__ GG A i 11995 RICARDO PHILIPPI ›-DE~LOS› SANTOS N AVALIAÇAO RADIOLOGICA TRADICIONAL (CONVENCIONAL) DO TÓRAX DO PACIENTE SUBMETIDO À CIRURGIA CARDÍACA - ANÁLISE DAS CONDUTAS REGIONAIS E REVISÃO DA LITERATURA. V ` ' Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, como do Curso de Graduação em Medicina. FLORIANÓPOLIS 1998 ~ requisito para a conclusao RICARDO PHILIPPI DE LOS SANTOS , AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA TRADICIONAL (CONVENCIONAL) DO TÓRAX DO PACIENTE SUBMETIDO À CIRURGIA CARDÍACA - ANÁLISE DAS CONDUTAS REGIONAIS E REVISÃO DA LITERATURA. Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, como requisito para a conclusão do Curso de Graduação Coordenador do Curso: Prof. Dr. Edson José Cardoso Orientador: Prof. Dr. Marcelo Haberbeck Modesto FLORIANÓPOLIS 1998 em Medicina. 5 de Los Santos Ricardo Philippi. Avaliação Radiológica Tradicional (Convencional) do tórax do paciente submetido à Cirurgia Cardíaca - Análise das Condutas regionais e revisão da literatura. 45p, Inclui figuras e Bibliografia Florianópolis, 1998. ` A " ' Trabalho apresentado à Universidade Federal de Santa Catarina, para a conclusão do Curso de Graduação 1. Radiologia do Tórax 2. Cirurgia Cardíaca como em Medicina - UFSC. requisito í( O médico deve considerar a radiografia como gravação da morfologia e fisiologia, esperando dela mais do que a confirmação da ausência ou presença de doença. ” Carl Jajfe À Sheila, por fâzera viagem fazer sentido AGRADECIMENTOS Ao Pai Celestial, Aos meus pais, pelo amor e incentivo em todas as horas. Ao meu orientador Dr. Aos amigos Marcelo, mestre incansável e crítico atencioso. Cristina e Sandro, companheiros Aos amigos da Imagem, do mesmo sonho. pela ajuda e incentivo indispensáveis a todos o meu sincero sentimento de gratidão ÍNDICE Introdução Objetivo Método .................................................................................... .. ........................................................................................ .. ......................................................................................... Resultados Discussão .. .................................................................................... .. ..................................................................................... 5.1 Avaliação pré-operatória 5.2 Eventos perioperatórios .................................................... _. ..................................................... 5.3 Avaliação pós-operatória 5.3.1 Dispositivos .. .. ................................................... .. comumente vistos no pós-operatório 5.3.2 Pós-operatório Imediato .......................................... ._ 5.3.3 Primeiro dia pós-operatório .................................... .. Segundo dia pós-operatório .................................... .. 5.3.4 5.3.5 Terceiro dia pós-operatório e avaliação subseqüente 5.4 Intercoirências ................................................................... .. Conclusões ................................................................................... .. Referências ................................................................................... Resumo ........................................................................................ Summary ...................................................................................... Apêndice ...................................................................................... .. .. .. .. 1. INTRODUÇÃO A radiografia de tórax tem desempenhado um papel importante na avaliação do paciente uma com doença cardiovascular: antes da intervenção cirúrgica, como janela para a fisiologia cardiovascular que justificou a intervenção e, depois, para interpretar os eventos perioperatórios relacionados ao procedimento e observar as possíveis complicações Este trabalho tem como 1. intenção enfocar os aspectos observados na avaliação radiológica dos pacientes submetidos à cirurgia cardíaca, dando ênfase a uma correlação clínico-fisiológica das modificações oriundas deste procedimento. Esta avaliação do paciente, candidato à cirurgia cardíaca, é voltada para a determinação de alterações fisiopatológicas que possam aumentar o risco de intercorrências cirúrgicas, tentar corrigi-las previamente ou tomar precauções no manejo adequado deste paciente no trans e pós-operatório. Como método de baixo custo, que propicia uma riqueza de informações no pré e pós-operatório de cirurgias cardíacas, seu uso é justificado em todos os pacientes submetidos a este procedimento. Daí a necessidade de se estabelecer critérios objetivos para a solicitaçao e interpretação dos exames obtidos momento de sua execução. ` em cada 2. O OBJETIVO objetivo deste trabalho é definir uma operatória padronizada e adequada ao nosso conduta radiológica pré e pós- meio para todos os pacientes submetidos à cirurgia cardíaca, correlacionando os eventos clínico-cirúrgicos com as principais manifestações radiográficas e dispositivos de suporte e ~ monitorizaçao utilizados. 