PARALISIA FACIAL
O NERVO FACIAL
A EXPRESSÃO FACIAL é uma das habilidades
humanas mais importantes que Existe.
Os músculos da face são usados para :
beijar,
sorrir,
falar,
chorar,...
Qualquer alteração neste mecanismo causa dor.
Dos nervos cranianos , o TRIGÊMEO e o FACIAL
são os que atuam diretamente na mobilidade e
sensibilidade facial com funções na comunicação
humana (fala).
O Trigêmeo quando em função interage com o
Facial.
Quando estimulamos a face de diferentes maneiras
inicialmente estimulamos o V Par e logo após o VII
Par pois ele é o canal normal que levará os
estímulos ao individuo para obter respostas dos
movimentos faciais.
O TRIGÊMEO tem uma raiz motora (atua no
músculo da Mastigação e no do Tensor do
Tímpano) e uma raiz sensitiva que dá a
sensibilidade crânio facial. Possui 3 ramificações
que formam os nervos: Oftálmico, Maxilar e
Mandibular .
Na avaliação veremos que o paciente com
Paralisia Facial fica com a percepção da face
alterada sentindo sensação de : incômodo,
dormência , inchaço ...
*.
Nervo Facial (VII par )
Embriologicamente pertence ao 2 arco braquial de
onde se origina e se desenvolve a musculatura da
mímica facial.
Tem aproximadamente 13.000 neurônios sendo
que cerca de 7000 servem como unidades motoras
para a face onde inerva mais de 20 músculos.
É irrigado pela Artéria Petrosa (ramo da meninge
media) e a Artéria Estilomastoidea em percursos
diferentes.
Anatomia do Nervo Facial
É um nervo misto com Fibras Eferentes viscerais especiais,
mas também contendo Fibras Aferentes. Sua constituição se
dá em 2 raízes :

A primeira,detentora de uma porção maior que possui
função motora e inerva os músculos da expressão facial e o
músculo estapeio relacionado com a audição (constituindo o
nervo propriamente dito).

A segunda, com porção menor (nervo intermediário de
Wrisberg) considerado a raiz sensitiva e autonômica que
possui fibras gerais e especificas, bem como fibras
parassimpáticos.
*
Fibras do Nervo Facial
Fibras Eferentes Somáticas
(núcleo motor na Ponte de Varólio )
São semelhantes as células da coluna cinzenta
anterior da medula. Emergem no conduto auditivo
interno atravessam o Aqueduto de Falópio onde
algumas fibras vão inervar o músculo estapédico.
Estas fibras destinam-se aos músculos da mímica facial:
- FRONTAL SUPERCILIAR
- ORBICULAR DA PÁLPEBRA
- MÚSCULOS PERIORAIS.
Fibras Aferentes Viscerais Especiais
São corpos celulares que se encontram no gânglio
geniculado.
- Seus prolongamentos periféricos (ramo do nervo
mandibular ) e o nervo da corda do tímpano (ramo do
facial ) e depois o nervo facial propriamente dito
recebem informações que são levadas ao gânglio
geniculado
- Seus prolongamentos centrais alcançam o nervo
intermédio que penetra no tronco encefálico
estabelecendo as sinapses centrais
*
Fibras Eferentes Viscerais Gerais


Pertencem ao Sistema Nervoso Autônomo
Dirigem-se para as glândulas salivares (mandibular
e sublingual ) e também para a glândula lacrimal
*
Núcleo do Nervo Facial
As fibras provenientes do núcleo do facial formam um
feixe compacto que abaixo do assoalho do quarto ventrículo
contorna o núcleo do nervo motor ocular externo causando um
relevo e tomam a direção antero-lateral para emergir no ângulo
Ponto Cerebelar.
O núcleo motor possui células motoras multipolares na
porção lateral da Ponte de Varolio agregadas aos núcleos:
- Dorsal (inervação motora da parte superior da face )
recebe dupla inervação dos tratos corticonucleares contra e
ipsilateral
- Ventral (inervação dos músculos platisma,estapedico e dos
músculos da boca ou seja a porção inferior da face) recebe
apenas uma inervação contralateral.
#
A partir de sua origem superficial, o nervo Facial mais
lateral e o vestíbulo coclear medial e entre eles o nervo
intermediário penetram no meato acústico e caminham juntos
ate um determinado ponto onde o nervo facial se separa do
vestíbulo coclear,penetrando em canal próprio, o canal do
nervo Facial chegando a parede medial do recesso
Epitimpanico, onde se curva em ângulo agudo,formando o
Joelho externo do nervo Facial. Nesse ponto as duas raízes
estão unidas e intumescidas,formando o gânglio geniculado.
As células no gânglio geniculado,no canal do nervo facial
no ponto em que o nervo se encurva possuem ramos :
- Periféricos ( trazem estímulos gustativos dos 2/3 anteriores
da lingua,via nervo lingual e corda do tímpano)
- Centrais (não constituem a maior porção do nervo
intermédio).
*
Ramos do Nervo Facial
O nervo Facial encontra-se ramificado :
Ele dá origem aos nervos:
 PETROSO MAIOR (fibras parassimpáticas vasodilatadoras e
secretoras para as glândulas lacrimal,palatina e nasal)
 ESTAPÉDIO ( para o músculo de mesmo nome)
 CORDA DO TIMPANO ( vincula a sensibilidade da gustação e
também a função secretora das glândulas salivares) emergem do
crânio ao nível do forame estilomastoideo para penetrar na
glândula parótida. Abaixo do forame estilomastoideo encontramos
os ramos NERVO AURICULAR POSTERIOR e DIGÁSTRICO.
No interior da glândula parótida,após dar os ramos
musculares, o nervo Facial formado pelo nervo Parótide cujos
ramos se anastomosam entre si formando os troncos:
 TEMPOROFACIAL
 CERVICOFACIAL (fornece ramos motores terminais para
todos os músculos mímicos da face e platisma).
*
Ramos Terminais do Nervo
Facial
Eles emergem do interior da glândula
parótida e se irradiam para a face .
São muito variáveis na sua disposição :
 Ramo Temporal
Cruza o arco zigomatico em direção
aos músculos auriculares anterior e
superior,o ramo frontal do ocipitofrontal e
o corrugado do supercílio.
*

Ramo Zigomático
Cruza o arco zigomático e vai inervar os
músculos zigomático e orbicular do olho . Supre
os músculos relacionados com o lábio superior,a
abertura da asa do nariz e parte do bucinador.
 Ramo Bucal
Acompanha o zigomatico e depois segue
inferiormente em direção ao ângulo da boca,
bucinador,os elevadores do ângulo do lábio
superior e do ângulo da boca,os depressores do
lábio inferior e do ângulo da boca.
*

