XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Maturidade e desafios da Engenharia de Produção: competitividade das empresas, condições de trabalho, meio ambiente. São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro de 2010. IMPLEMENTAÇÃO DO MÉTODO DAS UNIDADES DE ESFORÇO DE PRODUÇÃO (UEP) EM UMA EMPRESA DO SEGMENTO INDUSTRIAL Fabiano da Silva Pinto (UCS) [email protected] Sandro Rogério dos Santos (UCS) [email protected] Joanir Luís Kalnin (UCS) [email protected] O processo decisório na atual conjuntura de competição e globalização remete a existência de indicadores acurados e gestão eficaz de todos os processos para a agregação de valor às organizações. Nesse contexto, o trabalho buscou, através dee metodologia específica aplicada em uma empresa do segmento industrial, substituir o processo atualmente empírico que não demonstrava confiança na gestão industrial, através do conhecimento de indicadores produtivos capazes de mensurar as atividades para posteriormente gerenciar melhorias na busca pela maximização dos recursos. Para esta análise optou-se pelo método UEP que apura os custos dos produtos com base nos esforços despendidos para transformação da matéria-prima em produto acabado, proporcionando planejamento e gerenciamento da produção. O método UEP beneficiou a empresa integrando dados, gerando informações unificadas e cadastros necessários para a elaboração de indicadores. Sendo assim, a real capacidade produtiva foi descoberta mostrando as necessidades para o atendimento das demandas do mercado e a apuração confiável dos custos produtivos. Palavras-chaves: UEP, Custos de transformação, Gestão estratégica de custos industriais, Gestão industrial, Custos. 1.1 2 Introdução O cenário em que atualmente as organizações estão inseridas está continuamente se modificando. A competição tende a ficar acirrada e isso vem provocando transformações nos processos produtivos, reforçando a necessidade da utilização de instrumentos eficazes de gestão. A existência de informações, o seu domínio e controle, fornecem subsídios ao conhecimento da situação de cada empresa e para as tomadas de decisões. A elaboração do presente trabalho teve por objetivo a implementação do método das Unidades de Esforço de Produção (UEP) para a gestão industrial em uma empresa do ramo plástico. A empresa carecia de mecanismos que auxiliassem sua gestão industrial. Embora o sistema Enterprise Resource Planning (ERP) disponibilizasse informações necessárias à operacionalização dos processos produtivos, ele não mensurava o desempenho desses processos, inviabilizando a sua utilização para tomada de ações gerenciais, fazendo com que as decisões tomadas baseassem-se apenas na percepção dos gestores e respostas do mercado. A utilização do método das UEP’s proporcionou o domínio e controle das informações condizentes com a realidade da empresa, possibilitando a gestão eficaz através do uso de indicadores produtivos. 3 Referencial teórico 3.1 Método UEP Origem do método e o seu criador De acordo com Levant e Villarmois (2004), o método GP foi concebido por Georges Perrin em 1938, sendo operacionalizado somente em 1945, quando aplicado em uma pequena empresa de caldeiras. Foi resultado das suas experiências profissionais durante as quais enfrentou problemas na distribuição dos custos indiretos nos custos de fabricação dos produtos. Após a morte do seu criador em 1958, o método não teve continuidade embora sua esposa, Suzanne Perrin, tivesse continuado as atividades na empresa de consultoria La Méthode GP criada por Georges Perrin. Bornia (2002) relata que o método foi trazido para o Brasil no início dos anos 60, por Fanz Allora, um discípulo de Perrin, que modificou o então método GP, denominando-o como método UEP. O método UEP teve a sua origem da intenção de unificar a produção a uma única unidade de medida. Essa unificação para Wernke (2005) atua como indexador da produção, utilizando os esforços de produção para transformar a matéria-prima em produtos. Conforme Bornia (2002) o método trabalha com a relação entre os esforços de produção, utilizando índices horários de cada posto operativo obtendo os custos realmente incorridos em cada posto operativo durante a sua operação. Essas relações são utilizadas para estimar a capacidade dos postos operativos de gerar esforços de produção em UEP/h. Vantagens A utilização do método UEP, segundo Wernke (2005), disponibiliza informações no auxílio à gestão industrial tais como: a) Precificar produtos: a obtenção do custo de fabricação somado ao consumo das matériasprimas de cada produto faculta melhores condições para a definição dos preços