Jornal da Construção
Uma publicação
Ano 1 | Junho - 2014 | Edição 2
A desmistificação
da bolha imobiliária
O futuro do setor da construção civil do Ceará foi
discutido no Fórum, que
desmistificou a “bolha”
imobiliária e a aquisição
de imóveis após o maior
evento mundial esportivo.
O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (SindusconCE) e a Cooperativa da Construção
Civil do Ceará (Coopercon-CE)
realizaram, no dia 05 de maio, no
Lulla’s Plazzá Buffet, o fórum na-
cional “Brasil em Debate”. Este foi o
primeiro fórum de ideias e discursões sobre os rumos da política e
suas consequências na economia, as
perspectivas macroeconômicas e o
reposicionamento do setor da construção civil como promotor de desenvolvimento econômico e social
do país, já que o setor da construção representa, hoje, a maior unidade empregadora e abrange 22% do
Produto Interno Bruto -PIB.
O Brasil em Debate é um fórum que
busca discutir ideias para aumentar a
A primeira edição do Fórum Nacional Brasil em Debate
contou com mais de 300 participantes
produtividade da construção civil no
país, como, por exemplo, a reforma
tributária e trabalhista para o setor,
reforçar a imagem do setor como legítimo gerador intensivo de emprego,
de renda e de impostos e, fomentador
da capacidade profissional e do desenvolvimento social, entre outros.
A programação vai até dezembro
de 2014, com possibilidade de se
tornar um evento periódico nos
próximos anos. Na programação, já
estão confirmados outros grandes
nomes, para enriquecer o debate
como, Eduardo Campos, economista, presidente do PSB e pré-candidato à Presidência do Brasil; Henrique Meireles, ex-presidente do
Banco Central, executivo do setor
financeiro brasileiro e internacional; e Fernando Henrique Cardoso,
ex-presidente do Brasil, sociólogo,
cientista político e escritor.
Entrevista
Estudo
Crédito
Sustentabilidade
Em entrevista, Ricardo
Amorim descarta
bolha imobiliária
O custo da burocracia na
construção civil brasileira
Portabilidade do crédito,
com recursos do FGTS
Projeto “Futuro da Minha
Cidade” planeja São Gonçalo para próximos 20 anos
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Editorial
O setor
em pauta
O Sinduscon-CE e a CooperconCE se uniram para promover o Fórum Brasil em Debate. O primeiro
evento, com a presença do economista Ricardo Amorim, teve como
foco uma análise do mercado imobiliário atual, apontando as vantagens do investimento em imóveis
e desmistificando a existência de
uma bolha imobiliária na economia brasileira.
Esta foi a primeira de uma séria de
palestras que estaremos promovendo para oportunizar momentos de debate sobre a construção
civil e as estratégias que podem
ser implantadas para o desenvolvimento do nosso setor.
Nesta edição, trazemos também
temas relevantes, como o custo da
burocracia no Brasil, que pode aumentar de 12% a 18% o valor final
do imóvel para o proprietário.
Abordamos a portabilidade eletrônica de crédito que facilita a vida
dos consumidores e aumenta a
competição entre os bancos.
Divulgamos ainda o Projeto O Futuro da Minha Cidade a ser lançado na cidade de São Gonçalo
do Amarante.
Você vai conhecer também mais
detalhes do Programa Incorporar,
que incentiva o associado a dar
melhor qualidade e transparência à
suas incorporações.
Estamos atentos às questões importantes para os construtores e
contamos com a participação de
todos os associados para o envio de
sugestões e a construção de estratégias que solucionem os gargalos
e possibilitem nosso crescimento.
André Montenegro de Holanda
Presidente do Sinduscon-CE
2
Últimas
Obra Segura oferece diagnóstico gratuito
Dando continuidade às ações de
2014, o Programa Obra Segura
atendeu, somente em maio, mais
de vinte canteiros de obra, realizando o diagnóstico da real situação
da Saúde e Segurança do Trabalho
(SST). A ação é desenvolvida sem
custo para as construtoras associadas e interessadas neste trabalho.
Lançado em 2012, o Programa
Obra Segura vem desenvolvendo
atividades com o intuito de tornar
a segurança um assunto recorrente
na pauta do setor e, para tanto, além
do diagnóstico, já realizou um ciclo
de palestras sobre Segurança e Saúde no Trabalho, quando abordou
temas como dermatoses ocupacionais no trabalho e higiene corporal
e ambiental; prevenção de acidentes
de trabalho; prevenção de trabalho
em alturas e contra quedas; e alcoolismo e outras drogas.
Para participar do programa, as
construtoras associadas interessadas podem preencher o formulário de intenção no site do
Sinduscon (www.sinduscon-ce.
org.br) ou entrar em contato com
Patrícia Monte através do telefone
3246.1477 ou enviar e-mail [email protected],
com o nome da empresa, o endereço do canteiro, o nome e o contato da pessoa responsável.
Uniconstruir traz novos cursos
Para os dois últimos meses do primeiro semestre, a Uniconstruir
está com um calendário diversificado, com vistas a atender as necessidades do setor e oportunizar
uma formação direcionada àqueles
que querem aprofundar ou atualizar os seus conhecimentos na área
da construção civil.
