Ano III :: Nº18 :: Março/Abril de 2008 SINCAVIR realiza III SEMANA DA SAÚDE No terceiro ano consecutivo, o SINCAVIR realizou mais uma edição da SEMANA DA SAÚDE, entre os dias 22 e 25 de abril, na sede do Sindicato. A presença dos taxistas e seus familiares confirmam o sucesso do evento. ................................................................................ Páginas 12 e 13 Taxista e seus problemas no trânsito O SINCAVIR esteve em vários pontos da área central e verificou os principais problemas do taxista no trânsito e no ponto. O Sindicato já reivindicou à BHTrans melhores condições de trabalho para o motorista. É preciso fiscalização para ajudar o taxista. - Embarque e desembarque de passageiros - Particulares invadem ponto de táxi ........................................................... Saúde no ponto Sabará e Fone Táxi Santa Luzia, no bairro Santa Efigênia .................................... Páginas 20 e 21 Páginas 11 e 22 E+! Taxistas de BH: exemplo nacional ...................................... pag. 10 Cuidado: a dengue mata ...................................... pag. 19 Aero-táxi Pampulha ...................................... pag. 23 02 Mar / Abr 2008 PALAVRA DO PRESIDENTE Aqui tem gente honesta Finalmente, chegamos à decisão da Justiça mineira sobre o imbróglio que tentaram fazer das eleições do SINCAVIR. A verdade sempre prevalece, apesar de algumas pessoas insistirem em não querer ver. Enquanto isso são derrotadas a cada tentativa de burlar os fatos. Não aprendem de jeito nenhum. No final, os maiores prejudicados são estas pessoas que se deixam levar por aqueles que querem recuperar a auto-estima, porque quando estiveram à frente da entidade não conseguiram viabilizar nenhuma ação em benefício da categoria. Não me canso de repetir: enquanto estivermos à frente do Sindicato, não adianta tentar entrar pela porta dos fundos, de soslaio, sorrateiramente. Aqui tem gente honesta, que não deixa a categoria ser enganada. Também não me canso de dizer que o Sindicato não é o Dirceu, o Ricardo o Avelino. O Sindicato somos todos nós e, mais uma vez, volto a afirmar o que disse na eleição do primeiro mandato: presidente de Sindicato não é profissão. Saberei sair no momento certo e sairei com a cabeça erguida, pela porta da frente. Quanto a este assunto das eleições, veja, na página 3, o acórdão da Justiça encerrando o assunto nesta instância. Outra vitória registrada nas nossas páginas foi a terceira edição da Semana da Saúde, que o próprio taxista diz que é um sucesso. Ficamos alegres e motivados cada vez que realizamos um trabalho bem feito como este. Sabemos que estamos contribuindo para uma vida melhor para o taxista e sua família. Outros assuntos importantes estão nas páginas do “Táxi Notícias”. O diretor Avelino esteve em vários pontos de táxi com o SAÚDE NO PONTO e com o SINCAVIR NO PONTO. Registramos alguns problemas como dificuldade de embarque e desembarque no centro da capital e invasão de carros particulares nos pontos. Este é um caso sério porque o taxista é forçado a parar em fila dupla, a BHTrans chega e multa, mas não resolve o problema do carro que está parado nas nossas vagas. Já protocolamos documento na BHTrans com pedido de fiscalização no ponto de táxi para retirada de motos, veículos particulares e até caçambas do ponto. Outro problema que se torna cada dia mais sério é a retirada da placa de término do ponto de táxi. Isto está causando confusão e a BHTrans precisa retornar com estas placas urgentemente. Por fim, parabenizamos a todos os taxistas honestos e solidários que engrandecem o sistema de táxi de Belo Horizonte. Publicamos, na página 10, o bom exemplo de motoristas idôneos, que respeitam o usuário. Estes profissionais são o orgulho da classe. Meu abraço a todos, Dirceu Efigênio Reis Presidente do SINCAVIR-MG Assembléia de prestação de contas No dia 26 de março, foi realizada a Assembléia Geral Ordinária (AGO) do SINCAVIR para prestação das contas do exercício 2007. Com a presença de associados, membros do Conselho Fiscal e do contador do Sindicato, o presidente Dirceu Efigênio dos Reis apresentou o balanço patrimonial da entidade e um relatório das principais realizações durante 2007. Relatório de ocorrências 2007 ■ Campanhas de incentivo ao uso do táxi; ■ Inicio da revisão do regulamento do serviço público por táxi; ■ Defesa das permissões de táxi; ■ Ações contra o transporte clandestino em BH e Contagem; ■ II Semana da Saúde; ■ Gratuidade do curso de reciclagem junto ao SEST/SENAT; ■ Elaboração de planos e estratégias juntamente com a PM/MG, para combater a violência contra os taxistas e criação da Operação São Cristóvão em caráter permanente; ■ II Feira Táxi que contou com a presença do Prefeito da Capital; ■ Realização de eleições democráticas com utilização da urna eletrônica; ■ Criação do site do SINCAVIR; ■ Continuação dos projetos SAÚDE NO PONTO e SINCAVIR NO PONTO; ■ Reforma no balneário do Sindicato na Praia das Neves; ■ Inauguração do ambulatório médico da Santa Casa que hoje conta com seis especialidades médicas (clinica geral, ginecologia, endocrinologia infantil, pediatria, cirurgia geral, obstetrícia); ■ Revisão da planilha de custo do táxi; ■ Criação de um ponto de estocagem para os táxis lotação na Avenida Olegário Maciel; ■ Acompanhamento de vários projetos de lei que envolvem a categoria: regulamentação da profissão, moto táxi, dentre outros; ■ Monitoramento de eventos no Expominas; ■ Participação efetiva no Fórum dos Taxistas; ■ Participação no Fórum de mobilidade da área central de BH (planejamento estratégico da cidade quanto a qualidade de vida, moradia, circulação e questões ambientais); ■ Criação, extensão e transferências de vários pontos de táxis a pedido dos taxistas; ■ Parceria com o INSS para oferecer serviços e informações precisas aos associados; ■ Retirada da car/descarga do ponto da av. Afonso Pena entre ruas Bahia e Tamoios; ■ Busca constante de novas parcerias para locação de espaço na sede do Sindicato e de publicidade para o nosso jornal que tem publicação bimestral; ■ Serviço de despachante no setor de recursos de multas; ■ Envio trimestral de boletas de mensalidade; ■ Participação ativa da diretoria em todas as cerimônias, assembléias, audiências públicas, encontros de representantes da categoria; ■ Participação efetiva no projeto de implantação do GPS; ■ Participação em diversas reuniões do Conselho Municipal de Transportes de Contagem. ATENÇÃO Informamos que devido aos altos custos administrativos e operacionais, o SINCAVIR tem a necessidade de aumentar o valor da mensalidade que se mantém em R$ 10,00 (dez reais) desde 1995. O novo valor será definido em assembléia com data a ser marcada no mês de maio. Contamos com a sua compreensão. Diretoria SINCAVIR EXPEDIENTE Órgão oficial do Sindicato Intermunicipal dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários Taxistas e Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens de Minas Gerais Diretoria Efetiva: Dirceu Efigênio Reis, Presidente / Avelino Moreira de Araújo, Secretário / Ricardo Luiz Faedda, Tesoureiro Diretores Suplentes: Fábio Vitor dos Santos / Alexandre Xavier Pinto / Valdir José Flores Conselho Fiscal Efetivo: Sandoval Queiroz / José Eustáquio da Silva / Adílio Gomes de Souza Conselho Fiscal Suplente: Geraldo Luiz Vieira da Silva / Luiz Graziani Venturine / Dirceu Vilarino Rua Jacuí, 3761, Ipiranga, Belo Horizonte, Minas Gerais. CEP: 31.160-190 - Telefax: (31) 3426-3466. Jornalista Responsável:Sandra Romão (MG 05030 JP) Redação, Edição, Revisão e Fotos: Sandra Romão e Isa Patto (MG 12994 JP) Projeto Gráfico e Layout: Bla Comunicação (31) 3309-7502 Tiragem: 10.000 exemplares / Impressão: Fumarc E-mail: [email protected] Atenção: todos os anúncios aqui publicados são de inteira responsabilidade do anunciante. Matérias e artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não representam, necessariamente, a opinião do jornal Táxi Notícias. 03 Mar / Abr 2008 PROCESSO ELEITORAL Nova vitória na Justiça A Justiça deu ganho de causa para o SINCAVIR no processo ajuizado pela Chapa 2 a fim de invalidar as eleições ocorridas em novembro de 2007. No acórdão da Justiça, divulgado no último dia 1° de abril, o juiz julgou improcedentes os pedidos apresentados pelo autor da ação e declarou a legalidade das eleições realizadas para a diretoria do Sindicato. Para o presidente do SINCAVIR, Dirceu Efigênio Reis, esta ação judicial veio reforçar a transparência e seriedade do trabalho desenvolvido pela atual diretoria do Sindicato: “Mais uma vez, o juiz reconheceu a lisura do nosso processo eleitoral e deu fim nesta tentativa escusa da Chapa 2 de tentar entrar no Sindicato pela porta dos fundos de forma ilegal. Esta vitória é dedicada a todos aqueles que caminham com retidão e buscam o crescimento da nossa entidade”. O que é acórdão É a decisão do tribunal. O acórdão é uma peça escrita com o resultado de julgamento proferido por um colegiado (grupo de juízes ou ministros). Compõe-se de relatório (exposição geral sobre o assunto), voto (fundamentação da decisão tomada) e dispositivo (a decisão propriamente dita). Veja a íntegra do acórdão Processo : 01492-2007-021-03-00-0 ROPS Data de Publicação : 04/04/2008 Órgão Julgador : Segunda Turma Juiz Relator : Desembargador Luiz Ronan Neves Koury CERTIDÃO DE JULGAMENTO PROCESSO No. 01492-2007-021-03-00-0 ROPS (Rito Sumaríssimo) Vara de Origem : 21a. Vara do Trab.de Belo Horizonte Recorrente(s) : (1) Gerson Silva Vieira Recorrido(s) : (1) Sindicato Intermunicipal dos Condutores Autonomos de Veiculos Rodoviarios Taxistas e Transportadores Rodoviarios Autonomos de Bens de Minas Gerais CERTIFICO que o Tribunal Regional do Trabalho da 3a. Região, em Sessão Ordinária da Segunda Turma, hoje realizada, analisou o presente processo e, unanimemente, conheceu do recurso; sem divergência, rejeitou a preliminar suscitada e negou provimento ao apelo, na forma da fundamentação do voto do Exmo. Desembargador Relator, juntada aos autos, que integra esta certidão, para os fins e efeitos do artigo 895, parágrafo 1o., IV, da CLT. RECORRENTE: GERSON SILVA VIEIRA RECORRIDOS: SINDICATO INTERMUNICIPAL DOS CONDUTORES AUTONOMOS DE VEÍCULOS RODOVIÁRIOS, TAXISTAS E TRANSPORTADORES RODOVIÁRIOS AUTONOMOS DE BENS DE MINAS GERAIS SINCAVIR E OUTRO VOTO Dispensado o relatório, nos termos do inciso IV do /S 1.o do artigo 895 da CLT. ADMISSIBILIDADE Conheço do Recurso Ordinário interposto, vez que presentes os pressupostos de admissibilidade. O Ato n-o 02/2007, aprovado pela RA n-o 98/2007, suspendeu os prazos processuais e o funcionamento do Foro das Varas do Trabalho de Belo Horizonte no período de 20-12-2007 a 25-01-2008. Assim, o prazo para a apresentação do Recurso Ordinário iniciou-se em 28-01-2007 e findou-se em 07-02-2008. O protocolizou o recurso em 07-02-2008, fl. 536, sendo, portanto, tempestivo o apelo. MÉRITO CERCEIO DE DEFESA Aduz o recorrente que na decisõo recorrida, ao se dar validade aos dispositivos estatutários do recorrido, mormente relativamente aos que tratam das eleições, não enfrentou os princípios da moralidade, legalidade e da lisura das eleições, conforme consta dos itens 7.1 e 7.2 da inicial, fl. 10. O recorrente aponta a insuficiência de prestação jurisdicional, mas tal fato não se configurou na medida em que a decisão se encontra fundamentada, com a apreciação de todas as questões que foram objeto da controvérsia. Rejeito. DECRETAÇÃO DA NULIDADE DA CHAPA CONCORRENTE ÀS ELEIÇÕES SINDICAIS O Recorrente insurge-se em face da sentença proferida pelo MM. Juiz da 21-a Vara desta Capital que, às fls. 531/534, julgou improcedentes os pedidos apresentados na inicial e declarou a legalidade das eleições realizadas para a Diretoria do Sindicato Intermunicipal dos Condutores de Veículos Rodoviários, Taxistas e Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens de Minas Gerais SINCAVIR e outro. Aduz que a decretação da nulidade da eleição da “Chapa 2”, da qual era membro, somente poderia ter ocorrido por afronta ao