de venda adequados para cada produto; b) Benchmarking de processos: a unificação da produção permite a comparação da fabricação em unidades distintas, seja de setores ou de fábricas; c) Conhecer a capacidade de produção da fábrica: o método proporciona conhecer a quantidade de UEP’s que cada posto operativo, setor ou fábrica é capaz de produzir em determinado período, identificando “gargalos” de produção ou desbalanceamentos do 2 fluxo produtivo; d) Custeio da produção: permite a apuração dos custos de fabricação considerados os recursos empregados, como salários e encargos, energia elétrica, depreciação fabril, material de consumo; e) Determinar a necessidade de máquinas e de pessoal: através da determinação do potencial produtivo de cada posto operativo, é possível identificar onde investir para reduzir “gargalos” ou maximizar a capacidade produtiva; f) Comparar a produção de diferentes períodos: ao aglutinar todos os tipos de produtos em UEP’s, faculta o cálculo da produção de diferentes produtos em distintos períodos e comparar se houve ganho de produtividade; g) Viabilidade econômica de novos equipamentos: é possível analisar a viabilidade de compra de uma máquina para substituir o equipamento atual, bastando calcular a economia gerada em UEP’s por ano e utilizar tal valor para dividir pelo custo de compra do equipamento, resultando no tempo necessário para justificar a compra. Ainda para Wernke (2005), o método possibilita o acompanhamento da produção através das medições da sua eficiência, eficácia e produtividade. Desvantagens A utilização do método UEP segundo Wernke (2005) resulta em algumas desvantagens: a) Aplicável somente ao ambiente industrial: o método é voltado apenas para determinação do custo de transformação das matérias-primas em produtos prontos, não permitindo a gestão dos gastos administrativos (ou não fabris); b) Utilização recomendada para fabricação de produtos seriados: o método funciona adequadamente quando a empresa produz itens padronizados, não adaptando-se quando os produtos fabricados variam constantemente; c) Necessidade de adequação à medida que o processo produtivo seja modificado: o método UEP pode ser utilizado por tempo indeterminado, desde que as variáveis envolvidas no seu cálculo permaneçam constantes. Contudo, se houver modificações no processo produtivo há a necessidade de adequar os cálculos a essa nova realidade. Outras três deficiências inerentes ao método são elencadas por Bornia (2002). A primeira destas refere-se à dificuldade no tratamento dos desperdícios, tendo em vista que o método não fornece a parcela dos custos devida a perdas. As atividades não fabris não são detalhadas, sendo os seus custos e suas perdas atribuídas aos postos operativos, perdendo-se a noção desses desperdícios. A outra deficiência do método das UEP’s, relaciona-se com a identificação das melhorias. Se os processos e/ou produtos forem racionalizados, através de modificações ou mesmo eliminação de operações elementares e/ou improdutivas, os parâmetros do método deverão ser revistos, pois o método não identifica este tipo de melhoria. Assim, um ambiente de melhoria contínua, que atualmente caracteriza as empresas modernas, obrigará a realização de revisões periódicas nos cálculos do método, tornando-o inviável. A terceira limitação diz respeito à análise das despesas estruturais, já que o método trabalha somente com a transformação dos produtos, as despesas de estrutura não são atacadas. 3.2 Método UEP x métodos tradicionais de custeio As principais diferenças entre o método UEP e os métodos tradicionais de custeio (absorção e direto) estão apresentadas na tabela 1. Método de custeio variável Método de custeio por absorção Método UEP 3 Incorpora aos produtos somente os custos variáveis Não se utiliza de rateio, sendo os custos fixos considerados como despesa e não como custo do produto A estrutura da empresa é dividida em departamentos Os resultados sofrem influência direta do volume de vendas É um método administrativo, gerencial, interno Apresenta a margem de contribuição unitária e global Incorpora aos produtos todos os custos de fabricação Utiliza-se de rateio, muitas vezes arbitrário, para atribuir os custos fixos aos produtos A estrutura da empresa é dividida em departamentos Os resultados sofrem influência direta do volume de produção É um método legal, fiscal, externo Apresenta a margem operacional dos produtos Destina-se a auxiliar a gerência no processo de determinação da rentabilidade e de avaliação patrimonial Método de custeio de período e de Método de custeio de produto e de visão de curto prazo visão de longo prazo