Na pauta da universidade corporativa, em junho, o calendário traz
formações em Tecnólogo de Concreto, eSocial, Planejamento de
Obras de Engenharia, Comunicação Condominial e a palestra sobre “Regularização de Obras para
Efeitos Previdenciários”. Para julho,
estão previstos os cursos de Aspectos Técnicos e Legais do Projeto de
Prevenção contra Incêndio e Pânico, Logística na Construção Civil e
Planejamento de Canteiro de Obras.
Lançada em março de 2010, a
Uniconstruir tem investido na
melhoria constante do profissional da área, promovendo capacitações e palestras, em consonância com os interesses do setor.
Para saber mais informações sobre os cursos você pode acessar
o site do Sinduscon-Ce ou encaminhar um e-mail para [email protected].
Programa Qualidade de Vida na Construção 2014
Com o tema “A Vida não é brincadeira - Não use drogas!” o
Programa Qualidade de Vida na
Construção (PQVC) iniciou o
calendário de 2014. Mais de 30
ações beneficiaram colaboradores das empresas, que têm acesso
a atividades como Cine na Obra,
Vivências e Circuito Saúde.
Uma das inovações deste ano é o
“Teatro no Canteiro: Você é Quem
Decide”. Um esquete teatral busca
despertar o pensamento crítico
do trabalhador sobre o problema
gerado pelo uso de drogas no âmbito da família, do trabalho e da
sociedade. A encenação se desenvolve de forma interativa com os
trabalhadores, que opinam sobre
o desfecho da história.
Criado em 2002, o PQVC leva
ações de saúde, segurança, educação, capacitação, cultura e
Expediente
Este informativo é uma publicação mensal do Sindicato das Construtoras - www.sinduscon-ce.org.br
Concepção editorial VSM Comunicação - www.vsmcomunicacao.com.br
Direção Marcos A. Borges - Editora: Sandra Nunes - Redação: Carol Saraiva, Daniel Rios e Ana Clara Braga
Concepção visual Gadioli Cipolla Comunicação - www.gadioli.com
Direção de criação Cassiano G. Cipolla - Direção de arte e diagramação: Samuel Harami
Fotografias Zé Rosa Filho
Tiragem 4.000 - Impressão Expressão Gráfica
lazer aos trabalhadores. Busca
valorizar os operários, desenvolvendo sua autoestima com
ações voltadas para melhoria da
qualidade de vida. Com 13 anos,
já foram beneficiados cerca de
100 mil operários.
Para participar do Programa as
construtoras associadas podem
entrar em contato por telefone
3246.1477 ou enviar e-mail para
[email protected].
Área Imobiliária
Comprar ou não imóvel antes da copa
Com a chegada dos grandes eventos no Brasil, muitas pessoas ficam
na dúvida entre comprar um imóvel antes ou depois da copa. Esse
assunto foi discutido no Fórum
Nacional “Brasil em Debate” que
teve como palestrante principal,
o economista e comentarista do
programa Manhattan Connection,
da Globo News, Ricardo Amorim,
que apresentou um estudo onde
revela que Fortaleza é a cidade que
apresenta o m² mais barato se comparado com outras cidades do país.
Ricardo Amorim foi enfático ao falar que, para os que ainda não compraram um imóvel aguardando que
o preço caia depois da copa, a hora
de comprar é agora. “A cada lança-
“A cada lançamento de
imóvel o preço é reajustado e os imóveis ficam cada
vez mais valorizados. Se
todos deixarem para comprar um imóvel depois da
copa, acreditando que o
preço vai diminuir, o efeito
será o contrário”.
Ricardo Amorim
Economista
O economista Ricardo Amorim, no Fórum Nacional “Brasil em Debate”
esclareceu que o evento não impede a aquisição de imóveis.
Mercado Imobiliário cearense apresenta estabilidade
mento de imóvel o preço é reajustado e os imóveis ficam cada vez mais
valorizados. Se todos deixarem
para comprar um imóvel depois da
copa, acreditando que o preço vai
diminuir, o efeito será o contrário.
Isso é a lei da oferta e procura, nesse
caso, a procura vai aumentar e, ao
invés de diminuir os preços podem
subir”, explica o especialista.
Se a espera pela compra está relacionada à possível bolha imobiliária, o consumidor também pode
ficar tranquilo. Para o economista,
“ao contrário do que muita gente
estava pensando a bolha imobiliária está longe de estourar”. O Brasil,
segundo ele, possui apenas 8% do
Produto Interno Bruto (PIB), em
créditos imobiliários, o que é pouco, diante do cenário econômico
atual, com bom nível de emprego
e melhorias salariais. Já países que
sofreram com a “bolha”, como os
Estados Unidos e o Japão, tiveram
50% do seu PIB comprometidos.
Complementando a discussão do
tema, Ricardo Amorim reforçou
que não haverá “bolha” nenhuma estourando depois da Copa
do Mundo e, que esses estudos
e análises não possuem embasamento nenhum. “Muita gente
vem postergando a decisão de
comprar imóvel aguardando a
baixa dos preços e isso é errado.
Pois mesmo que o valor do imóvel caia, nunca vai igualar ao preço do primeiro semestre, sempre
haverá uma pequena diferença,
por isso a hora de comprar é agora!”, explicou Amorim.
