RESUMO PALÚ, Marina. Função pulmonar e força da musculatura respiratória póstratamento cirúrgico do câncer de mama. Dissertação (Mestrado em Fisioterapia – Área: Avaliação e intervenção fisioterapêutica no Controle da Postura e do Movimento Humano). Introdução: Evidências sugerem que pacientes com câncer de mama podem apresentar no período pós-cirúrgico complicações relacionadas à ferida operatória e cicatrização, formação do cordão linfático, restrições de amplitude de movimento, linfedema, neuropatias e comprometimento da qualidade de vida em geral. Entretanto ainda não estão totalmente elucidadas quais alterações ocorrem na função pulmonar e na força da musculatura respiratória dessas pacientes. Objetivo: Avaliar as repercussões da cirurgia para o tratamento de câncer de mama sobre a função pulmonar e qualidade de vida relacionada à saúde de mulheres acometidas em centros de referência em oncologia mamária Método: Participaram do estudo 28 pacientes com diagnóstico de câncer de mama que realizaram cirurgia em um centro de referência em oncologia mamária no Estado de Santa Catarina. As pacientes foram acompanhadas durante 60 dias (sem intervenção fisioterapêutica), com avaliações em quatro dias diferentes, iniciando no pré-operatório, sendo refeita a avaliação no pósoperatório imediato, 30 e 60 dias após a cirurgia. Foram realizadas avaliações da força muscular respiratória e da função pulmonar por meio da manovacuometria e espirometria. Para significância estatística foi adotado um valor de p<0,05. Resultados: As participantes apresentaram idade entre 24 e 70 anos. Das participantes ,16 realizaram cirurgia não conservadora e 12 conservadora. Do total, oito eram tabagistas ou ex-tabagistas. Quanto ao estado nutricional, seis participantes apresentaram peso normal, 22 sobrepeso ou obesidade. Constatou-se que os valores do pré-operatório comparados ao pós-operatório na força muscular respiratória, tanto a pressão inspiratória máxima quanto a pressão expiratória máxima apresentaram redução no pós-operatório imediato retornando ao valor pré-operatório 30 dias após a cirurgia. Com relação ao volume corrente e capacidade inspiratória apresentaram-se diminuídos no pós-operatório imediato com posterior aumento no período de 30 dias após a cirurgia. Conclusão: Após a cirurgia, houve diminuição da força muscular respiratória e da função pulmonar no pós-operatório imediato, com retorno aos parâmetros iniciais em 30 dias de cirurgia. As pacientes que realizaram cirurgia conservadora apresentaram menor perda da força nos valores da pressão expiratória máxima, quando comparadas com as que realizaram cirurgia não conservadora.