mas também à contemplação de todas as informações
necessárias à análise do perfil socioambiental das empresas. Pode-se dizer, então, que a
finalidade do balanço social é tornar pública a responsabilidade socioambiental das
organizações (PINTO e RIBEIRO, 2004, p. 21). Além disso, considerando que alguns dos
conceitos de responsabilidade socioambiental discutidos estão tendendo a uma visão de
sustentabilidade (ASHLEY, 2002, p.29), o balanço social deve contemplar a integração das
dimensões econômicas, sociais e ambientais.
Apesar da crescente importância dos balanços sociais, na prática, a sua capacidade de
gerar informações úteis tem se mostrado bastante prejudicada. Estudos vêm apontando nos
balanços sociais publicados atualmente, a existência de problemas, principalmente no que
concerne: à abrangência limitada dos relatórios; à reduzida evidenciação de externalidades
negativas; e, à dificuldade de comparabilidade desses balanços.
Buscando minimizar esses problemas, algumas instituições e organizações, nacionais e
internacionais, lançaram propostas de modelos de divulgação desses demonstrativos. Nesse
contexto destacam-se as Diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI)
3.
O MODELO “G3” DAS DIRETRIZES DA GRI (GLOBAL REPORTING
INITIATIVE)
O primeiro conjunto de “Diretrizes para Relatórios de Sustentabilidade”, da GRI, foi
elaborado em 1999 e lançado em junho de 2000 (INSTITUTO ETHOS, 2007c). Desde então,
sofreu duas atualizações. Uma em 2002, publicada em português em 2004, e outra lançada no
Brasil, em dezembro de 2006 (INSTITUTO ETHOS, 2007c). Esta última, foi chamada de G3
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para destacar o fato de ser a terceira geração de indicadores (INSTITUTO ETHOS, 2007b,
p.15).
Desde a primeira versão, as diretrizes da GRI abordam os aspectos relacionados à
sustentabilidade, que trata do equilíbrio entre os desempenhos econômico, social e ambiental,
o chamado triple bottom line (GASPARINO, 2006, p.6).
De acordo com Vaz (2006, p. 26), a G3 surgiu da necessidade de tornar os relatórios
sociais mais consistentes, tendo em vista que muitas informações desconexas e irrelevantes
são apresentadas nesses relatórios. Adiciona-se a este aspecto, a necessidade de tornar as
diretrizes mais focadas no desempenho de seus indicadores e orientações mais claras para
compilação dos dados (INSTITUTO ETHOS, 2007a, p. 15).
Outra novidade desta nova versão foi a substituição da declaração “de acordo com” (“in
accordance”) constante da versão das Diretrizes da GRI, de 2002, pelo conceito de Níveis de
Aplicação da GRI que é uma auto-avaliação de até que ponto os elementos da Estrutura de
Relatórios da GRI foram aplicados na elaboração do relatório de sustentabilidade
(INSTITUTO ETHOS, 2007a, p. 20). Existem três níveis de aplicação (A, B e C), que podem
conter um ponto a mais (A+, B+ ou C+), caso a avaliação da organização tenha sido
corroborada por uma verificação externa (GRI, 2006b, p.5).
As Diretrizes estão estruturadas em duas partes: a primeira, que abrange os três elementos
principais do processo de elaboração do relatório - os princípios para definição de conteúdo,
os princípios para assegurar a qualidade e as orientações para definição do limite do relatório;
e, a segunda que trata do conteúdo que deve constar do relatório, que contempla: o perfil da
organização, a forma de gestão e os indicadores de desempenho (GRI, 2006a).
Os indicadores de desempenho, foco do presente estudo, são dados qualitativos ou
quantitativos que buscam fornecer informações comparáveis sobre os desempenhos
econômico, social e ambiental (GRI, 2006a). Esses indicadores podem ser essenciais, ou seja,
são aplicáveis e relevantes para a maioria das organizações, ou adicionais, que podem ser
aplicáveis e relevantes para algumas organizações, mas, geralmente, não os são para a maioria
(GRI, 2006a, p.25).
