PLACAS LITOSFÉRICAS E
DERIVA CONTINENTAL
Origem da teoria da Tectônica de Placas:

Início do século XX - Alfred Wegener

Idéia baseada na observação de um mapa-múndi no
qual as linhas de costa atlântica atuais da América do
Sul e África se encaixariam como um quebra-cabeças
gigante, de que todos os continentes poderiam se
aglutinar formando um único megacontinente. ►
Pangea

Pan (todo) e Geo (Terra), e considerou que a
fragmentação do Pangea teria iniciado há cerca de 200
milhões de anos, durante o Triássico, e prosseguido até
hoje.
O Pangea teria iniciado sua fragmentação dividindo-se em
dois continentes, sendo o setentrional chamado de
Laurásia e a austral de Gondwana.
Wegener foi o primeiro cientista a pesquisar seriamente a
idéia da Deriva Continental e a influenciar outros
pesquisadores.
Evidências:

Feições geomorfológicas:

cadeia de montanhas da Serra do Cabo na África do Sul, que seria
a continuação da Sierra de la Ventana, na Argentina.

Planalto da Costa do Marfim (África) que teria continuidade no
Brasil.

Fósseis de Glossopteris (gimnosperma primitiva) em
regiões da África e Brasil, cujas ocorrências se
relacionavam perfeitamente, ao se juntarem os
continentes.

Evidências de glaciação, há aproximadamente 330 Ma
na região sudeste do Brasil, sul da África, Índia, Oeste
da Austrália e Antártica.
Em 1915 Wegener lançou a teoria da Deriva Continental
em seu livro A origem dos Continentes e Oceanos.
Entretanto ele não conseguiu responder a questões
fundamentais:

Que forças seriam capazes de mover os imensos blocos
continentais?

Como uma crosta rígida como a continental deslizaria sobre
uma outra crosta rígida como a oceânica, sem que fossem
quebradas pelo atrito?
Chave da Resposta: fundo dos oceanos

Em 1940 - durante a Segunda guerra mundial,
geocientistas iniciaram a exploração sistemática
do assoalho oceânico, inicialmente por razões
militares e econômicas, com trabalhos de
mapeamento do fundo submarino que levaram à
descoberta da Dorsal ou Cadeia MesoOceânica (a mais ampla e extensa cadeia de
montanhas da Terra com 84.000 km de
extensão e largura da ordem de 1.000 km)
Emerge na Islândia.

Foi constatado que ao longo desta cadeia o fluxo
térmico era mais elevado que nas áreas contíguas de
crosta oceânica, e que esta era uma zona de forte
atividade ígnea e vulcânicas.

Outra importante observação é que esta dorsal mesooceânica dividia a crosta submarina em duas partes,
podendo representar, portanto, a ruptura ou a cicatriz
produzida durante a separação dos continentes.

Com o aperfeiçoamento da Geocronologia (década de
50-60), constatou-se que faixas de rochas de mesma
idade situam-se simetricamente dos dois lados da
dorsal, com as mais jovens próximas da dorsal e as
mais velhas ficando mais próximas dos continentes,
idades estas sempre inferiores à 200 milhões de anos.

Esses estudos levaram à formulação da teoria da
expansão do assoalho oceânico e daí, à proposta de um
modelo geral para a origem de toda a crosta oceânica e,
consequentemente, à base para o desenvolvimento da
teoria de tectônica de placas.

Essa teoria é um modelo para a Terra, em que a
litosfera rígida e fria "flutua" sobre uma Astenosfera
plástica e quente.

A litosfera é segmentada por fraturas, formando um
mosaico com sete grandes placas e algumas outras
menores, que deslizam horizontalmente, arrastando os
continentes por cima da Astenosfera.
PLACAS LITOSFÉRICAS

São as seguintes as principais placas litosféricas: africana, norteamericana, sul-americana, eurasiática, pacífica, indo-australiana,
antártica e nazca, que se movem com velocidades que variam de
1,3 a 18,3 cm por ano.

A velocidade absoluta da placa sul-americana é de
aproximadamente 4 cm/ano para oeste.

Por outro lado, as placas são geradas junto às dorsais oceânicas,
com, a formação do assoalho oceânico basáltico, e são destruídas
nas fossas oceânicas, ditas como zonas de subducção, onde
mergulham no manto. Nessas regiões, somente as partes
oceânicas são digeridas, conquanto os continentes, mais leves, não
são submergíveis.

Importantes fenômenos geológicos e estruturas
geomorfológicas de ordem maior são
desenvolvidos, segundo um ou outro quadro
geotectônico dos acima referenciados

Destacando-se, além das cordilheiras, tanto
continentais como oceânicas, o intenso
magmatismo (plutônico e vulcânico), a
excepcional deformação no ambiente colisional,
o rifteamento continental (rift africano) e os
arcos de ilhas, como no Pacífico ocidental.
Tipos de Limites entre Placas Litosféricas
Os limites das placas tectônicas podem ser de três tipos distintos:

Limites Divergentes: marcados pelas dorsais meso-oceânicas,
onde as placas tectônicas afastam-se uma da outra, com a
formação de nova crosta oceânica.
CADEIA MESO
ATLÂNTICA
GRANDE RIFT AFRICANO
Tipos de Limites entre Placas Litosféricas

Limites Convergentes: onde as placas tectônicas colidem, com a
mais densa mergulhando sob a outra, gerando uma zona de intenso
magmatismo a partir de processos de fusão parcial da crosta que
mergulhou. Ex: a placa de Nazca subductando sob a placa sulamericana no Pacífico
Tipos de Limites entre Placas Litosféricas

Limites Conservativos: onde as placas tectônicas deslizam lateralmente
uma em relação à outra, sem destruição e geração de crostas, ao longo de
fraturas denominadas de Falhas Transformantes

Por exemplo, a falha de Santo André, na Califórnia, onde a placa do
Pacífico desloca-se para o norte com relação à placa norte-americana.
Margens Continentais Ativas e Passivas
Margens continentais são regiões onde a crosta continental encontra a
crosta oceânica.
Existem dois principais tipos de margens continentais:

Margens Continentais Passivas: desenvolvem-se durante o
processo de formação de novas bacias oceânicas quando da
fragmentação de continentes.

