Workshop B2 – Avaliação Docente Teve como orador um Representante da FENPROF, licenciado em Economia , docente na Universidade da Beira Interior iniciou a sua intervenção falando da alteração dos estatutos de avaliação em 2009 , onde a Fenprof luta para uma simplificação e clarificação da avaliação, exigindo coerência e transparência, querendo que os docentes participem nessa avaliação. Segundo a Fenprof os professores querem ser avaliados, contudo não concordam com este modelo que assenta essencialmente em três pilares sendo estes a docência, a investigação científica e a prestação de serviços á comunidade. Onde por exemplo um docente pertencendo a um órgão de gestão tem automaticamente pontos, não sendo preciso prova de qualidade de ensino. Mencionaram também o facto de ser dado mais valor á investigação científica e publicação de artigos do que propriamente ao desempenho do docente. Passaram-se às intervenções onde Andrea Sousa da AEFDUP questionou quanto às medidas que as associações podem tomar para os docentes serem, mais docentes e menos publicadores. Onde a resposta foi para haver acções conjuntas com os deputados da Região, falar com a direcção da faculdade, conselho científico e conselho geral, ou até abaixo assinados, petições, etc. O Orador concordou com a aluna, que os professores do ensino superior tal como os do ensino secundário ou Básico deveriam ter formação em ensino, pois podem ser detentores de muito conhecimento, mas não ter qualidade de transmissão. Quanto á questão de Bolonha o Orador concordou que este permite chegar mais cedo ao mercado de trabalho, ou ir mudando a sua área de formação, no entanto, criou falsas espectativas de que a licenciatura seja suficiente para entrar no mercado trabalho, acrescentando ainda que Bolonha não trouxe qualidade ao ensino. Contrapondo as informações dadas pelo orador, Ana Abreu da Faire defendeu os pressupostos afirmando que o problema reside na má implementação da mesma a nível nacional. Corrigiu ainda o orador mostrando que pela lei 62/2007 do RJIES o Conselho Geral tem de ser constituído por pelo menos 50% de docentes, 30% membros externos e ate 15% de alunos, sendo os últimos os prejudicados ao contrário do que o orador tinha afirmado anteriormente. Ambos concordaram que na teoria Bolonha é positivo, mas que a sua implementação não tem ido de acordo com os objectivos do mesmo. Ana Abreu acredita que com a implementação correta de Bolonha os professores têm de dar mais foco aos seus alunos, preocupando-se em adequar os seus métodos de ensino a cada um. Focou o fato de no antes e no pós Bolonha os métodos de ensino serem idênticos o que prejudica gravemente o trabalho do aluno mas também a atenção ou falta dela por parte do docente. Refere ainda que não existem incentivos para que os professores passem a actuar de acordo com Bolonha dado que a produção científica assume grande relevância na progressão da carreira docente. Paralelamente deveria ser promovida uma transição suave entre o secundário e o ensino superior, preparando o estudante para um ensino com mais autonomia e consequentemente com mais responsabilidade. Seguiu-se a intervenção de Paulo Figueiredo da AE de Évora onde questionou o pouco peso dos estudantes na parte que toca a avaliação dos professores, onde foi dito que a Fenprof propôs que a avaliação dessa componente fosse dada pelo conselho geral mas não foi aceite ou então que fosse assegurado um numero de alunos representativo. Finalizando o debate, Leila Campos da AAC, questionou o que se deve fazer com os docentes que obtêm maus resultados onde foi respondido que primeiro se deveria ver porque falho o professor, o que fazer para este desempenhar melhor a sua função e se a culpa for do docente o mesmo ser despedido, que é o que acontece quando se obtém duas avaliações negativas. Finalizando, o orador disse que era necessário mais investimento no ensino!