Os indicadores da vertente ambiental referem-se aos impactos da organização sobre o
meio ambiente, incluindo os ecossistemas (GRI, 2006a, p.27). Eles englobam o desempenho
relacionado a insumos e à produção, além daquele relativo à biodiversidade, à conformidade
ambiental e outras informações, como por exemplo, gastos com meio ambiente (GRI, 2006a).
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Dos trinta indicadores ambientais, dezessete são essenciais. Eles estão segregados nos
aspectos: (1) materiais; (2) energia; (3) água; (4) biodiversidade; (5) emissões, efluentes e
resíduos; (6) produtos e serviços; e, (7) conformidade; como pode ser observado no Quadro 1.
Quadro 1
Indicadores Essenciais Ambientais
EN1
EN2
EN3
EN4
EN8
EN11
EN12
EN16
EN17
EN19
EN20
EN21
EN22
EN23
EN26
EN27
EN28
3.
ASPECTO: MATERIAIS
Materiais usados por peso ou volume.
Percentual dos materiais usados provenientes de reciclagem.
ASPECTO: ENERGIA
Consumo de energia direta discriminado por fonte de energia primária.
Consumo de energia indireta discriminado por fonte primária.
ASPECTO: ÁGUA
Total de retirada de água por fonte.
ASPECTO: BIODIVERSIDADE
Localização e tamanho da área possuída, arrendada ou administrada dentro de áreas
protegidas, ou adjacente a elas, e áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas
protegidas.
Descrição de impactos significativos na biodiversidade de atividades, produtos e
serviços em áreas protegidas e em áreas de alto índice de biodiversidade fora das
áreas protegidas.
ASPECTO: EMISSÕES, EFLUENTES E RESÍDUOS
Total de emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa, por peso.
Outras emissões indiretas relevantes de gases de efeito estufa, por peso.
Emissões de substâncias destruidoras da camada de ozônio, por peso.
NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas, por tipo e peso.
Descarte total de água, por qualidade e destinação.
Peso total de resíduos, por tipo e método de disposição.
Número e volume total de derramamentos significativos.
ASPECTO: PRODUTOS E SERVIÇOS
Iniciativas para mitigar os impactos ambientais de produtos e serviços e a extensão da
redução desses impactos.
Percentual de produtos e suas embalagens recuperados em relação ao total de
produtos vendidos, por categoria de produto.
ASPECTO CONFORMIDADE
Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não-monetárias
resultantes da não-conformidade com leis e regulamentos ambientais.
Fonte: Adaptado de GRI (2006a)
METODOLOGIA
A população da pesquisa consiste no conjunto de empresas que utilizam os indicadores
da versão G3 das Diretrizes da GRI na elaboração de seus Relatórios Socioambientais, do ano
de 2006.
Por diversos motivos optou-se pela utilização de uma amostra não-probabilística e com
isso, a pesquisa foi direcionada para as empresas do setor elétrico, com atividades na
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América do Sul. Dentre esses motivos destacam-se a grande interferência das empresas desse
setor no meio ambiente e os impactos de suas atividades sobre o bem estar da sociedade.
Já a escolha pela América do Sul deu-se pelo fato da presente pesquisa tratar-se de uma
derivação dos estudos de Dias (2006) e Carvalho (2007). A primeira, analisou o grau de
aderência plena, das empresas brasileiras, aos indicadores essenciais propostos na segunda
versão das Diretrizes da GRI. Enquanto a segunda analisou o grau de aderência plena aos
indicadores essenciais propostos na G2 da GRI, bem como o grau de evidenciação efetiva aos
relatórios de sustentabilidade das empresas latino-americanas, com exceção das brasileiras.
Desta forma, só participaram do escopo empresas do setor elétrico, operando na América
do Sul, e que publicaram seus relatórios de sustentabilidade segundo as Diretrizes da G3;
cujos relatórios contivessem o Sumário ou Índice Remissivo dos Indicadores da GRI; e, cujos
relatórios fossem do ano-base de 2006. Após esses filtros, chegou-se às seguintes empresas:
AES ELETROPAULO, AMPLA, CEMIG, CHILECTRA, COPEL, ENDESA CHILE,
ISAGEN e REP.
