Exame de Suficiência – Março 2012 – Bacharel 01 - Uma sociedade empresária apresentou os seguintes dados para a elaboração da Demonstração do Valor Adicionado: Receita Bruta de Vendas: R$800.000,00 ( - ) Tributos sobre as Vendas : R$136.000,00 Receita Líquida: R$664.000,00 ( - ) Custo das Mercadorias Vendidas: Lucro Bruto: Despesa com Pessoal: R$498.000,00 R$166.000,00 R$90.000,00 Despesa com Depreciação: R$8.000,00 Despesa de Juros sobre Empréstimos: R$3.000,00 Resultado antes dos Tributos sobre o Lucro: R$65.000,00 Imposto de Renda: R$16.250,00 Contribuição Social: R$5.850,00 Resultado do Período: R$42.900,00 Informações adicionais: I - O custo de aquisição da mercadoria vendida foi calculado da seguinte forma: Valor da Mercadoria: R$600.000,00 ICMS Recuperado: R$102.000,00 Custo Aquisição: R$498.000,00 II - O valor da despesa com Pessoal é composto dos seguintes gastos: Salários, Férias e 13º Salário: R$65.000,00. INSS: R$25.000,00 Total: R$90.000,00 De acordo com a Demonstração do Valor Adicionado, elaborada a partir dos dados fornecidos, assinale a opção INCORRETA. a) O Valor adicionado a distribuir é R$192.000,00. b) O Valor adicionado a distribuir é R$294.000,00. c) O valor da remuneração de capital de terceiros é de R$3.000,00. d) O valor distribuído para pessoal é de R$65.000,00. Resposta: DESCRIÇÃO A – GERAÇÃO DO VALOR ADICIONADO 1 – RECEITAS 1.1 – Vendas de mercadorias, produtos e serviços (inclui tributos) R$800.000,00 R$800.000,00 1 1.2 – Provisão p/ devedores duvidosos – Reversão/(Constituição) 0,00 1.3 – Resultados não operacionais (venda de imobilizado, etc) 0,00 2 – INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (inclui tributos) R$600.000,00 2.1 – Custo das mercadorias, produtos e serviços vendidos R$600.000,00 2.2 – Matérias-primas e insumos consumidos 0,00 2.3 – Materiais, energia, serviços de terceiros etc. 0,00 2.4 – (Perda)/Recuperação de valores ativos 0,00 3 – VALOR ADICIONADO BRUTO (1 – 2) R$200.000,00 4 – RETENÇÕES: R$8.000,00 4.1 – Depreciação, amortização e exaustão: 5 – VALOR ADICIONADO LÍQUIDO (3 – 4) R$8.000,00 R$192.000,00 6 – VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA 0,00 6.1 – Resultado de equivalência patrimonial e dividendos 0,00 6.2 – Receitas financeiras (juros, aluguéis etc.) 0,00 7 – VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5 + 6) R$192.000,00 B – DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 8 – DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (7 = 8) R$192.000,00 8.1 – Remuneração do trabalho (pessoal e encargos) R$90.000,00 8.2 – Remuneração do governo (impostos, taxas e contribuições) R$ 56.100,00 8.3 – Remuneração do capital de terceiros (juros, aluguéis etc.) 8.4 – Remuneração dos acionistas (juros s/ cap. próprio e dividendos) 8.5 – Remuneração retida (lucros retidos/prejuízo do exercício) R$3.000,00 0,00 R$42.900,00 Comentários importantes: Percebam que tanto as vendas quanto o custo da mercadoria vendida são demonstrados na DVA pelo seu valor total. Não devemos abater o valor dos impostos. Contabilizamos pelo valor bruto. No valor de gastos com pessoal, temos que somar tanto o valor gasto com salários como aquele com encargos. No item 8.2, quando calculamos a remuneração do governo, temos que somar todos os impostos a pagar. Porem, no que se refere ao ICMS, devemos lembrar que dos impostos sobre as vendas, ou seja, os valores a pagar, temos que descontar o valor do ICMS recuperável. Então, pagaremos a diferença entre o valor a pagar nas vendas e o a recuperar nas compras. Gabarito: Letra B 02 - Em relação ao conteúdo das Notas Explicativas, de acordo com a NBC TG 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis é INCORRETO afirmar que o conjunto das Notas Explicativas apresenta: 2 a) a divulgação da análise dos resultados e da posição financeira da sociedade e o parecer da diretoria. b) a divulgação de informações requerida pelas normas, interpretações e comunicados técnicos que não tenha sido evidenciada nas demonstrações contábeis. c) as informações adicionais que não tenham sido evidenciadas nas demonstrações contábeis, mas que sejam relevantes para sua compreensão. d) as informações sobre a base para elaboração das demonstrações contábeis e das políticas específicas utilizadas. Resposta: Como a questão nos pede, devemos, para esta questão usar a NBC TG 26 que trata da apresentação das demonstrações contábeis. Percebam o que diz o item 112 deste Pronunciamento: 112. As notas explicativas devem: (a) apresentar informação acerca da base para a elaboração das demonstrações contábeis e das políticas contábeis específicas utilizadas. (b) divulgar a informação requerida pelos Pronunciamentos Técnicos, Orientações e Interpretações do CPC que não tenha sido apresentada nas demonstrações contábeis. (c) prover informação adicional que não tenha sido apresentada nas demonstrações contábeis, mas que seja relevante para sua compreensão. Percebamos que: A alternativa “b” é o que a alínea “b” do item 112 diz. Ela diz que é obrigação da empresa informar em notas explicativas aquelas informações que são requeridas pelos Pronunciamentos Contábeis e que não foram apresentadas nas demonstrações, ou seja, funcionar como um complemento das outras demonstrações contábeis.Assertiva correta. A alternativa “c”:Esta alternativa é o que diz a alínea “c” do item 112.As Notas Explicativas têm a função de apresentar informações que, caso não fossem divulgadas, dificultariam o melhor entendimento do conteúdo das demonstrações. Essas informações adicionais podem se referir a método de calculo de depreciação, método de contabilização das participações em outras empresas (método de custo ou equivalência patrimonial), controles de estoques, entre outros. Assertiva correta. A alternativa “d”: Esta assertiva é o que diz a alínea “a” do item 112. . Informa que as notas explicativas devem mostrar quais os métodos e políticas contábeis utilizadas nas demonstrações contábeis. Portanto, esta assertiva está correta. A única assertiva que não encontra respaldo na NBC TG 26 é a assertiva “a”.A alternativa fala em parecer da diretoria.Não há obrigação de publicação de analise de resultado e parecer de diretoria. O parecer dos auditores independentes, este sim, tem que obrigatoriamente ser divulgado. Assertiva incorreta. Gabarito: Letra A 03 - Uma sociedade empresária apresentou o seguinte Balancete de Verificação em 31.1.2012: 3 Débito Intangível Crédito R$80.000,00 Financiamento Bancário – Longo Prazo R$450.000,00 Encargos Financeiros Passivos a Transcorrer R$25.500,00 Contas a Receber – Curto Prazo R$380.000,00 Fornecedores – Curto Prazo R$65.000,00 Provisão para Riscos Ambientais R$8.000,00 Perdas Estimadas para Crédito de Liquidação Duvidosa R$1.000,00 Mútuo com Partes Relacionadas R$30.000,00 Caixa R$20.000,00 Estoque R$90.000,00 Imobilizado R$200.000,00 Amortização Acumulada R$48.000,00 Depreciação Acumulada R$20.000,00 Férias e Encargos R$70.000,00 Décimo Terceiro e Encargos R$80.500,00 ICMS a Recolher R$17.000,00 Ajuste de Avaliação Patrimonial R$24.000,00 Capital Social TOTAL R$90.000,00 R$843.500,00 R$843.500,00 Considerando os dados do Balancete de Verificação, assinale a opção CORRETA. a) O Ativo Circulante totaliza R$519.000,00 e o Ativo Não Circulante totaliza R$237.500,00. b) O Ativo Circulante totaliza R$519.000,00 e o Ativo Não Circulante totaliza R$242.000,00. c) O Ativo Circulante totaliza R$489.000,00 e o Ativo Não Circulante totaliza R$242.000,00. d) O Ativo Circulante totaliza R$489.000,00 e o Ativo Não Circulante totaliza R$267.500,00. Resposta: Percebam que todas as alternativas se referem ao total de Ativo Circulante e do Não Circulante. Devemos então nos concentrar nas contas que compõem estes dois grupos, não nos preocupando com os outros, como Passivo, por exemplo. Ativo Circulante: Contas a Receber – Curto Prazo: 380.000,00 Caixa: 20.000,00 Estoque: 90.000,00 ( - ) Perdas Estimadas para Crédito de Liquidação Duvidosa: (1.000,00) = Total do Ativo Circulante: 489.000,00 Ativo Não Circulante: Intangível: 80.000,00 Mútuo com Partes Relacionadas: 30.000,00 4 Imobilizado: 200.000,00 ( - ) Amortização Acumulada: (48.000,00) ( - ) Depreciação Acumulada: (20.000,00) = Total do Ativo Não Circulante: 242.000,00 Vamos agora só comentar as contas que podem gerar algumas dúvidas: Perdas Estimadas para Crédito de Liquidação Duvidosa: Trata-se de uma conta redutora da conta Duplicatas a Receber. Refere-se ao reconhecimento da possível perda no recebimento de duplicatas, baseada em histórico existente nos últimos três exercícios. Encargos Financeiros Passivos a Transcorrer: Quando os encargos financeiros são descontados antecipadamente, sendo recebido somente o valor líquido do empréstimo, a empresa deve registrar o valor recebido na conta Bancos e o valor total do empréstimo na conta de Passivo, e os encargos financeiros antecipados serão debitados em uma conta Encargos Financeiros a Transcorrer, que é redutora da conta Empréstimos. Vai abatendo-se a despesa mensal de juros desta conta até o mês final do empréstimo, quando esta conta será zerada. Mútuo com Partes Relacionadas: Podemos definir Mútuo com Partes Relacionadas as transações que ocorrem entre empresas de mesmo grupo, ou quando uma detém o controle de outra. Podem ser empréstimos ou financiamentos em condições mais favoráveis que as de mercado ou qualquer outro tipo de negócio entre empresas com interesses comuns de grupo. E, segundo a legislação contábil, as transações de empréstimos, por exemplo, entre empresas de mesmo grupo, independentemente do prazo, devem ser contabilizadas no Ativo Não Circulante- Realizável a Longo Prazo. Ajuste de Avaliação Patrimonial: Refere-se ao ajuste feito quando da Avaliação do Ativo Imobilizado ao seu Valor Justo. Esta conta é registrada diretamente no Patrimônio Líquido. Verifica-se a perda ou ganho do bem imobilizado comparando-se o valor contábil com o valor justo, e registra-se essa perda ou ganho no Patrimônio Líquido (normalmente trata-se de perda e registra-se como conta redutora de PL). Gabarito: Letra C 04 - Uma sociedade empresária apresentou os seguintes dados de um determinado período: Despesas administrativas reconhecidas durante o período: R$ 20.000,00 Ganhos na remensuração de ativos financeiros disponíveis para venda líquidos dos tributos: R$ 30.000,00 Lucro bruto do período: R$ 240.000,00 Lucro líquido do período: R$ 270.000,00 Perdas derivadas de conversão de demonstrações contábeis de operações no exterior menos tributos sobre ajuste de conversão: R$ 170.000,00 Receita de vendas realizadas durante o período: R$ 800.000,00 Resultado do período antes das receitas e despesas financeiras: R$ 230.000,00 5 Na Demonstração do Resultado Abrangente, elaborada a partir dos dados fornecidos, o valor do Resultado Abrangente é igual a: a) R$90.000,00. b) R$100.000,00. c) R$110.000,00. d) R$130.000,00. Resposta: De acordo com a Resolução CFC nº 1.185/09 e o CPC 26 a demonstração do resultado abrangente é obrigatória, mesmo não sendo prevista na Lei nº 6.404/76. O normativo define o resultado abrangente como “uma alteração no patrimônio líquido de uma sociedade durante um período, decorrente de transações e outros eventos e circunstâncias não originadas dos sócios. Isso inclui todas as mudanças no patrimônio durante o período, exceto aquelas resultantes de investimentos dos sócios e distribuições aos sócios”. A demonstração de resultados abrangentes é uma importante ferramenta de análise gerencial, pois, respeitando o princípio de competência de exercícios, atualiza o capital próprio dos sócios, através do registro no patrimônio líquido (e não no resultado) das receitas e despesas incorridas, porém de realização financeira “incerta”, uma vez que decorrem de investimentos de longo prazo, sem data prevista de resgate ou outra forma de alienação. Na prática o resultado abrangente visa apresentar os ajustes efetuados no Patrimônio Líquido como se fosse um lucro da empresa, por exemplo, a conta ajuste da avaliação patrimonial, registra as modificações de ativos e passivos a valor justo, que pelo princípio da competência não entram na DRE, no entanto, no lucro abrangente estas variações serão computadas, a fim de apresentar o lucro o mais próximo da realidade econômica da empresa. O CPC 26, aprovado pelo Conselho Federal de Contabilidade estabelece