Ano III :: Nº18 :: Março/Abril de 2008
SINCAVIR realiza
III SEMANA DA SAÚDE
No terceiro ano consecutivo, o SINCAVIR realizou mais
uma edição da SEMANA DA SAÚDE, entre os dias 22 e
25 de abril, na sede do Sindicato. A presença dos taxistas e seus familiares confirmam o sucesso do evento.
................................................................................
Páginas 12 e 13
Taxista e seus problemas no trânsito
O SINCAVIR esteve em vários pontos da área central e
verificou os principais problemas do taxista no trânsito
e no ponto. O Sindicato já reivindicou à BHTrans melhores condições de trabalho para o motorista. É preciso
fiscalização para ajudar o taxista.
- Embarque e desembarque de passageiros
- Particulares invadem ponto de táxi
...........................................................
Saúde no
ponto
Sabará e Fone Táxi Santa Luzia,
no bairro Santa Efigênia
....................................
Páginas 20 e 21
Páginas 11 e 22
E+!
Taxistas de BH:
exemplo nacional
...................................... pag. 10
Cuidado:
a dengue mata
...................................... pag. 19
Aero-táxi
Pampulha
...................................... pag. 23
02
Mar / Abr 2008
PALAVRA DO PRESIDENTE
Aqui tem
gente honesta
Finalmente, chegamos à decisão
da Justiça mineira sobre o imbróglio
que tentaram fazer das eleições do
SINCAVIR. A verdade sempre prevalece, apesar de algumas pessoas insistirem em não querer ver. Enquanto
isso são derrotadas a cada tentativa
de burlar os fatos. Não aprendem de
jeito nenhum. No final, os maiores
prejudicados são estas pessoas que
se deixam levar por aqueles que querem recuperar a auto-estima, porque
quando estiveram à frente da entidade
não conseguiram viabilizar nenhuma
ação em benefício da categoria.
Não me canso de repetir: enquanto estivermos à frente do Sindicato,
não adianta tentar entrar pela porta
dos fundos, de soslaio, sorrateiramente. Aqui tem gente honesta, que
não deixa a categoria ser enganada.
Também não me canso de dizer que
o Sindicato não é o Dirceu, o Ricardo
o Avelino. O Sindicato somos todos
nós e, mais uma vez, volto a afirmar
o que disse na eleição do primeiro
mandato: presidente de Sindicato não
é profissão. Saberei sair no momento
certo e sairei com a cabeça erguida,
pela porta da frente. Quanto a este
assunto das eleições, veja, na página
3, o acórdão da Justiça encerrando o
assunto nesta instância.
Outra vitória registrada nas nossas
páginas foi a terceira edição da Semana da Saúde, que o próprio taxista diz
que é um sucesso. Ficamos alegres
e motivados cada vez que realizamos
um trabalho bem feito como este.
Sabemos que estamos contribuindo
para uma
vida melhor para
o taxista e sua família.
Outros assuntos importantes estão nas páginas do “Táxi Notícias”. O
diretor Avelino esteve em vários pontos de táxi com o SAÚDE NO PONTO e com o SINCAVIR NO PONTO.
Registramos alguns problemas como
dificuldade de embarque e desembarque no centro da capital e invasão de
carros particulares nos pontos. Este é
um caso sério porque o taxista é forçado a parar em fila dupla, a BHTrans
chega e multa, mas não resolve o
problema do carro que está parado
nas nossas vagas. Já protocolamos
documento na BHTrans com pedido
de fiscalização no ponto de táxi para
retirada de motos, veículos particulares e até caçambas do ponto.
Outro problema que se torna cada
dia mais sério é a retirada da placa
de término do ponto de táxi. Isto está
causando confusão e a BHTrans precisa retornar com estas placas urgentemente.
Por fim, parabenizamos a todos
os taxistas honestos e solidários que
engrandecem o sistema de táxi de
Belo Horizonte. Publicamos, na página 10, o bom exemplo de motoristas
idôneos, que respeitam o usuário.
Estes profissionais são o orgulho da
classe.
Meu abraço a todos,
Dirceu Efigênio Reis
Presidente do SINCAVIR-MG
Assembléia de prestação de contas
No dia 26 de março, foi realizada a
Assembléia Geral Ordinária (AGO) do
SINCAVIR para prestação das contas do
exercício 2007. Com a presença de associados, membros do Conselho Fiscal e do
contador do Sindicato, o presidente Dirceu
Efigênio dos Reis apresentou o balanço
patrimonial da entidade e um relatório das
principais realizações durante 2007.
Relatório de
ocorrências 2007
■ Campanhas de incentivo ao uso do
táxi;
■ Inicio da revisão do regulamento do
serviço público por táxi;
■ Defesa das permissões de táxi;
■ Ações contra o transporte clandestino em BH e Contagem;
■ II Semana da Saúde;
■ Gratuidade do curso de reciclagem
junto ao SEST/SENAT;
■ Elaboração de planos e estratégias
juntamente com a PM/MG, para combater
a violência contra os taxistas e criação da
Operação São Cristóvão em caráter permanente;
■ II Feira Táxi que contou com a presença do Prefeito da Capital;
■ Realização de eleições democráticas
com utilização da urna eletrônica;
■ Criação do site do SINCAVIR;
■ Continuação dos projetos SAÚDE NO
PONTO e SINCAVIR NO PONTO;
■ Reforma no balneário do Sindicato
na Praia das Neves;
■ Inauguração do ambulatório médico
da Santa Casa que hoje conta com seis
especialidades médicas (clinica geral, ginecologia, endocrinologia infantil, pediatria, cirurgia geral, obstetrícia);
■ Revisão da planilha de custo do táxi;
■ Criação de um ponto de estocagem
para os táxis lotação na Avenida Olegário
Maciel;
■ Acompanhamento de vários projetos
de lei que envolvem a categoria: regulamentação da profissão, moto táxi, dentre
outros;
■ Monitoramento de eventos no Expominas;
■ Participação efetiva no Fórum dos
Taxistas;
■ Participação no Fórum de mobilidade da área central de BH (planejamento
estratégico da cidade quanto a qualidade
de vida, moradia, circulação e questões
ambientais);
■ Criação, extensão e transferências
de vários pontos de táxis a pedido dos taxistas;
■ Parceria com o INSS para oferecer
serviços e informações precisas aos associados;
■ Retirada da car/descarga do ponto
da av. Afonso Pena entre ruas Bahia e Tamoios;
■ Busca constante de novas parcerias
para locação de espaço na sede do Sindicato e de publicidade para o nosso jornal
que tem publicação bimestral;
■ Serviço de despachante no setor de
recursos de multas;
■ Envio trimestral de boletas de mensalidade;
■ Participação ativa da diretoria em
todas as cerimônias, assembléias, audiências públicas, encontros de representantes da categoria;
■ Participação efetiva no projeto de
implantação do GPS;
■ Participação em diversas reuniões
do Conselho Municipal de Transportes de
Contagem.
ATENÇÃO
Informamos que devido aos altos custos administrativos e operacionais, o SINCAVIR tem a necessidade de aumentar o valor da mensalidade que se mantém em R$ 10,00 (dez reais) desde 1995. O novo valor
será definido em assembléia com data a ser marcada no mês de maio.
Contamos com a sua compreensão.
Diretoria SINCAVIR
EXPEDIENTE
Órgão oficial do Sindicato Intermunicipal dos Condutores Autônomos de Veículos
Rodoviários Taxistas e Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens de Minas Gerais
Diretoria Efetiva: Dirceu Efigênio Reis, Presidente / Avelino Moreira de Araújo, Secretário / Ricardo Luiz Faedda,
Tesoureiro
Diretores Suplentes: Fábio Vitor dos Santos / Alexandre
Xavier Pinto / Valdir José Flores
Conselho Fiscal Efetivo: Sandoval Queiroz / José Eustáquio da Silva / Adílio Gomes de Souza
Conselho Fiscal Suplente: Geraldo Luiz Vieira da Silva /
Luiz Graziani Venturine / Dirceu Vilarino
Rua Jacuí, 3761, Ipiranga, Belo Horizonte, Minas Gerais.
CEP: 31.160-190 - Telefax: (31) 3426-3466.
Jornalista Responsável:Sandra Romão (MG 05030 JP)
Redação, Edição, Revisão e Fotos: Sandra Romão e
Isa Patto (MG 12994 JP)
Projeto Gráfico e Layout: Bla Comunicação (31)
3309-7502
Tiragem: 10.000 exemplares / Impressão: Fumarc
E-mail: [email protected]
Atenção: todos os anúncios aqui publicados são de inteira responsabilidade do anunciante. Matérias e artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não representam, necessariamente, a opinião do jornal Táxi Notícias.
03
Mar / Abr 2008
PROCESSO ELEITORAL
Nova vitória na Justiça
A Justiça deu ganho de causa para o SINCAVIR no processo ajuizado pela Chapa 2 a fim
de invalidar as eleições ocorridas em novembro de 2007. No
acórdão da Justiça, divulgado no
último dia 1° de abril, o juiz julgou improcedentes os pedidos
apresentados pelo autor da ação
e declarou a legalidade das eleições realizadas para a diretoria
do Sindicato.
Para o presidente do SINCAVIR, Dirceu Efigênio Reis, esta
ação judicial veio reforçar a transparência e seriedade do trabalho
desenvolvido pela atual diretoria
do Sindicato: “Mais uma vez, o
juiz reconheceu a lisura do nosso
processo eleitoral e deu fim nesta
tentativa escusa da Chapa 2 de
tentar entrar no Sindicato pela
porta dos fundos de forma ilegal.
Esta vitória é dedicada a todos
aqueles que caminham com retidão e buscam o crescimento da
nossa entidade”.
O que é acórdão
É a decisão do tribunal. O acórdão é uma peça escrita com
o resultado de julgamento proferido por um colegiado (grupo
de juízes ou ministros). Compõe-se de relatório (exposição
geral sobre o assunto), voto (fundamentação da decisão tomada) e dispositivo (a decisão propriamente dita).
Veja a íntegra do acórdão
Processo : 01492-2007-021-03-00-0 ROPS
Data de Publicação : 04/04/2008
Órgão Julgador : Segunda Turma
Juiz Relator : Desembargador Luiz Ronan Neves Koury
CERTIDÃO DE JULGAMENTO
PROCESSO No. 01492-2007-021-03-00-0 ROPS
(Rito Sumaríssimo)
Vara de Origem : 21a. Vara do Trab.de Belo Horizonte
Recorrente(s) : (1) Gerson Silva Vieira
Recorrido(s) : (1) Sindicato Intermunicipal dos Condutores
Autonomos de Veiculos Rodoviarios Taxistas e Transportadores Rodoviarios Autonomos de Bens de Minas Gerais CERTIFICO que o Tribunal Regional do Trabalho da 3a.
Região,
em Sessão Ordinária da Segunda Turma, hoje
realizada, analisou o presente processo e, unanimemente,
conheceu do recurso; sem divergência, rejeitou a preliminar
suscitada e negou provimento ao apelo, na forma da fundamentação do voto do Exmo. Desembargador Relator, juntada
aos autos, que integra esta certidão, para os fins e efeitos
do artigo 895, parágrafo 1o., IV, da CLT.
RECORRENTE: GERSON SILVA VIEIRA
RECORRIDOS: SINDICATO INTERMUNICIPAL DOS CONDUTORES AUTONOMOS DE VEÍCULOS RODOVIÁRIOS, TAXISTAS E
TRANSPORTADORES RODOVIÁRIOS AUTONOMOS DE BENS
DE MINAS GERAIS SINCAVIR E OUTRO
VOTO
Dispensado o relatório, nos termos do inciso IV do /S 1.o do
artigo 895 da CLT.
ADMISSIBILIDADE
Conheço do Recurso Ordinário interposto, vez que presentes
os pressupostos de admissibilidade. O Ato n-o 02/2007, aprovado pela RA n-o 98/2007, suspendeu os prazos processuais e o funcionamento do Foro das Varas do Trabalho de Belo
Horizonte no período de 20-12-2007 a 25-01-2008. Assim,
o prazo para a apresentação do Recurso Ordinário iniciou-se
em 28-01-2007 e findou-se em 07-02-2008. O protocolizou o
recurso em 07-02-2008, fl. 536, sendo, portanto, tempestivo
o apelo.
MÉRITO CERCEIO DE DEFESA
Aduz o recorrente que na decisõo recorrida, ao se dar validade
aos dispositivos estatutários do recorrido, mormente relativamente aos que tratam das eleições, não enfrentou os princípios
da moralidade, legalidade e da lisura das eleições, conforme
consta dos itens 7.1 e 7.2 da inicial, fl. 10. O recorrente aponta
a insuficiência de prestação jurisdicional, mas tal fato não se
configurou na medida em que a decisão se encontra fundamentada, com a apreciação de todas as questões que foram
objeto da controvérsia.
Rejeito.
DECRETAÇÃO DA NULIDADE DA CHAPA
CONCORRENTE ÀS ELEIÇÕES SINDICAIS
O Recorrente insurge-se em face da sentença proferida pelo
MM. Juiz da 21-a Vara desta Capital que, às fls. 531/534, julgou improcedentes os pedidos apresentados na inicial e declarou a legalidade das eleições realizadas para a Diretoria do Sindicato Intermunicipal dos Condutores de Veículos Rodoviários,
Taxistas e Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens
de Minas Gerais SINCAVIR e outro.