Fonte: Adaptado de: Gantzel e Allora (1996); Leone (2000); Wernke (2005) Destina-se a auxiliar a gerência no processo de planejamento e de tomada de decisões Incorpora aos produtos todos os custos de fabricação Utiliza-se de rateio fundamentado no esforço de produção (UEP), que se torna uma unidade padrão dentro da empresa A estrutura produtiva é dividida em postos operativos Os resultados sofrem influência direta do volume de produção É um método gerencial, estratégico e interno Apresenta custo unitário e global em cada fase para o processo produtivo e produto Oferece maior compreensão da estrutura produtiva, facilitando o planejamento e controle da produção Método de custeio de produto e de visão mais eficiente Tabela 1 - Comparativo entre os métodos de custeio 4 Metodologia aplicada Os mecanismos de controle anteriormente utilizados na empresa eram embasados em planilhas eletrônicas. Nessas eram realizadas simulações que geralmente utilizam valores imprecisos. A tomada de decisões eram balizadas nesses resultados somados a vivências práticas, que embora norteassem o caminho a seguir, traziam consigo o empirismo. Subjetividade essa que foi eliminada através do método UEP que demonstrou ser uma importante ferramenta no processo de gestão industrial. E para a implementação do método, foram necessários os seguintes passos: 4.1 Divisão da fábrica em postos operativos A primeira etapa de acordo com Wernke (2005) consiste na divisão da empresa em postos operativos, equipamentos onde os produtos são manufaturados. Um posto operativo pode ser uma máquina ou um posto de trabalho. 4.2 Cálculo do custo/hora (em $) por posto operativo (foto-índice) Para Wernke (2005) a segunda etapa para implementar a UEP é a determinação dos índices de custos horários por posto operativo (custo/hora em $). O custo/hora é obtido dividindo-se o total (em $ do período) de custos de transformação do posto operativo pelo número previsto de horas de trabalho do período. 4.3 Obtenção dos tempos de passagem dos produtos pelos postos operativos Na terceira etapa conforme o autor citado anteriormente faz-se a coleta dos tempos de passagem dos produtos pelos postos operativos que estes utilizam para serem elaborados. 4.4 Escolha do produto base Wernke (2005) descreve como procedimento seguinte a escolha do produto base, que deve ser prioritariamente aquele que melhor represente a estrutura de produção da fábrica. Pode ser um produto que percorra o maior número de postos operativos ou que passe apenas pelos postos mais importantes. 4 4.5 Cálculo dos potenciais produtivos (UEP/hora) de cada posto operativo Segundo Wernke (2005) na quinta etapa são calculados os potenciais produtivos de cada posto operativo da empresa. O potencial produtivo de um posto corresponde à quantidade de esforços de produção gerada pelo seu funcionamento por uma hora. 4.6 Determinação dos equivalentes dos produtos em UEP (valor em UEP do produto) De acordo com Wernke (2005) nessa etapa faz-se a conversão dos produtos para o valor equivalente em UEP, e assume-se que os produtos, ao passarem pelos postos operativos, consomem esforço de produção de acordo com os seus tempos de passagem. Esse cálculo é repetido para todos os produtos em cada um dos postos operativos pelos quais passarem. A soma dos esforços de produção consumidos pelo produto representará o seu “equivalente em UEP”. 4.7 Mensuração da produção total em UEP Para Wernke (2005) a fase anterior mostra como o método UEP consegue converter todos produtos fabricados em UEP’s, tornando a empresa monoprodutora (passa a produzir apenas UEP’s). Assim, para mensurar a produção total do período em UEP’s, basta multiplicar as quantidades fabricadas dos produtos pelos respectivos equivalentes em UEP. 4.8 Cálculo dos custos de transformação Conforme Wernke (2005) o custo de transformação de cada unidade produzida no período é calculado através da divisão dos gastos totais com os postos operativos no mês pela produção total em UEP’s no mesmo período, obtendo-se o valor unitário (em $) da UEP. Em seguida esse valor é multiplicado pelos equivalentes em UEP de cada produto para apurar o seu custo de transformação. 