DIÁRIO I N F O R M AT I V O T U C A N O D A S B A N C A D A S D O P S D B N A C Â M A R A N º 1009, Q U A R T A – F E I R A , 13 D E E N O S E N A D O F E V E R E I R O DE 2008 Deputados elegem no novvo líder na Câmar Câmaraa às 14h Virgílio exige presidência ou relatoria da comissão Página 2 Pannunzio: irregularidades se concentram na gestão petista Página 2 Os deputados do PSDB elegem hoje o novo líder do partido na Câmara. Os parlamentares escolherão entre Arnaldo Madeira (SP) e José Aníbal (SP) para suceder o atual líder, Antonio Carlos Pannunzio (SP) (SP). A eleição ocorre, em escrutínio secreto, a partir das 14h, no Auditório Freitas Nobre, no Anexo IV da Câmara. De acordo com o estatuto tucano, será eleito o candidato que obtiver os votos equivalentes a 50% mais um do total de integrantes da bancada. São esperados 59 deputados para o pleito. APRENDIZADO – Ontem, na última reunião do colégio de vice-líderes coordenada por Pannunzio, o tucano agradeceu o apoio dos pares durante os 12 meses à frente da bancada. “Foi um período de aprendizado, em que procurei ouvir todos os colegas antes de tomar qualquer decisão. Acima de tudo, fui um servidor do partido. Nunca defendi uma tese apenas porque a maioria a apoiava, mas sim por ter sido convencido”, avaliou. O parlamentar ressaltou que no último ano contou com a colaboração dos demais deputados na defesa consistente das posições do PSDB. “Nos embates contra o governo e sua base, nem sempre vencemos, mas nos destacamos pela coerência das opiniões”, disse. Ele enfatizou o papel da assessoria técnica e do Diário Tucano, “que tornaram possível a missão de municiar a bancada de informações consistentes e também divulgar com sobriedade as conquistas do partido”. Pannunzio ponderou ainda que durante sua liderança intensificou a articulação com a cúpula da legenda e a bancada no Senado. “O exemplo mais claro dessa interação proveitosa foi a derrubada da CPMF no Congresso, em dezembro do ano passado”, lembrou. O líder também afirmou que sua despedida “não representa um momento de tristeza, mas sim mais uma etapa vencida com dignidade e desprendimento”. RECONHECIMENTO – Presente à reunião, o primeiro vice-líder tucano, deputado Leonardo Vilela (GO) (GO), destacou o trabalho de Pannunzio como “uma iniciativa engrandecedora, que conferiu estatura e respeito à bancada”. Já Lobbe Neto (SP) disse que o parlamentar paulista, mesmo após deixar o cargo, assumirá o papel de “juiz ou conselheiro” dos colegas. O ex-ministro da Educação P a u l o R e n a t o ( S P P)) elogiou a constante disposição do líder de submeter-se às decisões da bancada, enquanto o acr is (SP) classificou os deputado Vanderlei M Macr acris últimos 12 meses como “uma verdadeira escola” para parlamentares em primeiro mandato. O deputado Bruno Rodrigues (PE) ressaltou igualmente o equilíbrio demostrado por Pannunzio - “um homem correto, que escuta, es ev eves Nev pondera e, somente então, decide”. Waldir N (MS) (MS), por sua vez, chamou atenção para a “amizade sólida” que se aprofundou em cada parlamentar. O (CE), por deputado Raimundo Gomes de Matos (CE) fim, sintetizou a postura de Pannunzio como “a de um líder que conduziu sua bancada com harmonia e sentimento de conciliação”. Todos os parlamentares citados acima participaram da reunião de despedida de Pannunzio. Guerra descarta blindagem: limite da CPMI dos Cartões é a lei Projeto educacional de Lula é reedição de proposta tucana Página 3 Flexa defende proposta sobre reflorestamento Página 4 O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), voltou a defender ontem uma investigação sem limites na CPMI dos Cartões Corporativos, que deve ser instalada nos próximos dias no Congresso. “O limite da investigação é o limite da lei. Não há obstáculos para se apurar nada se estiver dentro do que a lei estipula. Essa história de blindagem não existe”, observou. SERIEDADE – Guerra também defendeu a divisão dos cargos principais do colegiado entre governo e oposição com objetivo de realizar