Aduz que a decretação da nulidade da eleição da “Chapa 2”, da
qual era membro, somente poderia ter ocorrido por afronta ao
art. 11, alínea d, do Estatuto do Sindicato. Assevera que para o
MM. Juiz de Primeira Instância a conjugação da liberdade sindical e a soberania da assembléia geral são capazes de tornar
legais todas as normas contidas no estatuto social do SINCAVIR. Registra que a liberdade sindical prevista no art. 8-o da
Constituição Federal não desobriga dirigentes e associados de
respeitarem as leis ou confere às suas assembléias soberania
absoluta, inerente apenas ao Estado. Para solução do litígio,
impõe-se a interpretação sistêmica das normas estatutárias,
pois dela poderemos retirar toda a eficácia necessária para o
deslinde da questão, conjugando fatores e circunstâncias que
regem a sua formação e aplicação a fim de obter o real sentido
e alcance da norma.
Como asseverou o juízo de primeiro grau, o parágrafo único do
art. 5-o do Estatuto da entidade, dispõe que: “somente poderá
disputar cargo eletivo no sindicato, o associado com um mínimo de dois anos de filiação até a data da publicação do Edital
para a realização da Eleição.”
(fl. 22, grifo meu). Embora tal artigo não esteja inserido no
Capítulo V, trata das eleições, não pode ser ignorada tal exigência pelos membros integrantes da chapas que pretendem
concorrer a cargos eletivos do Sindicato. Restou demonstrado,
pelo documento de fl.35, que cinco dos membros integrantes da chapa do recorrente não tinham o tempo necessário
de filiação à entidade sindical, enquadrando-se na vedação do
referido dispositivo estatutário. De outro lado, é impertinente a
alegação de que os componentes da Chapa 1, que integravam
a Diretoria do sindicato, não poderiam anular o registro da sua
chapa, porquanto o parágrafo único do artigo 11 do Estatuto
prevê tal hipótese (fl.22). Além do mais, a anulação de Chapa
tinha que ser feita em reunião conjunta da Diretoria e Conselho
Fiscal. A decretação da nulidade ocorreu antes das eleições
por parte da Diretoria que estava no exercício do mandato. Se
os membros dessa Diretoria resolveram formar uma Chapa,
concorreram e saíram vitoriosos no processo eleitoral, não é
possível decretar a nulidade da decisão da Diretoria e do Conselho Fiscal do SINCAVIR, que cancelou a inscrição Chapa
formada pelo Recorrente, que a referida decisão foi lastreada
nos dispositivos estatutários mencionados. Lado outro, o Recorrente não demonstrou as leis que o Estatuto do SINCAVIR
não respeitou. A alegação - de que a decretação de nulidade de
chapa em razão de existência de inscrição do nome do candidato em qualquer serviço de proteção ao crédito é ilegal e deve
ser declarada nula por Especializada, além de não constar dos
limites da lide, pois a questão somente está sendo suscitada
no recurso, não está inserida no objeto da presente ação relativa à anulação de Assembléia Geral Ordinária para renovação
do Conselho de Administração e Fiscal do recorrido. Quanto à
alegação de que o Sr. Dirceu Efigênio Reis concorreu para dois
cargos, quais sejam, Diretor e Delegado para a Federação,cabe
ressaltar que este último, nos termos do art. 12, alínea c, do
Estatuto, é escolhido pela Diretoria, não se tratando, portanto,
de cargo eletivo.
O Edital de Convocação de fl. 31, com a exigência de formação
da Chapa com 12 membros, encontra-se de acordo com a
norma acima mencionada, já que o cargo de Delegado para a
Federação é preenchido mediante escolha da Diretoria e não
por eleição. Quanto à alegação de que o Sr. Dirceu Efigênio
Reis utilizou a máquina administrativa do SINCAVIR para fazer
propaganda de sua candidatura, não há nos autos provas que
permitam chegar a tal conclusão. Tal fato é apontado pela juntada de apenas uma correspondência, a de fl. 63, num universo
de 6.924 associados ao Sindicato. Se o Recorrente alega que
foi enviada correspondência a todos os associados, deveria
ter juntado pelo menos as correspondências recebidas pelos
candidatos de sua Chapa, ônus do qual não se desincumbiu.
Também não se tem certeza se a correspondência teria sido
enviada com a utilização da máquina administrativa do recorrido. No tocante ao pedido de indenização por danos morais,
o recorrente não comprovou qualquer ato ilícito praticado pelo
recorrido com reflexos em bens personalíssimos tutelados no
artigo 5-o, X da CR.
Nego provimento.
CONCLUSÃO
Pelo exposto, conheço do Recurso Ordinário interposto e, no
mérito, NEGO-LHE PROVIMENTO.
Presidente: Exmo. Desembargador Anemar Pereira Amaral.
Tomaram parte na decisão os Exmo. Desembargadores: Luiz
Ronan Neves Koury (Relator), Anemar Pereira Amaral e Márcio Flávio Salem Vidigal
Procuradora do Trabalho: Dra. Maria Amélia Bracks Duarte.
Inscrito para sustentação oral: Dr. Fernando Augusto P. Caetano.
Para constar, lavro a presente certidão, do que dou fé
Belo Horizonte, 01 de abril de 2008.
Nadja Maria Prates Públio
Diretora da Secretaria da Segunda Turma
DECISÃO: A Turma, unanimemente, conheceu do recurso; sem
divergência, rejeitou a preliminar suscitada e negou provimento ao apelo, na forma da fundamentação do voto do Exmo.
Desembargador Relator, juntada aos autos, que integra esta
certidão, para os fins e efeitos do artigo 895, parágrafo 1o.,
IV, da CLT.
04
Mar / Abr 2008
Taxistas se únem e criam a Aprotáxi-MG
A necessidade de criar condições favoráveis e seguras para proteção do instrumento de trabalho do taxista levou um
grupo de motoristas de táxi a criar a Associação de Proteção ao Taxista de Minas
Gerais (Aprotáxi-MG). A Associação começa a funcionar em maio, em uma sala
alugada na sede do Sindicato.
A assistência será destinada somente a veículos enquadrados na categoria
aluguel táxi. De acordo com o presidente
do SINCAVIR, Dirceu Efigênio Reis, que
também é presidente da Associação, o
principal objetivo da entidade é proteger
Novo regulamento
do táxi
Representantes dos taxistas e BHTrans continuam a
se reunir semanalmente para discutir importantes mudanças no “Regulamento do Serviço de Transporte Público por Táxi do Município de Belo Horizonte”.
Vários itens já foram discutidos e modificados, entre eles o artigo 20: “Os pontos de táxi serão regulamentados pela BHTrans em função do interesse público
da conveniência técnico-operacional, em conformidade com o Sindicato, das modalidades de serviço e de
eventuais condições específicas de operação”.
a ferramenta de trabalho e dar assistência ao motorista de táxi em qualquer caso
de sinistro ou incidente com o veículo: “A
Associação garantirá assistência 24 horas para todos os veículos em um raio de
100 quilômetros de Belo Horizonte. Teremos reboque disponível 24 horas para
qualquer ocorrência que envolva colisão,
pane elétrica e pane seca. Além disso, um
chaveiro também ficará disponível para as
emergências”.
Como se associar
Para ser sócio da Aprotáxi o taxista
deverá apresentar o certificado do veículo
na categoria aluguel e pagar uma taxa de
adesão de acordo com o valor do veículo.
A partir daí será cobrada uma mensalidade que também irá variar segundo o ano e
marca do carro.
De acordo com Dirceu, a Associação
vai trabalhar com o sistema de rateio entre
os participantes quando houver ocorrência de sinistro. Dirceu deixa claro uma regra da Associação: “Em nenhuma hipótese será dada proteção a veículo particular,
mesmo que este seja de propriedade do
motorista associado”.
Mar / Abr 2008
05
06
Mar / Abr 2008
Mal-entendido leva motorista
auxiliar a perder emprego
No dia 16 de outubro de 2007,
o motorista auxiliar Leandro da
Silva Santiago foi procurado
pelo médico Sebastião Cristiam
Bueno para tentar esclarecer um
furto que o taxista não havia cometido. A partir daí ocorreu um
mal-entendido que levou Leandro a processar criminalmente
o médico por calúnia, pois logo
após o episódio ele foi dispensado do trabalho pelo permissionário do táxi, Vandeir Mendes
Parreira (GWV 6008).
As conseqüências deste fato
foram drásticas para o taxista.
Além de perder o emprego, ele
diz que foi difamado entre os
colegas. “Fui muito prejudicado
com tudo isso e até hoje não
consegui rodar mais em nenhum
táxi”, conta.
O caso foi parar na Justiça e
a fim de reparar o prejuízo sofrido pelo taxista o juiz Christiano
de Oliveira Cesarino determinou
que fosse publicado no jornal
do SINCAVIR, o “Táxi Notícias”,
uma mensagem em local de
destaque, com nota de esclarecimento quanto à suposta acusação de prática do crime de
receptação atribuída ao taxista
Leandro.
O furto
Na tarde do dia 16 de outubro
o capacete do médico Sebastião
Cristiam Bueno foi furtado na
sala da coordenação médica,
dentro do Hospital João XXIII. Segundo o médico, a janela da sala
fica de frente para a av. Alfredo
Balena, onde alguns moradores
de rua costumam se abrigar. Às
19 horas, quando estava saindo
do hospital, Cristiam deu falta do
capacete. Imediatamente, tomou
as providências para descobrir
quem poderia ter furtado. Ele
conta o que aconteceu:
“Descobri quem roubou através de testemunhas. O rapaz é
conhecido como Neguinho, lava
carros na região, e foi preso logo
depois. Mas ele já havia vendido
o capacete. Aí fui tentar descobrir para quem ele vendeu para
eu recuperar. Só que ele estava
muito drogado, muito embriagado e não falava nada com nada.
Depois que ele foi conduzido
para a delegacia fiquei conversando com moradores de rua
e taxistas que páram no ponto
próximo ao hospital para ver se
alguém tinha visto alguma coisa. Eles comentaram que esta
pessoa que furtou o capacete tinha contato com o Leandro, que
de vez em quando o ajudava,
deixando ele lavar o carro. Foi aí
que resolvi procurar o Leandro.
Liguei para o dono do táxi e perguntei se ele tinha o telefone do
Leandro. Eu disse que ele tinha
sido citado na investigação de
um furto e que talvez pudesse
me ajudar a esclarecer. O dono
do carro ficou assustado, mas
eu deixei claro que o Leandro
não tinha roubado o capacete
e que eu só queria que ele me
ajudasse a recuperar o bem furtado. Então ele me deu o telefone do Leandro e eu liguei na
mesma hora. Mas o dono do
táxi não quis nem saber e no dia
seguinte já mandou o Leandro
embora”.
07
Mar / Abr 2008
Fórum de taxistas de
Contagem conta com
a participação do SINCAVIR
Reparação
Cristiam afirma que ficou
aborrecido com as conseqüências do fato: “Fiquei muito chateado quando soube que isso
trouxe problemas para a vida do
Leandro. Quando encontrei com
ele na delegacia, na véspera do
Natal ele me disse: ‘E agora?
Estou com dois filhos, está chegando Natal e eu não tenho emprego’. Realmente, isto é uma
coisa grave”.
O médico diz que tentou
ajudar o taxista: “Liguei para alguns conhecidos meus que têm
táxi para ver se disponibilizavam um carro para ele trabalhar.
Mas não consegui”. Para tentar
minimizar o dano, Cristiam concordou em publicar uma reparação a fim de que a categoria
saiba o que, de fato, aconteceu:
“O juiz achou por bem publicar
uma matéria para tentar limpar
a imagem do Leandro no meio
dos taxistas porque ele diz que
sua imagem ficou queimada. Eu
concordei imediatamente”.
Caso resolvido
Hoje o taxista Leandro afirma que foi tudo mesmo um
mal-entendido. Apesar de ainda não ter conseguido outra
oportunidade no táxi, ele não
desiste. Enquanto não consegue uma chance, Leandro tra-
SEST/SENAT
Devolução
de valores
do curso
Vários taxistas que desembolsaram R$ 100, em 2006, para fazer o
“Curso de Capacitação e Atualização
para o Operador do Transporte Público de Belo Horizonte” ainda não buscaram o dinheiro que foi restituído
pelo Sest/Senat.
Leandro e Cristiam: situação resolvida
balha como entregador de uma
distribuidora de água no bairro
Caiçara.
Quanto ao que aconteceu,
o motorista auxiliar encerra o
assunto com a seguinte declaração:
“O que achei pior foi o dono
do táxi tirar o carro de mim sabendo que eu não tinha nada a
ver com o que aconteceu. Mas,
especificamente, quanto à pessoa do Cristiam, não tenho nada
a reclamar, ele é gente boa mesmo. Até porque eu vi o quanto
ele correu atrás para tentar
me ajudar e sempre foi sincero, assumindo o que ele disse
que aconteceu no dia. Minha
relação com ele se tornou mais
sincera do que com o próprio
dono do carro, para quem eu
trabalhei por mais de um ano.
