XXV CONGRESSO BRASILEIRO DE ZOOTECNIA
ZOOTEC 2015
Dimensões Tecnológicas e Sociais da Zootecnia
Fortaleza – CE, 27 a 29 de maio de 2015
Produção e produtividade leiteira no Estado do Maranhão (2004- 2013)
Production and milk productivity in the State of Maranhão (2004-2013)
Geyssane Sousa Farias1, João Gomes Soares Filho2, Débora Kallyne Pinheiro3, Stéfane de Sousa
Cunha4, Diego de Sousa Cunha5, Sánara Adrielle França6, Lucas Eduardo Silva Pereira7
1
2
Graduanda do curso de Zootecnia, CCA/UEMA/São Luís, MA, Brasil.E-mail:[email protected]
Chefe do Departamento de Zootecnia, CCA/ UEMA/São Luís, MA, Brasil.
Graduandos(as) do Curso de Zootecnia/CCA/ UEMA/São Luís, MA, Brasil.
3,4,5,6,7,
Resumo: De acordo com dados do IBGE, na região nordeste foi produzido 3,8 bilhões de litros de leite
em 2009, representando 13,1% da produção nacional. O Maranhão, que no ano de 2000 contribuía com
6,9% dessa produção nordestina, em 2009 aumentou a sua participação com 9,3%, ocupando a 4ª posição
do ranking de produção de leite no nordeste. Desta forma o objetivo deste trabalho foi avaliar a evolução
da pecuária leiteira compreendida entre os anos de 2004 e 2013, estimando produtividade vaca/dia nas
microrregiões do estado do Maranhão. Após analise, constatou-se que as três microrregiões mais
produtoras são Imperatriz, Pindaré e Alto Mearim e Grajaú, com produtividades médias de 3,05, 2,19 e
1,44 litro/vaca/dia no ano de 2004 e foram 2,99, 1,83 e 1,46 litro/vaca/dia em 2013. Sendo que as três
microrregiões menos produtora no ano de 2004 foram Coelho Neto, Rosário e Aglomeração Urbana de
São Luís com produtividades médias de 0,757, 2,24 e 3,24 litros/vaca/dia correspondentes e no ano de
2013 as microrregiões do litoral ocidental, Coelho Neto e Aglomeração Urbana de São Luís com
produtividades médias de 0,895, 0,819 e 3,80 litros/vaca/dia. Com estes resultados, conclui-se que
algumas microrregiões do estado em nove anos apresentaram aumento em relação ao numero de vacas
ordenhadas, na qual demostra o avanço da produção, porem com produtividades relativamente Baixa,
reafirmando a necessidade de investimentos no setor.
Palavras–chave: avanços, bacia leiteira, microrregiões
Abstract: According to IBGE, in the northeast was produced 3.8 billion liters of milk in 2009,
representing 13.1% of national production. Maranhão, which in 2000 accounted for 6.9% of Northeastern
production in 2009 increased its stake to 9.3% in 4th position of milk production ranking in the northeast.
Therefore, the objective of this study was to evaluate the evolution of dairy farming between the years
2004 and 2013, estimating productivity cow / day in the regions of the state of Maranhão. After analysis,
it was found that the three most producers are micro Empress, Pindaré and High Mearim and Grajaú, with
average yields of 3.05, 2.19 and 1.44 liters / cow / day in 2004 and were 2, 99, 1.83 and 1.46 liters / cow /
day in 2013. Since the three micro-less production in 2004 were Coelho Neto, Rosary and St. Louis
Urban Agglomeration with average yields of 0.757, 2.24 and 3 24 liters / cow / day and corresponding in
2013 micro regions of the western coast, Coelho Neto and Agglomeration St. Louis Urban with average
yields of 0.895, 0.819 and 3.80 liters / cow / day. With these results, it is concluded that some state
microregions in nine years showed an increase compared to the number of cows milked, which
demonstrates the advance of production, but with relatively low yields. Reaffirming the need for
investments in the sector.
Keywords: advances, milk basin, micro-region
Introdução
A pecuária leiteira tem grande importância como atividade econômica e social no Brasil.
Segundo os dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, 2013), o rebanho
brasileiro ocupa a 2ª posição no ranking mundial, ficando atrás somente da Índia. Em relação a produção
de leite, o país encontra-se na quinta posição no ranking mundial com volume de 32,380 mil/t. Em 2013 a
região nordeste ocupa a quinta posição no âmbito nacional com o rebanho leiteiro e produção
respectivamente entorno de 2.673.591 cabeças e 2.914.017 mil litros.(FAO,2013)
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE) referente ao censo
agropecuário 2013, O Maranhão, que no ano de 2000 contribuía com 6,9% dessa produção nordestina, em
2009 aumentou a sua participação com 9,3%, ocupando a 4ª posição do ranking de produção de leite no
nordeste, que tem a Bahia como principal produtor, com 1,1 bilhão de leite coletado. Em 2013 na região
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nordeste houve um aumento no número de vacas ordenhadas, em grande parte influenciada pelo estado da
Bahia.
Segundo a Embrapa gado de leite (2002) Maranhão possuem uma área representativa de
cerrado, em fase de expansão na produção de grãos, o que prevê o estabelecimento de uma pecuária
leiteira competitiva neste ecossistema da região, para suprir as necessidades de consumo da população
local, que atualmente depende de boa parte do produto importado de outras regiões A maior parte do
problema é devida à baixa produtividade dos fatores: terra, mão-de-obra e animais (Silva et al., 2012).
