MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE COORDENAÇÃO GERAL DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE AMBIENTAL MODELO DE ATUAÇÃO VIGILÂNCIA EM SAÚDE AMBIENTAL RELACIONADA À EXPOSIÇÃO HUMANA AOS ACIDENTES COM PRODUTOS PERIGOSOS Maio 2008 Brasília – DF SUMÁRIO 1. Introdução......................................................................................................................3 2. Princípios e Diretrizes....................................................................................................3 3. Arcabouço legal e normativo.........................................................................................4 4. Marco Conceitual...........................................................................................................6 5. Objetivos e Eixos de atuação........................................................................................7 6. Campo de Atuação........................................................................................................8 7. Forma de Atuação.........................................................................................................8 8. Operacionalização.......................................................................................................10 9. Competências..............................................................................................................13 10. Anexos........................................................................................................................16 11. Referências.................................................................................................................23 2 1 Introdução O presente documento apresenta a proposta de modelo de atuação para a vigilância em saúde ambiental relacionada aos acidentes com produtos perigosos. Objetiva oferecer aos profissionais do Sistema Único de Saúde, notadamente aqueles diretamente envolvidos nas atividades de Vigilância em Saúde Ambiental, um direcionamento para a estruturação da área nos níveis federal, estaduais e municipais nas ações relativas a gestão integral de ameaças, exposições, vulnerabilidades e recursos. 2 Princípios e Diretrizes A universalidade contempla todos os grupos populacionais expostos, tanto ocupacionalmente, independentemente de sua forma de inserção no mercado de trabalho, como ambientalmente, em assentamentos humanos legalizados ou não. A integralidade contempla todas as fases do processo produtivo envolvendo substâncias perigosas, ou seja extração, transferência, transporte, produção, armazenamento, distribuição, fracionamento, comercialização, utilização e disposição final. Além disso engloba diferentes aspectos, como a identificação de fontes de riscos de acidentes, o monitoramento das populações expostas, o acompanhamento das ações de prevenção, preparação, resposta, a elaboração e implementação de protocolos de atenção e vigilância em saude e também a formulação de estratégias de controle. Os trabalhadores e a população em geral têm o direito à informação sobre as fontes de potenciais riscos de acidentes, os resultados do monitoramento da saúde dos expostos, ressaltando-se a garantia da confidencialidade dos dados de saúde individuais, as ações de prevenção, preparação, resposta previstas e adotadas, e as estratégias de controle. A epidemiologia é uma ferramenta a ser utilizada para conhecer os fatores de risco, bem como a relação entre a exposição a um ou mais produtos perigosos e efeitos adversos à saúde da população. Outra ferramenta importante para o desenvolvimento da Vigilância Ambiental em Saúde relacionada aos Acidentes com Produtos Perigosos é a avaliação de riscos, que propicia dimensionar os riscos associados à exposição humana aos produtos perigosos. A participação da comunidade e dos trabalhadores deve se dar em todas as etapas do processo de vigilância, o que possibilita o compartilhamento de conhecimentos ao longo do processo. As ações da Vigilância Ambiental em Saúde relacionada aos Acidentes com Produtos Perigosos integram-se àquelas desenvolvidas pelos diversos órgãos governamentais e não governamentais com atuação na prevenção, preparação, resposta, mitigação e controle. A descentralização político-administrativa, ou a gestão político-administrativa descentralizada, compreende o envolvimento e a participação das instituições regionais e locais responsáveis pelas ações de prevenção, preparação, resposta, mitigação e controle. 3 No que diz respeito à organização dos serviços públicos, a Vigilância Ambiental em Saúde relacionada aos Acidentes com Produtos Perigosos exige abordagem intra e intersetorial, envolvendo instituições que diferem em competências, jurisdição, forma de organização, atribuição legal e métodos de coleta de dados, visando maior abrangência e melhor atuação da vigilância, bem como evitar a duplicidade de ações e meios. A eqüidade está relacionada ao estabelecimento de mecanismos e definição de critérios para a adoção de medidas de proteção, controle e prevenção de riscos aos grupos populacionais mais expostos. 