Infelizmente, esta foi uma situação que envolveu a gente, mas
que agora está resolvida”.
Determinação da Justiça
“A referida publicação deverá conter, no seu escopo, o seguinte teor: que os acontecimentos ocasionados devido ao
furto do capacete do autor e uma suposta indicação de crime de receptação à vítima, não passaram de um grande mal
entendido (sic), fruto de atitude impensada e no calor da
emoção que envolvia o autor, e que este em momento algum fez menção à polícia, aos taxistas daquele ponto ou ao
proprietário do táxi em que trabalhava a vítima que esta teria
adquirido o capacete do autor, bem como que nunca existiu nenhum atrito entre as partes e que LEANDRO DA SILVA
SANTIAGO é cidadão de bem, honesto e trabalhador”.
Dirceu falou sobre a importância de Contagem rever
sua posição radical sobre a transferência das permissões
A primeira reunião do Fórum de Taxistas do município de Contagem aconteceu
dia 2 de abril e contou com a participação
ativa do presidente do SINCAVIR, Dirceu
Efigênio Reis, do diretor-secretário, Avelino Moreira de Araújo, juntamente com o
coordenador de transportes da Transcon,
Geraldo Antônio de Paulo, do supervisor
da BHTrans, Carlos Franklin Rabelo, e vários taxistas do município.
O fórum teve como principal objetivo
discutir o regulamento do serviço de táxi
de Contagem e o convênio de unificação
da praça com Belo Horizonte. De acordo com o coordenador de transportes
da Transcon, o regulamento está sendo
atualizado e está em fase final: “Estamos
tentando aproximar o máximo possível do
regulamento de Belo Horizonte, sem perder as características próprias de Contagem. Queremos um regulamento justo e
próximo da realidade que a gente tem no
município”. O regulamento deverá entrar
em vigor no mês de maio.
Principais questões
Duas situações muito debatidas du-
O fórum foi aberto aos taxistas de Contagem
e muitos marcaram presença com participação ativa
rante a reunião foram o insulfilme e as
plaquetas de identificação no painel do
táxi. Em Contagem, é permitido o uso
de insulfilme no veículo e os motoristas
não são obrigados a se identificar. Com
a renovação do convênio de unificação,
estes dois itens serão reavaliados e a
definição constará como norma no novo
regulamento de táxi de Contagem.
Permissão: assunto polêmico
Outro assunto também discutido durante o fórum foi o fato de a prefeitura
de Contagem não permitir a transferência das permissões de táxi do município.
Vários taxistas se manifestaram sobre o
assunto e pediram à Transcon uma revisão deste item, pois o órgão tem sido
muito rígido. O presidente do SINCAVIR
solicitou ao coordenador de transportes
da Transcon uma atenção especial neste
caso: “Quando estes permissionários adquiriram a permissão, ninguém falou que
eles não poderiam transferi-la no futuro.
Deixo aqui meu pedido para avançarmos
nas discussões relativas à transferência
das permissões. Não podemos deixar
continuar este sentimento de aflição na
categoria”.
O coordenador da Transcon disse que
o assunto seria analisado e reavaliado
nas discussões do novo regulamento.
Contribuição sindical
Durante a reunião alguns motoristas
esclareceram dúvidas sobre a contribuição sindical destinada ao SINCAVIR. Dirceu explicou o porquê da cobrança que é
uma determinação federal para todas as
classes de trabalhadores e disse que, do
valor total cobrado, o SINCAVIR fica com
apenas R$ 27. O restante é distribuído
entre a Federação, a Confederação e o
Ministério do Trabalho. Ele frisou que a
parcela que fica com o Sindicato é fundamental para a existência e permanência
da entidade, pois a maioria dos taxistas
não é associada. “Temos pessoas aqui
que sequer passam na porta do Sindicato, sequer são associadas. É importante
ter consciência de que o Sindicato só é
forte com a participação de todos”, finalizou.
Veja se seu nome
está na lista:
Ademar de Moraes
Anderson A. Moreira Serra
Christiano Gouveia Valeriano
Cláudio Antônio de Souza
Geraldo Isaías Alves
Geraldo Luiz Vieira da Silva
Gil Araújo Sena
Gilmar Trindade Ribeiro
Itamar de Souza
João Teodoro Neto
José Paulo Ferreira
Luiz Roberto de Carvalho
Marcelo da Silva Godoy
Milton Rodrigues Neto
Orlando Fagundes de Almeida
Pedro Modesto de Faria
Roberto de Paiva
Para receber de volta os R$ 100 o
taxista precisa comparecer no Sest/
Senat, unidade Serra Verde, e apresentar a identidade e o registro de
condutor autônomo.
08
Mar / Abr 2008
FIQUE POR DENTRO
Publicada a
portaria do GPS
A Portaria nº 035/08, do GPS (Sistema de Posicionamento Global), que Institui regras para publicidade nos táxis, foi
publicada no Diário Oficial do Município
(DOM), no dia 11 de março.
De acordo com as regras, as peças publicitárias poderão ser colocadas na parte externa do veículo, limitadas ao vidro
traseiro. Internamente deverão se limitar à
parte posterior dos bancos dianteiros.
Os recursos arrecadados com a exploração da publicidade serão usados
pela firma que irá instalar o GPS nos carros, sem custos para o taxista, o passageiro ou para a administração pública. Os
motoristas que aderirem ao serviço receberão um selo, que deve ser afixado no
pára-brisa.
Parcelamento
do INSS
Os motoristas que têm débito com o
INSS podem parcelar a dívida. Basta procurar o INSS, fazer a solicitação e, então,
será feito um contrato entre o motorista e
o instituto. Com este contrato em mãos, o
taxista conseguirá realizar sua movimentação na BHTrans, que emitirá uma carteira provisória de 90 em 90 dias até que a
situação esteja regularizada.
É preciso que o taxista também esteja
em dia com o pagamento da contribuição atual, pois ele deverá apresentar à
BHTrans os dois comprovantes de pagamento do INSS.
Reajuste real
para aposentados
Senadores aprovaram, no dia 9 de
abril, o PLC 42/07, que garante reajustes
anuais do salário mínimo até 2011, feitos
sempre de acordo com a inflação passada acrescida de percentual semelhante
ao do crescimento real da economia dos
dois anos anteriores. Também foi aprovada a emenda do senador Paulo Paim
(PT/RS), que estende aos aposentados
do INSS os mesmos reajustes concedidos ao salário mínimo. Portanto, em 1º
de fevereiro de 2009, o mínimo e as aposentadorias receberão, além da inflação
de 2008, um aumento de 5,4% - percentual do crescimento do Produto Interno
Bruto (PIB) de 2007.
O projeto voltará ao exame dos deputados por causa da emenda de Paim.
Caso a proposta seja aprovada pela Câ-
mara e receba sanção de Lula, o governo
terá de conceder, de forma retroativa a 1º
de março, aumento real aos aposentados
do INSS, pois receberam apenas a reposição referente à inflação.
Fim do fator
previdenciário
Também foi aprovado pelo Senado o
Projeto de Lei 296/03, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), que extingue o
chamado fator previdenciário e modifica a
forma de cálculo dos benefícios da Previ-
dência Social. Por ter sido alterada, a matéria retornará à Câmara dos Deputados.
Hoje o fator previdenciário é calculado
considerando, na data de início do benefício, a idade e o tempo de contribuição do
segurado, a expectativa média de sobrevida para ambos os sexos e uma alíquota
de 31%, equivalente à soma da alíquota
básica de contribuição da empresa (20%)
com a maior alíquota de contribuição do
empregado (11%). Tais condições retardam a aposentadoria por tempo de contribuição e punem a considerada precoce,
penalizando quem começou a trabalhar
cedo e que, geralmente, possui menor
rendimento.
Mar / Abr 2008
09
10
Mar / Abr 2008
11
Mar / Abr 2008
Taxistas de BH. Exemplo de Embarque e desembarque de
solidariedade e honestidade passageiros
Janeiro de 2008. A jornalista Marcela
Nunes Leite começa o ano com a realização de ter adquirido dois importantes
equipamentos de trabalho: um notebook
e uma câmera fotográfica, comprados em
São Paulo. Após fazer este investimento
de R$ 6 mil, ela retorna a Belo Horizonte, chegando na madrugada do dia 14, às
5:40h. Ao invés de seguir até a rodoviária,
Marcela resolve descer do ônibus na Via
Expressa, bairro Gameleira, e pegar um
táxi, próximo ao ponto do ônibus. Com
várias bagagens, ela mesma toma providência de ajeitar tudo no táxi.
Ao chegar em casa, desce do carro
e retira suas malas e bolsas. Mas 20 minutos depois, quando desfazia as malas,
vem o choque: aonde estava a pasta com
os equipamentos?
A partir daí começa uma verdadeira
novela que contou com a importante participação de três taxistas. Protagonistas de
um roteiro cheio de emoções, eles deram
uma lição de respeito e solidariedade.
José Gonçalves Primo
(GWV 8329) - 12 anos de praça
Desesperada, Marcela volta ao ponto
de táxi à procura do motorista que a conduziu. Infelizmente, ele não estava e a única coisa que se lembrava era o fato de ter
sido atendida por um senhor muito educado. “Ele não voltava e fui ficando cada
vez mais desesperada. Como não sabia
seu nome, os colegas dele iam chegando
e falavam que podia ser fulano ou sicrano.
Aí me lembrei do pai da minha amiga, que
é taxista, e liguei para pedir ajuda”, conta a
jornalista. Na mesma hora, o taxista José
Gonçalves Primo (GWV 8329) se colocou
à disposição e ajudou Marcela a tomar todas as providências necessárias. “Aquilo
foi uma loucura. Ela já me ligou chorando
e perguntando: ‘o que eu faço agora?’ Então fui com ela até a polícia para fazer a
ocorrência e depois sugeri que procurássemos as imagens do Olho Vivo, instalado
no ponto de ônibus próximo aos táxis”,
relata José Primo. “Ele me levou até a delegacia, na av. Pedro II, depois fomos até
a central do Olho Vivo na Gameleira. Mas
nos encaminharam para um outro local
onde as imagens ficam armazenadas, na
av. Américo Vespúcio. O policial disse que
só o delegado ou o juiz poderia liberar o
arquivo de imagens”, lembra Marcela.
Sempre nervosa e chorando muito, ela
resolveu voltar ao ponto de táxi para tentar
encontrar o motorista, pois um dos taxistas
da Gameleira ligou dizendo que o táxi que
a atendeu poderia ser de um colega conhecido. “Então o sr. Primo me deixou lá de
novo, depois de ter rodado a cidade inteira
comigo para tentar resolver meu problema.
Tudo isso, sem me cobrar um centavo pelas corridas”, declara agradecida.
Herculino Vieira Silva - “Cula”
(GOL 0355) - 10 anos de praça
Neste momento, entra em cena o taxista Herculino Vieira Silva (GOL 0355),
mais conhecido como Cula: “Ela chorava sem parar. Aí eu disse: ‘pode ficar
tranqüila porque se o taxista for aqui do
ponto a gente vai achar ele. E não precisa me pagar pela corrida. Eu rodei o
bairro João Pinheiro todo com ela até
achar a casa do taxista”.
No momento que chegaram ao endereço certo, Marcela diz que viu o táxi
estacionado na porta e já desceu em
prantos para verificar se sua pasta estava dentro do carro.
Enock Matos Monteiro
(GWV 7868) - 39 anos de praça
O táxi que conduziu Marcela é de
Enock Matos Monteiro (GWV 7868). No
momento em que ela se aproximou de
seu carro ele estranhou vê-la desesperada: “Não entendi o porquê de estar chorando daquele jeito, pois a achei muito
educada quando a deixei na porta de
sua casa”. Desta vez, Marcela chorava
de alegria: “Minha pasta com os equipamentos estava lá, debaixo do banco”.
Enock conta que fez várias corridas
depois que deixou Marcela em casa:
“Nunca vi tanta sorte! A pasta ficou o
tempo todo lá e ninguém encontrou”.
Marcela confessa que seu maior receio
era exatamente este e confirma que teve
muita sorte: “Nós chegamos na hora
certa porque o sr. Enock já ia passar o
carro para o outro motorista. Aí, sim, eu
não teria muita chance”.
O final feliz da história termina com a
declaração de gratidão de Marcela: “Não
fosse a participação, o apoio e mobilização do sr Primo, do Cula, e de outros
taxistas do ponto da Gameleira eu não
teria recuperado os meu bens”.
Ao lado, Marcela com Enock e
José Primo.
Taxistas reclamam que não têm onde pegar
ou deixar passageiros, no centro da cidade,
e acabam sendo multados
Marcela e Cula. Acima, o taxista
mostra orgulhoso a carta da
BHTrans: comprovante da atitude
honesta e solidária
Comportamento íntegro
Desde junho de 2007, a BHTrans
envia ao taxista que devolve objetos
esquecidos em seu táxi uma carta
com agradecimento e elogio pela atitude honesta e exemplar.
O gerente de Controle das Permissões da BHTrans (Gecop), Wellington
Leal, diz que o número de devoluções
cresceu bastante no ano passado:
“No início de 2007 nosso registro era
de uma média de 17 devoluções mensais. Em dezembro chegou a 46”. Ele
afirma que este número é ainda maior,
pois muitos motoristas procuram e
devolvem o objeto diretamente ao
passageiro.