3. ` MÉToDo Para contemplar os objetivos do trabalho, Apêndice Serviços um questionário - A ~ aplicado, no primeiro semestre de 1998, aos cirurgiões-chefes dos de Cirurgia Cardíaca da Grande Florianópolis. A região conta atualmente Os foi realizado com três Equipes Cirúrgicas, todas entrevistadas. questionários foram respondidos de maneira voluntária, não havendo necessidade de consultas prévias à literatura sobre o tema, por tratar-se de perguntas sobre suas rotinas. O questionário interroga os seguintes pontos: - As questões de número 1 e 2 perguntam o nome do responsável e da equipe cirúrgica, para a identificação do serviço participante; - A questão de número 3 pergunta o número de profissionais na equipe, seguida de quatro opções de resposta: até 5, de 5 a 8, 8 a 10 e mais de 10, com o objetivo de dimensionar os profissionais envolvidos; - A questão de número 4 pergunta o número de cirurgias cardíacas realizadas por mês, seguida de sete opções de resposta: de 0 a 10, de 11 a 20, de 21 a 30, de 31 a 40, de 41 a 50, de 51 a 100 e mais de 100, para quantificar a população beneficiada por este método terapêutico; - A questão de número 5 pergunta quais os procedimentos cirúrgicos mais realizados, para se correlacionar com os achados mais freqüentes de imagem; - As questões de número 6, 7, 8 e 9 perguntam qual a avaliação radiológica do tórax e o que buscam avaliar no pré e pós-operatório, aqui incluídos o pós-operatório imediato, o primeiro, o segundo e o terceiro dia pós- 4 um operatório e questionamento se a avaliação continua após o terceiro dia; - A questão de número imagem no 10 pergunta se é utilizado algum outro método de com pós-operatório, o intuito de estabelecer quais métodos modernos de imagem são incluídos na avaliação destes pacientes; - A questão de número ll pergunta o que detenninante foi no estabelecimento da conduta no serviço, sugerindo três opções: consenso da equipe, trabalho científico e escola de origem, deixando para resposta - ser um espaço para considerações finais. de aplicação do questionário respondido espaço em aberto. Finalizando o questionário, há O tempo um criteriosamente, foi livre, para que o sem que o excesso de mesmo pudesse dos atividades profissionais envolvidos prejudicasse a qualidade das respostas. A avaliação de pacientes pós-transplante cardíaco não é referida por tratar-se de procedimento não realizado pelos Serviços de Cirurgia Cardíaca entrevistados. Após a análise dos dados, estes foram interpretados de acordo com a revisão bibliográfica. Em decorrência do tamanho da amostra, análise estatistica. os resultados são apresentados ç sem RESULTADOS 4. A amostra obtida (n=3) é 100% representativa dos Serviços de Cirurgia Cardíaca (SCC) existentes na região da Grande Florianópolis, pois abrange os seguintes estabelecimentos de saúde: Hospital Regional de São José, Hospital de Caridade de Florianópolis e Clínica S.O.S. Cárdio. Os SCC questionados respondem, em procedimentos cirúrgicos estimado da seguinte maneira: A Serviço Y e 50% em conjunto, a um número de 100 cirurgias cardíacas/mês, distribuídas X realizadas pelo Serviço 25% realizadas pelo Serviço Z A. A; 25% realizadas pelo A Dentre os atos operatórios realizados, temos, em ordem decrescente: revascularização do miocárdio, substituições valvares (mitrais e aórticas), reparo de doenças congênitas e aneurismas discecantes de aorta, para os Serviços X e Y. Para o Serviço Z, o reparo de patologias congênitas alcança uma freqüência maior que as substituições obedecem a mesma ordem de freqüência. valvares. Os demais atos operatórios A avaliação radiológica realizada no pré-operatório difere entre os SCC. O Serviço X realiza quatro incidências radiográficas: póstero-anterior (PA), oblíqua anterior direita (OAD) com esofagograma de esquerda (OAE) e perfil esquerdo (PE). bário, oblíqua anterior O Serviço Y realiza duas incidências: PA e PE. o szwiço z realiza três mzióênzizsz PA, PE e oAD. A Por questões éticas optou-se por omitir o nome dos serviços participantes, substituindo-os pelas siglas X, YeZ ó Tabela 1: Incidências realizadas Incidência Participante PA Y z sm sm *Utilizada OAD com PE snvi no pré-operatório. esôfago contrastado SIM › L NÃo NÃo ~NÃo - AP Supina snvi. NÃo snvi* como única incidência em crianças, não realizada em adultos. O momento ' da realização dos exames no pré-operatório. é flexível nestes SCC, variando de acordo com a condição realiza OAE clínica do paciente. O Serviço em um periodo que varia de um a trinta dias antes do o Serviço Y uma semana antes e o Serviço Z de um a sete dias. o exame operatório, X Y Serviços X ato › __¬_.. “I O 1 5 1 l I 10 15 l I 20 l 25 30 Dias antes da cirurgia Gráfico l - Momento da realização do exame radiológico do tórax no préoperatório. ~ dos exames no pré-operatório O motivo da realizaçao SCC, avaliar a morfologia das câmaras cardíacas, mesmo nos três calcificações em valvas e na e' o 7 aorta, defeitos da caixa torácica, incluindo o estemo, e alterações no parênquima pulmonar. Em SCC a avaliação realizada no pós-operatório imediato inclui a realização de um filme em AP supino no leito no momento da chegada do paciente na Unidade Pós-Operatória. O Serviço X toma a fazer a mesma todos os três avaliação na 68 e 12” hora do pós-operatório. No primeiro exame no leito, todos buscam avaliar a posição dos dispositivos utilizados na monitorização e suporte do paciente, o tamanho do mediastino e a presença de atelectasia, pneumotórax, derrame pleural, bem como a altura dos hemidiafragmas. No primeiro, segundo e terceiro dia do pós-operatório, continua a avaliação e diária observa-se novamente a posição dos dispositivos _ de monitorização e suporte, possíveis modificações do mediastino e a presença das atelectasias, pneumotóraces e derrames pleurais. Para o serviço Z, este exame, no primeiro dia, é Após o determinante para a retirada dos drenos. terceiro dia do pós-operatório, com o paciente já fora da Unidade Pós-Operatória, cessa a avaliação radiológica diária, prosseguindo apenas obtenção de exames com a PA e PE, no momento da alta hospitalar. Na presença de intercorrências clínicas ou para melhor avaliação de achados radiológicos serão realizadas incidências adicionais em qualquer momento do período pós-operatório. A alta dos pacientes, salvo as intercorrências, ocorre no Serviço X, no 5° dia do pós-operatório; no Serviço Y, no O 6° ou 7° dia; e'noServiç'o Z, protocolo da conduta radiológica de todos os consenso da equipe e teve como SCC no 8° ou 9° dia. foi estabelecido fator determinante a escola por de origem dos seus integrantes. Logicamente todos os imagem - SCC Ecocardiograma, entrevistados utilizam outros métodos de Cineangiocoronariografia, Tomografia 8 Computadorizada e Ressonância Nuclear Magnética - para situações específicas mas estes não serão discutidos no presente trabalho por fugirem do seu objetivo. 