que o lucro abrangente seja calculado a partir do lucro líquido apurado na DRE, assim a demonstração do resultado abrangente deve, no mínimo, incluir as seguintes rubricas: 1. Resultado líquido do período; 2. Cada item dos outros resultados abrangentes classificados conforme sua natureza; 3. Parcela dos outros resultados abrangentes de empresas investidas reconhecida por meio do método de equivalência patrimonial; e 4. Resultado abrangente do período. Ainda conforme o Manual de Contabilidade Societária, FIPECAFI, PG 482 “Resultado Abrangente incluem as mutações do patrimônio líquido que não representam receitas e despesas realizadas”. Inclui alterações que poderão afetar o resultado do período futuramente ou às vezes permanecerão sem esse trânsito. Ainda, de acordo com as normas temos que: Resultados abrangentes compreendem itens de receita e despesa (incluindo ajustes de reclassificação) que não são reconhecidos na demonstração do resultado. Portanto, se as despesas e receitas foram realizadas, ou sejam, o fato gerador ocorreu, elas estarão na DRE e não na DRA. 6 Analisemos agora cada uma das contas apresentadas e veremos se estão ou não na DRA. Despesas administrativas reconhecidas durante o período R$ 20.000,00 São despesas do período, portanto fazem parte do resultado do período e não do resultado abrangente. Ganhos na remensuração de ativos financeiros disponíveis para venda líquidos dos tributos R$ 30.000,00 Esse resultado não faz parte do período, pois é uma atualização de ativos para venda futura, ou seja, a contabilização é feita diretamente no Patrimônio Líquido. Neste caso esse valor faz parte do Resultado Abrangente. Lucro bruto do período R$ 240.000,00 Esse lucro faz parte do Resultado do Exercício (Receita Líquida menos Custo das vendas) Lucro líquido do período R$ 270.000,00 Esse é o Lucro do Período, ou seja, partimos desse valor chegarmos ao Resultado Abrangente. Perdas derivadas de conversão de demonstrações contábeis de operações no exterior menos tributos sobre ajuste de conversão R$ 170.000,00 Resultado de conversão não faz parte do resultado do período, portanto será incluído no Resultado Abrangente. Receita de vendas realizadas durante o período R$ 800.000,00 Vendas realizadas no período fazem parte do resultado do período e não do Resultado Abrangente. Resultado do período antes das receitas e despesas financeiras R$ 230.000,00 Refere-se ao Lucro Bruto menos as despesas Administrativas e comerciais do período, portanto não fazem parte do Resultado Abrangente. Montando agora a Demonstração do Resultado Abrangente (DRA): Lucro Líquido do Período R$270.000,00 + Ganhos na remensuração de ativos financeiros disponíveis para venda líquidos dos tributos R$ 30.000,00 ( - )Perdas derivadas de conversão de demonstrações contábeis de operações no exterior menos tributos sobre ajuste de conversão. (R$ 170.000,00) = Resultado Abrangente R$ 130.000,00 Gabarito: Letra D 05 - Em 2.10.2011, uma sociedade empresária adquiriu uma mercadoria para revenda. Os dados da transação são os seguintes: Preço de compra antes do abatimento: R$21.000,00 ICMS s/ compra – recuperável: R$3.400,00 Abatimentos: R$1.000,00 Gasto com transporte da mercadoria: R$2.000,00 ICMS s/ Frete – recuperável: R$340,00 7 Em 15.11.2011, a empresa vendeu 50% do estoque. Em 31.12.2011, a empresa apurou que o preço estimado de venda no curso normal dos negócios, deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda para esta mercadoria, é de R$8.000,00. Considerando que a empresa não possui estoque inicial, o valor do estoque em 31.12.2011 a ser apresentado no Balanço Patrimonial nesta data é de: a) R$8.000,00. b) R$8.800,00. c) R$9.130,00. d) R$9.630,00. Resposta: Temos que verificar quais os valores vão para os estoques de mercadorias. Analisando os valores em questão: Valor das mercadorias: R$21.000,00 ( - ) ICMS sobre Compras(valor recuperável): ( - ) Abatimentos: ( R$3.400,00) (R$1.000,00) + Gasto com transporte da mercadoria (Fretes): R$2.000,00 ( - ) ICMS sobre Fretes(recuperável): (R$340,00) Valor do custo de compras a ser lançado em estoques: R$ 18.260,00 Vemos que se a empresa vendeu 50% dos estoques, os outros 50% restaram em estoques. A princípio, o valor que deveria constar em estoques seria: 18.260,00 x 50% = 9.130,00 Vamos analisar agora o que diz a legislação sobre o assunto. O Pronunciamento Técnico CPC 16 – Estoque nos traz alguns aspectos importantes: 11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição. Isso explica o cálculo do valor líquido de compras feito acima. Agora, para solucionar a questão, temos que analisar o item 09 do mesmo Pronunciamento: 9. Os estoques objeto deste Pronunciamento devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor. Comparando os valores agora: Valor dos estoques pelo custo: R$9.130,00 Valor realizável líquido, segundo informação dada no enunciado = R$8.000,00. Como vemos, o valor realizável líquido é o menor dos dois, sendo ele que devemos lançar em estoque. Gabarito: Letra A 8 06 - Uma sociedade empresária prestou serviço a outra pessoa jurídica, no valor de R$100.000,00, com incidência de imposto de renda na fonte à alíquota de 1,5%, recuperável, faturado para trinta dias. Acerca do lançamento contábil na empresa que prestou o serviço, assinale a opção CORRETA. a) Débito: Caixa: Débito: IRRF a Recuperar: b) c) d) R$98.500,00 R$1.500,00 Crédito: Receita com Serviços: R$100.000,00 Débito: Caixa: R$98.500,00 Débito: Despesas Tributárias: R$1.500,00 Crédito: Receita com Serviços: R$100.000,00 Débito: Clientes: R$98.500,00 Débito: Despesas Tributárias: R$1.500,00 Crédito: Receita com Serviços: R$100.000,00 Débito: Clientes: R$98.500,00 Débito: IRRF a Recuperar: Crédito: Receita com Serviços: R$1.500,00 R$100.000,00 Resposta: Questão bem simples. Se o Imposto de renda retido na fonte é recuperável, ele será lançado como direitos da empresa, portanto, é uma conta de ativo e lançaremos a débito. O valor da receita financeira será o valor total da nota, que é o valor do serviço prestado, no caso, R$ 100.000,00. Como se trata de serviços prestados a prazo, o lançamento incluirá um débito na conta clientes (valores a receber a prazo).Resumindo: Total do serviço: 100.000,00 IRRF: 100.000,00 x 1,5% : 1.500,00 Valor a ser lançado na conta clientes: 98.500,00 O lançamento correto então será: d) Débito: Clientes: Débito: IRRF a Recuperar: Crédito: Receita com Serviços: R$98.500,00 R$1.500,00 R$100.000,00 Gabarito: Letra D 07 - Uma sociedade empresária realizou uma venda a prazo no valor de R$110.250,00, para recebimento em uma única parcela, após o prazo de dois anos. Observando o que dispõe a NBC TG 12 – Ajuste a Valor Presente, foi registrado um ajuste a valor presente desta operação, considerando-se uma taxa de juros composta de 5% a.a. O montante do ajuste a valor presente da operação, na data de seu registro inicial, é de: a) R$10.022,73. b) R$10.250,00. 9 c) R$11.025,00. d) R$11.300,63. Resposta: Inicialmente temos que calcular o calor presente desta operação para então verificarmos qual é o valor que deveria ser lançado como ajuste a valor presente. FV: 110.250,00 i : 5% ao ano n : 2 anos PV: ? Usando a HP12 C para o cálculo, teremos: 110.250,00 CHS FV 5i 2n PV = ? Identificamos pelo cálculo que o valor à vista é de R$ 100.000,00. Se o valor no futuro é de 110.250,00 e o valor presente é de 100.000,00, a diferença entre eles, 10.250,00 será o valor a ser lançado como ajuste a valor presente. Gabarito: Letra B 08 - Uma sociedade empresária adquiriu mercadorias para revenda por R$5.000,00. Neste valor estão incluídos impostos recuperáveis no valor de R$600,00. No mesmo período, a totalidade das mercadorias adquiridas foi vendida por R$8.000,00. Sobre o valor da venda, incidiram impostos no montante de R$1.732,00, embutidos no preço de venda. A comissão devida aos vendedores, no valor de R$80,00, também foi registrada no período. Na Demonstração do Resultado do Período, o Lucro Bruto é igual a: a) R$1.788,00. b) R$1.868,00. c) R$3.600,00. d) R$6.268,00. Resposta: Montaremos uma pequena demonstração do resultado do exercício (DRE) para que possamos resolver a questão: Receita Bruta de Vendas: 8.000,00 ( - ) Impostos sobre vendas: ( 1.732,00) = Receita Líquida de Vendas: 6.268,00 ( - ) CMV : Estoque Inicial: + Compras: ( - ) ICMS sobre compras: ( - ) Estoque Final: (4.400,00) 0,00 5.000,00 ( 600,00) ( 0,00) 10 = Lucro Bruto: 1.868,00 ( - ) Despesa com comissão vendedores: (80,00) = Lucro Líquido: 1.788,00 Gabarito: Letra B 09- Uma sociedade empresária apresentou o Balanço Patrimonial a seguir, ao qual foi acrescida uma coluna de variação, e também a Demonstração do Resultado do período encerrado em 31.12.2011: Balanço Patrimonial 31.12.2011 31.12.2010 Variação ATIVO CIRCULANTE R$322.000,00 R$230.000,00 R$92.000,00 Caixa R$57.500,00 R$23.000,00 R$34.500,00 Duplicatas a Receber R$195.500,00 R$161.000,00 R$34.500,00 Estoques R$69.000,00 R$46.000,00 R$23.000,00 ATIVO NÃO CIRCULANTE R$115.000,00 – R$115.000,00 Imobilizado R$126.500,00 – R$126.500,00 ( - ) Depreciação Acumulada (R$11.500,00) – (R$11.500,00) TOTAL DO ATIVO R$437.000,00 R$230.000,00 R$207.000,00 PASSIVO CIRCULANTE R$184.000,00 R$46.000,00 R$138.000,00 Fornecedores R$142.600,00 R$46.000,00 R$96.600,00 Imp de Renda e Contrib Social a Pagar R$41.400,00 – R$41.400,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO R$253.000,00 R$184.000,00 R$69.000,00 Capital R$184.000,00 R$184.000,00 Reservas de Lucros R$69.000,00 – R$69.000,00 TOTAL PASSIVO + PL R$437.000,00 R$230.000,00 R$207.000,00 – Demonstração do Resultado Vendas Líquidas: Custo da Mercadoria Vendida: R$391.000,00 (R$207.000,00) Resultado Bruto: R$184.000,00 Despesas com Vendas: (R$4.600,00) Despesas com Pessoal: (R$57.500,00) Despesas com Depreciação: (R$ 11.500,00) Resultado antes dos tributos sobre o Lucro: R$ 110.400,00 Tributos sobre o Lucro: (R$ 41.400,00) Resultado Líquido do Período: R$ 69.000,00 11 Na Demonstração dos Fluxos de Caixa elaborada a partir dos dados apresentados, as atividades operacionais geraram caixa no valor de: a) R$59.800,00. b) R$82.800,00. c) R$138.000,00. d) R$161.000,00. Resposta: O Pronunciamento CPC 03 traz as regras para a demonstração do fluxo de caixa. Os fluxos de caixa decorrentes das atividades operacionais são basicamente derivados das principais atividades geradoras de receita da entidade. Portanto, eles geralmente resultam das transações e de outros eventos que entram na apuração do lucro líquido ou prejuízo. Exemplos de fluxos de caixa que decorrem das atividades operacionais são: (a) recebimentos de caixa pela venda de mercadorias e pela prestação de serviços; (b) recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorários, comissões e outras receitas; (c) pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços; (d) pagamentos de caixa a empregados ou por conta de empregados; (e) recebimentos e pagamentos de caixa por seguradora de prêmios e sinistros, anuidades e outros benefícios da apólice; (f) pagamentos ou restituição de caixa de impostos sobre a renda, a menos que possam ser especificamente identificados com as atividades de financiamento ou de investimento; e (g) recebimentos e pagamentos de caixa de contratos mantidos para negociação imediata ou disponíveis para venda futura. A divulgação em separado dos fluxos de caixa decorrentes das atividades de investimento é importante porque tais fluxos de caixa representam a extensão em que os dispêndios de recursos são feitos pela entidade com a finalidade de gerar resultados e fluxos de caixa no futuro. Exemplos de fluxos de caixa decorrentes das atividades de investimento são: (a) pagamentos de caixa para aquisição de ativo imobilizado, intangível e outros ativos de longo prazo. Esses desembolsos incluem os custos de desenvolvimento ativados e ativos imobilizados de construção própria; (b) recebimentos de caixa resultantes da venda de ativo imobilizado, intangível e outros ativos de longo prazo; (c) pagamentos para aquisição de ações ou instrumentos de dívida de outras entidades e participações societárias em joint ventures (exceto desembolsos referentes a títulos considerados como equivalentes de caixa ou mantidos para negociação imediata ou venda futura); (d) recebimentos de caixa provenientes da venda de ações ou instrumentos de dívida de outras entidades e