5 Implementação do método para gestão industrial na empresa estudada O método das UEP’s encontra-se implementado na empresa desde 2009, e é base de dados para indicadores que gerem os recursos fabris, sinalizando os seus desempenhos, e necessidades de tomadas de ações quando identificam resultados insatisfatórios. O período em análise descrito a seguir corresponde aos meses de julho, agosto e setembro de 2009. No mês de agosto a empresa foi submetida a uma mudança de endereço, aspecto que contribuiu nas variações dos custos do espaço físico e da energia elétrica desses meses conforme pode ser observado na tabela 2. Os diferenciados custos de aluguel e a sua ponderação no mês de agosto fizeram com que o valor do espaço físico fosse diferente em cada mês. O custo do kWh, por sua vez, dobrou no mês de setembro devido à existência de atraso na instalação do gerador e falha no funcionamento do banco de capacitores na nova sede, que resultaram em sobretaxas durante o horário de ponta e existência de energia reativa excedente, uma vez que a tarifa utilizada é a verde. Custo do espaço físico em m² Custo de energia elétrica em kWh Fonte: Empresa estudada Julho 8,33 0,28 Agosto 7,00 0,28 Setembro 5,00 0,56 Tabela 2 - Principais variações de custo no período 5.1 Tempo de operação O mês de julho disponibilizou um número de horas normais superior aos meses de agosto (inferior em 15,79%) e setembro (inferior em 8,79%), como pode ser observado na tabela 3. Esse fato justifica-se pela existência de 23 dias úteis em julho, superando em 2 dias os meses de agosto e setembro que dispunham de 21 dias. 5 Historicamente o mês de julho corresponde ao final de um período de sazonalidade de baixa comercialização de produtos. Nesse ano, contrariando o passado, ocorreu o início da retomada, de um crescente período que normalmente estende-se até o final do ano, e que marca o aumento do consumo de produtos devido à proximidade da chegada do verão. Tempo de operação em horas normais (h) Tempo de operação em horas extras (h) Tempo total de operação (h) Tempo de operação médio (h) Fonte: Empresa estudada Julho Ago-Jul Agosto Set-Ago Setembro Set-Jul 18.234,40 -15,79% 15.355,20 8,32% 16.632,00 -8,79% 1.158,65 -4,91% 1.101,75 23,83% 1.364,25 17,74% 19.393,05 -15,14% 16.456,95 9,35% 17.996,25 -7,20% 843,18 -7,06 783,66 9,35 856,96 1,64 Tabela 3 - Tempo de operação dos meses do período O tempo de operação em julho foi de 19.393,05 horas, sendo 1.158,65 (5,97%) extras. Essas horas extras representaram um aumento de 10.062,24 UEP’s (10,66%), e conforme demonstra a tabela 4, corresponderam a 9,08% sobre o custo total da folha de pagamento. Já sobre o custo da mão de obra direta o impacto foi de 17,12%. Custo mão de obra administrativa Custo mão de obra comercial Custo mão de obra indireta Custo mão de obra direta Horas extras/Custo mão de obra direta Horas extras/Custo total folha de pagamento Fonte: Empresa estudada Julho (%) 11,09 11,86 23,99 53,05 17,12 9,08 Agosto (%) 11,15 12,21 24,71 51,93 22,12 11,49 Setembro (%) 12,43 11,68 20,30 55,60 32,43 18,03 Tabela 4 - Índices relacionados com mão de obra e horas extras do período O mês de agosto que anualmente corresponde ao da retomada de crescimento, nesse ano teve uma queda de 7,06% considerando o tempo médio. O tempo total de operação foi de 16.456,95 horas, sendo 1.101,75 (6,69%) extras. A realização dessas horas acarretou em um aumento de 9.085,88 UEP’s (11,28%) disponíveis, e conforme destaca a tabela 4, corresponderam a 11,49% sobre o custo total da folha de pagamento. Já sobre o custo da mão de obra direta o impacto foi de 22,12%. O mês de setembro deu reinício ao período de crescimento. O tempo de operação médio superou os meses de julho (1,64%) e agosto (9,35%), apresentando em tempo de operação de 17.996,25 horas, sendo 1.364,25 (7,58%) extras. Essas horas resultaram em um aumento de 11.567,32 UEP’s (13,00%) disponíveis, e conforme apresenta a tabela 4, corresponderam a 18,03% sobre o custo total da folha de pagamento. Nesse mês o impacto do custo da mão de obra direta foi de 32,43%. 5.2 Produção em UEP’s A capacidade produtiva em número de UEP’s no período (julho, agosto e setembro), foi de 263.890,14 conforme pode ser observado na tabela 5. Julho Ago-Jul Agosto Set-Ago Setembro Soma 6 UEP’s disponíveis em horas normais UEP’s disponíveis em horas extras Total de UEP’s disponíveis Total de UEP’s produzidas Fonte: Empresa estudada 84.308,95 -15,27% 71.438,54 8,38% 77.427,21 233.174,70 10.062,24 -9,70% 9.085,88 27,31% 11.567,32 30.715,44 94.371,18 -14,67% 80.524,42 10,52% 88.994,53 263.890,14 52.839,62 0,41% 53.054,17 24,63% 66.122,87 172.016,66 Tabela 5 - Capacidade produtiva em UEP's No mês de julho o número de UEP’s disponíveis foi de 94.371,18, sendo 10.062,24 UEP’s (10,66%) produzidas em horas extras. Comparando o valor total de UEP’s disponíveis com o cálculo da produção efetiva, observou-se um aproveitamento de 55,99% da utilização fabril, demonstrando um bom resultado frente à produção do mês. No mês de agosto o número de UEP’s disponíveis foi de 80.524,42, sendo 9.085,88 UEP’s (11,28%) produzidas em horas extras. Comparando o valor total de UEP’s disponíveis com o cálculo da produção efetiva, observou-se um aproveitamento de 65,89% da utilização da fábrica, superior ao mês de julho em 17,67%. Em setembro o número de UEP’s disponíveis foi de 88.994,53, sendo 11.567,32 UEP’s (13,00%) produzidas em horas extras. A eficiência no mês foi de 74,30% da capacidade fabril, superando em 12,77% o mês de agosto. Como pode-se observar, o mês de julho disponibilizou um número de UEP’s em horas normais superior aos meses de agosto e setembro. Esse fato justifica-se por superar em 2 dias úteis os meses de agosto e setembro, e pelo custo do espaço físico em julho ter sido de R$8,33/m², contra R$7,00/m² em agosto e R$5,00/m² em setembro, conforme comentado anteriormente. O mês de setembro, por sua vez, disponibilizou um número de UEP’s em horas normais superior ao mês de agosto devido ao maior volume de produtos comercializados que totalizou 263.307, sendo 13,45% superior a agosto e 16,10% a julho, respectivamente. Como já mencionado o momento analisado contempla o início do período de avanço nas vendas dos produtos. Historicamente até que novas contratações sejam realizadas, e que as demandas sejam minimamente conhecidas, é necessária a realização de horas extras para suprimir essas necessidades, como pode ser observado na tabela 6. Essas horas geraram um número significativo de UEP’s embora, não na mesma proporção das horas efetivamente produzidas. Isso ocorreu devido à necessidade de realização de horas extras, e entre elas, em finais de semana nas sete máquinas gargalo que possuem potenciais produtivos significativos, que acabaram por aumentar o volume de UEP’s geradas nessas horas. Observa-se na tabela 6 que os meses de julho a setembro apresentaram comportamento atípico, alternando o tempo de operação e UEP’s disponíveis em horas normais e extras. Verificou-se que a quantidade de horas extras realizadas não guarda relação direta com a produção dessas horas, ou seja, máquinas com potencial produtivo (foto-índice) maior gera maior volume de UEP’s. Tempo de operação em horas normais Tempo de operação em horas extras Tempo total de operação Julho % Agosto % Setembro % 18.234,40 94,03% 15.355,20 93,31% 16.632,00 92,42% 1.158,65 5,97% 1.101,75 6,69% 1.364,25 7,58% 19.393,05 100,00% 16.456,95 100,00% 17.996,25 100,00% 7 UEP’s disponíveis em horas normais UEP’s disponíveis em horas extras Total de UEP’s disponíveis Fonte: Empresa estudada 84.308,95 89,34% 71.438,54 88,72% 77.427,21 87,00% 10.062,24 10,66% 9.085,88 11,28% 11.567,32 13,00% 94.371,18 100,00% 80.524,42 100,00% 88.994,53 100,00% Tabela 6 - Relação tempo de operação x UEP’s disponíveis 5.3 Volume de produtos fabricados Conforme comentado anteriormente, o período avaliado corresponde ao da retomada anual da comercialização dos produtos, fato que pode ser evidenciado pelo aumento de produtos vendidos, partindo em julho de 226.798, e em agosto sendo superado em 2,34% e 16,10% em setembro. No mês de julho foram comercializados 226.798 produtos, sendo composto de 396 itens distintos. Seis deles destacaram-se com volume de peças comercializas acima de 8.000, resultando em 31,58% dos produtos produzidos no mês, como pode ser observado na tabela 7. Esses produtos somados consumiram 7.612,36 UEP’s, pois possuem baixos equivalentes, e embora tenham sido comercializados em volumes significativos representam apenas 14,41% do consumo das UEP’s. Para melhor elucidar, tomou-se como exemplo o produto C0, que possui equivalente de 0,03 UEP’s. O mesmo teve um volume produzido de 10.100 peças que representaram 4,45% do volume de produtos produzidos e consumiu apenas 260,57 UEP’s que representou 0,49% das UEP’s disponíveis no mês. Produtos Quantidade A0 20.015 B0 15.300 C0 10.100 D0 10.000 E0 8.200 F0 8.000 Sub-total 71.615 Total 226.798 Fonte: Empresa estudada % qt. 8,83 6,75 4,45 4,41 3,62 3,53 31,58 100,00 Equivalente 0,13 0,07 0,03 0,06 0,06 0,32 - Total UEP’s 2.627,40 1.002,49 260,57 617,91 513,13 2.590,85 7.612,36 52.839,62 % UEP 4,97 1,90 0,49 1,17 0,97 4,90 14,41 100,00 Tabela 7 - Produtos com maior volume de vendas no mês de julho Em contrapartida, como pode ser observado na tabela 8, quatro produtos utilizaram quantidade acima de 1.500 UEP’s, consumindo 11.496,80 UEP’s correspondendo a 21,76% do total, e que somados resultam em 38.722 unidades, ou seja, 17,07% do volume de produtos comercializados. Para melhor esclarecer tomou-se como exemplo o produto G0, que possui equivalente de 1,18 UEP’s. O mesmo consumiu 3.550,45 UEP’s que representaram 6,72% das UEP’s produzidas e teve um volume de 3.000 peças