Jornal da Construção Uma publicação Ano 1 | Junho - 2014 | Edição 2 A desmistificação da bolha imobiliária O futuro do setor da construção civil do Ceará foi discutido no Fórum, que desmistificou a “bolha” imobiliária e a aquisição de imóveis após o maior evento mundial esportivo. O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (SindusconCE) e a Cooperativa da Construção Civil do Ceará (Coopercon-CE) realizaram, no dia 05 de maio, no Lulla’s Plazzá Buffet, o fórum na- cional “Brasil em Debate”. Este foi o primeiro fórum de ideias e discursões sobre os rumos da política e suas consequências na economia, as perspectivas macroeconômicas e o reposicionamento do setor da construção civil como promotor de desenvolvimento econômico e social do país, já que o setor da construção representa, hoje, a maior unidade empregadora e abrange 22% do Produto Interno Bruto -PIB. O Brasil em Debate é um fórum que busca discutir ideias para aumentar a A primeira edição do Fórum Nacional Brasil em Debate contou com mais de 300 participantes produtividade da construção civil no país, como, por exemplo, a reforma tributária e trabalhista para o setor, reforçar a imagem do setor como legítimo gerador intensivo de emprego, de renda e de impostos e, fomentador da capacidade profissional e do desenvolvimento social, entre outros. A programação vai até dezembro de 2014, com possibilidade de se tornar um evento periódico nos próximos anos. Na programação, já estão confirmados outros grandes nomes, para enriquecer o debate como, Eduardo Campos, economista, presidente do PSB e pré-candidato à Presidência do Brasil; Henrique Meireles, ex-presidente do Banco Central, executivo do setor financeiro brasileiro e internacional; e Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente do Brasil, sociólogo, cientista político e escritor. Entrevista Estudo Crédito Sustentabilidade Em entrevista, Ricardo Amorim descarta bolha imobiliária O custo da burocracia na construção civil brasileira Portabilidade do crédito, com recursos do FGTS Projeto “Futuro da Minha Cidade” planeja São Gonçalo para próximos 20 anos Pág. 5 Pág. 7 Pág. 8 Pág. 11 Editorial O setor em pauta O Sinduscon-CE e a CooperconCE se uniram para promover o Fórum Brasil em Debate. O primeiro evento, com a presença do economista Ricardo Amorim, teve como foco uma análise do mercado imobiliário atual, apontando as vantagens do investimento em imóveis e desmistificando a existência de uma bolha imobiliária na economia brasileira. Esta foi a primeira de uma séria de palestras que estaremos promovendo para oportunizar momentos de debate sobre a construção civil e as estratégias que podem ser implantadas para o desenvolvimento do nosso setor. Nesta edição, trazemos também temas relevantes, como o custo da burocracia no Brasil, que pode aumentar de 12% a 18% o valor final do imóvel para o proprietário. Abordamos a portabilidade eletrônica de crédito que facilita a vida dos consumidores e aumenta a competição entre os bancos. Divulgamos ainda o Projeto O Futuro da Minha Cidade a ser lançado na cidade de São Gonçalo do Amarante. Você vai conhecer também mais detalhes do Programa Incorporar, que incentiva o associado a dar melhor qualidade e transparência à suas incorporações. Estamos atentos às questões importantes para os construtores e contamos com a participação de todos os associados para o envio de sugestões e a construção de estratégias que solucionem os gargalos e possibilitem nosso crescimento. André Montenegro de Holanda Presidente do Sinduscon-CE 2 Últimas Obra Segura oferece diagnóstico gratuito Dando continuidade às ações de 2014, o Programa Obra Segura atendeu, somente em maio, mais de vinte canteiros de obra, realizando o diagnóstico da real situação da Saúde e Segurança do Trabalho (SST). A ação é desenvolvida sem custo para as construtoras associadas e interessadas neste trabalho. Lançado em 2012, o Programa Obra Segura vem desenvolvendo atividades com o intuito de tornar a segurança um assunto recorrente na pauta do setor e, para tanto, além do diagnóstico, já realizou um ciclo de palestras sobre Segurança e Saúde no Trabalho, quando abordou temas como dermatoses ocupacionais no trabalho e higiene corporal e ambiental; prevenção de acidentes de trabalho; prevenção de trabalho em alturas e contra quedas; e alcoolismo e outras drogas. Para participar do programa, as construtoras associadas interessadas podem preencher o formulário de intenção no site do Sinduscon (www.sinduscon-ce. org.br) ou entrar em contato com Patrícia Monte através do telefone 3246.1477 ou enviar e-mail [email protected], com o nome da empresa, o endereço do canteiro, o nome e o contato da pessoa responsável. Uniconstruir traz novos cursos Para os dois últimos meses do primeiro semestre, a Uniconstruir está com um calendário diversificado, com vistas a atender as necessidades do setor e oportunizar uma formação direcionada àqueles que querem aprofundar ou atualizar os seus conhecimentos na área da construção civil. Na pauta da universidade corporativa, em junho, o calendário traz formações em Tecnólogo de Concreto, eSocial, Planejamento de Obras de