uma apuração justa e isenta. “Não vamos transformar essa CPI em ‘pirotecnia’, queremos investigação séria. E para que haja transparência e qualidade, é importante que governo e oposição estejam representados no comando do colegiado”, destacou o senador, logo após participar de um almoço com líderes da oposição no início da tarde de ontem. Segundo o presidente do PSDB, não faz sentido a pressão dos governistas para abocanhar a presidência e a relatoria da CPMI. Ele lembrou ainda que desde que assumiu a Presidência da República, Lula e o PT têm a mesma atitude quando uma crise se aproxima do Planalto. “Primeiro, fingem que o problema não existe. Quando as denúncias se multiplicam, os petistas negam qualquer envolvimento e o presidente Lula faz de conta que não tem nada a ver com isso”, acrescentou. n Leia mais no site e-mail: [email protected] - site: www.psdb.org.br DIÁRIO TUCANO n 13 de fevereiro de 2008 Pannunzio: irregularidades se concentram em Lula O líder do PSDB na Câmara, Antonio Carlos Pannunzio (SP) (SP), disse ontem que as irregularidades no uso do cartão corporativo dizem respeito à gestão Lula e não ao governo Fernando Henrique Henrique. “Não existe nenhum fato determinado ou denúncia alguma envolvendo o governo passado. As irregularidades se referem ao governo atual”, sustentou. Segundo o tucano, a CPI deve examinar os 11.600 cartões corporativos existentes e levantar eventuais ilegalidades. “Isso deve incluir os gastos do Planalto as apurações”, afirmou. n Leia mais no site FH diz que não colocará obstáculos à investigação O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso disse que o PSDB não vai criar dificuldades para que se investiguem as contas de sua gestão. “Não me disponho a encobrir erros. Não vejo razão para obstaculizar”, afirmou ao jornal Folha de S. Paulo. Ele lembrou ainda que durante sua administração não houve gastos considerados sigilosos no orçamento do Palácio do Planalto. “Não tenho nenhum problema na apuração dos gastos desde 1998. Mas, do ponto de vista da Constituição, é preciso haver um fato determinado”, destacou. 2 Virgílio exige presidência ou relatoria da comissão de inquérito thur V ir gílio O líder do PSDB no Senado, Ar Arthur irgílio (AM) (AM), reivindicou ontem a presidência ou a relatoria da CPI mista dos Cartões Corporativos. Segundo o tucano, se a base aliada não respeitar o critério de proporcionalidade, não restará ao partido senão a alternativa de obstruir os trabalhos no Senado. “Exigimos uma posição de mando na CPI para a principal bancada do Senado, que é o bloco de oposição. Se isso não acontecer, vamos obstruir todos os trabalhos, principalmente o Orçamento. Exigimos que a base governista respeite a oposição”, afirmou. SUPREMO – Segundo o líder da legenda, a reunião realizada ontem com lideranças da oposição serviu para afastar de vez suspeitas sobre “acordão” ou blindagem dos investigados pela CPI. O tucano advertiu que a principal atribuição da comissão será se debruçar sobre as irregularidades da gestão petista, o fato determinado do requerimento. O encontro contou com a presença de 19 parlamentares de oito partidos, incluindo PDT e PMDB, além de DEM e PSDB. “O campo de investigação é de 1998 para cá”, ressaltou. Ainda de acordo com Virgílio, a disposição do PSDB em votar o requerimento de instalação da CPMI vai depender de uma explicação do líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), com relação ao “calote moral” d o P l a n a l t o . O tucano referia-se ao compromisso, descumprido por Lula, de não aumentar impostos após a derrubada da CPMF em dezembro de 2007. “No primeiro dia útil deste ano, o governo editou um pacotão tributário. Além disso, não destinou um único centavo para a Saúde, conforme prometido”, ponderou. O tucano informou ainda que está finalizando o texto da ação com a qual deve ingressar no Supremo Tribunal Federal, pedindo a abertura de todos os gastos com cartões corporativos, inclusive os da Presidência da República. Na Câmara, o líder do