Entendeu-se como fonte de coleta de dados mais adequada o site oficial da GRI, tendo
em vista que, além de ser considerado uma fonte segura de captura de informações, uma vez
que é um site oficial, ele disponibiliza os últimos relatórios divulgados pelas organizações
que utilizam as Diretrizes da GRI (GRI, 2006a).
De posse da amostra, partiu-se então para o tratamento dos dados. O primeiro passo foi
classificar as respostas segundo a sua conformidade com o requerido pelos indicadores
ambientais essenciais da GRI. A classificação foi realizada nas categorias descritas no Quadro
2 e foram baseadas nos modelos de Dias (2006) e Carvalho (2007).
Quadro 2
Base para Classificação das Informações
APRESENTADOS
CATEGORIA
SIGLA
CLASSIFICAÇÃO
APL
ADERÊNCIA
PLENA
AP
ADERÊNCIA
PARCIAL
D
DÚBIO
I
INCONSISTENTE
DEFINIÇÃO
Quando todos os dados requeridos no protocolo
do indicador essencial da G3 foram devidamente
fornecidos pela organização.
Quando apenas parte dos dados requeridos no
protocolo do indicador essencial da G3 foram
apresentados pela organização.
Quando as informações fornecidas não são
suficientes para o usuário avaliar se a aderência é
plena ou parcial.
Quando as informações fornecidas pela
organização diferem daquelas requeridas no
protocolo do indicador essencial da G3.
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CATEGORIA
SIGLA
NÃO APRESENTADOS
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CLASSIFICAÇÃO
ND
NÃO DISPONÍVEL
NA
NÃO APLICÁVEL
OJ
OMITIDO COM
JUSTIFICATIVA
O
OMITIDO
DEFINIÇÃO
Quando a organização reconhece que a
informação requerida é pertinente às suas
atividades, porém esta ainda não tem condição de
fornecê-la.
Quando a organização reconhece que os dados
requeridos pelo indicador não são pertinentes às
suas atividades ou ao setor em que ela atua.
Quando a organização omite a informação
requerida pelo protocolo do indicador essencial
da G3, por sua decisão, porém apresentando uma
justificativa para tal omissão.
Quando nada é comentado sobre o indicador,
como se o mesmo não existisse.
Fontes: Dias (2006); Carvalho (2007)
Posteriormente à classificação das respostas, procedeu-se ao cálculo dos graus de
aderência plena (GAPIE) e de evidenciação efetiva (GEE). O objetivo do primeiro é verificar
o quanto que as empresas estão respeitando as determinações estabelecidas nas Diretrizes da
GRI. Já o segundo, possibilita a verificação do nível de informação que a empresa está
efetivamente oferecendo aos seus usuários em comparação a todo o potencial oferecido pela
GRI.
As fórmulas adotadas para os cálculos foram as seguintes:
GAPIE =
Total dos Indicadores com “APL” + Total dos Indicadores “OJ”
Total dos Indicadores Essenciais – Totais dos Indicadores “NA”
Fontes: Dias (2006); Carvalho (2007)
GEE =
Total dos Indicadores com “APL”
Total dos Indicadores Essenciais – Totais dos Indicadores “NA”
Fonte: Carvalho (2007)
Onde: APL = Aderência Plena; OL = Omitidos com Justificativa; e, NA = Não
Aplicáveis.
Lembrando que, no caso do GAPIE, o total de respostas omitidas com justificativa foram
somadas ao total de indicadores com aderência plena porque a GRI permite essa opção. Além
disso, o total de indicadores não aplicáveis foram subtraídos do total dos indicadores
essenciais para não prejudicar o resultado da empresa em função de um indicador que não se
aplica às suas atividades. Também não foram considerados nos cálculos aqueles indicadores
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classificados como com “aderência parcial”, uma vez que seria muito subjetivo indicar o
quanto da informação requerida foi realmente fornecido pela organização, e aqueles
classificados como “dúbios”ou “inconsistentes”, porque, no primeiro caso, não existe a
certeza se a informação requerida foi realmente fornecida e, no segundo caso, elas não foram
efetivamente apresentadas.