participações societárias em joint ventures (exceto recebimentos referentes aos títulos considerados como equivalentes de caixa e os mantidos para negociação); 12 (e) adiantamentos de caixa e empréstimos feitos a terceiros (exceto adiantamentos e empréstimos feitos por instituição financeira); (f) recebimentos de caixa por liquidação de adiantamentos ou amortização de empréstimos concedidos a terceiros (exceto adiantamentos e empréstimos de uma instituição financeira); (g) pagamentos de caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, exceto quando tais contratos forem mantidos para negociação imediata ou venda futura, ou os pagamentos forem classificados como atividades de financiamento; e (h) recebimentos de caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, exceto quando tais contratos forem mantidos para negociação imediata ou venda futura, ou os recebimentos forem classificados como atividades de financiamento. A divulgação separada dos fluxos de caixa decorrentes das atividades de financiamento é importante por ser útil para prever as exigências sobre futuros fluxos de caixa pelos fornecedores de capital à entidade. Exemplos de fluxos de caixa decorrentes das atividades de financiamento são: (a) caixa recebido pela emissão de ações ou outros instrumentos patrimoniais; (b) pagamentos de caixa a investidores para adquirir ou resgatar ações da entidade; (c) caixa recebido proveniente da emissão de debêntures, empréstimos, títulos e valores, hipotecas e outros empréstimos de curto e longo prazos; (d) amortização de empréstimos e financiamentos, incluindo debêntures emitidas, hipotecas, mútuos e outros empréstimos de curto e longo prazos; e (e) pagamentos de caixa por arrendatário, para redução do passivo relativo a arrendamento mercantil financeiro. Fazendo agora o cálculo do Fluxo de Caixa: Atividades Operacionais Lucro Líquido do Exercício: 69.000,00 + Depreciação: 11.500,00 = Lucro Ajustado: 80.500,00 Duplicatas a receber: Estoques: Fornecedores: (34.500,00) (23.000,00) 96.600,00 Imposto de Renda e Contribuição Social a Pagar: 41.400,00 Caixa Gerado nas atividades operacionais: 161.000,00 Atividades de Investimentos Compra de Imobilizado: Caixa Gerado pelas atividades de Investimentos: (126.500,00) (126.500,00) Atividades de Financiamentos Caixa Gerado pelas atividades de Financiamentos: 0,00 13 Aumento Líquido gerado no Caixa e Equivalentes de Caixa: 34.500,00 Saldo de Caixa e Equivalentes de Caixa em 31/12/2010: 23.000,00 Saldo de Caixa e Equivalentes de Caixa em 31/12/2011: 57.500,00 Comentários importantes: O segredo para uma boa elaboração do Fluxo de Caixa, é saber primeiro quais os ajustes que devemos fazer no Lucro, e posteriormente identificar cada conta do Balanço Patrimonial com as Atividades: Operacionais, de Investimento e de Financiamento. Feito isso, basta colocar o valor da variação de cada conta do Balanço Patrimonial, repeitando a seguinte regra: CONTAS DO ATIVO Quando a variação for positiva, o valor deve ser transcrito para a DFC com o sinal negativo (subtraindo), e quando for uma variação negativa deverá ser apresentado como positivo. CONTAS DO PASSIVO Neste caso não há mudanças, ou seja, variações positivas serão transcritas como valores positivos e variações negativas como valores negativos. Quanto aos ajustes no Lucro, devemos somar ou diminuir os lançamentos que afetam o Lucro, mas, que não tem e nunca terão efeito no caixa, ou que terão efeito num prazo muito longo. Como exemplo, podemos citar: Depreciação, Amortização, Resultado de Equivalência Patrimonial, Despesas Financeiras de Longo Prazo etc. Gabarito: Letra D 10 - Uma sociedade empresária, cujo Patrimônio Líquido no início do período somava R$100.000,00, apresentou, no ano de 2011, as seguintes mutações em seu Patrimônio Líquido: Lucro Líquido do Período: Destinação do lucro para reservas: R$20.000,00 R$15.000,00 Destinação do lucro para dividendos obrigatórios: R$5.000,00 Aquisição de ações da própria companhia: R$2.000,00 Integralização de Capital em dinheiro: R$9.000,00 Incorporação de Reservas ao Capital: R$4.000,00 Em 31.12.2011, o saldo do Patrimônio Líquido será: a) R$108.000,00. b) R$118.000,00. c) R$122.000,00. d) R$124.000,00. Resposta: Partiremos do valor inicial de Patrimônio Líquido até chegar ao valor final de PL, a partir de adições e exclusões que porventura aconteçam no saldo desta conta. 14 Saldo inicial do Patrimônio Líquido: + Lucro Líquido do Período: 100.000,00 20.000,00 ( - ) Destinação do lucro para dividendos obrigatórios: (5.000,00) ( - ) Aquisição de ações da própria companhia: (2.000,00) + Integralização do capital em dinheiro: Saldo Final do PL: 9.000,00 122.000,00 Estas contas alteram o PL, pois elas têm no seu lançamento, a participação de contas de outros grupos. As outras contas, por terem como participantes do lançamento apenas contas do PL, não alteram seu valor. Vejamos as outras contas que não entraram no cálculo. Destinação do lucro para reservas: R$15.000,00 D – Lucros Acumulados (PL) C – Reserva de Contingência (PL) _______________________________________ 15.000,00 Incorporação de Reservas ao Capital: R$4.000,00 D – Reservas de Capital (PL) C – Capital Social (PL)_________________________________________________4.000,00 Outra informação importante é com relação às Ações da própria companhia quando são adquiridas. A empresa quando quer aumentar seu capital, subscreve novas ações, ou seja, emite novas ações para serem vendidas na Bolsa. Quando, por qualquer motivo, querem diminuir seu capital (ter a empresa um maior controle sobre suas decisões) ela compra suas próprias ações no mercado. Esta é uma conta redutora de PL. Gabarito: Letra C 11 - Na Demonstração do Valor Adicionado, a despesa com aluguel, a energia elétrica consumida no período e o resultado positivo da equivalência patrimonial são evidenciados, respectivamente, como: a) insumos adquiridos de terceiros; insumos adquiridos de terceiros e remuneração do capital próprio. b) insumos adquiridos de terceiros; remuneração do capital de terceiros e valor adicionado recebido em transferência. c) remuneração do capital de terceiros; insumos adquiridos de terceiros e valor adicionado recebido em transferência. d) remuneração do capital de terceiros; remuneração do capital de terceiros e remuneração do capital próprio. Resposta: Olhemos o exemplo trazido pela norma: DESCRIÇÃO A – GERAÇÃO DO VALOR ADICIONADO 15 1 – RECEITAS 1.1 – Vendas de mercadorias, produtos e serviços (inclui tributos) 1.2 – Provisão p/ devedores duvidosos – Reversão/(Constituição) 1.3 – Resultados não operacionais (venda de imobilizado, etc) 2 – INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (inclui tributos) 2.1 – Custo das mercadorias, produtos e serviços vendidos 2.2 – Matérias-primas e insumos consumidos 2.3 – Materiais, energia, serviços de terceiros etc. 2.4 – (Perda)/Recuperação de valores ativos 3 – VALOR ADICIONADO BRUTO (1 – 2) 4 – RETENÇÕES: 4.1 – Depreciação, amortização e exaustão: 5 – VALOR ADICIONADO LÍQUIDO (3 – 4) 6 – VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA 6.1 – Resultado de equivalência patrimonial e dividendos 6.2 – Receitas financeiras (juros, aluguéis etc.) 7 – VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5 + 6) B – DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 8 – DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (7 = 8) 8.1 – Remuneração do trabalho (pessoal e encargos) 8.2 – Remuneração do governo (impostos, taxas e contribuições) 8.3 – Remuneração do capital de terceiros (juros, aluguéis etc.) 8.4 – Remuneração dos acionistas (juros s/ cap. próprio e dividendos) 8.5 – Remuneração retida (lucros retidos/prejuízo do exercício) Segundo o Pronunciamento CPC 09 – DVA, temos: 14. A DVA, em sua primeira parte, deve apresentar de forma detalhada a riqueza criada pela entidade. Os principais componentes da riqueza criada estão apresentados a seguir nos seguintes itens: Receitas Venda de mercadorias, produtos e serviços - inclui os valores dos tributos incidentes sobre essas receitas (por exemplo, ICMS, IPI, PIS e COFINS), ou seja, corresponde ao ingresso bruto ou faturamento bruto, mesmo quando na demonstração do resultado tais tributos estejam fora do cômputo dessas receitas. Outras receitas - da mesma forma que o item anterior, inclui os tributos incidentes sobre essas receitas. Provisão para créditos de liquidação duvidosa – Constituição/Reversão - inclui os valores relativos à constituição e reversão dessa provisão. Insumos adquiridos de terceiros 16 Custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos - inclui os valores das matérias-primas adquiridas junto a terceiros e contidas no custo do produto vendido, das mercadorias e dos serviços vendidos adquiridos de terceiros; não inclui gastos com pessoal próprio. Materiais, energia, serviços de terceiros e outros - inclui valores relativos às despesas originadas da utilização desses bens, utilidades e serviços adquiridos junto a terceiros. Perda e recuperação de valores ativos - inclui valores relativos a ajustes por avaliação a valor de mercado de estoques, imobilizados, investimentos, etc. Também devem ser incluídos os valores reconhecidos no resultado do período, tanto na constituição quanto na reversão de provisão para perdas por desvalorização de ativos. Depreciação, amortização e exaustão - inclui a despesa ou o custo contabilizados no período. Valor adicionado recebido em transferência Resultado de equivalência patrimonial - o resultado da equivalência pode representar receita ou despesa; se despesa, deve ser considerado como redução ou valor negativo. Receitas financeiras - inclui todas as receitas financeiras, inclusive as variações cambiais ativas, independentemente de sua origem. Outras receitas - inclui os dividendos relativos a investimentos avaliados ao custo, aluguéis, direitos de franquia, etc. Distribuição da riqueza A segunda parte da DVA deve apresentar de forma detalhada como a riqueza obtida pela entidade foi distribuída. Os principais componentes dessa distribuição estão apresentados a seguir: Pessoal – valores apropriados ao custo e ao resultado do exercício na forma de: Remuneração direta - representada pelos valores relativos a salários, 13º salário, honorários da administração (inclusive os pagamentos baseados em ações), férias, comissões, horas extras, participação de empregados nos resultados, etc. Benefícios - representados pelos valores relativos a assistência médica,alimentação, transporte, planos de aposentadoria etc. FGTS – representado pelos valores depositados em conta vinculada dos empregados. Impostos, taxas e contribuições – Inclui valores que devem ser repassados à Administração Publica. Entre eles: Federais – inclui os tributos devidos à União, inclusive aqueles que são repassados no todo ou em parte aos Estados, Municípios, Autarquias etc., tais como: IRPJ, CSSL, IPI, CIDE, PIS, COFINS. Inclui também a contribuição sindical patronal. 