3. Arcabouço legal e normativo a) Saúde Constituição Federal: Destaca-se particularmente, o Título VIII (Da Ordem Social), especificamente a seção I (Da Saúde), artigo 205, em que se lê “Ao Sistema Único de Saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, inclusive o do trabalho.” Lei nº 8.080/90, em seus artigos 6º e 17, repetiu a mesma determinação, incluindo no campo de atividade do SUS a colaboração na proteção e recuperação do meio ambiente, em defesa da saúde. Portaria MS nº 1.399/1999 estabeleceu a competência da FUNASA na Gestão do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica e Ambiental em Saúde, regulamentando a NOB SUS 01/96 no que se refere a competência de estados, municípios e Distrito Federal. Decreto Federal nº 3.450, de 10 de maio de 2000, aprova o regimento interno da FUNASA, regulamentado na Portaria nº 410, de 10 de agosto de 2000 que define a gestão do Sistema Nacional de Vigilância Ambiental em Saúde e a criação da Coordenação de Vigilância Ambiental em Saúde (CGVAM). Instrução Normativa nº 01, da FUNASA, de 25 de setembro de 2001, regulamenta a Portaria nº 1.399/1999, no que se refere às competências da União, estados, municípios e Distrito Federal, na área de Vigilância Ambiental em Saúde, estabelecendo o Sistema Nacional de Vigilância Ambiental. Portaria 372, de 10 de março de 2005, que Constitui Comissão referente ao atendimento emergencial aos estados e municípios acometidos por desastres naturais e/ou antropogênicos. Portaria Ministerial Nº 5, de 21 de fevereiro de 2006 que institui a lista nacional de doenças e agravos de notificação compulsória e agravos inusitados, caracterizados como a ocorrência de casos ou óbitos de origem desconhecida ou alteração de padrão epidemiológico de doença conhecida 4 b) Planos de Prevenção, Preparação e Resposta O Decreto n 5.098 de 03 de junho de 2004, sobre o Plano Nacional de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Emergências Ambientais com produtos químicos perigosos – P2R2. c) Convenções Decreto 2.657/98, Promulga a Convenção nº 170 da OIT, relativa à Segurança na Utilização de Produtos Químicos no Trabalho. Decreto 4.085/02, Prevenção de Acidentes Industriais Maiores, Convenção nº 174 da OIT e a Recomendação nº 181. d) Meio ambiente Lei 6.938/81, Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Lei 9.605/98, Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Resolução CONAMA 237/97, Regulamenta os aspectos de licenciamento ambiental estabelecidos na Política Nacional do Meio Ambiente. e) Transporte Decreto 96.044/88, Aprova o Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos e dá outras providências. Decreto 2.521/98, Dispõe sobre a exploração, mediante permissão e autorização, de serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros e dá outras providências. Decreto 88.821, Aprova o Regulamento para a execução do serviço de transporte rodoviário de cargas ou produtos perigosos, e dá outras providências. Decreto 98.973, Regulamenta o Transporte Ferroviário de Produtos Perigosos e dá outras providências. f) Comunicação de acidentes Resolução 1.431, de 26 de abril de 2006, Estabelece procedimentos para a comunicação de acidentes ferroviários a Agencia Nacional de Transportes Terrestres – ANTT. Resolução CONAMA nº. 001 – a, Comunicação prévia aos órgãos estaduais de meio ambiente pelo transportador de produtos perigosos sobre a rota de transporte dos produtos perigosos para que os órgão ambientais, em conjunto com os de trânsito, definam os cuidados especiais a serem adotados.. 5 4. Marco Conceitual A Vigilância em Saúde Ambiental é definida como o conjunto de ações que proporcionam o conhecimento e a detecção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana e tem como finalidade identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de riscos ambientais relacionados às doenças ou outros agravos à saúde. A Coordenação Geral de Vigilância Ambiental em Saúde (CGVAM), por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde (MS), institui o Sistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental – SINVSA. Esse Sistema tem como objetivo geral a identificação, a prevenção e o controle dos fatores de risco de doenças e agravos à saúde decorrente do meio ambiente e de atividades produtivas. A implantação do SINVSA significa um avanço fundamental nas ações de promoção e proteção à saúde da população brasileira, que por meio do monitoramento e do controle de uma variedade de problemas decorrentes do desequilíbrio do meio ambiente, visa eliminar ou reduzir a exposição humana a fatores ambientais prejudiciais à saúde, em especial os acidentes envolvendo produtos perigosos. Para fins deste documento, define-se como produto perigoso toda substância ou mistura de substâncias que, em razão de suas propriedades químicas, físicas, biológicas ou toxicológicas, isoladas ou combinadas, constitui um perigo à saúde humana e ao meio ambiente. Os acidentes com produtos perigosos são definidos como eventos agudos, tais como explosões, incêndios, vazamentos ou emissões de produtos perigosos, individualmente ou combinados, envolvendo uma ou mais substâncias perigosas com potencial de causar danos ao patrimônio, ao meio ambiente e à saúde dos seres humanos, em curto ou longo prazos. Ameaça pode ser caracterizada como a atividade ou evento adverso potencialmente provocador de desastre. Prenúncio ou indício de um evento desastroso. Conceitos de Vulnerabilidade: 1. Condição intrínseca ao corpo ou sistema receptor que, em interação com a magnitude do evento ou acidente, caracteriza os efeitos adversos, medidos em termos de intensidade dos danos prováveis. 2. Relação existente entre a magnitude da ameaça, caso ela se concretize, e a intensidade do dano conseqüente. 3. Probabilidade de uma determinada comunidade ou área geográfica ser afetada por uma ameaça ou risco potencial de acidente/desastre, estabelecida a partir de estudos técnicos. 4. Corresponde ao nível de insegurança intrínseca de um cenário de desastre a um evento adverso determinado. Recursos são meios de que se lança mão para alcançar um fim. Insumos ou materiais que seja necessário a um processo. Bens existentes que o Homem utiliza em seu proveito, em diversas atividades. Podem ser classificados em humanos, naturais, financeiros, políticos e outros. 