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Área Imobiliária
Redução dos custos com burocracia
Burocracia nos processos de aprovação dos projetos, lentidão cartorária e inseguranças jurídicas
foram alguns dos pontos tratados
durante o primeiro Fórum Brasil
em Debate, problemas que afetam
de forma geral os empresários do
país, a exemplo do setor da construção civil. O evento, promovido pela Coopercon-CE e pelo
Sinduscon-CE, reuniu centenas
de empresários e profissionais
de diferentes áreas, todos com o
mesmo objetivo: de promover um
debate para impulsionar o crescimento do país.
De acordo com Marcos Novaes,
presidente da Coopercon-CE, a
importância em promover um
evento que vai muito além da
fronteira da construção civil,
pois coloca o setor no eixo do
debate nacional no que se refere ao desenvolvimento do Brasil.
“Já que este setor está inserido
diretamente na linha dos pleitos
da população que cobra habitação, hospitais e escolas, somos
um segmento que participa ativamente do desenvolvimento
econômico e social do país, por
isso precisamos de soluções definitivas”, afirmou.
Novaes destacou que essas soluções passam pela revisão,
integração e padronização da
legislação, que promove um ambiente de negócio mais estável
para o setor imobiliário, baseado
em regras claras e processos re-
gulatórios extremamente transparentes. Segundo ele, “a indústria da construção civil tem que
encontrar na sociedade o apoio
e, no governo, o estímulo necessário para continuar fazendo
engenharia, porque quem faz o
país avançar não pode ficar distante das grandes discussões que
podem mudar os rumos do país”.
Para André Montenegro, presidente do Sinduscon-CE, o setor
da construção merece maior
atenção do poder público, pela
saúde financeira de toda a nação. “O setor da construção
propõe a redução dos custos
burocráticos, por meio de melhorias práticas para análise e
aprovação de projetos imobi-
liários, padronização e revisão
das legislações municipais, estaduais e federais, maior informatização nos processos e antecipação dos financiamentos aos
compradores”, finaliza.
Na sua fala, Montenegro destacou o custo da burocracia e os
gargalos que causam de impacto nos atrasos e nos valores dos
empreendimentos imobiliários
do país. “Os resultados apontaram que o valor da burocracia
no preço final do imóvel é de
12% a 18% do custo do imóvel.
Isso representa anualmente R$
18 Bilhões, o equivalente a 280
mil moradias do Programa Minha Casa Minha Vida do Governo Federal”, revelou.
Produtividade e qualificação
O presidente eleito da Federação das Indústrias do Estado do
Ceará – FIEC, Beto Studart, falou sobre a responsabilidade das
construtoras e incorporadoras
de entender o tamanho do mercado que se opera e o perfil dos
consumidores e, também descartou a ideia da “bolha” imobiliária. “Não podemos desejar que o
mercado compre tudo aquilo que
fabricamos e construímos, mas
nós precisamos construir tudo
aquilo que o mercado precisa e
deseja comprar. Estamos muito
distante de uma “bolha imobiliária”, já que há uma demanda
reprimida de, aproximadamente,
4
120 mil unidades e as situações
macroeconômicas demonstram
claramente que é um momento
passageiro e que podemos dissipar este risco”, explicou Studart.
De acordo com o presidente eleito,
o nível de emprego hoje que é de
95%, o que eleva o risco de qualificação da mão de obra já instalada. “Se você desejar 1% a mais
da mão de obra que está disponível no mercado você, fatalmente,
vai desaguar em um problema e
acabar encontrando pessoas sem
qualificação e isso compromete a
produtividade”, ressaltou.
Studart complementou, ainda,
que o setor precisa de inovação
tecnológica e industrializar mais
o método construtivo, não descartando a mão de obra, mas
com o intuito de melhorar a produção e a qualidade das obras.
Quanto à qualificação profissional, ele destaca a atuação do SESI
e do SENAI que dispõe de meios
para qualificar tanto os empresários, quanto a mão de obra.
“A qualificação é a chave para o
bom desempenho. Precisamos
preparar os executivos para que
eles possam dar o melhor treinamento para a mão de obra disponível no mercado”, finalizou.
“Estamos muito distante de uma “bolha imobiliária”, já que há uma
demanda reprimida de,
aproximadamente, 120
mil unidades e as situações macroeconômicas
demonstram claramente
que é um momento passageiro e que podemos
dissipar este risco”.
Beto Studart
Presidente Eleito
Entrevista
Entrevista com Ricardo Amorim
Ricardo Amorim há anos
profere palestras sobre
economia e tendências no
Brasil e exterior. Atualmente é um dos debatedores
do programa Manhattan
Connection, da Globo
News, colunista da revista IstoÉ, e palestrante em
eventos e universidades
como Harvard e Columbia
e preside a Ricam Consultoria. Confira entrevista
sobre cenário econômico
do país, mercado imobiliário e o evento Brasil em
Debate, em Fortaleza.