17 Estaduais – inclui os tributos devidos aos Estados, inclusive aqueles que são repassados no todo ou em parte aos Municípios, Autarquias etc., tais como o ICMS e o IPVA. Municipais – inclui os tributos devidos aos Municípios, inclusive aqueles que são repassados no todo ou em parte às Autarquias, ou quaisquer outras entidades, tais como o ISS e o IPTU. Remuneração de capitais de terceiros - valores pagos ou creditados aos financiadores externos de capital. Juros - inclui as despesas financeiras, inclusive as variações cambiais passivas, relativas a quaisquer tipos de empréstimos e financiamentos junto a instituições financeiras, empresas do grupo ou outras formas de obtenção de recursos. Inclui os valores que tenham sido capitalizados no período. Aluguéis - inclui os aluguéis (inclusive as despesas com arrendamento operacional) pagos ou creditados a terceiros, inclusive os acrescidos aos ativos. Outras - inclui outras remunerações que configurem transferência de riqueza a terceiros, mesmo que originadas em capital intelectual, tais como royalties, franquia, direitos autorais, etc. Remuneração de capitais próprios - valores relativos à remuneração atribuída aos sócios e acionistas. Juros sobre o capital próprio (JCP) e dividendos - inclui os valores pagos ou creditados aos sócios e acionistas por conta do resultado do período, ressalvando-se os valores dos JCP transferidos para conta de reserva de lucros. Devem ser incluídos apenas os valores distribuídos com base no resultado do próprio exercício, desconsiderando-se os dividendos distribuídos com base em lucros acumulados de exercícios anteriores, uma vez que já foram tratados como “lucros retidos” no exercício em que foram gerados. Lucros retidos e prejuízos do exercício - inclui os valores relativos ao lucro do exercício destinados às reservas, inclusive os JCP quando tiverem esse tratamento; nos casos de prejuízo, esse valor deve ser incluído com sinal negativo. As quantias destinadas aos sócios e acionistas na forma de Juros sobre o Capital Próprio – JCP, independentemente de serem registradas como passivo (JCP a pagar) ou como reserva de lucros, devem ter o mesmo tratamento dado aos dividendos no que diz respeito ao exercício a que devem ser imputados. Olhando a questão, vamos identificar onde cada conta se encaixa: Despesa com aluguel: Remuneração de Capital de Terceiros. Energia elétrica consumida no período: Insumos adquiridos de terceiros Resultado positivo da equivalência patrimonial: Valor adicionado recebido em transferência Gabarito: Letra C 18 12 - A Sociedade Investidora A adquiriu 100% do Capital da Sociedade Investida B, por R$1.000.000,00 pagos em dinheiro. Na data da aquisição, o valor líquido dos ativos identificáveis adquiridos e dos passivos assumidos da Sociedade Investida B, mensurados de acordo com a NBC TG 15 – Combinações de Negócios, somava R$1.200.000,00. Na mesma data, o saldo contábil do Patrimônio Líquido da Sociedade Investida B era de R$800.000,00. Como resultado desta combinação de negócios, a Sociedade Investidora A deverá registrar: a) um Ágio por expectativa de rentabilidade futura – goodwill – de R$200.000,00, em conta do Ativo Não Circulante. b) uma compra vantajosa de R$200.000,00 em conta do Ativo Não Circulante. c) um Ágio por expectativa de rentabilidade futura – goodwill – de R$200.000,00, no resultado do período. d) uma compra vantajosa de R$200.000,00 no resultado do período. Resposta: Temos na NBC TG 15 – Combinação de Negócios, a resposta da questão. 32. O adquirente deve reconhecer o ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill), na data da aquisição, mensurado pelo montante que (a) exceder (b) abaixo: (a) a soma: (i) da contraprestação transferida em troca do controle da adquirida, mensurada de acordo com esta Norma, para a qual geralmente se exige o valor justo na data da aquisição (ver item 37); (ii) do montante de quaisquer participações de não controladores na adquirida, mensuradas de acordo com esta Norma; e (iii) no caso de combinação de negócios realizada em estágios (ver itens 41 e 42), o valor justo, na data da aquisição, da participação do adquirente na adquirida imediatamente antes da combinação; (b) o valor líquido, na data da aquisição, dos ativos identificáveis adquiridos e dos passivos assumidos, mensurados de acordo com esta Norma. 33. Em combinação de negócios em que o adquirente e a adquirida (ou seus exproprietários) trocam somente participações societárias, o valor justo, na data da aquisição, da participação na adquirida pode ser mensurado com maior confiabilidade que o valor justo da participação societária no adquirente. Se for esse o caso, o adquirente deve determinar o valor do ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) utilizando o valor justo, na data da aquisição, da participação societária na adquirida em vez do valor justo da participação societária transferida. Para determinar o valor do ágio por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) em combinação de negócios onde nenhuma contraprestação é efetuada para obter o controle da adquirida, o adquirente deve utilizar o valor justo, na data da aquisição, da participação do adquirente na adquirida, obtido por meio de técnica de avaliação, no lugar do valor justo, na data da aquisição, da contraprestação transferida – item 32(a)(i). Os itens B46 a B49 fornecem orientações para aplicação dessa exigência. 34. Ocasionalmente, um adquirente pode realizar uma compra vantajosa, assim entendida como sendo uma combinação de negócios cujo valor determinado pelo item 32(b) é maior que a soma dos valores especificados no item 32(a). Caso esse excesso de valor permaneça após a aplicação das exigências contidas no item 36, o adquirente deve reconhecer o ganho resultante, na demonstração de resultado do exercício, na data da aquisição. O ganho deve ser atribuído ao adquirente. 19 Na nossa questão, o valor líquido dos ativos, o valor líquido dos ativos identificáveis adquiridos e dos passivos assumidos é de 1.200.000,00, e o valor pago é de 1.000.000,00. Gabarito: Letra D 13 - Relacione os subsistemas de informações da Contabilidade Aplicada ao Setor Público descritas na primeira coluna com os seus objetivos na segunda coluna e, em seguida, assinale a opção CORRETA. ( 1 ) Orçamentário ( ) Registrar, processar e evidenciar os atos e os fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária. ( 2 ) Patrimonial ( ) Registrar, processar e evidenciar os atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle. ( 3 ) Custos ( ) Registrar, processar e evidenciar os custos dos bens e serviços, produzidos e ofertados à sociedade pela entidade pública. ( 4 ) Compensação ( ) Registrar, processar e evidenciar os fatos financeiros e não financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público. A sequência CORRETA é: a) 2, 4, 3, 1. b) 2, 3, 4, 1. c) 1, 4, 3, 2. d) 1, 2, 3, 4. Resposta: A resolução CFC Nº 1.129 DE 21.11.2008 que é uma das que trata da contabilidade aplicada ao setor publico. 11. A Contabilidade Aplicada ao Setor Público é organizada na forma de sistema de informações, cujos subsistemas, conquanto possam oferecer produtos diferentes em razão da respectiva especificidade, convergem para o produto final, que é a informação sobre o patrimônio público. 12. O sistema contábil está estruturado nos seguintes subsistemas de informações: (a) Orçamentário - registra, processa e evidencia os atos e os fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária; (b) Financeiro - registra, processa e evidencia os fatos relacionados aos ingressos e aos desembolsos financeiros, bem como as disponibilidades no início e final do período; (c) Patrimonial - registra, processa e evidencia os fatos não financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público; (d) Custos - registra, processa e evidencia os custos dos bens e serviços, produzidos e ofertados à sociedade pela entidade pública; 20 (e) Compensação - registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle. Respondendo nossa questão: ( 1 ) Registrar, processar e evidenciar os atos e os fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária.: Subsistema Orçamentário. ( 4 ) Registrar, processar e evidenciar os atos de gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle.: Subsistema de Compensação ( 3 ) Registrar, processar e evidenciar os custos dos bens e serviços, produzidos e ofertados à sociedade pela entidade pública.: Subsistema de Custos ( 2 ) Registrar, processar e evidenciar os fatos financeiros e não financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do patrimônio público. Gabarito: Letra C 14- Em relação à Demonstração do Resultado Econômico, assinale a opção INCORRETA. a) A demonstração deve ser elaborada de forma independente do sistema de custos. b) A demonstração evidencia o resultado econômico de ações na contabilidade do setor público. c) A receita econômica é o valor apurado a partir de benefícios gerados à sociedade pela ação pública, obtido por meio da multiplicação da quantidade de serviços prestados, bens ou produtos fornecidos, pelo custo de oportunidade. d) O custo de oportunidade é o valor que seria desembolsado na alternativa desprezada de menor valor entre aquelas consideradas possíveis para a execução da ação pública. Resposta: A Resolução CFC Nº 1.133 DE 21.11.2008 nos traz a resposta para esta questão. Os itens 35 a 38 falam sobre informações sobre a Demonstração do Resultado Econômico. 35. A Demonstração do Resultado Econômico evidencia o resultado econômico de ações do setor público. 36. A Demonstração do Resultado Econômico deve ser elaborada considerando sua interligação com o sistema de custos e apresentar na forma dedutiva, pelo menos, a seguinte estrutura: (a) receita econômica dos serviços prestados e dos bens ou dos produtos fornecidos; (b) custos e despesas identificados com a execução da ação pública; e (c) resultado econômico apurado. 37. A receita econômica é o valor apurado a partir de benefícios gerados à sociedade pela ação pública, obtido por meio da multiplicação da quantidade de serviços prestados, bens ou produtos fornecidos, pelo custo de oportunidade. 38. Custo de oportunidade é o valor que seria desembolsado na alternativa desprezada de menor valor entre aquelas consideradas possíveis para a execução da ação pública. Vamos analisar cada uma das assertivas: Alternativa “a”: Vemos que pelo item 36 a DRE deve ser elaborada considerando sua interligação (e não independentemente) com o sistema de custos.Assertiva incorreta. Alternativa “b”:É o que diz o item 35. Assertiva correta. 21 Alternativa “c”: É exatamente o que diz o item 37. Assertiva correta. Alternativa “d”:O item 38 nos diz exatamente a mesma coisa que a alternativa em questão. Gabarito: Letra A 15 - Uma entidade pública pretende adquirir um veículo e quer analisar qual o efeito da depreciação, usando o método das cotas constantes e o método da soma dos dígitos. O valor bruto contábil é R$52.000,00; foi determinado o valor residual de R$12.000,00 e valor depreciável de R$40.000,00. A vida útil do bem é de 5 anos, conforme a política da entidade. A taxa de depreciação será calculada anualmente para efeito de decisão. Assim, mantidas as demais premissas, os valores líquidos contábeis, no uso do cálculo da depreciação pelo método das cotas constantes e pelo método da soma dos dígitos, respectivamente, ao final do quarto ano, são: a) R$10.400,00 e R$3.466,67. b) R$20.000,00 e R$14.666,67. c) R$20.800,00 e R$10.400,00. d) R$28.000,00 e R$20.000,00. Resposta: Vamos analisar o valor da depreciação em cada método: método das cotas constantes e da soma dos dígitos: Valor de compra: 52.000,00 ( - ) Valor residual: (12.000,00) = Valor depreciável: 40.000,00 Se a vida útil é de 5 anos, então temos que o percentual é de 20% ao ano. 40.000,00 x 20% = 8.000,00 Então: Período Depreciação anual Depreciação acumulada Valor contábil 52.000,00 1º ano 8.000,00 8.000,00 44.000,00 2º ano 8.000,00 16.000,00 36.000,00 3º ano 8.000,00 24.000,00 28.000,00 4º ano 8.000,00 32.000,00 20.000,00 5º ano 8.000,00 40.000,00 12.000,00 Já vimos qual é a resposta, mas vamos verificar pelo método da soma dos dígitos. Soma dos dígitos: 1+2+3+4+5 = 15 Pelo valor da alternativa “b”, que é um valor mais baixo, entendo que seja pelo método decrescente. Período Depreciação anual Depreciação acumu Valor contábil 52.000,00 1º ano = 5/15 40.000 x 5/15 = 13.333,33 13.333,33 38.666,67 22 2º ano = 4/15 40.000 x 4/15 = 10.666,67 24.000,00 28.000,00 3º ano = 3/15 40.000 x 3/15 = 8.000,00 32.000,00 20.000,00 4º ano = 2/15 40.000 x 2/15 = 5.333,33 37.333,33 14.666,67 5º ano = 1/15 40.000 x 1/15 = 2.666,67 40.000,00 12.000,00 Gabarito: Letra B 16 - De acordo com a NBC TSP 16.1 e a NBC TSP 16.5, as entidades do setor público devem manter procedimentos uniformes de registros contábeis, por meio de processo manual, mecanizado ou eletrônico, em rigorosa ordem cronológica, como suporte às informações. As características do registro e da informação contábil apresentadas abaixo são verdadeiras, EXCETO: a) Fidedignidade – onde os registros contábeis realizados e as informações apresentadas devem representar fielmente o fenômeno contábil que lhes deu origem. b) Imparcialidade – onde os registros contábeis devem ser realizados e as informações devem ser apresentadas de modo a privilegiar interesses específicos e particulares de agentes e/ou entidades. c) Integridade – onde os registros contábeis e as informações apresentadas devem reconhecer os fenômenos patrimoniais em sua totalidade, não podendo ser omitidas quaisquer partes do fato gerador. d) Verificabilidade – onde os registros contábeis realizados e as informações apresentadas devem possibilitar o reconhecimento das suas respectivas validades. Resposta: A NBC T 16.5 trata do Regime Contábil das Entidades Publicas. 