Ramo Mandibular
Corre para adiante sobre o ramo da
mandibular, abaixo do platisma,em direção ao ângulo da
boca. Inerva a musculatura do lábio inferior e o ângulo
da boca depois de passar pelo masseter e cruzar
superficialmente a artéria e a veia facial.
Alem dos impulsos do feixe piramidal recebe
fibras vindas do coliculo superior,do feixe solitário
(no bulbo),do núcleo sensitivo do trigêmeo,do núcleo
acústico e do núcleo salivatorio superior .
Por isso pode participar de vários reflexos
(visuais,gustativos,sensitivos,acústicos).
Podemos dizer que o tronco do nervo facial
contem 4 componentes: dois aferentes e dois
eferentes, todos com funções diversas.
*

Ramo Cervical
Após deixar a glândula parótida dirige-se
para baixo e depois para adiante ate suprir a
face profunda do músculo platisma.
Por ter sua representação cortico
bilateral na porção inferior do giro pre-frontal no
caso de lesão central há integridade motora
do platisma
*
O Nervo Intermédio
Faz parte do nervo facial emerge do sulco bulbopontino
junto aos nervos motor ocular externo, facial e o vestibulo coclear. Por estarem separados na origem aparente possuem
denominações próprias .
Ambos os nervos Facial e Intermédio penetram no meato
acústico interno junto com o nervo Acústico e no fundo do
conduto auditivo interno atravessam uma abertura alcançando
o canal do nervo facial (Aqueduto de Falópio). No interior do
canal não existe mais separação entre os dois,fundindo-se o
nervo Facial com o nervo Intermédio.
O nervo Facial abandona o crânio através do orifício
estilomastoideo.
*
Fibras do Nervo Intermédio
 Fibras Sensoriais (levam as sensações gustativas
dos 2/3 anteriores ao cérebro para identificação )
 Fibras Sensitivas Gerais (responsáveis pelo
tato,temperatura e dor )
 Fibras Sensitivas Proprioceptivas dos Músculos
da Mímica (tem a função das sensação proprioceptiva
da mímica facial )
 Fibras Aferentes Autonômicas (são secretoras
para algumas das glândulas salivare submandibulares,
sublinguais e lacrimais )
*
Do Núcleo salivatorio superior nascem as fibras
destinadas as glândulas salivares e lacrimais.
Dividindo esse núcleo em dois grandes
contingentes de fibras temos:

Fibras pré-ganglionares que atravessam o
nervo Intermedio,o gânglio geniculado,a Corda do
Tímpano e o nervo lingual ate atingirem o gânglio
Submandibular.
Outras fibras, a nível do gânglio geniculado,
ganham o nervo Petroso Superficial e por meio desse
vão ate ao gânglio pterigopalatino.
*

Fibras Pós-Ganglionares
Secretomotoras que partem desse gânglio
atingem a glândula lacrimal,as membranas da
mucosa do nariz e do palato.
*
Pelo que pode ser visto o Facial é
chamado de Nervo da Face
É o responsável portanto pelas funções :
 mímica facial
 sensibilidade dos 2/3 anteriores da língua
 secreção das glândulas salivares sublinguais,
submaxilares e glândula lacrimal
 cavidade nasal e bucal
 ouvido médio
FISIOPATOLOGIA
O nervo Facial é envolvido por bainha de
mielina que é circundada pela bainha de Schwann,
necessárias ao funcionamento dos axônios,
interrompida por nós de Ranvier onde o axônio fica
desprotegido.
Os axônios e as bainhas são revestidos por
tecido conjuntivo envolvido por bainha externa
(epineuro) que aumenta em consistência ao se
aproximar do buraco estilomastoideo.
O nervo enclausurado no canal ósseo (meato
acústico interno ao forâmen estilomastoideo) fica
sujeito a processos infecciosos ou compressivos
que podem comprometer seu fluxo nervoso
*
Um processo degenerativo chamado de
DEGENERAÇÃO WALERIANA se inicia em 24 horas
e após 3/5 dias instala prosopoplegia que poderá ser
encontrada no axônio degenerado (tubos vazios de
mielina) evoluindo até a bainha de Schwann, que se
desintegra em gotas de gordura dependendo da
intensidade do fator gerador da lesão.
As lesões se dividem em 3 categorias :



NEUROPRAXIAS
AXONIOTMESE
NEUROTMESE
Neuropraxias

Sem degeneração Waleriana .
 Simples bloqueio fisiológico causando
edema na bainha de mielina.
 Recuperação de 80% dos casos com
regeneração no período de 15 dias a 30
dias quando o fator causal é logo
removido.
*
Axoniotmese

Designando uma lesão mais significativa com
desintegração do axônio e degeneração
Waleriana distal.
 Preservação da célula de Schuwann e dos
tubos endoneurais.
 A reação pode ocorrer ao ponto de se
recuperar e levar a regeneração do axônio .
 Pode-se esperar boa recuperação funcional .*