Este processo é denominado de rifteamento, onde rift significa um vale
de grande extensão formado a partir de um movimento distensivo na
crosta, que produz falhas subverticais e abatimento de blocos.

Este processo ocorre no Oceano Atlântico, onde as costas leste a
América do Sul e oeste da África constituem margens continentais
passivas.

Portanto, este tipo de margem continental situa-se ao longo de limites
divergentes de placas tectônicas e não sofre tectonismo importante em
escala regional

Margens Continentais Ativas, situadas nos limites
convergentes de placas tectônicas onde ocorrem
zonas de subducção e falhas transformantes.

Nessas regiões encontramos uma estreita depressão do
assoalho oceânico, denominada fossa, ausência de
plataforma continental bem estendida, como na margem
passiva, e forte atividade tectônica, caracterizada por intensa
sismicidade, significativa atividade vulcânica e plutônica,
formação de montanhas, metamorfismo, etc.

A costa oeste andina, da América do Sul, é um bom exemplo
dessas margens, que também são denominadas do tipo
pacífico, na literatura geológica.
Arcos de Ilhas e Cordilheiras Oceânicas

Os Arcos de Ilhas são resultantes da colisão entre
placas oceânicas, onde a placa mais densa, mais
antiga, mais fria e mais espessa mergulha sob a outra
placa, em direção ao manto, carregando consigo parte
dos sedimentos acumulados sobre ela, que irá se fundir
em conjunto com crosta oceânica em subducção.

O processo produz intensa atividade vulcânica de
composição andesítica, comumente manifestada sob a
forma de arquipélagos, conhecidos com "Arcos de
Ilhas", de 100 a 400 km atrás da zona de subducção.

Na zona de subducção forma-se uma fossa que será
mais próxima do arco de ilhas, quanto mais inclinado for
o ângulo de mergulho. Ex.: Ilhas do Japão
Cordilheiras Oceânicas:

São cadeias montanhosas que rodeiam o globo como a costura de
uma bola de beisebol.

É o maior sistema montanhoso da Terra, que se estende por 84.000
km, com mais de 1.000 km de largura.

Geralmente se elevam em torno de 3 km sobre o assoalho
submarino adjacente e vão desde o Oceano Ártico ao Pólo Sul,
através da cadeia meso-atlântica, onde inflete para este, no Oceano
Índico, cruza o Pacífico Sul e se desvia para o norte, para dentro do
Golfo da Califórnia, e, depois, continuando na costa de Oregon, nos
Estados Unidos.

Essa cadeia montanhosa é a mais impressionante feição da
superfície do planeta que seria vista do espaço, caso não
existissem os oceanos, e é diferente das cadeias continentais,
formadas de basaltos isentos de deformação e gerados no limite de
placas divergentes.

Dorsais: Meso-Atlântica, Dorsal do Leste-Pacífico, Dorsal do
Sudeste-Indiano
Soerguimento de Montanhas e Evolução
do Relevo Terrestre

Grande parte da atividade tectônica terrestre ocorre no
limite de placas litosféricas, em contraste com o interior
delas, normalmente inativo tectonicamente.

Como resultado, praticamente todas as montanhas e as
cadeias montanhosas, na Terra, são formadas nos
limites de placas, e, por isso, sua evolução é
comumente acompanhada de dobramentos e
falhamentos de rochas, terremotos, erupções
vulcânicas, intrusões de plútons e metamorfismo,
principalmente nas zonas de subducção de margens
continentais ativas.

Os esforços compressivos, gerados nas zonas de colisão de placas
convergentes, associados ao intenso magmatismo que introduz
corpos ígneos no material crustal afetado, edificam vulcões na
superfície, criam as condições necessárias para o enrugamento da
"pele" do planeta por vastas áreas e, em determinados períodos de
tempo,orogênese nas faixas móveis.

Montanhas são, então, formadas pelo envolvimento de uma série
de agentes internos.

Por isso, as montanhas quase sempre se apresentam como
cadeias ou cordilheiras, porque as forças que as criaram operavam
por vastas regiões da crosta terrestre, associadas a fenômenos de
grande transcendência geodinâmica interna, sejam montanhas
vulcânicas, de blocos falhados ou de dobramento e empurrão, como
os Alpes e o Himalaia.
HIMALAIA
ALPES

O relevo terrestre, em seus grandes traços, está
intimamente ligado aos episódios de grande mobilidade
crustal, que confere inúmeros aspectos morfológicos à
superfície da Terra, durante o passar do tempo
geológico.

Vivemos sobre um território mutante, palco de
enfrentamento de forças geológicas de diferentes
origens, acionado pela geodinâmica interna e toda a
gama de fenômenos relacionados.

A história das cadeias montanhosas, reconhecemos que
ela não termina com o paroxismo orogenético, onde os
fenômenos derivados da geodinâmica interna atingiram
o seu clímax, mas a erosão e a isostasia continuam, de
forma combinada, a modificar o relevo das episódicas
faixas de maior mobilidade crustal.
ALPES - ÁUSTRIA
PIRINEUS
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