4. São características do registro e da informação contábil no setor público, devendo observância aos princípios e às Normas Brasileiras Aplicadas ao Setor Público. (a) Comparabilidade - os registros e as informações contábeis devem possibilitar a análise da situação patrimonial de entidades do setor público ao longo do tempo e estaticamente, bem como a identificação de semelhanças e diferenças dessa situação patrimonial com a de outras entidades. (b) Compreensibilidade - as informações apresentadas nas demonstrações contábeis devem ser entendidas pelos usuários. Para esse fim, presume-se que estes já tenham conhecimento do ambiente de atuação das entidades do setor público. Todavia, as informações relevantes sobre temas complexos não devem ser excluídas das demonstrações contábeis, mesmo sob o pretexto de que são de difícil compreensão pelos usuários. (c) Confiabilidade - o registro e a informação contábil devem reunir requisitos de verdade e de validade que possibilitem segurança e credibilidade aos usuários no processo de tomada de decisão. (d) Fidedignidade - os registros contábeis realizados e as informações apresentadas devem representar fielmente o fenômeno contábil que lhes deu origem. (e) Imparcialidade - os registros contábeis devem ser realizados e as informações devem ser apresentadas de modo a não privilegiar interesses específicos e particulares de agentes e/ou entidades. 23 (f) Integridade - os registros contábeis e as informações apresentadas devem reconhecer os fenômenos patrimoniais em sua totalidade, não podendo ser omitidas quaisquer partes do fato gerador. (g) Objetividade - o registro deve representar a realidade dos fenômenos patrimoniais em função de critérios técnicos contábeis preestabelecidos em normas ou com base em procedimentos adequados, sem que incidam preferências individuais que provoquem distorções na informação produzida. (h) Representatividade - os registros contábeis e as informações apresentadas devem conter todos os aspectos relevantes. (i) Tempestividade - os fenômenos patrimoniais devem ser registrados no momento de sua ocorrência e divulgados em tempo hábil para os usuários. (j) Uniformidade - os registros contábeis e as informações devem observar critérios padronizados e contínuos de identificação, classificação, mensuração, avaliação e evidenciação, de modo que fiquem compatíveis, mesmo que geradas por diferentes entidades. Esse atributo permite a interpretação e a análise das informações, levandose em consideração a possibilidade de se comparar a situação econômico-financeira de uma entidade do setor público em distintas épocas de sua atividade. (k) Utilidade - os registros contábeis e as informações apresentadas devem atender às necessidades específicas dos diversos usuários. (l) Verificabilidade - os registros contábeis realizados e as informações apresentadas devem possibilitar o reconhecimento das suas respectivas validades. (m) Visibilidade - os registros e as informações contábeis devem ser disponibilizadas para a sociedade e expressar, com transparência, o resultado da gestão e a situação patrimonial da entidade do setor público. Para solucionarmos a questão vemos que a alternativa “b” fala em privilegiar interesses específicos e particulares de agentes e/ou entidades. Faltou a palavra NÃO. Gabarito: Letra B 17 - De acordo com a Terminologia de Custos, julgue os itens abaixo, como Verdadeiros (V) ou Falsos (F) e, em seguida, assinale a opção CORRETA. I - Gargalo compreende um ponto da estrutura organizacional ou um recurso que limita as atividades operacionais. II - Margem de Segurança Operacional corresponde à quantidade de produtos ou receitas que uma empresa opera abaixo do ponto de equilíbrio. III - Produção em Série é um sistema produtivo no qual as empresas necessitam de um pedido formal do cliente. Os produtos não são padronizados, sendo produzidos de acordo com as características pedidas pelos clientes. IV - Rateio de Custo é a alocação dos custos aos objetos de custeio tendo por base um critério de rateio previamente definido. V - Sistema de Acumulação de Custos por Processo é o sistema de acumulação de custos utilizados pelas empresas que trabalham em produção em série. Consiste em acumular os custos em uma conta representativa de um centro de custos e dividi-los pela produção equivalente para obter o custo de uma unidade de produto. A sequência CORRETA é: a) V, F, F, V, V. 24 b) V, F, F, V, F. c) F, F, F, V, V. d) F, V, V, V, F. Resposta: I – Em custos, o termo gargalo se refere a um recurso ou setor da empresa em que há limitação da produção. Podemos dizer que é um ponto fraco. Pensemos numa empresa em que a matéria prima seja escassa (recurso natural). Um aumento na capacidade produtiva esbarraria nesse insumo de produção. Ele limitaria o aumento da capacidade e “amarraria” o lucro da empresa. Item verdadeiro. II - A Margem de Segurança representa a quantidade ou percentual de vendas acima do Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC). Em outras palavras, é a quantidade que pode ser reduzida das vendas sem que a indústria comece a ter prejuízos. Com isso, vemos que a assertiva está falsa. III – Produção por ordem: Ocorre a Produção por Ordem quando os produtos são fabricados de acordo com as características estabelecidas pelos clientes. Produção em série ou contínua: Ocorre a Produção Contínua quando a indústria fabrica os produtos com as mesmas características e continuamente como, por exemplo, em uma indústria de cerveja ou de cimento. A informação da questão está invertida, pois a produção em série independe de um pedido formal do cliente. Alternativa falsa. IV- Trata-se de uma forma direta de segregar os recursos consumidos pelos objetos principais de custos em determinado estágio de sua ocorrência. Assertiva verdadeira. V - Quando a empresa realiza produção em ordem contínua, de maneira padronizada, o melhor sistema é o de custeamento por Processo e, nesse caso, seus produtos são produzidos em série e são padronizados. Na Produção Contínua os custos são encerrados no fim de cada período considerado (semana, quinzena ou mês). Nesta sistemática, o Custo Total de produção do período é dividido pelo número de unidades fabricadas no mesmo período, apurando-se, assim, o custo unitário médio de produção. Assertiva verdadeira. Gabarito: Letra A 18 - Uma indústria apresenta aos seus analistas de custos as seguintes informações do mês de fevereiro de 2012: Produtos Quantidade Quantidade Custo Variável Preço de produzida vendida Total Venda Unitário A 1.200 unids. 1.100 unids R$20.160,00 R$40,00 B 750 unids. 500 unids. R$33.000,00 R$70,00 C 5.200 unids. 5.200 unids. R$33.280,00 R$13,00 A empresa adota o Custeio por Absorção. Os Custos Fixos Totais são de R$21.610,00 e foram rateados aos produtos com base nos custos variáveis totais. 25 As Despesas Variáveis representam 5% do preço de vendas. As Despesas Fixas representam R$6.300,00. A Margem de Contribuição Total dos produtos A, B e C são, respectivamente: a) R$23.320,00; R$11.250,00; e R$30.940,00. b) R$25.440,00; R$16.875,00; e R$30.940,00. c) R$25.520,00; R$13.000,00; e R$34.320,00. d) R$27.840,00; R$19.500,00; e R$34.320,00. Resposta: Questão mais simples do que parece! Teríamos que conhecer simplesmente o conceito de margem de contribuição total. MCT = RVT – CVT – DVT Onde: RVT= Receita Vendas Total CVT = Custo Variável Total DVT = Despesas Variáveis Totais Produtos A B C Quantidade Preço de Receita Vendas Custo Variável Despesas vendida Venda Unitário Total Total Variáveis 1.100 unids 40,00 44.000,00 500 unids. 5.200 unids. 70,00 13,00 35.000,00 67.600,00 20.160,00/1200x 44.000,00 x 5% = 1100 = 18.480,00 2.200,00 33.000,00/750 x 35.000,00 x 5% = 500 = 22.000,00 1.750,00 33.280,00 67.600,00 x 5% = 3.380,00 MCT Produto = RVT – CVT – DVT MCT Produto A = 44.000,00 – 18.480,00 - 2.200,00 = 23.320,00 MCT Produto B = 35.000,00 - 22.000,00 – 1.750,00 = 11.250,00 MCT Produto C = 67.600,00 – 33.280,00 – 3.380,00 = 30.940,00 Gabarito: Letra A 19 - Uma indústria apresenta o custo padrão necessário para comprar, cortar e beneficiar uma tora de madeira. Custos com materiais R$125.000,00. Custos de transformação R$55.000,00. Do processo inicial, sairão dois produtos, partindo desses custos conjuntos: chapas de madeira e vigas de madeira. Os valores de venda estimados desses dois produtos são os seguintes: Chapas R$252.000,00 Vigas R$378.000,00. 26 Os custos adicionais para venda das chapas são estimados em R$50.000,00 e para venda das vigas em R$112.000,00. Considerando o valor das vendas dos produtos finais como base de rateio e considerando os custos conjuntos das chapas de madeira e das vigas de madeira, as margens líquidas em percentual de cada produto são, respectivamente: a) 40,00% e 60,00%. b) 51,59% e 41,80%. c) 71,43% e 71,43%. d) 72,22% e 58,52%. Resposta: Questão estranha, pois teríamos que pressupor algumas informações: Inicialmente teremos que ratear os custos de produção pelos dois produtos: chapas e vigas. Custos com materiais R$125.000,00. Custos de transformação R$55.000,00. Total dos custos variáveis: R$180.000,00 O enunciado diz que estes custos foram rateados conforme os valores de vendas. Então teremos: Receita com Chapas = 252.000,00 = 40% Receita com Vigas = 378.000,00 = 60% Total da receita = 630.000,00 = 100% Custos variáveis para chapas: 180.000,00 x 40% = 72.000,00 Custos variáveis para vigas: 180.000,00 x 60% = 108.000,00 A questão ainda fala em custos adicionais para venda. Não nos parece o termo mais adequado. Outros custos de vendas pode ser um termo usado pelo examinador para se referir a gastos com comissões ou fretes. E todos sabemos que esses tipos de gastos são considerados como despesas. Receita de Custos Desp Margem Margem Líq em vendas variáveis Variáveis Líquida % Chapas 252.000,00 72.000,00 50.000,00 130.000,00 130.000/252.000 = 51,59% Vigas 378.000,00 108.000,00 112.000,00 158.000,00 =158.000/378.000 = 41,80% Total 630.000,00 180.000,00 162.000,00 288.000,00 Gabarito: Letra B 20 - Em fevereiro de 2012, o estoque inicial de uma determinada matéria-prima numa indústria era de R$82.500,00. Durante o mês, foram adquiridos R$1.950.000,00 desta matéria-prima. No final do mês, o estoque era de R$340.000,00. Nessa operação, foram desconsideradas as operações com impostos. 27 O custo da matéria-prima consumida nesse período é de: a) R$1.527.500,00. b) R$1.692.500,00. c) R$2.207.500,00 d) R$2.372.500,00. Resposta: Questão muito simples: EIMP = Compras = EFMP = 82.500,00 1.950.000,00 340.000,00 CMV = EIMP + Compras – EFMP CMV = 82.500,00 + 1.950.000,00 + 340.000,00 CMV = 1.692.500,00 Gabarito: Letra B 21 - Relacione o tipo de custo descrito na primeira coluna com os conceitos na segunda coluna e, em seguida, assinale a opção CORRETA. ( 1 ) Custo Fixo ( ) É custo de natureza mais genérica, não sendo possível identificar imediatamente como parte do custo de determinado produto. ( 2 ) Custo Variável ( ) Um custo que pode ser diretamente controlado em determinado nível de autoridade administrativa, seja em curto,seja em longo prazo. ( 3 ) Custo Direto ( ) Um custo que, em determinado período e volume de produção, não se altera em seu valor total, mas vai ficando cada vez menor em termos unitários com o aumento do volume de produção. ( 4 ) Custo Indireto ( ) É custo incorrido em determinado produto, identificando-se como parte do respectivo custo. ( 5 ) Custo Controlável ( ) Um custo uniforme por unidade, mas que varia no total na proporção direta das variações da atividade total ou do volume de produção relacionado. A sequência CORRETA é: a) 4, 5, 1, 3, 2. b) 1, 5, 4, 3, 2. c) 1, 3, 4, 5, 2. d) 4, 3, 1, 5, 2. Resposta: Vamos definir cada um dos tipos de custos elencados na questão. 