que representaram 1,32% do total de produtos no mês. Produtos G0 H0 A0 F0 Quantidade 3.000 7.707 20.015 8.000 % qt. 1,32 3,40 8,83 3,53 Equivalente 1,18 0,35 0,13 0,32 Total UEP’s 3.550,45 2.728,09 2.627,40 2.590,85 % UEP 6,72 5,16 4,97 4,90 8 Sub-total 38.722 Total 226.798 Fonte: Empresa estudada 17,07 100,00 - 11.496,80 52.839,62 21,76 100,00 Tabela 8 - Produtos com maior consumo de UEP’s no mês de julho No mês de agosto o total de produtos comercializados foi de 232.099, sendo composto de 381 itens distintos. Sete foram os produtos que tiveram quantidade comercializada superior a 8.000 unidades, resultando em 35,59% dos produtos produzidos no mês, como pode ser observado na tabela 9. Esses produtos, por possuírem baixos equivalentes, consumiram 7.348,47 UEP’s, e embora tenham sido comercializados em volumes significativos representaram apenas 13,85% das UEP’s disponíveis. O produto M0 possui equivalente de 0,002 UEP’s, e apesar de terem sido produzidas 8.000 peças (3,45% do volume total), consumiu 16,93 UEP’s que representa apenas 0,03% das UEP’s produzidas no mês. Produtos Quantidade A0 20.039 I0 16.560 J0 10.000 K0 10.000 L0 10.000 D0 8.000 M0 8.000 Sub-total 82.599 Total 232.099 Fonte: Empresa estudada % qt. 8,63 7,13 4,31 4,31 4,31 3,45 3,45 35,59 100,00 Equivalente 0,13 0,11 0,03 0,05 0,16 0,06 0,002 - Total UEP’s 2.572,96 1.870,53 314,11 535,64 1.554,84 483,45 16,93 7.348,47 53.054,17 % UEP 4,85 3,53 0,59 1,01 2,93 0,91 0,03 13,85 100,00 Tabela 9 - Produtos com maior volume de vendas no mês de agosto A tabela 10 identifica os seis produtos que em agosto consumiram quantidade acima de 1.500 UEP’s, utilizando 14.460,07 UEP’s (27,26% do total). Os produtos somados resultaram em 61.603 unidades, ou seja, 26,54% do volume comercializado. O produto G0, que possui equivalente de 1,13 UEP’s, consumiu 4.524,55 UEP’s que representou 8,53% das UEP’s produzidas e teve um volume de 4.001 peças que representou 1,72% do total de produtos. Produtos Quantidade G0 4.001 A0 20.039 N0 5.003 F0 6.000 I0 16.560 L0 10.000 Sub-total 61.603 Total 232.099 Fonte: Empresa estudada % qt. 1,72 8,63 2,16 2,59 7,13 4,31 26,54 100,00 Equivalente 1,13 0,13 0,40 0,32 0,11 0,16 - Total UEP’s 4.524,55 2.572,96 2.007,30 1.929,88 1.870,53 1.554,84 14.460,07 53.054,17 % UEP 8,53 4,85 3,78 3,64 3,53 2,93 27,26 100,00 Tabela 10 - Produtos com maior consumo de UEP’s no mês de agosto Em setembro o número de produtos comercializados foi de 263.307, sendo composto de 379 itens distintos. Sete foram os produtos que superaram em 8.000 peças o volume comercializado, resultando em 35,69% dos produtos produzidos no mês, como pode ser 9 observado na tabela 11. Esses produtos somados consumiram 12.418,05 UEP’s, pois possuem baixos equivalentes, e embora tenham sido comercializados em volumes significativos representaram apenas 18,78% das UEP’s produzidas. O produto P0 possui equivalente de 0,06 UEP’s e embora tenha sido produzido 11.000 peças (4,18% do volume total), consumiu 635,56 UEP’s que representou apenas 0,96% das UEP’s produzidas no mês. Produtos Quantidade L0 17.000 I0 16.000 A0 14.976 D0 12.000 F0 12.000 O0 11.000 P0 11.000 Sub-total 93.976 Total 263.307 Fonte: Empresa estudada % qt. 6,46 6,08 5,69 4,56 4,56 4,18 4,18 35,69 100,00 Equivalente 0,15 0,13 0,13 0,07 0,33 0,04 0,06 - Total UEP’s 2.543,89 2.012,02 1.979,34 786,17 3.985,78 475,28 635,56 12.418,05 66.122,87 % UEP 3,85 3,04 2,99 1,19 6,03 0,72 0,96 18,78 100,00 Tabela 11 - Produtos com maior volume de vendas no mês de setembro A tabela 12 identifica os dez produtos que em setembro consumiram quantidade acima de 1.500 UEP’s, utilizando 24.982,45 UEP’s (37,78% do total). Os produtos somados resultaram em 87.658 unidades, ou seja, 33,29% do volume comercializado. O produto U0, que possui equivalente de 1,23 UEP’s, consumiu 1.790,68 UEP’s que representou 2,71% das UEP’s produzidas e teve um volume de 1.452 peças que representou 0,55% do total de produtos no mês. Produtos Quantidade F0 12.000 Q0 4.919 R0 5.850 S0 5.140 L0 17.000 N0 4.821 I0 16.000 A0 14.976 T0 5.500 U0 1.452 Sub-total 87.658 Total 263.307 Fonte: Empresa estudada % qt. 4,56 1,87 2,22 1,95 6,46 1,83 6,08 5,69 2,09 0,55 33,29 100,00 Equivalente 0,33 0,60 0,50 0,54 0,15 0,44 0,13 0,13 0,35 1,23 - Total UEP’s 3.985,78 2.941,95 2.901,70 2.751,58 2.543,89 2.130,54 2.012,02 1.979,34 1.944,97 1.790,68 24.982,45 66.122,87 % UEP 6,03 4,45 4,39 4,16 3,85 3,22 3,04 2,99 2,94 2,71 37,78 100,00 Tabela 12 - Produtos com maior consumo de UEP’s no mês de setembro 5.4 Custo do produto base O custo do produto base é uma informação diretamente influenciada pelos foto-índices dos postos operativos pelos quais ele percorre. No mês de julho o valor foi de R$4,15, e em agosto R$4,55 apresentando uma variação de 9,62%, ocasionada pelo custo do valor/hora da mão de obra de julho ter sido inferior ao de agosto, devido ao fato do mês de julho possuir dois dias úteis a mais que o mês de agosto. No mês de setembro o custo foi de R$5,69 10 (25,04% superior a agosto e 37,07% a julho). Esse aumento está associado ao custo da energia elétrica que nesse mês passou para R$0,56/kWh, contra R$0,28/kWh de julho e agosto. 