Em ano de eleições, quando a decisão sobre os rumos do país estará
mais uma vez nas mãos dos cidadãos, nada melhor que discutir sobre os principais temas que podem
definir que direção o Brasil deverá
tomar. Pensando nisso, a Cooperativa da Construção Civil do Ceará
(Coopercon-CE) e o Sindicato da
Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE) promovem o “Brasil
em Debate”, fórum de ideias que
trará para Fortaleza, entre os meses de maio e dezembro, grandes
nomes do cenário nacional. O primeiro evento aconteceu no dia 5 de
maio, às 8 horas, no Buffet Lulla’s
Plazzá, com o economista Ricardo
Amorim, que há anos profere palestras sobre economia e tendências no Brasil e exterior. Amorim é
um dos debatedores do programa
Manhattan Connection, da Globo
News, colunista da revista IstoÉ, e
palestrante em eventos fechados
tros lugares do mundo, e isso acaba resultando em um país menos
desenvolvido, porque o tempo que
sobraria para fazer outras coisas
acaba não sobrando e, por consequência a gente faz menos.
“De 2011 pra cá o crescimento brasileiro vem decepcionando”
de empresas de destaque, congressos, feiras de negócios, e universidades como Harvard e Columbia.
Ricardo Amorim, que preside a
Ricadorm Consultoria, prestadora
de serviços na área de negócios e
economia global, concedeu entrevista exclusiva ao Jornal Diário do
Nordeste, e fala sobre cenário econômico do país, mercado imobiliário e sobre as suas expectativas em
relação ao evento de abertura do
Brasil em Debate, em Fortaleza.
Jornal da Construção
Qual sua expectativa em relação
ao evento “Brasil em Debate”,
que ocorreu no dia 5 de junho
em Fortaleza, promovido pela
Coopercon-CE em parceria com
o Sinduscon-CE?
Ricardo Amorim
O nome “Brasil em Debate” já
diz muito por si só. Nossa intenção é discutir e tentar encontrar
soluções para alguns dos muitos
problemas que o país tem nesse
momento e que isso pode ajudar
a fazer com que o país cresça um
pouco mais, gere mais riquezas, e
se desenvolva mais. Essa é a minha
expectativa em relação ao evento.
Jornal da Construção
Você poderia citar alguns dos
principais problemas que o país
enfrenta nesse momento?
Ricardo Amorim
Acho que a síntese dos problemas
está no fato de que de 2011 pra cá, o
crescimento brasileiro vem decepcionando todos os anos. A média
de crescimento do PIB tem ficado
em cerca de 2%, esse ano não será
muito diferente disso, nem no que
vem. Parte disso vem acontecendo porque nós temos muitos problemas. Para citar dois ou três, eu
diria que o primeiro deles é que
nós temos um nível de impostos
desproporcional à qualidade de
serviços públicos que o Brasil recebe. A gente paga impostos de um
país rico e recebe serviços públicos
de um país pobre. Essa é a primeira
coisa que precisa ser resolvida.
A segunda é que nós temos um
ambiente de negócios muito desfavorável e complicado, por várias
razões, mas eu diria que a mais grave é a burocracia. Para se conseguir
fazer a mesma coisa aqui no Brasil
a gente gasta muito mais tempo e
dinheiro do que para fazer em ou-
E o terceiro, que eu acho que passa
por todos eles é que na história do
planeta não tem nenhum país que
tenha se tornado desenvolvido sem
fazer um belíssimo trabalho em
educação. Em outras palavras, sem
usar o recurso mais valioso que
todo país tem, que são as pessoas.
E o Brasil não faz um bom trabalho
nessa área, muito pelo contrário, se
você for pegar as comparações internacionais que medem a qualidade do ensino no Brasil, o Brasil está
bem mais perto dos piores do que
dos melhores. Eu diria que este é o
terceiro desafio-chave.
Jornal da Construção
A Coopercon e o Sinduscon, que
realizam o evento “Brasil em Debate”, defendem que a construção
civil não é devidamente valorizada, considerando que é um dos
principais vetores do crescimento
econômico do país, responsável
por grande parte dos empregos
formais. Como você analisa este
cenário e a importância do setor
para o desenvolvimento do país?
Ricardo Amorim
Primeiro eu concordo que de fato
o setor não está sendo valorizado.
Mas para entendermos o porquê
disto, nós precisamos ter uma visão histórica do desenvolvimento
do Brasil e do setor da construção.
O que aconteceu em um período
muito longo, de 1980 a 2003, foi
que o setor da construção no Brasil praticamente não cresceu, ficou
semi-estagnado. E isso ocorreu
por uma razão, que é o fato de que
5
Entrevista
o Brasil era muito instável, a taxa
de juros era muito alta e a consequência é que não havia crédito.
O setor imobiliário é um setor que
não consegue se desenvolver sem
crédito, já que são poucas as pessoas que conseguem comprar um
imóvel de valor alto, sem crédito.
Então o que aconteceu, foi uma limitação cada vez maior no setor.
De 2004 para cá é que o setor vem
gradualmente voltando a adquirir
um espaço e um peso que lhe cabe
na economia. Para um padrão histórico de desenvolvimento no país,
é um período muito curto. Então,
acredito que isto seja o que explica
o fato de que o setor não é visto com
o peso que ele tem de economia, é
que até recentemente o peso dele
era bem menor, só que eu acho que
o fator fundamental é olhar para
frente. Na minha opinião, é muito
mais provável que o setor continue
ganhando peso porque esse movimento de expansão de crédito veio
para ficar no Brasil. E enquanto ele
continuar o setor vai continuar a
crescer mais que o resto da economia e portanto a ganhar importância na economia brasileira.