6 5. Objetivos e Eixos de atuação Objetivos A Vigilância Ambiental em Saúde relacionada aos acidentes com produtos perigosos – VIGIAPP envolve um conjunto de ações com os seguintes objetivos: OBJETIVO GERAL Implementar A Vigilância Ambiental em Saúde relacionada aos acidentes envolvendo produtos perigosos – VIGIAPP OBJETIVOS ESPECIFICOS a) “Identificar, caracterizar e mapear riscos, ameaças, vulnerabilidades e recursos”; b) “Realizar a Vigilância da exposição” por meio da classificação e priorização das ameaças ou fatores de risco sob o ponto de vista de exposição humana; c) “Realizar a Vigilância dos efeitos” investigação da ocorrência de agravos à saúde humana desde a notificação dos acidentes/emergências/desastres e o acompanhamento, em curto e longo prazos, das populações expostas ou sob risco de exposição nas atividades de extração, transporte, produção, armazenamento,fracionamento, uso e destinação final dos produtos perigosos. Eixos de atuação A atuação Vigilância Ambiental em Saúde relacionada aos acidentes envolvendo produtos perigosos – VIGIAPP se dá, prioritariamente nos seguintes eixos; Normalização acerca do tema acidentes com produtos perigosos e saúde Estruturação de sistema integrados de informações. Apoio e promoção da capacitação de profissionais relacionados com o tema; 7 Assessoramento técnico às Unidades da Federação e aos municípios para o pleno desenvolvimento e estruturação da vigilância em saúde ambiental relacionada a acidentes envolvendo produtos perigosos; Promoção e apoio à aproximação e à articulação entre os diferentes níveis e setores de governo. Apoio e promoção à cooperação técnica internacional. Elaboração e monitoramento dos indicadores das ações de vigilância em Saúde Ambiental. Incentivo à participação da sociedade em programas federais, estaduais e municipais de vigilância, proteção e atenção á saúde frente às ameaças envolvendo produtos perigosos em especial os trabalhadores e suas representações; Indução e apoio à pesquisas científicas, tecnológicas e epidemiológicas. Proposição de mecanismos de intervenção dentro e fora do setor saúde. Indução e apoio à rede laboratorial de atenção integral à saude Fornecimento de subsídios aos processos de tomada de decisão quando da elaboração de políticas públicas. 6. Campo de Atuação O campo de atuação da VIGIAPP compreende as atividades de: a) Extração – são aquelas relacionadas com a exploração de minerais, seja subterrânea, a céu aberto ou em poços. b) Produção – são aquelas relacionadas com as transformações químicas e físicas necessárias para a obtenção de produtos manufaturados. c) Armazenamento – significa a retenção de uma quantidade de produtos perigosos em uma instalação fixa, em depósitos, reservatórios superficiais ou subterrâneos, ou seja unidades dentro das quais produtos perigosos são produzidos, utilizados, manuseados ou armazenados. d) Transferência – condução de produtos perigosos por dutos e/ou tubulações entre instalações fixas de extração, produção e armazenamento e unidades de distribuição e comercialização. e) Transporte – atividade logística referente à movimentação de produtos perigosos por aeronaves, embarcações e veículos rodoviários ou ferroviários. 8 f) Fracionamento – Atividade de re-envasamento de produtos originariamente em embalagens maiores à embalagens de menor conteúdo. g) Utilização – Efetivo uso dos produtos perigosos de forma direta ou indireta. h) Destinação Final – conjunto de unidades, processos e procedimentos que visam à destinação ambientalmente adequada de resíduos e embalagens. 7. Forma de Atuação A atuação da VIGIAPP obedecerá as seguintes diretrizes: Planejamento – Execução – Avaliação e Retroalimentação Mapeamento das potenciais fontes de exposição humana relacionadas a produtos perigosos e dos recursos para atuação; Obtenção de dados sobre populações expostas ou sob risco de exposição para a comunicação de riscos, apontado temas para estudos, pesquisas e capacitações e para subsidiar o processo de avaliação de riscos e tomada de decisão por parte de gestores públicos; Levantamento de dados para a efetiva preparação dos setores para atuação nas emergências; Capacitação dos diferentes atores envolvidos em especial na área da saúde. Confecção de protocolos de atenção e vigilância à saúde de expostos. Elaboração de mapas de riscos. Avaliação das ações e retroalimentação do planejamento. A) ESTRUTURAÇÂO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÕES Estruturar sistemas de informações sobre riscos, ameaças, vulnerabilidades e recursos e sobre notificações de acidentes com produtos perigosos. Mapeamento de riscos, ameaças, vulnerabilidades e recursos; A diretriz da Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental é que a aquisição de pontos georreferenciados obedeça as seguintes diretrizes: * As coordenadas geográficas, latitude e longitude, devem ser obtidas em graus decimais e será utilizada a projeção SAD 69; * O aplicativo para visualização de dados geográficos com recursos de consulta e análise será o Terraview, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e disponível ao: http://www.dpi.inpe.br/terraview/index.php 9 Notificação de eventos; A notificação do evento será realizada utilizando formulário padronizado e deverá ser realizada análise sobre a capacidade de resposta do nível local, a partir dos dados previamente mapeados quando da ação de caracterização das ameaças, vulnerabilidades e recursos existentes e necessários para atuação emergencial. Os critérios a seguir devem ser considerados isoladamente ou em conjunto para a caracterização do evento como emergência epidemiológica de relevância nacional, no âmbito da vigilância em saúde ambiental relacionada aos acidentes com produtos perigosos: Para efeito deste documento, entende-se como: a) Evento adverso de significância quantitativa: Quando os efeitos adversos do evento atingir uma massa populacional que extrapole a capacidade de reposta da UF envolvida. b) Evento adverso de significância qualitativa: Quando os efeitos adversos do evento atingir grupos especiais, tais como: Populações