Jornal do Commercio - PE 05/04/2015 - 08:17 Paulo chega aos cem dias de gestão Manifestações e possibilidade de greve dos professores podem marcar negativamente a passagem da data. Socialista tem como desafio conseguir mais recursos Franco Benites A gestão Paulo Câmara (PSB) chegará ao centésimo dia na próxima quarta-feira sob fogo cruzado. Na semana em que completará cem dias à frente do Estado, o socialista precisará enfrentar uma paralisação dos professores da rede estadual programada para os dias 8 e 9. No dia 10, os docentes farão uma assembleia para avaliar a possibilidade de greve - que seria a primeira do novo governo. Esses, no entanto, não são os únicos obstáculos com que Paulo Câmara se deparou desde que tomou posse como governador no dia 1º de janeiro. De lá para cá, a administração socialista vivenciou rebeliões em presídios, com mortes de detentos e de um policial, críticas à Parceria Público-Privada (PPP) da Arena Pernambuco, aumento no número de homicídios e viu os gastos com a folha de pagamento ultrapassarem o limite prudencial recomendado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Diante de tantos fatos negativos, Paulo tentou se movimentar. Foi a Brasília para audiências com ministros na tentativa de liberar recursos e integrou uma comitiva de governadores do Nordeste que se reuniu com a presidente Dilma Rousseff (PT) com o mesmo objetivo. Ele também prosseguiu com as negociações iniciadas por Eduardo Campos para implantar um centro de distribuição da Toyota em Suape e assinou o protocolo de intenções que aproxima a multinacional de Pernambuco. O governador também mostrou serviço ao autorizar a terceira versão do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM) e o início do Escritório de Projetos, ações que ajudarão as prefeituras com dinheiro e conhecimento para a captação de recursos. O FEM 3 foi anunciado em março durante a abertura do 2° Congresso Pernambucano de Municípios e irá disponibilizar R$ 263 milhões para as prefeituras empregarem em obras. Nesses cem dias de gestão, Paulo também assinou diversas obras de serviço como forma de cumprir a promessa feita logo após a posse, de que iria priorizar as obras inacabadas das gestões Eduardo Campos e João Lyra (PSB). Apesar disso, o socialista não conseguiu tirar do papel alguns compromissos assumidos este ano. Em janeiro, o governador foi a Goiana, na Mata Norte, e garantiu que a emergência pediátrica do Hospital Belarmino Correia estaria pronta dentro de 60 dias. O prazo já foi alongado pela Secretaria de Saúde para 120 dias. Já a inauguração do túnel da Abolição, no Recife, prevista para março, foi reprogramada por duas vezes e ainda não há uma data certa para ocorrer. A ordem no governo é não colocar foco nos 100 dias de governo. De acordo com o secretário de Planejamento e Gestão, Danilo Cabral, a preocupação do governador é muito mais em resolver os problemas do Estado nos quatro anos que terá pela frente. Jornal do Commercio - PE 05/04/2015 - 08:17 Nova batalha pelo direito ao aborto Juristas, médicos e feministas denunciam descumprimento do aborto legal e apoiam um novo projeto de lei que permite a interrupção da gravidez na 12ª semana Veronica Almeida O aborto clandestino é a quinta causa de morte de mulheres em idade reprodutiva no Brasil. Estima-se que por ano 700 mil de 15 a 49 anos interrompam, de forma insegura, a gravidez, pondo em risco a própria vida. No SUS são 180 mil internações anuais relacionadas a abortamentos provocados. Em Pernambuco, segundo o Comitê de Estadual de Estudos da Mortalidade Materna, o aborto é a sétima causa de morte das mulheres na gravidez. São mais de 10 mil curetagens realizadas a cada ano na rede local do SUS, parte delas em mulheres que optaram pela clandestinidade para fugir de processos na Justiça. Alertar para as consequências do aborto inseguro foi um dos objetivos de seminário realizado em São Paulo, na semana passada, que reuniu juristas, médicos, outros profissionais de saúde e jornalistas de todo o Brasil, por iniciativa do Grupo de Estudos sobre Aborto. O GEA é formado por cientistas, profissionais de saúde, feministas, juízes e há oito anos promove a discussão sobre direitos reprodutivos. O debate em torno da descriminalização do aborto está