art. 11, alínea d, do Estatuto do Sindicato. Assevera que para o MM. Juiz de Primeira Instância a conjugação da liberdade sindical e a soberania da assembléia geral são capazes de tornar legais todas as normas contidas no estatuto social do SINCAVIR. Registra que a liberdade sindical prevista no art. 8-o da Constituição Federal não desobriga dirigentes e associados de respeitarem as leis ou confere às suas assembléias soberania absoluta, inerente apenas ao Estado. Para solução do litígio, impõe-se a interpretação sistêmica das normas estatutárias, pois dela poderemos retirar toda a eficácia necessária para o deslinde da questão, conjugando fatores e circunstâncias que regem a sua formação e aplicação a fim de obter o real sentido e alcance da norma. Como asseverou o juízo de primeiro grau, o parágrafo único do art. 5-o do Estatuto da entidade, dispõe que: “somente poderá disputar cargo eletivo no sindicato, o associado com um mínimo de dois anos de filiação até a data da publicação do Edital para a realização da Eleição.” (fl. 22, grifo meu). Embora tal artigo não esteja inserido no Capítulo V, trata das eleições, não pode ser ignorada tal exigência pelos membros integrantes da chapas que pretendem concorrer a cargos eletivos do Sindicato. Restou demonstrado, pelo documento de fl.35, que cinco dos membros integrantes da chapa do recorrente não tinham o tempo necessário de filiação à entidade sindical, enquadrando-se na vedação do referido dispositivo estatutário. De outro lado, é impertinente a alegação de que os componentes da Chapa 1, que integravam a Diretoria do sindicato, não poderiam anular o registro da sua chapa, porquanto o parágrafo único do artigo 11 do Estatuto prevê tal hipótese (fl.22). Além do mais, a anulação de Chapa tinha que ser feita em reunião conjunta da Diretoria e Conselho Fiscal. A decretação da nulidade ocorreu antes das eleições por parte da Diretoria que estava no exercício do mandato. Se os membros dessa Diretoria resolveram formar uma Chapa, concorreram e saíram vitoriosos no processo eleitoral, não é possível decretar a nulidade da decisão da Diretoria e do Conselho Fiscal do SINCAVIR, que cancelou a inscrição Chapa formada pelo Recorrente, que a referida decisão foi lastreada nos dispositivos estatutários mencionados. Lado outro, o Recorrente não demonstrou as leis que o Estatuto do SINCAVIR não respeitou. A alegação - de que a decretação de nulidade de chapa em razão de existência de inscrição do nome do candidato em qualquer serviço de proteção ao crédito é ilegal e deve ser declarada nula por Especializada, além de não constar dos limites da lide, pois a questão somente está sendo suscitada no recurso, não está inserida no objeto da presente ação relativa à anulação de Assembléia Geral Ordinária para renovação do Conselho de Administração e Fiscal do recorrido. Quanto à alegação de que o Sr. Dirceu Efigênio Reis concorreu para dois cargos, quais sejam, Diretor e Delegado para a Federação,cabe ressaltar que este último, nos termos do art. 12, alínea c, do Estatuto, é escolhido pela Diretoria, não se tratando, portanto, de cargo eletivo. O Edital de Convocação de fl. 31, com a exigência de formação da Chapa com 12 membros, encontra-se de acordo com a norma acima mencionada, já que o cargo de Delegado para a Federação é preenchido mediante escolha da Diretoria e não por eleição. Quanto à alegação de que o Sr. Dirceu Efigênio Reis utilizou a máquina administrativa do SINCAVIR para fazer propaganda de sua candidatura, não há nos autos provas que permitam chegar a tal conclusão. Tal fato é apontado pela juntada de apenas uma correspondência, a de fl. 63, num universo de 6.924 associados ao Sindicato. Se o Recorrente alega que foi enviada correspondência a todos os associados, deveria ter juntado pelo menos as correspondências recebidas pelos candidatos de sua Chapa, ônus do qual não se desincumbiu. Também não se tem certeza se a correspondência teria sido enviada com a utilização da máquina administrativa do recorrido. No tocante ao pedido de indenização por danos morais, o recorrente não comprovou qualquer ato ilícito praticado pelo recorrido com reflexos em bens personalíssimos tutelados no artigo 5-o, X da CR. Nego provimento. CONCLUSÃO Pelo exposto, conheço do Recurso Ordinário interposto e, no mérito, NEGO-LHE PROVIMENTO. Presidente: Exmo. Desembargador Anemar Pereira Amaral. Tomaram parte na decisão os Exmo. Desembargadores: Luiz Ronan Neves Koury (Relator), Anemar Pereira Amaral e Márcio Flávio Salem Vidigal Procuradora do Trabalho: Dra. Maria Amélia Bracks Duarte. Inscrito para sustentação oral: Dr. Fernando Augusto P. Caetano. Para constar, lavro a presente certidão, do que dou fé Belo Horizonte, 01 de abril de 2008. Nadja Maria Prates Públio Diretora da Secretaria da Segunda Turma DECISÃO: A Turma, unanimemente, conheceu do recurso; sem divergência, rejeitou a preliminar suscitada e negou provimento ao apelo, na forma da fundamentação do voto do Exmo. Desembargador Relator, juntada aos autos, que integra esta certidão, para os fins e efeitos do artigo 895, parágrafo 1o., IV, da CLT. 04 Mar / Abr 2008 Taxistas se únem e criam a Aprotáxi-MG A necessidade de criar condições favoráveis e seguras para proteção do instrumento de trabalho do taxista levou um grupo de motoristas de táxi a criar a Associação de Proteção ao Taxista de Minas Gerais (Aprotáxi-MG). A Associação começa a funcionar em maio, em uma sala alugada na sede do Sindicato. A assistência será destinada somente a veículos enquadrados na categoria aluguel táxi. De acordo com o presidente do SINCAVIR, Dirceu Efigênio Reis, que também é presidente da Associação, o principal objetivo da entidade é proteger Novo regulamento do táxi Representantes dos taxistas e BHTrans continuam a se reunir semanalmente para discutir importantes mudanças no “Regulamento do Serviço de Transporte Público por Táxi do Município de Belo Horizonte”. Vários itens já foram discutidos e modificados, entre eles o artigo 20: “Os pontos de táxi serão regulamentados pela BHTrans em função do interesse público da conveniência técnico-operacional, em conformidade com o Sindicato, das modalidades de serviço e de eventuais condições específicas de operação”. a ferramenta de trabalho e dar assistência ao motorista de táxi em qualquer caso de sinistro ou incidente com o veículo: “A Associação garantirá assistência 24 horas para todos os veículos em um raio de 100 quilômetros de Belo Horizonte. Teremos reboque disponível 24 horas para qualquer ocorrência que envolva colisão, pane elétrica e pane seca. Além disso, um chaveiro também ficará disponível para as emergências”. Como se associar Para ser sócio da Aprotáxi o taxista deverá apresentar o certificado do veículo na categoria aluguel e pagar uma taxa de adesão de acordo com o valor do veículo. A partir daí será cobrada uma mensalidade que também irá variar segundo o ano e marca do carro. De acordo com Dirceu, a Associação vai trabalhar com o sistema de rateio entre os participantes quando houver ocorrência de sinistro. Dirceu deixa claro uma regra da Associação: “Em nenhuma hipótese será dada proteção a veículo particular, mesmo que este seja de propriedade do motorista associado”. Mar / Abr 2008 05 06 Mar / Abr 2008 Mal-entendido leva motorista auxiliar a perder emprego No dia 16 de outubro de 2007, o motorista auxiliar Leandro da Silva Santiago foi procurado pelo médico Sebastião Cristiam Bueno para tentar esclarecer um furto que o taxista não havia cometido. A partir daí ocorreu um mal-entendido que levou Leandro a processar criminalmente o médico por calúnia, pois logo após o episódio ele foi dispensado do trabalho pelo permissionário do táxi, Vandeir Mendes Parreira (GWV 6008). As conseqüências deste fato foram drásticas para o taxista. Além de perder o emprego, ele diz que foi difamado entre os colegas. “Fui muito prejudicado com tudo isso e até hoje não consegui rodar mais em nenhum táxi”, conta. O caso foi parar na Justiça e a fim de reparar o prejuízo sofrido pelo taxista o juiz Christiano de Oliveira Cesarino determinou que fosse publicado no jornal do SINCAVIR, o “Táxi Notícias”, uma mensagem em local de destaque, com nota de esclarecimento quanto à suposta acusação de prática do crime de receptação atribuída ao taxista Leandro. O furto Na tarde do dia 16 de outubro o capacete do médico Sebastião Cristiam Bueno foi furtado na sala da coordenação médica, dentro do Hospital João XXIII. Segundo o médico, a janela da sala fica de frente para a av. Alfredo Balena, onde alguns moradores de rua costumam se abrigar. Às 19 horas, quando estava saindo do hospital, Cristiam deu falta do capacete. Imediatamente, tomou as providências para descobrir quem poderia ter furtado. Ele conta o que aconteceu: “Descobri quem roubou através de testemunhas. O rapaz é conhecido como Neguinho, lava carros na região, e foi preso logo depois. Mas ele já havia vendido o capacete. Aí fui tentar descobrir para quem ele vendeu para eu recuperar. Só que ele estava muito drogado, muito embriagado e não falava nada com nada. Depois que ele foi conduzido para a delegacia fiquei conversando com moradores de rua e taxistas que páram no ponto próximo ao hospital para ver se alguém tinha visto alguma coisa. Eles comentaram que esta pessoa que furtou o capacete tinha contato com o Leandro, que de vez em quando o ajudava, deixando ele lavar o carro. Foi aí que resolvi procurar o Leandro. Liguei para o dono do táxi e perguntei se ele tinha o telefone do Leandro. Eu disse que ele tinha sido citado na investigação de um furto e que talvez pudesse me ajudar a esclarecer. O dono do carro ficou assustado, mas eu deixei claro que o Leandro não tinha roubado o capacete e que eu só queria que ele me ajudasse a recuperar o bem furtado. Então ele me deu o telefone do Leandro e eu liguei na mesma hora. Mas o dono do táxi não quis nem saber e no dia seguinte já mandou o Leandro embora”. 07 Mar / Abr 2008 Fórum de taxistas de Contagem conta com a participação do SINCAVIR Reparação Cristiam afirma que ficou aborrecido com as conseqüências do fato: “Fiquei muito chateado quando soube que isso trouxe problemas para a vida do Leandro. Quando encontrei com ele na delegacia, na véspera do Natal ele me disse: ‘E agora? Estou com dois filhos, está chegando Natal e eu não tenho emprego’. Realmente, isto é uma coisa grave”. O médico diz que tentou ajudar o taxista: “Liguei para alguns conhecidos meus que têm táxi para ver se disponibilizavam um carro para ele trabalhar. Mas não consegui”. Para tentar minimizar o dano, Cristiam concordou em publicar uma reparação a fim de que a categoria saiba o que, de fato, aconteceu: “O juiz achou por bem publicar uma matéria para tentar limpar a imagem do Leandro no meio dos taxistas porque ele diz que sua imagem ficou queimada. Eu concordei imediatamente”. Caso resolvido Hoje o taxista Leandro afirma que foi tudo mesmo um mal-entendido. Apesar de ainda não ter conseguido outra oportunidade no táxi, ele não desiste. Enquanto não consegue uma chance, Leandro tra- SEST/SENAT Devolução de valores do curso Vários taxistas que desembolsaram R$ 100, em 2006, para fazer o “Curso de Capacitação e Atualização para o Operador do Transporte Público de Belo Horizonte” ainda não buscaram o dinheiro que foi restituído pelo Sest/Senat. Leandro e Cristiam: situação resolvida balha como entregador de uma distribuidora de água no bairro Caiçara. Quanto ao que aconteceu, o motorista auxiliar encerra o assunto com a seguinte declaração: “O que achei pior foi o dono do táxi tirar o carro de mim sabendo que eu não tinha nada a ver com o que aconteceu. Mas, especificamente, quanto à pessoa do Cristiam, não tenho nada a reclamar, ele é gente boa mesmo. Até porque eu vi o quanto ele correu atrás para tentar me ajudar e sempre foi sincero, assumindo o que ele disse que aconteceu no dia. Minha relação com ele se tornou mais sincera do que com o próprio dono do carro, para quem eu trabalhei por mais de um