indígenas, quilombolas, crianças, idosos, trabalhadores, estabelecimentos de ensino e instalações de saúde. Serão considerados como eventos de emergência epidemiológica de relevância nacional: a) Eventos que atinjam ou tenham a possibilidade de atingir um grupo humano quantitativa ou qualitativamente significante ou que atinjam mais de uma Unidade da Federação ou que ainda ocorram em área fronteiriça atingindo País vizinho; b) Eventos que atinjam mananciais (superficiais e/ou subterrâneos) e comprometam a qualidade de solos, ar ou água destinada a consumo humano em áreas populacionais de significância qualitativa e quantitativa. c) Eventos envolvendo substancias da Classe de Risco 7 (Materiais Radioativos) da classificação da ONU, serão sempre considerados como sendo de relevância nacional, frente a sua natureza de especial raridade e gravidade. d) Eventos envolvendo armas químicas serão considerados como sendo de relevância nacional, frente a sua natureza de especial raridade e gravidade. e) Eventos decorrentes da disposição inadequada de resíduos em áreas populacionais de significância qualitativa e quantitativa. f) Eventos com pelo menos 1 (um) óbito diretamente relacionado a exposição à produtos perigosos. 10 B) ELABORAÇÃO DE PLANOS DE PREVENÇÃO, PREPARAÇÃO E RESPOSTA INTEGRADOS E, EM ESPECIAL, PARA O SETOR SAÚDE. Os planos de prevenção, preparação e resposta seguirão as diretrizes do Sistema Único de Saúde e deverão estar articulados com os demais planos elaborados no âmbito do Sistema Nacional de Defesa Civil e do Plano Nacional de Prevenção Preparação e Resposta Rápida às Emergências ambientais com Produtos Perigosos – P2R2. Operacionalização A efetiva implementação do programa depende da capacidade de se garantir sua consolidação política, como sendo a garantia de execução do programa dentro do SUS. Dessa forma, as seguintes implementação do Programa: estratégias devem ser adotadas para a a) Existência de estrutura organizacional para viabilizar a execução da Vigilância em Saúde Ambiental relacionada a exposição humana nos acidentes envolvendo produtos perigosos nas diferentes esferas de governo; b) Definição de programas estaduais e municipais em consonância com o Programa nacional e atendendo às especificidades locais; c) Criação ou inserção em grupo técnico intra e intersetorial ou comissões estaduais que envolvam saúde, trabalho, polícias, corpo de bombeiros, órgão estadual de meio ambiente, defesa civil. Etapas da operacionalização Reunir grupo intra e inter-institucional com os seguintes objetivos: a) Obter dados disponíveis nos sistemas de informação das instituições envolvidas, incluindo as ameaças, os recursos e a localização dos mesmos. b) Definir os órgãos e as respectivas atribuições para o pleno desenvolvimento das atividades de prevenção, preparação e resposta nos acidentes com produtos perigosos incluída a capacitação de recursos humanos. c) Produzir dados relevantes e que não estejam disponíveis, apartir do mapeamento de ameaças – áreas industriais, empresas transportadoras, corredores logísticos, vulnerabilidades (fontes de abastecimento de água destinado a consumo humano) e recursos (SAMU, hospitais, meio ambiente, defesa civil) para atuação em casos de emergências/desastres relacionados a produtos perigosos. d) Elaborar mapa de exposições, instrumental tecnológico que permite inserir camadas de dados em programas e sistemas informação geográfica (SIG) objetivando realizar análises territoriais e espaciais a partir da distribuição geográfica dos produtos perigosos, suas rotas preferenciais de transporte, locais de armazenagem e utilização, identificando as populações sob ameaça ou mesmo expostas a tais agentes. 11 Estratégias para operacionalização Fase 1: Planejamento Fase onde será estabelecida a equipe de trabalho, a elaboração de cronograma do plano de trabalho e identificação dos recursos necessários (financeiros, humanos, tecnológicos e de logística). Inventário de recursos disponíveis e necessários: a) Identificar as interfaces entre as diferentes vigilâncias (ambiental, sanitária, epidemiológica e saúde do trabalhador), Centro de Informações toxicológicas, Assistência à saúde (SAMU, Prontos socorros, hospitais para queimados e intoxicados, Unidades de atendimento) e demais órgãos (Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, órgãos ambientais, recursos hídricos, policia rodoviária, concessionária de vias fluvial, férrea e terrestre). b) Caracterizar equipamentos necessários e disponíveis, incluíndo: GPS, computadores, câmeras fotográficas, veículos, equipamentos de proteção individual respiratória e dermal, antídotos, barreiras de contenção e outros insumos para atuação; c) Realizar o cadastro de atividades potencialmente poluidoras e rotas de transporte; d) Obter bases cartográficas digitais de referência e complementares; e) Realizar as capacitações necessárias; Fase 2: Execução do planejamento – Preparação para ação Conjunto de tarefas para operacionalização do plano. a) Realizar oficinas e reuniões para institucionalizar as atribuições e elaborar plano operativo; b) Obtenção dos dados disponíveis à Vigilância em saúde (georreferenciamento das captações de água, unidades de saude e outros), corpo de bombeiros (viaturas, pessoal, equipamentos), SAMU (profissionais, ambulâncias,equipamentos), Pronto socorros e unidades de saúde (leitos, médicos, enfermeiros), órgão ambiental (empreendimentos potencialmente poluidores e licenciados), Policias (localização, disponibilidade de pessoal, equipamentos, Defesa Civil, e outros. c) Confecção/Elaboração de mapas das ameaças e exposições humanas; Produtos esperados 12 a) Planos de prevenção, preparação e resposta e protocolos de atendimento e acompanhamento da saúde de expostos.Identificar e georreferenciar as ameaças e fontes de risco a saúde humana