Este é o caso, por exemplo, do taxista Luiz Gonzaga (HKK 0015), que
encontrou R$ 200 em seu táxi e só
foi localizar a pessoa para devolver o
dinheiro na Serra do Cipó: “Fui até ele
porque não gosto de ficar com nada
dos outros. Ele quis me recompensar,
mas disse que não tinha que me dar
nada porque eu já estava aliviado”.
Carlos Roberto do Nascimento (GWV 9753) é outro motorista
exemplar, que constantemente recebe cartas da BHTrans. Seu histórico
é marcante devido ao grande número
de devoluções e esforço para entregar
ao dono cada objeto esquecido em
seu táxi. “Já fui até multado porque
na rodoviária não tem lugar para estacionar. Mas nem por isso deixei de
cumprir meu dever”, fala.
Avelino esteve com taxistas no centro da cidade para conhecer as principais
dificuldades que enfrentam. Embarque e desembarque foi um dos
problemas mais mencionados
Carlos Roberto com vários termos
de devolução e cartas da BHTrans
O taxista Herculino, o Cula, também se contenta por ser reconhecido
pela BHTrans. A última devolução feita
foi do paletó preto de um passageiro
que levou em Confins. “Sempre que
alguém esquece alguma coisa e eu
vejo, corro lá e devolvo para a pessoa,
porque a gente que é taxista tem que
fazer o melhor pelos nossos passageiros. Esse é o nosso trabalho”, frisa.
Para o gerente da BHTrans, a atitude dos taxistas vem reforçar a boa
prestação de serviço de táxi de Belo
Horizonte, considerada a melhor da
América Latina.
O presidente do SINCAVIR, Dirceu
Efigênio Reis, parabeniza todos os taxistas que se comportam desta maneira: “Atitudes como essas valorizam
e engrandecem a categoria”.
Devolução de objetos
Os objetos esquecidos no táxi
podem ser entregues no posto da
BHTrans localizado na rodoviária.
O aumento do número de
carros em Belo Horizonte traz
problemas no trânsito e conseqüentemente dificulta o trabalho
dos taxistas. Segundo dados da
Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores
(Fenabrave), a venda de carros
cresceu aproximadamente 26%
no primeiro trimestre de 2008
em relação ao ano passado. Em
conseqüência desse aumento,
acontecem problemas como a
falta de vagas para estacionar,
congestionamentos e, para os
taxistas, dificuldade em parar
para embarcar ou desembarcar
um passageiro. Essa reclamação
da categoria vem aumentando
muito nos últimos anos.
Segundo o taxista Antônio*,
o desembarque do passageiro é
o mais difícil, pois não existe um
lugar próprio para o táxi parar. “Eu
parei em fila dupla aqui na Guajajaras e posso até ser multado.
Mas o que posso fazer se a passageira é idosa? Tenho que parar.
Às vezes os agentes multam porque, na verdade, fazer isso não
é certo. Mas temos que atender
ao passageiro e nunca tem vaga
para encostar o carro”, diz.
Para Maria José da Saúde
Para atender ao cliente os taxistas, às vezes, são forçados a parar em locais
impróprios, como foi o caso destes dois motoristas: um para retirar as
compras do porta-malas e outro para embarcar a usuária
Souza (GWV 6373) essa falta
de local para pegar ou deixar o
usuário também acontece na Savassi. “Já levei três multas lá por
conta disso. Acho que a BHTrans
poderia nos ajudar e ser mais flexível”, fala.
As passageiras Eliane e Simone que tinham acabado de
entrar no táxi de Maria José, concordaram que pegar ou descer
do carro é difícil. Elas também
falaram do perigo que isso significa. “A gente pega táxi aqui no
centro, sempre no meio da rua.
É perigoso para os passageiros,
pois pode passar uma moto ou
outro carro e causar um acidente”, concluem.
Prejuízo
Para o diretor-secretário do
SINCAVIR, Avelino Moreira de
Araújo, o embarque e desembarque no centro da capital
tornou-se um grande problema
para a categoria, devido, principalmente, ao número de carros
particulares, motos e caminhões
que hoje circulam na cidade.
“Além disso, a BHTrans já chega
com seus agentes efetuando a
multa. Como fazer com o passa-
geiro? Dependendo da situação,
o taxista tem que parar aonde é
solicitado para facilitar e prestar
um bom atendimento ao passageiro”, afirma.
Avelino acredita que a situação pode mudar se houver boa
vontade do órgão gerenciador:
“Temos que estudar esta situação, já que precisamos ter um
trânsito mais humanizado. Porque as multas prejudicam não só
o taxista, mas toda a sua família,
uma vez que parte do seu rendimento é consumida com elas”.
* Nome fictício, pois o motorista
preferiu não se identificar
III SEMANA DA SAÚDE SINCAVIR
Quick Massage
Pelo terceiro ano consecutivo, mais uma edição de sucesso da SEMANA DA SAÚDE SINCAVIR aconteceu,
entre os dias 22 e 25 de abril, na sede do Sindicato. Vários taxistas e familiares participaram do evento
que contou com a parceria e apoio de profissionais de saúde das áreas de nutrição, fisioterapia,
psicologia, enfermagem, além da grande promoção do evento pela Santa Casa Saúde, Drogaria Araújo,
Cedus – Centro Avançado de Diagnóstico, Laboratório São Marcos e Taií Empréstimo Pessoal.
O transportador de carga Antônio de Oliveira (GVE
4907) participou pela segunda vez da Semana da
Saúde. “No ano passado, alguns exames deram
resultado alterado, então eu me tratei. Controlei a
glicose parando de usar açúcar, diminui o colesterol melhorando a alimentação, parei um pouco
com a bebida, e fiz regime. Pra mim os exames
foram fundamentais. É igual revisão do carro:
você confere o que está normal e o que não está
você conserta. O atendimento aqui é muito bom e
deveria acontecer mais vezes ao ano”.
José Jacinto Pereira (GOL 3019) participa da Semana da Saúde desde a primeira edição. “Fazer
esse acompanhamento é muito importante. Sempre que você se informa a tendência é melhorar, e
com saúde é a mesma coisa. Hoje eu estou fazendo a manutenção. Espero que essas semanas continuem e, quem sabe, aconteçam todo trimestre.
Atendimento terapêutico
Érika Daniela, filha do taxista Antônio Eustáquio
Mesquita (GTI 4378) participa do evento pela segunda vez: “Cada ano vejo que está melhor. Tem
mais tipos de atendimento, alguma novidade e
isso é muito bom. Todo mundo da minha família
sempre vem fazer esses exames, meu pai acaba
trazendo todos lá de casa”.
Matosalém Vilarino (GOL 8127) visitou a Semana
da Saúde pela segunda vez: “É muito importante termos isso aqui. Acho que me ajudou muito.
Tenho pressão alta, já faço o controle, mas é
sempre bom conferir. Vou aproveitar para fazer
todos os outros exames. Acho esta iniciativa ótima. Antes nenhum presidente do Sindicato teve
essa idéia e conseguiu essas coisas pra gente.
Esse que está agora é dez, gosto muito do trabalho dele, é bom demais. Este ano ainda tem a
novidade da psicologia e acho isso muito bom”.
Medição da pressão arterial
O Betânia Táxi também marcou presença: Alan,
Geraldo, Avelino (SINCAVIR) e Alex
1
Mais uma vez, a massagem fez sucesso na Semana da Saúde. “Achei maravilhoso. Estava um pouco
tenso, cheguei ali e me tranqüilizei. É a primeira vez
que participo. Tudo para mim é uma novidade e estou
achando ótimo”, disse Roberto Eustáquio Procópio
Soares (GOL 4727).
Para o motorista auxiliar Marcelo Alves Colares (GWV
8123) a massagem também foi excelente. “A posição
dessa cadeira para massagem é muito relaxante. Os
profissionais trabalham toda a articulação, o desenvolvimento motor, braços, ombros, que devido à nossa profissão estão sempre tensos. Essa é a primeira
vez que participo. Fiquei sabendo das outras vezes,
mas não tive tempo porque trabalhava à noite. Para
falar a verdade, taxista nunca tem tempo pra nada,
principalmente nós que somos auxiliares. Mas essa
iniciativa e esse tipo de atendimento é muito importante para nossa saúde. Com este tipo de evento acho
que nós vamos tomando consciência para chegar ao
senso comum de que o taxista deve tirar um tempo
pra cuidar da sua saúde”, declarou Marcelo.
Valteir Barbosa Soares (GWV 6406) e sua esposa Maria Verlene participaram pela primeira vez:
“Muito bom. Fizemos diversos exames”
2
4
Carlos Elói e dr. Diógenes, da Santa Casa, Creuza e Wander
3
5
Ricardo e Dirceu com a psicóloga Bernadete
Menegatti
Presença do 3º Batalhão
do Corpo de Bombeiros
“É comum atendermos ocorrências de taxistas com sinais evidentes de estresse. Então, entendemos que este trabalho é extremamente válido para amenizar os efeitos da profissão”.
1º Tenente Helder Fabrício Soares Cerqueira
“A Semana da Saúde é muito interessante porque tem os procedimentos básicos devemos saber para cuidar da saúde, como a
orientação da nutricionista para uma alimentação saudável”.
1o Sargento Faceber Menezes Alves
Este ano a Semana da Saúde trouxe a novidade do atendimento terapêutico com a psicóloga
Bernadete Menegatti. Muitos taxistas e suas
esposas passaram pela análise do nível de estresse e fizeram o mapa interior para avaliação
da psicóloga.
A Santa Casa Saúde participou ativamente. Creuza atendeu a vários motoristas com informações sobre o plano de saúde. Na foto, Ana e Creuza,
da Santa Casa, com o taxista Olinto Soares Jardim (GWV 8128) que fala sobre o plano: “É ótimo, o atendimento é excelente. Fui operado e atendido da melhor maneira possível no hospital pelo dr. Dourival e dr. Gabriel, que fez minha cirurgia de vesícula. Faço um elogio a eles. Esta parceria
que o SINCAVIR fez com a Santa Casa é ótima. Quem fizer o plano de saúde, com certeza está bem amparado”. Os participantes do evento também
tiveram a oportunidade de fazer avaliação com as nutricionistas, que orientaram sobre alimentação adequada e cuidados para manter a saúde.
As fisioterapeutas Amanda e Giliellen, do
Centro de Fisioterapia e Terapias Alternantivas (CFTA) fizeram a avaliação postural
dos taxistas
O presidente da CooperBH-Táxi, Giovani, e Francisco, da Coomotáxi, prestigiaram o evento e fizeram exames
O diretor Avelino com Leandro Barbosa Soares (GOL 5078) e a filhinha Yasmim, que
consultou com a pediatra dra. Paula
Dr. Wellington Rabelo marcou presença e
reallizou consultas durante o evento
Moisés Geraldo da Cunha
(GWV 9613) e Valdir Flores
prestigiaram mais uma edição da Semana da Saúde.
“Vim todos os dias e estou
achando tudo ótimo, muito
importante. A gente faz tantos exames, sem contar que
acabamos encontrando com companheiros que a gente não vê
há anos, há mais de 10 anos. Isso aqui é ótimo. Gostaria de
falar para os organizadores e patrocinadores para estender um
pouco mais”, disse Moisés.
6
7
8
9
10
11
01 / 02 / 03 – Este ano, novamente,
o SINCAVIR providenciou a vacinação
para gripe, febre amarela e varíola.
06 / 07 / 08 – O exame oftalmológico
deixou o ambulatório do SINCAVIR lotado durante todos os dias do evento.
04 / 05 – Teve sorteio de brindes, promovido pela Drogaria Araújo.
09 / 10 – O urologista Paulo Eduardo
de Oliveira Albarez ministrou palestra
“Este evento é muito bom
para os motoristas que têm
uma vida muito estressante. Aqui eles relaxam, têm
assistência médica, fisioterapia. É excelente”.
Cabo Euler dos Santos
Avelino, Helder, Dirceu e Wander
sobre disfunção sexual e saúde para o
homem
11 – A TV PUC esteve presente e registrou o evento do SINCAVIR
Avelino, Dirceu, Faceber e Euler, Ricardo e a enfermeira Alessandra
14
Mar / Abr 2008
A ARTE DA PRUDÊNCIA
ATENDIMENTO NO SINCAVIR
Organização. Segredo da eficiência
Taxista,
Verifique periodicamente a data de
vencimento do registro de condutor – RC
e da autorização de trafego – AT. Sempre
que possível, solicite a BHTRANS a relação de documentos pendentes para a
renovação através dos telefones: 33795740 ou 3379-5741.
Desde janeiro de 2007, a antecipação
da vistoria pode ser feita em um prazo máximo de 7 (sete) dias da data estabelecida
na autorização de tráfego (AT) e deverá
ser obrigatoriamente agendada através
dos telefones relacionados acima.
Ricardo Faedda
diretor-tesoureiro do SINCAVIR
Importante: mantenha junto aos
documentos do veículo, o comprovante
de pagamento da contribuição sindical,
do INSS em dia, apólice do seguro de
acidentes pessoais, etc.