Engenharia, Comunicação Condominial e a palestra sobre “Regularização de Obras para Efeitos Previdenciários”. Para julho, estão previstos os cursos de Aspectos Técnicos e Legais do Projeto de Prevenção contra Incêndio e Pânico, Logística na Construção Civil e Planejamento de Canteiro de Obras. Lançada em março de 2010, a Uniconstruir tem investido na melhoria constante do profissional da área, promovendo capacitações e palestras, em consonância com os interesses do setor. Para saber mais informações sobre os cursos você pode acessar o site do Sinduscon-Ce ou encaminhar um e-mail para [email protected]. Programa Qualidade de Vida na Construção 2014 Com o tema “A Vida não é brincadeira - Não use drogas!” o Programa Qualidade de Vida na Construção (PQVC) iniciou o calendário de 2014. Mais de 30 ações beneficiaram colaboradores das empresas, que têm acesso a atividades como Cine na Obra, Vivências e Circuito Saúde. Uma das inovações deste ano é o “Teatro no Canteiro: Você é Quem Decide”. Um esquete teatral busca despertar o pensamento crítico do trabalhador sobre o problema gerado pelo uso de drogas no âmbito da família, do trabalho e da sociedade. A encenação se desenvolve de forma interativa com os trabalhadores, que opinam sobre o desfecho da história. Criado em 2002, o PQVC leva ações de saúde, segurança, educação, capacitação, cultura e Expediente Este informativo é uma publicação mensal do Sindicato das Construtoras - www.sinduscon-ce.org.br Concepção editorial VSM Comunicação - www.vsmcomunicacao.com.br Direção Marcos A. Borges - Editora: Sandra Nunes - Redação: Carol Saraiva, Daniel Rios e Ana Clara Braga Concepção visual Gadioli Cipolla Comunicação - www.gadioli.com Direção de criação Cassiano G. Cipolla - Direção de arte e diagramação: Samuel Harami Fotografias Zé Rosa Filho Tiragem 4.000 - Impressão Expressão Gráfica lazer aos trabalhadores. Busca valorizar os operários, desenvolvendo sua autoestima com ações voltadas para melhoria da qualidade de vida. Com 13 anos, já foram beneficiados cerca de 100 mil operários. Para participar do Programa as construtoras associadas podem entrar em contato por telefone 3246.1477 ou enviar e-mail para [email protected]. Área Imobiliária Comprar ou não imóvel antes da copa Com a chegada dos grandes eventos no Brasil, muitas pessoas ficam na dúvida entre comprar um imóvel antes ou depois da copa. Esse assunto foi discutido no Fórum Nacional “Brasil em Debate” que teve como palestrante principal, o economista e comentarista do programa Manhattan Connection, da Globo News, Ricardo Amorim, que apresentou um estudo onde revela que Fortaleza é a cidade que apresenta o m² mais barato se comparado com outras cidades do país. Ricardo Amorim foi enfático ao falar que, para os que ainda não compraram um imóvel aguardando que o preço caia depois da copa, a hora de comprar é agora. “A cada lança- “A cada lançamento de imóvel o preço é reajustado e os imóveis ficam cada vez mais valorizados. Se todos deixarem para comprar um imóvel depois da copa, acreditando que o preço vai diminuir, o efeito será o contrário”. Ricardo Amorim Economista O economista Ricardo Amorim, no Fórum Nacional “Brasil em Debate” esclareceu que o evento não impede a aquisição de imóveis. Mercado Imobiliário cearense apresenta estabilidade mento de imóvel o preço é reajustado e os imóveis ficam cada vez mais valorizados. Se todos deixarem para comprar um imóvel depois da copa, acreditando que o preço vai diminuir, o efeito será o contrário. Isso é a lei da oferta e procura, nesse caso, a procura vai aumentar e, ao invés de diminuir os preços podem subir”, explica o especialista. Se a espera pela compra está relacionada à possível bolha imobiliária, o consumidor também pode ficar tranquilo. Para o economista, “ao contrário do que muita gente estava pensando a bolha imobiliária está longe de estourar”. O Brasil, segundo ele, possui apenas 8% do Produto Interno Bruto (PIB), em créditos imobiliários, o que é pouco, diante do cenário econômico atual, com bom nível de emprego e melhorias salariais. Já países que sofreram com a “bolha”, como os Estados Unidos e o Japão, tiveram 50% do seu PIB comprometidos. Complementando a discussão do tema, Ricardo Amorim reforçou que não haverá “bolha” nenhuma estourando depois da Copa do Mundo e, que esses estudos e análises não possuem embasamento nenhum. “Muita gente vem postergando a decisão de comprar imóvel aguardando a baixa dos preços e isso é errado. Pois mesmo que o valor do imóvel caia, nunca vai igualar ao preço do primeiro semestre, sempre haverá uma pequena diferença, por isso a hora de comprar é agora!”, explicou Amorim. 