relacionadas a produtos perigosos (sistema retalhista de combustíveis, indústrias, rotas de transporte, outros) elaborados. b) Unidades de fiscalização e de primeira resposta (Unidades da Segurança Pública) mapeadas e georreferenciadas; c) Unidades de atendimento às populações (Vigilância e Assistência à saúde e Programa de Saúde da Família, Laboratórios) mapeadas e georreferenciadas; d) Mapa elaborado a partir dos dados obtidos. Fase 3 – Atuação nos acidentes com produtos perigosos a) Participação na equipe de resposta/atendimento ao acidente ou Comitê de avaliação/investigação das emergências. b) Mobilização dos recursos em tempo que minimize a exposição humana aos produtos perigosos; c) Proteção à saúde das equipes de resposta envolvidas; d) Vigilância do comprometimento da qualidade do ar,solos e dos reservatórios e corpos hídricos destinados ao consumo humano; e) Notificação do evento ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde - CIEVS/URR e ao P2R2; f) Inserção da área contaminada no SISSOLO – Sistema de Informações de vigilância em saúde de populações expostas a solos contaminados; g) Realização de inquéritos de morbidade na população atingida e execução dos protocolos de acompanhamento da saude de expostos. Fase 4: Avaliação e retroalimentação Analise participativa dos acidentes Regulação ou normalização, em caso de necessidade Disseminação das informações a partir da analise das lições aprendidas Adequação do planejamento e das ações em função da avaliação realizada 9. Competências São competências do Sistema Único de Saúde – SUS: 13 1. Implantar e supervisionar ações de saúde pública relacionadas à (ao): 1.1 Assistência farmacêutica e hospitalar; 1.2 Promoção e a implantação de atendimento pré-hospitalar e de unidades de emergência. 1.3 Controle de qualidade da água e dos alimentos e a promoção da saúde em circunstâncias de emergência e desastre. 1.4 Elaboração de planos de mobilização e de segurança dos hospitais em conjunto com as Secretarias Municipais de Saúde. 2 Disponibilizar a estrutura hospitalar, recursos humanos, material e equipamentos existente nas instituições para o atendimento aos acidentes envolvendo produtos perigosos e, caso a rede pública de saúde não dispor de recursos hospitalares suficientes, a SES deverá providenciar junto à rede privada os recursos necessários para o pleno atendimento da população. 3 Difundir, em nível comunitário, técnicas de reanimação cardiorrespiratória e primeiros socorros. 4 Estruturar e fortalecer o Centro de Informações e Assistência Toxicológica para apoio ao tratamento de intoxicados. 5 Acionar os demais atores envolvidos sempre que tomar conhecimento de alguma ocorrência envolvendo Produtos Perigosos. 6 Apoiar a estruturação do sistema de gestão integral de riscos, incluídos os sistemas de informações que possibilitem a identificação de populações expostas e sob risco de exposição a produtos perigosos, as necessidades do setor saúde para eficiente assistência e prevenção, e a prática da vigilância a partir da elaboração de mapas de ameaças, exposições, vulnerabilidades e recursos. 7 Fomentar, Propor e executar programas de educação continuada e permanente para o efetivo desenvolvimento de recursos humanos em especial para realização das ações de prevenção, preparação e resposta aos acidentes com produtos perigosos, promovendo o intercâmbio técnico e a realização exercícios de simulação de acidentes. 14 9.1 Compete à Vigilância em Saúde Ambiental relacionada à Vigilância em Saúde Ambiental relacionada à exposição humana aos acidentes com produtos perigosos, no Âmbito Federal: a) Formular e participar da formulação de políticas e normas que propiciem a redução das ameaças à saúde humana decorrentes das exposições a produtos perigosos e da elaboração de planos de ação de emergência e ajuda mutua que objetivem preparar o setor saúde para atuação em emergências e desastres relacionados a acidentes com produtos perigosos; b) Estimular o fortalecimento de alianças estratégicas para a efetiva participação da sociedade, em especial os trabalhadores e suas representações visando qualificar a atuação nas ações de prevenção, preparação e resposta incluindo o mapeamento contínuo de ameaças, vulnerabilidades e recursos objetivando a Gestão Integral de Riscos tanto no âmbito do Sistema Único de Saúde quanto do Sistema Nacional de Defesa civil, propondo mecanismos de intervenção; c) Assessorar tecnicamente as Unidades da Federação e os municípios para as ações de caracterização de ameaças, vulnerabilidades e recursos, confecção de mapas e aperfeiçoamento de planos operacionais e emergenciais; d) Definir, normalizar e coordenar o sistema de informações sobre exposição humana nos acidentes com produtos perigosos no âmbito da vigilância em saúde ambiental, em consonância com os princípios e diretrizes do SUS; e) Coordenar e supervisionar as ações de vigilância em saúde ambiental relacionada aos acidentes com produtos perigosos, incluídas as atividades relativas à informação e comunicação de risco;. f) Capacitar e promover a capacitação dos profissionais das vigilâncias em saúde para a plena realização das ações de vigilância em saúde ambiental; g) Executar ações de vigilância em saúde ambiental, em caráter excepcional, de forma complementar a atuação das Unidades da Federação nas circunstâncias especiais de risco à saúde que superem a capacidade de resposta do nível local ou as quando envolvam mais de uma unidade da federação ou ainda um país que o Brasil mantenha fronteiras; h) Apoiar, fomentar e promover a cooperação técnica internacional na área de vigilância em saúde ambiental relacionadas aos acidentes com produtos perigosos. 