Nos casos de axoniotmese parcial a
recuperação da função só é possível através da
regeneração anatômica.
 Os axônios proximais não podem crescer em
seus tubos que foram invadidos por axônios
degenerados e crescem desordenadamente em
outros tubos destinados a outros grupos
musculares.
 Surgem as SINCINESIAS.
*
Neurotmese
 É a lesão mais grave com secção anatômica total
ou parcial chegando até a necrose óssea e fibrose
cicatricial dos nervos.
 Os elementos anatômicos se desintegram por
completo.
 Ocorre excepcionalmente na Paralisia Facial de Bell.
 Deixa sequelas como contraturas,espasmos faciais
e atrofia muscular acelerada.
 A partir do 12 dia de paralisia , como consequencia
da degeneração, instala-se na fibra muscular denervada
a fibrilação que permanece .
 A regeneração só é possível com ato cirúrgico.
*
ETIOLOGIA DAS
PARALISIAS FACIAIS
 Paralisia Facial Central
Não há alteração das fibras superiores
do nervo facial portanto os músculos do
quadrante superior não são afetados. A lesão é
Supranuclear,ou seja,acima da Protuberância e
de manifestação contralateral.
*
 Etiologia :
 Hemorragia Cerebral (ruptura de artéria /vaso
cerebral )
 Isquemia Cerebral (falta de oxigenação
cerebral)
 Tumores no Encéfalo (destruição ou
disfunção tecidual )
 Abcessos no Cérebro (após infecção
purulenta aguda poderá haver presença da
mesma no tecido encefálico )
*
 Paralisia Facial Periférica
Há comprometimento de toda uma
hemiface (quadrante superior e inferior)
A lesão estará sempre no Tronco Cerebral,
isto quer dizer que é Nuclear podendo repercutir
sobre as fibras nervosas que vão até as glândulas
lacrimais,corda do tímpano e controle da sensibilidade.
Manifestação homolateral.
É a neuropatia craniana aguda mais comum.
O diagnostico diferencial se estabelece ao
pedir ao paciente para FECHAR OS OLHOS E DAR
UM SORRISO.
*
• Etiologia :
 Traumática
 Infecciosa
 Neoplásica
 Congênita
 Vascular
 Tóxica
 Metabólica
 Iatrogênica
 Idiopática
 Neurológica
Lesões no Nervo Facial
As lesões podem acontecer em diferentes pontos :
- No interior da Ponte de Varolio
- No interior do Crânio
- No interior do osso Temporal
- Após a saída do Forame Estilomastoideo
Para efeito didático consideraremos as lesões em
referencia ao Núcleo Motor e as classificaremos em:
- Lesões Supranucleares
- Lesões Nucleares
- Lesões Infranucleares
*
Lesões Supranucleares
- Provocam Paralisia Central
- Revela-se de forma Espastica
- Frequentemente vem associada a Hemiplegia ou
Monoplegia Ipsilateral
- A Gustação e a Salivação estão preservadas assim
como a Motricidade do Músculo Facial (inervação
cortical bilateral )
- Reflexos e Emoções preservados
- Não há reação de Degeneração
- Paralisia dos 2/3 inferiores da face contralateral a
lesão(músculo orbicular dos lábios e platisma )
- Dissociação entre os movimentos voluntários e os
emocionais (sorri ).
*
Lesões do Tipo Nuclear
- Tem como característica a Lesão do sexto
par ou Motor Ocular Externo e as vezes do
Facial.
Como Sinal apresenta :
- Paralisia Facial Periférica ipsilateral,
acometendo toda a hemiface
- Perda da sensibilidade gustativa
- Redução da secreção salivar e lacrimal
- Hiperacusia
- Hemiplegia Contralateral por
comprometimento Piramidal.
*
Temos dois tipos de Síndromes que se lhes
associa :
*
Síndrome de Millard-Glubber *
- Paralisia cruzada ou seja Paralisia Facial com
hemiplegia alternada
- Hemiplegia contralateral e Paralisia Ipsilateral
- Se houver comprometimento do sexto par
haverá também Estrabismo Interno.
*
Síndrome de Foville *
- Hemiplegia contralateral com Paralisia
Ipsilateral do VI e VII par.
- Estrabismo Interno com Diplopia e Paralisia
dos Músculos da Expressão Facial.
*
Lesões do Tipo Infranuclear
- Observamos que 75% de todas as lesões no nervo
facial caem neste grupo.
- A Paralisia de Bell ou Paralisia Facial a Frigore
pertence a este tipo de lesão.
- O quadro clinico surge agudamente e de um dia
para o outro, provocando pânico no paciente ,que
muitas vezes se julga vitima de derrame.
- Ocorre em ambos os sexos
- Em qualquer idade (a estatística mostra que é mais
comum entre 20 e 50 anos de
idade cronológica)
Sintomatologia das lesões Infranucleares:
- Quando tenta fechar os olhos a pálpebra afetada
não responde e se pode ver o globo ocular do lado
lesado virar para cima (Sinal de Bell )
- Quando tenta soprar ou assobiar,não consegue
- Quando mastiga há escoamento dos líquidos pela
comissura paralisada
- Dor retroauricular nos primeiros dias
- Lacrimejamento excessivo
- Alteração na sensibilidade gustatória
- Como sintomas associados temos
hiperacusia,vertigem e dormência na hemiface afetada *
Os sinais e sintomas dependem da localização da
lesão.
1 - Lesões fora do Orifício Estilomastoideo
Apresentam os sinais no lado afetado,sendo
facilmente verificados:
- A boca pende e pode se desviar para o lado oposto
- Os alimentos ficam presos entre a bochecha e a
gengiva
- Perda da sensibilidade profunda
- Não assobia
- Não pisca
- Não fecha o olho afetado