sendo aquecido com o Projeto de Lei Federal 882/2015, apresentado há menos de duas semanas pelo deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ). Trata de políticas de saúde sexual e direito reprodutivo, com educação sexual nas escolas, acesso amplo a métodos contraceptivos, inclusive de emergência, e do aborto até a 12ª semana de gestação. Além disso, a interrupção da gravidez seria possível mais adiante em caso de violência e risco à saúde da mulher. Nos dois últimos casos, a interrupção da gravidez é prevista em lei, embora, conforme avaliação de feministas, há dificuldade no atendimento. "As mortes por aborto são completamente evitáveis. Caso não haja mudanças na legislação que criminaliza o aborto no Brasil, mesmo que se reduzam os níveis de mortalidade materna por todas as outras causas, estas vão permanecer como importantes violações dos direitos sexuais e reprodutivos", afirma Sandra Valongueiro, do Comitê Estadual de Mortalidade Materna. Segundo Sandra e Gigi Bandler, também feminista, o movimento não vai se amedrontar frente às ameaças das bancadas conservadoras no Congresso. "Criminalizar o aborto é incompatível com a defesa de direitos humanos previstos em tratados internacionais dos quais o Brasil faz parte", lembrou, no seminário, o juiz José Henrique Torres, da 1ª Vara do Júri de Campinas (SP) e da Associação de Juízes para a Democracia. "Quais os custos sociais da criminalização? O aborto clandestino. Além disso há delação nada premiada, a de médicos que denunciam suas pacientes, violando o sigilo previsto em lei", explicou. Segundo o juiz, o aborto até a 12ª semana era praticado pelos Incas, civilização da América pré-colombiana. Nos países que legalizaram o procedimento, há menos aborto e mortalidade materna. Olímpio Moraes, vice-presidente da Federação das Associações de Ginecologia e Obstetrícia e diretor do Cisam, o primeiro serviço pernambucano a fazer aborto legal, alertou, no seminário, para a precária assistência ginecológica e obstétrica na rede pública, reduzindo a assistência a vítimas de violência, como o estupro praticado pelos maridos. No Brasil, a mortalidade materna gira em torno de 60 casos por 100 mil nascimentos. A meta é a metade. CONTRACEPÇÃO Em Pernambuco há 12 serviços credenciados pelo SUS para o aborto legal, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. Mas nem todos atendem plenamente. No centro de referência em assistência à mulher vítima de violência, o Wilma Lessa, no Hospital Agamenon Magalhães, Norte do Recife, 14 abortos legais foram feitos no ano passado. Arlon Silveira, coordenador do serviço, lembra que o ideal é garantir a essas mulheres a contracepção de emergência, dando alternativa melhor que o aborto. Infelizmente, segundo ele, muitas chegam depois das 72 horas após o estupro, ultrapassando o tempo máximo para a contracepção de emergência. As de menor renda muitas vezes desconhecem o direito ao aborto legal. Para Silveira, é importante ampliar na rede básica a conscientização sobre direitos e dar às mulheres acesso ao planejamento familiar com todos os métodos possíveis. "Nos países desenvolvidos que legalizaram o aborto, a prática diminuiu também porque essas outras condições foram ofertadas." Jornal do Commercio - PE 05/04/2015 - 08:17 Repórter JC Vamos correr! Serão abertas amanhã as inscrições para a III Corrida e Caminhada Pelópidas Silveira, que ocorrerá dia 26 de abril. O percurso de 6km será pela BR-232. Inscrições no site: www.hps.imip.org.br Diário de Pernambuco - PE 05/04/2015 - 08:05 Agentes da dengue barrados em visitas Moradores de bairros nobres do Recife impedem entrada de fiscais da saúde para verificar focos em suas residências Alice de Souza Oito em cada 10 focos do mosquito vetor da dengue, o Aedes aegypti, estão nas residências, por isso o Recife - em epidemia - lançou mão de plantões extras para que agentes de saúde ambiental percorram os imóveis da cidade fazendo trabalho de prevenção e contagem de ovos. A eficiência da estratégia, porém, esbarra na recusa dos moradores. Algumas portas permanecem fechadas para as visitas na cidade, a maioria delas em bairros nobres. O líder do ranking de recusas, em números absolutos, é o bairro de Casa Amarela, na Zona Norte. Dos cerca de nove mil imóveis