3 Área Imobiliária Redução dos custos com burocracia Burocracia nos processos de aprovação dos projetos, lentidão cartorária e inseguranças jurídicas foram alguns dos pontos tratados durante o primeiro Fórum Brasil em Debate, problemas que afetam de forma geral os empresários do país, a exemplo do setor da construção civil. O evento, promovido pela Coopercon-CE e pelo Sinduscon-CE, reuniu centenas de empresários e profissionais de diferentes áreas, todos com o mesmo objetivo: de promover um debate para impulsionar o crescimento do país. De acordo com Marcos Novaes, presidente da Coopercon-CE, a importância em promover um evento que vai muito além da fronteira da construção civil, pois coloca o setor no eixo do debate nacional no que se refere ao desenvolvimento do Brasil. “Já que este setor está inserido diretamente na linha dos pleitos da população que cobra habitação, hospitais e escolas, somos um segmento que participa ativamente do desenvolvimento econômico e social do país, por isso precisamos de soluções definitivas”, afirmou. Novaes destacou que essas soluções passam pela revisão, integração e padronização da legislação, que promove um ambiente de negócio mais estável para o setor imobiliário, baseado em regras claras e processos re- gulatórios extremamente transparentes. Segundo ele, “a indústria da construção civil tem que encontrar na sociedade o apoio e, no governo, o estímulo necessário para continuar fazendo engenharia, porque quem faz o país avançar não pode ficar distante das grandes discussões que podem mudar os rumos do país”. Para André Montenegro, presidente do Sinduscon-CE, o setor da construção merece maior atenção do poder público, pela saúde financeira de toda a nação. “O setor da construção propõe a redução dos custos burocráticos, por meio de melhorias práticas para análise e aprovação de projetos imobi- liários, padronização e revisão das legislações municipais, estaduais e federais, maior informatização nos processos e antecipação dos financiamentos aos compradores”, finaliza. Na sua fala, Montenegro destacou o custo da burocracia e os gargalos que causam de impacto nos atrasos e nos valores dos empreendimentos imobiliários do país. “Os resultados apontaram que o valor da burocracia no preço final do imóvel é de 12% a 18% do custo do imóvel. Isso representa anualmente R$ 18 Bilhões, o equivalente a 280 mil moradias do Programa Minha Casa Minha Vida do Governo Federal”, revelou. Produtividade e qualificação O presidente eleito da Federação das Indústrias do Estado do Ceará – FIEC, Beto Studart, falou sobre a responsabilidade das construtoras e incorporadoras de entender o tamanho do mercado que se opera e o perfil dos consumidores e, também descartou a ideia da “bolha” imobiliária. “Não podemos desejar que o mercado compre tudo aquilo que fabricamos e construímos, mas nós precisamos construir tudo aquilo que o mercado precisa e deseja comprar. Estamos muito distante de uma “bolha imobiliária”, já que há uma demanda reprimida de, aproximadamente, 4 120 mil unidades e as situações macroeconômicas demonstram claramente que é um momento passageiro e que podemos dissipar este risco”, explicou Studart. De acordo com o presidente eleito, o nível de emprego hoje que é de 95%, o que eleva o risco de qualificação da mão de obra já instalada. “Se você desejar 1% a mais da mão de obra que está disponível no mercado você, fatalmente, vai desaguar em um problema e acabar encontrando pessoas sem qualificação e isso compromete a produtividade”, ressaltou. Studart complementou, ainda, que o setor precisa de inovação tecnológica e industrializar mais o método construtivo, não descartando a mão de obra, mas com o intuito de melhorar a produção e a qualidade das obras. Quanto à qualificação profissional, ele destaca a atuação do SESI e do SENAI que dispõe de meios para qualificar tanto os empresários, quanto a mão de obra. “A qualificação é a chave para o bom desempenho. Precisamos preparar os executivos para que eles possam dar o melhor treinamento para a mão de obra disponível no mercado”, finalizou. “Estamos muito distante de uma “bolha imobiliária”, já que há uma demanda reprimida de, aproximadamente, 120 mil unidades e as situações macroeconômicas demonstram claramente que é um momento passageiro e que podemos dissipar este risco”. Beto Studart Presidente Eleito Entrevista Entrevista com Ricardo Amorim Ricardo Amorim há anos profere palestras sobre economia e tendências no Brasil e exterior. Atualmente é um dos debatedores do programa Manhattan Connection, da Globo News, colunista da revista IstoÉ, e palestrante em eventos e universidades como Harvard e Columbia e preside a Ricam Consultoria. Confira entrevista sobre cenário econômico do país, mercado imobiliário e o evento Brasil em Debate, em Fortaleza. Em ano de eleições, quando a decisão sobre os rumos do país estará mais uma vez nas mãos dos cidadãos, nada melhor que discutir sobre os principais temas que podem definir que direção o Brasil deverá tomar. Pensando nisso, a Cooperativa da Construção Civil do Ceará (Coopercon-CE) e o Sindicato da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE) promovem o “Brasil em Debate”, fórum de ideias que trará para Fortaleza, entre os meses de maio e dezembro, grandes nomes do cenário nacional. O primeiro evento aconteceu no dia 5 de maio, às 8 horas, no Buffet Lulla’s Plazzá, com o economista Ricardo Amorim, que há anos profere palestras sobre economia e tendências no Brasil e exterior. Amorim é um dos debatedores do programa Manhattan Connection, da Globo News, colunista da revista IstoÉ, e palestrante em eventos fechados tros lugares