Para a classificação dos resultados em “alto”, “médio” ou “baixo”, tomou-se como base
os critérios referentes a apresentação dos indicadores, requeridos para a classificação nos três
Níveis de Aplicação sugeridos pela GRI (A, B e C). Desta forma, uma organização foi
classificada como com “alto “grau, se apresentou o seu resultado acima de 62%. Isso porque,
para ser classificada como nível de aplicação A, devem ser respondidos, de um total 79
indicadores, pelo menos os 49 indicadores essenciais, o que equivale a uma proporção de,
aproximadamente, 62%. Da mesma forma, considerando que uma empresa para ser
classificada como nível de aplicação B, deve responder a, pelo menos, 20 indicadores do total
de 79, o equivalente a, aproximadamente, 25%, a organização que apresentar um resultado
entre 25% e 62%, será classificada como de grau “médio”. Consequentemente, aquela que
exibir um resultado inferior a 25%, será classificada como de grau “baixo”.
4.
4.1
ANÁLISE DOS RESULTADOS
AES Eletropaulo
As informações referentes aos indicadores EN1 e EN2 não foram disponibilizadas pela
Companhia. Já os indicadores EN3, EN8, EN16, EN22, EN23 e EN26 foram classificados
como com aderência parcial. Essa classificação deu-se pelas seguintes razões:
EN3 – a discriminação da fonte de energia direta consumida foi feita somente para
o consumo de combustível veicular;
EN8 - o total de retirada de água fornecido não foi discriminado por fonte;
EN16 – o total de emissões de gases causadores do efeito estufa não foi
apresentado em toneladas equivalentes de CO2;
EN22 – somente a parte da referente ao gerenciamento de resíduos não-perigosos
foi informada;
EN23 – faltou a informação referente à localização do derramamento e o relato dos
seus impactos;
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EN26 – somente em um dos casos foi mencionado o relato quantitativo da
mitigação dos impactos ambientais.
Os indicadores EN4, EN11, EN12, EN19 e EN21 foram considerados inconsistentes
pelos seguintes motivos:
EN4 – o quadro de consumo de energia fornecido não explicita o consumo de
energia indireta;
EN11 e EN12 – a Companhia não fornece a informação solicitada, menciona
somente que não houve variação em relação ao ano de 2005;
EN19 – os gases apresentados são causadores do efeito estufa, conforme
determinado pela GRI, já apresentados no indicador EN16;
EN21 – a página analisada trata de gerenciamento de resíduos não-perigosos e não
de descarte de água por qualidade e destinação, como solicitado.
Os indicadores EN17 e EN20 foram omitidos com a justificativa de que “os dados
existentes de consumo de combustível não foram transformados em emissões porque a base
de dados para conversão não era adequada” (AES Eletropaulo, 2006, p.53).
Por fim, o indicador EN27 foi considerado pela Companhia como não aplicável e o
EN28 foi o único classificado como com aderência plena.
4.2
Ampla Energia e Serviços S.A. – AMPLA
Os indicadores EN1, EN2, EN3, EN8, EN20, EN21, EN23, EN26, EN27 e EN28
foram classificados como com aderência plena. Já a resposta do indicador EN4 não foi
disponibilizada pela Companhia.
O indicador EN11, por sua vez, foi considerado inconsistente. Essa classificação deuse porque o indicador solicita a localização e o tamanho das áreas possuídas, arrendadas ou
administradas, dentro de áreas com alto índice de biodiversidade e a Companhia
simplesmente mencionou essas áreas.
Já os indicadores EN12 e EN22 foram considerados como com aderência parcial. A
classificação deu-se pelos seguintes motivos: (a) EN12 – faltaram informações como, as
espécies afetadas, a extensão da área impactada, a duração do impacto e a reversibilidade ou
irreversibilidade desses impactos; e, (b) EN22 – parte da informação, como por exemplo, a
segregação entre resíduos perigosos e não-perigosos não foi apresentada.
Por fim, os indicadores EN16, EN17 e EN19 foram omitidos com a justificativa de
que as informações ainda não estão disponíveis porque a Companhia “iniciou seu processo de
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inventário em outubro de 2006, estabelecendo como escopo inicial a sua frota de veículos e a
energia por ela adquirida” (AMPLA, 2006, p. 143).