Jornal da Construção
Especula-se muito sobre a possibilidade de uma bolha imobiliária no Brasil nos próximos anos?
Você acredita que de fato esta
bolha exista? Se não, quando
ela deverá ser uma preocupação
para o setor?
Ricardo Amorim
Eu acho que o ponto fundamental
é que as pessoas tendem a discutir
a questão da bolha sob o seguinte
aspecto: existe uma bolha, não existe uma bolha. Eu acho que o ponto
mais relevante para quem tem que
tomar uma decisão ligada a investir
no mercado imobiliário ou não é: se
é que existe uma bolha, ela está relativamente próxima de estourar ou
não? Digo isso porque, mesmo que
haja uma bolha imobiliária no Bra6
sil hoje, se ela for estourar daqui a
dez, quinze, ou mesmo sete ou oito
anos, a melhor decisão pra quem
pretende comprar um imóvel hoje é
não adiar a decisão, e sim comprar.
Pelo seguinte: até que esta bolha estoure, o que vamos ter é mais alta de
preços. Mesmo que os preços caiam
no futuro, digamos que daqui a
sete anos, não cairão ao ponto de
ficarem mais em conta do que estão atualmente. Portanto é melhor
“Estou bastante convencido de que não existe
bolha prestes a estourar”.
Ricardo Amorim
Economista
comprar hoje do que esperar sete
anos e ainda assim pagar mais caro.
E aí vem o ponto que eu reforço,
foi exatamente o que aconteceu
nos últimos sete anos. Tem gente
falando de bolha no Brasil desde
2007, só que de lá pra cá, os preços, dependendo do imóvel, subiram entre 150 e mil por cento,
aliás mais de mil por cento em alguns casos. Então mesmo que eles
caíssem agora, eles não iam chegar
num nível que eles estavam sete
anos atrás. Aí vem o ponto fundamental: estou bastante convencido
que não existe bolha prestes a estourar. Tem uma série de estudos
e análises que dizem que não temos uma bolha prestes a estourar
nem neste ano, nem no próximo e
talvez nem no seguinte. Agora, se
a gente vai ter uma bolha que vai
estourar mais pra frente no Brasil,
eu não sei dizer, eu não consigo
dizer nem que não nem que sim,
mas consigo dizer com um grau
de convicção grau é que nem tão
cedo vá estourar.
Jornal da Construção
Dados do Banco Mundial dão
conta de que o Brasil tem diminuído sua distância em relação
aos países mais ricos. Em 2005, o
PIB brasileiro representava 12%
do PIB dos EUA. Em 2011, esse
percentual passou para 18%. Outro ponto: o país está no rol das
seis maiores economias emergentes (China, Índia, Rússia, Brasil,
Indonésia e México). Quanto a estes dados, você diria que a posição
do país apenas parece favorável,
ou de fato ele tem se posicionado
bem no cenário mundial?
Ricardo Amorim
Quando a gente fala que o Brasil
tem diminuído a distância entre os
países desenvolvidos, isto é verdade, mas primordialmente, a gente
tem diminuído a distância porque
eles têm ido muito mal, e não porque a gente tenha ido muito bem.
Por outro lado, a nossa distância
dos países emergentes está aumentando, e não diminuindo. Então,
o grande fator que faz com o que
Brasil hoje esteja se aproximando
dos mais ricos é que todos os emergentes estão se aproximando dos
mais ricos e o Brasil não está entre
os que estão se aproximando de
forma mais rápida, pelo contrário,
está entre os que estão se aproximando de forma mais lenta.
A minha impressão pessoal é que
este ano e o ano que vem não vão
ser muito favoráveis. A gente vai ter
um crescimento muito baixo, porque têm vários ajustes que preci-
sam ser feitos agora que significam
um país crescendo menos, mas um
ponto fundamental é que o Brasil
tem um potencial sensacional. Se o
Brasil for capaz de arrumar a casa,
ele pode ter um desenvolvimento muito acelerado, olhando para
um período mais longo, de uns dez
anos. Só que para isso tem que fazer
uma série de mudanças, por exemplo focando naqueles três fatores
que apontamos anteriormente.
Jornal da Construção
A Ricam Consultoria, empresa
presidida por você, tem como missão assessorar clientes e antever
tendências globais e brasileiras na
área de negócios e economia global. Antever tendências não significa acertar sempre. Como a empresa trabalha para minimizar os
erros e acertar mais nas previsões?
Ricardo Amorim
Tem vários aspectos que são importantes neste processo. O primeiro é exatamente reconhecer
isto. O físico norueguês Niels Bohr
fala sobre isso, ele diz que previsões
são muito difíceis, principalmente a respeito do futuro. E ele tem
razão, não é fácil prever. Então, o
primeiro fator é entender que a
gente pode errar. O segundo fator
é sempre analisar as previsões que
foram feitas antes e ver, depois que
passou o tempo, quais se provaram
certas e quais se provaram erradas.
Sobre as que se provaram erradas,
precisamos entender onde a gente errou. Não quer dizer que você
não possa errar de novo, quer dizer apenas que se você for errar vai
errar por uma razão diferente, não
pela mesma razão.
O que a gente tem conseguido ao
longo de mais de vinte anos é acertar mais do que errar e segundo
acertar bem mais do que errar nas
questões mais fundamentais. É
isso que tem construído o sucesso
da Ricam Consultoria.
