APÊNDICE I 1 - PONTO PERUANO Este ponto é normalmente utilizado no início e fim de uma peça. Após o tear ter sido urdido, antes de iniciarmos a tecer uma peça, faz-se uma trança entre os fios da urdidura. Esta trança serve como acabamento (ourela ) do tecido, e também para travar a trama. Deve ser trançada ao longo de toda a largura da urdidura. Ao terminar, dar um nó simples e enfiar as terminações que sobram entre os fios da trama É também muito utilizada em peças de decoração, como panos, para delimitar áreas de cores ou materiais diferentes. O esquema do ponto é o seguinte: 2 – BORBOLETA A borboleta é uma pequena meada , que se faz entre os dedos, de maneira que podemos trabalhar com o fio, sem a utilização de uma navete. Muito útil, quando se esta tecendo com várias cores ou em áreas pequenas. Seu feitio permite que tenhamos uma quantidade razoável de linha, em forma de meada, que pode ir sendo utilizada, sem o perigo de criarmos um nó na linha. Trabalha-se com a borboleta na mão, deslizando-a pela cala, enquanto o fio central vai saindo do centro da meada, formando a trama. 3. – DESENHOS EM CURVAS Aproveitando a técnica das uniões diagonais, podemos tecer formas curvas, bastando para isto alterar a inclinação de diferentes segmentos de reta. Um exemplo bem simples para iniciar-se na tecelagem destas curvas é o exercício abaixo, onde são utilizadas duas navetes e tecidas sete retas, com inclinações diferentes. Visualmente a impressão que se obtém é de uma linha curva, embora tenhamos tecido seis diagonais e uma união vertical. As seqüência das diagonais é a seguinte: 1. – 7 X avançar de 2 em 2 cabos de urdidura ( 7 duítes ). 2. – 5 X avançar de um em um cabo da urdidura (5 duítes ). 3. – 3 X avançar de um em um cabo da urdidura. Ficar parado no mesmo cabo por duas duites, para depois avançar para o cabo seguinte. No final você terá tecido 6 duites e avançado 3 cabos. 4. – 7 X União vertical ( 7 duítes ). Aqui faz-se a inversão da curva. 5. – Repetir o item 3, avançando com a cor B. 6. – Repetir o item 2, avançando com a cor B. 7. – Repetir o item 1, avançando com a cor B. 4. – PONTO SMIRNA Este ponto é bastante conhecido nas tapeçarias bordadas em tela. Fica em relevo, sendo possível tecermos no tear. Seu efeito é de uma franja. Com o auxílio de uma régua ou madeirinha lixada, determinamos o comprimento da franja. Os desenhos são auto explicativos. Após tecer uma carreira de ponto smirna , que pode ser em uma determinada área de nossa peça ou ao longo de toda a largura do tecido, deve-se tecer uma duite ( 2 carreiras de ponto tela ) par fixação do smirna. Esta duite é tecida com a mesma linha da urdidura, pois ela vai constituiro “fundo” de nosso tapete, que será coberto pelo smirna em relevo. O smirna é entrelaçado entre dois cabos de urdidura vizinhos. Como temos normalmente uma urdidura com um número ímpar de cabos sempre vai ficar sobrando um cabo. Para uma melhor fechamento do trabalho, iniciar a primeira carreira de smirna pelos cabos 1 e 2 da urdidura. A segunda carreira ( após tecida a duite ) deve inicar nos cabos 2 e 3 . Desta maneira, o cabo que sobra fica ora à direita, ora à esquerda, ficando os pontos smirna defasados entre si , a cada carreira. 5. – PONTO SOUMAK Outro ponto também muito utilizado em peças de decoração. Utiliza-se uma borboleta, para ir trançando a trama entre o urdume. O movimento básico é passar por cima de um ou dois cabos de urdidura, retornando por baixo do último cabo e reiniciando o movimento. De acordo com a seqüência de movimentos, podemos ter três efeitos distintos, que denominaremos de “por cima”, “por baixo” e “alternado”. Ver esquema abaixo: 6. – RELÊVO EXECUTADO COM AUXÍLIO DE UM LÁPIS Ponto normalmente utilizado como detalhes em peças de decoração. É feito com o auxílio de um lápis, que colocado por cima da urdidura, vai “pescando” a trama de dentro da cala. No final da execuução do ponto, o lápis fica todo envolvido pela trama, que esta passando pela cala. Ao trocar-se o pente do tear, tecer ½ duite ( 1 carreira ) para prender o ponto em relevo. Entre cada carreira do ponto, devemos tecer ½ duite de ponto tela. Uma vez com o pente em cima, e na carreira seguinte , com o pente em baixo. Para evitar que o efeito se desmanche, é comum passar cola branca no avesso do relevo, endurecendo os fios e firmando-os. 7.- DESENHOS EM RELÊVO Ponto executado com apenas uma navete e uma cor. A peça é tecida em ponto tela, sendo provocado em determinados pontos “defeitos”, que vão resultar em um efeito em relevo, sobre a peça tecida em tela. Existem centenas de possibilidades diferentes, dependendo apenas de nossa criatividade. Incialmente tecer um pouco de tela. Depois marcar com uma caneta, um dos cabos da urdidura superior, onde deseja-se iniciar o desenho. Trabalhar então normalmente em ponto tela, observando-se o seguinte: Quando o cabo marcado, estiver embaixo, passar a navete normalmente pela cala do tecido. Quando o cabo estiver na urdidura de cima, (após a troca do pente), provocase o defeito , fazendo a navete pular por cima do cabo marcado, e retornando o trajeto pela cala do tecido. Desta maneira a navete desliza pela cala, passando por baixo de todos os fios da urdidura superior, menos no cabo marcado. De acordo com o número de “pulos” que se dá sobre o fio marcado, irá surgir um efeito mais alto. Para se obter diferentes efeitos, o pulo deve ser dado em diferentes cabos. Muito comum é ir pegando os cabos vizinhos, conforme indicado no esquema, de maneira, que vamos obtendo o efeito de um losango em relevo. Neste caso, iniciamos pelo cabo central. Executamos alguns pulos neste cabo. Passa-se então a executar dois pulos, um em cada vizinho do cabo central, de maneira que o efeito começa a surgir nos lados do relevo anteriormente executado. Conforme vai se escolhendo cabos mais externos ou centrais, o efeito vai abrindo ou fechando. 8. -PONTO DAMAS Neste ponto, trabalha-se com o pente solto, de maneira que não há a formação de uma cala. Utilizamos duas navetes com cores diferentes. Uma desliza da direita para a esquerda e a outra, em sentido contrário. Faz-se um movimento de zig-zag com uma das navetes , entre os fios do urdume. A outra navete executa um movimento de zag-zig, passando por baixo dos fios do urdume, onde a outra navete passou por cima. Este ponto não tem avesso. Engº Áquila Klippel Cursos em Vídeo Estrada Geral do Canto da Lagoa 2626 Fones (48) - 232.6131 / 9982-9952 e-mail: [email protected] CEP 88062-200 Florianópolis - SC Tecelagem Manual Agora em vídeo ao alcance de todos, a milenar arte de trançar fios! 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