4.3
Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG
Os indicadores EN1, EN4, EN8, EN11, EN12, EN19, EN21, EN23, EN26, EN27 e
EN28 foram omitidos pela Companhia e, dos informados, o EN20 foi o único classificado
como com aderência plena.
EN2 e EN17, por sua vez, foram considerados inconsistentes. No primeiro caso, a
classificação deveu-se porque a Companhia apresenta a quantidade de material que foi
reciclado ou reutilizado e não o percentual de material usado proveniente de reciclagem,
como requerido pelo indicador. No caso do indicador EN17, a inconsistência deu-se porque
não houve a indicação das emissões indiretas de gases causadores de efeito estufa.
Já os indicadores EN3, EN16 e EN22 foram classificados como com aderência parcial,
devido aos seguintes fatores: (a) EN3 – o volume de consumo de gasolina, diesel e
combustível para aviação está somado em único item; (b) EN16 – o total de emissões não foi
segregado entre as diretas e as indiretas; e, (c) EN22 – os resíduos não foram segregados por
tipo.
4.4
Chilectra S.A.
Os indicadores EN1, EN3, EN11, EN12, EN16, EN19, EN20, EN21, EN23, e EN28
foram classificados como com aderência plena. Já os indicadores EN2, EN4 e EN27 foram
classificados como inconsistentes pelos seguintes motivos:
EN2 – a Companhia informa que realiza o tratamento do óleo retirado dos
transformadores para reutilização e não o percentual de material usado,
proveniente de reciclagem, conforme requer o indicador;
EN4 – não houve a informação referente ao total de energia indireta consumida,
conforme requerido pelo indicador;
EN27 – a Companhia menciona que recupera material, porém não informa o
percentual de produtos recuperados em relação ao total de produtos vendidos,
como requerido pelo indicador.
EN8, EN22 e EN26, por sua vez, foram considerados como com aderência parcial.
Essa classificação deveu-se às seguintes razões: (a) EN8 – o total de retirada de água não foi
aberto por fonte; (b) EN22 – faltaram algumas informações requeridas, como por exemplo, o
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peso total de resíduos não perigosos e sua segregação por método de disposição; e, (c) EN26
– em muitas das ações relatadas não foram realizados os relatos das quantificações da
mitigação dos impactos.
Por fim, o indicador EN17 foi omitido com a justificativa de que os únicos gases
causadores do efeito estufa são aqueles emitidos por veículos da empresa e de seus
colaboradores e que estes são dados que a Companhia ainda não possui (CHILECTRA,
2006).
4.5
Companhia Paranaense de Energia – COPEL
Os indicadores EN1, EN8, EN11, EN20 e EN26 foram classificados como com
aderência parcial, devido aos seguintes motivos:
EN1 – a Companhia só apresenta o consumo de papel e informa que está
remodelando o sistema para fornecer maiores informações a respeito dos demais
materiais usados;
EN8 – o volume de água consumida informado, não foi discriminado por fonte;
EN11 – não foram fornecidas informações como o valor de biodiversidade das
áreas;
EN20 – A Companhia só informou as emissões de uma das localidades. Além
disso, mencionou que ficou impossível calcular estimativas aceitáveis;
EN26 - não informou a quantificação da mitigação dos impactos de alguns
projetos que não têm a característica do longo prazo.
Já os indicadores EN2, EN4, EN19 e EN21 foram considerados inconsistentes, pelas
seguintes razões:
EN2 – a Companhia informa o material enviado para a reciclagem e não os
provenientes de reciclagem, que foram utilizados pela Companhia, como requer o
indicador;
EN4 - é informado o consumo de energia direta e não o de energia indireta, como
solicitado pelo indicador;
EN19 – foi informado que existem veículos que emitem o gás CFC, mas essa
emissão não foi quantificada;
EN21 - A página analisada trata dos projetos e programas e sua relação com os
princípios do pacto global e não do descarte total de água, como pede o indicador.
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Os indicadores EN3, EN12, EN16, EN17, EN22, EN23 e EN28, por sua vez, foram
classificados como com aderência plena, enquanto o indicador EN27 foi considerado como
não aplicável pela Companhia.