ano. Infelizmente, esta foi uma situação que envolveu a gente, mas que agora está resolvida”. Determinação da Justiça “A referida publicação deverá conter, no seu escopo, o seguinte teor: que os acontecimentos ocasionados devido ao furto do capacete do autor e uma suposta indicação de crime de receptação à vítima, não passaram de um grande mal entendido (sic), fruto de atitude impensada e no calor da emoção que envolvia o autor, e que este em momento algum fez menção à polícia, aos taxistas daquele ponto ou ao proprietário do táxi em que trabalhava a vítima que esta teria adquirido o capacete do autor, bem como que nunca existiu nenhum atrito entre as partes e que LEANDRO DA SILVA SANTIAGO é cidadão de bem, honesto e trabalhador”. Dirceu falou sobre a importância de Contagem rever sua posição radical sobre a transferência das permissões A primeira reunião do Fórum de Taxistas do município de Contagem aconteceu dia 2 de abril e contou com a participação ativa do presidente do SINCAVIR, Dirceu Efigênio Reis, do diretor-secretário, Avelino Moreira de Araújo, juntamente com o coordenador de transportes da Transcon, Geraldo Antônio de Paulo, do supervisor da BHTrans, Carlos Franklin Rabelo, e vários taxistas do município. O fórum teve como principal objetivo discutir o regulamento do serviço de táxi de Contagem e o convênio de unificação da praça com Belo Horizonte. De acordo com o coordenador de transportes da Transcon, o regulamento está sendo atualizado e está em fase final: “Estamos tentando aproximar o máximo possível do regulamento de Belo Horizonte, sem perder as características próprias de Contagem. Queremos um regulamento justo e próximo da realidade que a gente tem no município”. O regulamento deverá entrar em vigor no mês de maio. Principais questões Duas situações muito debatidas du- O fórum foi aberto aos taxistas de Contagem e muitos marcaram presença com participação ativa rante a reunião foram o insulfilme e as plaquetas de identificação no painel do táxi. Em Contagem, é permitido o uso de insulfilme no veículo e os motoristas não são obrigados a se identificar. Com a renovação do convênio de unificação, estes dois itens serão reavaliados e a definição constará como norma no novo regulamento de táxi de Contagem. Permissão: assunto polêmico Outro assunto também discutido durante o fórum foi o fato de a prefeitura de Contagem não permitir a transferência das permissões de táxi do município. Vários taxistas se manifestaram sobre o assunto e pediram à Transcon uma revisão deste item, pois o órgão tem sido muito rígido. O presidente do SINCAVIR solicitou ao coordenador de transportes da Transcon uma atenção especial neste caso: “Quando estes permissionários adquiriram a permissão, ninguém falou que eles não poderiam transferi-la no futuro. Deixo aqui meu pedido para avançarmos nas discussões relativas à transferência das permissões. Não podemos deixar continuar este sentimento de aflição na categoria”. O coordenador da Transcon disse que o assunto seria analisado e reavaliado nas discussões do novo regulamento. Contribuição sindical Durante a reunião alguns motoristas esclareceram dúvidas sobre a contribuição sindical destinada ao SINCAVIR. Dirceu explicou o porquê da cobrança que é uma determinação federal para todas as classes de trabalhadores e disse que, do valor total cobrado, o SINCAVIR fica com apenas R$ 27. O restante é distribuído entre a Federação, a Confederação e o Ministério do Trabalho. Ele frisou que a parcela que fica com o Sindicato é fundamental para a existência e permanência da entidade, pois a maioria dos taxistas não é associada. “Temos pessoas aqui que sequer passam na porta do Sindicato, sequer são associadas. É importante ter consciência de que o Sindicato só é forte com a participação de todos”, finalizou. Veja se seu nome está na lista: Ademar de Moraes Anderson A. Moreira Serra Christiano Gouveia Valeriano Cláudio Antônio de Souza Geraldo Isaías Alves Geraldo Luiz Vieira da Silva Gil Araújo Sena Gilmar Trindade Ribeiro Itamar de Souza João Teodoro Neto José Paulo Ferreira Luiz Roberto de Carvalho Marcelo da Silva Godoy Milton Rodrigues Neto Orlando Fagundes de Almeida Pedro Modesto de Faria Roberto de Paiva Para receber de volta os R$ 100 o taxista precisa comparecer no Sest/ Senat, unidade Serra Verde, e apresentar a identidade e o registro de condutor autônomo. 08 Mar / Abr 2008 FIQUE POR DENTRO Publicada a portaria do GPS A Portaria nº 035/08, do GPS (Sistema de Posicionamento Global), que Institui regras para publicidade nos táxis, foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM), no dia 11 de março. De acordo com as regras, as peças publicitárias poderão ser colocadas na parte externa do veículo, limitadas ao vidro traseiro. Internamente deverão se limitar à parte posterior dos bancos dianteiros. Os recursos arrecadados com a exploração da publicidade serão usados pela firma que irá instalar o GPS nos carros, sem custos para o taxista, o passageiro ou para a administração pública. Os motoristas que aderirem ao serviço receberão um selo, que deve ser afixado no pára-brisa. Parcelamento do INSS Os motoristas que têm débito com o INSS podem parcelar a dívida. Basta procurar o INSS, fazer a solicitação e, então, será feito um contrato entre o motorista e o instituto. Com este contrato em mãos, o taxista conseguirá realizar sua movimentação na BHTrans, que emitirá uma carteira provisória de 90 em 90 dias até que a situação esteja regularizada. É preciso que o taxista também esteja em dia com o pagamento da contribuição atual, pois ele deverá apresentar à BHTrans os dois comprovantes de pagamento do INSS. Reajuste real para aposentados Senadores aprovaram, no dia 9 de abril, o PLC 42/07, que garante reajustes anuais do salário mínimo até 2011, feitos sempre de acordo com a inflação passada acrescida de percentual semelhante ao do crescimento real da economia dos dois anos anteriores. Também foi aprovada a emenda do senador Paulo Paim (PT/RS), que estende aos aposentados do INSS os mesmos reajustes concedidos ao salário mínimo. Portanto, em 1º de fevereiro de 2009, o mínimo e as aposentadorias receberão, além da inflação de 2008, um aumento de 5,4% - percentual do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2007. O projeto voltará ao exame dos deputados por causa da emenda de Paim. Caso a proposta seja aprovada pela Câ- mara e receba sanção de Lula, o governo terá de conceder, de forma retroativa a 1º de março, aumento real aos aposentados do INSS, pois receberam apenas a reposição referente à inflação. Fim do fator previdenciário Também foi aprovado pelo Senado o Projeto de Lei 296/03, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), que extingue o chamado fator previdenciário e modifica a forma de cálculo dos benefícios da Previ- dência Social. Por ter sido alterada, a matéria retornará à Câmara dos Deputados. Hoje o fator previdenciário é calculado considerando, na data de início do benefício, a idade e o tempo de contribuição do segurado, a expectativa média de sobrevida para ambos os sexos e uma alíquota de 31%, equivalente à soma da alíquota básica de contribuição da empresa (20%) com a maior alíquota de contribuição do empregado (11%). Tais condições retardam a aposentadoria por tempo de contribuição e punem a considerada precoce, penalizando quem começou a trabalhar cedo e que, geralmente, possui menor rendimento. Mar / Abr 2008 09 10 Mar / Abr 2008 11 Mar / Abr 2008 Taxistas de BH. Exemplo de Embarque e desembarque de solidariedade e honestidade passageiros Janeiro de 2008. A jornalista Marcela Nunes Leite começa o ano com a realização de ter adquirido dois importantes equipamentos de trabalho: um notebook e uma câmera fotográfica, comprados em São Paulo. Após fazer este investimento de R$ 6 mil, ela retorna a Belo Horizonte, chegando na madrugada do dia 14, às 5:40h. Ao invés de seguir até a rodoviária, Marcela resolve descer do ônibus na Via Expressa, bairro Gameleira, e pegar um táxi, próximo ao ponto do ônibus. Com várias bagagens, ela mesma toma providência de ajeitar tudo no táxi. Ao chegar em casa, desce do carro e retira suas malas e bolsas. Mas 20 minutos depois, quando desfazia as malas, vem o choque: aonde estava a pasta com os equipamentos? A partir daí começa uma verdadeira novela que contou com a importante participação de três taxistas. Protagonistas de um roteiro cheio de emoções, eles deram uma lição de respeito e solidariedade. José Gonçalves Primo (GWV 8329) - 12 anos de praça Desesperada, Marcela volta ao ponto de táxi à procura do motorista que a conduziu. Infelizmente, ele não estava e a única coisa que se lembrava era o fato de ter sido atendida por um senhor muito educado. “Ele não voltava e fui ficando cada vez mais desesperada. Como não sabia seu nome, os colegas dele iam chegando e falavam que podia ser fulano ou sicrano. Aí me lembrei do pai da minha amiga, que é taxista, e liguei para pedir ajuda”, conta a jornalista. Na mesma hora, o taxista José Gonçalves Primo (GWV 8329) se colocou à disposição e ajudou Marcela a tomar todas as providências necessárias. “Aquilo foi uma loucura. Ela já me ligou chorando e perguntando: ‘o que eu faço agora?’ Então fui com ela até a polícia para fazer a ocorrência e depois sugeri que procurássemos as imagens do Olho Vivo, instalado no ponto de ônibus próximo aos táxis”, relata José Primo. “Ele me levou até a delegacia, na av. Pedro II, depois fomos até a central do Olho Vivo na Gameleira. Mas nos encaminharam para um outro local onde as imagens ficam armazenadas, na av. Américo Vespúcio. O policial disse que só o delegado ou o juiz poderia liberar o arquivo de imagens”, lembra Marcela. Sempre nervosa e chorando muito, ela resolveu voltar ao ponto de táxi para tentar encontrar o motorista, pois um dos taxistas da Gameleira ligou dizendo que o táxi que a atendeu poderia ser de um colega conhecido. “Então o sr. Primo me deixou lá de novo, depois de ter rodado a cidade inteira comigo para tentar resolver meu problema. Tudo isso, sem me cobrar um centavo pelas corridas”, declara agradecida. Herculino Vieira Silva - “Cula” (GOL 0355) - 10 anos de praça Neste momento, entra em cena o taxista Herculino Vieira Silva (GOL 0355), mais conhecido como Cula: “Ela chorava sem parar. Aí eu disse: ‘pode ficar tranqüila porque se o taxista for aqui do ponto a gente vai achar ele. E não precisa me pagar pela corrida. Eu rodei o bairro João Pinheiro todo com ela até achar a casa do taxista”. No momento que chegaram ao endereço certo, Marcela diz que viu o táxi estacionado na porta e já desceu em prantos para verificar se sua pasta estava dentro do carro. Enock Matos Monteiro (GWV 7868) - 39 anos de praça O táxi que conduziu Marcela é de Enock Matos Monteiro (GWV 7868). No momento em que ela se aproximou de seu carro ele estranhou vê-la desesperada: “Não entendi o porquê de estar chorando daquele jeito, pois a achei muito educada quando a deixei na porta de sua casa”. Desta vez, Marcela chorava de alegria: “Minha pasta com os equipamentos estava lá, debaixo do banco”. Enock conta que fez várias corridas depois que deixou Marcela em casa: “Nunca vi tanta sorte! A pasta ficou o tempo todo lá e ninguém encontrou”. Marcela confessa que seu maior receio era exatamente este e confirma que teve muita sorte: “Nós chegamos na hora certa porque o sr. Enock já ia passar o carro para o outro motorista. Aí, sim, eu não teria muita chance”. O final feliz da história termina com a declaração de gratidão de Marcela: “Não fosse a participação, o apoio e mobilização do sr Primo, do Cula, e de outros taxistas do ponto da Gameleira eu não teria recuperado os meu bens”. Ao lado, Marcela com Enock e José Primo. Taxistas reclamam que não têm onde pegar ou deixar passageiros, no centro da cidade, e acabam sendo multados Marcela e Cula. Acima, o taxista mostra orgulhoso a carta da BHTrans: comprovante da atitude honesta e solidária Comportamento íntegro Desde junho de 2007, a BHTrans envia ao taxista que devolve