5. mscUssÃo A avaliação radiológica é a etapa inicial da exploração clinica instrumental em qualquer ramo da área médica. Este exame contribui com uma soma de informações inestimáveis para a orientação clinica. em suas áreas correlatas tomou 0 reparo operatório de lesões cardíacas uma opção terapêutica viável para um número cada vez maior de pacientes com doenças cardiovasculares. A assistência aos Os progressos na cirurgia e pacientes submetidos a este procedimento requer um relacionamento harmônico entre cirurgiões, cardiologistas, anestesistas, radiologistas e iniuneros outros profissionais. No que se refere aos radiologistas, para radiografias obtidas, é necessário mn uma adequada interpretação das completo conhecimento da anatomia e hemodinâmica cardiopulmonar, dos eventos pré e pós-operatórios e dos dispositivos utilizados ser na monitoração dos pacientes. Tal interpretação deverá fundamentada na análise cronológica e comparativa dos exames Oporttmo registrar que, apesar existem apenas quatro trabalhos da crescente demanda deste tipo de exame, 1°3°4'5 versando sobre o tema e outras pequenas menções em livros-textos. A 2. V avaliação radiológica do tórax executada rotineiramente candidatos a procedimentos cirúrgicos gerais em pacientes tem sido alvo de estudos e questionamentos quanto à sua relação custo/beneñcio 2*6°7. Thus Janover 8 revisou 1.643 radiografias de tórax obtidas no pré-operatório de cirurgias gerais, encontrando apenas 2 casos ato operatório estaria contra-indicado. em que a anestesia geral e ou o James Toniolo 9 sugere que a avaliação 10 radiológica do tórax de rotina com pacientes história no pré-operatório deveria de doença tabagismo acima de 20 cigarros/dia ou no tórax. No entanto, cardiovascular, com indicação ser feita apenas nos pulmonar, neoplasia, de procedimento cirúrgico há unanimidade quanto à obrigatoriedade desta avaliação nos pacientes candidatos a cirurgias cardio-torácicas. Todo estudo radiológico do coração deve em séries de quatro posições-padrão, sendo anterior direita (OAE) séries com esofagograma ser realizado, sistematicamente, elas, póstero-anterior de bário (OAD), oblíqua anterior esquerda e perfil esquerdo (PE). Para o diagnóstico de têm doença cardíaca, estas sido largamente suplantadas por modalidades de sensíveis e específicas, tais como, ecocardiografia radionuclídeos, tomografia computadorizada (TC) nuclear magnética (RNM) u'l6”l7. (PA), oblíqua Entretanto, o permanece extremamente valorizado em 1°”, imagem mais mapeamento por “”12'13”l4'15 e ressonância exame radiográfico do tórax função de seus conhecimentos já sedimentados, sua grande disponibilidade, sua simplicidade e baixo custo operacional. 5.1 ` Avaliação pré-operatória A radiografia de tórax fomece inúmeros dados importantes para uma correta análise da situação clinica do paciente no pré-operatório. Possibilita evidenciar doenças silenciosas, avaliar radiologicamente o coração e estabelecer de base para futuras comparações Nas duas primeiras mn filme 1'2*6. situações, avaliação de possíveis doenças silenciosas no tórax e análise radiológica do coração, é indicada para avaliar contra-indicações e prevenir surpresas durante o ato operatório, procedimento é a obtenção de ~ mas a maior indicaçao para um flme de base para filturas comparações. este ll Deve-se, no entanto, seguir alguns critérios nesta exploração inicial: os filmes devem cirurgia ser obtidos dentro de filme obtido em decúbito máximo de prazo cinco dias antes da do coração deve ser complementada e a avaliação básica I um dorsal, incidência ântero-posterior. Este necessário porque a incidência PA na utilizada com um filme padrão é obtida série AP é com o em posição ortostática, com uma distância foco-filme (DFF) de l80cm, não sendo apropriada como base para comparação com os filmes pósoperatórios, que obtidos no leito, em AP na posição supina e com uma DF F de paciente 100 a l20cm, levam a significativas mudanças no diâmetro cardíaco, no índice cardio-torácico, Dentre os realizado na largura do mediastino e na altura dos pulmões SCC em um pesquisados, 0 exame pré-operatório é muitas vezes prazo superior a cinco dias. Tal procedimento poderia gerar intercorrências, antes, durante e após a cirurgia e paciente, uma 8. modificar o prognóstico do vez que alterações cardio-pulmonares agudas poderiam não ser detectadas. k Observou-se, também, que avaliação inicial a nenhum dos SCC pesquisados incluíam em sua incidência AP A supina. impossibilitaria a análise comparativa, acarretando ausência uma deste exame limitação do auxílio diagnóstico deste método de imagem. Um dos pontos mais filmes obtidos. importantes é o cuidado Recomenda-se a utilização de contendo dados como: nome com a qualidade técnica dos etiquetas impressas e idade do paciente, data do técnicas: decúbito, distância foco-filme, KVp e 'mA e t exame - Apêndice 2 - e informações utilizados. Esses dados permitem uma reprodução fidedigna e padronizada