4.6
Empresa Nacional de Electricidad S.A. – ENDESA CHILE
Os indicadores EN1, EN12, EN16, EN20, EN23, EN27 e EN28 foram classificados
como com aderência plena. O indicador EN2 foi considerado, pela Companhia, como não
aplicável, enquanto o indicador EN4 foi, excepcionalmente, classificado como não aplicável
pela autora, uma vez que a empresa informa que, por ser uma geradora de energia, não possui
uma estimativa de consumo de energia indireta.
Já o indicador EN3 foi considerado dúbio, porque a informação encontra-se segregada,
não ficando claro o consumo total de energia direta por fonte.
Os indicadores EN8, EN17 e EN19 foram omitidos com justificativa. No primeiro
caso, a Companhia informa que não existem dados sistematizados para todas as fontes de
extração de água (ENDESA CHILE, 2006, p.109). No segundo caso, a ENDESA informa que
ainda não existe uma metodologia aceita para medir o metano que pode estar sendo gerado em
suas atividades. No caso do indicador EN19, a Companhia informa que a informação
requisitada pelo indicador não é um aspecto significativo em suas operações (ENDESA
CHILE, 2006, p.110).
O indicador EN11 foi classificado como inconsistente. Isso porque, a Companhia
fornece informações sobre os estudos que estão sendo realizados para a verificação da
existência de espécies afetadas e não a localização e do tamanho da área dentro ou próximo a
locais protegidos, como solicitado pelo indicador.
Por fim, os indicadores EN21, EN22 e EN26 foram considerados como com aderência
parcial, de acordo com os seguintes motivos: (a) EN21 – apesar de informado o volume de
água descartada, algumas informações como, a destinação, o método de tratamento ficaram
incompletas. Além disso, não ficou clara a utilização dos parâmetros padrão de efluentes
como demanda bioquímica de oxigênio (DBO), conforme sugerido no protocolo do indicador;
(b) EN22 - não foi informada a segregação por método de disposição; e, (c) EN26 – não foi
feito o relato quantitativo da mitigação do impacto, além disso, a descrição das iniciativas foi
genérica.
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4.7
Isagen S.A.
Os indicadores EN1, EN2, EN16, EN17, EN19, EN20, EN23, EN27 e EN28 foram
considerados como com aderência plena. Já o indicador EN3 foi considerado inconsistentes
porque a página analisada mostra o consumo de energia indireta e não o de energia direta,
como requer o indicador.
EN4, EN8, EN11, EN12, EN21, EN22 e EN26, por sua vez, foram classificados como
com aderência parcial, devido aos seguintes fatores:
EN4 – o consumo de energia indireta está segregado por região, porém não é
apresentada a segregação por fonte, além de não estar em joules;
EN8 – o total de retirada de água não foi segregado por fonte;
EN11 – faltaram informações, como por exemplo, o valor da biodiversidade.
Além disso o tamanho de cada área não foi discriminado, uma vez que só foi
informado o total das áreas;
EN12 – faltaram informações referentes às espécies afetadas, à extensão da área
impactada, à duração dos impactos e à reversibilidade ou irreversibilidade desses
impactos, como requer o protocolo do indicador;
EN21 – algumas informações como, o volume de água descartado por destinação,
o método de tratamento e a reutilização ou não por outra organização, não foram
fornecidas;
EN22 - não houve a segregação entre resíduos perigosos e não perigosos;
EN26 – faltou a informação referente à quantificação da mitigação dos impactos
ambientais, como sugere o indicador.
4.8
Red de Energía del Perú S.A. - REP
As informações referentes aos indicadores EN1, EN2, EN3, EN4, EN8, EN11, EN12,
EN16, EN17, EN19, EN20, EN21, EN23 e EN28 não foram disponibilizadas e os indicadores
EN26 e EN27 foram considerados não aplicáveis pela Companhia.
O único indicador informado, o EN22, foi classificado como com aderência parcial
porque os resíduos não foram separados por tipo (perigoso e não perigoso).
5.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após a análise individual dos GAPIEs e dos GEEs das empresas da amostra, com o
objetivo de realizar uma análise comparativa entre os comportamentos das empresas do
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mesmo setor econômico, foi elaborado um ranking dos totais do GAPIE (Quadro 3), onde os
resultados obtidos foram classificados na ordem decrescente.