28 Custos Diretos: São os custos que podem ser diretamente apropriados aos produtos, bastando haver uma medida de consumo (quilogramas de materiais consumidos, embalagens uti1izadas, horas de mão-de-obra utilizadas e até quantidade de força consumida). Custos Indiretos: Custos que não oferecem condição de uma medida objetiva e qualquer tentativa de alocação tem de ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária (como o aluguel, a supervisão, as chefias etc.). Cada vez que é necessário utilizar qualquer fator de rateio para a apropriação ou cada vez que há o uso de estimativas e não de medição direta, fica o custo incluído como indireto. Custos Variáveis: São aqueles que variam de forma diretamente proporcional à quantidade produzida. Exemplos: Materiais Diretos (Matérias-Primas, Embalagens e Insumos), Mão-deObra Direta, Energia Elétrica (embora não varie na mesma proporção da quantidade produzida). Custo Fixo: São os custos que independem do volume de produção. Os custos classificados nesta categoria não variam em relação à quantidade produzida. Exemplos: Aluguel da Fábrica, Seguro da Fábrica, Imposto Predial, Depreciação das Máquinas. Custo Controlável: São os custos que podem ser regulados em determinado nível de autoridade administrativa. São diretamente influenciados por diretores e gerentes dentro de determinado período. Com frequência admite-se que os custos variáveis sejam controláveis, e os fixos, incontroláveis. Analisando os parênteses: ( 4 ) É custo de natureza mais genérica, não sendo possível identificar imediatamente como parte do custo de determinado produto. Perceba que fala em um custo que não há possibilidade de se identificar imediatamente a um produto. Custo indireto. ( 5 ) Um custo que pode ser diretamente controlado em determinado nível de autoridade administrativa, seja em curto,seja em longo prazo.A palavra controlado por autoridade é exatamente o que colocamos na definição dos custos. Custos controláveis. ( 1 ) Um custo que, em determinado período e volume de produção, não se altera em seu valor total, mas vai ficando cada vez menor em termos unitários com o aumento do volume de produção. Os Custos Fixos Unitários variam na razão inversa da quantidade de unidades produzidas, quanto maior a quantidade produzida, menor será o custo fixo por unidade. Custo Fixo ( 3 ) É custo incorrido em determinado produto, identificando-se como parte do respectivo custo.É o custo que conseguimos identificar claramente com cada produto. Custo direto. ( 2 ) Um custo uniforme por unidade, mas que varia no total na proporção direta das variações da atividade total ou do volume de produção relacionado.O custo aqui não varia por unidade, ou seja, cada unidade tem exatamente o mesmo valor. O que se altera é o valor do total de produção. Produziu-se mais, temos mais custos. Custos variáveis. Gabarito: Letra A 29 22 - Uma sociedade empresária produz um produto com preço de venda de R$10,00 por unidade. Os custos variáveis são R$8,00 por unidade e os custos fixos totalizam R$18.000,00 por ano, dos quais R$4.000,00 são relativos à depreciação. O Patrimônio Líquido da empresa é de R$50.000,00 e a sua taxa mínima de atratividade é de 10% ao ano. O ponto de equilíbrio contábil, econômico e financeiro são, respectivamente: a) 9.000 unidades por ano, 11.500 unidades por ano e 7.000 unidades por ano. b) 9.000 unidades por ano, 11.500 unidades por ano e 9.500 unidades por ano. c) 9.000 unidades por ano, 7.000 unidades por ano e 9.500 unidades por ano. d) 9.000 unidades por ano, 9.500 unidades por ano e 7.000 unidades por ano. Resposta: Antes de calcularmos os pontos de equilíbrio em questão, devemos calcular a margem de contribuição unitária. MCU = Preço de venda – Custos variáveis – despesas variáveis MCU = 10 – 8 = 2 Ponto de equilíbrio contábil = Custos fixos + Despesas fixas MCU PEC = 18.000,00 + 0 / 2 = 9.000 unidades No ponto de equilíbrio econômico, temos que descobrir qual é o custo de oportunidade. E conseguimos encontrá-lo aplicando a taxa mínima de atratividade sobre o Patrimônio Liquido da empresa: 50.000,00 x 10% = 5.000,00 Ponto de equilíbrio econômico = Custos fixos + despesas fixas + custo de oportunidade MCU PEE = 18.000,00 + 5.000,00 2 PEE = 11.500 unidades Ponto de equilíbrio financeiro = Custos fixos + despesa fixas – depreciação MCU PEF = 18.000,00 + 0,00 – 4.000,00 2 PEF = 7.000 unidades Gabarito: Letra A 23 - Uma sociedade empresária apresentou o seguinte Balanço Patrimonial de 2011 e 2010: 31.12.2011 31.12.2010 ATIVO Ativo Circulante 31.12.2011 31.12.2010 7.500,00 9.000,00 PASSIVO 12.500,00 12.300,00 Passivo Circulante 30 Caixa 2.500,00 1.200,00 Fornecedores 1.500,00 4.000,00 Duplic a Receber 4.800,00 9.300,00 Empréstimos 6.000,00 5.000,00 Estoques 5.200,00 1.800,00 25.000,00 24.000,00 Patrimônio Líquido 30.000,00 27.300,00 5.000,00 7.000,00 Capital 25.000,00 25.000,00 Imobilizado 20.000,00 17.000,00 Reservas de Lucros 5.000,00 2.300,00 Total 37.500,00 36.300,00 Total 37.500,00 36.300,00 Ativo Não Circulant Investimentos Em relação à evolução dos Índices de Liquidez, para o período considerado, assinale a opção CORRETA. a) Os índices de liquidez seca, corrente e imediata apurados em 2011 foram superiores aos apurados em 2010. b) Os índices de liquidez seca, corrente e imediata apurados em 2011 foram inferiores aos apurados em 2010. c) Os índices de liquidez imediata e liquidez corrente foram piores em relação ao ano anterior, mas o índice de liquidez seca apresentou uma melhora. d) Os índices de liquidez imediata e liquidez corrente foram melhores em relação ao ano anterior, mas o índice de liquidez seca apresentou uma piora. Resposta: Liquidez Imediata = Disponível / Passivo Circulante Liquidez imediata 2010 = 1.200,00 / 9.000,00 = 0,1333 Liquidez imediata 2011 = 2.500,00 / 7.500,00 = 0,333 Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante Liquidez Corrente 2010 = 12.300,00/9.000,00 = 1,37 Liquidez Corrente 2011 = 12.500,00/7.500,00 = 1,67 Liquidez Seca = (Ativo Circulante - Estoques) / Passivo Circulante Liquidez Seca 2010 = (12.300,00 - 1.800,00) / 9.000,00 = 1,17 Liquidez Seca 2011 = (12.500,00 - 5.200,00) / 7.500,00 = 0,97 Claramente vemos que: Os índices de liquidez imediata e liquidez corrente foram melhores em relação ao ano anterior, mas o índice de liquidez seca apresentou uma piora. Gabarito: Letra D 24 - Uma empresa industrial estabeleceu os seguintes padrões de custos diretos por unidade: QUANTIDADE PREÇO Matéria-Prima 0,5 kg R$4,00 por kg Mão de Obra Direta 15 minutos R$10,00 por hora Em determinado período, foram produzidos 10.000 produtos, com os seguintes custos reais: 31 QUANTIDADE PREÇO Matéria-Prima 6.500 kg R$4,20 por kg Mão de Obra Direta 2.500 h R$12,00 por hora Em relação aos custos apurados no período e variações do custo real em comparação ao custo padrão, assinale a opção INCORRETA. a) A variação no custo da matéria-prima foi de R$0,73 favorável. b) A variação no custo de mão de obra é devido unicamente à variação no preço. c) O custo padrão é de R$4,50, composto por R$2,00 relativo a custo de matéria- prima e R$2,50 de custo com mão de obra. d) O custo real superou o custo padrão em R$1,23, e a diferença é devida às variações no custo da matéria-prima e no custo da mão de obra. Resposta: Vamos resolver cada umas das alternativas para encontrarmos qual é a alternativa incorreta; Alternativa “a”: A variação no custo da matéria-prima foi de R$0,73 favorável. Custo Padrão Matéria Prima 0,5 por unidade X R$4,00 kg = 2,00 Custo Real Matéria Prima 6.500 kg ÷ 10.000 unidades = 0,65 kg por unidade 0,65 por unidade X R$4,20 kg = 2,73 Variação negativa de R$0,73 (R$2,00 - R$2,73) Alternativa incorreta. Já achamos a incorreta, mas vamos analisar todas. Alternativa “b”: A variação no custo de mão de obra é devido unicamente à variação no preço Custo Padrão QUANTIDADE PREÇO Mão de obra direta = 15 minutos $ 10,00 por hora Custo Real QUANTIDADE PREÇO Mão de obra direta = 2.500 horas $ 12,00 por hora 2.500hs X 60 minutos = 150.000 minutos ÷ 10.000 unidades = 15 minutos por unidade O tempo não variou, então a variação deveu-se apenas ao preço. Alternativa correta. 32 Alternativa “c”: O custo padrão é de R$4,50, composto por R$2,00 relativo a custo de matériaprima e R$2,50 de custo com mão de obra. Custo Padrão Matéria Prima 0,5 por unidade X R$4,00 kg = 2,00 Mão-de-Obra R$10,00 por hora ÷ 60 minutos X 15 minutos = R$2,50 Total dos custos padrão = R$2,00 (matéria - prima) + R$2,50 (mão de obra) = R$4,50 Alternativa correta. Alternativa “d”:O custo real superou o custo padrão em R$1,23, e a diferença é devida às variações no custo da matéria-prima e no custo da mão de obra. Custo Padrão Matéria Prima 0,5 por unidade X R$4,00 kg = 2,00 Mão-de-Obra R$10,00 por hora ÷ 60 minutos X 15 minutos = R$2,50 Total dos custos padrão = R$2,00 + R$2,50 = R$4,50 Custo Real Matéria Prima 6.500 kg ÷ 10.000 unidades = 0,65 kg por unidade 0,65 por unidade X R$4,20 kg = 2,73 Mão-de-Obra 2.500hs X 60 minutos = 150.000 minutos ÷ 10.000 unidades = 15 minutos por unidade R$12,00 por hora ÷ 60 minutos X 15 minutos = R$3,00 Total dos custos reais= R$2,73 + R$3,00 = R$5,73 Variação negativa de R$1,23 (R$5,73 - R$4,50) Alternativa correta. Gabarito: Letra A 25 - Uma sociedade empresária apresentou os seguintes indicadores nos últimos três exercícios: Indicador 2009 2010 2011 Quociente de Endividamento 1,0 2,0 3,0 Rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido 18% 21% 24% Rentabilidade sobre o Ativo 15% 15% 15% Margem Líquida 10% 6% 5% 33 A partir da análise dos indicadores, é CORRETO afirmar que: a) a elevação do endividamento ao longo dos anos tem reduzido a rentabilidade proporcionada aos proprietários. b) a taxa de retorno sobre o Ativo tem se mantido em 15% apesar da queda na margem líquida, porque a empresa tem aumentado o giro do ativo. c) do ponto de vista dos proprietários, a empresa está a cada dia menos lucrativa e menos arriscada. d) o custo médio do capital de terceiros é inferior a 15% a.a., uma vez que a rentabilidade do Patrimônio Líquido supera a rentabilidade sobre o Ativo. Resposta: Questão demorada, mas não é necessariamente difícil! Analisemos cada uma das assertivas para encontrar a resposta correta. Alternativa “a” : a elevação do endividamento ao longo dos anos tem reduzido a rentabilidade proporcionada aos proprietários. Se pensarmos que o índice de endividamento é calculado, dividindo-se, por exemplo, o Passivo Circulante + Exigível a longo prazo pelo Passivo total. Poder-se-ia também dividir o Passivo Circulante + Exigível a longo prazo pelo Patrimônio Líquido. Estes índices mostram quanto de recursos a empresa busca com terceiros, do total da sua origem de recursos. Percebam que isso não tem relação direta com a rentabilidade da empresa, apesar de que um endividamento alto gerar cada vez mais despesas financeiras, o que, por tabela, prejudicaria o lucro. Assertiva incorreta. Alternativa “b” : a taxa de retorno sobre o Ativo tem se mantido em 15% apesar da queda na margem líquida, porque a empresa tem aumentado o giro do ativo. Devemos ter em mente as fórmulas: Retorno sobre o ativo ou rentabilidade do ativo: LL/Ativo Essa fórmula pode ser desenvolvida em duas outras e ela é resultado da multiplicação delas: Rentabilidade do ativo = LL/ Ativo Margem Líquida = LL/ Receita Líquida Giro do ativo = Receita Líquida/Ativo Rentabilidade do ativo = Margem Líquida x Giro do ativo Vamos fazer uma simulação. Lembrando que o valor da rentabilidade teria que se manter o mesmo e a margem tem que cair ano após ano. Seguindo os dados fornecidos pelo enunciado: 2009 Rentabilidade do ativo = Margem Líquida x Giro do ativo 15 = 10 x ? 15 = 10 x 1,5 2010 Rentabilidade do ativo = Margem Líquida x Giro do ativo 15 = 6 x ? 15 = 6 x 2,5 34 2011 Rentabilidade do ativo = Margem Líquida x Giro do ativo 15 = 5 x ? 