dos filmes no pós-operatório. O Quadro 1 descreve alguns tópicos que avaliação pré-operatória. merecem especial atenção na 12 Quadro 1: D Estrutura p Observação Í Deverá ser avaliada para Parede torácica de cirurgia prévia e de suturas sinais estemais. Pacientes reoperados sangram mais freqüentemente em- pós-operatórios em acesso já utilizadas. função das aderências e cicatrizes nas vias de Na radiografia lateral do uma estimativa da proximidade entre o plano Se o pericárdio e grandes vasos. tórax deve ser feita esternal e foi aberto ocoração à esquerda, procedimento cirúrgico prévio, estruturas cardiovasculares ser tracionadas Pulmões podem por aderêneias-para o esterna, oque também pode podem complicar a reentrada. Estruturas radiopacas estemais utilizadas em ser como pontos de referência Doença pulmonar obstrutiva crônica Sinais adicional. (DPOC) é um de sugestivos fator processo qualquer e a menção parenquimatoso, agudo ou crônico, é importante especíñca de edema pulmonar de risco ou alveolar pode ser intersticial indício de disfunção ventricular esquerda. O tamanho deve ser mencionado no laudo. Coração Câmaras específicas ventrículo direito deverao (VD) pode não ser avaliadas. Aumento do ter sido clinicamente e por ter situação retro-esternai pode complicara via percebido 'esternal de 3.03550. Aorta L Merece atenção no tocante àmorfologia, ao calibre e à topografia de seus segmentos ascendente, transverso (croça) e descendente visíveis. Apesar do aspecto normal dos pulmões, a presença de balão sonda íntra~a6mT:o pode significar fimção ventricular esquerda deficiente ou um quadro de angna instável. Calcificações podem ser observadas em areas de válvulas eu câmaras, artérias coronárias, miocárdio e aorta. Artéria pulmonar principal Devem e seus ramos centrais tocante a ser inspecionados e a circulação pulmonar avaliada no fluxo aumentado ou evidência precoce de disfunção ventricular esquerda (pulmões congestos associados ou não a derrame pleural ou pericárdico). Veia ázigos *Quando proeminente pode indicar falência ventricular Outros vasos Calcificações carotideas ou subclávias revelam doença vascular periférica. direita. 13 gun-as achadgs músculwesqueléticos Deformidades do peito (escavado ou carinado) e deformidade do dorso reto podem influir na avaliação do tamanho e da forma do Ambos podem coração. mitral. A estar relacionados a prolapso de valva Síndrome de Marfam pode ter uma deformidade H peitoral. Deformidade traqueal pode indicar doença da tiróide, a qual pode influir na fimção cardíaca. Fatores de risco adicionais incluem obesidade, hipertensão, cardiomegalia, aneurisma ventricular e função ventricular esquerda reduzida. Qualquer outra lesão específica deverá ser descrita. 5.2 Eventos perioperatórios As diferentes abordagens .cirúrgicas utilizadas são realizadas com Bypass cardio-pulmonar (BCP) e graus variáveis de hipotermia (22 a 30° C) para o reparo cirúrgico. facilitar Quadro 2: Seqüência geral das cirurgias cardíacas. Administração de medicações pré-operatórias Inserção,/posicionamento dos dispositivos de monitoração (CPVC, Eletrodos do 1. 2. ECG) . ` . . ' . . . . ›-ú..4›-|›-›--|›-0»-‹›-~\O00`}O\U|.§bJ . .`¡.°\.V':¡>.°°l°f'^.° = 18. Indução de anestesia e entubação endotraqueal Preparação da pele e colocação dos campos operatórios Esternotomia mediana (com ou sem retirada simultânea da veia safena magda) Dissecção da artéria mamária intema (se necessária) Heparinização Canulação para o bypass cardiopulmonar Início do bypass cardiopulmonar Clampeamento cruzado da aorta Proteeio miocárdica: resfriamento tópico e sistêmico Procedimento operatório Reversão da anticoagulação (Sulfato de Protarnina) Reaquecimento / Retirada da circulação extracorpórea Colocação do marcapasso temporário Colocação dos drenos mediastinais e pleural Fechamento do estemo e da pele Transporte para a Unidade Pós-Operatória Fonte: Adaptado de Tratado de Medicina Cardiovascular, 4' Edição. Editora 7 Roca 1996. I4 Apesar das diferentes razões que trazem o paciente para a processo de A BCP cirurgia, o BCP e de hipotermia é fundamentalmente o mesmo. agressão tecidual, o uso de drogas e a hemodiluição realizada durante o em um aumento resultam do volume líquido extra-vascular e uma diminuição do volume líquido intravascular ao término do ato cirúrgico, ~ condiçao esta que pode persistir por sete a dez dias 18. 5.3 Avaliação pós-operatória Em cirurgias cardíacas, esta avaliação é mais voltada para alterações fisiológicas produzidas pelo ato cirúrgico, pelo procedimento anestésico e pelo BCP, do que para a um estabelece-se própria doença cardíaca de base. Por este motivo, procedimento padrão de monitorização e avaliação continuada”. Esta padronização é reforçada pela constatação de que a maioria ~ absoluta dos atos operatórios tratam se de cirurgias de revascularizaçao do miocárdio 3”. Hemy DA 1 recomenda urna radiografia diária e uma abordagem sistematizada na interpretação da radiografia de tórax no periodo pós-operatório: dispositivos, campos puhnonares, silhueta cardiomediastinal, balanço hídrico, coleções aéreas ou líquidas e outros achados. Carter A.R. sugere et. al.5 uma avaliação criteriosa da ferida esternal. Todos estes tópicos são referidos pelos SCC entrevistados. Todos os exames do período pós-operatório devem fihnes de base, obtidos no período pré-operatório. ser comparados i com os 15 5.3.1 Dispositivos O período uma por comumente visualizados no pós-operatório pós-operatório imediato, primeiras 6 a 12 horas, é caracterizado verdadeira tempestade hemodinâmica, funcionalidade dos sistemas orgânicos. Com com imensas repercussões