5.5 UEP média por produto Outra análise relevante é a do valor médio de UEP’s por produto. Esse valor é obtido através da divisão do número de UEP’s pelo número de produtos produzidos no mês como pode ser verificado na tabela 13. Os meses de julho e agosto apresentaram o valor de 0,23UEP/produto demonstrando uma similaridade nos esforços para a produção dos itens, independente da distinção dos mesmos e de suas respectivas quantidades. Já no mês de setembro foi observado um aumento no valor em torno de 9,86% visto o acréscimo do número de UEP’s produzidas no mês, refletida pela fabricação de produtos com maior valor agregado. Julho 52.839,62 226.798 0,23 Total de UEP’s produzidas Total de produtos produzidos UEP médio/produto Fonte: Empresa estudada Agosto 53.054,17 232.099 0,23 Setembro 66.122,87 263.307 0,25 Tabela 13 - UEP médio por produto 5.6 Custo da UEP O custo da UEP dos meses analisados apresentou relação inversa em comparação à produção de UEP’s como pode ser observado na tabela 14. Isso ocorreu pelos custos de transformação terem sido decrescentes nos três meses avaliados e embora com quantidades de UEP’s produzidas crescente, os custos das UEP’s tiveram comportamento contrário, demonstrando o maior aproveitamento dos processos fabris no mês de setembro. Julho Custos de transformação UEP’s produzidas Custo da UEP Fonte: Empresa estudada 558.679,27 52.839,62 10,57 Ago-Jul (%) -1,00 0,41 -1,40 Agosto 553.068,34 53.054,17 10,42 Set-Ago (%) -1,20 24,63 -20,73 Setembro Set-Jul (%) 546.431,44 66.122,87 8,26 -2,19 25,14 -21,84 Tabela 14 - Custo da UEP 5.7 Custo dos produtos que compõe o produto base Os custos dos produtos que compõem o produto base apresentaram comportamento distinto durante o período analisado conforme mostra a tabela 15. Essas variações são decorrentes das diferenças entre os equivalentes e do custo da UEP. As variações nos equivalentes foram originadas pelos diferentes valores do produto base conforme já mencionado no item 4.4. Os valores da UEP por sua vez tiveram relação com os custos de transformação do período conforme comentado no item anterior. Nesse contexto, o mês de setembro apresentou redução no custo do produto base 9,19% menor que julho e 8,60% menor que agosto, uma vez que o custo do mesmo foi de R$25,12, contra R$27,43 de julho e R$27,28 de agosto. Julho Agosto Setembro 11 Custo MP Custo Unitário Equivalente Custo Produto Custo MP Custo Unitário Equivalente Custo Produto Custo MP Custo Unitário Custo Produto Equivalente V0 0,40 4,28 W0 0,14 1,52 X0 0,25 2,66 Y0 0,20 2,11 Soma 1,00 10,57 Fonte: Empresa estudada 2,05 2,17 7,70 4,94 16,86 6,33 3,69 10,36 7,05 27,43 0,39 0,14 0,26 0,20 1,00 4,11 1,50 2,75 2,07 10,42 2,05 2,17 7,70 4,94 16,86 6,16 3,67 10,45 7,01 27,28 0,44 0,14 0,23 0,19 1,00 3,64 1,19 1,88 1,55 8,26 2,05 2,17 7,70 4,94 16,86 5,69 3,36 9,58 6,49 25,12 Tabela 15 - Custos envolvidos no cálculo do produto base no período 5.8 Simulações Outra utilidade do método é a capacidade de simulação que o mesmo proporcionou. Tomando como base um pedido, ou uma necessidade de produção específica, foi possível prever a duração necessária para a sua produção, melhorando a gestão do tempo. Outra simulação realizada foi da capacidade produtiva através da substituição de um equipamento. Foi analisada uma proposta de automação de um processo produtivo, sendo referencia para essa análise o valor do foto-índice do posto operativo existente e, através do método, realizado o cálculo do novo valor para o equipamento proposto, onde foi observado através da sua capacidade o ganho de disponibilidade e produtividade que proporcionaria. Atualmente o foto-índice da máquina em análise é de R$0,68/hora e com mão de obra passa para R$8,27. O foto-índice do equipamento proposto considerando o novo espaço físico ocupado seria de R$2,38/hora e com mesmo custo mão de obra passaria para R$9,97. A máquina existente produz aproximadamente 500 peças/hora resultando em um custo unitário de R$0,017. A produção do novo equipamento seria de 750 peças/hora, ao custo unitário de R$0,013. Considerando que a produção mensal dos produtos