15 9.2 Compete à Vigilância em Saúde Ambiental relacionada à Vigilância em Saúde Ambiental relacionada à exposição humana nos acidentes com produtos perigosos no Âmbito Estadual; a) Propor a criação e participar de comitê técnico/comissão intra e intersetorial para a efetiva estruturação e o fortalecimento das ações da vigilância em saúde ambiental relacionada à exposição humana nos acidentes com produtos perigosos incluindo a elaboração de normas; b) Assessorar os municípios e proporcionar condições para a implementação e fortalecimento da gestão integral das ações de vigilância em saúde ambiental em especial, a caracterização das ameaças, vulnerabilidades e recursos, populações expostas e sob risco de exposição além de promover o processo de avaliação de danos e necessidades em saúde em situação de emergências e desastres produzidos por produtos perigosos; c) Participar, em conjunto com as demais áreas da Secretaria Estadual de Saúde na consolidação de mapas de exposição, ameaças e recursos para a redução das vulnerabilidades locais. d) Coordenar, supervisionar e executar de forma complementar as ações de vigilância em saúde ambiental com ênfase nas circunstâncias as quais exijam simultaneidade de ação em mais de um município ou ainda naquelas onde seja superada a capacidade de resposta do nível municipal; e) Realizar a gestão dos sistemas de informações da vigilância em saúde ambiental relacionada à exposição humana aos acidentes com produtos perigosos; f) Coordenar e executar as atividades relativas à comunicação de riscos à saúde em consonância com os demais atores envolvidos; g) Fomentar, propor e executar programas de educação continuada e permanente para o efetivo desenvolvimento de recursos humanos em vigilância ambiental em especial para as ações de prevenção, preparação, resposta nos acidentes com produtos perigosos; 16 9.3 Compete à Vigilância em Saúde Ambiental relacionada à Vigilância em Saúde Ambiental relacionada aos à exposição humana aos acidentes com produtos perigosos no Âmbito Municipal a) Criar e participar do comitê técnico intra e intersetorial de estruturação da Vigilância em saúde ambiental e elaboração de normas que objetivem a redução de ameaças e vulnerabilidades no âmbito do município; b) Executar as ações de vigilância em saúde ambiental relacionada aos acidentes com produtos perigosos, incluída a caracterização de ameaças, vulnerabilidades e recursos locais para atuação em ações emergenciais. c) Identificação de populações expostas e sob risco de exposição; d) Avaliação de danos e a identificação das necessidades em saúde para efetiva resposta aos eventos adversos. e) Confecção de mapas de ameaças, vulnerabilidades e recursos. f) Elaboração de planos de ação de emergência,em conjunto com os demais atores locais envolvidos com o apoio da vigilância em saúde ambiental estadual e também do Ministério da Saúde; g) Realizar análises locais e difundir resultados; h) Fomentar, propor e executar programas de capacitação comunitária. i) Propor normas e mecanismos de vigilância e controle a outras instituições, com atuação no meio ambiente, saneamento e saúde, em aspectos de interesse à vigilância em saúde ambiental; 17 10 Anexos: Ementa básica de capacitação presencial VIGIAPP Apresentações teóricas: Módulo básico de Vigilância em Saúde Ambiental – 8 horas Conceitos em vigilância em saúde ambiental e classificações dos produtos perigosos. Fontes antropogênicas para o ambiente. Classificação dos Produtos Perigosos segundo a ONU. Potencial carcinogênico e rotas de exposição: água, ar, solo, alimentos, biota. Absorção, dose letal, toxicidade, bioacumulacao, prognóstico e laboratório. Toxicologia: Distribuição tecidual, toxicocinética e toxicodinâmica. Manifestações clínicas e neuropatias tóxicas Diagnostico bioquímico, neurofisiológico e neuropatológico. Reconhecimento do paciente intoxicado crônico. Biomarcadores e Indicadores de risco. Notificação de eventos, de intoxicações e protocolos de monitoramento/acompanhamento de expostos. Procedimentos para atendimento a acidentes com produtos perigosos - 4 horas Seqüência técnica metodológica Como organizar uma unidade de atendimento às emergências com produtos químicos – em nível municipal e em nível estadual. 18 Atividades de prevenção, preparação e resposta em emergências/desastres com produtos perigosos em modais de transporte – 4 horas. Aéreo, Marítimo, Fluvial, Ferroviário, Rodoviário e Gasodutos e poluição causada por resíduos sólidos e/ou efluentes da atividade industrial. Prevenção, Controle e Remediação de vazamento em Postos e Sistemas Retalhistas de Combustíveis. Sistemas integrados de informações - 4 horas Utilização de manuais e bases de dados. Organização dos serviços - 4 horas Organização dos serviços de saúde para atenção Pré-hospitalar e tratamento médico de vítimas intoxicadas. Técnicas e Equipamentos para a Detecção e Identificação de Substâncias ou Produtos Químicos. Equipamento de Proteção Individual – EPI. Uso adequado de máscaras e outros equipamentos. Métodos de descontaminação, Atendimento às vitimas intoxicadas e contaminadas.Antídotos. Atividades Práticas: 20 horas Simulado teórico e prático sobre atendimento a uma situação de emergência causada por produtos perigosos. 4 horas Visita a uma área de risco de desastre com produtos químicos, com avaliação dos pontos vulneráveis. 4 horas Atividade utilizando GPS para georreferenciamento de ameaças e elaboração de mapas. 4 horas Preenchimento de relatório sobre acidente e notificação de intoxicações exógenas. 4 horas Elaboração e análise de mapas. 