na o objetivo de garantir uma assistência qualificada e segura para o paciente submetido à cirurgia, são utilizados inúmeros dispositivos de monitorização das funções vitais, durante no período subseqüente a este ato cirúrgico e o 19. Ciente da importância destes dispositivos, cabe ao Radiologista averiguar o adequado posicionamento de cada um. A radiografia de tórax, devido à sua alta acurácia é o melhor método de se obter estas informações. Dispositivos mais freqüentemente utilizados: Tubo endotraqueal (TET) - Considerando que com movimentos e extensão o tubo tende a um superior e inferior; e que com o movimento deslocar aproximadamente a7 l deslocamento de 2 cm em ambas de flexão as direções, de rotação da cabeça pode se cm 21, sua extremidade deve estar posicionada de 5 cm de distância da carina 22. Independentemente da técnica utilizada para o posicionamento do TET, vários estudos significativo têm demonstrado que 12 a 15% dos pacientes apresentam mal-posicionamento do tubo correlacionam os achados do exame fisico exame Íisico previu má-posição tórax demonstrou má-posição destes estudos, que o em 3% em exame ñsico 14 24 23*24'25,26”27'28. com Dois estudos 24,29 o exame radiográfico; neles, o dos pacientes, quando a radiografia do a 28% foi sensível 25 dos casos. Constatou-se, através apenas para os casos de intubação brônquica seletiva. - Cateter de pressão venosa monitoramento do volume sangüíneo com central (CPVC) - circulante. Utilizado para o O posicionamento correto da-se a ponta do cateter terminando na veia cava superior. Não raramente o 16 ~ mais CPVC poderá estar posicionado no átrio direito, local onde as medidas sao precisas. Contudo, nestes casos, há um aumento no risco de arritmiasls Cateter de artéria pulmonar (CAP) ou Swan-Ganz - Fornece um grande auxílio na coleta de infonnações do paciente, por ser um meio fácil, seguro e . contínuo de verificar pressões de artéria pulmonar e de encunhamento capilar pulmonar (cateter de 2 vias) bem como o débito cardíaco (cateter de 3 vias) 12°. Atravessa o coração direito devendo sua ponta ser posicionada pulmonar inflado. central, de maneira que possa ficar flutuando quando o balonete for por ser este o único local onde o fluxo sangüíneo é ininterrupto, permitindo a livre comunicação da ponta do cateter 18. com as pressões vasculares Importante salientar que se o 'cateterfor instalado perifericamente no pulmão pode ocasionar infarto ou a formação de pseudoaneurisma 2°'3°. Cateter atrial esquerdo (CAE) capilar artéria O balonete deverá estar posicionado na zona III de WEST, na altura do átrio esquerdo, distais em uma pulmonar não refletir - ~ Em funçao da pressão de encunhamento fidedignamente a função ventricular esquerda no muitos cirurgiões preferem o monitoramento direto da pós operatório inicial pressão esquerda. Este cateter deverá estar inserido através. da veia atrial pulmonar superior 3, direita ou através de punção direta do átrio esquerdo 3. Sua extremidade externa emerge na parede torácica na porção inferior da incisão estemal. Este cateter é complicações pouco usado e pode um risco maior de 3!. Cateter-balão intra-aórtico (CBLA) assistência estar associado a mecânica da circulação esquerda pobre 1. É 19 e, - O CBIA em geral, é a mais utilizada implica forma de ~ ventricular em funçao posicionado logo abaixo da origem da artéria subclávia esquerda, podendo ter sido introduzido por via femoral, axilar ascendente (intra-operatório) 3. Sua posição pode corpos vertebrais, costelas ou brônquio 1. ser referida em ou da aorta relação aos A J :Ê `__\\m/FV _ _ §~`_W“%"` V _ :Í *_ .`^\\`.:"` ` .__ N_____fiwM,`\HHÊJ / ›,¿@m/ãú N _/ `__ 3 A \ _; /__/^^\ V //,__r,¢. ` *Í ` ` MM'øÀ\`vW%_`_¿W_ R /_ §_\___ \ mm \ `__\ __\&/L___\m`__`\ ` HJ ,V < A/ É A/É _/ ___ V! ~__ _ ___/NY /__ __; ` _ 1 ` _\ _ lj D 1 4\_a_5 V ' ,Nim_N\h_M/1“_V_MV_1H/ 'I _ :_ `__ä` ___`\_,_¬ ÀÀ ._ J___ÊFw/Nfiä É>/ _`_ KW E _/ ›""` A êfit “ .w _ .PH VV ~ H¡¡_ \ Õ mv A/A m F G 1 __ 4 \ “`__` 4lí¿`mwMwA4_\ 4 _* __\` \f il” xwàš ›_ m _m C 3 Mu C 8 “_ C3 Z O H 8S d e T u_w S 0 bm S8 _m zw UM» I Im_V mu uv )a 3_ ES ru _8 (T r _m nm “Mw P C Fm d 8mv Dn ( cO S 06 ( S 6Cú_D RO _m 8 P t _m ) : pm W 1, Í V? _, ___ Ê M L8 aD J _ \`\A__¿ q_ \ I Ê \\_` ¡:›_ ¡_¬\¬_ 1"_ .Ay/`_šw/%%\4¶\M\ kw Ê* _'«¡_"v,nV!$ .\ xx ÉI ä I/I _ É H _`.V.|›¿¡_WVrm“_\'W'¬I¡` _ :_ \_ \_ 3 \ N/«_`__`_` \ :NV E8 _mS HO p0 S mvp 6mt Im_0 FMH n _ ) CB _ __\_ É W %f_§. 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Tubos de drenagem mediastinal e pleural - Usualmente com linhas radi.opacas são inseridos e o outro ou três tubos Quando são esternal. introduz-ido, à -esquerda, atrás cavidade pleural é incisada, interna, na incisão dois utilizados são dispostos cranialmente, próximos à linha média na área três tubos, dois -paraesternal no em geral, durante do coração adissecção da 18,2 I. Quando a artéria mamária muitos cirurgiões direcionam um dos tubos anteriores para a pleura Próteses valvares e referências de enxerto, .bem nasogástrica Cabos como uma sonda (SNG) podem ser também observadas. monitorização externa, eletrodos e .qualquer componente .de radiopaco deverão ser retirados do tórax do paciente, no momento da execução do exame, .para não .dificultarem a interpretação do exame. Todos estes dispositivos requerem uma observação cuidadosa e o relato de .qualquer má¬posição. 