Certificado de inspeção
veicular – GNV
Realizada a inspeção, com posse do
certificado é obrigatório realizar o procedimento de alteração de dados do CRLV
junto ao DETRAN-MG.
Aferição do taxímetro
Ocorre obrigatoriamente uma vez por
ano ou quando houver a necessidade de
efetuar conserto no taxímetro.
Diante de inúmeros compromissos
sugiro a utilização de uma agenda, pois
esta é uma forma de se organizar e manter todas as suas obrigações em dia.
“A sorte se faz com horas
de previsão. Para os prevenidos não há circunstâncias ruins e para os preparados não apertos.
O raciocínio não deve retornar até a ocasião
crítica, mas deve se
antecipar a ela. Com o
pensamento cuidadoso,
pode-se prevenir os
tempos mais difíceis. É
melhor dormir sobre as
preocupações do que ficar
acordado por causa delas”.
Baltazar Gracián
SINCAVIR
Caixa exige encargos completa 55 anos
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
para pagamento
em atraso
A Contribuição Sindical é um tributo
obrigatório que deve ser pago por todos
que participam de uma determinada categoria econômica, profissional ou de
uma profissão liberal em favor de uma
entidade representativa da respectiva
categoria.
O art. 8º, IV, in fine, da Constituição
da República prescreve o recolhimento
anual por todos aqueles que participem
de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão
liberal, independentemente de serem ou
não associados a um sindicato.
Tal contribuição é cobrada de uma
só vez e tem como objetivo o custeio
das atividades sindicais. Assim, anualmente, por imposição legal, todos
os taxistas e condutores autônomos
devem recolher a Cotribuição Sindical,
que é paga nas agências da Caixa Econômica Federal, órgão arrecadador do
tributo.
Encargos legais
Atualmente, a Caixa Econômica
15
Mar / Abr 2008
Federal não recebe o pagamento da
Contribuição Sindical após a data de
vencimento sem o acréscimo dos encargos legais, previstos no art. 600 da
CLT, quais sejam: multa de 10%, nos 30
primeiros dias, com o adicional de 2%
por mês subseqüente de atraso, além
de juros de mora de 1 % ao mês e correção monetária.
Para melhor compreensão, segue a
redação do artigo 600 da CLT:
Art. 600 - O recolhimento da
contribuição sindical efetuado fora
do prazo referido neste Capítulo,
quando espontâneo, será acrescido da multa de 10% (dez por
cento), nos 30 (trinta) primeiros
dias, com o adicional de 2% (dois
por cento) por mês subseqüente
de atraso, além de juros de mora
de 1 % (um por cento) ao mês e
correção monetária, ficando, nesse caso, o infrator, isento de outra
penalidade.
Fundado em abril de 1953, pelo memorável Constantino Siqueira dos Santos, o SINCAVIR completa 55 anos de
existência, no dia 13 de abril. Sempre
atuando em defesa dos taxistas e motoristas autônomos de Minas Gerais,
o Sindicato busca promover a consciência da classe e a prática democrática e consensual. Hoje ele cumpre esta
importante missão, conduzindo suas
ações com integridade, respeito e dinamismo.
Constantino Siqueira
Foi através de Constantino
Siqueira dos Santos que o SINCAVIR surgiu como entidade
de força no ano de 1953.
Constantino não era qualquer pessoa. Ele deixou seu
nome gravado em todo o estado de Minas Gerais. Carioca,
veio para Ponte Nova e depois
para Belo Horizonte. Com os
ideais do PTB, de Getúlio Vargas, em 1950 foi eleito vereador de BH . Logo consquistou
a amizade dos então “chauffeur” da cidade e foi induzido
a fundar o Sindicato. Também
foi fundador de outras entida-
Trabalho e dedicação da diretoria
Diariamente, o SINCAVIR é procurado por vários condutores autônomos, na
maioria taxistas, para a solução de problemas que envolvem a atividade do motorista. A qualquer hora, tanto o presidente,
Dirceu Efigênio Reis, como o diretor-tesoureiro, Ricardo Faedda, e o diretor-secretário, Avelino Moreira de Araújo, recebem o
taxista para esclarecer suas dúvidas e dar
orientações.
Além da função de diretor-secretário,
Avelino é muito procurado pelos associados do SINCAVIR para resolver problemas
e pendências burocráticas relacionadas
ao serviço de táxi. Conhecedor do funcionamento do sistema e sempre com muita
disposição, ele tem uma grande demanda
para este tipo de atendimento e, na medida
do possível, tenta resolver as questões que
lhe são trazidas. “Muito dos problemas que
conseguimos resolver é devido ao entendimento que toda a equipe do Sindicato tem
sobre as questões relacionadas ao condutor autônomo”, afirma Avelino. Para ele, o
mais importante é entender o problema que
o motorista traz para poder ajudá-lo.
FALOU & DISSE!
“Temos que entender o conflito do
taxista para solucionar o seu problema.
Muito do que tenho feito para ajudar a
categoria é decorrente do convívio e do
aprendizado com o presidente do Sindicato, Dirceu, que com sua competência e
lisura tem me mostrado a direção, o caminho para a solução dos mais diversos
problemas que os taxistas sofrem.
Todos os resultados que obtemos não
seriam possíveis se não fosse um trabalho em equipe junto com o Dirceu e
o Ricardo, que também trata o sindicato
com seriedade, dinamismo e responsabilidade. Sem deixar de destacar o empenho e envolvimento dos funcionários
do SINCAVIR, criando assim um futuro
melhor para a categoria. Com tudo isso
afirmamos que o Sindicato é o ponto de
apoio do taxista, onde ele sempre poderá
contar com o trabalho e dedicação da família SINCAVIR”.
Avelino Moreira de Araújo
Diretor-secretário
do SINCAVIR
des dos taxistas no interior do estado.
Constantino foi ainda diretor do Centro
dos Chauffers e diretor e delegado da
Federação Nacional dos Taxistas.
Em reconhecimento ao importante
trabalho desenvolvido na capital mineira, em 1967, ele recebeu o título de Cidadão Honorário de Belo Horizonte.
Em 1998, Constantino deixa esta
vida, levando consigo a realização de
muitas e muitas conquistas para os
condutores autônomos.
Texto (com adaptações): Roberto Nogueira
JORNAL DO MOTORISTA- maio/98
Dirceu, Avelino e Ricardo: trabalho de equipe em benefício da categoria
Viu? Sem querer você já leu !
Anuncie Aqui !
CONTATO: Rosângela Souza (31) 8782-7963
“O Sindicato resolveu
meu problema”
O taxista José Veríssimo (GWV 9318) é
um associado que recentemente contou com
a ajuda do Sindicato por meio de Avelino.
Segundo ele, o atendimento foi muito bom e
seu problema com o IPEM foi resolvido. Ele
conta que na data em que teria que fazer sua
aferição, houve um congestionamento enorme no centro impedindo-o de chegar a tempo. “Meu prazo para aferição tinha vencido e
através do Avelino, que foi muito prestativo,
consegui resolver a situação. Alguns colegas me falaram que não adiantava procurar
José Veríssimo:
o Sindicato porque não ia conseguir. Mas
problema resolvido no Ipem
foi justamente o contrário. Conversei com o
Avelino, que se mostrou pronto a me ajudar e resolver meu problema. Só tenho
que agradecer ao Sindicato e tecer elogios ao diretor-secretário”, completa.
José Veríssimo ainda frisa: “Eu até ofereci um dinheiro para ele por ter me
ajudado, mas ele recusou e até ficou ofendido. Disse que estava ali pra ajudar
mesmo e que se aceitasse não seria meu amigo”.
“Aqui nós temos
um canal aberto”
A situação de Adriana Gomide (GWV
4126) também foi outro caso que Avelino
ajudou a resolver. Ela conta que após a
morte do pai, taxista por 35 anos, os filhos
se depararam com a burocracia do inventário que incluía a placa do táxi. “Em um processo de inventário são muitas coisas para
resolver e taxas para pagar. Nós não sabíamos nada da vida burocrática de um taxista.
Em casa só meu pai que rodava e a gente
não tinha noção dessa parte de taxas, datas,
papelada etc.”.
Adriana: solução para o
Adriana diz que ela e seus irmãos dividiprocesso de inventário
ram as atribuições a serem resolvidas e que
ela ficou com as pendências do táxi. Acompanhe o relato:
“Nossa prioridade era solucionar as questões relacionadas à Justiça para
conseguirmos a liberação do carro. Vim ao Sindicato para ter uma orientação
geral do que fazer. Estava perdida, não sabia por onde começar. Tinha taxa,
aferição, revisão, não sabia como proceder para trocar o carro e mais tantas
outras coisas. Ficamos muito apertados financeiramente e, graças a Deus, na
vida a gente encontra pessoas boas como o Avelino. Ele se comprometeu a me
ajudar e ajudou. Acabou sendo um pai pra mim. Me atendeu super bem e eu não
tenho nem palavras para agradecer. Teve um dia que ele ficou até mais tarde no
Sindicato para poder me encontrar. Ele conhece do assunto, me mostrou todo o
processo a ser seguido. Minha família já está em uma situação financeira difícil
e ter que pagar multa sem o carro rodando, fica muito difícil. Eu quero parabenizar o Avelino e falar que a gente está bem assessorado no Sindicato porque
bastou eu dar um telefonema. A atendente foi super prestativa, atenciosa e me
encaminhou para a pessoa certa. Na verdade o mais importante é que aqui nós
temos um canal aberto pra poder falar e buscar as orientações certas”.
16
Mar / Abr 2008
Sest/Senat BH é destaque nacional
O Sest/Senat BH Capit 14, unidade Serra Verde, em
Belo Horizonte, acaba de ser eleito “Destaque Desempenho Operacional”, entre todas as unidades do país,
com o primeiro lugar no módulo Odontologia e segundo
lugar em Escola de Esportes.
O diretor do Sest/Senat Capit 14, José Vicente Pinto Júnior, considera o título um estímulo ao trabalho
que vem sendo realizado há 11 anos na unidade Serra
Verde: “Nesses anos de existência da unidade, a gente
vem fazendo um atendimento com qualidade, preservando sempre o cliente como a peça mais importante
do Sest/Senat. Isso é um reconhecimento ao trabalho
desde a recepção, aos dentistas, coordenadores, a toda
a equipe da unidade. Serve de estímulo para, cada vez
mais, tentarmos alcançar melhor resultado, mantendo
sempre a qualidade”.
Benefícios para o motorista
Em 2007, o módulo de saúde, na área de odontologia, atendeu a um total de 15.981 pessoas, sendo
6.472 condutores autônomos. No Sest/Senat, os motoristas têm direito a alguns procedimentos odontológicos gratuitos, como limpeza e restauração dentárias.
Para usufruir de todos os benefícios, no Brasil inteiro,
o taxista precisa se associar e apresentar a carteira da
BHTrans ou do DER, comprovando sua atividade. Ele
pagará um boleto trimestral, no valor de R$ 31,14, e a
confecção da carteirinha do Sest/Senat, que dará acesso a todas as unidades.
Avelino com o
diretor do Sest/
Senat Capit 14,
José Vicente, e a
coordenadora de
Promoção Social,
Vânia Rezende
O Sest/Senat Capit
14 possui uma
estrutura bem
montada na área
odontológica, com
atendimento diário
feito por 13 odontólogos
17
Mar / Abr 2008
Sabará tenta convênio com Belo Horizonte
Motoristas de táxi de Sabará querem
unificar a praça com Belo Horizonte, por
meio de convênio, como já ocorre com
os municípios de Contagem, Ibirité e Ribeirão das Neves. A unificação das praças é um assunto polêmico até mesmo
para alguns taxistas de Sabará, que são
contrários ao convênio. Para resolver a
situação no município, o prefeito realizou uma reunião com os motoristas, no
dia 25 de março. A maioria decidiu por
fazer o pedido de convênio à BHTrans.
Para o presidente do SINCAVIR, Dirceu Efigênio Reis, a unificação representa um risco para os dois municípios.
“Este assunto é polêmico e deve ser
analisado por toda a categoria. Os taxistas de Belo Horizonte precisam avaliar
a situação. Isto deverá ser definido em
assembléia, realizada pelo Sindicato,
caso o pedido de Sabará seja oficializado”, enfatiza Dirceu.
O diretor-secretário do SINCAVIR,
Avelino Moreira de Araújo, reafirmou
as palavras de Dirceu durante a reunião
com os taxistas de Sabará e disse que
o convênio pode ser desvantajoso para
os próprios taxistas do município. “Vocês estão perdendo clientes potenciais
dentro da própria casa. Caso haja um
acordo, esta mudança tem que ser feita
com pé no chão, tem que ser criteriosa
porque Sabará corre o risco de ter uma
praça inchada com esta unificação”,
alertou Avelino.
Convênio pode
ser desvantajoso
O presidente da Associação dos
Taxistas de Sabará (ATASAB), Jair Clemente de Assis Gomes, diz que o tema
ainda está em discussão e que pretende
defender o que é melhor tanto para os
taxistas quanto para o município. “Mas
como presidente da Associação tenho
que estar sempre a favor da maioria. O
que a maioria quiser fazer a gente vai trabalhar para isso”, afirma.