15 = 5 x 3,0 Pelos cálculos efetuados podemos ver que para manter a rentabilidade no mesmo nível com uma queda na margem, só será possível com o aumento do giro do Ativo, portanto esta alternativa está correta. Alternativa “c” : do ponto de vista dos proprietários, a empresa está a cada dia menos lucrativa e menos arriscada. Lucrativa do ponto de vista dos proprietários: Neste caso, teríamos que analisar a rentabilidade dos sócios (rentabilidade sobre o patrimônio líquido). E, este índice foi de 18% em 2009, 21% em 2010 e 24% em 2011, Portanto, está cada dia mais lucrativa. Com um endividamento crescendo de ano a ano, só podemos dizer que ela está cada vez mais arriscada. Então, inverteram-se os conceitos. Alternativa incorreta. Alternativa “d” : o custo médio do capital de terceiros é inferior a 15% a.a., uma vez que a rentabilidade do Patrimônio Líquido supera a rentabilidade sobre o Ativo. A rentabilidade do PL nos foi informada pelo enunciado da questão. Ela nos é dada pela seguinte fórmula: LL/PL. A rentabilidade do ativo também nos é apresentada. Ela é: LL/Ativo. Não podemos afirmar nada do que foi exposto. A diferença dos dois índices, não é necessariamente o custo do capital de terceiros. Alias o custo do capital de terceiros nos é dado pela fórmula: Despesas financeiras/ Média dos valores de empréstimos e financiamentos. Ora, não se pode afirmar que a diferença é o percentual de despesas financeiras, pois o lucro é composto por vários tipos de despesas. E, um aumento ou diminuição em qualquer despesa pode alterar o lucro. Assertiva incorreta. Gabarito: Letra B 26 - De acordo com a NBC TA 315 – Identificação e Avaliação dos Riscos de Distorção Relevante por meio do Entendimento da Entidade e do seu Ambiente, o auditor deve aplicar procedimentos de avaliação de riscos para fornecer uma base para a identificação e avaliação de riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis e nas afirmações. No processo de avaliação dos riscos, o auditor deve seguir os seguintes procedimentos, EXCETO: a) realizar procedimentos analíticos para identificar aspectos da entidade que o auditor não tinha conhecimento de forma a auxiliar na avaliação de riscos de erros relevantes para fornecer uma base para planejar e implementar respostas para esses riscos. b) obter informações por meio da execução de procedimentos de avaliação de riscos e atividades relacionadas como uma forma de obtenção de evidência de auditoria para sustentar avaliações dos riscos de distorção relevante. 35 c) fazer de forma obrigatória indagações à administração e a outros na entidade, executar procedimentos analíticos e ainda realizar observações e inspeção para cada aspecto do entendimento de forma à obtenção de base segura para avaliação dos riscos. d) buscar o entendimento da entidade e do seu ambiente, inclusive do controle interno da entidade de forma contínua e dinâmica, primordial para que o auditor planeje a auditoria e exerça o julgamento profissional ao longo da auditoria. Resposta: Questão que dependeria do conhecimento da NBC TA 315. Sem ela, poderia chegar-se à resposta por exclusão. Vamos analisar cada uma das alternativas para encontrarmos a resposta certa. Alternativa “a”: realizar procedimentos analíticos para identificar aspectos da entidade que o auditor não tinha conhecimento de forma a auxiliar na avaliação de riscos de erros relevantes para fornecer uma base para planejar e implementar respostas para esses riscos. Vejam o que diz o item A7: A7. Procedimentos analíticos realizados como procedimentos de avaliação de risco podem identificar aspectos de uma entidade que o auditor não tinha conhecimento e pode auxiliar na avaliação de risco de erros relevantes para fornecer uma base para planejar e implementar respostas para esses riscos. Temos quase a transcrição literal daquilo que está na norma. Alternativa correta. Alternativa “b”: obter informações por meio da execução de procedimentos de avaliação de riscos e atividades relacionadas como uma forma de obtenção de evidência de auditoria para sustentar avaliações dos riscos de distorção relevante. O disposto desta alternativa está no item A2: Informações obtidas por meio da execução de procedimentos de avaliação de riscos e atividades relacionadas podem ser usadas pelo auditor como evidência de auditoria para sustentar avaliações dos riscos de distorção relevante. Além disso, o auditor pode obter evidências de auditoria a respeito de classes de transações, saldos de contas ou divulgações e afirmações relacionadas, e sobre a efetividade operacional dos controles, embora tais procedimentos não fossem planejados como procedimentos substantivos ou como testes de controles. Vejam os trechos grifados. Dizem exatamente a mesma coisa. Alternativa correta. Alternativa “c”: fazer de forma obrigatória indagações à administração e a outros na entidade, executar procedimentos analíticos e ainda realizar observações e inspeção para cada aspecto do entendimento de forma à obtenção de base segura para avaliação dos riscos. A questão apresenta um erro. O auditor deve fazer avaliação dos riscos, executar procedimentos analíticos e buscar base para a avaliação dos riscos. Mas nenhum destes procedimentos é obrigatório. Ele pode usá-los. Mas se julgar que deve utilizar outros meios poderá fazer uso destes. Não é obrigatório. Alternativa incorreta Alternativa “d”: buscar o entendimento da entidade e do seu ambiente, inclusive do controle interno da entidade de forma contínua e dinâmica, primordial para que o auditor planeje a auditoria e exerça o julgamento profissional ao longo da auditoria. 36 Esta alternativa usou dois trechos da norma. Podemos notar que está correta ao dizer que o auditor usa o julgamento profissional ao longo da auditoria. A3. O auditor usa o julgamento profissional para determinar a extensão do entendimento exigido. A primeira parte está em outro item: 20. O auditor deve obter um entendimento das atividades de controle relevantes para a auditoria, que são aquelas que o auditor julga necessário entender para avaliar os riscos de distorção relevante no nível da afirmação e desenhar procedimentos adicionais de auditoria em resposta aos riscos avaliados. Percebam que a alternativa não está contida na norma de forma literal. Mas podemos inferir o conceito da combinação dos dois trechos citados. Alternativa correta. Gabarito: Letra C 27 - Durante um trabalho de auditoria foram detectadas as seguintes informações sobre a concessão de uma linha de ônibus: Valor de custo de R$70.000,00 em 31.12.2010. Amortização acumulada de R$10.500,00 em 31.12.2010. Aplicação da NBC TG 01 acusou um valor recuperável de R$52.500,00, com base no fluxo de caixa descontado (valor de uso) desse direito. A posição do auditor independente em relação a esse ativo intangível é de: a) Recomendar que a empresa reconheça uma perda de R$10.500,00 para redução ao valor recuperável do ativo. b) Recomendar que a empresa reconheça uma perda de R$17.500,00 para redução ao valor recuperável do ativo. c) Recomendar que a empresa reconheça uma perda de R$3.500,00 para redução ao valor recuperável do ativo. d) Recomendar que a empresa reconheça uma perda de R$7.000,00 para redução ao valor recuperável do ativo. Resposta: Vamos trazer o que já comentamos na questão 9 da prova de setembro de 2012. A NBC TG 01 - REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS de 20/08/2010 nos diz traz as seguintes definições acerca do tema: Valor recuperável de um ativo ou de unidade geradora de caixa é o maior montante entre o seu valor justo líquido de despesa de venda e o seu valor em uso. Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros esperados que devem advir de um ativo ou de unidade geradora de caixa. Valor justo líquido de despesa de venda é o montante a ser obtido pela venda de um ativo ou de unidade geradora de caixa em transações em bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, menos as despesas estimadas de venda. A premissa básica do teste de recuperabilidade é que os ativos não devem estar contabilizados por valor superior ao seu valor recuperável. 37 Se o valor recuperável de um ativo for menor do que seu valor contábil, o valor contábil do ativo deve ser reduzido ao seu valor recuperável. Essa redução representa uma perda por desvalorização do ativo. O teste de recuperabilidade é feito levando-se em conta que o valor recuperável do ativo, portanto, será o maior valor entre: valor líquido de venda e o seu valor em uso. Vamos analisar os valores que temos: Valor de uso: 52.500,00 Valor justo líquido de despesa de venda: Não informado, portanto, concluiremos que é ZERO. O maior dos dois então é o valor de uso: 52.500,00. Agora, analisemos o valor contábil da concessão. Valor de custo: 70.000,00 ( - ) Amortização acumulada: 10.500,00 = Valor contábil: 59.500,00 Vemos então que o valor contábil é de 59.500,00 e o valor de uso é de 52.500.00. Portanto, deve-se constituir uma provisão da diferença entre o valor de contábil e o valor de uso. Provisão: 59.500,00 – 52.500,00 = 7.000,00 Gabarito: Letra D 28 - O relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações contábeis de uma sociedade anônima, em 31.12.2011, foi apresentado com a seguinte redação: RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Examinamos as demonstrações contábeis da Companhia A, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2011 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. A Administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações contábeis. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos 38 riscos de distorção relevante das demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas, não, para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. Chamamos atenção para a Nota X às demonstrações contábeis, que descreve a incerteza relacionada com o resultado da ação judicial movida contra a Companhia pela Empresa Z. Nossa opinião não contém ressalva relacionada a esse assunto. O relatório de auditoria acima é um relatório: a) com abstenção de opinião. b) que inclui parágrafo de ênfase. c) que inclui parágrafo de outros assuntos. d) com ressalva em relação a uma nota explicativa. Resposta: Buscamos a resposta a esta questão na NBC T 11 que era a norma anterior que regulamentava a auditoria no Brasil e que em ainda tem aplicabilidade em boa parte de seus itens. Vejam o que diz o item: 11.3.7.1 : Quando ocorrer incerteza em relação a fato relevante, cujo desfecho poderá afetar significativamente a posição patrimonial e financeira da entidade, bem como o resultado das suas operações, deve o auditor adicionar um parágrafo de ênfase em seu parecer, após o parágrafo de opinião, fazendo referência à nota explicativa da administração, que deve descrever de forma mais extensa, a natureza e, quando possível, o efeito da incerteza. Percebam que o ultimo parágrafo é explicito quanto a incerteza quanto ao resultado de uma ação judicial. Claramente trata-se de um parágrafo de ênfase incluído após o parágrafo de opinião. Gabarito: Letra B 29 - Conforme a NBC TA 200, que trata dos Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com as Normas de Auditoria, são objetivos gerais do auditor obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorções relevantes e apresentar o relatório sobre as demonstrações contábeis, comunicando-se como exigido pelas NBC TAs. Entretanto, quando não for possível obter segurança razoável e a opinião com ressalva no relatório do auditor for insuficiente para atender aos usuários previstos das demonstrações contábeis, as NBC TAs requerem que o auditor: a) reformule os objetivos do trabalho. b) ajuste a estratégia de auditoria e modifique sua opinião. 39 c) abstenha de emitir sua opinião ou renuncie ao trabalho. d) ajuste a estratégia de auditoria e não modifique sua opinião. Resposta: Questão clara e objetiva, mas que dependia do conhecimento da NBC TA 200. Ela nos traz os seguintes ditames: 12. Em todos os casos em que não for possível obter segurança razoável e a opinião com ressalva no relatório do auditor for insuficiente nas circunstâncias para atender aos usuários previstos das demonstrações contábeis, as NBC TAs requerem que o auditor se abstenha de emitir sua opinião ou renuncie ao trabalho, quando a renúncia for possível de acordo com lei ou regulamentação aplicável. Explicitamente temos a resposta da questão. Gabarito: Letra C 30- Relacione os tipos de opinião modificada, a ser expressa pelo auditor independente, constantes da primeira coluna, com as circunstâncias descritas na segunda coluna: ( 1 ) Opinião com ressalva ( ) Não conseguindo obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para suportar sua opinião, o auditor concluiu que os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes e generalizadas. ( 2 ) Opinião adversa ( ) Tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, o auditor concluiu que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes, mas não generalizadas nas demonstrações contábeis. ( 3 ) Abstenção de opinião ( ) Tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, o auditor concluiu que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes e generalizadas para as demonstrações contábeis. A sequência CORRETA é: a) 3, 2, 1. b) 2, 3, 1. c) 3, 1, 2. d) 2, 1, 3. Resposta: Devemos lembrar que com a nova regulamentação, o parecer de auditoria, hoje chamado de relatório de auditoria apresentou algumas mudanças, mas mantêm na sua essência os conceitos muito parecidos com a legislação anterior, a NBC T 11. A norma que traz os novos conceitos é a NBC TA 700. 