- Ocorre lacrimejamento do olho se não for protegido
- Não franze a testa
Neste caso a Paralisia é do Tipo Flácida do
Neurônio Motor Inferior.
*
 PROGNOSTICO:
A recuperação depende da extensão da lesão e se divide
em 3 graus com tempo pre-determinado:
- A Paralisia Parcial Branda
Possui recuperação esperada em torno de 6 semanas
- A Paralisia Parcial Grave
Apresenta recuperação esperada para 6 meses
- A Paralisia Completa
Não se pode contar com a recuperação antes do período
de 1 ano sendo que após 2 anos ela poderá não ocorrer
o tempo para a recuperação depende em parte da distancia que
as fibras em regeneração devem cobrir com o seu crescimento.
A velocidade do crescimento é de cerca de 1mm/dia ou
2,5 mm/mês.
Há necessidade do paciente ser submetido a Terapia
Fonoaudiologica.
*
2 - Lesões no Canal Facial
Comprometem o nervo da Corda do Tímpano
Neste tipo de lesão encontramos todos os sinais
apresentados nas lesões Fora do Orifício
Estilomastoideo somados a:
- Perda da Gustação dos 2/3 anteriores da língua
- Redução da salivação do lado afetado.
*
- No caso de lesões Mais Altas no Canal Facial,há
comprometimento do músculo do Estribo.
- Todas os sinais das lesões Fora do Orifício
Estilomastoideo e no Canal Facial se encontram nas
lesões mais altas no Canal Facial,porem associadas a
Hiperacusia.
- As lesões mais Altas comprometendo o Gânglio
Geniculado causam a instalação frequente e aguda de
dor dentro e atrás da Orelha.
- Pode ser precedido por Herpes, cujas lesões são
visíveis no Timpano,Canal Auditivo e Pavilhão Auricular.
- A Síndrome de Ramsay Hunt se apresenta com
Paralisia de Bell associada a Herpes Zoster do
Gânglio Geniculado.
*
3 - Lesões do Meato Auditivo Interno
- Comprometem o oitavo par (Auditivo)
- Os sinais se dão através da Paralisia de Bell acrescida de Surdez
Associada
4 - Lesões na emergência do Nervo Facial na Ponte
de Varolio
São identificadas por:
- Paralisia de Bell aliada ao comprometimento dos nervos do quinto par
( Trigêmeo), oitavo par( Auditivo) e as vezes dos nervos do sexto (Motor
Ocular Externo), nono par(Glossofaríngeo) e décimo par (Hipoglosso) como
exemplo podemos citar os casos de Meningite .
- Na Ptose Congênita encontramos o Fenômeno de Marcus Gunn, que aparece
quando ao se mover a mandíbula para o lado contralateral há elevação da pálpebra
ptosada.
- A Síndrome de Marin-Amat é observada depois da Paralisia Parcial Periférica
é conhecida como Fenômeno Marcus Gunn Invertido ou seja,há o fechamento dos
olhos quando o paciente abre a boca ao Maximo.
*
Fenômeno Marcus Gunn
Outras Paralisias Faciais
* Neuralgia Geniculada (rara) *
Associada a paralisia de Bell,com lesão
Mais alta,comprometendo o Gânglio
Geniculado,podendo aparecer com herpes no
Tímpano, no Pavilhão ou na cavidade oral,com
ou sem paralisia facial.
* Síndrome de Ransay - Hunt *
Apresenta dores atrás e dentro da orelha
com perda da gustação e presença de
vesículas na orelha e cavidade oral .
*
* Síndrome das Lágrimas de Crocodilo *
Lesão do nervo facial próxima do gânglio geniculado .
Sintomatologia: lacrimejamento parasítico ao comer
* Espasmo Facial Definido *
Sintomatologia:
- Hipercinesia parasítica dos músculos faciais que
começam como abalos.
- Geralmente unilateral e não pode ser inibido pela vontade.
- Duração passageira ou quase continua e na crise os
movimentos voluntários são impossíveis.
- É mais comum na musculatura das pálpebras.
O Espasmo Facial ocorre mais frequentemente após sutura
do nervo facial,onde a paralisia foi mal curada.
*
* Paralisia Facial Bilateral ou Diplegia Facial *
- Ocorre nas lesões Bulbares, Polineurites e
Miastenia Graves (não e tão comum como a
Paralisia Facial Periférica Unilateral )
Sintomatologia:
- Face achatada,amimia (falta de mímica facial)
e perda da salivação.
- Nas lesões do Nervo Estriado
Sintomatologia:
- Movimentos involuntários anormais,tipo
careta,sem finalidade e que não se repetem. *
* Síndrome de Mobius (distúrbio congênito) *
Sintomatologia:
- Paresia ou paralisia de ambos os músculos
reto externo e dos músculos faciais e, as vezes,
associada com outras anomalias músculo
esquelética.
- É uma Paralisia Oculofacial Congênita ,por
Aplasia Nuclear Infantil.
*
*Acinesia Psicótica Metaparalitica *
Sintomatologia:
- Incapacidade de produzir alguns
movimentos mímicos voluntários mesmo depois
da cura da paralisia
* Síndrome de Melkerson Rosenthal *
Sintomatologia :
- Paralisia associada a edema crônico da
face e dos lábios e hipertrofia e fissuras na língua
com inicio na infância ou adolescência
*
Incidência e Prevalência das
Paralisias do Nervo Facial
- Não há preferência por sexo, raça, idade ou
condição social.
- O prognostico depende da correta orientação e
da possibilidade de tratamento adequado.
- Há preferência pelo clima frio pois as pessoas
permanecem em ambientes fechados com
probabilidades de contagio
- Pessoas com pré disposição para infecções se
contaminam em conversas, tosse, espirros.
- Mulheres em período de gestação (queda
imunológica)
*
Sinais e Sintomas Iniciais