5.3.2 Pós-operatório imediato: _ O valor da radiografia obtida neste periodo, ainda que -pela maioria -dos Hornick, et SCC 3233, -tem -si-do questionado 4. al.4, cirurgia cardíaca, (suspeita _de caracteriza justificaria o ' Inúmeros ser este .em estudo -envolvendo concluem que, .na ausência zl-00 prática médica. .pacientes submetidos à de indicações clinicas precisas pneumotórax, de edema pulmonar, má feita rotineiramente »etc.), Afirmam que apenas a este procedimento avaliação do CBIA exame neste momento. out-ros autores 3”5”6°l9'34 contrariam este entendimento, considerando exame imprescindível para o acompanhamento .de .possíveis aumentos 19 ~ no diâmetro mediastinal e para a avaliaçao do posicionamento dos dispositivos de suporte e monitoração, que podem ter sido deslocados durante o transporte do paciente à Unidade Pós-Operatória. No tocante à avaliação do campo pulmonar, esta deverá ser criteriosa, pois, após o BCP, os pulmões que não foram ventilados durante este procedimento estarão, em volume - circunstâncias favoráveis, hipoaerados por que perdem parte de seu correspondente à capacidade residual funcional. A posição supina contribui para isto. As opacidades nos lobos inferiores aparecem nas primeiras oito horas do pós-operatório, resolvendo-se variados de atelectasia, em 5 a 7 dias comum é a do lobo inferior esquerdo, havendo inúmeros mecanismos que contribuem para paralisia e conseqüente elevação 3637. um período que varia de lobo superior esquerdo, isto. Dentre eles, o mais aceito é a do hemidiafragma esquerdo por nervo frênico pela solução cardioplégica No Estas correspondem a graus edema pulmonar e derrame pleural 35. Dentre as atelectasias, a mais dos casos durante 18. podem 1 injúria Esta complicação reverte a 18 meses do em 94% 37. ser encontradas pequenas atelectasias, oriundas de compressão durante a dissecção da artéria mamária intema. A avaliação da silhueta e do diâmetro cardio-mediastinal também é de suma importância. Um alargamento e borramento da silhueta ocorre em graus variáveis após o procedimento cirúrgico, presumivelmente devido a fluídos sero- sanguinolentos e ~ «É edema tecidual resultante da manipulação comum a hemorragia mediastinal requer reoperação. mediastinais é de O limite cirúrgica após a cirurgia cardíaca, mas raramente máximo de fluídos drenados 300ml na primeira 18. hora, 250 rnl pelos tubos na segunda e 150 ml na terceira”. Alguns autores sugerem a correlação entre o grau de alargamento mediastinal e a quantidade de sangue neste compartimento. Katzberg et. al.” 2o sugerem que associado a um uma aumento maior de 70% do diâmetro no pré-operatório está hemorragia mediastinal que requer reintervenção cirúrgica. comparação do fihne pré-operatório com o do pós e' muitas vezes dificil 8, A em função das variações na técnica, posição, distância foco-fihne e grau de inspiração. Uma maneira de diminuir estes problemas é utilizar a etiqueta anteriormente sugerida. Esta avaliação estará comprometida se o paciente estiver expiratória temiinal positiva (PEEP), o que estreita um pouco a em pressão silhueta cardio- mediastinal. ~ lnsta salientar que a radiografia de tórax de grande valia na avaliação e manuseio do balanço mais dificeis de se analisar um papel importante e líquido, um dos aspectos desempenha no pós-operatório 1. Neste período, a maioria dos pacientes exibe ao menos médio de edema. Edema puhnonar irnportante, um padrão intersticial quando ocorre, é observado dentro de dois dias após a cirurgia 35. Com freqüência, pequenos derrames pleurais estão presentes, dificeis de identificar em filmes mas são supinos e provavelmente estão relacionados ao escoamento do fluido pericárdico para o espaço pleural através da janela pericárdica cirurgicamente criada Em ou à iiritação da pleura durante a cirurgia. todos os pós-operatórios podem ser encontradas coleções de ar (pneumotórax, pneumomediastino, pneumoperitônio e enfisema subcutâneo) sem necessidade de que, se pequenas e estáveis, resolvem-se intervenção. Registre-se que a posição supina dificulta a visualização destas coleções Ls. Outros achados comuns neste período são os vários fios radiopacos da sutura estemal visíveis na linha média. Eles interconectados após revascularização interna, ocasião em podem com ser mais numerosos ou a utilização da artéria mamária que o estemo está sob risco de súbita fratura durante a 21 manobra de isolamento dos grandes vasos 1. Clipes identificam os sítios de hemostasia e marcadores de ponte podem ter sido usados. Em Q 2 a 4% em geral das três fraturas podem induzir a um diagnóstico dos pacientes ocorrem fraturas de costela, primeiras- Por ocasionarem algia, estas equivocado de angina pectoris e dissecçãom. Observa-se que a incisão esternal_ promove um fino e rarefeito traço vertical na linha média deste osso. 5.3.3 Primeiro dia pós-operatório: Por de tratar-se um estudo obtido na manhã do dia seguinte à cirurgia, o paciente pode ainda estar sendo aquecido (este procedimento costuma levar de 8 a 12 horas), no entanto há início da vasodilatação que pode levar a desequilíbrio hemndm' É `co. am1^ este exame que reflete filme do pós-operatório imediata e, em o padrão fisiológico do paciente e, junto com o imediato, possibilita estimar a contribuição terapêutica conjunto com as demais avaliações, determinar a direção terapêutica Quanto aos dispositivos de monitorização e suporte, se o paciente evoluiu satisfatoriamente e decorridas mais de doze horas SNG não são mais observados 19. O CPVC e o CAE, bem como “ inalterados, porém esse de drenagem 13,19 ' em do pós operatório, o vigorosa toilet e a os tubos de drenagem mediastinal, estarão exame poderá ser determinante para a retirada dos tubos . Quanto aos campos pulmonares, exacerbação das fimção da TET atelectasias poderá ocorrer extubação, não levando a intercorrências, se mantida pulmonar A5. uma 22 Deverão cuidadosamente