que passam nessa operação é de 250.000, a economia seria de aproximadamente R$1.000,00. Ainda, considerando que a máquina seria paga com regime de financiamento em 24 meses, o valor economizado seria utilizado para a quitação da mesma ao final do período do financiamento. Tais informações sobre a simulação da compra do novo equipamento podem ser observadas na tabela 16. Equipamento atual Equipamento proposto Foto-índice s/ MO 0,68 2,38 Foto-índice c/ MO 8,27 9,97 Produção/ hora 500 750 Custo/peça R$ 0,017 0,013 Tabela 16 - Dados relativos à simulação da aquisição do novo equipamento 6 Considerações finais O processo de gestão de uma organização provém, entre outros, da disponibilidade de informações acuradas. O desenvolvimento desse trabalho trouxe como beneficio para a empresa a integração de dados e sua transformação em informações que, embora existentes, estavam dispersas. Essas informações foram parametrizadas gerando cadastros de recursos de maquinário e mão de obra, que uma vez integradas, proporcionaram a elaboração de indicadores. A gestão industrial se utilizou desses indicadores para mensurar os recursos produtivos, possibilitando visualizar as necessidades para o atendimento das demandas do mercado em detrimento de análises empíricas. 12 O método permitiu a medição de produções diversificadas em uma única unidade, facilitando a sua gestão através da identificação alguns indicadores: a) A medição do tempo de operação que no mês de julho foi de 19.393,05 horas, em agosto 16.456,95 horas e em setembro 17.996,25 horas disponibilizando um total de 94.371,18, 80.524,42 e 88.994,53 UEP’s respectivamente; b) O aumento de produtos vendidos, partindo em julho de 226.798, e em agosto sendo superado em 2,34% e 16,10% em setembro; c) A influência do custo dos produtos pelos foto-índices, tomando como referencia o produto base, que no mês de julho foi valorizado em R$4,15, em agosto R$4,55 e em setembro com o valor de R$5,69 (25,04% superior a agosto e 37,07% a julho); d) Outra análise relevante foi a do valor médio de UEP’s por produto. Os meses de julho e agosto apresentaram o valor de 0,23UEP/produto demonstrando uma similaridade nos esforços para a produção dos itens, independente da distinção dos mesmos e de suas respectivas quantidades. Já no mês de setembro foi observado um aumento no valor em torno de 9,86% visto o acréscimo do número de UEP’s produzidas no mês, refletida pela fabricação de produtos com maior valor agregado; e) O custo da UEP por sua vez apresentou relação inversa em comparação à produção de UEP’s. Isso ocorreu pelos custos de transformação terem sido decrescentes nos três meses avaliados e embora com quantidades de UEP’s produzidas crescente, os custos das UEP’s tiveram comportamento contrário, demonstrando o maior aproveitamento dos processos fabris no mês de setembro. O método também foi utilizado como ferramenta de simulação. Tomando como base um pedido, foi possível prever a duração necessária para a sua produção, melhorando a gestão do tempo. Outra forma de simulação realizada foi da capacidade produtiva, através da substituição de equipamentos, por outros propostos. A globalização, e mais que isso, a competitividade faz com as organizações busquem novos instrumentos no auxilio à sua gestão, minimizando o empirismo ainda presente em muitas empresas. A empregabilidade do método constitui-se em uma importante ferramenta para a melhoria do processo de gestão industrial, auxiliando na identificação de oportunidades e minimização de riscos, no que se refere a custos industriais, maximizando os recursos fabris. Referências BORNIA, ANTONIO CEZAR. Análise gerencial de custos: aplicação em empresas modernas. Porto Alegre: Bookman, 2002. 203 p. GANTZEL, GERSON; ALLORA, VALERIO. Revolução nos custos: os métodos ABC e UP e a gestão estratégica de custos como ferramenta para a competitividade. 2. ed. Salvador: Casa da Qualidade, 1996. 150 p. LEONE, GEORGE SEBASTIÃO GUERRA. Custos: planejamento, implantação e controle. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000. 518 p. LEVANT, YVES; VILLARMOIS, OLIVIER DE LA. Georges Perrin and the GP cost calculation method: the story of a failure. Accounting business and financial history, v. 14, n. 2, p. 151-181, jul. 2004. SANTOS, JOSÉ LUIZ DOS et al. Fundamentos de contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2006. 277 p. (Coleção resumos de contabilidade, v. 22). WERNKE, RODNEY. Gestão de custos: uma abordagem prática. São Paulo: Atlas, 2001. 175 p. WERNKE, RODNEY. Análise de custos e preços de venda: ênfase em aplicações e casos nacionais. São Paulo: Saraiva, 2005. 201 p. 13