objetos esquecidos em seu táxi uma carta com agradecimento e elogio pela atitude honesta e exemplar. O gerente de Controle das Permissões da BHTrans (Gecop), Wellington Leal, diz que o número de devoluções cresceu bastante no ano passado: “No início de 2007 nosso registro era de uma média de 17 devoluções mensais. Em dezembro chegou a 46”. Ele afirma que este número é ainda maior, pois muitos motoristas procuram e devolvem o objeto diretamente ao passageiro. Este é o caso, por exemplo, do taxista Luiz Gonzaga (HKK 0015), que encontrou R$ 200 em seu táxi e só foi localizar a pessoa para devolver o dinheiro na Serra do Cipó: “Fui até ele porque não gosto de ficar com nada dos outros. Ele quis me recompensar, mas disse que não tinha que me dar nada porque eu já estava aliviado”. Carlos Roberto do Nascimento (GWV 9753) é outro motorista exemplar, que constantemente recebe cartas da BHTrans. Seu histórico é marcante devido ao grande número de devoluções e esforço para entregar ao dono cada objeto esquecido em seu táxi. “Já fui até multado porque na rodoviária não tem lugar para estacionar. Mas nem por isso deixei de cumprir meu dever”, fala. Avelino esteve com taxistas no centro da cidade para conhecer as principais dificuldades que enfrentam. Embarque e desembarque foi um dos problemas mais mencionados Carlos Roberto com vários termos de devolução e cartas da BHTrans O taxista Herculino, o Cula, também se contenta por ser reconhecido pela BHTrans. A última devolução feita foi do paletó preto de um passageiro que levou em Confins. “Sempre que alguém esquece alguma coisa e eu vejo, corro lá e devolvo para a pessoa, porque a gente que é taxista tem que fazer o melhor pelos nossos passageiros. Esse é o nosso trabalho”, frisa. Para o gerente da BHTrans, a atitude dos taxistas vem reforçar a boa prestação de serviço de táxi de Belo Horizonte, considerada a melhor da América Latina. O presidente do SINCAVIR, Dirceu Efigênio Reis, parabeniza todos os taxistas que se comportam desta maneira: “Atitudes como essas valorizam e engrandecem a categoria”. Devolução de objetos Os objetos esquecidos no táxi podem ser entregues no posto da BHTrans localizado na rodoviária. O aumento do número de carros em Belo Horizonte traz problemas no trânsito e conseqüentemente dificulta o trabalho dos taxistas. Segundo dados da Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a venda de carros cresceu aproximadamente 26% no primeiro trimestre de 2008 em relação ao ano passado. Em conseqüência desse aumento, acontecem problemas como a falta de vagas para estacionar, congestionamentos e, para os taxistas, dificuldade em parar para embarcar ou desembarcar um passageiro. Essa reclamação da categoria vem aumentando muito nos últimos anos. Segundo o taxista Antônio*, o desembarque do passageiro é o mais difícil, pois não existe um lugar próprio para o táxi parar. “Eu parei em fila dupla aqui na Guajajaras e posso até ser multado. Mas o que posso fazer se a passageira é idosa? Tenho que parar. Às vezes os agentes multam porque, na verdade, fazer isso não é certo. Mas temos que atender ao passageiro e nunca tem vaga para encostar o carro”, diz. Para Maria José da Saúde Para atender ao cliente os taxistas, às vezes, são forçados a parar em locais impróprios, como foi o caso destes dois motoristas: um para retirar as compras do porta-malas e outro para embarcar a usuária Souza (GWV 6373) essa falta de local para pegar ou deixar o usuário também acontece na Savassi. “Já levei três multas lá por conta disso. Acho que a BHTrans poderia nos ajudar e ser mais flexível”, fala. As passageiras Eliane e Simone que tinham acabado de entrar no táxi de Maria José, concordaram que pegar ou descer do carro é difícil. Elas também falaram do perigo que isso significa. “A gente pega táxi aqui no centro, sempre no meio da rua. É perigoso para os passageiros, pois pode passar uma moto ou outro carro e causar um acidente”, concluem. Prejuízo Para o diretor-secretário do SINCAVIR, Avelino Moreira de Araújo, o embarque e desembarque no centro da capital tornou-se um grande problema para a categoria, devido, principalmente, ao número de carros particulares, motos e caminhões que hoje circulam na cidade. “Além disso, a BHTrans já chega com seus agentes efetuando a multa. Como fazer com o passa- geiro? Dependendo da situação, o taxista tem que parar aonde é solicitado para facilitar e prestar um bom atendimento ao passageiro”, afirma. Avelino acredita que a situação pode mudar se houver boa vontade do órgão gerenciador: “Temos que estudar esta situação, já que precisamos ter um trânsito mais humanizado. Porque as multas prejudicam não só o taxista, mas toda a sua família, uma vez que parte do seu rendimento é consumida com elas”. * Nome fictício, pois o motorista preferiu não se identificar III SEMANA DA SAÚDE SINCAVIR Quick Massage Pelo terceiro ano consecutivo, mais uma edição de sucesso da SEMANA DA SAÚDE SINCAVIR aconteceu, entre os dias 22 e 25 de abril, na sede do Sindicato. Vários taxistas e familiares participaram do evento que contou com a parceria e apoio de profissionais de saúde das áreas de nutrição, fisioterapia, psicologia, enfermagem, além da grande promoção do evento pela Santa Casa Saúde, Drogaria Araújo, Cedus – Centro Avançado de Diagnóstico, Laboratório São Marcos e Taií Empréstimo Pessoal. O transportador de carga Antônio de Oliveira (GVE 4907) participou pela segunda vez da Semana da Saúde. “No ano passado, alguns exames deram resultado alterado, então eu me tratei. Controlei a glicose parando de usar açúcar, diminui o colesterol melhorando a alimentação, parei um pouco com a bebida, e fiz regime. Pra mim os exames foram fundamentais. É igual revisão do carro: você confere o que está normal e o que não está você conserta. O atendimento aqui é muito bom e deveria acontecer mais vezes ao ano”. José Jacinto Pereira (GOL 3019) participa da Semana da Saúde desde a primeira edição. “Fazer esse acompanhamento é muito importante. Sempre que você se informa a tendência é melhorar, e com saúde é a mesma coisa. Hoje eu estou fazendo a manutenção. Espero que essas semanas continuem e, quem sabe, aconteçam todo trimestre. Atendimento terapêutico Érika Daniela, filha do taxista Antônio Eustáquio Mesquita (GTI 4378) participa do evento pela segunda vez: “Cada ano vejo que está melhor. Tem mais tipos de atendimento, alguma novidade e isso é muito bom. Todo mundo da minha família sempre vem fazer esses exames, meu pai acaba trazendo todos lá de casa”. Matosalém Vilarino (GOL 8127) visitou a Semana da Saúde pela segunda vez: “É muito importante termos isso aqui. Acho que me ajudou muito. Tenho pressão alta, já faço o controle, mas é sempre bom conferir. Vou aproveitar para fazer todos os outros exames. Acho esta iniciativa ótima. Antes nenhum presidente do Sindicato teve essa idéia e conseguiu essas coisas pra gente. Esse que está agora é dez, gosto muito do trabalho dele, é bom demais. Este ano ainda tem a novidade da psicologia e acho isso muito bom”. Medição da pressão arterial O Betânia Táxi também marcou presença: Alan, Geraldo, Avelino (SINCAVIR) e Alex 1 Mais uma vez, a massagem fez sucesso na Semana da Saúde. “Achei maravilhoso. Estava um pouco tenso, cheguei ali e me tranqüilizei. É a primeira vez que participo. Tudo para mim é uma novidade e estou achando ótimo”, disse Roberto Eustáquio Procópio Soares (GOL 4727). Para o motorista auxiliar Marcelo Alves Colares (GWV 8123) a massagem também foi excelente. “A posição dessa cadeira para massagem é muito relaxante. Os profissionais trabalham toda a articulação, o desenvolvimento motor, braços, ombros, que devido à nossa profissão estão sempre tensos. Essa é a primeira vez que participo. Fiquei sabendo das outras vezes, mas não tive tempo porque trabalhava à noite. Para falar a verdade, taxista nunca tem tempo pra nada, principalmente nós que somos auxiliares. Mas essa iniciativa e esse tipo de atendimento é muito importante para nossa saúde. Com este tipo de evento acho que nós vamos tomando consciência para chegar ao senso comum de que o taxista deve tirar um tempo pra cuidar da sua saúde”, declarou Marcelo. Valteir Barbosa Soares (GWV 6406) e sua esposa Maria Verlene participaram pela primeira vez: “Muito bom. Fizemos diversos exames” 2 4 Carlos Elói e dr. Diógenes, da Santa Casa, Creuza e Wander 3 5 Ricardo e Dirceu com a psicóloga Bernadete Menegatti Presença do 3º Batalhão do Corpo de Bombeiros “É comum atendermos ocorrências de taxistas com sinais evidentes de estresse. Então, entendemos que este trabalho é extremamente válido para amenizar os efeitos da profissão”. 1º Tenente Helder Fabrício Soares Cerqueira “A Semana da Saúde é muito interessante porque tem os procedimentos básicos devemos saber para cuidar da saúde, como a orientação da nutricionista para uma alimentação saudável”. 1o Sargento Faceber Menezes Alves Este ano a Semana da Saúde trouxe a novidade do atendimento terapêutico com a psicóloga Bernadete Menegatti. Muitos taxistas e suas esposas passaram pela análise do nível de estresse e fizeram o mapa interior para avaliação da psicóloga. A Santa Casa Saúde participou ativamente. Creuza atendeu a vários motoristas com informações sobre o plano de saúde. Na foto, Ana e Creuza, da Santa Casa, com o taxista Olinto Soares Jardim (GWV 8128) que fala sobre o plano: “É ótimo, o atendimento é excelente. Fui operado e atendido da melhor maneira possível no hospital pelo dr. Dourival e dr. Gabriel, que fez minha cirurgia de vesícula. Faço um elogio a eles. Esta parceria que o SINCAVIR fez com a Santa Casa é ótima. Quem fizer o plano de saúde, com certeza está bem amparado”. Os participantes do evento também tiveram a oportunidade de fazer avaliação com as nutricionistas, que orientaram sobre alimentação adequada e cuidados para manter a saúde. As fisioterapeutas Amanda e Giliellen, do Centro de Fisioterapia e Terapias Alternantivas (CFTA) fizeram a avaliação postural dos taxistas O presidente da CooperBH-Táxi, Giovani, e Francisco, da Coomotáxi, prestigiaram o evento e fizeram exames O diretor Avelino com Leandro Barbosa Soares (GOL 5078) e a filhinha Yasmim, que consultou com a pediatra dra. Paula Dr. Wellington Rabelo marcou presença e reallizou consultas durante o evento Moisés Geraldo da Cunha (GWV 9613) e Valdir Flores prestigiaram mais uma edição da Semana da Saúde. “Vim todos os dias e estou achando tudo ótimo, muito importante. A gente faz tantos exames, sem contar que acabamos encontrando com companheiros que a gente não vê há anos, há mais de 10 anos. Isso aqui é ótimo. Gostaria de falar para os organizadores e patrocinadores para estender um pouco mais”, disse Moisés. 6 7 8 9 10 11 01 / 02 / 03 – Este ano, novamente, o SINCAVIR providenciou a vacinação para gripe, febre amarela e varíola. 06 / 07 / 08 – O exame oftalmológico deixou o ambulatório do SINCAVIR lotado durante todos os dias do evento. 04 / 05 – Teve sorteio de brindes, promovido pela Drogaria Araújo. 