do mundo, e isso acaba resultando em um país menos desenvolvido, porque o tempo que sobraria para fazer outras coisas acaba não sobrando e, por consequência a gente faz menos. “De 2011 pra cá o crescimento brasileiro vem decepcionando” de empresas de destaque, congressos, feiras de negócios, e universidades como Harvard e Columbia. Ricardo Amorim, que preside a Ricadorm Consultoria, prestadora de serviços na área de negócios e economia global, concedeu entrevista exclusiva ao Jornal Diário do Nordeste, e fala sobre cenário econômico do país, mercado imobiliário e sobre as suas expectativas em relação ao evento de abertura do Brasil em Debate, em Fortaleza. Jornal da Construção Qual sua expectativa em relação ao evento “Brasil em Debate”, que ocorreu no dia 5 de junho em Fortaleza, promovido pela Coopercon-CE em parceria com o Sinduscon-CE? Ricardo Amorim O nome “Brasil em Debate” já diz muito por si só. Nossa intenção é discutir e tentar encontrar soluções para alguns dos muitos problemas que o país tem nesse momento e que isso pode ajudar a fazer com que o país cresça um pouco mais, gere mais riquezas, e se desenvolva mais. Essa é a minha expectativa em relação ao evento. Jornal da Construção Você poderia citar alguns dos principais problemas que o país enfrenta nesse momento? Ricardo Amorim Acho que a síntese dos problemas está no fato de que de 2011 pra cá, o crescimento brasileiro vem decepcionando todos os anos. A média de crescimento do PIB tem ficado em cerca de 2%, esse ano não será muito diferente disso, nem no que vem. Parte disso vem acontecendo porque nós temos muitos problemas. Para citar dois ou três, eu diria que o primeiro deles é que nós temos um nível de impostos desproporcional à qualidade de serviços públicos que o Brasil recebe. A gente paga impostos de um país rico e recebe serviços públicos de um país pobre. Essa é a primeira coisa que precisa ser resolvida. A segunda é que nós temos um ambiente de negócios muito desfavorável e complicado, por várias razões, mas eu diria que a mais grave é a burocracia. Para se conseguir fazer a mesma coisa aqui no Brasil a gente gasta muito mais tempo e dinheiro do que para fazer em ou- E o terceiro, que eu acho que passa por todos eles é que na história do planeta não tem nenhum país que tenha se tornado desenvolvido sem fazer um belíssimo trabalho em educação. Em outras palavras, sem usar o recurso mais valioso que todo país tem, que são as pessoas. E o Brasil não faz um bom trabalho nessa área, muito pelo contrário, se você for pegar as comparações internacionais que medem a qualidade do ensino no Brasil, o Brasil está bem mais perto dos piores do que dos melhores. Eu diria que este é o terceiro desafio-chave. Jornal da Construção A Coopercon e o Sinduscon, que realizam o evento “Brasil em Debate”, defendem que a construção civil não é devidamente valorizada, considerando que é um dos principais vetores do crescimento econômico do país, responsável por grande parte dos empregos formais. Como você analisa este cenário e a importância do setor para o desenvolvimento do país? Ricardo Amorim Primeiro eu concordo que de fato o setor não está sendo valorizado. Mas para entendermos o porquê disto, nós precisamos ter uma visão histórica do desenvolvimento do Brasil e do setor da construção. O que aconteceu em um período muito longo, de 1980 a 2003, foi que o setor da construção no Brasil praticamente não cresceu, ficou semi-estagnado. E isso ocorreu por uma razão, que é o fato de que 5 Entrevista o Brasil era muito instável, a taxa de juros era muito alta e a consequência é que não havia crédito. O setor imobiliário é um setor que não consegue se desenvolver sem crédito, já que são poucas as pessoas que conseguem comprar um imóvel de valor alto, sem crédito. Então o que aconteceu, foi uma limitação cada vez maior no setor. De 2004 para cá é que o setor vem gradualmente voltando a adquirir um espaço e um peso que lhe cabe na economia. Para um padrão histórico de desenvolvimento no país, é um período muito curto. Então, acredito que isto seja o que explica o fato de que o setor não é visto com o peso que ele tem de economia, é que até recentemente o peso dele era bem menor, só que eu acho que o fator fundamental é olhar para frente. Na minha opinião, é muito mais provável que o setor continue ganhando peso porque esse movimento de expansão de crédito veio para ficar no Brasil. E enquanto ele continuar o setor vai continuar a crescer mais que o resto da economia e portanto a ganhar importância na economia brasileira. Jornal da Construção Especula-se muito sobre a possibilidade de uma bolha imobiliária no Brasil nos próximos anos? Você acredita que de fato esta bolha exista? Se não, quando ela deverá ser uma preocupação para o setor? Ricardo Amorim Eu acho que o ponto fundamental é que as pessoas tendem a discutir a questão da bolha sob o seguinte aspecto: existe uma bolha, não existe uma bolha. Eu acho que o ponto mais relevante para quem tem que tomar uma decisão ligada a investir no mercado imobiliário ou não é: se é que existe uma bolha, ela está relativamente próxima de estourar ou não? Digo isso