Como reconhecer e tratar o estiramento muscular
O estiramento muscular é uma lesão indireta caracterizada pelo "alongamento" das
fibras dos músculos além dos limites normais. Ele está entre as lesões mais frequentes
nos esportes e modifica significativamente os hábitos de treinamento e de competição
dos praticantes.
Normalmente estiramentos musculares são causados por displicência dos atletas. Usar
uma técnica de treino de maneira incorreta, sobrecarga e fadiga muscular, postura
inadequada durante a corrida, diferença de comprimento de membros inferiores e
diminuição da amplitude de movimento são os erros mais comuns entre os que praticam
esporte. Porém, a contração rápida e explosiva, é quem fundamentalmente proporciona
o surgimento da lesão.
O primeiro sinal de estiramentos é uma dor súbita durante a um treino esportivo e
algumas vezes acompanhado de uma sensação de estalido. A intensidade da dor é
variável e geralmente provoca desequilíbrio e interrupção do movimento. Os sintomas
que podem ser observados depois são: deficiências de flexibilidade, desequilíbrios de
força entre músculos de ações opostas, lesões musculares que não melhoram, distúrbios
nutricionais e hormonais, infecções e dificuldade de coordenar movimentos.
Existem grupos musculares mais propensos a este tipo de lesão, como os músculos
posteriores da coxa, os da panturrilha, a musculatura interna da coxa e o músculo
anterior da coxa. Estudos indicam a junção músculo-tendão, também conhecida como
região distal do ventre muscular, como o principal local da lesão. Mesmo assim, é bom
deixar claro que qualquer ponto do músculo é suscetível ao estiramento.
"O primeiro sinal de estiramentos é uma dor súbita durante a um treino esportivo e
algumas vezes acompanhado de uma sensação de estalido".
O diagnóstico deve abranger uma história e exames clínicos adequados, baseados em
queixas de dores localizadas, dores à contração isométrica e à palpação. O exame da
ultra-sonografia complementa o diagnóstico. Conhecer e tratar o estiramento de maneira
precoce é muito importante para conseguir tratar essa lesão muscular. Como os fatores
de produção da lesão são diversos, é importante saber detalhes da história clínica do
paciente.
O médico sempre deve observar o condicionamento físico do atleta, se sofreu a lesão no
início ou no final da competição, como foi feito o aquecimento, condições climáticas e o
estado de equilíbrio emocional, se o atleta lesionado foi muito exigido na competição.
Se o profissional não levar em conta esses fatores, é aconselhável que o paciente
procure uma segunda opinião após o diagnóstico.
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A classificação dos estiramentos tem importância no diagnóstico, já que identifica e
quantifica a área lesada do músculo, os fenômenos decorrentes desse problema, a
gravidade da lesão, os critérios de tratamento, o tempo de afastamento do esporte e a
previsão de sequelas. Podemos classificar os estiramentos de acordo com as dimensões
da lesão em:
Grau I - é o estiramento de uma pequena quantidade de fibras musculares (lesão em
menos de 5% do músculo). A dor é localizada em um ponto específico, surge durante a
contração muscular contra-resistência e pode desaparecer no repouso. O edema pode
estar presente, mas, geralmente, não é notado no exame físico. Ocorrem danos mínimos,
a hemorragia é pequena, a resolução é rápida e a limitação funcional é leve. Apresenta
bom prognóstico e a restauração das fibras é relativamente rápida.
-Grau II - O número de fibras lesionadas e a gravidade da lesão são maiores (a lesão
atinge entre 5% e 50% do músculo). São encontrados os mesmos achados da lesão de
primeiro grau, porém com maior intensidade. Acompanha-se de: dor, moderada
hemorragia, processo inflamatório local mais exuberante e diminuição maior da função.
O tratamento do problema é mais lento.
-Grau III - Esta lesão geralmente ocorre desencadeando uma ruptura completa do
músculo ou de grande parte dele (lesão atinge mais de 50% do músculo), resultando em
uma grave perda da função com a presença de um defeito palpável. A dor pode variar de
moderada a muito intensa, provocada pela contração muscular passiva. O edema e a
hemorragia são grandes. Dependendo da localização do músculo lesionado em relação à
pele adjacente, o edema, a equimose e o hematoma podem ser visíveis, localizando-se
geralmente em uma posição distal à lesão devido à força da gravidade que desloca o
volume de sangue produzido em decorrência da lesão. O defeito muscular pode ser
palpável e visível.
Após tratamento inicial na fase aguda da lesão, com gelo, repouso, elevação, uso de
antiinflamatórios prescritos por um profissional médico, ultra-som pulsátil,
microcorrentes e laser, inicia-se a recuperação do movimento ativo, com carga que não
produza dor. A inclusão dos exercícios de alongamentos são fundamentais na
recuperação da lesão.
Após esta sequência, utiliza-se os exercícios de recuperação funcional que têm como
objetivo retornar o atleta ao nível de atividade antes da lesão, restaurando a estabilidade
funcional e os padrões de movimentos específicos para o esporte, minimizando o risco
de nova lesão. A evolução do tratamento deve obedecer a uma avaliação diária da dor,
amplitude do movimento, força muscular e a sensação subjetiva do paciente.
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Nas atividades esportivas, existe uma permanente preocupação com o atleta de alto
nível, no cumprimento do planejamento de treinamento e na manutenção do estado
atlético. Negligenciar o tratamento leva freqüentemente a recidivas, com novas lesões
no mesmo músculo e que podem resultar seqüelas e longos períodos de afastamento do
esporte.
Fonte: minhavida.com.br
http://www.portaleducacao.com.br/educacao-fisica/noticias/49660/como-reconhecer-etratar-o-estiramento-muscular?
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