09 / 10 – O urologista Paulo Eduardo de Oliveira Albarez ministrou palestra “Este evento é muito bom para os motoristas que têm uma vida muito estressante. Aqui eles relaxam, têm assistência médica, fisioterapia. É excelente”. Cabo Euler dos Santos Avelino, Helder, Dirceu e Wander sobre disfunção sexual e saúde para o homem 11 – A TV PUC esteve presente e registrou o evento do SINCAVIR Avelino, Dirceu, Faceber e Euler, Ricardo e a enfermeira Alessandra 14 Mar / Abr 2008 A ARTE DA PRUDÊNCIA ATENDIMENTO NO SINCAVIR Organização. Segredo da eficiência Taxista, Verifique periodicamente a data de vencimento do registro de condutor – RC e da autorização de trafego – AT. Sempre que possível, solicite a BHTRANS a relação de documentos pendentes para a renovação através dos telefones: 33795740 ou 3379-5741. Desde janeiro de 2007, a antecipação da vistoria pode ser feita em um prazo máximo de 7 (sete) dias da data estabelecida na autorização de tráfego (AT) e deverá ser obrigatoriamente agendada através dos telefones relacionados acima. Ricardo Faedda diretor-tesoureiro do SINCAVIR Importante: mantenha junto aos documentos do veículo, o comprovante de pagamento da contribuição sindical, do INSS em dia, apólice do seguro de acidentes pessoais, etc. Certificado de inspeção veicular – GNV Realizada a inspeção, com posse do certificado é obrigatório realizar o procedimento de alteração de dados do CRLV junto ao DETRAN-MG. Aferição do taxímetro Ocorre obrigatoriamente uma vez por ano ou quando houver a necessidade de efetuar conserto no taxímetro. Diante de inúmeros compromissos sugiro a utilização de uma agenda, pois esta é uma forma de se organizar e manter todas as suas obrigações em dia. “A sorte se faz com horas de previsão. Para os prevenidos não há circunstâncias ruins e para os preparados não apertos. O raciocínio não deve retornar até a ocasião crítica, mas deve se antecipar a ela. Com o pensamento cuidadoso, pode-se prevenir os tempos mais difíceis. É melhor dormir sobre as preocupações do que ficar acordado por causa delas”. Baltazar Gracián SINCAVIR Caixa exige encargos completa 55 anos CONTRIBUIÇÃO SINDICAL para pagamento em atraso A Contribuição Sindical é um tributo obrigatório que deve ser pago por todos que participam de uma determinada categoria econômica, profissional ou de uma profissão liberal em favor de uma entidade representativa da respectiva categoria. O art. 8º, IV, in fine, da Constituição da República prescreve o recolhimento anual por todos aqueles que participem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, independentemente de serem ou não associados a um sindicato. Tal contribuição é cobrada de uma só vez e tem como objetivo o custeio das atividades sindicais. Assim, anualmente, por imposição legal, todos os taxistas e condutores autônomos devem recolher a Cotribuição Sindical, que é paga nas agências da Caixa Econômica Federal, órgão arrecadador do tributo. Encargos legais Atualmente, a Caixa Econômica 15 Mar / Abr 2008 Federal não recebe o pagamento da Contribuição Sindical após a data de vencimento sem o acréscimo dos encargos legais, previstos no art. 600 da CLT, quais sejam: multa de 10%, nos 30 primeiros dias, com o adicional de 2% por mês subseqüente de atraso, além de juros de mora de 1 % ao mês e correção monetária. Para melhor compreensão, segue a redação do artigo 600 da CLT: Art. 600 - O recolhimento da contribuição sindical efetuado fora do prazo referido neste Capítulo, quando espontâneo, será acrescido da multa de 10% (dez por cento), nos 30 (trinta) primeiros dias, com o adicional de 2% (dois por cento) por mês subseqüente de atraso, além de juros de mora de 1 % (um por cento) ao mês e correção monetária, ficando, nesse caso, o infrator, isento de outra penalidade. Fundado em abril de 1953, pelo memorável Constantino Siqueira dos Santos, o SINCAVIR completa 55 anos de existência, no dia 13 de abril. Sempre atuando em defesa dos taxistas e motoristas autônomos de Minas Gerais, o Sindicato busca promover a consciência da classe e a prática democrática e consensual. Hoje ele cumpre esta importante missão, conduzindo suas ações com integridade, respeito e dinamismo. Constantino Siqueira Foi através de Constantino Siqueira dos Santos que o SINCAVIR surgiu como entidade de força no ano de 1953. Constantino não era qualquer pessoa. Ele deixou seu nome gravado em todo o estado de Minas Gerais. Carioca, veio para Ponte Nova e depois para Belo Horizonte. Com os ideais do PTB, de Getúlio Vargas, em 1950 foi eleito vereador de BH . Logo consquistou a amizade dos então “chauffeur” da cidade e foi induzido a fundar o Sindicato. Também foi fundador de outras entida- Trabalho e dedicação da diretoria Diariamente, o SINCAVIR é procurado por vários condutores autônomos, na maioria taxistas, para a solução de problemas que envolvem a atividade do motorista. A qualquer hora, tanto o presidente, Dirceu Efigênio Reis, como o diretor-tesoureiro, Ricardo Faedda, e o diretor-secretário, Avelino Moreira de Araújo, recebem o taxista para esclarecer suas dúvidas e dar orientações. Além da função de diretor-secretário, Avelino é muito procurado pelos associados do SINCAVIR para resolver problemas e pendências burocráticas relacionadas ao serviço de táxi. Conhecedor do funcionamento do sistema e sempre com muita disposição, ele tem uma grande demanda para este tipo de atendimento e, na medida do possível, tenta resolver as questões que lhe são trazidas. “Muito dos problemas que conseguimos resolver é devido ao entendimento que toda a equipe do Sindicato tem sobre as questões relacionadas ao condutor autônomo”, afirma Avelino. Para ele, o mais importante é entender o problema que o motorista traz para poder ajudá-lo. FALOU & DISSE! “Temos que entender o conflito do taxista para solucionar o seu problema. Muito do que tenho feito para ajudar a categoria é decorrente do convívio e do aprendizado com o presidente do Sindicato, Dirceu, que com sua competência e lisura tem me mostrado a direção, o caminho para a solução dos mais diversos problemas que os taxistas sofrem. Todos os resultados que obtemos não seriam possíveis se não fosse um trabalho em equipe junto com o Dirceu e o Ricardo, que também trata o sindicato com seriedade, dinamismo e responsabilidade. Sem deixar de destacar o empenho e envolvimento dos funcionários do SINCAVIR, criando assim um futuro melhor para a categoria. Com tudo isso afirmamos que o Sindicato é o ponto de apoio do taxista, onde ele sempre poderá contar com o trabalho e dedicação da família SINCAVIR”. Avelino Moreira de Araújo Diretor-secretário do SINCAVIR des dos taxistas no interior do estado. Constantino foi ainda diretor do Centro dos Chauffers e diretor e delegado da Federação Nacional dos Taxistas. Em reconhecimento ao importante trabalho desenvolvido na capital mineira, em 1967, ele recebeu o título de Cidadão Honorário de Belo Horizonte. Em 1998, Constantino deixa esta vida, levando consigo a realização de muitas e muitas conquistas para os condutores autônomos. Texto (com adaptações): Roberto Nogueira JORNAL DO MOTORISTA- maio/98 Dirceu, Avelino e Ricardo: trabalho de equipe em benefício da categoria Viu? Sem querer você já leu ! Anuncie Aqui ! CONTATO: Rosângela Souza (31) 8782-7963 “O Sindicato resolveu meu problema” O taxista José Veríssimo (GWV 9318) é um associado que recentemente contou com a ajuda do Sindicato por meio de Avelino. Segundo ele, o atendimento foi muito bom e seu problema com o IPEM foi resolvido. Ele conta que na data em que teria que fazer sua aferição, houve um congestionamento enorme no centro impedindo-o de chegar a tempo. “Meu prazo para aferição tinha vencido e através do Avelino, que foi muito prestativo, consegui resolver a situação. Alguns colegas me falaram que não adiantava procurar José Veríssimo: o Sindicato porque não ia conseguir. Mas problema resolvido no Ipem foi justamente o contrário. Conversei com o Avelino, que se mostrou pronto a me ajudar e resolver meu problema. Só tenho que agradecer ao Sindicato e tecer elogios ao diretor-secretário”, completa. José Veríssimo ainda frisa: “Eu até ofereci um dinheiro para ele por ter me ajudado, mas ele recusou e até ficou ofendido. Disse que estava ali pra ajudar mesmo e que se aceitasse não seria meu amigo”. “Aqui nós temos um canal aberto” A situação de Adriana Gomide (GWV 4126) também foi outro caso que Avelino ajudou a resolver. Ela conta que após a morte do pai, taxista por 35 anos, os filhos se depararam com a burocracia do inventário que incluía a placa do táxi. “Em um processo de inventário são muitas coisas para resolver e taxas para pagar. Nós não sabíamos nada da vida burocrática de um taxista. Em casa só meu pai que rodava e a gente não tinha noção dessa parte de taxas, datas, papelada etc.”. Adriana: solução para o Adriana diz que ela e seus irmãos dividiprocesso de inventário ram as atribuições a serem resolvidas e que ela ficou com as pendências do táxi. Acompanhe o relato: “Nossa prioridade era solucionar as questões relacionadas à Justiça para conseguirmos a liberação do carro. Vim ao Sindicato para ter uma orientação geral do que fazer. Estava perdida, não sabia por onde começar. Tinha taxa, aferição, revisão, não sabia como proceder para trocar o carro e mais tantas outras coisas. Ficamos muito apertados financeiramente e, graças a Deus, na vida a gente encontra pessoas boas como o Avelino. Ele se comprometeu a me ajudar e ajudou. Acabou sendo um pai pra mim. Me atendeu super bem e eu não tenho nem palavras para agradecer. Teve um dia que ele ficou até mais tarde no Sindicato para poder me encontrar. Ele conhece do assunto, me mostrou todo o processo a ser seguido. Minha família já está em uma situação financeira difícil e ter que pagar multa sem o carro rodando, fica muito difícil. Eu quero parabenizar o Avelino e falar que a gente está bem assessorado no Sindicato porque bastou eu dar um telefonema. A atendente foi super prestativa, atenciosa e me encaminhou para a pessoa certa. Na verdade o mais importante é que aqui nós temos um canal aberto pra poder falar e buscar as orientações certas”. 16 Mar / Abr 2008 Sest/Senat BH é destaque nacional O Sest/Senat BH Capit 14, unidade Serra Verde, em Belo Horizonte, acaba de ser eleito “Destaque Desempenho Operacional”, entre todas as unidades do país, com o primeiro lugar no módulo Odontologia e segundo lugar em Escola de Esportes. O diretor do Sest/Senat Capit 14, José Vicente Pinto Júnior, considera o título um estímulo ao trabalho que vem sendo realizado há 11 anos na unidade Serra Verde: “Nesses anos de existência da unidade, a gente vem fazendo um atendimento com qualidade, preservando sempre o cliente como a peça mais importante do Sest/Senat. Isso é um reconhecimento ao trabalho desde a recepção, aos dentistas, coordenadores, a toda a equipe da unidade. Serve de estímulo para, cada vez mais, tentarmos alcançar melhor resultado, mantendo sempre a qualidade”. Benefícios para o motorista Em 2007, o módulo de saúde, na área de odontologia, atendeu a um total de 15.981 pessoas, sendo 6.472 condutores autônomos. No Sest/Senat, os motoristas têm direito a alguns procedimentos odontológicos gratuitos, como limpeza e restauração dentárias. Para usufruir de todos os benefícios, no Brasil inteiro, o taxista precisa se associar e apresentar a carteira da BHTrans ou do DER, comprovando sua atividade. Ele pagará um boleto trimestral, no valor de R$ 31,14, e a confecção da carteirinha do Sest/Senat, que dará acesso a todas as unidades. Avelino com o diretor do Sest/ Senat Capit 14, José Vicente, e a coordenadora de Promoção Social, Vânia Rezende O Sest/Senat Capit 14 possui uma estrutura bem montada na área odontológica, com atendimento diário feito por 13 odontólogos 17 Mar / Abr 2008 Sabará tenta convênio com Belo Horizonte Motoristas de táxi de Sabará querem unificar a praça com Belo Horizonte, por meio de convênio, como já ocorre com os municípios de Contagem, Ibirité e Ribeirão das Neves. A unificação das praças é um assunto polêmico até mesmo para alguns taxistas de Sabará, que são contrários ao convênio. Para resolver a situação no município, o prefeito realizou uma reunião com os motoristas, no dia 25 de março. A maioria decidiu por fazer o pedido de convênio à BHTrans. Para o presidente do SINCAVIR, Dirceu Efigênio Reis, a unificação representa um risco para os dois municípios. “Este assunto é polêmico e deve ser analisado por toda a categoria. Os taxistas de Belo Horizonte precisam avaliar a situação. Isto deverá ser definido em assembléia, realizada pelo Sindicato, caso o pedido de Sabará seja oficializado”, enfatiza Dirceu. O diretor-secretário do SINCAVIR, Avelino Moreira de Araújo, reafirmou as palavras de Dirceu durante a reunião com os taxistas de Sabará e disse que o convênio pode ser desvantajoso para os próprios taxistas do município. “Vocês estão perdendo clientes potenciais dentro da própria casa. Caso haja um acordo, esta mudança tem que ser feita com pé no chão, tem que ser criteriosa