informados à Secretaria de Saúde municipal, os agentes não puderam entrar em 160 deles simplesmente porque o morador não quis abrir as portas. Somando esses casos aos dos imóveis que não foram inspecionados porque estavam fechados, o resultado é que dois em cada dez endereços do bairro não passaram pelo serviço de prevenção. No distrito sanitário seis, o campeão de recusas é o bairro de Boa Viagem. Dos 12 mil imóveis informados, 4,7 mil estão fechados. Em outros 158, os proprietários recusaram a ajuda dos agentes. O resultado é que, em uma das áreas mais turísticas da cidade, três em cada dez imóveis não estão prevenidos contra a dengue. Dentre todos os distritos, em números relativos, o caso mais grave é o do bairro do Hipódromo. Na localidade, se somadas as recusas aos imóveis fechados, a quantidade de casas não visitadas chega a 47%. O administrador Luiz Henrique Miranda, 26 anos, já teve dengue e não deseja a doença para ninguém. No apartamento onde mora, ele e a família tomam cuidado para evitar acúmulo de água parada, mas não checam se o mesmo exemplo é seguido pelo condomínio. “Não recebemos nenhum informativo ou aviso de que a vigilância esteve aqui”, admite. Luiz mora nas Graças, onde os agentes ambientais não conseguiram entrar em cerca de quatro em cada dez casas de janeiro até o começo de março. “Muitos porteiros dizem que não têm autorização”, pontua a coordenadora do laboratório de Entomologia e Apoio Diagnóstico da Secretaria de Saúde do Recife, Vania Nunes. O risco de fechar a porta para os agentes ambientais vai além de favorecer o surgimento de focos do mosquito. “Ficamos sem dados precisos do índice de infestação do mosquito na região, então fica difícil saber se os casos estão aumentando”, alerta Vania. Atualmente, mil agentes estão trabalhando, inclusive nos fins de semana para cobrir os imóveis fechados na semana. “A gente envia a equipe novamente, tenta conversar e convencer”, explicou a coordenadora. A cada dois meses, os agentes retornam aos pontos de visitação. Diário de Pernambuco - PE 05/04/2015 - 08:05 Instrumento raro largado em hospital Órgão de alto valor histórico, serafina está abandonada no antigo Hospital Ulysses Pernambucano, na Tamarineira, sem previsão de restauro Marcionila Teixeira Um instrumento musical raro e de grande valor histórico sucumbe ao esquecimento e à ação das polias nas dependências do antigo Hospital Ulysses Pernambucano, na Tamarineira, no Recife. Trata-se de uma serafina, um tipo de harmônio, também conhecido como órgão de fole. Não há notícias do uso dele na unidade de saúde há pelo menos duas décadas. O instrumento deteriora-se no primeiro andar do prédio, onde ficavam os aposentos das freiras da Santa Casa de Misericórdia. As religiosas dirigiram por muitos anos o hospital dedicado ao tratamento de pessoas com doenças mentais. Junto à serafina também estão acomodados um guarda-roupas e uma cômoda antigos que pertenceram às freiras. O Diario identificou o nome verdadeiro do instrumento com a ajuda de especialistas em restauração. No hospital, os funcionários acreditavam que tratava-se de um órgão. Nunca tinham ouvido falar na serafina. A pouca informação que circulava sobre o harmônio no hospital também é imprecisa. “Cheguei aqui há 20 anos para trabalhar como psicóloga e ele já existia. Acredito que era usado pelas freiras na capela do hospital”, disse a diretora, Bemvinda Magalhães. Leandro Avelino, especialista em restauração de pianos, avaliou minuciosamente o equipamento. “Era um instrumento portátil, fácil de ser transportado nas igrejas, diferentemente dos grandes órgãos de tubo”, contou. Pensado para uso doméstico, tornou-se típico de igrejas. Triste, Leandro percebeu a ausência total do som, além da presença agressiva da polia. O inseto tomou praticamente toda a madeira de carvalho do instrumento, movido por pedais. O apoio das partituras também foi encontrado quebrado dentro do harmônio. “Acredito que ele já foi restaurado de forma precária alguma vez, pois o teclado está todo numerado, uma forma de evitar a troca na recolocação das peças”, acrescentou Leandro. Outro sinal da preciosidade do instrumento são as teclas, feitas em marfim, material que não é mais utilizado. “Não consigo calcular o valor financeiro