porque, mesmo que haja uma bolha imobiliária no Bra6 sil hoje, se ela for estourar daqui a dez, quinze, ou mesmo sete ou oito anos, a melhor decisão pra quem pretende comprar um imóvel hoje é não adiar a decisão, e sim comprar. Pelo seguinte: até que esta bolha estoure, o que vamos ter é mais alta de preços. Mesmo que os preços caiam no futuro, digamos que daqui a sete anos, não cairão ao ponto de ficarem mais em conta do que estão atualmente. Portanto é melhor “Estou bastante convencido de que não existe bolha prestes a estourar”. Ricardo Amorim Economista comprar hoje do que esperar sete anos e ainda assim pagar mais caro. E aí vem o ponto que eu reforço, foi exatamente o que aconteceu nos últimos sete anos. Tem gente falando de bolha no Brasil desde 2007, só que de lá pra cá, os preços, dependendo do imóvel, subiram entre 150 e mil por cento, aliás mais de mil por cento em alguns casos. Então mesmo que eles caíssem agora, eles não iam chegar num nível que eles estavam sete anos atrás. Aí vem o ponto fundamental: estou bastante convencido que não existe bolha prestes a estourar. Tem uma série de estudos e análises que dizem que não temos uma bolha prestes a estourar nem neste ano, nem no próximo e talvez nem no seguinte. Agora, se a gente vai ter uma bolha que vai estourar mais pra frente no Brasil, eu não sei dizer, eu não consigo dizer nem que não nem que sim, mas consigo dizer com um grau de convicção grau é que nem tão cedo vá estourar. Jornal da Construção Dados do Banco Mundial dão conta de que o Brasil tem diminuído sua distância em relação aos países mais ricos. Em 2005, o PIB brasileiro representava 12% do PIB dos EUA. Em 2011, esse percentual passou para 18%. Outro ponto: o país está no rol das seis maiores economias emergentes (China, Índia, Rússia, Brasil, Indonésia e México). Quanto a estes dados, você diria que a posição do país apenas parece favorável, ou de fato ele tem se posicionado bem no cenário mundial? Ricardo Amorim Quando a gente fala que o Brasil tem diminuído a distância entre os países desenvolvidos, isto é verdade, mas primordialmente, a gente tem diminuído a distância porque eles têm ido muito mal, e não porque a gente tenha ido muito bem. Por outro lado, a nossa distância dos países emergentes está aumentando, e não diminuindo. Então, o grande fator que faz com o que Brasil hoje esteja se aproximando dos mais ricos é que todos os emergentes estão se aproximando dos mais ricos e o Brasil não está entre os que estão se aproximando de forma mais rápida, pelo contrário, está entre os que estão se aproximando de forma mais lenta. A minha impressão pessoal é que este ano e o ano que vem não vão ser muito favoráveis. A gente vai ter um crescimento muito baixo, porque têm vários ajustes que preci- sam ser feitos agora que significam um país crescendo menos, mas um ponto fundamental é que o Brasil tem um potencial sensacional. Se o Brasil for capaz de arrumar a casa, ele pode ter um desenvolvimento muito acelerado, olhando para um período mais longo, de uns dez anos. Só que para isso tem que fazer uma série de mudanças, por exemplo focando naqueles três fatores que apontamos anteriormente. Jornal da Construção A Ricam Consultoria, empresa presidida por você, tem como missão assessorar clientes e antever tendências globais e brasileiras na área de negócios e economia global. Antever tendências não significa acertar sempre. Como a empresa trabalha para minimizar os erros e acertar mais nas previsões? Ricardo Amorim Tem vários aspectos que são importantes neste processo. O primeiro é exatamente reconhecer isto. O físico norueguês Niels Bohr fala sobre isso, ele diz que previsões são muito difíceis, principalmente a respeito do futuro. E ele tem razão, não é fácil prever. Então, o primeiro fator é entender que a gente pode errar. O segundo fator é sempre analisar as previsões que foram feitas antes e ver, depois que passou o tempo, quais se provaram certas e quais se provaram erradas. Sobre as que se provaram erradas, precisamos entender onde a gente errou. Não quer dizer que você não possa errar de novo, quer dizer apenas que se você for errar vai errar por uma razão diferente, não pela mesma razão. O que a gente tem conseguido ao longo de mais de vinte anos é acertar mais do que errar e segundo acertar bem mais do que errar nas questões mais fundamentais. É isso que tem construído o sucesso da Ricam Consultoria. Área Jurídica Burocracia impacta no desenvolvimento do setor No Brasil, o excesso de burocracia para a construção e aquisição da casa própria aumenta de 12% a 18% o valor final do imóvel para o proprietário. Isso equivale a R$ 18 bilhões por ano, considerando-se os financiamentos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e da caderneta de poupança, com base na média de unidades novas entregues anualmente. Além disso, a burocracia aumenta o prazo de entrega da casa própria, consumindo cerca de dois anos dos cinco que um imóvel financiado pode levar para sair do papel. A informação faz parte do estudo “O custo da Burocracia no Imóvel”, realizado pela Booz&CO, por iniciativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e