Área Jurídica
Burocracia impacta no
desenvolvimento do setor
No Brasil, o excesso de burocracia para a construção e aquisição
da casa própria aumenta de 12% a
18% o valor final do imóvel para o
proprietário. Isso equivale a R$ 18
bilhões por ano, considerando-se
os financiamentos com recursos
do Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço (FGTS) e da caderneta de poupança, com base na média de unidades novas entregues
anualmente. Além disso, a burocracia aumenta o prazo de entrega
da casa própria, consumindo cerca de dois anos dos cinco que um
imóvel financiado pode levar para
sair do papel.
A informação faz parte do estudo
“O custo da Burocracia no Imóvel”, realizado pela Booz&CO, por
iniciativa da Câmara Brasileira da
Indústria da Construção (CBIC),
da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc)
e do Movimento Brasil Competitivo (MBC), com o objetivo de
contribuir para tornar o setor da
construção mais ágil, transparente
e moderno, facilitando a aquisição
de imóveis no Brasil.
O estudo contou com um levantamento de mais de cinquenta
empresas de diferentes perfis e estados brasileiros, com o intuito de
entender e analisar os gargalos que
afetam o andamento dos empreendimentos imobiliários no Brasil.
Dentre os principais problemas
constatados pelo estudo, estão o
atraso na aprovação dos projetos
pelas prefeituras, a falta de padronização dos cartórios e de clareza
nas avaliações de licença ambiental
e as mudanças na legislação que
atingem obras já iniciadas, como
alteração nos planos diretores e de
zoneamento, por exemplo.
Gargalos aumentam em até 12% o valor final do imóvel
Burocracia é um dos entraves para o desenvolvimento da indústria da construção
“A burocracia tem dificultado o
desenvolvimento do setor produtivo em nosso país. À frente do
Sinduscon-CE, trabalhamos no
sentido de estabelecer parcerias
com os diversos órgãos que estão
diretamente ligados ao nosso setor, para que juntos possamos estabelecer estratégias que possibilitem a redução desse impacto na
cadeia da construção civil no Ceará”, destaca o presidente do Sinduscon-Ce, André Montenegro.
Nesse sentido, a Prefeitura de Fortaleza tem buscado estratégias para
agilizar os processos na Secretaria
Municipal de Urbanismo e Meio
Ambiente (Seuma). “Sabemos
que hoje o custo da burocracia na
construção civil é elevado, 12% do
preço do imóvel. Nesta perspectiva, a Seuma trabalha no sentido
de agilizar a análise de processos
para alvarás de construção e licenças ambientais. Ressalte-se que
isto não representa falta de rigor
técnico. Atualmente, um processo
de alvará de construção, quando
a documentação e o projeto estão
de acordo com a legislação, é concluído em 90 dias. Um processo de
licença prévia, se estiver conforme
a legislação, é concluído em 30
dias. A licença de instalação, em 45
dias”, destaca a secretária titular da
pasta, Águeda Muniz.
das pelo setor da construção civil para a redução desses custos,
como a melhoria nas práticas
para análise e aprovação dos projetos imobiliários, padronização
e revisão das legislações municipais, estaduais e federais e maior
informatização dos processos.
Ela acrescenta que “o próximo
desafio é fazer com que estes serviços sejam solicitados e acompanhados online. Além disso,
ainda neste ano, estão previstas para serem encaminhadas à
Câmara Municipal minutas de
projetos de lei referentes à regularização de obra construída,
licenciamento ambiental e alvará
de construção simplificado.”
No site da SEUMA, é disponibilizado um checklist de documentos, manuais, fluxos e
prazos para cada serviço prestado. Acesse nos links:
Algumas dessas iniciativas fazem
parte das propostas apresenta-
http://www.fortaleza.ce.gov.br/
seuma/licenca-de-instalacao
Saiba mais
http://www.fortaleza.ce.gov.br/
seuma/alvara-de-construcao
http://www.fortaleza.ce.gov.
br/seuma/licenca-previa
7
Crédito Imobiliário
Portabilidade de crédito
O presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis
(Creci) – 15ª Região/CE, Apollo
Scherer, acredita que “apesar de
vir num momento em que se fala
muito em bolha imobiliária e que
a bolha imobiliária, acontecida nos
EUA, esteve de certa forma ligada
à portabilidade dos financiamentos, nós acreditamos que a portabilidade do crédito é muito bom
para o mercado imobiliário, dando aos clientes finais a liberdade de
escolha do crédito mais barato.”
Processo foi iniciado em maio
Consumidor terá mais facilidade para negociar juros com os bancos
Na primeira segunda-feira de
maio, começou a vigorar em todo
o país a portabilidade eletrônica
de crédito. Quem tem um imóvel
financiado, inclusive com recursos
do Fundo de Garantia por Tempo
de Serviço (FGTS), já pode sair de
banco em banco para buscar diminuir as taxas do empréstimo e,
assim, economizar muitos reais.
Segundo o Banco Central do Brasil, a portabilidade de crédito permite que qualquer cliente de instituição financeira possa transferir,
sem burocracia e custos adicionais,
sua dívida para outra instituição. A
medida tem o intuito de estimular a
concorrência no setor e permite que
os clientes tenham acesso a melhores taxas e condições de pagamento.