dele, mas o valor sentimental é incalculável. É um instrumento em extinção. Imagino que ele tem pelo menos 100 anos de existência”, completou. O restaurador Noé Ramos, recifense de 72 anos que mora no Rio de Janeiro, é especialista em recuperação de serafinas. Ele também avaliou o instrumento a partir de uma foto. “Aprendi a trabalhar com uma serafina desse tipo. É raríssima e gostaria de reformar, pois tem um valor histórico importantíssimo”, comentou. Uma inscrição no antigo móvel aponta que a serafina foi feita em Paris, na fábrica Alexandre Pàre et Fils, fundada em 1829. Folha de Pernambuco - PE 05/04/2015 - 07:32 Muito açúcar afeta a visão Com a chegada da Páscoa, os abusos com o chocolate podem gerar vários problemas de saúde, inclusive para os olhos. O conselheiro da Sociedade Brasileira de Oftalmologia e consultor do Instituto Varilux da Visão, Marcus Sáfady, explicou que as consequências do excesso de açúcar no organismo podem ser grave para a visão. Uma glicemia não estável pode levar a alterações dos vasos sanguíneos que provocam, em um estágio mais avançado, doenças oculares sérias, sobretudo para diabéticos. A retinopatia diabética é uma complicação do diabetes ocasionada pela deterioração dos vasos sanguíneos que alimentam a retina. Se atingirem a mácula - área responsável pela visão de cores e detalhes - a pessoa poderá notar o aparecimento de manchas, a redução ou embaçamento da visão. Inicialmente, a doença não apresenta sintomas, mas quando os problemas pioram, os vasos sanguíneos podem romper-se e vazar, causando as micro-hemorragias da retina “Por isso é necessário que diabéticos realizem exames oftalmológicos regulares e mantenham a doença sob controle”, orientou o médico. Diário de Pernambuco - PE 05/04/2015 - 08:05 O milagroso sono da tarde Pesquisa francesa aponta que o cochilo depois de uma noite mal dormida restaura hormônios e proteínas cuja falta acarreta estresse Se o grande número de admiradores e adeptos não é o suficiente para convencer o chefe de que o cochilo da tarde pode fazer diferença na produtividade, pesquisadores franceses trazem um argumento a mais. Segundo a equipe de Brice Faraut, da Universidade Descartes-Sorbonne Paris, esse sono também restaura hormônios e proteínas envolvidos no estresse e fortalece o sistema imunológico. De acordo com o estudo publicado no Jornal da Sociedade de Endocrinologia Clínica e Metabolismo, dos Estados Unidos, apenas 30 minutos de soneca vespertina podem reverter o impacto hormonal de uma noite de sono ruim. Hoje, a falta de sono é reconhecida como problema de saúde pública. Segundo os Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDCs), dos EUA, noites maldormidas contribuem para a redução da produtividade, assim como para o aumento de acidentes de trabalho e trânsito. Pessoas que dormem pouco também são mais propensas a desenvolverem doenças crônicas, como obesidade, diabetes, pressão alta e depressão. Na contramão de todos esses prejuízos, Faraut sugere o breve cochilo. Ele e a equipe chegaram a essa conclusão após analisar 11 homens saudáveis, com 25 a 32 anos. Os voluntários foram submetidos a duas sessões de testes em que os níveis de hormônios foram comparados após apenas duas horas de sono ou depois de uma noite de recuperação ilimitada. Diário de Pernambuco - PE 05/04/2015 - 08:05 Eles também ressuscitaram Neste domingo de Páscoa, o Diario conta histórias de pessoas que viram suas vidas desmoronar e renasceram com apoio e fé no futuro O surpreendente não tem medida. De tempo, de intensidade. Apenas surge. Quando seu efeito é inverso à satisfação, provoca desalento. Renascer em meio ao caos é o grande desafio, sempre possível. Ana Karla preparava-se para uma viagem à Europa. Jackson seguia em direção a mais um dia de trabalho na Aeronáutica. Taciana investia na carreira de dentista do filho. Repentinamente, tudo desmoronou. Quando o filho da dentista Taciana Guerra, 51, morreu no acidente com o avião da Noar, em Boa Viagem, em julho de 2008, ela mergulhou em um abismo. Sentimento imensurável, conta. “De repente, a casa ficou vazia sem a alegria de Raul. A família adoeceu. Tudo o que acontecia, eu escrevia para aliviar a sobrecarga, aumentada com o processo na Justiça contra a Noar.” “Assim é a