Para fomentar ainda mais o setor leiteiro e contribuir com a qualidade do leite fornecido no Maranhão,
governo do estado, prefeituras municipais, associações e cooperativas vem promovendo diversas ações
com uso de tecnologias capazes de melhorar a eficiência dos fatores de produção, principalmente a
genética, a alimentação e a sanidade dos animais. O presente estudo teve por objetivo analisar a evolução
da pecuária leiteira, compreendia entre os anos de 2004 e 2013 no estado do Maranhão através dos dados
coletados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e utilização de equações para estimar o
aumento ou decréscimo da produtividade.
Material e Métodos
Para realização do trabalho, utilizaram-se dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). Analisando informações do censo agropecuário de 2004 e 2013 referente a produção leiteira das
microrregiões do estado do Maranhão. Os dados utilizados foram o número de vacas ordenhadas e
produção de leite dos 217 municípios maranhenses, sendo estes separados em vinte e um microrregiões:
Aglomeração Urbana de São Luis, Baixada maranhesense, Itapecuru Mirim, Lençóis Maranhenses,
Litoral Ocidental Maranhesense, Rosário, Chapadas das Mangabeiras, Gerais de Balsas, Porto Franco,
Baixo Parnaíba Maranhense, Caxias, Chapada do Alto Itapecuru, Chapadinha, Codó, Coelho Neto,
Gurupi, Imperatriz, Pindaré, Alto Mearim e Grajaú, Médio Mearim e Presidente Dutra.
Diante das médias de dados encontradas para cada Microrregião, foram realizados cálculos para
estimar o aumento ou decréscimo na produtividade leiteira do estado do Maranhão através da estimativa
de média/vaca/dia e média/vaca/lactação, efetuando-se, posteriormente a comparação entre os dois anos
analisados.
Resultados e Discussão
Perante os dados analisado, observou-se que as três microrregiões com maior produção leiteira no
estado do Maranhão em ordem crescente foram Alto Mearim e Grajaú, Pindaré e Imperatriz, para ambos
os anos de pesquisa. Apesar do aumento em número de vacas ordenhadas e produção de litro de leite,
houve redução na produtividade vaca/dia como mostra a tabela 1.
Tabela 1: Médias das três Microrregiões mais produtoras de 2004 e 2013, em relação à quantidade
de vacas ordenhadas, quantidade de leite, média/vaca/lactação e média/vaca/dia.
Maranhão
Censo pecuário 2004
Censo pecuário 2013
Microrregião
Vacas
ordenhadas
Mil
litros
Lactação
Vaca/dia
Vacas
ordenhadas
Mil
litros
Lactação
Vaca/dia
Alto Mearim e
Grajaú
44939
19801
441
1,44
7278
32314
447
1,46
Pindaré
58512
39114
668
2,19
79189
44085
557
1,83
Imperatriz
150074
139399
929
3,05
186348
169677
911
2,99
Fonte: Autores a partir de dados do IBGE (2004-2013)
Um destaque negativo considerado na pesquisa é a microrregião da Aglomeração Urbana de São
Luís, que permaneceu em 21° colocação nos anos de 2004 e 2013. Porem apresentou a melhor
produtividade/vaca/dia. Diferente da microrregião dos Lençóis que ocorreu um aumento no efetivo de
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vacas ordenhadas do ano de 2004 para 2013. No entanto a produtividade/vaca/dia reduziu 48% em
relação a 2004, sendo assim a menor no estado no ano de 2013.
As três piores microrregiões em número de vacas ordenhadas em 2004 em ordem crescente foram
Aglomeração Urbana de São Luís, Rosário e Coelho Neto. A microrregião de Rosário em 2013
apresentou um aumento no numero de vacas ordenhadas porem a produtividade média/vaca/dia houve
uma redução de 2,24 para 1,82 litros.
Conclusões
A cadeia produtiva do leite do estado do Maranhão é extremamente importante para o
desenvolvimento do estado, tanto sobre a ótica econômica quanto pela ótica social. Entretanto, a pesar
dos resultados positivos relativos ao crescimento da produção em relação ao conjunto da região nordeste,
percebe-se que a estrutura natural e humana da região ainda é muito deficiente, Medidas de fomento e de
orientação técnica aos proprietários e funcionários podem contribuir substancialmente para a melhoria das
ações gerenciais das propriedades e, assim, repercutir no sucesso do negócio do leite.
Literatura citada
Empresa Brasileira de pesquisa agropecuária - EMBRAPA GADO DE LEITE. 2002. Disponível em:
<http://sistemadeproducao.cnptia.embrapa.br.> Acessado em Jan/2015.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)- Censo agropecuário 2004. Acessado em Jan/2015
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)- Censo agropecuário 2013. Acessado em Jan/2015
SILVA, Z. F.; CAVALCANTE, A. A.; BENTO JUNIOR, F. A.; SOUSA, S. R.; LOIOLA, M. L.
Características do sistema de produção de leite da Microrregião de Imperatriz, no Estado do
Maranhão. Revista de Ciências Agrárias, v. 55, n. 2, p. 92-97, abr./jun. 2012.
USDA – U.S. Department of Agriculture. Economic Effects of U.S.Dairy Policy and Alternative
Approaches to Milk Pricing. Report to Congress, jul. 2013. Disponível em:
<http://www.usda.gov/documents/NewsReleases/dairyreport1.pdf>. Acesso em: Jan. 2015.
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