PSDB, Antonio Carlo Carloss Pannunzio (SP) (SP), endossou as palavras de Virgílio e avisou que a oposição pode obstruir as votações caso o governo não compartilhe os postos-chave da CPMI. “Há risco sim [de obstrução das votações]. O governo vai ter essa sensibilidade de perceber que não é possível ter uma CPI chapa-branca”, disse. n Leia mais no site Carlos Sampaio: Ou governistas cedem, ou não haverá apuração Autor do requerimento de instalação da CPMI dos Cartões Corporativos, o deputado Carlos Sampaio (SP) advertiu ontem que a estratégia governista de ocupar os principais postos da comissão – presidência e relatoria – pode levar a oposição a brigar por uma investigação apenas no Senado Federal. À saída de encontro com lideranças oposicionistas nesta terçafeira, o tucano disse que essa é uma das hipóteses lançadas à mesa para evitar a instalação de uma CPI chapa-branca. “Existe a perspectiva de a oposição não participar se verificar que o governo irá querer a indicação de aliados para os dois postos. Se eles não cederem, a chance de a CPI existir é muito pequena”, avaliou. SINTONIA – Sampaio repudiou a tese de “acordão” para blindar os gastos presidenciais com os cartões. Conforme o parlamentar paulista, isso só ocorrerá se o comando das investigações não for compartilhado com um nome da oposição. “Corre-se o risco de os trabalhos não rumarem para lugar algum que não seja o de proteger o presidente no curso das investigações”, argumentou. Em sintonia com a bancada do partido no Senado, o tucano elogiou a iniciativa de barrar a continuidade dos trabalhos na Casa se os governistas continuarem irredutíveis. “A obstrução é um saída para obter um dos cargos da CPMI e traçarmos conjuntamente os caminhos do colegiado. Não se pode admitir que o comando da investigação seja totalmente do governo”, avaliou. Em discurso no plenário, o senador Alvaro Dias (PR) avaliou como positivo o saldo da reunião. “Se estabeleceu como discurso de unidade que não haverá acordo relativamente às investigações e que não haverá, sobretudo, acordo para que se estabeleça uma blindagem de reciprocidade. O limite das investigações há de ser a lei”, disse o tucano, ao endossar argumentação do presidente do partido, senador Sérgio Guerra (PE). Em aparte ao discurso do colega paranaense, a senadora Marisa Serrano (MS) também repudiou qualquer tentativa de limitar a apuração da CPMI. “Se for para que nada se investigue, para que acabe em pizza, para que o governo seja blindado, é preferível que não se instale investigação alguma”, defendeu. n Leia mais no site D I Á R I O T U C A N O Informativo das bancadas do PSDB na Câmara e no Senado Câmara dos Deputados - Anexo II, sala 130 CEP 70160-900 Brasília (DF) Telefone: (61) 3215-9351 Fax: (61) 3215-9350 Líder da bancada na Câmara: deputado Antonio Carlos Pannunzio (SP) Líder da bancada no Senado: senador Arthur Virgílio (AM) Presidente do PSDB: senador Sérgio Guerra (PE) Secretário-geral: dep. Rodrigo de Castro (MG) Presidente do Instituto Teotônio Vilela: dep. Luiz Paulo Vellozo Lucas (ES) Assessoria de Imprensa: Fernando Guedes e Michelle Maia Editor: André Campos Subeditor: Marcos Côrtes Coordenador de redação: Marcus Achiles Repórteres Especiais: Adelciano Alexandre e Bruno Santa Maria Repórteres: Ana C. Silva, Caroline Bellaguarda, Narciso Portela, Rafael Secunho e Rayane Braga Diagramadores: Marco Caetano e Francisco Maia Produção: Bia Ramos, Diala Vidal e Fernanda Azevedo A equipe do Diário Tucano é responsável pela Agência Tucana e pelo site do ITV Fotos: Paula Sholl DIÁRIO TUCANO n 3 13 de feverero de 2008 Projeto educacional de Lula é reedição de proposta tucana Deputados tucanos levantaram dúvidas em relação ao efetivo lançamento de um programa governamental que pretende levar, em parceria com a iniciativa privada, internet de banda larga a todas as 55 mil escolas públicas urbanas do país até 2010. A iniciativa foi anunciada ontem pelo presidente Lula. No entanto, o ex-ministro da Educação deputado Paulo Renato Souza (SP) lembrou que o programa foi delineado em 2001, ano em que ainda ocupava a pasta durante a gestão Fernando Henrique Cardoso Cardoso. COLEÇÃO DE FRACASSOS – “Fomos impedidos de implementar o projeto devido a uma decisão judicial motivada por uma ação impetrada por deputados do PT e do PCdoB. Eles alegavam que na concorrência não deveria ter sido especificado o sistema operacional a ser escolhido. Fizemos as modificações, mas a oposição à época não retirou a ação”, explicou. “Imaginava que o programa seria executado ainda no primeiro ano do governo Lula. No entanto, se passaram seis anos e tudo o que vemos são anúncios. O dinheiro – cerca de R$ 7 bilhões – está parado”, destacou. Já o deputado Professor Ruy Pauletti (RS) classificou de “firula pedagógica” o anúncio de Lula. “Na realidade, o pronunciamento do presidente serviu para que ele desse mais uma de suas declarações demagógicas. Infelizmente, o país não está no caminho certo com relação à Educação”, avaliou. O tucano cobrou do governo petista que o programa educacional tenha conteúdo didático. Para ele, não é somente o acesso à internet de banda larga que melhorará a qualidade do ensino. “Enquanto não for estabelecido um currículo mínimo a ser observado e não deixarem que cada escola tenha seu próprio conteúdo, os avanços serão mínimos. É preciso conter a enxurrada de modernidades pedagógicas, que levam em consideração aspectos diversos em detrimento do conteúdo”, concluiu. Papaléo: Lula faz superávit fiscal com recursos da Saúde Em discurso no plenário, o senador Papaléo Paes (AP) contestou a tese de que faltam recursos para a área de Saúde. Ele acusou o governo Lula de deixar o setor à míngua para garantir verbas para o pagamento dos juros da dívida pública brasileira. Segundo ele, parte significativa do orçamento que deveria ser investido em ações de saúde é usado para fazer superávit fiscal. ESTARRECEDOR – “O estado lamentável dos hospitais públicos não pode ser explicado pela possível falta de verba. Na verdade, houve muito dinheiro nominalmente destinado à saúde pública no Brasil. O grande nó é que esses recursos não foram efetivamente aplicados na saúde do povo brasileiro, mas, sim, utilizados para outros fins”, apontou. Segundo ele, os recursos que sobram no Orçamento da União são usados de “forma desavergonhada” pelos petistas em gastos com os cartões corporativos. Formado em Medicina, Papaléo lembrou o número “estarrecedor” de doenças como dengue e febre amarela, que ressurgiram com força durante a gestão petista. “Entre janeiro e julho de 2007, último período para o qual há dados, houve 438 mil casos de dengue clássica, 926 casos de dengue hemorrágica e 98 mortes. Além disso, em 2007 houve 136 mil casos a mais do que em 2006”, disse. Conforme o tucano, como se não bastasse essa epidemia, 2008 iniciou sob o signo da febre amarela, doença desaparecida desde 1942 do cenário urbano. “Os mortos em Goiás e Brasília, principalmente, são vítimas da pouca importância com que este governo trata a saúde”, criticou. Aprovado PL de Eduardo Gomes que obriga ensino de arte regional A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado ofereceu ontem parecer favorável a do G omes ((T TO) projeto de lei do deputado Eduar duardo Gomes que torna obrigatório o ensino de arte regional nos diversos níveis da educação básica. O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 75/06 modifica a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, LDB (Lei 9.394/ 96), e será agora submetido ao plenário do Senado. Caso seja aprovado, ainda precisará retornar à Câmara para nova votação, pois foi modificado pela comissão. REGIONALIZAÇÃO DO ENSINO – O texto aprovado inclui emenda da relatora, senadora Marisa Serrano (MS) (MS), que exclui da redação a expressão “e da cultura”, quando havia referência ao ensino da arte e da cultura. Desta forma, o parágrafo passa a estabelecer que “o ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, constituirá componente curricular obrigatório nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos”. Durante a discussão do projeto do deputado Eduardo Gomes, a regionalização do ensino da arte foi elogiada pelos senadores Cícero L ucena (PB) (PB), Romeu Tuma (PTB-SP) e Rosalba Ciarlini (DEM-RN). Ao defender a emenda da relatora, Tuma observou que “quem anda pelo interior do Brasil sente a importância da arte local”. e-mail: [email protected] - site: www.psdb.org.br Líder pede a ministros dados sobre cartões O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM) (AM), apresentou ontem, na Mesa do Senado, requerimentos de informações endereçados aos 37 ministros do Poder Executivo, para obter dados detalhados sobre o uso dos cartões corporativos. Ele quer saber, em cada pasta, o número dos seus usuários, seus nomes e quanto cada um gastou, mês a mês, no período de 2003 a 2007, discriminando-se o tipo da despesa e seus valores. O tucano também pediu dados sobre as despesas com cartões referentes ao período de 2001 a 2002, quando ele ocupou a Secretaria-Geral da Presidência da República durante o governo Fernando Henrique Cardoso Cardoso. Neves cobra do Planalto reaçãoenérgicaaembargo Em reunião com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, o deputado Waldir N ev es (MS) cobrou Nev eves uma postura forte do governo Lula em relação ao embargo da carne brasileira pela União Européia. Na avaliação do parlamentar, se for preciso, o país deve boicotar produtos europeus, como forma de retaliação. O tucano também anunciou ontem a elaboração de um projeto de lei para beneficiar os idosos. Ele pretende, por meio da proposta, reduzir pela metade o prazo dos processos de interesse da terceira idade. DIÁRIO TUCANO n 13 de fevereiro de 2008 4 Flexa Ribeiro defende projeto sobre reflorestamento Rômulo Gouveia destaca reativação da Sudene O deputado Rômulo Gouveia (PB) registrou a reativação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), que recebeu o novo presidente Paulo Sérgio de Noronha Fontana. Ele lembrou que o órgão, criado em 1959, deixou de cumprir com o seu verdadeiro papel de levar o progresso e o desenvolvimento para o Nordeste após o governo militar. “Isso se deu em diversos momentos, ao longo de seus mais de 40 anos de história, ressalvando grandes homens públicos que ocuparam a sua superintendência, a exemplo do atual governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima”, ressaltou. Gouveia defendeu a implementação de uma política nacional de desenvolvimento regional que direcione investimentos para ajudar as regiões que mais necessitam. Azeredo sai em defesa de portadores de deficiência O presidente da Subcomissão Permanente de Assuntos Sociais das Pessoas com Deficiência (vinculada à Comissão de Assuntos Sociais CAS), senador Eduardo Azeredo (MG) (MG), manifestou sua revolta com a utilização de portadoras da síndrome de Down como mulheres-bomba, em atentados. O tucano pediu que o governo brasileiro manifeste junto à Organização das Nações Unidas (ONU) a indignação do país em relação ao novo fato. “É uma questão de desumanidade total, uma barbárie o que terroristas estão fazendo com essas mulheres que possuem a síndrome de Down. Elas não tinham consciência exata do que estavam fazendo”, lamentou. Em discurso no plenário ontem, o senador F lexa Ribeir o (P A) defendeu proposta de sua Ribeiro (PA) autoria que modifica o Código Florestal para permitir a reposição das florestas e a recomposição da reserva legal com a utilização de espécies nativas destinadas à exploração econômica. Segundo o parlamentar, setores do governo, entidades ambientais como o Greenpeace e a mídia têm divulgado erroneamente que o projeto anistia os responsáveis pelo desmatamento. FLORESTA SUSTENTÁVEL – Flexa explicou que a proposta original, negociada com o Ministério do Meio Ambiente, possibilita a exploração econômica mediante o plantio de espécies arbóreas perenes, ou seja, palmáceas como o dendezeiro, a pupunha e o açaí, nas áreas já degradadas pela ação do homem, conforme as zonas