vida. Passageira. E num segundo já foi”, escreveu em uma comunidade que mantém no Facebook, a Mães-pietás, criada para ajudar mulheres como ela. Além dos textos nas redes sociais, publicou dois livros. “Não podia me isolar para adoecer. A saudade é grande. Às vezes volta a ser só dor, sobretudo em datas festivas. Mas consigo conviver com a falta de meu filho porque gosto de viajar, lidar com pessoas que passaram o mesmo.” Com Ana Karla Rocha, 46, o surpreendente chegou na forma de um câncer de mama. Às vésperas de uma viagem à Europa para comemorar 20 anos de casamento, em julho de 2014. “Estava com os exames em dia, mas decidi antecipá-los antes de embarcar. O primeiro sentimento foi de morte”, lembra. Ana afastou-se do trabalho, no Tribunal de Justiça, fez mastectomia e enfrentou a quimioterapia. O renascimento foi possível porque ela dedicou-se ao curso de direito. Teve esperanças e recebeu amor. “A doença me deu oportunidade de conhecer gente que me ama, até pelo apoio nas redes sociais. Me fez ver a vida com outros olhos. Isso é renascer. Dou valor ao que precisa ser valorizado. Jackson Santana, hoje com 27 anos, vestia a farda da Aeronáutica impecavelmente engomada, revelam as fotos do dia do acidente guardadas pela mãe. Um ônibus bateu na moto do jovem de 20 anos, perto da UFPE, em agosto de 2008. Ele ficou um ano e nove meses sobre uma cama. “Lembro que cantava hinos para meu filho e ele reagia, mesmo em coma”, diz a dona de casa Djanice Maria de Santana, 44. A fé da família é do tamanho do amor que sente por Jackson, que surpreendeu a equipe médica em casa, quando começou a andar. “Se Deus deu, Deus toma. Enquanto puder, sigo lutando, remando contra a maré, com o sorriso no rosto”, ensina a mãe de Jackson. Diário de Pernambuco - PE 05/04/2015 - 08:05 Onde mora a esperança O corpo guarda traumas quando seu limite de resolução de problemas é ultrapassado. A explicação é da fisioterapeuta Mariana Thé, especialista em microfisioterapia, uma técnica de terapia manual que consiste em identificar a causa primária de uma doença ou sintoma e estimular a autocura do organismo. O corpo reconhece o agressor e inicia o processo de eliminação. “Certa vez, recebi uma senhora de 76 anos que chorava a morte do marido falecido há um ano e meio. Falei para ela que todo luto precisa ser vivido. A pessoa precisa se permitir chorar, mostrar que sente falta, sem fingir ser forte, pedir colo mesmo. Quando se permite viver o luto, passados 20 anos, a pessoa irá chorar saudade e não dor”, reflete. Mariana diz que é preciso se reconstruir após episódios de morte de um ente querido. “O tempo dele chegou. Não o dela.” Grupos de iguais são uma alternativa para renascer de situações desesperadoras, seja ela qual for. A pedagoga Alice Lanalice criou a Associação Brasileira de Apoio ao Luto (Casulo), em São Paulo, para sobreviver à morte da filha em um acidente de trânsito. “Discutimos o luto, choramos, sorrimos, desabafamos com pessoas que sentem como nós.” Alice Lanalice, da Casulo, conta que quem não passou pela dor não gosta de falar sobre ela. Talvez porque nem todos tenham a consciência do óbvio. Em uma fração de segundos, a vida se vai. Diário de Pernambuco - PE 05/04/2015 - 08:05 Teste é preciso na identificação de síndrome Uma análise de DNA do sangue de uma grávida é mais eficaz do que os testes padrão para detectar a síndrome de Down no feto, assim como outras anomalias cromossômicas menos frequentes, indica um estudo norte-americano. O teste pode ser feito entre a 10ª e a 14ª semana de gestação. Diário de Pernambuco - PE 05/04/2015 - 08:05 Mamografia gratuita em 23 bairros Durante o mês de abril, 23 bairros do Recife receberão o Mamógrafo Móvel para a realização de exames gratuitos em mulheres com idade entre 50 a 69 anos. O equipamento visitará um Distrito Sanitário por semana, e a primeira Unidade de Saúde será a Upinha Novo Jiquiá, no Jiquiá. Diário de Pernambuco - PE 05/04/2015 - 08:05 Exercícios mais eficazes do que medicamentos Estudo de um consórcio internacional de cientistas mostra que se levantar do sofá e varrer o sedentarismo da rotina afasta mais a doença metabólica do corpo do que recorrer a medicamentos preventivos. A pesquisa foi publicada na edição na revista especializada Diabetologia.