do Movimento Brasil Competitivo (MBC), com o objetivo de contribuir para tornar o setor da construção mais ágil, transparente e moderno, facilitando a aquisição de imóveis no Brasil. O estudo contou com um levantamento de mais de cinquenta empresas de diferentes perfis e estados brasileiros, com o intuito de entender e analisar os gargalos que afetam o andamento dos empreendimentos imobiliários no Brasil. Dentre os principais problemas constatados pelo estudo, estão o atraso na aprovação dos projetos pelas prefeituras, a falta de padronização dos cartórios e de clareza nas avaliações de licença ambiental e as mudanças na legislação que atingem obras já iniciadas, como alteração nos planos diretores e de zoneamento, por exemplo. Gargalos aumentam em até 12% o valor final do imóvel Burocracia é um dos entraves para o desenvolvimento da indústria da construção “A burocracia tem dificultado o desenvolvimento do setor produtivo em nosso país. À frente do Sinduscon-CE, trabalhamos no sentido de estabelecer parcerias com os diversos órgãos que estão diretamente ligados ao nosso setor, para que juntos possamos estabelecer estratégias que possibilitem a redução desse impacto na cadeia da construção civil no Ceará”, destaca o presidente do Sinduscon-Ce, André Montenegro. Nesse sentido, a Prefeitura de Fortaleza tem buscado estratégias para agilizar os processos na Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma). “Sabemos que hoje o custo da burocracia na construção civil é elevado, 12% do preço do imóvel. Nesta perspectiva, a Seuma trabalha no sentido de agilizar a análise de processos para alvarás de construção e licenças ambientais. Ressalte-se que isto não representa falta de rigor técnico. Atualmente, um processo de alvará de construção, quando a documentação e o projeto estão de acordo com a legislação, é concluído em 90 dias. Um processo de licença prévia, se estiver conforme a legislação, é concluído em 30 dias. A licença de instalação, em 45 dias”, destaca a secretária titular da pasta, Águeda Muniz. das pelo setor da construção civil para a redução desses custos, como a melhoria nas práticas para análise e aprovação dos projetos imobiliários, padronização e revisão das legislações municipais, estaduais e federais e maior informatização dos processos. Ela acrescenta que “o próximo desafio é fazer com que estes serviços sejam solicitados e acompanhados online. Além disso, ainda neste ano, estão previstas para serem encaminhadas à Câmara Municipal minutas de projetos de lei referentes à regularização de obra construída, licenciamento ambiental e alvará de construção simplificado.” No site da SEUMA, é disponibilizado um checklist de documentos, manuais, fluxos e prazos para cada serviço prestado. Acesse nos links: Algumas dessas iniciativas fazem parte das propostas apresenta- http://www.fortaleza.ce.gov.br/ seuma/licenca-de-instalacao Saiba mais http://www.fortaleza.ce.gov.br/ seuma/alvara-de-construcao http://www.fortaleza.ce.gov. br/seuma/licenca-previa 7 Crédito Imobiliário Portabilidade de crédito O presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) – 15ª Região/CE, Apollo Scherer, acredita que “apesar de vir num momento em que se fala muito em bolha imobiliária e que a bolha imobiliária, acontecida nos EUA, esteve de certa forma ligada à portabilidade dos financiamentos, nós acreditamos que a portabilidade do crédito é muito bom para o mercado imobiliário, dando aos clientes finais a liberdade de escolha do crédito mais barato.” Processo foi iniciado em maio Consumidor terá mais facilidade para negociar juros com os bancos Na primeira segunda-feira de maio, começou a vigorar em todo o país a portabilidade eletrônica de crédito. Quem tem um imóvel financiado, inclusive com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), já pode sair de banco em banco para buscar diminuir as taxas do empréstimo e, assim, economizar muitos reais. Segundo o Banco Central do Brasil, a portabilidade de crédito permite que qualquer cliente de instituição financeira possa transferir, sem burocracia e custos adicionais, sua dívida para outra instituição. A medida tem o intuito de estimular a concorrência no setor e permite que os clientes tenham acesso a melhores taxas e condições de pagamento. Para o chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeira do Banco Central, Sergio Odilon dos Anjos, a mudança facilita a vida dos clientes e aumenta a competição entre os bancos. “O que o processo de portabilidade pretende é aumentar a concorrência entre os bancos, au8 mentar a transparência e fazer com que o cliente possa escolher o banco que melhor lhe atenda”, acrescenta. Na opinião do vice-presidente da Área Imobiliária, José Carlos Gama, a expectativa é de que “a portabilidade deva ocorrer em maior volume nas operações do SBPE (recursos da caderneta de poupança) onde a diferença dos juros cobrados pelos agentes financeiros em contratos assinados no passado (cerca de 5 a 10 anos atrás) e atualmente “O que o processo de portabilidade pretende é aumentar a concorrência entre os bancos aumentar a transparência e fazer com que o cliente possa escolher o