4 horas 19 MÓDULO: MAPEAMENTO VULNERABILIDADES DE AMEAÇAS, RECURSOS E Os dados de entrada para o MAPEAMENTO DE AMEAÇAS, RECURSOS E VULNERABILIDADES devem ser apresentados em planilha com extensão “.XLS” (Ex: documento do Excel) Os dados de entrada para o modelo matemático descrevem os atributos relativos às ameaças (indústrias, parques industriais, pólos petroquímicos, frigoríficos, curtumes etc) bem como os recursos para atuação em emergências (Hospitais Gerais, Unidades da Saúde da Família, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU, e outros) problema. Devem ser obtidos minimamente os seguintes dados, conforme manual de preenchimento abaixo: Campo 1 – DATA DA COLETA Informar a data da coleta das informações. Campo 2 – UNIDADE DA FEDERAÇÃO Informar a Unidade da Federação/Estado brasileiro em questão Campo 3 – MUNICIPIO Informar o município em questão Campo 4 – TIPOLOGIA Informar o tipo do estabelecimento em questão Campo 5 – Latitude (EM GRAUS DECIMAIS) Informar a leitura da latitude do GPS em graus decimais Campo 6 – Longitude (EM GRAUS DECIMAIS) Informar a leitura da longitude do GPS em graus decimais Campo 7 – ENDEREÇO Informar o endereço do estabelecimento em questão Campo 8 – DESCRICAO DAS AMEAÇAS OU RECURSOS Informar os produtos perigosos que se encontram no local ou os recursos humanos, equipamento e outros disponíveis para atuação emergencial. 20 MÓDULO: NOTIFICAÇÃO DE ACIDENTES MANUAL PARA PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO DE NOTIFICAÇÃO DE SURTOS E EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA CASOS DE ACIDENTE COM PRODUTOS PERIGOSOS Grupo DESCRIÇÃO DO SURTO OU EMERGÊNCIA EM SAÚDE PÚBLICA 1) Selecione o tipo de emergência: Caso suspeito ou confirmado da seguinte doença de notificação imediata (Especifique na pergunta 2) Surto ou agregado de casos ou de óbitos pela seguinte doença infecciosa (Especifique na pergunta 3) Epizootia ou morte de animais que possam preceder ocorrência de doença em humanos Outro tipo de emergência em saúde (ex: enchente ou contaminação por material químico, físico ou biológico e acidentes com produtos perigosos) - Pode envolver ou não doenças infecciosas. Neste campo, o usuário deverá selecionar o tipo de emergência e marcar a alternativa - Outro tipo de emergência em saúde (ex: enchente ou contaminação por material químico, físico ou biológico e acidentes com produtos perigosos) - Pode envolver ou não doenças infecciosas Grupo DATA DE INICIO E LOCAL DE OCORRENCIA 7) Data de início do evento (Ex: início do(s) sintoma(s) ou data de início da enchente): Se não souber coloque o mês/ano 8) Local de ocorrência da emergência em saúde: * 10) Estado: * 11) Município de ocorrência ou de referência: * Grupo NÚMEROS DO EVENTO - Acidentes com produtos perigosos 21 ATENÇÃO! Apenas para acidentes com produtos perigosos e emergências não infecciosas. Só utilize estes campos se a emergências envolveu contaminação por material químico, físico ou biológico ou devido a acidentes com produtos perigosos. 18) Total de expostos: Neste campo, o usuário deverá enumerar o total de expostos. 19) Total de pessoas intoxicadas: Neste campo, o usuário deverá enumerar o total de intoxicados. 20) Total de óbitos possivelmente relacionados a este evento: Neste campo, o usuário deverá enumerar os óbitos possivelmente relacionados a este evento. Grupo DESCRIÇÃO DA EMERGÊNCIA Favor informar objetivamente os seguintes dados: a idade ou faixa etária do(s) caso(s), sexo, história de exposição, viagens. Se o evento envolveu acidente com produtos perigosos, favor informar a(s) substância(s) envolvida(s). 21) Utilize o espaço para descrever a situação: Neste campo, o usuário deverá descrever a emergência informando a(s) substâncias(s) envolvida(s). A finalização do preenchimento da notificação é realizada ao se efetuar a gravação dos dados inseridos clicando no ícone “Gravar” localizado no final da página. Após a gravação dos dados, o sistema confirma o envio dos mesmos, gera automaticamente uma senha para futuras alterações nos dados inseridos e envia e-mail para o(s) gestor (es) do sistema. A partir desse momento, os dados inseridos passam a compor as estatísticas do sistema. 22 Capacitação on-line Além das capacitações presenciais, a área vem promovendo a modalidade on-line de capacitação como estratégia de educação continuada por meio do curso de auto-aprendizagem desenvolvido com em parceria com a Organização Panamericana da Saúde e o órgão ambiental do estado de São Paulo e também centro colaborador da Organização Mundial da Saúde, Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – CETESB. O referido curso encontra-se disponível no seguinte endereço: http://www.cepis.ops-oms.org/tutorial1/p/bienvenida.html A capacitação nesta modalidade poderá ser ministrada previamente a capacitações presenciais e são abordados aspectos de prevenção, preparação e resposta a acidentes com produtos perigosos e estando inclusive disponíveis apresentações, formulários e bases de dados. Ainda é possível realizar avaliação ao final do curso e, caso aprovado, o aluno recebe o respectivo certificado via correio eletrônico (e-mail). São abordados os seguintes tópicos: Acidentes químicos ambientais, organizações envolvidas e respectivas atribuições/responsabilidades nas ações de prevenção, preparação e resposta e os centros de informação toxicológica nas emergências químicas. Prevenção Identificação, classificação e caracterização dos produtos perigosos; Perigos associados às classes de risco químico; Noções básicas de toxicologia aplicadas as emergências químicas e as fontes de informação nas emergências químicas. 23 Preparação Estudo de analise de risco, planos de ação emergenciais, preparação do setor saúde para atuação nas emergências químicas e equipamentos de proteção coletiva e individual. Resposta Ações de resposta aos acidentes com produtos perigosos, monitoramento ambiental, descontaminação de equipamentos, reposta médica e assistência pré-hospitalar e ações pós-emergenciais. Estudo de casos de acidentes rodoviários, vazamento em planta fixa desativada e outros. Links de organizações internacionais, agências e organizações nacionais, bases de dados, documentos a texto completo, bibliotecas virtuais. Os tópicos abordam não somente as ações de resposta mas principalmente os aspectos de prevenção e preparação principalmente focados nas atividades de mapeamento de ameaças, vulnerabilidades e recursos para eficiente atendimento e controle. Os programas de capacitação devem ser realizados por equipes especializadas compostas por profissionais com capacitação e experiência comprovada nas respectivas áreas de atuação, sendo em princípio os cursos desenvolvidos nos modelos à distância e de forma itinerante, onde com menores custos teríamos a condição de treinar um número maior de pessoas e com gastos reduzidos. 