porque Sabará corre o risco de ter uma praça inchada com esta unificação”, alertou Avelino. Convênio pode ser desvantajoso O presidente da Associação dos Taxistas de Sabará (ATASAB), Jair Clemente de Assis Gomes, diz que o tema ainda está em discussão e que pretende defender o que é melhor tanto para os taxistas quanto para o município. “Mas como presidente da Associação tenho que estar sempre a favor da maioria. O que a maioria quiser fazer a gente vai trabalhar para isso”, afirma. Ainda assim, Jair suspeita que a unificação das praças seja um risco: “Em toda negociação existem prós e contras. Nós já perdemos uma parte da nossa praça para Belo Horizonte porque eles atendem a motéis e empresas aqui. Tenho medo, de eles entrarem e tomarem mais esta parcela. Por outro lado, tem a preocupação também de nossos taxistas migrarem para Belo Horizonte e deixarem nossa população sem ser atendida”. Durante a reunião, Avelino alertou sobre os perigos da unificação, mas os taxistas de Sabará acabaram aprovando o pedido de convênio à BHTrans 18 Mar / Abr 2008 delícias da cozinha Arroz de legumes e parmesão Ingredientes 1 xícara (chá) de arroz 1 cebola média 1 tomate médio 2 colheres (sopa) de azeite de oliva 1/2 xícara (chá) de salsinha picada 1 tablete de caldo de legumes o tomate e pique em cubos pequenos e reserve. Coloque o azeite de oliva e a cebola numa tigela refratária com a tampa própria para microondas, com 25 cm de diâmetro. Tampe e leve ao forno de microondas na potência alta (100%) por 2 minutos, ou até a ceboModo de Preparo: Lave o arroz e deixe escorrer sobre uma la murchar. Retire do forno. Misture o peneira. Descasque a cebola, lave-a e arroz, o tablete de caldo de legumes pique-a em pedaços pequenos. Lave esfarelado e 3 xícaras (chá) de água. Volte ao microondas na potência alta (100%) por 10 minutos. Retire do forno e adicione o tomate, a salsinha e a seleta de legumes. Leve novamente ao microondas na potência alta (100%) por mais 7 minutos, ou até o arroz ficar al dente. Retire do forno, junte o queijo e acerte o sal, se necessário. Mexa cuidadosamente e sirva imediatamente. pre que saímos juntos, nunca vi. Gostaria de estar aí para ajudá-la a vestir. Fiquei em dúvida quanto à cor, mas a balconista disse que esta não descora nem mancha. Ela experimentou para eu ver e ficou muito boa apenas um pouco larga na frente, mas ela disse que é para os dedos mexerem mais à vontade e a mão entrar mais facilmente. Depois de usá-la, vire pelo avesso e ponha talco para evitar o mau cheiro. Espero que fique satisfeita tanto quanto eu, pois ela vai cobrir aquilo que em breve lhe pedirei!!! 1 e 1/2 xícara (chá) de seleta de legumes congelada 1 xícara (chá) de queijo parmesão ralado grosseiramente sal a gosto humor Calcinha pelo correio Um rapaz que estava em Nova York resolveu mandar um presente para a sua namorada que estava no Brasil. Entrou numa loja e escolheu um caríssimo par de luvas. Na hora de sair, a vendedora entrega-lhe acidentalmen- te o embrulho com uma calcinha de nylon. O rapaz envia a calcinha pelo correio com a seguinte mensagem: - Querida, para mostrar que, mesmo estando longe, não me esqueço de você, envio-lhe esta surpresa; mesmo sabendo que você não usa, pois sem- 19 Mar / Abr 2008 CUIDADO: dengue mata! Você também é responsável A dengue é uma doença muito perigosa que pode até matar. Não existe uma vacina contra esse mal. Acabar com os lugares onde a água fica acumulada é a única solução. Fique esperto. A sua saúde depende da sua atitude sintomas A dengue é causada por um vírus transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. Na época das chuvas, ele se multiplica, colocando seus ovos em qualquer local com água parada. Ele costuma picar as pessoas durante o dia. Não deixe de ficar atento aos sintomas da doença: • Febre; • Dor de cabeça; • Dores pelo corpo; •Manchas avermelhadas Caso você apresente algum desses sintomas, procure o serviço de saúde mais próximo. Sinais de alerta • Sangramento; • Dor de barriga; • Dificuldade de respirar; • Suor frio; • Desmaios; • Queda de pressão; • Vômitos freqüentes. Se você apresentar algum desses sinais, procure a ajuda médica imediatamente E lembre-se: Não tome medicação sem orientação médica. Medicamentos que contêm ácido acetil salicílio (AAS, Aspirina, Melhoral, entre outros) podem piorar os sintomas da dengue Onde está o foco da dengue? pENSE BEM!!! Aprendendo a viver Que os verdadeiros amigos sempre ficam com você até o fim. Herman Melville Que a maldade se esconde atrás de uma bela face. Aprendi que se aprende errando. Que crescer não é só fazer aniversário. Que não se espera a felicidade chegar, Que o silêncio é a melhor resposta, mas se procura por ela. Que quando penso saber de tudo ainquando se ouve uma bobagem. Que trabalhar significa não só ganhar da não aprendi nada. Que a Natureza é a coisa mais bela dinheiro. Que amigos a gente conquista mos- na Vida. Que amar significa se dar por inteiro. trando o que somos. Que um só dia pode ser mais impor- Que Deus não proíbe nada em nome do amor. tante que muitos anos. Que se pode conversar com estrelas. Que julgamento alheio não é importante Que se pode confessar com a Lua. Que o que realmente importa é a Paz Que se pode viajar além do infinito. interior. Que ouvir uma palavra de carinho faz bem à saúde. “Não podemos viver apenas para nós Que dar um carinho também faz... mesmos. Mil fibras nos conectam Que sonhar é preciso. com outras pessoas; e por essas fiQue se deve ser criança a vida toda bras nossas ações vão como causas Que nosso ser é livre. e voltam pra nós como efeitos.” Álcool e direção, combinação perigosa Pelo Código de Trânsito Brasileiro, dirigir embriagado é infração gravíssima e o motorista tem a carteira de habilitação apreendida por no mínimo 30 dias. O governo proibiu, por meio de Medida Provisória, a partir de fevereiro, a venda de bebidas alcoólicas nas rodovias federais. Mas, no dia 24 de abril, a medida foi revertida pela Câmara dos Deputados, que liberou a venda nos perímetros urbanos, com proibição somente às margens das estradas nas áreas rurais. Não é novidade para ninguém que o álcool tem se tornado o combustível dos acidentes de trânsito. Segundo dados apresentados pelo governo, todos os dias mais de 150 mil pessoas dirigem alcoolizadas pelas capitais brasi- A fim de contribuir com a mobilização promovida pela Secretaria de Estado da Saúde para combate ao mosquito da dengue, o SINCAVIR participou de uma importante reunião para discutir as estratégias de ação juntamente com os governos municipal e estadual, e várias entidades e empresas. Durante o encontro, o diretor-secretário do Sindicato, Avelino Moreira de Araújo, colocou o SINCAVIR à disposição para interagir com a categoria por meio de divulgação de material informativo e de reportagens no jornal Táxi Notícias. leiras. Estes dados são resultados de um Monitoramento de Fatores de Risco e Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) realizado pelo Ministério da Saúde em parceria com a Universidade de São Paulo (USP). Conforme o Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), anualmente acorrem mais de 350 mil acidentes em ruas e estradas sendo que, em mais de 70% deles, pelo menos um dos motoristas estava alcoolizado. Em Belo Horizonte, a Delegacia especializada de acidentes de Veículos (DEAV) estima que 60% dos acidentes são causados por motoristas embriagados e, a cada mês, entre 15 a 20 pessoas morrem vítimas dessas ocorrências. ATENÇÃO O SINCAVIR alerta aos motoristas sobre essas estatísticas como uma forma de chamar a atenção para a prevenção da embriaguez ao volante e acredita que através da informação e campanhas educativas esse quadro poderá ser mudado. Para o presidente do Sindicato, Dirceu Efigênio Reis, as autoridades responsáveis pelo trânsito brasileiro têm feito boas campanhas sobre o assunto. “A prevenção é importantíssima e por isso é necessário fazer muito mais. As conseqüências de dirigir alcoolizado são muitas e o motorista sempre precisa ser lembrado disso”, diz. Trânsito e álcool - 78% das mortes em acidentes de trânsito no Brasil estão associadas ao uso do álcool. - 40% dos acidentes com mortes apresentam dosagem alcoólica acima do permitido por lei. - 47% dos mortos em colisões ou atropelamentos tinham álcool no sangue no momento do acidente - Nas 4 maiores capitais: 61% das vítimas de acidentes de trânsito apontavam alcoolemia e 75% dos motoristas haviam ingerido alguma quantidade de álcool, dos quais 30% indicavam alcoolemia acima do permitido por lei. Fontes: Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas – CEBRID, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE; Instituto Médico Legal - IML de São Paulo e Associação Brasileira dos Departamentos de Trânsito - ABDETRAN Não deixe que a dengue volte. A sua saúde depende da sua atitude. PISCINAS Trate a água com cloro e limpe-a semanalmente ou cubra bem. Se estiver vazia, coloque 1 kg de sal no ponto mais raso. LAGOS, CASCATAS E ESPELHOS-D’ÁGUA DECORATIVOS Mantenha-os sempre limpos, criando peixes ou tratando a água com cloro. VASILHAMES PARA ÁGUA DE ANIMAIS DOMÉSTICOS Lave-os com bucha e sabão em água corrente, pelo menos uma vez por semana. LIXEIRAS DENTRO E FORA DE CASA Feche bem o saco plástico e mantenha a lixeira tampada. TAMPINHAS DE GARRAFAS, CASCAS DE OVOS, LATINHAS, SAQUINHOS PLÁSTICOS DE CIGARROS, EMBALAGENS PLÁSTICAS E DE VIDRO, COPOS DESCARTÁVEIS OU QUALQUER OUTRO OBJETO QUE POSSA ACUMULAR ÁGUA Coloque tudo em saco plástico, feche e coloque na lixeira para ser recolhido. BANDEJAS EXTERNAS DE GELADEIRA E AR-CONDICIONADO Retire sempre a água. Lave-as com água e sabão. SUPORTES DE GARRAFÕES DE ÁGUA MINERAL Lave-os bem sempre que for trocá-los. GARRAFAS PET E DE VIDRO Embale para recolhimento todas as que não for usar. Se for guardar, mantenha-as com a boca para baixo. PNEUS VELHOS Entregue-os ao serviço de limpeza urbana. Caso você precise realmente mantê-los, do, no mínimo, duas vezes por semana. Tire sempre a água acumulada nas folhas. guarde-os em local coberto. CAIXAS-D’ÁGUA, CISTERNAS E POÇOS Mantenha-os bem fechados. Tampe aqueles que não tenham tampa própria. CALHAS D’ÁGUA DA CHUVA Verifique se elas não estão entupidas. Remova folhas e outros materiais que possam impedir o escoamento da água. Retire a água acumulada das lages. PRATINHOS DE VASOS DE PLANTAS EM XAXINS DENTRO E FORA DE CASA Escorra a água dos pratinhos, lave-os com escova e coloque areia até a borda. BROMÉLIAS OU OUTRAS PLANTAS QUE POSSAM ACUMULAR ÁGUA Evite ter bromélias em casa. Substitua-as por outras plantas que não acumulem água. Se preferir mantê-las, é indispensável tratálas com água sanitária na proporção de uma colher de sopa para um litro de água, regan- CACOS DE VIDRO NOS MUROS Quebre ou vede com cimento aqueles que possam acumular água. TONÉIS E DEPÓSITOS DE ÁGUA Lave com bucha e sabão suas paredes internas. Tampe aqueles que não tenham tampa própria. Não use plástico para tampá-los. VASOS SANITÁRIOS Deixe as tampas sempre fechadas. RALOS DE COZINHA, DE BANHEIRO, DE SAUNA E DE DUCHA Verifique se há entupimento. Se houver, providencie o imediato desentupimento. Se não estiver utilizando, mantenha-os fechados. Governo do Estado de Minas Gerais Informações: 0800 283 2255, de segunda a sexta, das 7 às 19 horas PSICOLOGIA NO DIA-A-DIA Dengue: Prevenir é tarefa urgente - Meu Deus, que aflição! Não sei mais o que fazer. Esta febre de 38 a 40 graus não cede. Ela não quer se alimentar... Sua cabeça não pára de doer. Dores pelo corpo e nos olhos... Estou apavorada! Nossa filha pode morrer, meu amor! Como vamos viver sem ela? Não gosto nem de pensar... - Mas, minha querida, o médico tem certeza de que é dengue? - Sim... Foram feitos todos os exames. Infelizmente é dengue! Se ao menos você pudesse estar conosco! - Você não imagina como estou aqui aflito. Não sei quem está sofrendo mais. Ela que está doente; você aí sozinha cuidando da nossa filha ou eu aqui, sem poder fazer nada. Só poderei viajar na