Ainda assim, Jair suspeita que a
unificação das praças seja um risco:
“Em toda negociação existem prós e
contras. Nós já perdemos uma parte da
nossa praça para Belo Horizonte porque
eles atendem a motéis e empresas aqui.
Tenho medo, de eles entrarem e tomarem mais esta parcela. Por outro lado,
tem a preocupação também de nossos
taxistas migrarem para Belo Horizonte
e deixarem nossa população sem ser
atendida”.
Durante a
reunião,
Avelino
alertou sobre
os perigos
da unificação,
mas os taxistas
de Sabará
acabaram
aprovando
o pedido de
convênio à
BHTrans
18
Mar / Abr 2008
delícias da cozinha
Arroz de legumes
e parmesão
Ingredientes
1 xícara (chá) de arroz
1 cebola média
1 tomate médio
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
1/2 xícara (chá) de salsinha picada
1 tablete de caldo de legumes
o tomate e pique em cubos pequenos
e reserve. Coloque o azeite de oliva e
a cebola numa tigela refratária com a
tampa própria para microondas, com
25 cm de diâmetro. Tampe e leve ao
forno de microondas na potência alta
(100%) por 2 minutos, ou até a ceboModo de Preparo:
Lave o arroz e deixe escorrer sobre uma la murchar. Retire do forno. Misture o
peneira. Descasque a cebola, lave-a e arroz, o tablete de caldo de legumes
pique-a em pedaços pequenos. Lave esfarelado e 3 xícaras (chá) de água.
Volte ao microondas na potência alta
(100%) por 10 minutos. Retire do forno e adicione o tomate, a salsinha e a
seleta de legumes. Leve novamente ao
microondas na potência alta (100%)
por mais 7 minutos, ou até o arroz ficar al dente. Retire do forno, junte o
queijo e acerte o sal, se necessário.
Mexa cuidadosamente e sirva imediatamente.
pre que saímos juntos, nunca vi. Gostaria de estar aí para ajudá-la a vestir.
Fiquei em dúvida quanto à cor, mas a
balconista disse que esta não descora
nem mancha. Ela experimentou para
eu ver e ficou muito boa apenas um
pouco larga na frente, mas ela disse
que é para os dedos mexerem mais à
vontade e a mão entrar mais facilmente. Depois de usá-la, vire pelo avesso
e ponha talco para evitar o mau cheiro.
Espero que fique satisfeita tanto quanto eu, pois ela vai cobrir aquilo que em
breve lhe pedirei!!!
1 e 1/2 xícara (chá) de seleta de legumes congelada
1 xícara (chá) de queijo parmesão ralado grosseiramente
sal a gosto
humor
Calcinha pelo correio
Um rapaz que estava em Nova York
resolveu mandar um presente para a
sua namorada que estava no Brasil.
Entrou numa loja e escolheu um caríssimo par de luvas. Na hora de sair, a
vendedora entrega-lhe acidentalmen-
te o embrulho com uma calcinha de
nylon. O rapaz envia a calcinha pelo
correio com a seguinte mensagem:
- Querida, para mostrar que, mesmo estando longe, não me esqueço de
você, envio-lhe esta surpresa; mesmo
sabendo que você não usa, pois sem-
19
Mar / Abr 2008
CUIDADO: dengue mata! Você também é responsável
A dengue é uma doença muito perigosa que pode até matar. Não existe uma vacina contra esse mal. Acabar com
os lugares onde a água fica acumulada é a única solução.
Fique esperto. A sua saúde depende da sua atitude
sintomas
A dengue é causada por um vírus transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. Na época das chuvas, ele se multiplica, colocando seus ovos em qualquer
local com água parada. Ele costuma picar
as pessoas durante o dia. Não deixe de ficar
atento aos sintomas da doença:
• Febre;
• Dor de cabeça;
• Dores pelo corpo;
•Manchas avermelhadas
Caso você apresente algum desses sintomas, procure o serviço de saúde mais
próximo.
Sinais de alerta
• Sangramento;
• Dor de barriga;
• Dificuldade de respirar;
• Suor frio;
• Desmaios;
• Queda de pressão;
• Vômitos freqüentes.
Se você apresentar algum desses sinais,
procure a ajuda médica imediatamente
E lembre-se: Não tome medicação
sem orientação médica. Medicamentos que
contêm ácido acetil salicílio (AAS, Aspirina,
Melhoral, entre outros) podem piorar os sintomas da dengue
Onde está o foco da dengue?
pENSE BEM!!!
Aprendendo a viver
Que os verdadeiros amigos sempre
ficam com você até o fim.
Herman Melville
Que a maldade se esconde atrás de
uma bela face.
Aprendi que se aprende errando.
Que crescer não é só fazer aniversário. Que não se espera a felicidade chegar,
Que o silêncio é a melhor resposta, mas se procura por ela.
Que quando penso saber de tudo ainquando se ouve uma bobagem.
Que trabalhar significa não só ganhar da não aprendi nada.
Que a Natureza é a coisa mais bela
dinheiro.
Que amigos a gente conquista mos- na Vida.
Que amar significa se dar por inteiro.
trando o que somos.
Que um só dia pode ser mais impor- Que Deus não proíbe nada em nome
do amor.
tante que muitos anos.
Que se pode conversar com estrelas. Que julgamento alheio não é importante
Que se pode confessar com a Lua.
Que o que realmente importa é a Paz
Que se pode viajar além do infinito.
interior.
Que ouvir uma palavra de carinho faz
bem à saúde.
“Não podemos viver apenas para nós
Que dar um carinho também faz...
mesmos. Mil fibras nos conectam
Que sonhar é preciso.
com outras pessoas; e por essas fiQue se deve ser criança a vida toda
bras nossas ações vão como causas
Que nosso ser é livre.
e voltam pra nós como efeitos.”
Álcool e direção, combinação perigosa
Pelo Código de Trânsito Brasileiro, dirigir embriagado é infração
gravíssima e o motorista tem a
carteira de habilitação apreendida
por no mínimo 30 dias. O governo
proibiu, por meio de Medida Provisória, a partir de fevereiro, a venda
de bebidas alcoólicas nas rodovias
federais. Mas, no dia 24 de abril, a
medida foi revertida pela Câmara
dos Deputados, que liberou a venda nos perímetros urbanos, com
proibição somente às margens
das estradas nas áreas rurais.
Não é novidade para ninguém
que o álcool tem se tornado o
combustível dos acidentes de
trânsito. Segundo dados apresentados pelo governo, todos os dias
mais de 150 mil pessoas dirigem
alcoolizadas pelas capitais brasi-
A fim de contribuir com a mobilização promovida pela Secretaria de Estado da Saúde para combate ao mosquito da dengue, o SINCAVIR participou de uma importante reunião para discutir
as estratégias de ação juntamente com os governos municipal e estadual, e várias entidades e
empresas. Durante o encontro, o diretor-secretário do Sindicato, Avelino Moreira de Araújo, colocou o SINCAVIR à disposição para interagir com a categoria por meio de divulgação de material
informativo e de reportagens no jornal Táxi Notícias.
leiras. Estes dados são resultados
de um Monitoramento de Fatores
de Risco e Doenças Crônicas por
Inquérito Telefônico (Vigitel) realizado pelo Ministério da Saúde em
parceria com a Universidade de
São Paulo (USP).
Conforme o Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), anualmente acorrem mais de 350
mil acidentes em ruas e estradas
sendo que, em mais de 70% deles,
pelo menos um dos motoristas estava alcoolizado.
Em Belo Horizonte, a Delegacia
especializada de acidentes de Veículos (DEAV) estima que 60% dos
acidentes são causados por motoristas embriagados e, a cada mês,
entre 15 a 20 pessoas morrem vítimas dessas ocorrências.
ATENÇÃO
O SINCAVIR alerta aos motoristas sobre essas estatísticas como
uma forma de chamar a atenção
para a prevenção da embriaguez
ao volante e acredita que através
da informação e campanhas educativas esse quadro poderá ser
mudado.
Para o presidente do Sindicato, Dirceu Efigênio Reis, as
autoridades responsáveis pelo
trânsito brasileiro têm feito boas
campanhas sobre o assunto. “A
prevenção é importantíssima e
por isso é necessário fazer muito
mais. As conseqüências de dirigir
alcoolizado são muitas e o motorista sempre precisa ser lembrado
disso”, diz.
Trânsito e álcool
- 78% das mortes em acidentes de trânsito no Brasil
estão associadas ao uso do álcool.
- 40% dos acidentes com mortes apresentam dosagem alcoólica acima do permitido por lei.
- 47% dos mortos em colisões ou atropelamentos
tinham álcool no sangue no momento do acidente
- Nas 4 maiores capitais: 61% das vítimas de acidentes de trânsito apontavam alcoolemia e 75% dos
motoristas haviam ingerido alguma quantidade de
álcool, dos quais 30% indicavam alcoolemia acima
do permitido por lei.
Fontes: Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas
– CEBRID, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE; Instituto
Médico Legal - IML de São Paulo e Associação Brasileira dos Departamentos de Trânsito - ABDETRAN
Não deixe que a dengue volte. A sua saúde
depende da sua atitude.
PISCINAS
Trate a água com cloro e limpe-a semanalmente ou cubra bem. Se estiver vazia, coloque 1 kg de sal no ponto mais raso.
LAGOS, CASCATAS E
ESPELHOS-D’ÁGUA DECORATIVOS
Mantenha-os sempre limpos, criando peixes
ou tratando a água com cloro.
VASILHAMES PARA ÁGUA DE
ANIMAIS DOMÉSTICOS
Lave-os com bucha e sabão em água corrente, pelo menos uma vez por semana.
LIXEIRAS DENTRO E FORA DE CASA
Feche bem o saco plástico e mantenha a lixeira tampada.
TAMPINHAS DE GARRAFAS, CASCAS DE
OVOS, LATINHAS, SAQUINHOS PLÁSTICOS
DE CIGARROS, EMBALAGENS PLÁSTICAS
E DE VIDRO, COPOS DESCARTÁVEIS OU
QUALQUER OUTRO OBJETO QUE POSSA
ACUMULAR ÁGUA
Coloque tudo em saco plástico, feche e coloque na lixeira para ser recolhido.
BANDEJAS EXTERNAS DE
GELADEIRA E AR-CONDICIONADO
Retire sempre a água. Lave-as com água e
sabão.
SUPORTES DE GARRAFÕES
DE ÁGUA MINERAL
Lave-os bem sempre que for trocá-los.
GARRAFAS PET E DE VIDRO
Embale para recolhimento todas as que não
for usar. Se for guardar, mantenha-as com a
boca para baixo.
PNEUS VELHOS
Entregue-os ao serviço de limpeza urbana.
Caso você precise realmente mantê-los,
do, no mínimo, duas vezes por semana. Tire
sempre a água acumulada nas folhas.
guarde-os em local coberto.
CAIXAS-D’ÁGUA, CISTERNAS E POÇOS
Mantenha-os bem fechados. Tampe aqueles
que não tenham tampa própria.
CALHAS D’ÁGUA DA CHUVA
Verifique se elas não estão entupidas. Remova folhas e outros materiais que possam
impedir o escoamento da água. Retire a água
acumulada das lages.
PRATINHOS DE VASOS DE PLANTAS
EM XAXINS DENTRO E FORA DE CASA
Escorra a água dos pratinhos, lave-os com
escova e coloque areia até a borda.
BROMÉLIAS OU OUTRAS PLANTAS
QUE POSSAM ACUMULAR ÁGUA
Evite ter bromélias em casa. Substitua-as
por outras plantas que não acumulem água.
Se preferir mantê-las, é indispensável tratálas com água sanitária na proporção de uma
colher de sopa para um litro de água, regan-
CACOS DE VIDRO NOS MUROS
Quebre ou vede com cimento aqueles que
possam acumular água.
TONÉIS E DEPÓSITOS DE ÁGUA
Lave com bucha e sabão suas paredes internas. Tampe aqueles que não tenham tampa
própria. Não use plástico para tampá-los.
VASOS SANITÁRIOS
Deixe as tampas sempre fechadas.
RALOS DE COZINHA, DE
BANHEIRO, DE SAUNA E DE DUCHA
Verifique se há entupimento. Se houver, providencie o imediato desentupimento. Se não
estiver utilizando, mantenha-os fechados.
Governo do Estado de Minas Gerais
Informações: 0800 283 2255, de
segunda a sexta, das 7 às 19 horas
PSICOLOGIA NO DIA-A-DIA
Dengue: Prevenir é tarefa urgente
- Meu Deus, que aflição! Não sei mais o que fazer. Esta febre de 38 a 40 graus não cede. Ela não quer se alimentar... Sua
cabeça não pára de doer. Dores pelo corpo e nos olhos... Estou
apavorada! Nossa filha pode morrer, meu amor! Como vamos
viver sem ela? Não gosto nem de pensar...
- Mas, minha querida, o médico tem certeza de que é dengue?
- Sim... Foram feitos todos os exames. Infelizmente é dengue! Se ao menos você pudesse estar conosco!
- Você não imagina como estou aqui aflito. Não sei quem
está sofrendo mais. Ela que está doente; você aí sozinha cuidando da nossa filha ou eu aqui, sem poder fazer nada. Só poderei viajar na próxima semana. Não vejo a hora de estar junto
com vocês. Só mesmo minha fé me dá forças para trabalhar
nestes dias.