ser observados ou congestão de indícios opacidades no parênquima pulmonar. Sinais sutis de broncopneumonia e ou tromboembolismo, ainda que pouco freqüentes, podem ser observados neste momento 18. Pneumotóraces e pnetunomediastino conhecidos são reavaliados no comportamento e ocasionalmente Aumento do visualizado neste filme. investigação. um novo e discreto pneumotórax será ar mediastinal é preocupante e Derrames pleurais tornam-se mais evidentes poderão localizar-se em Trendelenburg incidências As 1. se presentes e em cúpula pleural se o paciente estiver em decúbito lateral úteis para esclarecer definitivamente a presença com merece posição de raios horizontais são de ar e/ou líquido pleural 18. A SCM estará inalterada se persistirem a mesma aeração e posição do estudo Aumento. no diâmetro deverá prévio. possibilidade de hemorragia ou dissecção. poderão ser observados derrame pleural 5.3.4 O um ser sempre correlacionado com a Como sinais adicionais de hemorragia aumento nos tecidos moles extrapleurais apicais e 5. Segundo dia pós-operatório: encontra-se normotérmico, hemodinâmicamente estável, e geralmente acordado. Nesta fase poderá ser iniciado 0 uso de anticoagulante 19, paciente portanto urna atenção especial deve ser dada para sinais de hemorragia. Modificações na incidência dos estar o paciente com raios é freqüentemente percebida 0 tronco elevado ou sentado. A função de manutenção da posição supina do paciente na obtenção do filme é fundamental para comparativa mais acurada em uma avaliação 8. Dentre os dispositivos de monitorização e suporte observados anteriormente, a permanência do naqueles TET com doença poderá ocorrer em pacientes com pulrnonar obstrutiva crônica ou em idade avançada, pacientes com 23 problemas respiratórios agudos U9. A permanência dos demais No dispositivos. persistência paciente do com TET evolução satisfatória, poderão não ser mais observados o cateter de Swan-Gans, o drenagem mediastinal e pleural A 1'3”18. implicará na CAE e os tubos de O CPVC persistirá por mais 24 horas. avaliação das áreas focais de atelectasia será mantida e poderão ser observadas áreas de atelectasias lineares esparsas decorrentes da dificuldade respiratória promovida pela dor e desconforto torácico pós-operatório. Diante da observância dos drenos pleurais e mediastinais, pneumotóraces e pneumomediastinos não deverão mais ser encontrados. Poderá ser detectado em posição ortostática não mostrará alterações em relação pnemnotórax súbito se o fihne for obtido A silhueta cardio-mediastinal anterior se este já tiver sido obtido um 1. no paciente extubado. O ao filme início da anticoagulação do paciente nesta fase deverá ser conhecido na avaliação deste tópico. A linha da incisão esternal deverá manter-se fina e rarefeita deiscência, as duas facetas estemais separam-se e uma Caso ocorra linha larga e irregular abaixo do centro do esterno poderá ser vista. 5.3.5 Terceiro dia pós-operatório e avaliação subseqüente: Os pacientes com boa evolução receberão alta da Unidade Pós-Operatória neste dia U9. Os dispositivos restantes, incluindo o CPVC, serão removidos. A clareza vascular estará inalterada ou poderá apresentar melhora. O exame poderá ser obtido em posição ortostática, onde será observada a persistência do derrame pleural. A permanência do paciente na Unidade Pós-Operatória implicará na manutenção da rotina radiológica. 24 Após a da Unidade Pós-Operatória o paciente será submetido a exame alta PA e perfil esquerdo, em posição ortostática, operatório. Os serviços pesquisados entre procedem o terceiro e sexto dia do póseste exame no dia da alta hospitalar Nesta avaliação fnal, não deverão ser mais observados os dispositivos de ~ monitoraçao e suporte. Uma melhora da aeração será observada sem que ocorra uma completa recuperação da capacidade residual funcional. A do que o silhueta cardiomediastinal terá diâmetro transverso maior observado no pré-operatório, especialmente se revascularização com artéria mamária interna tiver sido realizada W". Na incidência lateral, poderá ser observado o derrame pleural, em geral maior à esquerda. Pneumomediastino poderá ser observado neste momento, persistindo por até 50 dias sem significado clínico. 5.4 Intercorrências: Inúmeras complicações podem ser observadas no período pós-operatório. Talvez a mais freqüente observada pelo radiologista seja a sindrome do baixo uma vez que compromete 20% dos pacientes submetidos a BCPI. Esta é uma condição normalmente resultante de pré-carga insuficiente, de pós-carga excessiva, de falha do coração como bomba ou de uma combinação desses fatores. Isto pode levar a uma hipoperfusão tecidual que, se não débito cardíaco, prontamente corrigida, levará a disfimção orgânica irreversível e morte celular”. Achados radiológicos desta Sindrome guardam relações com dependem da caracterização. livres análise comparativa Quando a com os exames prévios para uma adequada etiologia é a hipovolemia, os de edema e demonstram uma etiologia e pulmões encontram-se melhora da clareza vascular. Com a 25 presença de hipertensão, encontrada em outras etiologias, os apresentam melhora da clareza vascular e acentua-se o edema alveolar pulmões não intersticial e 1. Pneumonia pode ocorrer, mas é» incomum, cerca 1 a 4% dos pacientes operados. Essa, apresenta confnnação radiográfica dificil pelas limitações técnicas do filme obtido no leito e pela coexistência possuem aspecto radiológico de atelectasias e edema que similar. Infecção da ferida estemal é identificada clinicamente pela presença de celulite, drenagem de pus e/ou palpação de abscesso. Devido à sua alta morbidade e mortalidade, debridamento cirúrgico agressivo está indicado. Nessa situação, além do já mencionado afastamento das facetas observar elevação periosteal em 48% dos casos 5. esternais, pode-se ó. 1. A coNcLUsÕEs avaliação radiológica pré e pós-operatória tradicional (convencional) do tórax difere entre os Serviços de Cirurgia Cardíaca pesquisados. A 2. incidência AP supina não é realizada Serviços de Cirurgia Cardíaca pesquisados. uma acurada análise comparativa como exame pré-operatório nos A ausência deste exame prejudicará fihnes pré e pós-operatórios, entre determinando limitação do auxílio diagnóstico deste método de imagem. 