próxima semana. Não vejo a hora de estar junto com vocês. Só mesmo minha fé me dá forças para trabalhar nestes dias. - Compreendo, meu amor, compreendo! E como sofro também por sua angústia de pai tão amoroso e companheiro! Eu pelo menos posso cuidar da nossa filha o que procuro fazer da melhor possível. - Querida, pelo amor de Deus, me ligue sempre que puder! - Farei isto, sim, meu amor. Infelizmente, apesar dos cuidados constantes, a garota veio a falecer. Aconteceu o que mais temiam: choque mortal devido às hemorragias abundantes para cavidades internas do corpo. Dengue hemorrágica é assim. Fatal! Durante o velório não sabemos quem mais sofre: a mãe que esteve com sua filha o tempo todo ou seu marido que apenas chegou de viagem duas horas atrás. Um mês depois, para não enlouquecerem de saudade, o casal está distribuindo pelas ruas de seu bairro vários panfletos, dizendo: “Perdemos uma filha que amamos! Jamais queremos que vocês passem por uma experiência tão dolorida. Em memória da nossa filha pedimos que nossa comunidade toda trabalhe na prevenção da dengue. Para isto, não deixar nenhuma água parada em locais onde possa haver desova dos mosquitos da dengue. E usem borra de café nos lugares onde possam nascer as larvas das moscas. Quanto à prevenção individual desta terrível doença, aconselha-se o uso de janelas teladas, além do uso de repelentes. Minha gente, prevenir é tarefa URGENTE deste momento!... Vamos evitar uma epidemia terrível cujos efeitos nem conseguimos imaginar! Mas, com certeza, será muito sofrimento e muita dor como a que nós, pais de uma linda garota na flor da idade, estamos sentindo hoje. Como pais, pedimos: vamos cuidar de todos os nossos filhos e de cada um de nós!” 20 Mar / Abr 2008 SAÚDE NO PONTO em Sabará No dia 28 de março, o SINCAVIR esteve com o projeto SAÚDE NO PONTO em Sabará, no ponto de táxi da praça Santa Rita, centro histórico da cidade. O diretor-secretário do Sindicato, Avelino Moreira de Araújo, realizou os procedimentos de medição da pressão arterial e glicemia capilar em 19 motoristas de táxi. Todos eles apresentaram bons resultados nos exames. A presença do SINCAVIR na cidade contou com o apoio do presidente da Associação dos Taxistas de Sabará (Atasab), Jair Clemente de Assis Gomes, que organizou o evento. “Para mim é um trabalho inédito e é a primeira vez que está sendo feito no nosso município. Estou muito orgulhoso e feliz por ter conseguido fazer isso e, principalmente, pela adesão dos taxistas, que ficaram muito interessados. Os resultados foram ótimos. Isso é muito importante para nós e também para a população que fica sabendo que estamos aptos para desenvolver nossas funções”, disse Jair. Representantes da prefeitura de Sabará também estiveram presentes e participaram do SAÚDE NO PONTO. Para o funcionário da Secretaria Municipal de Defesa Social, Edber Malaco Ribeiro de Resende, este é um trabalho importante: “Ajuda a prevenir uma série de doenças. A vida do taxista é sedentária porque passa a maior parte do dia dentro do carro. Então, este controle é muito importante”. FALA TAXISTA “Este trabalho é muito importante porque faz um checkup e o pessoal fica sabendo como está a saúde, se está correndo algum risco. Temos que parabenizar os gestores do Sindicato, desta atual administração, porque antes nunca houve isso”. José Martins Perdigão (63), taxista desde 1967 “Este é um bom trabalho porque tem pessoas que, às vezes, podem ter algum problema e não saber, principalmente os mais jovens, que não fazem controle regularmente. Hoje, até os jovens têm pressão mais alta”. Enildo Avendanha João (64), taxista desde 1974 “Acho que este trabalho é uma boa para tranqüilizar a população, que vai saber como está saúde dos taxistas da cidade”. Cléber Geraldo Morais (46), taxista desde 1999 SAÚDE NO PONTO no Santa Efigênia No dia 10 de abril, o diretor Avelino esteve com o SAÚDE NO PONTO no Fone Táxi Santa Luzia, que fica na rua João Gomes, bairro Santa Efigênia. Foram realizados os procedimentos de medição de pressão artériaL e glicemia capilar. O taxista Antônio Caldeira Barbosa (GWV 1842), 45 anos, apresentou uma alteração significativa nos resultados e foi encaminhado, imediatamente, para exame com o médico do SINCAVIR, dr. Wellington Rabelo da Rocha. “Eu não sabia que estava desse jeito. O trabalho do Sindicato de ir até o ponto olhar como está a situação é muito importante por isso. É válido mesmo. Agora já vou ao médico para ver o que preciso fazer ”, disse Antônio. 5 “Acho muito bom porque representa uma segurança para a população, que também fica ciente de como estão seus taxistas. Até mesmo para a gente que, às vezes, é raro ir ao médico porque temos outros compromissos e vamos empurrando, empurrando e não cuidamos da saúde. Então isso serve de apoio pra gente”. Maria de Fátima Pinto (48), taxista desde 2006 “O que está acontecendo aqui é ótimo. A gente fica mais tranqüilo sabendo como está a saúde. De mais a mais, com a nossa idade temos que estar sempre olhando, apesar de que a doença pode surgir com qualquer idade e, por isso, é importante que os mais jovens também façam esses exames. Não tem que esperar ficar mais velho para cuidar não”. José Joaquim de Almeida (79), taxista desde 1970. Atualmente, quem trabalha com o táxi é seu filho Márcio 21 Mar / Abr 2008 1 2 01 - José Carlos da Silva (GWV 6613) 02 - Antônio Caldeira Barbosa (GWV 1842) 03 - Kleber Monteiro (GTI 1757) 3 04 - Mauro Lúcio F. Pimentel (GOL 3168) 4 05 - Odiney de Oliveira (GWV 7451) 06 - Marcos Mendes (GOL 1348) 07 - Cláudio Rebuiti (GWV 8586) 6 7 22 Mar / Abr 2008 sincavir no ponto INVASÃO DE PONTOS DE TÁXI Fiscalização da BHTrans. Dois pesos, duas medidas Os taxistas de Belo Horizonte têm sofrido com a invasão de carros particulares, motos, viaturas e até mesmo caçambas no ponto de táxi. Na maioria das vezes, as conseqüências desta irregularidade ainda recaem sobre o próprio taxista, que acaba sendo multado por parar em fila dupla à espera da saída do carro particular do ponto. Segundo os taxistas, uma das situações que têm contribuído para que isso aconteça é a falta da placa de sinalização para indicar o término do ponto. “Isso agrava o problema da invasão de veículos particulares que prejudica o trabalho dos taxistas, gera muita reclamação da categoria e causa até conflitos’, diz o diretor-secretário do Sindicato, Avelino Moreira de Araújo. Avelino explica que essa questão já foi levada pelo Sindicato à BHtrans que comprometeu-se em reavaliar a retirada das placas dos pontos. Segundo ele, até agora nenhuma posição ou atitude foi tomada. “A justificativa da retirada de placas foi de tentar diminuir a poluição visual na cidade. A partir do momento que uma decisão dessas está prejudicando a categoria, é preciso pensar outra forma de resolver a questão”, afirma. O Sindicato acha importante voltar com as placas evitando conflitos ou brigas. “Hoje o motorista particular estaciona, o taxista explica que é ponto, mas sempre escuta a pergunta sobre onde está a sinalização indicando o término do ponto”, diz Avelino. O SINCAVIR percorreu alguns pontos, conversou com os motoristas e flagrou invasões de carros, motos e até caçambas paradas no ponto de táxi. Acompanhe: São Pedro Táxi Localizado na esquina da rua Jacuí com Ponte Nova, próximo ao colégio Santa Maria, os motoristas do São Pedro Táxi têm sérios problemas com a invasão. Elas acontecem principalmente por veículos escolares nos horários de saída ou entrada da escola. Segundo Celmo Antônio Duarte (GWV 8413), que trabalha no local há muitos anos, por volta das 11h45 as vans, kombins e ônibus tomam conta do ponto. A fila dupla de carros particulares também é problema para eles, pois dificulta a manobra na hora de sair com algum passageiro. “Eles chegam aqui, páram, a gente reclama, mas nem ligam. Há aV. gETÚLIO vARGAS Outro ponto que sofre com a invasão é o que fica em frente ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na avenida Getúlio Vargas. A reportagem do Táxi Notícias flagrou uma moto e uma caçamba paradas no meio do ponto (veja foto). Segundo o motorista Paulo Rosa Pereira (HDS 0438), que está há dez anos na praça, o problema da invasão de pontos sempre aconteceu e continua acontecendo sem ninguém tomar providência. Ele fala que nesse ponto nunca teve placa de término e que OUTROS FLAGRANTES Carro particular no ponto de táxi da av. do Contorno, bairro Floresta. No detalhe, motos tomaram conta do ponto de táxi da rua da Bahia com Av. Álvares Cabral mais ou menos três meses a BHtrans tirou a placa de término do ponto alegando a despoluição visual da cidade. Depois disso está cada vez mais complicado pra gente”, diz ele. Oldair Braga (GWV 3726), também taxista do ponto, confirma a atual situação. Ele fala que a invasão é constante e que uma placa de término ajudaria a diminuir a invasão. ”Quando a gente vai falar com o motorista, ele pergunta onde está a placa final do ponto. Como não tem, eles se acham no direito de parar”. Ele diz que tenta explicar que o ponto começa na placa de início e termina onde está a placa de estacionamento proibido. “As pessoas não entendem e, por não ter essa placa, nós estaeste é um dos motivos para invasão. “Também acontece em outros lugares e acho que é uma falta de respeito com nossa categoria e nosso trabalho. Se eu parar meu carro em um ponto de carga e descarga, sou multado. Mas se um carro particular parar no ponto de táxi os fiscais da BHtrans, quando vêm, somente pedem pra sair. Se está errado, não devemos parar, mas se a BHtrans dá privilegio para alguém, que dê para quem está trabalhando”. Para Mauro Lúcio (GTE 4696), além da falta de placa, um dos motivos para isso acontecer é a falta Avelino com os taxistas do São Pedro Táxi mos sendo prejudicados”. Já Fransisco Onório da Silva (GWV 6657) diz que o ponto é invadido o tempo todo. “Quando nós reclamamos, alguns saem e outros não. Falamos com a BHtrans que diz que vai resolver o problema mas até agora nada. É preciso tomar uma providência para não continuar dessa maneira”, desabafa ele. de informação sobre o início e o término no ponto. Ele conta que as pessoas não sabem que o ponto de táxi termina onde começa o estacionamento proibido. “Eles entendem que é proibido estacionar da placa em diante e que, antes dela, como não tem placa de término do ponto de táxi, podem estacionar. Já aconteceu de eu avisar um motorista . Ele desceu olhou, não viu placa nenhuma e estacionou”. Caçamba e moto no ponto de táxi da av. Getúlio Vargas ponto da telemar No ponto da av. Afonso Pena, em frete à Telemar, também há muita invasão. Ali, além de particulares, viaturas da Polícia Civil, que tem um posto do outro lado da avenida, são estacionadas no meio do ponto atrapalhando o trabalho dos taxistas. Os motoristas reclamam que sempre chamam a BHTrans, gastam dinheiro com as ligações e ela nunca aparece para resolver o problema. Segundo José Cláudio (GOL-0387), a falta da placa de término faz com que as pessoas confundam onde realmente acaba o ponto e pensem que é faixa azul ou carga e descarga. “Sempre fica cheio de carro particular, principalmente, na esquina com a rua Muzambinho. Quando a gente aborda o particular e fala que aqui é ponto, eles não dão nem confiança, fecham o carro e saem”, diz ele. O taxista Neivaldo Gonçalves (GWV 6063) reclama da invasão e também da falta de fiscalização e atendimento às ligações para a BHtrans. “Nós ligamos constante- 23 Mar / Abr 2008 Taxistas do aeroporto criam a Aero-táxi Pampulha A Aero-táxi Pampulha, uma associação de 32 taxistas que páram no ponto do Aeroporto da Pampulha, começou a atuar, no dia 8 de fevereiro, com uma estrutura e organização de dar inveja. Além das reuniões periódicas e acerto de contas, todos os associados seguem à risca um regulamento para manter a ordem e disciplina. Eles ainda possuem um uniforme impecável e têm, no ponto de táxi, um excelente banheiro que foi cedido pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Portuária (Infraero). A diretoria da Aero-táxi é composta