- Compreendo, meu amor, compreendo! E como sofro também por sua angústia de pai tão amoroso e companheiro! Eu
pelo menos posso cuidar da nossa filha o que procuro fazer da
melhor possível.
- Querida, pelo amor de Deus, me ligue sempre que puder!
- Farei isto, sim, meu amor.
Infelizmente, apesar dos cuidados constantes, a garota veio
a falecer. Aconteceu o que mais temiam: choque mortal devido
às hemorragias abundantes para cavidades internas do corpo.
Dengue hemorrágica é assim. Fatal!
Durante o velório não sabemos quem mais sofre: a mãe
que esteve com sua filha o tempo todo ou seu marido que apenas chegou de viagem duas horas atrás.
Um mês depois, para não enlouquecerem de saudade, o
casal está distribuindo pelas ruas de seu bairro vários panfletos, dizendo:
“Perdemos uma filha que amamos! Jamais queremos que
vocês passem por uma experiência tão dolorida. Em memória
da nossa filha pedimos que nossa comunidade toda trabalhe na
prevenção da dengue.
Para isto, não deixar nenhuma água parada em
locais onde possa haver
desova dos mosquitos
da dengue. E usem borra de café nos lugares
onde possam nascer as
larvas das moscas. Quanto à prevenção individual desta terrível
doença, aconselha-se o uso de janelas teladas, além do uso de
repelentes.
Minha gente, prevenir é tarefa URGENTE deste momento!...
Vamos evitar uma epidemia terrível cujos efeitos nem conseguimos imaginar! Mas, com certeza, será muito sofrimento e
muita dor como a que nós, pais de uma linda garota na flor
da idade, estamos sentindo hoje. Como pais, pedimos: vamos
cuidar de todos os nossos filhos e de cada um de nós!”
20
Mar / Abr 2008
SAÚDE NO PONTO em Sabará
No dia 28 de março, o SINCAVIR esteve com o projeto SAÚDE NO PONTO
em Sabará, no ponto de táxi da praça
Santa Rita, centro histórico da cidade. O
diretor-secretário do Sindicato, Avelino
Moreira de Araújo, realizou os procedimentos de medição da pressão arterial
e glicemia capilar em 19 motoristas de
táxi. Todos eles apresentaram bons resultados nos exames.
A presença do SINCAVIR na cidade contou com o apoio do presidente
da Associação dos Taxistas de Sabará
(Atasab), Jair Clemente de Assis Gomes, que organizou o evento. “Para mim
é um trabalho inédito e é a primeira vez
que está sendo feito no nosso município. Estou muito orgulhoso e feliz por ter
conseguido fazer isso e, principalmente,
pela adesão dos taxistas, que ficaram
muito interessados. Os resultados foram
ótimos. Isso é muito importante para
nós e também para a população que fica
sabendo que estamos aptos para desenvolver nossas funções”, disse Jair.
Representantes da prefeitura de Sabará também estiveram presentes e participaram do SAÚDE NO PONTO. Para o
funcionário da Secretaria Municipal de
Defesa Social, Edber Malaco Ribeiro de
Resende, este é um trabalho importante:
“Ajuda a prevenir uma série de doenças.
A vida do taxista é sedentária porque
passa a maior parte do dia dentro do
carro. Então, este controle é muito importante”.
FALA TAXISTA
“Este trabalho é muito importante porque faz um checkup e o pessoal fica
sabendo como está a saúde, se está
correndo algum risco. Temos que parabenizar os gestores do Sindicato,
desta atual administração, porque antes nunca houve isso”.
José Martins Perdigão (63),
taxista desde 1967
“Este é um bom trabalho porque tem
pessoas que, às vezes, podem ter algum problema e não saber, principalmente os mais jovens, que não fazem
controle regularmente. Hoje, até os
jovens têm pressão mais alta”.
Enildo Avendanha João (64),
taxista desde 1974
“Acho que este trabalho é uma boa
para tranqüilizar a população, que vai
saber como está saúde dos taxistas da
cidade”.
Cléber Geraldo Morais (46),
taxista desde 1999
SAÚDE NO PONTO no Santa Efigênia
No dia 10 de abril, o diretor Avelino
esteve com o SAÚDE NO PONTO no Fone
Táxi Santa Luzia, que fica na rua João
Gomes, bairro Santa Efigênia. Foram realizados os procedimentos de medição
de pressão artériaL e glicemia capilar. O
taxista Antônio Caldeira Barbosa (GWV
1842), 45 anos, apresentou uma alteração significativa nos resultados e foi encaminhado, imediatamente, para exame
com o médico do SINCAVIR, dr. Wellington Rabelo da Rocha.
“Eu não sabia que estava desse jeito.
O trabalho do Sindicato de ir até o ponto
olhar como está a situação é muito importante por isso. É válido mesmo. Agora
já vou ao médico para ver o que preciso
fazer ”, disse Antônio.
5
“Acho muito bom porque representa
uma segurança para a população, que
também fica ciente de como estão
seus taxistas. Até mesmo para a gente que, às vezes, é raro ir ao médico
porque temos outros compromissos e
vamos empurrando, empurrando e não
cuidamos da saúde. Então isso serve
de apoio pra gente”.
Maria de Fátima Pinto (48),
taxista desde 2006
“O que está acontecendo aqui é ótimo.
A gente fica mais tranqüilo sabendo
como está a saúde. De mais a mais,
com a nossa idade temos que estar
sempre olhando, apesar de que a doença pode surgir com qualquer idade
e, por isso, é importante que os mais
jovens também façam esses exames.
Não tem que esperar ficar mais velho
para cuidar não”.
José Joaquim de Almeida (79),
taxista desde 1970. Atualmente, quem
trabalha com o táxi é seu filho Márcio
21
Mar / Abr 2008
1
2
01 - José Carlos da Silva
(GWV 6613)
02 - Antônio Caldeira Barbosa
(GWV 1842)
03 - Kleber Monteiro
(GTI 1757)
3
04 - Mauro Lúcio F. Pimentel
(GOL 3168)
4
05 - Odiney de Oliveira
(GWV 7451)
06 - Marcos Mendes
(GOL 1348)
07 - Cláudio Rebuiti
(GWV 8586)
6
7
22
Mar / Abr 2008
sincavir no ponto
INVASÃO DE PONTOS DE TÁXI
Fiscalização da BHTrans. Dois pesos, duas medidas
Os taxistas de Belo Horizonte
têm sofrido com a invasão de carros particulares, motos, viaturas e
até mesmo caçambas no ponto de
táxi. Na maioria das vezes, as conseqüências desta irregularidade ainda recaem sobre o próprio taxista,
que acaba sendo multado por parar
em fila dupla à espera da saída do
carro particular do ponto.
Segundo os taxistas, uma das
situações que têm contribuído para
que isso aconteça é a falta da placa
de sinalização para indicar o término do ponto. “Isso agrava o problema da invasão de veículos particulares que prejudica o trabalho dos
taxistas, gera muita reclamação da
categoria e causa até conflitos’, diz
o diretor-secretário do Sindicato,
Avelino Moreira de Araújo.
Avelino explica que essa questão já foi levada pelo Sindicato à
BHtrans que comprometeu-se em
reavaliar a retirada das placas dos
pontos. Segundo ele, até agora
nenhuma posição ou atitude foi tomada. “A justificativa da retirada de
placas foi de tentar diminuir a poluição visual na cidade. A partir do
momento que uma decisão dessas
está prejudicando a categoria, é preciso pensar outra forma de resolver
a questão”, afirma.
O Sindicato acha importante voltar com as placas evitando
conflitos ou brigas. “Hoje o motorista particular estaciona, o taxista
explica que é ponto, mas sempre
escuta a pergunta sobre onde está a
sinalização indicando o término do
ponto”, diz Avelino.
O SINCAVIR percorreu alguns
pontos, conversou com os motoristas e flagrou invasões de carros,
motos e até caçambas paradas no
ponto de táxi. Acompanhe:
São Pedro Táxi
Localizado na esquina da rua
Jacuí com Ponte Nova, próximo ao
colégio Santa Maria, os motoristas
do São Pedro Táxi têm sérios problemas com a invasão. Elas acontecem
principalmente por veículos escolares nos horários de saída ou entrada
da escola. Segundo Celmo Antônio
Duarte (GWV 8413), que trabalha no
local há muitos anos, por volta das
11h45 as vans, kombins e ônibus tomam conta do ponto. A fila dupla de
carros particulares também é problema para eles, pois dificulta a manobra na hora de sair com algum passageiro. “Eles chegam aqui, páram,
a gente reclama, mas nem ligam. Há
aV. gETÚLIO vARGAS
Outro ponto que sofre com a
invasão é o que fica em frente ao
Tribunal Regional do Trabalho (TRT),
na avenida Getúlio Vargas. A reportagem do Táxi Notícias flagrou uma
moto e uma caçamba paradas no
meio do ponto (veja foto). Segundo
o motorista Paulo Rosa Pereira (HDS
0438), que está há dez anos na praça, o problema da invasão de pontos sempre aconteceu e continua
acontecendo sem ninguém tomar
providência. Ele fala que nesse ponto nunca teve placa de término e que
OUTROS FLAGRANTES
Carro particular no ponto
de táxi da av. do Contorno,
bairro Floresta. No detalhe,
motos tomaram conta do ponto
de táxi da rua da Bahia
com Av. Álvares Cabral
mais ou menos três meses a BHtrans
tirou a placa de término do ponto alegando a despoluição visual da cidade. Depois disso está cada vez mais
complicado pra gente”, diz ele.
Oldair Braga (GWV 3726), também taxista do ponto, confirma a
atual situação. Ele fala que a invasão
é constante e que uma placa de término ajudaria a diminuir a invasão.
”Quando a gente vai falar com o
motorista, ele pergunta onde está a
placa final do ponto. Como não tem,
eles se acham no direito de parar”.
Ele diz que tenta explicar que o ponto
começa na placa de início e termina
onde está a placa de estacionamento
proibido. “As pessoas não entendem
e, por não ter essa placa, nós estaeste é um dos motivos para invasão.
“Também acontece em outros lugares e acho que é uma falta de respeito com nossa categoria e nosso
trabalho. Se eu parar meu carro em
um ponto de carga e descarga, sou
multado. Mas se um carro particular parar no ponto de táxi os fiscais
da BHtrans, quando vêm, somente
pedem pra sair. Se está errado, não
devemos parar, mas se a BHtrans dá
privilegio para alguém, que dê para
quem está trabalhando”.
Para Mauro Lúcio (GTE 4696),
além da falta de placa, um dos motivos para isso acontecer é a falta
Avelino com os taxistas do São Pedro Táxi
mos sendo prejudicados”. Já Fransisco Onório da Silva (GWV 6657)
diz que o ponto é invadido o tempo
todo. “Quando nós reclamamos, alguns saem e outros não. Falamos
com a BHtrans que diz que vai resolver o problema mas até agora nada.
É preciso tomar uma providência
para não continuar dessa maneira”,
desabafa ele.
de informação sobre o início e o
término no ponto. Ele conta que as
pessoas não sabem que o ponto de
táxi termina onde começa o estacionamento proibido. “Eles entendem
que é proibido estacionar da placa
em diante e que, antes dela, como
não tem placa de término do ponto
de táxi, podem estacionar. Já aconteceu de eu avisar um motorista . Ele
desceu olhou, não viu placa nenhuma e estacionou”.
Caçamba e moto no ponto
de táxi da av. Getúlio Vargas
ponto da telemar
No ponto da av. Afonso Pena,
em frete à Telemar, também há muita invasão. Ali, além de particulares,
viaturas da Polícia Civil, que tem um
posto do outro lado da avenida, são
estacionadas no meio do ponto atrapalhando o trabalho dos taxistas. Os
motoristas reclamam que sempre
chamam a BHTrans, gastam dinheiro
com as ligações e ela nunca aparece
para resolver o problema.
Segundo
José
Cláudio
(GOL-0387), a falta da placa de
término faz com que as pessoas
confundam onde realmente acaba
o ponto e pensem que é faixa azul
ou carga e descarga. “Sempre fica
cheio de carro particular, principalmente, na esquina com a rua Muzambinho. Quando a gente aborda
o particular e fala que aqui é ponto,
eles não dão nem confiança, fecham
o carro e saem”, diz ele.
O taxista Neivaldo Gonçalves
(GWV 6063) reclama da invasão
e também da falta de fiscalização
e atendimento às ligações para a
BHtrans. “Nós ligamos constante-
23
Mar / Abr 2008
Taxistas do aeroporto criam a
Aero-táxi Pampulha
A Aero-táxi Pampulha, uma associação de 32 taxistas que páram no ponto
do Aeroporto da Pampulha, começou a
atuar, no dia 8 de fevereiro, com uma estrutura e organização de dar inveja. Além
das reuniões periódicas e acerto de contas, todos os associados seguem à risca
um regulamento para manter a ordem e
disciplina. Eles ainda possuem um uniforme impecável e têm, no ponto de táxi,
um excelente banheiro que foi cedido
pela Empresa Brasileira de Infraestrutura
Portuária (Infraero).