24 11. Referências 1. ABIQUIM, Departamento Técnico. “Manual para Atendimento de Emergências com Produtos Perigosos.” 4. Ed. São Paulo- SP. 2002. 270p. 2. ABIQUIM. “Manual de Autoproteção para Manuseio e Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos PP4”. São Paulo – SP. 1999. 3. ABNT. “NBR 14095 - Área de estacionamento para veículos rodoviários de transporte de produtos perigosos”. Rio de Janeiro – RJ. 2003. 4. AWAZU, L. A. M; et al. "Apostila de Metodologia para Classificação, Avaliação e Gerenciamento dos Riscos de Acidentes Ambientais em Fontes Industriais” Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – CETESB. São Paulo. 1990. 5. BELTRAMI, Aramis C. Estruturação do Sistema de Informações na Área de Vigilância em Saúde Ambiental Relacionada aos Produtos Perigosos . In: 11º CONGRESSO MUNDIAL DE SAÚDE PÚBLICA E 8º CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA. Rio de Janeiro, 2006. 6. BELTRAMI, Aramis C. Levantamento de dados em Santo Amaro da Purificação – BA. In: 11º CONGRESSO MUNDIAL DE SAÚDE PÚBLICA E 8º CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA. Rio de Janeiro, 2006. 7. BELTRAMI, Aramis C. Agrotoxicultura. In: 11º CONGRESSO MUNDIAL DE SAÚDE PÚBLICA E 8º CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA. Rio de Janeiro, 2006. 8. BELTRAMI, Aramis C. Informe unificado sobre as intoxicações no âmbito do Estruturação do Sistema de Informações na Área de Vigilância em Saúde Ambiental Relacionada aos Produtos Perigosos . In: 11º CONGRESSO MUNDIAL DE SAÚDE PÚBLICA E 8º CONGRESSO BRASILEIRO DE SAÚDE COLETIVA. Rio de Janeiro, 2006. 9. Bertazzi PA. Industrial disasters and epidemiology. Scand J Work Environ Health 1989; 15:85-100. 10. CETESB. “Sistema Integrado de Gestão para Prevenção, Preparação e Resposta aos Acidentes com Produtos Químicos – Manual de Orientação”. São Paulo – SP. 2003. 11. DNER. “Instruções para a Fiscalização do Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos no Âmbito Nacional”. Rio de Janeiro – RJ. 2000. 12. FREITAS CM, AMORIM AE. Vigilância Ambiental em Saúde de Acidentes Químicos Ampliados no Transporte Rodoviário de Cargas Perigosas. Informe epidemiológico do SUS. V. 10, nº 1, janeiro, fevereiro e março; 2000. 25 13. FREITAS CM. Relatório do projeto estruturação de um sistema nacional de vigilância ambiental em saúde de acidentes envolvendo produtos perigosos. (mimeo). Brasília. 2003. 14. FUNDACENTRO. “Limites de Tolerância”. 3.ed. São Paulo-SP. 15. HADDAD, Édson et al. “Atendimento a Acidentes com Produtos Químicos” CETESB . São Paulo. 1993. 16. HAZARDOUS CHEMICALS DATA BOOK by G. Weiss. 17. INDAX ADVERTISING LTDA. “Manual de Autoproteção para Manuseio e Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos”. PP4. 4. Ed. São Paulo 1999. 268 p. 18. LEAL OL. Coleta e registro de dados de acidentes com transporte rodoviário de produtos perigosos do estado de São Paulo: uma abordagem de saúde ambiental (tese de mestrado). São Paulo. Universidade de São Paulo. 2003. 19. MEDRONHO, R. (Org) (Ed). Epidemiologia. São Paulo: Atheneu, 2002. 20. NFPA – National Fire Protection Association. “Recommended System for Identification of the Hazard Materials.” USA. Standart n. 704 M. 21. NUNES, Contribuição para a estruturação da vigilância ambiental em saúde dos acidentes com produtos perigosos: construção de um sistema de registro integrado (tese de mestrado). Brasília. Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Osvaldo Cruz, 2005. 22. OECD. Road Deaths Cost Economies the Equivalent of 2% of GDP. Disponível em http://www.oecd.org.news_and_events/release nw99-80a.htm. Paris, 30 de julho de 1999. 23. OPAS. Rede Interagencial de Informações para a Saúde - RIPSA. Indicadores Básicos para a Saúde no Brasil: conceitos e aplicações. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2002. 24. OPAS (1998): Accidentes químicos: Aspectos relativos a la salud. Guia para la preparación y respuesta. 25. PINHEIRO, A F.; ROCCO, D. F. ; BATISTA COSTA, F.J.;GONZAGA, C. A P.; MORITZ, C. A . “Risco no Transporte de Cargas Perigosas”. In: XXI Congresso Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho. Novembro 1992. São Paulo – SP. 26. Pivetta F, Porto MFS, Machado JMH, Moreira JC, Freitas CMF, Furtado JS. Perspectivas para a formulação de uma política nacional de segurança química no Brasil. II Seminário Nacional Saúde e Ambiente e Desenvolvimento.2002 documento de referência (mimeo). 27. RAMOS, F. B. Dissertação de Mestrado em Engenharia de Produção sob título “Metodologia para Escolha de Alternativas de Rotas para o Transporte de 26 Materiais Perigosos”. UFSC, Florianópolis 1997. 28. Serpa RR, Prado-Monje H. Prevenção e resposta a acidentes químicos – Situação na América Latina e no Caribe. In: Freitas CM, Porto MFS, Machado JMH (orgs). Acidentes Industriais Ampliados – Desafios e Perspectivas Para o Controle e a Prevenção. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ; 2000 p. 267-276. 29. Tambelini AT & Câmara VM. A temática saúde e ambiente no processo de desenvolvimento do campo da Saúde Coletiva: Aspectos históricos, conceituais e metodológicos. Ciência e Saúde Coletiva; 3(2): 47-59,1998. 30. Serpa RR, Prado-Monje H. 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