por três membros: o presidente, Ernane Estevão Fernandes (GOL 4687); o vicepresidente, Ítalo Pimenta (GWV 9230) e o diretor-tesoureiro, Renato Pereira do Nascimento (GWV 5251). Segundo Ernane, a idéia de criar a associação partiu dele e de mais três colegas: “Eu, o Alemão, o Marquinhos e o Renato tivemos a idéia de reunir a amizade, juntar os amigos que trabalham aqui no ponto há mais tempo e formar um fone táxi, com o pessoal uniformizado e organizado”. Ele diz que a associação conta com a importante participação de motoristas auxiliares e de taxistas antigos na praça. “Temos o sr. Salvador, sr. Enéas, gente que tem 20, 30 anos de praça. O Parafuso, que também vai vir fazer parte com a gente. A maioria aqui é auxiliar e nós queremos que eles participem ativamente com a gente, porque não vamos deixar os auxiliares desamparados”, avisa Ernane. Resultados positivos Carlos Batista Martins (GOL2844), o Alemão, conta que foi preciso um gran- de esforço para colocar a associação em funcionamento: “Foi uma verdadeira batalha. Quando tivemos a idéia não fomos bem interpretados porque algumas pessoas acharam que queríamos monopolizar. Mas o intuito não foi esse. Não temos interesse de prejudicar ninguém. Hoje em dia já temos a compreensão até de pessoas que não fazem parte da associação”. Nesses três meses de funcionamento todos já sentem os resultados positivos: “Já sentimos uma diferença muito grande porque cresceu o nível de amizade, de interesse entre nós”, afirma o presidente da associação. Quanto aos outros motoristas do ponto que ainda não fazem parte da Aero-táxi, Ernane diz: “A nossa idéia é que eles se juntem. Alguns têm o pé atrás, mas a tendência é todo mundo estar junto. É só uma questão de tempo. Depois que estiver funcionando 100%, tenho certeza que 99% vão aderir porque a idéia é boa e o objetivo é um só: é união e crescimento. Aqui tem organização”. Serviço de confiança O diretor-tesoureiro, Renato, diz que a Associação visa aumentar o número de corridas e melhorar as condições de trabalho para os taxistas. “O aeroporto foi exterminado. Então estamos tentando angariar o mercado aqui da região e também o próprio aeroporto. Estamos fazendo panfletagem e um trabalho forte de divulgação nos bairros”, diz. Ele faz questão de frisar que os motoristas associados não escolhem corrida: “Não importa se a corrida é pequena. Nós vamos atender a todos da região, queremos ter o passageiro com a gente”. Segundo ele, a associação é aberta a qualquer taxista que quiser participar: “Ela não tem limite de pessoas, tanto taxistas do ponto como outros que quiserem aderir podem nos procurar. As portas estão abertas”. Para valorizar o serviço prestado, Renato afirma que o uniforme é fundamental. “O passageiro vê a pessoa com boa aparência, com um bom atendimento. A logomarca da associação no uniforme é também um ponto de referência para que possa se comunicar com o taxista, levar alguma reclamação, por exemplo. Isso gera confiança”, fala. A agente da Gefit da BHTrans, Kátia Regina Stangherling, que fica no posto de atendimento do aeroporto, confirma a afirmação de Renato: “A apresentação, o uniforme, é muito importante. É um trabalho inteligente que eles estão fazendo. O pessoal está indo pelo caminho certo”. O policial que atua no aeroporto, cabo Wellington, também tem a mesma opinião: “A associação é importante porque serve como um referencial para o passageiro. Isto melhora bastante a prestação do serviço. Eles estão se organizado e também facilitando o nosso trabalho”. Infraero e atendimento ao cliente “A Infraero está dando todo apoio. Ela foi muito receptiva e ainda nos cedeu o banheiro, que fica sob nossa responsabilidade. De onde a gente menos esperava é que recebemos o maior apoio”, diz Carlos Batista, o Alemão. Renato confirma e acrescenta que Até mesmo viatura da polícia utiliza o ponto de táxi para estacionar mente para lá porque sempre tem três a quatro carros particulares e viaturas da polícia civil paradas aqui. Ela não vem. A gente tem que manobrar o carro correndo o risco de até bater, pois aqui é uma avenida movimentada”, conta. Edson Santos (GWV 9793) diz que já está perdendo a paciência e que não adianta gastar dinheiro com as ligações porque os fiscais só aparecem se já estão na área.”Quando eles passam, implicam com a gente e não com os particulares. Nós ficamos ao telefone no mínimo dez minutos ouvindo música, propaganda, eles nos transferem de um para outro e assim vai. As viaturas policiais também são um problema aqui. Elas são estacionadas no meio da nossa fila e ficam quatro, cinco ou até seis horas. A gente nem pode falar nada, só de ver a cara deles já assusta. Não sei se a fiscalização é pouca ou inoperante, mas a verdade é que nós estamos aqui a mercê da sorte”, conclui. Os taxistas do Aero-táxi, satisfeitos com a associação, avisam que ela está aberta à adesão de novos motoristas. Ao lado, o banheiro para uso de todos os taxistas do ponto, cedido pela Infraero, que apóia a associação. Em seguida, o taxista Paulo Ferreira: “Nossa meta é progredir” todo o contato com a Infraero foi feito com boa vontade por parte da empresa: “Nós conversamos, fizemos um acordo e estamos tendo o importante apoio deles, que estão nos cedendo o espaço e o sanitário”. Outro aspecto relevante mencionado por Ernane e Renato é a implantação do cartão de débito e crédito nos táxis. “Estamos providenciando isso para atender a todos os clientes, principalmente ao aeroporto, que tem uma demanda enorme de cartão e muitos usuários são prejudicados porque existem taxistas que selecionam corrida e não querem levar quem paga com cartão. Mas nós vamos atender a todo mundo”, garante Ernane. Gerenciamento do ponto Há seis anos no ponto do Aeroporto da Pampulha, Paulo Ferreira do Nascimento é uma pessoa importante para os motoristas. Ele, que também foi taxista durante 30 anos, organiza e gerencia o movimento dos táxis em frente ao aeroporto. “Tem que ter alguém no combate para defender os táxis comuns. Já perdemos muito para Confins e se não tivesse alguém aqui para gerenciar já estava perdido”. Quanto à associação, Paulo acredita que muitos ainda não sabem a importância desta entidade: “Só mais tarde vão reconhecer e querer fazer parte também”. Para os companheiros da área, ele deixa um recado: “Estou aqui para atender a todos. Nossa meta é progredir. Atender bem aos clientes com atenção e satisfação. Amanhã ou depois vamos colher os bons resultados”. 24 Mar / Abr 2008 DIA DAS MÃES Parabéns às mulheres maravilhosas O número de mulheres que trabalham como taxista está aumentando a cada ano. Atualmente, 544 mulheres, entre permissionárias e auxiliares, fazem parte do sistema. De 2003 para 2008, o número de taxistas auxiliares cresceu mais de 100%, passando de 49 para 103 motoristas. Em homenagem a estas mulheres atuantes, pelo “Dia das Mães”, o SINCAVIR dedica essa página a todas as mães, representadas aqui pelas motoristas do táxi-lotação. O “Táxi Notícias” entrevistou algumas delas para ouvir suas histórias, trajetória no táxi e como conseguem conciliar o trabalho de motorista com a maternidade. “Meu marido recebeu uma carta da BHTrans falando sobre a permissão para táxi-lotação. Eu sugeri que ele se inscrevesse para eu poder rodar. Ele topou, fez a inscrição e conseguiu. Eu fiz o curso, tirei a carteirinha e desde então rodo aqui na Afonso Pena. Para conciliar o trabalho com a casa, tenho que ter muita disciplina e força de vontade pois não é fácil trabalhar, ser dona de casa, esposa e mãe. Saio de casa e já deixo tudo mais ou menos arrumado e, quando chego, faço a janta. A arrumação de casa fica para os finais de semana. Gosto do que faço. Como sou professora e orientadora vocacional aposentada, adoro trabalhar diretamente com o público, que é minha paixão. Quero dizer para todas as mulheres e mães para continuarem o que estão fazendo com muita dedicação e garra, que é própria da gente. O sucesso vem para quem merece e nós somos merecedoras”. “Meu ex-marido teve a idéia de adquirir uma placa e, para isso, vendemos uma casa. Como ele não podia rodar, eu mesma peguei o carro e comecei no táxi-lotação. Rodo o dia todo e quando volto à noite ainda continuo minha jornada dentro de casa. Sozinha dou conta da casa e filhas com meu táxi. No início eu não gostava, mas foi a necessidade que me colo- cou aqui. Fui ficando, acabei acostumando e hoje adoro. É difícil conciliar casa e filhos com trabalho e sei que muitas mães trabalhadoras passam por isso. É uma barra. Desejo a todas elas muita força e digo para não desistirem, pois é o único jeito. Tem certos momentos na vida que temos que ser mãe e pai ao mesmo tempo”. Cristina Silva (GWV 6862) Há dois anos na praça, Cristina é separada e mãe de duas filhas já adultas, Elaine Cristina, 21 anos, e Érica Regina, 19. Ela contou com o apoio do ex-marido para começar no táxi-lotação. Sua rotina diária é acordar às 5h30 para deixar a casa organizada e sair para a jornada de 12 horas no volante. “Meu pai viaja muito e é por isso que revezo com ele. Eu comecei por necessidade e acabei gostando. Para entrar nesse ramo tem que gostar, pois é um trabalho que exige muita paciência. Moro sozinha com meu filho e para conciliar a maternidade com o trabalho conto com a ajuda de minha mãe e minha irmã. Quando saio pra trabalhar ele fica com elas e depois vai pra escolinha. O que pra mim é mais cansativo é acordar cedo, pois chego em casa no final do dia e ainda vou cuidar do meu filho e dar atenção a ele, que está em uma idade que me chama o tempo todo. Até parei de ro- dar nos fins de semana para ficar com ele. É apertado sim e eu fico cansada mas gosto do que faço e pretendo continuar por muito tempo ainda. A mensagem que eu deixo é sobre minha própria experiência. Fui mãe cedo, não me arrependo de nada e corri atrás das minhas necessidades. Nada é difícil para nós quando resolvemos encarar a vida. No meu caso, sou eu e meu filho. Não preciso da ajuda do pai dele e posso criá-lo sozinha como taxista. Digo que é só encarar os problemas e seguir em frente, mesmo com tantos obstáculos, como o preconceito. A gente que é mãe enfrenta de tudo para dar o melhor para nossos filhos. É só erguer a cabeça que tudo fica fácil”. “Foi meu marido que me deu força para ser taxista. Eu comecei porque o motorista que rodava no carro não queria mais continuar. Tive que pegar no volante e aprendi na prática. É um trabalho cansativo e às vezes estressante, mas eu gosto muito. Para conciliar com casa e filhos tenho a ajuda de uma senhora. Ela chega na hora que saio e cuida dos meus filhos até eu voltar. Quando chego já está tudo pronto, é só esquentar a janta, ensinar o para casa e dar atenção a eles. Eles acham legal eu ser taxista, querem saber como é o trabalho, se os passageiros são chatos e, às vezes, pedem para vir comigo. Quero desejar a todas as mães um feliz dia. Que elas sejam fortes e lutadoras como a gente que está na praça. Cuidar dos filhos e trabalhar é um pouco complicado, mas nós mulheres sabemos dividir bem essa tarefa e no final dá tudo certo”. Tânia Mara Peligrinelli (GWV 9364) Auxiliar há seis anos, Tânia é casada com o taxista José Ribeiro dos Reis e tem duas filhas. A Janaína, 27 anos, é psicóloga e a Lorraine, 19 anos, é estudante de Farmácia. Sua rotina é rodar das 7h30 às 18h diariamente de segunda a sexta. Ela só pára nos finais de semana. Aline Cristina (GWV 6984) Com 21 anos de idade e um filho de três anos, o Richard Rian, Aline trabalha no táxilotação há um ano e meio. Ela divide o carro com seu pai que é taxista e permissionário há 27 anos, José Carlos de Jesus, mais conhecido como “Pesão”. Sua jornada de trabalho muda a cada 15 dias, pois metade do mês ela trabalha das 6h as 14h e nos outros dias roda das 6h até às 22h30. Maria Aparecida Fialho Souza (HCY 0147) Casada com o taxista Iramar Cândido Souza, mãe de dois meninos, Otávio (13) e Gustavo (11), e Manuelle (8), Maria está no táxi-lotação há três anos. Ela pega seu carro às 5h30 e roda até 16h todos os dias.