A diretoria da Aero-táxi é composta
por três membros: o presidente, Ernane
Estevão Fernandes (GOL 4687); o vicepresidente, Ítalo Pimenta (GWV 9230) e o
diretor-tesoureiro, Renato Pereira do Nascimento (GWV 5251). Segundo Ernane,
a idéia de criar a associação partiu dele
e de mais três colegas: “Eu, o Alemão, o
Marquinhos e o Renato tivemos a idéia
de reunir a amizade, juntar os amigos que
trabalham aqui no ponto há mais tempo
e formar um fone táxi, com o pessoal
uniformizado e organizado”. Ele diz que
a associação conta com a importante
participação de motoristas auxiliares e
de taxistas antigos na praça. “Temos o sr.
Salvador, sr. Enéas, gente que tem 20, 30
anos de praça. O Parafuso, que também
vai vir fazer parte com a gente. A maioria
aqui é auxiliar e nós queremos que eles
participem ativamente com a gente, porque não vamos deixar os auxiliares desamparados”, avisa Ernane.
Resultados positivos
Carlos Batista Martins (GOL2844), o
Alemão, conta que foi preciso um gran-
de esforço para colocar a associação
em funcionamento: “Foi uma verdadeira
batalha. Quando tivemos a idéia não fomos bem interpretados porque algumas
pessoas acharam que queríamos monopolizar. Mas o intuito não foi esse. Não
temos interesse de prejudicar ninguém.
Hoje em dia já temos a compreensão até
de pessoas que não fazem parte da associação”.
Nesses três meses de funcionamento
todos já sentem os resultados positivos:
“Já sentimos uma diferença muito grande porque cresceu o nível de amizade,
de interesse entre nós”, afirma o presidente da associação. Quanto aos outros
motoristas do ponto que ainda não fazem
parte da Aero-táxi, Ernane diz: “A nossa
idéia é que eles se juntem. Alguns têm o
pé atrás, mas a tendência é todo mundo
estar junto. É só uma questão de tempo.
Depois que estiver funcionando 100%,
tenho certeza que 99% vão aderir porque
a idéia é boa e o objetivo é um só: é união
e crescimento. Aqui tem organização”.
Serviço de confiança
O diretor-tesoureiro, Renato, diz que
a Associação visa aumentar o número
de corridas e melhorar as condições de
trabalho para os taxistas. “O aeroporto
foi exterminado. Então estamos tentando angariar o mercado aqui da região e
também o próprio aeroporto. Estamos
fazendo panfletagem e um trabalho forte
de divulgação nos bairros”, diz. Ele faz
questão de frisar que os motoristas associados não escolhem corrida: “Não importa se a corrida é pequena. Nós vamos
atender a todos da região, queremos ter o
passageiro com a gente”.
Segundo ele, a associação é aberta a
qualquer taxista que quiser participar: “Ela
não tem limite de pessoas, tanto taxistas
do ponto como outros que quiserem aderir podem nos procurar. As portas estão
abertas”.
Para valorizar o serviço prestado, Renato afirma que o uniforme é fundamental. “O passageiro vê a pessoa com boa
aparência, com um bom atendimento. A
logomarca da associação no uniforme é
também um ponto de referência para que
possa se comunicar com o taxista, levar
alguma reclamação, por exemplo. Isso
gera confiança”, fala.
A agente da Gefit da BHTrans, Kátia
Regina Stangherling, que fica no posto
de atendimento do aeroporto, confirma a
afirmação de Renato: “A apresentação, o
uniforme, é muito importante. É um trabalho inteligente que eles estão fazendo. O
pessoal está indo pelo caminho certo”.
O policial que atua no aeroporto, cabo
Wellington, também tem a mesma opinião: “A associação é importante porque
serve como um referencial para o passageiro. Isto melhora bastante a prestação
do serviço. Eles estão se organizado e
também facilitando o nosso trabalho”.
Infraero e atendimento
ao cliente
“A Infraero está dando todo apoio. Ela
foi muito receptiva e ainda nos cedeu o
banheiro, que fica sob nossa responsabilidade. De onde a gente menos esperava
é que recebemos o maior apoio”, diz Carlos Batista, o Alemão.
Renato confirma e acrescenta que
Até mesmo viatura da polícia utiliza o ponto de táxi para estacionar
mente para lá porque sempre tem
três a quatro carros particulares e
viaturas da polícia civil paradas aqui.
Ela não vem. A gente tem que manobrar o carro correndo o risco de até
bater, pois aqui é uma avenida movimentada”, conta.
Edson Santos (GWV 9793) diz
que já está perdendo a paciência e
que não adianta gastar dinheiro com
as ligações porque os fiscais só aparecem se já estão na área.”Quando
eles passam, implicam com a gente
e não com os particulares. Nós ficamos ao telefone no mínimo dez minutos ouvindo música, propaganda,
eles nos transferem de um para outro
e assim vai. As viaturas policiais também são um problema aqui. Elas são
estacionadas no meio da nossa fila e
ficam quatro, cinco ou até seis horas.
A gente nem pode falar nada, só de
ver a cara deles já assusta. Não sei se
a fiscalização é pouca ou inoperante,
mas a verdade é que nós estamos
aqui a mercê da sorte”, conclui.
Os taxistas do Aero-táxi, satisfeitos com a associação, avisam que ela está aberta à adesão de novos motoristas. Ao lado, o
banheiro para uso de todos os taxistas do ponto, cedido pela Infraero, que apóia a associação. Em seguida, o taxista Paulo
Ferreira: “Nossa meta é progredir”
todo o contato com a Infraero foi feito
com boa vontade por parte da empresa:
“Nós conversamos, fizemos um acordo
e estamos tendo o importante apoio deles, que estão nos cedendo o espaço e o
sanitário”.
Outro aspecto relevante mencionado
por Ernane e Renato é a implantação do
cartão de débito e crédito nos táxis. “Estamos providenciando isso para atender
a todos os clientes, principalmente ao aeroporto, que tem uma demanda enorme
de cartão e muitos usuários são prejudicados porque existem taxistas que selecionam corrida e não querem levar quem
paga com cartão. Mas nós vamos atender a todo mundo”, garante Ernane.
Gerenciamento do ponto
Há seis anos no ponto do Aeroporto
da Pampulha, Paulo Ferreira do Nascimento é uma pessoa importante para os
motoristas. Ele, que também foi taxista
durante 30 anos, organiza e gerencia o
movimento dos táxis em frente ao aeroporto. “Tem que ter alguém no combate
para defender os táxis comuns. Já perdemos muito para Confins e se não tivesse alguém aqui para gerenciar já estava
perdido”.
Quanto à associação, Paulo acredita
que muitos ainda não sabem a importância desta entidade: “Só mais tarde vão reconhecer e querer fazer parte também”.
Para os companheiros da área, ele deixa
um recado: “Estou aqui para atender a
todos. Nossa meta é progredir. Atender
bem aos clientes com atenção e satisfação. Amanhã ou depois vamos colher os
bons resultados”.
24
Mar / Abr 2008
DIA DAS MÃES
Parabéns às mulheres maravilhosas
O número de mulheres que trabalham como taxista está aumentando a cada ano. Atualmente, 544 mulheres, entre permissionárias e auxiliares, fazem parte do sistema. De 2003 para 2008, o número de taxistas auxiliares cresceu mais de 100%,
passando de 49 para 103 motoristas. Em homenagem a estas mulheres atuantes, pelo “Dia das Mães”, o SINCAVIR dedica
essa página a todas as mães, representadas aqui pelas motoristas do táxi-lotação. O “Táxi Notícias” entrevistou algumas
delas para ouvir suas histórias, trajetória no táxi e como conseguem conciliar o trabalho de motorista com a maternidade.
“Meu marido recebeu uma carta da BHTrans
falando sobre a permissão para táxi-lotação.
Eu sugeri que ele se inscrevesse para eu poder
rodar. Ele topou, fez a inscrição e conseguiu.
Eu fiz o curso, tirei a carteirinha e desde então
rodo aqui na Afonso Pena. Para conciliar o trabalho com a casa, tenho que ter muita disciplina e força de vontade pois não é fácil trabalhar,
ser dona de casa, esposa e mãe. Saio de casa
e já deixo tudo mais ou menos arrumado e,
quando chego, faço a janta. A arrumação de
casa fica para os finais de semana.
Gosto do que faço. Como sou professora e
orientadora vocacional aposentada, adoro
trabalhar diretamente com o público, que é
minha paixão.
Quero dizer para todas as mulheres e mães
para continuarem o que estão fazendo com
muita dedicação e garra, que é própria da
gente. O sucesso vem para quem merece e
nós somos merecedoras”.
“Meu ex-marido teve a idéia de adquirir uma
placa e, para isso, vendemos uma casa. Como
ele não podia rodar, eu mesma peguei o carro e comecei no táxi-lotação. Rodo o dia todo
e quando volto à noite ainda continuo minha
jornada dentro de casa. Sozinha dou conta da
casa e filhas com meu táxi. No início eu não
gostava, mas foi a necessidade que me colo-
cou aqui. Fui ficando, acabei acostumando e
hoje adoro.
É difícil conciliar casa e filhos com trabalho e
sei que muitas mães trabalhadoras passam por
isso. É uma barra. Desejo a todas elas muita
força e digo para não desistirem, pois é o único
jeito. Tem certos momentos na vida que temos
que ser mãe e pai ao mesmo tempo”.
Cristina Silva (GWV 6862)
Há dois anos na praça, Cristina é separada
e mãe de duas filhas já adultas, Elaine Cristina, 21 anos, e Érica Regina, 19. Ela contou
com o apoio do ex-marido para começar no
táxi-lotação. Sua rotina diária é acordar às
5h30 para deixar a casa organizada e sair
para a jornada de 12 horas no volante.
“Meu pai viaja muito e é por isso que revezo
com ele. Eu comecei por necessidade e acabei gostando. Para entrar nesse ramo tem que
gostar, pois é um trabalho que exige muita
paciência. Moro sozinha com meu filho e para
conciliar a maternidade com o trabalho conto com a ajuda de minha mãe e minha irmã.
Quando saio pra trabalhar ele fica com elas e
depois vai pra escolinha. O que pra mim é mais
cansativo é acordar cedo, pois chego em casa
no final do dia e ainda vou cuidar do meu filho
e dar atenção a ele, que está em uma idade
que me chama o tempo todo. Até parei de ro-
dar nos fins de semana para ficar com ele. É
apertado sim e eu fico cansada mas gosto do
que faço e pretendo continuar por muito tempo ainda. A mensagem que eu deixo é sobre
minha própria experiência. Fui mãe cedo, não
me arrependo de nada e corri atrás das minhas
necessidades. Nada é difícil para nós quando
resolvemos encarar a vida. No meu caso, sou
eu e meu filho. Não preciso da ajuda do pai
dele e posso criá-lo sozinha como taxista. Digo
que é só encarar os problemas e seguir em
frente, mesmo com tantos obstáculos, como
o preconceito. A gente que é mãe enfrenta de
tudo para dar o melhor para nossos filhos. É só
erguer a cabeça que tudo fica fácil”.
“Foi meu marido que me deu força para ser
taxista. Eu comecei porque o motorista que
rodava no carro não queria mais continuar.
Tive que pegar no volante e aprendi na prática.
É um trabalho cansativo e às vezes estressante, mas eu gosto muito. Para conciliar com
casa e filhos tenho a ajuda de uma senhora.
Ela chega na hora que saio e cuida dos meus
filhos até eu voltar. Quando chego já está tudo
pronto, é só esquentar a janta, ensinar o para
casa e dar atenção a eles. Eles acham legal eu
ser taxista, querem saber como é o trabalho,
se os passageiros são chatos e, às vezes, pedem para vir comigo.
Quero desejar a todas as mães um feliz dia.
Que elas sejam fortes e lutadoras como a
gente que está na praça. Cuidar dos filhos e
trabalhar é um pouco complicado, mas nós
mulheres sabemos dividir bem essa tarefa e
no final dá tudo certo”.
Tânia Mara Peligrinelli (GWV 9364)
Auxiliar há seis anos, Tânia é casada com
o taxista José Ribeiro dos Reis e tem duas
filhas. A Janaína, 27 anos, é psicóloga e a
Lorraine, 19 anos, é estudante de Farmácia.
Sua rotina é rodar das 7h30 às 18h diariamente de segunda a sexta. Ela só pára nos
finais de semana.
Aline Cristina (GWV 6984)
Com 21 anos de idade e um filho de três
anos, o Richard Rian, Aline trabalha no táxilotação há um ano e meio. Ela divide o carro
com seu pai que é taxista e permissionário
há 27 anos, José Carlos de Jesus, mais conhecido como “Pesão”. Sua jornada de trabalho muda a cada 15 dias, pois metade do
mês ela trabalha das 6h as 14h e nos outros
dias roda das 6h até às 22h30.
Maria Aparecida Fialho Souza (HCY 0147)
Casada com o taxista Iramar Cândido Souza,
mãe de dois meninos, Otávio (13) e Gustavo
(11), e Manuelle (8), Maria está no táxi-lotação há três anos. Ela pega seu carro às 5h30
e roda até 16h todos os dias.
Download

Saúde no ponto Saúde no ponto