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Sensação de dormência ou fraqueza
Sensação de pressão ou inchaço do lado afetado
Dor ou desconforto
Mudança no paladar
Intolerância a barulho
Lacrimejamento em excesso ou ressecamento
Dificuldade em fechar os olhos
Dor no ouvido
Impossibilidade de sorrir
Vertigem
Pequenas feridas ao redor da orelha
Dor de cabeça
Amortecimento da língua
Dificuldade para mastigar /falar
*
Tipos de Paralisia Facial
 Paralisia Facial Unilateral
(lesões profundas do tálamo ou de suas
conexões com o lobo frontal )
# Lesão do tipo: Paralisia do Neurônio
Motor Superior
Sinais:
Desvio da boca ao sorrir que desaparece
com movimento voluntário
- Desvio da comissura labial e afundamento
da prega naso-labial
- Força normal no orbicular dos olhos
-
*
# Lesão do tipo: Paralisia do Nervo Motor
Inferior
Sinais:
- Sinal de Bell
- Paralisia em toda a hemiface
- Hemiplegia associada contra lateral
(comprometimento do 6 par – lesão na Ponte)
- Distorção sonora (paralisia do estapédio)
*
 Paralisia Facial Bilateral
- Difícil de ser observada porque existe
simetria facial .
- Aparência de mascara por perda da
expressividade
Sinais :
- Piscar normal ou diminuído
- Movimento voluntário da boca afetado mas
fala bem
Quando a paralisia facial vem do Neurônio
Motor Inferior há perda das pregas naturais
Voluntariamente.
*
Em Relaçao ao Ato Motor
Perda da mobilidade voluntária por interrupção funcional ou
orgânica em qualquer ponto da via motora (do córtex ao músculo)
Quando a motilidade não esta totalmente abolida e sim
diminuída trata-se de uma Paresia ou paralisia incompleta.
A paralisia pode vir acompanhada por hipotonia
muscular, diminuição ou ausência dos reflexos .
Não apresentando nenhuma resistência a movimentos
passivos chama-se Paralisia Flácida (normalmente as
Periféricas).
Outras vezes vem com hipertonia e exagero dos reflexos
constituindo a Paralisia Espástica (normalmente as Centrais ).
A paralisia pode ser Psicogênica (surge após Histerismo)
Apresenta normalidade na refletividade e sem trofismo .São
Simuladas
*
Classificação das Paralisias Faciais
Grau 1 - O agente causador aumenta a pressão intraneural. Há
simples compressão recuperação integral e sem seqüelas.
Grau 2 - A compressão das fibras nervosas persiste, levando a
perda de axonios. Ocorre recuperação sem sequelas sendo mais
lenta que no grau 1.
Grau 3 - A persistência da compressão leva a perda dos tubos de
mielina. Dependendo da proporção pode surgir recuperação
incompleta com sincinesias em graus variáveis.
Grau 4 - Comprometimento em toda a secção do nervo.
Recuperaçao com ressecção da parte lesada e enxerto surgindo
seqüelas e sincinesias.
Grau 5 - Lesão idêntica a anterior com descontinuidade do
tronco.Recuperaçao e seqüelas = anterior
Semiologia e Diagnóstico
 No exame clinico deve-se observar :
 Reações Motoras
 Aspecto da Pele
- E após a observação partir para Avaliação das:
 Funções Reflexas
 Funções Motoras Viscerais (secreção
glandular)
 Função Sensitiva Somática (paladar )
 Função Motora Somática
(mímica facial)
 Função da Mastigação e Fala
*
Observação das Reações
Motoras
 Assimetria de face
 Apagamento dos sulcos e rugas do lado lesado
 Comissura labial desviada para baixo
 Narinas estreitadas não se dilatando na
Inspiração
 Repuxamento da fisionomia para o lado sadio
 A pele de uma hemiface parece mais lisa
 Supercilio parece mais flácido
 Presença de epifora
 Piscamento da face paralisada mais lento
 Sorriso e fala não acompanham o lado sadio
 Mucosa dos lábios estreitada
*
Sinais
 RAMO SUPERIOR DO FACIAL
- Logoftalmo ( um olho aberto e outro fechado e
a pálpebra inferior do lado paralisado forma uma concha
onde a lagrima é coletada)
- Sinal de Bell ( desvio do globo ocular para cima
e para fora quando não consegue fechar a pálpebra)
- Sinal de Negro ( maior elevação do olho do lado
lesado ao olhar para cima - desnivelamento dos globos
oculares e a íris fica quase encoberta )
*
- Sinal de Lagendre (diminuição de força
de contração do orbicular da pálpebra)
- Sinal de Mingazzini (menor resistência
da pálpebra quando passivamente se tenta
abri-la)
- Sinal de Levilliod (incapacidade de
fechar somente o olho do lado lesado )
*
 RAMO INFERIOR DO FACIAL
- Sinal de Pitres (abre a boca e evidencia
a assimetria da comissura labial ovalada e
obliqua)
- Sinal do cuticular do pescoço de
Babinski (com a boca aberta revira o lábio
inferior para baixo fortemente .O platisma se
contrai e é visível a contração do lado sadio e a
ausência no paralisado)
*
Observação do Aspecto da Pele
 Alergias
 Herpes Zoster
 Herpes Simples
 Erupções
 Melanomas
 Cicatrizes e queimaduras
 Ulcera na boca e olhos
 Esclerodermia (espessamento com
endurecimento)
 Adenoma Sebáceo ( bochechas, nariz, queixo )
 Sinais de instabilidade vaso-motora e
deficiência vascular periférica
*
Avaliação dos Reflexos Faciais
Excitação periferica - vias aferentes - centro
Nervoso - açao motora refletida nas vias
eferentes.
O paciente devera manter os olhos fechado.
O terapeuta deve anotar a primeira reaçao:
- Reflexo Masseterino
Percussão do martelo sobre o polegar no
músculo mentual do paciente que esta de boca
aberta...reflexo de elevação da mandíbula.
*
- Reflexo Palpebral
Toque nas vias aferentes ...fechamento dos
olhos
- Reflexo Cócleo - Palpebral
Barulho forte próximo ao paciente.....
Fechamento dos olhos
- Reflexo Viso-Palpebral
Foco luminoso se aproxima ...fechamento dos
olhos
*
- Reflexo Nasopalpebral
Percussão entre as sobrancelhas ...fechamento dos
olhos
- Reflexo Corneo - Palpebral
Excitação da córnea... Fechamento do olho do lado
sadio
- Reflexo Trigêmio - Palpebral
Estimulo doloroso na face...fechamento dos olhos
- Reflexo do Estapédio
Através da impedanciometria estabelece se a lesão
é abaixo ou acima da emergência do ramo motor do
músculo estapedico )
*
Avaliação das Funções Motoras
Viscerais
Fibras parassimpáticos cranianas – nervo grande petroso
superficial - glandula lacrimal
-Teste de Schimer
Colocar papel de filtro sobre a pálpebra inferior de ambos
os olhos na região do saco conjuntival e estimular a mucosa
nasal bilateralmente com cotonete para provocar lacrimejamento.
A extensão de umidificaçao do papel de filtro após 5
minutos evidencia redução de 25% ou mais no lado afetado e
localiza a lesão proximal na origem do nervo petroso Maior
- Inalar amônia ...reflexo naso-lacrimal
*
Avaliação das Funções Sensitivo
Somáticas - Paladar
Os sabores doce (glicose), salgado (cloreto de sodio),
Azedo (acido cítrico) e amargo (quinino) devem ser
colocados nos 2/3 anteriores da língua segura pela
ponta fora da boca para evitar que os elementos
escorram para o terço posterior inervado pelo
hipoglosso
A paralisia facial associada a alteração do paladar
evidencia que a lesão do nervo é acima da emergência
da corda do timpano. Observa-se neste caso distúrbio
da salivação com atrofia das glândulas sublingual e
submaxilar (a inervação trofica vem do parassimpático
craniano pela corda do tímpano)
*
Avaliação das Funções Motoras
Somáticas
Os Músculos da expressão facial apresentam
como características comuns :
- Localização mais superficial e inervação sobre a
pele
- Grande variabilidade no grau de fortalecimento,
forma e desenvolvimento
- São inervados pelo Facial
São agrupados como:
- Músculos do Crânio (frontal) e da orelha
- Músculos das Pálpebras
- Músculos do Nariz
- Músculos da Boca
- Músculo do Pescoço (platisma )
Músculo do Crânio
- Músculo occipitofrontal
E um músculo do subcutâneo do crânio que
possui 2 ventres.
Tem ação de puxar a pele da fronte para
cima.
*
Músculos das Pálpebras
- Orbicular do Olho (dividido em 3 partes)
É um esfincter e tem a função de proteger o olho da luz
muito forte e de lesões.(fecha as pálpebras comprimindo-as
contra o olho)
1- Sua parte Palpebral une as pálpebras no piscar e durante
o sono.
2- O fechamento forte das pálpebras e realizado com o auxilio
da parte Orbital enquanto a pele da fronte, temporas e bochecha e dirigida ao
ângulo médio das pálpebras resultando em pregas no seu ângulo lateral
( permanente nos idosos-ruga = pés de galinha )
3- A parte Lacrimal traciona medialmente as pálpebras e as extremidades
dos canais lacrimais e comprime-os contra a superfície do globo
ocular, facilitando receber as lagrimas e comprimir o saco lacrimal
*
A Paralisia do orbicular do olho resulta na
queda da palpebra inferior ( ectropio ) e no
constante derramamento de lagrimas ( epifora )
*
- Corrugador do Supercílio ou superciliar
Enruga a fronte verticalmente
- Prócero ou piramidal
Atua sobre a pele da fronte e dos
supercílios, produz rugas transversais sobre a
raiz do nariz
*
Músculos do Nariz
- Nasal ou Transverso
E visível a ação da parte alar do nasal
quando na abertura das narinas pelo processo
de respiração
A parte transversa comprime as narinas.