3. O momento da realização dos exames no pré-operatório varia de 30 dias até a véspera do procedimento cirúrgico nos pesquisados. um O Serviços de Cirurgia Cardíaca recomendável é que 0 exame pré-operatório seja realizado prazo de até cinco dias antes do procedimento. O exame realizado em em um prazo superior a este poderá gerar intercorrências, antes, dmante e após a cirurgia e modificar o prognóstico do uma vez que paciente, alterações cardio- pulmonares agudas poderiam não ser detectadas. 4. A avaliação radiológica convencional do tórax no pós-operatório é obtida com a mesma finalidade em todos os serviços pesquisados, e esta não difere da sugerida pela literatura. 5. O uso de etiqueta no filme, deste, propicia com os dados da técnicalutilizada na obtenção uma reprodutibilidade fidedigna do exame. Ante o exposto sugere-se o seguinte protocolo radiológico para exploração do tórax: I Avaliação pré-operatória: a) OAD com esôfago incidências PA, PE, contrastado, OAE em posição ortostática. 27 AP b) incidência supina dentro dos cinco dias do período pré-operatório. " Avaliação pós-operatória: a) incidências imediato, no AP supinas no pós-operatório 1° dia pós-operatório, 2° dia pós- operatório, 3° dia pós-operatório e diaiiamente enquanto o paciente permanecer na Unidade Pós-Operatória. b) incidências PA e PE na alta hopitalar. REFERÊNCIAS 7. Henry DA. Radiologic evaluation of the Clin North Am. 8 patient after cardiac surgery. Radiol 1996; Jan;34(1):1 19-35. Mihie EN. Chest radiology in the surgical patient. Surg Clin North Am. 1980; Dec;60(6): 1503-18. Landay MJ, Mootz AR, Estrera AS. 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RESUMO O objetivo deste trabalho é defnir uma operatória padronizada e adequada ao nosso conduta radiológica pré e pós- meio para todos os pacientes submetidos à cirurgia cardíaca, correlacionando os eventos clínico-cirúrgicos com as principais manifestações radiográficas e dispositivos de suporte e monitorização utilizados Para atender os objetivos do trabalho, foi elaborado um questionário, e este, aplicado aos cirurgiões-chefes dos Serviços de Cirurgia Cardíaca da Grande Florianópolis. Tópicos como, avaliação pré e pós-operatória, posição dos dispositivos comumente visualizados no pós-operatório e intercorrências, são abordados e os dados colhidos foram confrontados com a literatura. O autor conclui sugerindo um protocolo radiológico para a avaliação destes pacientes. 34 . The objective of this work .SUMMARY is to operative .standardized and adapted defme a radiologic conduct pre and post.to .our middle for all the .patients .submitted to the cardiac surgery, correlating the clinical-surgical events with the- radiologic manifestations and .support devices and control To assist the objectives this, applied .to of the Work, it main used was elaborated a questionnaire, and the surgeon-.bosses of the Services of Cardiac Surgery of Great Florianópolis. A Topics as, pre-operative evaluation, position of the devices visualized in the postoperative, .post-operative evaluation commonly and problems, they are commented and the picked data were confronted With the medical literature. The author eoncludes suggesting a these patients. radiologic .protocol for the evaluation ' _ of APÊNDICE APÊNDICE A "Avaliação Radiológica Convencional do tórax do Paciente submetido à Cirurgia Cardíaca - Análise das Condutas regionais e revisão da literatura." QUESTIONÁRIO DE PARTICIPAÇÃO. 1 .NOME Do RESPONSÁVEL: 2.NoME Do SERv|Ço DE C|RuRG|A CARDÍACA: 2é 5 3.NúMERo DE PRo|=|ss|oNA|s DA EQUJPE: I Cí iufw-vfifáf '|'@UI I O-lfi G _-` 4. NúMERo DE C|RuRe|As CARo¡AcAs I MÊS: ° I ¢ -20 É -30 -40 ÍÚ -50 ÚÍ Â - 100 + 100 3' i : _\ ø`ø`ø`øI`ø`ø-\»-` \-øwøsfuøw-øsøfiø uh 5. -À C|RuRs|As MAIS REAuzADAs (EM ORDEM DEcREscENTE) 6. - |Nc|DÊNc|As: - EM QUE Mow|ENTo PRÉ-oPERATÓR|o - O QUE BuscA AVAUAR: 7. - QUAL A AvA|.|AçÃo RAmoLÓe|cA REAuzADA No PRÉ-OPERATÓR|o: : QUAL A AvA|.aAçAo RAD|o1.Ós|cA REALIZADA No PÓs›OPERATÓR|o IMEo|ATo (D1) QUE BuscA AvAL|AR? 8. - 9. - QUAL A AvA|.‹AçÃo RAmo|.Óe|cA REAuzAnA No sEGuNDo o|A Do Pós-OPERATÓRIO (D2) O QUE BuscA AvAL|AR? QUAL A AvAuAc;Ão RAD|oLÓG|cA REALIZADA No TERcE|Ro mA Do Pós-OPERATÓR|o (D3) O QUE BuscA AVALIAR? 38 Após o TERcE¡Ro mA oo Pós-OPERA¬róR|o A AvA|_|AçÃo RAD|o1.Ó‹s|cA coN'r|NuA? QUAL? ) Sm ) NÃo 10. ( ( _ 11. ( ) ( ) UT|uzA ALGUM ou1'Ro MÉ1'oDo DE |MAGEM, No Pós-oPERATÓR|o? Sm QUAL? NÃo O QUE DETERMINOU (CoNsENso DA EQu|PE, TRABALHO C|ENTíF¡co, EscoLA DE ORIGEM, 12. ETC.) 12. A PRoTocoLAÇÃo DA coNDuTA No sERv|Ço? ESPAÇO PARA CONSIDERAÇÕES FINAISZ APÊNDICE B Iãflêäfiãüfi äü ããfläüñ JESHS 96€ PÊSSÚS E HUSPITÊL EE C§RíEëDE -FLORIANUPULIS-SC SERVIÇ8 DE RâñI3LÚ61è ñšäš: qgçgrx. -.._-._ "'Íà zz3 S f : z Hrflu ' É fi;r#=xTfi= -¢.;:.×.=uz `= ' TC"z`F‹ä'~¬f.^`\z L.|.ua.¬:šL-U'-.z TCC “ ` UFSC CC N-Charm 0195 Título; .¿\yaliaç_ão` r;1_di_ol‹';gi_ç:a trac_lic_i91fgƒz_1 0195 ,_ ` TCC UFSC CC Autor: Santos ,Ricardo Ph Ex.l' Ex.1 972805399 UFSC BSCCSM ÁÓÍ 253017