banco que melhor lhe atenda”. Sergio Odilon dos Anjos Chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeira do Banco Central praticado é maior, em função da redução da inflação do período. Já no caso do FGTS, esta diferença de juros não é tão significativa, de forma que dificulta o agente financeiro a promover referida portabilidade”. Ele acredita também que o grande beneficiado é o cliente. “Para o setor a portabilidade não trará nenhuma mudança, pois o imóvel continua financiado para o mesmo comprador, mudando apenas o agente financeiro. Já o cliente, este sim será beneficiado, pois apesar de não ser permitido ele aumentar o saldo devedor, nem ampliar o prazo de pagamento, nem mudar o sistema de amortização da operação, ele se beneficiará da redução do valor da prestação paga mensalmente em função da queda sensível dos juros do contrato. O mutuário deverá apenas ficar atento aos outros itens que compõem a prestação tais como seguros e taxa de administração do contrato, para que estes permaneçam os mesmos e não sofram alteração para mais na troca do agente financeiro”, acrescenta. Segundo nota divulgada pela Caixa Econômica, o banco está preparado para atender a Resolução 4.292 do Conselho Monetário Nacional (CMN) e a Resolução 740 do Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que trata do rito processual e legal da portabilidade e que entraram em vigor nesta segunda-feira (5 de maio). “A CAIXA mantém como missão no crédito imobiliário, originar novos créditos e assim contribuir para a redução do déficit habitacional, bem como para a geração de renda e emprego. Uma das premissas da portabilidade é ampliar a competição no mercado e provocar a redução das taxas de juros em benefício dos tomadores de empréstimo. A CAIXA ressalta que se antecipou a esse movimento e já oferece as melhores taxas de mercado”, esclarece a Nota. A portabilidade eletrônica assegura maior agilidade, segurança e confiabilidade à portabilidade de crédito. Para iniciar o processo, o cliente precisa apenas negociar com outro banco a concessão de um crédito para liquidação da dívida e identificar o banco credor e a operação original, dispensando qualquer providência adicional. As condições da nova operação devem ser negociadas entre o próprio cliente e a instituição que concederá o novo crédito. Incorporações Programa Incorporar Ele destaca ainda que, por meio do programa, serão lançadas duas cartilhas, uma voltada para a sociedade e outra para o construtor/incorporador. Os documentos trarão mais informações sobre o Programa e o processo de incorporação, a exemplo dos tópicos: principais dúvidas, porque se registrar e as vantagens de se registrar. O Programa é uma iniciativa do Sinduscon-CE e tem o intuito de estimular boas práticas no setor da construção civil e dar maior Campanha publicitária alerta consumidores a pedirem o registro de incorporação Para incentivar a participação dos associados, o Programa Incorporar vai também disponibilizar o Registro de Então não compre imóvel na planta sem registro de incorporação. ra rpo Inco Marca construtora Outdoor de divulgação do Programa nos canteiros. Dentre as ações desenvolvidas, disponibilizadas aos associados, desde a primeira fase, estão pontos de apoio nos cartórios, pois foram formadas comissões de diretores do sindicato, para criar um canal junto a cada regional, dando maior celeridade aos processos. selo “Juridicamente Perfeito”, a todas as obras cujos Registros de Incorporações sejam enviados para o e-mail: [email protected]. No entanto, somente após a confirmação do recebimento, é que o Sindicato publicará o nome do empreendimento e da construtora no site do programa (www.sinduscon-ce.org.br/ri) para consulta da população, além de disponibilizar o selo para placa de obra. Este empreendimento é Você compra carro sem documento? 0000 esclarece o presidente do Sinduscon-CE, André Montenegro. agilidade, transparência e visibilidade às incorporações. “Estamos orientando sobre a obrigatoriedade do cumprimento da lei 4.591/64. O registro das incorporações no Cartório de Registro de Imóveis dá mais segurança ao construtor e ao consumidor. O consumidor precisa estar ciente da importância de consultar este registro e nesta segunda fase estaremos fazendo isso: orientando nossos clientes,” de Im óve is Xª Z ona “Serão trabalhadas peças em mídias sociais, jornais impressos e outdoors espalhados pela cidade. Além disso, vamos utilizar nossos próprios canteiros para publicizar, por meio de outdoors, as ações do programa e a importância da incorporação”, esclarece o diretor de Planejamento do Sinduscon-CE, Gama Filho. Programa inicia segunda fase com o intuito de esclarecer a sociedade çã oR .XX – tr gis Re o Em sua segunda fase, o Programa Incorporar iniciará com as ações de divulgação para o público externo, esclarecendo a sociedade em geral sobre importância do registro das incorporações no Cartório de Registro de Imóveis e incentivando os consumidores a verificar o Registro, antes de adquirir um imóvel na planta. Matrícula XXXXX – Consulte: www.sinduscon-ce.org.br/ri Obra Cosmopolitan da Dias de Sousa, primeira a aderir a placa de obra do Programa Incorporar. 