Quadro 3
Ranking do Resultado do GAPIE
COMPANHIA
1°
2°
3°
4°
5°
6°
7°
8°
AMPLA
ENDESA
CHILECTRA
ISAGEN
COPEL
AES
CEMIG
REP
PAÍS
GAPIE
Brasil
Chile
Chile
Colômbia
Brasil
Brasil
Brasil
Peru
76%
67%
65%
53%
44%
19%
6%
0%
NÍVEL
DE
APLICAÇÃO
B
A+
A
NI
A
C
C
B
Fonte: os autores
Primeiramente, observou-se que, de acordo com a metodologia do presente estudo,
três empresas da amostra – AMPLA, ENDESA e CHILECTRA – apresentaram um alto grau
de aderência plena aos indicadores essenciais da GRI. Uma das explicações possíveis para
este resultado pode ser o fato de as três empresas fazerem parte do Grupo espanhol Endesa,
grupo que, desde inícios dos anos 2000, já se encontra engajado no tema da sustentabilidade.
Outro ponto interessante a ser destacado é o fato de que, entre a primeira colocada e a
última existe um distanciamento bastante significativo (76% e 0%), caracterizando que elas
encontram-se em estágios bem diferentes de aderência às Diretrizes da G3.
Em relação à classificação do nível de aplicação, observou-se que, apesar de duas
empresas nível A estarem entre as primeiras posições, todas elas têm percentuais inferiores
aos de uma empresa que se auto declarou nível B. Lembrando que, de acordo com a GRI
(2006b), para alcançar o nível A é necessário que todos os indicadores essenciais sejam
apresentados, ou, no máximo, omitidos com justificativa.
A primeira constatação em relação ao GEE (Quadro 4) é o fato de que metade das
empresas da amostra apresentou percentual diferente daquele observado no GAPIE, o que
significa que estas companhias realizaram omissões com justificativa. Com isso, houve uma
inversão nas colocações dos 2°, 3° e 4° colocados. Esse resultado sugere que, o fato de a GRI
permitir a validade de omissões com justificativa, pode alterar o entendimento do usuário
referente à qualidade dos relatórios disponibilizados pelas empresas.
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Um ponto interessante, ainda relacionado ao item anterior, é o fato de que todas as
companhias que apresentaram omissões com justificativa, omitiram o indicador EN17, que
requer emissões indiretas relevantes de gases de efeito estufa, sendo a indisponibilidade de
metodologia para medição a maior justificativa.
Quadro 4
Ranking do Resultado do GEE
COMPANHIA
1°
2°
3°
4°
5°
6°
7°
8°
AMPLA
CHILECTRA
ISAGEN
ENDESA
COPEL
AES
CEMIG
REP
PAÍS
GEE
Brasil
Chile
Colômbia
Chile
Brasil
Brasil
Brasil
Peru
59%
59%
53%
47%
44%
6%
6%
0%
NÍVEL
DE
APLICAÇÃO
B
A
NI
A+
A
C
C
B
Fonte: os autores
Posteriormente, verificou-se que, diferentemente do GAPIE, nenhuma das empresas
da amostra expressou um alto grau de evidenciação efetiva dos indicadores essenciais
ambientais da GRI. Nem mesmo aquelas que foram classificadas com o nível de aplicação A.
Os resultados deste estudo sugerem que, o fato de as empresas fazerem parte de um
mesmo setor econômico, teoricamente com o mesmo grau de complexidade, não faz com que
elas estejam em um nível semelhante de aderência às Diretrizes da GRI.
Diante dos resultados apresentados, observa-se que, apesar do esforço da GRI em
desenvolver um modelo de qualidade, mais consistente e completo de relatório de
sustentabilidade, a sua aplicabilidade, em empresas sul americanas de energia elétrica, ainda
precisa evoluir bastante para que os diversos usuários possam ter acesso ao real nível de
responsabilidade ambiental das organizações.
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INDICADORES AMBIENTAIS ESSENCIAIS: UMA ANÁLISE DA SUA