destruídas aferidas até 2006. A matéria foi aprovada e remetida à Câmara em 2005. “Não posso aceitar que queiram estigmatizar o projeto dizendo que ele leva ao desmatamento da Amazônia, porque é um texto de consenso”, declarou. Segundo o senador tucano, o projeto tem sido atacado pela mídia em função de uma declaração do secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, segundo o qual o órgão estava propondo uma anistia para aqueles que tivessem devastado a floresta além da reserva legal definida. Flexa afirmou que o próprio secretário reconheceu que a fala não foi verdadeira. “A proposta que apresentei é de floresta sustentável. É exatamente o contrário do que disse o Greenpeace. Ela apenas visa à flexibilização do Código Florestal, que é uma lei de 1965”, observou. O parlamentar lembrou que ao longo de 42 anos, a lei não mostrou eficácia. “A reposição da floresta, obrigatória para aqueles que tivessem aberto além da reserva legal, que deveria ser feita em 10% a cada três anos, não acontece, pois não há a resposta econômica para o reflorestamento”. De acordo com o senador, seu projeto não modifica em nada a reserva legal da floresta. William Woo critica diálogo do governo com as Farc O deputado William Woo (SP) criticou nesta terça-feira o respeito à atuação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) na América Latina. Segundo Woo, os governos, inclusive a gestão Lula, estão equivocados quando, a pretexto de causas humanitárias, dialogam com terroristas, considerando-os “quase como um exército regular que trava uma luta por legítimos direitos nacionais”. INGENUIDADE – “O narcotráfico possui uma inteligência central, dissimulada e perigosa, que coordena as atividades criminosas de fora para dentro do país. Travestida de movimento popular, as Farc coordenam, promovem e estimulam os crimes mais hediondos, que vão do seqüestro ao assassinato, desrespeitando os princípios elementares dos Direitos Humanos”, lamentou o tucano. Woo fez questão de destacar que a criminalidade no Brasil também tem suas raízes no narcotráfico internacional. “Ingenuidade supor que a violência brasileira nasça espontaneamente nos morros e periferias pobres de nossas cidades. A miséria tem seu caldo de cultura, sem sombra de dúvida, mas o agente infeccioso passa pelas desprotegidas fronteiras e aqui se instala e se alastra”, alertou. O deputado lembrou ainda que o mercado interno faz parte da estratégia do narcotráfico internacional, pois de um lado amplia o consumo mundial da droga e de outro serve para sustentar atividades das quadrilhas locais. Lobbe Neto apresenta emendas ao novo ProJovem O deputado Lobbe Neto (SP) apresentou quatro emendas à Medida Provisória 411/07, em tramitação na Câmara Federal, que trata do novo programa ProJovem, criado para atender cidadãos de 15 a 29 anos. O novo texto unificou seis programas já existentes destinados à juventude com o propósito de oferecer oportunidades de elevação da escolaridade, de qualificação profissional e de planejamento e execução de ações comunitárias de interesse público. POLÍTICAS PÚBLICAS – Lobbe propõe modificar a MP quando esta trata da idade limite dos jovens habilitados a receber o benefício variável pago às famílias de baixa renda. Com a emenda, as famílias beneficiadas pelo Bolsa Família passariam a receber até três benefícios se forem compostas também por crianças entre zero e doze anos ou por adolescentes com idade até 17 anos, e não mais 15 anos, como originalmente estava proposto. A intenção é alcançar as famílias que tenham em sua composição jovens beneficiários do ProJovem Adolescente, única modalidade do programa cujo repasse de benefícios é feito para a família, e não diretamente para o jovem que preencha as condições estabelecidas para ser contemplado pelo programa. “O objetivo dessas emendas é apoiar integralmente o bom desempenho desse novo ProJovem para que o programa consiga resultados efetivos na construção de políticas públicas efetivas para a juventude”, destacou Lobbe Neto.