Para o chefe do Departamento de
Regulação do Sistema Financeira do
Banco Central, Sergio Odilon dos
Anjos, a mudança facilita a vida dos
clientes e aumenta a competição entre os bancos. “O que o processo de
portabilidade pretende é aumentar
a concorrência entre os bancos, au8
mentar a transparência e fazer com
que o cliente possa escolher o banco
que melhor lhe atenda”, acrescenta.
Na opinião do vice-presidente da
Área Imobiliária, José Carlos Gama,
a expectativa é de que “a portabilidade deva ocorrer em maior volume nas operações do SBPE (recursos da caderneta de poupança)
onde a diferença dos juros cobrados
pelos agentes financeiros em contratos assinados no passado (cerca
de 5 a 10 anos atrás) e atualmente
“O que o processo de portabilidade pretende é aumentar a concorrência entre os bancos aumentar a
transparência e fazer com
que o cliente possa escolher o banco que melhor
lhe atenda”.
Sergio Odilon dos Anjos
Chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeira
do Banco Central
praticado é maior, em função da
redução da inflação do período. Já
no caso do FGTS, esta diferença de
juros não é tão significativa, de forma que dificulta o agente financeiro
a promover referida portabilidade”.
Ele acredita também que o grande
beneficiado é o cliente. “Para o setor
a portabilidade não trará nenhuma
mudança, pois o imóvel continua
financiado para o mesmo comprador, mudando apenas o agente financeiro. Já o cliente, este sim será
beneficiado, pois apesar de não ser
permitido ele aumentar o saldo
devedor, nem ampliar o prazo de
pagamento, nem mudar o sistema
de amortização da operação, ele
se beneficiará da redução do valor
da prestação paga mensalmente
em função da queda sensível dos
juros do contrato. O mutuário deverá apenas ficar atento aos outros
itens que compõem a prestação tais
como seguros e taxa de administração do contrato, para que estes
permaneçam os mesmos e não sofram alteração para mais na troca
do agente financeiro”, acrescenta.
Segundo nota divulgada pela Caixa
Econômica, o banco está preparado para atender a Resolução 4.292
do Conselho Monetário Nacional
(CMN) e a Resolução 740 do Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS),
que trata do rito processual e legal da portabilidade e que entraram em vigor nesta segunda-feira
(5 de maio). “A CAIXA mantém
como missão no crédito imobiliário, originar novos créditos e assim
contribuir para a redução do déficit habitacional, bem como para a
geração de renda e emprego. Uma
das premissas da portabilidade é
ampliar a competição no mercado
e provocar a redução das taxas de
juros em benefício dos tomadores
de empréstimo. A CAIXA ressalta
que se antecipou a esse movimento e já oferece as melhores taxas de
mercado”, esclarece a Nota.
A portabilidade eletrônica assegura maior agilidade, segurança e
confiabilidade à portabilidade de
crédito. Para iniciar o processo,
o cliente precisa apenas negociar
com outro banco a concessão de
um crédito para liquidação da dívida e identificar o banco credor e
a operação original, dispensando
qualquer providência adicional.
As condições da nova operação
devem ser negociadas entre o
próprio cliente e a instituição que
concederá o novo crédito.
Incorporações
Programa Incorporar
Ele destaca ainda que, por meio
do programa, serão lançadas
duas cartilhas, uma voltada para
a sociedade e outra para o construtor/incorporador. Os documentos trarão mais informações
sobre o Programa e o processo
de incorporação, a exemplo dos
tópicos: principais dúvidas, porque se registrar e as vantagens de
se registrar.
O Programa é uma iniciativa do
Sinduscon-CE e tem o intuito de
estimular boas práticas no setor
da construção civil e dar maior
Campanha publicitária alerta consumidores a pedirem o registro de incorporação
Para incentivar a participação dos
associados, o Programa Incorporar vai também disponibilizar o
Registro de
Então não compre imóvel
na planta sem registro
de incorporação.
ra
rpo
Inco
Marca
construtora
Outdoor de divulgação do Programa nos canteiros.
Dentre as ações desenvolvidas,
disponibilizadas aos associados,
desde a primeira fase, estão pontos de apoio nos cartórios, pois
foram formadas comissões de diretores do sindicato, para criar um
canal junto a cada regional, dando
maior celeridade aos processos.
selo “Juridicamente Perfeito”, a todas as obras cujos Registros de Incorporações sejam enviados para
o e-mail: [email protected]. No entanto, somente
após a confirmação do recebimento, é que o Sindicato publicará o nome do empreendimento e
da construtora no site do programa (www.sinduscon-ce.org.br/ri)
para consulta da população, além
de disponibilizar o selo para placa
de obra.
Este empreendimento é
Você compra carro
sem documento?
0000
esclarece o presidente do Sinduscon-CE, André Montenegro.
agilidade, transparência e visibilidade às incorporações. “Estamos orientando sobre a obrigatoriedade do cumprimento
da lei 4.591/64. O registro das
incorporações no Cartório de
Registro de Imóveis dá mais segurança ao construtor e ao consumidor. O consumidor precisa
estar ciente da importância de
consultar este registro e nesta
segunda fase estaremos fazendo
isso: orientando nossos clientes,”
de
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ona
“Serão trabalhadas peças em mídias sociais, jornais impressos e
outdoors espalhados pela cidade.