Depressor do septo ou Mirtiforme deprime
as asas do nariz

Dilatador da Asa do Nariz comprime e
dilata as asas do nariz descendo, deprime a
parte posterior da base do nariz estreitando as
aberturas que formam as suas asas
*
Músculos da Boca

Orbicular da Boca

Canino ou Elevador do Ângulo da Boca

Elevador do Lábio Superior

Elevador Comum do Lábio Superior e da
Asa do Nariz

Zigomatico Menor
 Zigomatico Maior

Risório

Bucinador

Quadrado do Mento ou Depres do Lábio Inf.

Depressor do Angulo da Boca

Triangular

Mentalis ou Mentoniano
Funções da Mastigação e
Fala
Músculos da Mastigação
São inervados pelo trigêmeo

Os mais superficiais são :
- Temporal (violência e agressividade )
- Masseter (raiva,energia brutal )
 Os mais profundos são :
-Pterigóideo (ira,violência,agressão )
*
Avaliação da Paralisia Facial
Anamnese :
- Sinais Vitais (pressão arterial, pulso,
temperatura e freqüência respiratória )
- Observar presença de assimetria facial em
repouso e durante os movimentos faciais
voluntários com presença de Sinais de Bell,
Sinal Negro, Sinal Logoftalmo, Sinal de Epífora
- Testar os reflexos
- Testar a Gustação
- Avaliação Motora
- Avaliação da Sensibilidade
*
Classificação por Comprometimento
Muscular
- Grau 1 - Músculo levemente afetado alteração percecptível
com sensibilização do ato ( pedir para sorrir ).
- Grau 2 - Músculo afetado de maneira perceptível sem
sensibilização do ato. Desvio evidente da boca e abertura do olho.
- Grau 3 - Músculo gravemente afetado poucos musculos
mostram sua função
- Grau 4 - Músculo extremamente afetado olho
permanentemente aberto, quase sempre com epifora, boca
desviada ocorrendo a supressão do sulco nasogeniano.
Avaliação Motora associada a função
Articulatória
- Orbicular da Boca
Ação de esfincter , fechando o orifício bucal. Sua
leve contração aproxima os lábios e a completa
contração cerra-os fortemente . A ele se opõem um
conjunto de músculos anti - esficterianos, uns do lado
superior e outros do inferior.
Realiza a protusão dos lábios.
Essencial para a articulação dos fonemas bilabiais
e labiodentais.
Necessário para soprar, assobiar, beijar, sugar.
Pedir ao paciente para ocluir os lábios fortemente
e colocar resistência oposta para sentir a pressão
Os Músculos:
Elevador do Lábio Superior, Elevador do Lábio
Superior e da Asa do Nariz e Zigomatico Menor dirigem
se mais ou menos verticalmente para o lábio superior
onde se inserem profundamente no Músculo Orbicular.
Esses músculos quando se contraem, eles elevam
o lábio superior, ou seja mostram a mucosa labial.
Os Músculos que se opõem do lado inferior são:
Depressor do Lábio Inferior, Platisma e Mentoniano
Esses músculos quando se contraem, deprimem,
evertem e retraem o lábio inferior.
*
- Canino ou Elevador do Ângulo da Boca
Ação de levantar e levar para dentro a
comissura labial quando se contrai . Eleva o lábio
superior e deixa aparecer os dentes caninos
Muito acentuado nos animais carnívoros
quando estão ferozes
Quando sua ação é isolada e não muito
forte surge a expressão se sorriso de despeito
Pedir ao paciente para elevar o ângulo da
boca (produz o círculo naso labial)
- Elevador Comum da Asa do Nariz e do Lábio
Superior
Ação de elevar o bordo posterior da asa do
nariz e porção do lábio superior.
Interfere nas alterações do sulco nasolabial
Surgindo a expressão de descontentamento
Pedir ao paciente para fazer expressão de
Choro.
- Elevador do Lábio Superior
Eleva a parte media do lábio superior e o
projeta para frente.
Ajuda a formar o sulco nasolabial e é
evidente nos processos dolorosos
É importante na articulação do / a /.
Pedir ao paciente para elevar o lábio
superior mostrando os incisivos sem elevar o
nariz
- Zigomatico Maior
Ação de elevar e retrair o ângulo da boca
com força
Demonstra alegria
Pedir ao paciente para rir fortemente
- Zigomatico Menor
Ação de contrair elevando o lábio superior e
levando para fora a porção em que se insere,
arrastando consigo os ângulos externos da boca
Ação semelhante a dos elevadores mostra
expressão de tristeza.
Pedir ao paciente para elevar e retrair o ângulo da
boca elevação bilateral muscular. É semelhante ao
exame do Zigomatico Maior
O músculo deve ser apalpado por cima e por
fora do ângulo da boca.
O terapeuta pode fazer pressão bilateral com os
dedos medio/indicador para comparar a resistência
- Risório
Ação de tração lateral do ângulo da boca.
E o músculo do sorriso irônico e para tal
precisa do zigomatico assim como pela direção
de suas fibras também tem ação parecida a do
Bucinador.
Esta localizado mais superficialmente e
portando tem uma ação mais aparente na pele
aumentando a longitude transversa da boca
Pedir ao paciente para sorrir
- Bucinador
Ação de retrair o ângulo da boca e aumentar o
diâmetro transversal da mesma .E o único que tem fascia
profunda
Contribui na mastigação pois comprime as
bochechas mantendo o alimento sob a pressão direta dos
dentes
No sopro ,quando as bochechas estão distendidas
pelo ar acumulado em sua cavidade,a contração deste
músculo comprime o ar e o obriga a sair com pressão pelo
orifício bucal mantendo sua forma Mecanismo necessário
para a fala dos fonemas plosivos
Pedir ao paciente para retrair os ângulos da boca
ou soprar fortemente .Constatar a contração muscular na
execução do ato através da apalpação da bochecha
- Quadrado do Mento ou Depressor do Lábio
Inferior
Ação de depressão do lábio inferior com
projeção para a frente
Demonstra expressão de desagrado
Pedir ao paciente que faça (beicinho)
- Triangular ou Depressor do Ângulo da Boca
Ação de tração do ângulo da boca para
Baixo. Atua como antagonista do zigomatico
maior abaixando as comissuras e as levando
para fora.
Demonstra expressão de pouco caso
Pedir ao paciente que sem levar para
baixo o lábio inferior abaixe os ângulos da
boca
- Borla do Mento ou Mentual ou Transverso do
Mento ou Mentoniano
Ação de elevar e projetar para fora o lábio
inferior e ao mesmo tempo enrugar a pele do
mento e o eleva
Demonstra expressão de duvida ou
desdém
Pedir ao paciente que faça estas expressões
Movimentos Involuntário
Devemos observar o paciente em diferentes
momentos para concluir :
- Movimento é constante ou espasmódico
- Presente no movimento e no repouso com
modificação nesta passagem de estados
- Desaparece no sono
- Presente mesmo quando não observado
- O paciente tem consciência dele
*