9 Sustentabilidade O Futuro da Minha Cidade Projeto busca sensibilizar a sociedade para a construção de estratégias sustentáveis para o desenvolvimento das cidades no meio ambiente, dentre outros assuntos”, esclarece o presidente do Sinduscon-CE, André Montenegro. Durante o evento de São Gonçalo do Amarante, estarão presentes Silvio Barros – ex-prefeito de Maringá, consultor e coordenador do Programa pela CIBC, e a jornalista Natalia Garcia, criadora do projeto “Cidade para Pessoas”, que apresentou ideias criativas e sustentáveis que estão revolucionando a vida urbana em vários pontos do Planeta, com o objetivo de promover um ambiente de debates da sociedade civil. Também participarão do Projeto as cidades de em Joinville (SC), Goiânia (GO), Caxias do Sul (RS) e Porto Velho (RO). A construção de cidades sustentáveis é um desafio de todos e não apenas dos gestores públicos Na medida em que as cidades vão crescendo em tamanho e população, aumenta também a dificuldade de se manter o equilíbrio espacial, social e ambiental. Nesse sentido, o Projeto O Futuro da Minha Cidade chega a São Gonçalo do Amarante, com o objetivo de mobilizar a sociedade local para ser protagonista do seu futuro, criando soluções para a sustentabilidade urbana. Afinal, a sustentabilidade é a grande tendência do século XXI, em virtude da ampliação da consciência de que não é possível permanecer nos moldes atuais, é preciso construir estratégias para que o desenvolvimento contemple ações que considerem a importância do respeito à natureza. Dessa forma, o programa “O Futuro da Minha Cidade”, promovido pela a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em parceria com o Sinduscon-CE, foi desenvolvido a partir de experiências bem sucedidas de algumas localidades, que se tornaram refe10 rências na prática da gestão urbana. O projeto propõe estruturar um modelo de plano de trabalho para orientar gestores públicos e a sociedade local para a implantação de programas de planejamento e desenvolvimento sustentável que sejam permanentemente ativos. A assessora técnica da Comissão de Meio Ambiente da CBIC Raquel Ribeiro, explica que o programa busca a formação de um conselho, formado pela sociedade civil organizada, que desenvolva Cartilha Greenbuilding, lançada em 2013 pelo Sinduscon-CE um planejamento de longo prazo, para que este seja proposto aos novos gestores, possibilitando que os projetos não percam a continuidade com a mudança dos governantes. “Em São Gonçalo do Amarante realizaremos o terceiro evento de sensibilização do Projeto e convidaremos as lideranças para participarem dessa atividade e se unirem para planejar a cidade nos próximos 20 anos,” destaca. O projeto considera que a construção de cidades mais sustentáveis é um desafio de todos, incluindo setores produtivos e sociedade civil. “A sustentabilidade é um tema importante e tem sido pauta de diversos eventos do setor. Já estamos incentivando este conceito no Ceará e, em 2013, lançamos uma cartilha sobre os greenbuilding ou edifícios verdes, que são edificações que possuem aspectos ligados à sustentabilidade, com alto desempenho ambiental e energético. O documento aborda os conceitos de sustentabilidades, certificações e dicas de como diminuir o impacto da edificação O Futuro da Minha Cidade oferece aos gestores públicos uma agenda completa de sustentabilidade urbana, um conjunto de indicadores associados a esta agenda e um banco de práticas com casos exemplares nacionais e internacionais como referências a serem perseguidas pelos municípios. “A sustentabilidade é um tema importante e tem sido pauta de diversos eventos do setor. Já estamos incentivando este conceito no Ceará e, em 2013, lançamos uma cartilha sobre os greenbuilding ou edifícios verdes, que são edificações que possuem aspectos ligados à sustentabilidade, com alto desempenho ambiental e energético”. André Montenegro de Holanda Presidente do Sinduscon-CE Produtos exclusivos e desenvolvidos através de Análise de Mercado A Parceria entre a Mezzo Planejamento, a Bic Corretora de Seguros e o SINDUSCON-CE disponibiliza o Seguro de Vida em Grupo ideal para sua empresa de Construção Civil. Você e seus funcionários podem ficar tranquilos, proporcionamos uma cobertura completa na medida da sua empresa. Veja algumas vantangens: Regulação de Sinistro. Agilidade nos processos do RH. 12 diferenciais que o mercado não possui. Para mais informações entre em contato com a nossa Central de Atendimento, das 8h00 ás 18h00 pelos telefones: O maior beneficio do nosso Seguro de Vida em Grupo, é que ele foi desenvolvido especialmente para o mercado de construção civil Sabemos exatamente o que esse mercado necessita, e proporcionamos vantangens e benefícios que outros planos não oferecem. oferecem é hora de mostrar o que a gente tem de melhor. O Sinduscon-CE convida todos a vestir a camisa do patriotismo, sentir orgulho do que já conquistamos e das qualidades que só nós possuímos. Isso não é esquecer do que pode melhorar. É saber que tudo tem hora. E que agora, aos olhos do mundo, o Brasil precisa muito de nós. E não podemos falhar. Vamos juntos brasil.