Além disso, vamos utilizar nossos próprios canteiros para publicizar, por meio de outdoors, as
ações do programa e a importância da incorporação”, esclarece o
diretor de Planejamento do Sinduscon-CE, Gama Filho.
Programa inicia segunda fase com o intuito de esclarecer a sociedade
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Em sua segunda fase, o Programa
Incorporar iniciará com as ações
de divulgação para o público externo, esclarecendo a sociedade
em geral sobre importância do
registro das incorporações no
Cartório de Registro de Imóveis
e incentivando os consumidores
a verificar o Registro, antes de adquirir um imóvel na planta.
Matrícula XXXXX –
Consulte:
www.sinduscon-ce.org.br/ri
Obra Cosmopolitan da Dias de Sousa, primeira a aderir a placa de obra do Programa Incorporar.
9
Sustentabilidade
O Futuro da Minha Cidade
Projeto busca sensibilizar a sociedade para a construção de
estratégias sustentáveis para o desenvolvimento das cidades
no meio ambiente, dentre outros
assuntos”, esclarece o presidente do
Sinduscon-CE, André Montenegro.
Durante o evento de São Gonçalo do Amarante, estarão presentes
Silvio Barros – ex-prefeito de Maringá, consultor e coordenador do
Programa pela CIBC, e a jornalista
Natalia Garcia, criadora do projeto
“Cidade para Pessoas”, que apresentou ideias criativas e sustentáveis
que estão revolucionando a vida
urbana em vários pontos do Planeta, com o objetivo de promover um
ambiente de debates da sociedade
civil. Também participarão do Projeto as cidades de em Joinville (SC),
Goiânia (GO), Caxias do Sul (RS) e
Porto Velho (RO).
A construção de cidades sustentáveis é um desafio de todos e não apenas dos gestores públicos
Na medida em que as cidades vão
crescendo em tamanho e população, aumenta também a dificuldade
de se manter o equilíbrio espacial,
social e ambiental. Nesse sentido, o
Projeto O Futuro da Minha Cidade
chega a São Gonçalo do Amarante,
com o objetivo de mobilizar a sociedade local para ser protagonista do seu futuro, criando soluções
para a sustentabilidade urbana.
Afinal, a sustentabilidade é a grande tendência do século XXI, em
virtude da ampliação da consciência de que não é possível permanecer nos moldes atuais, é preciso
construir estratégias para que o
desenvolvimento contemple ações
que considerem a importância do
respeito à natureza.
Dessa forma, o programa “O Futuro da Minha Cidade”, promovido pela a Câmara Brasileira da
Indústria da Construção (CBIC),
em parceria com o Sinduscon-CE,
foi desenvolvido a partir de experiências bem sucedidas de algumas
localidades, que se tornaram refe10
rências na prática da gestão urbana. O projeto propõe estruturar
um modelo de plano de trabalho
para orientar gestores públicos e a
sociedade local para a implantação
de programas de planejamento e
desenvolvimento sustentável que
sejam permanentemente ativos.
A assessora técnica da Comissão
de Meio Ambiente da CBIC Raquel Ribeiro, explica que o programa busca a formação de um
conselho, formado pela sociedade
civil organizada, que desenvolva
Cartilha Greenbuilding, lançada
em 2013 pelo Sinduscon-CE
um planejamento de longo prazo, para que este seja proposto
aos novos gestores, possibilitando que os projetos não percam a
continuidade com a mudança dos
governantes. “Em São Gonçalo do
Amarante realizaremos o terceiro
evento de sensibilização do Projeto e convidaremos as lideranças
para participarem dessa atividade
e se unirem para planejar a cidade
nos próximos 20 anos,” destaca.
O projeto considera que a construção de cidades mais sustentáveis
é um desafio de todos, incluindo
setores produtivos e sociedade civil. “A sustentabilidade é um tema
importante e tem sido pauta de diversos eventos do setor. Já estamos
incentivando este conceito no Ceará
e, em 2013, lançamos uma cartilha
sobre os greenbuilding ou edifícios
verdes, que são edificações que possuem aspectos ligados à sustentabilidade, com alto desempenho ambiental e energético. O documento
aborda os conceitos de sustentabilidades, certificações e dicas de como
diminuir o impacto da edificação
O Futuro da Minha Cidade oferece aos gestores públicos uma
agenda completa de sustentabilidade urbana, um conjunto de indicadores associados a esta agenda
e um banco de práticas com casos
exemplares nacionais e internacionais como referências a serem
perseguidas pelos municípios.
“A sustentabilidade é um
tema importante e tem
sido pauta de diversos
eventos do setor. Já estamos incentivando este
conceito no Ceará e, em
2013, lançamos uma cartilha sobre os greenbuilding ou edifícios verdes,
que são edificações que
possuem aspectos ligados à sustentabilidade,
com alto desempenho
ambiental e energético”.
André Montenegro de Holanda
Presidente do Sinduscon-CE
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pode melhorar. É saber que tudo tem hora. E que agora, aos olhos do mundo, o Brasil
precisa muito de nós. E não podemos falhar.
Vamos juntos brasil.
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Edição 2 - Sinduscon-CE