Espasmo Hemifacial
Contrações paroxísticas tônicas ou clônicas dos
músculos inervados pelo facial.
Geralmente se iniciam pela região do olho e se
espalham pela hemiface
- espasmo criptogênico
lesão previa do nervo facial
não se relaciona a
- espasmo pós-paralítico
resulta de lesão
do nervo facial(Bell ou Traumática)
Pode surgir de dismielinização neste local
*
 TREMOR PERIORAL
Aparece no orbicular dos lábios e no queixo
 DISCINESIA TARDIA
Estado comum em pacientes que fazem uso
prolongado de alta doses de fenotiazina e L.Dopa
É o movimento atrasado
 TIQUES FACIAIS
Muitos são espasmos habituais. São
Movimentos estereotipados ,repetitivos e fáceis de
serem reproduzidos de forma voluntária
*
Mioquimia Facial

Movimento involuntário rápido e
ondulante da musculatura facial lembrando
movimento vermiforme.
Acomete fascículos musculares
individuais ao contrário de todo o músculo.
Estas descargas podem ser continuas ou
intermitentes e exacerbadas pela contração da
musculatura facial,especialmente quando
próxima do ponto de fadiga
Pode ser hemi ou bifacial
*
Movimentos Limitados aos Musculos
* FASCICULAÇÕES *
São abalos intermitentes. Contrações
irregulares não rítmicas de fascículos
musculares resultantes de ativação aleatória de
unidades motoras.
Presente em repouso, desaparece em
movimentos voluntários surgindo com maior
intensidade após os mesmos
É um movimento maior que a fibrilação *
 MIOTONIA
Contração persiste alem do tempo solicitado para
completar o movimento ( parece que não entendeu a
ordem )
 SINCINESIA
Contração associada não desejada de um músculo
facial ( ex. fechar o olho ao sorrir / contração do lábio ao
piscar )
São estereotipados e reflexos durante a contração
voluntária ou induzida.
Ocorrem mais frequentemente após a paralisia periférica
Exame da Sensibilidade
Esta responsabilidade na face é do nervo
trigêmeo que envia para o cérebro os estímulos
nela recebidos.
Usar o mapa topográfico para assinalar as
alterações com Calma , Paciência e Atenção
para não haver erro na informação
Não induzir respostas
Estímulo nos três ramos :
Oftálmico, Maxilar e Mandibular
*
 SENSIBILIDADE TATIL
- Usar um algodão ou pincel de cerdas suaves
 SENSIBILIDADE DOLOROSA / ALGESIA
-Usar alfinetes grandes
 SENSIBILIDADE TERMICA / TERMOESTESIA
-Usar tubos que contenham água fria 0 grau e
água quente 40 graus
 VIBRATORIA / PALESTESIA
-Usar vibrador em alguma proeminência óssea
 LOCALIZAÇAO TATIL
-Usar o algodão para que o paciente
identifique o local tocado.
TRATAMENTO
Cuidados iniciais:
Nos casos que envolvem olho paralisado :
- Tampão oclusivo
- Não coçar
- Evitar tomar banhos de emersão
- Usar produtos de higiene como shampo / sabonete
com PH neutro
- Evitar lugares enfumaçados, vento, poeira,
exposição ao frio e grande luminosidade
- Usar óculos escuros de modelo que proteja a lateral
do olho.
- Usar colírio
- Consulta com Oftalmologista para evitar úlcera de
córnea / cegueira.
 O tratamento pode variar entre :
- Reabilitação FONOTERAPICA
- Terapia medicamentosa ( nos primeiros dias
da instalação do quadro ) associado a
FONOTERAPIA
- Aplicação de Botox e Laserterapia associado
a FONOTERAPIA
- Reabilitação cirúrgica - quando o paciente
não melhora com a Terapia por ser caso muito
grave e precisar descomprimir o nervo
- Nos casos de rutura do nervo que necessite
anastomose
Não utilizar Corrente Galvânica que poderá
prejudicar o tratamento
Reabilitação Fonoaudiológica
O Fonoaudiólogo deverá:
- Conhecer a teoria da Paralisia Facial para entender
o processo normal e auxiliar a recuperaçâo nos casos
em que haja sequelas identificando as lesões.
- Esclarecer,orientar e conquistar a confiança do
paciente para te-lo como parceiro no processo de
recuperação.
- Documentar a evolução atraves de fotos autorizadas
- Traçar o plano terapeutico com atendimentos
diarios (se possível) senão 3 vezes por semana.
- A Reeducação facial é uma forma de reabilitação
que inclui manipulação dos músculos faciais e
exercícios especificos
- A reabilitação é lenta e minuciosa
- A quantidade de exercícios será em função do
teste muscular respeitando o número de repetições, o
tempo de manutenção e de Repouso.
- Os exercicios deverão ser feitos lentamente para
que consiga recrutar as fibras musculares mais
distantes que virão para completar o movimento. Se
fizer rapido apenas aquelas fibras musculares que estão
mais próximas trabalharão produzindo padrões que são
muito diferentes da expressão facial nomal que é sutil e
delicada. Se usar a força nos exercicios logo aparecerão
as sincinesias.
- A estimulação não deve durar mais que 15 minutos
para que o músculo não entre em fadiga.
- Os sinais de reinervação são na maioria pequenos
formigamentos ou comichões numa determinada área
da face.
- A higiene bucal deve ser intensificada.
- Manter os olhos bem abertos quando mastigar.
- Orientação para treino domiciliar 2 vezes ao dia
- Ambiente tranquilo sem a presença de terceiros
para não inibir o paciente
- Cuidados com a mastigação (devagar)
- Usar creme hidratante para não irritar a pele
- Estimular a face paralisada e relaxar a face normal
- Encaminhar para outros procedimentos caso haja
necessidade.
Na Terapia Fonoaudiológica são usadas :
Técnicas da Cinesiologia que envolvem os
seguintes objetivos :
- Estimulações de movimentos que são:
 Alongamentos
 Fortalecimento
Crioestimulação
Pontos Motores
ESTIMULAÇÕES
- Toques profundos ou superficiais sem causar dor
- Alisamentos energético e lento
- Tração suave e lenta
- Varredura
- Vibração
( Pressão intermitente com pequenas pausas e pouco
tempo - AUMENTA O TONUS )
( Pressão regular por muito tempo - DIMINUI O
TONUS )
Deve ter um ponto fixo estável para retorno da onda
(seguir em direção determinada e de acordo com a
necessidade do paciente )
Estímulos
Para aumentar o tônus
Para diminuir o tônus
movimentos rápidos
retos ou em toques
digitais, circulares
curtos ou longos
movimentos lentos
reto ou em toques
circulares curtos ou
longos
profundos
superficiais,
para cima
para baixo
Para o estímulo usar as mãos com luvas ,dedeiras,
massageadores ( esponjas e escovas ) em diferentes
tipos de movimentos :
- Retos e livres
- Circulares
- Ondulatórios
- Vibratórios
No bucinador usar movimentos circulares com os
dedos fechados
Cuidado com o uso de estímulos internos que
envolvam Vibração e Temperatura.
Alongamento Facial
É realizado com o objetivo de relaxar a
musculatura tensa e/ou hipertonica.
Utilizar movimento leve e com cuidado.
Manter uma extremidade muscular contida e
alongar a outra (segura / alonga)
Fortalecimento
- Caso o músculo apresente movimento,manter a
resistência do lado sadio. Caso contrário, colocar
oposição ao movimento do lado sadio.
- O tempo de resistência deve girar em torno de 5
segundos.
- Soltar a musculatura da hemiface e manter a
resistência na outra pelo mesmo tempo,conseguindo o
movimento pedir ao paciente para realizá-lo da melhor
maneira possível.
- Repetir por 5 vezes e passar para outro feixe
muscular.
- Observar para não exaurir o paciente.
Crioestimulação
- Utiliza gelo em ação terapêutica visando favorecer
estado de contração muscular .
- Utilizar em aplicações rápidas na pele, não superior a
15 min.no mesmo músculo. (alternando vasoconstrição
e vasodilatação )
- Favorece a tonicidade, a sensibilidade e a contração
muscular para a reabilitação.
- A combinação do frio e da dor gera estímulo e movimento
através de resposta muscular
- Envolver o gelo e dar estímulos rápidos 5 a 7 toques na pele
em direção ao movimento muscular desejado.
- Conter / Relaxar( lado paralisado e lado sadio)
- Em seguida fazer resistência com os dedos ao movimento
feito pelo paciente .
Pontos Motores
- Ponto da Pálpebra Fechar bilateralmente as pálpebras com contração do
orbicular do olho
- Ponto Nasal superior Elevação do supercílio, rugas horizontais,
fechamento bilateral das pálpebras seguido de maior
abertura pela contração do orbicular do olho
- Ponto da Asa do nariz Asas nasais erguidas aumentando as fossas
- Ponto Nasal inferior Protusão e elevação da parte mediana do lábio superior
- Ponto do Lábio Leve protusão e aparecimento de rugas nos lábios
Com palito estimular o ponto motor e solicitar o
movimento.
Tratamento Medicamentoso
- Corticóides amenizam a dor ( Bell e Ramsay Hunt)
- Antinflamatórios
- Aciclovir (Herpes Zoster )
- Antibióticos nos casos de otite
- Vitamina B12
Tratamento cirúrgico na P.F
- Na otite média crônica (descomprimir o nervo)
- Tumores de Ouvido
- Traumas com lesão do nervo facial
EXAMES COMPLEMENTARES
ELETRONEUROMIOGRAFIA (EMG)
É o exame que registra a atividade elétrica
dos músculos.
É realizado através de um eletrodo de
agulha,com cabo interno e cânula externa que
registra os padrões osciloscópicos da fibra
motora.
 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)
Útil nos casos de suspeita de colesteatoma
 RESSONÂNCIA NUCLEAR MAGNÈTICA
(RNM)
- Realizada após o 3 dia
- Evidencia maior captação de contraste onde
existe maior edema do nervo identificando o
segmento mais comprometido.
Audiometria tonal
A baixa de audição
sensorial
Lesão Alta
(do meato para cima)
A baixa de audição
condutiva
Lesão no segmento
(do meato para baixo)
 REFLEXO ESTAPÉDICO
- Presença de Reflexo sugere bom
Prognóstico.
- A Imitanciometria afasta patologia de
orelha media
Bibliografia

CRUZ, REJANE VILHENA, Miologia da face Rio
de Janeiro – 1996

CRUZ, REJANE VILHENA, Monografia sobre o
nervo facial e suas inplicações – SMS RJ – 1996

SEGÓVIA, ARIA LUIZA, Interrelaciones Entre la
Odontoestomatologia y la Fonoaudiologia – Buenos
Aires – Editora Médica Panamericana

LUCENA, ANTÔNIO CARLOS T, Fisioterapia na
Paralisia Facial Periférica – São Paulo – Editora
Louise

LOVE WEBB, Neurologia para Los Especialistas
Del Habla e Del Lenguage, Buenos Aires – Editora
Panamericana

ABIB, VALÉRIA, Paralisias Faciais – Estética,
Fala e Deglutição – Associação Fluminense de
Reabilitação ( AFR ) – 2006

MACHADO ANGELO, Neuroanatomia Funcional 2° edição - Editora Ateneu

SWANGON, D.PHILLIP, Sinais e Sintomas em
Neurologia – Editora Reviuter - Rio de Janeiro –RJ

SURTINONE, OSVALDO, Semiologia Del Sistema
Nervoso – Buenos Aires 4° Edição – Editora Ateneu

ROMEIRO, VIENIA, Semiologia Médica- Editora
Guanabara – 5° Edição

CANELAS, M. HORÁCIO, Fisiopatologia do
Sistema Nervoso – Editora Saivier

As imagens contidas neste trabalho foram
pesquisadas e copiadas do veículo Internet –
Google – 2009
- ESTE TRABALHO ESTÁ REGISTRADO COM
AUTORIA DAS FONOAUDIÓLOGAS
-SHEILA WIENSKOSKI CRUZ – CRFA1 – 0479
-REJANE VILHENA CRUZ PEREIRA – CRFA1 - 8377
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