40 Opinião modificada (com ressalvas): O objetivo do auditor é expressar claramente uma opinião modificada de forma apropriada sobre as demonstrações contábeis, que é necessária quando: (a) o auditor conclui, com base em evidência de auditoria obtida, que as demonstrações contábeis como um todo apresentam distorções relevantes; ou b) o auditor não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir que as demonstrações contábeis como um todo não apresentam distorções relevantes. Esta é a resposta do segundo parêntese. Portanto, o segundo parêntese deve ter o algarismo 1. Nele, se diz que existem distorções, mas não são generalizadas. Este fato faz como seja emitida ressalva. Opinião adversa: O auditor deve expressar uma opinião adversa quando, tendo obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes e generalizadas para as demonstrações contábeis. Percebam que esta definição trazida pela norma é exatamente o que diz o terceiro parêntese. Neste caso, o auditor não concorda com as demonstrações contábeis como um todo e não as “aprova”.Os problemas contidos nas demonstrações são de um nível alto e apresentam distorções relevantes(importantes) e no todo.O algarismo 2 deve ser colocado no terceiro parêntese. Abstenção de opinião: O auditor deve abster-se de expressar uma opinião quando não consegue obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para suportar sua opinião e ele conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes e generalizadas. Esta definição trazida pela norma é exatamente o que diz o primeiro parêntese. Significa que o auditor não tem certeza e não conseguiu comprovar os seus testes. Ele pressupõe nesse caso que caso conseguisse comprovar os testes, o resultado apresentaria distorções relevantes e de forma generalizada. O primeiro parêntese deve ser preenchido com o algarismo 3. Gabarito: Letra C 31 - De acordo com NBC TP 01 – Perícia Contábil, o planejamento deve ser elaborado com base nos quesitos e/ou no objeto da perícia. Em relação aos objetivos do planejamento da pericia, julgue os itens abaixo como Verdadeiros (V) ou Falsos (F) e, em seguida, assinale a opção CORRETA. ( ) Conhecer o objeto da perícia, a fim de permitir a adoção de procedimentos que conduzam à revelação da verdade, a qual subsidiará o juízo, o árbitro ou o interessado a tomar a decisão a respeito da lide. ( ) Definir a natureza, a oportunidade e a extensão dos exames a serem realizados, em consonância com o objeto da perícia, os termos constantes da nomeação, dos quesitos ou da proposta de honorários oferecida pelo Perito. ( ) Estabelecer condições para que o trabalho seja cumprido no prazo estabelecido. 41 ( ) Identificar a legislação aplicável ao objeto da perícia. ( ) Identificar fatos que possam vir a ser importantes para a solução da demanda de forma que não passem despercebidos ou não recebam a atenção necessária. A sequência CORRETA é: a) V, V, V, V, V. b) F, F, F, F, V. c) F, V, V, F, F. d) V, F, F, F, F. Resposta: A NBC TP 01 nos traz a resolução desta questão. Devemos nos atinar para o item que trata dos objetivos do planejamento da perícia. Vamos a ele! Objetivos 33. Os objetivos do planejamento da perícia são: (a) conhecer o objeto da perícia, a fim de permitir a adoção de procedimentos que conduzam à revelação da verdade, a qual subsidiará o juízo, o árbitro ou o interessado a tomar a decisão a respeito da lide; (b) definir a natureza, a oportunidade e a extensão dos exames a serem realizados, em consonância com o objeto da perícia, os termos constantes da nomeação, dos quesitos ou da proposta de honorários oferecida pelo perito; (c) estabelecer condições para que o trabalho seja cumprido no prazo estabelecido; (d) identificar potenciais problemas e riscos que possam vir a ocorrer no andamento da perícia; (e) identificar fatos que possam vir a ser importantes para a solução da demanda de forma que não passem despercebidos ou não recebam a atenção necessária; (f) identificar a legislação aplicável ao objeto da perícia; (g) estabelecer como ocorrerá a divisão das tarefas entre os membros da equipe de trabalho, sempre que o perito necessitar de auxiliares; (h) facilitar a execução e a revisão dos trabalhos. Os itens em negrito mostram que todas as afirmações da questão são verdadeiras pois encontram base nas alíneas do item 33 da norma.Portanto, devemos marcar todas as assertivas com V. V, V, V, V, V. Gabarito: Letra A 32 - O laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil, de acordo com a NBC TP 01 – Perícia Contábil, devem conter em sua estrutura os seguintes itens, EXCETO: a) Conclusão, anexos, apêndices, assinatura do perito com sua categoria profissional e registro em Conselho Regional de Contabilidade. b) Conclusão, anexos, assinatura do advogado com seu parecer sobre a perícia e ajuste de parecer favorável às partes na Justiça. c) Identificação das diligências realizadas, transcrição e resposta aos quesitos para o laudo pericial contábil. 42 d) Identificação do processo e das partes, síntese do objeto da perícia e metodologia adotada para os trabalhos periciais. Resposta: Ainda utilizando a mesma norma, NBC TP 01, para responder à questão, temos que: O item 80 nos traz os requisitos mínimos que o laudo pericial contábil ou parecer pericial devem conter: 80. O laudo pericial contábil e o parecer pericial contábil devem conter, no mínimo, os seguintes itens: (a) identificação do processo e das partes; (b) síntese do objeto da perícia; (c) metodologia adotada para os trabalhos periciais; (d) identificação das diligências realizadas; (e) transcrição e resposta aos quesitos: para o laudo pericial contábil; (f) transcrição e resposta aos quesitos: para o parecer pericial contábil, onde houver divergência, transcrição dos quesitos, respostas formuladas pelo perito-contador e as respostas e comentários do perito-contador assistente; (g) conclusão; (h) anexos; (i) apêndices; (j) assinatura do perito: fará constar sua categoria profissional de contador e o seu número de registro em Conselho Regional de Contabilidade, comprovada mediante Declaração de Habilitação Profissional -DHP. É permitida a utilização da certificação digital, em consonância com a legislação vigente e as normas estabelecidas pela InfraEstrutura de Chaves Públicas Brasileiras - ICP-Brasil. Olhemos a assertiva “b”. Ela fala em assinatura do advogado com seu parecer sobre a perícia. A norma não pede a assinatura do advogado. O que ela cobra é assinatura do perito, por obvio. Gabarito: Letra B 33 - O perito-contador deve declarar-se suspeito quando, após, nomeado, contratado ou escolhido, verificar a ocorrência de situações que venham suscitar suspeição em função da sua imparcialidade ou independência e, desta maneira, comprometer o resultado do seu trabalho em relação à decisão. Assinale a opção que apresenta uma situação que NÃO configura um caso de suspeição: a) a filha de uma das partes tem uma dívida em atraso com o perito-contador. b) o perito-contador é herdeiro presuntivo da esposa de uma das partes. c) o perito-contador não é especialista na matéria em litígio. d) um dos litigantes é amigo íntimo do perito-contador. Resposta: A NBC P 2.3 traz a questão do impedimento do perito contador. Temos o seguinte: 2.3.5. SUSPEIÇÃO 2.3.5.1. O perito-contador pode declarar-se suspeito quando, após, nomeado, contratado ou escolhido verificar a ocorrência de situações que venha suscitar suspeição em função da sua imparcialidade ou independência e, desta maneira, comprometer o resultado do seu trabalho em relação à decisão. 43 2.3.5.2. Os casos de suspeição aos quais estão sujeitos o perito-contador são os seguintes: a) ser amigo íntimo de qualquer das partes; b) ser inimigo capital de qualquer das partes; c) ser devedor ou credor de qualquer das partes, dos seus cônjuges, de parentes destes em linha reta ou em linha colateral até o terceiro grau; d) ser herdeiro presuntivo ou donatário de alguma das partes ou dos seus cônjuges; e) ser empregador de alguma das partes; f) aconselhar, de alguma forma, parte envolvida no litígio acerca do objeto da discussão; g) houver qualquer interesse no julgamento da causa em favor de alguma das partes; e h) declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, ficando isento, neste caso, de declinar os motivos. Esses são os casos em que há suspeição, ou seja, se ele trabalhar em uma questão que haja algum tipo de relação das elencadas anteriormente, ele é tem sua atitude sob suspeita. Vejam o que diz outro item da norma: 2.3.4. IMPEDIMENTO TÉCNICO 2.3.4.1.O impedimento por motivos técnicos a ser declarado pelo perito- contador ou pelo perito-contador assistente decorre da autonomia e da independência que ambos devem possuir para ter condições de desenvolver de forma isenta o seu trabalho. São motivos de impedimento técnico: a) a matéria em litígio não ser de sua especialidade; Percebam que a alternativa “c” traz uma condição que não representa suspeição, mas sim, um impedimento técnico, ou seja, ele não pode aceitar o trabalho não por que tem relação familiar ou intima com os litigantes, mas por que não possui conhecimento suficiente para desempenhar o trabalho. Gabarito: Letra C 34 - Conforme a NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis, para que um recurso controlado por uma entidade atenda ao conceito de Ativo, é característica essencial a: a) entrega ou promessa futura de entrega de caixa ou outros ativos financeiros para a aquisição. b) existência de documento que comprove o direito de propriedade da entidade. c) existência de substância física, material e corpórea, avaliada com base em documentação hábil. d) expectativa de geração de benefícios econômicos futuros para a entidade. Resposta: Usaremos como a própria questão nos traz, a NBC TG – Estrutura Conceitual. 49 - Os elementos diretamente relacionados com a mensuração da posição patrimonial e financeira são ativos, passivos e patrimônio líquido. Estes são definidos como segue: (a) Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade; Outro ponto da norma que cita especificamente esta característica do Ativo é: 44 53 - O benefício econômico futuro embutido em um ativo é o seu potencial em contribuir, direta ou indiretamente, para o fluxo de caixa ou equivalentes de caixa para a entidade. Tal potencial pode ser produtivo, quando o recurso for parte integrante das atividades operacionais da entidade. Portanto, se o desembolso atual puder gerar benefícios futuros para a empresa, ele pode ser contabilizado como Ativo. Caso isso não seja possível, tal gasto deverá ser contabilizado como despesa. Gabarito: Letra D 35 - Aproveitando o desconto fornecido para pagamento antecipado do imposto em cota única, uma sociedade empresária efetuou, em janeiro de 2012, o pagamento do Imposto sobre Veículos Automotores – IPVA incidente sobre os veículos de sua propriedade e relativo ao ano de 2012. Os veículos são utilizados para entregas das mercadorias vendidas aos clientes. O registro do imposto pago foi efetuado a débito de conta de despesa a parcela relativa ao mês de janeiro, e a débito de conta de ativo o montante relativo aos demais meses. De acordo com a Resolução CFC n.º 750/93, o princípio que justifica o registro descrito de apenas uma parcela do valor pago em conta de despesa é o Princípio da: a) Competência. b) Objetividade. c) Prudência. d) Tempestividade. Resposta: Conforme texto da Resolução 750/93, mencionada no enunciado da questão: O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA Art. 9º. O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas. Competência então significa a contabilização de Despesas e Receitas, no momento em que elas acontecem, independentemente das formas de pagamento. Sendo assim, se tivermos que contabilizar uma despesa referente ao período de 12 meses por exemplo devemos contabilizar o valor total no Ativo, como despesas antecipadas, e apropriar mensalmente o valor correspondente a 1/12 durante todo o período do contrato. OBJETIVIDADE Na verdade esta é uma convenção contábil e não um princípio. A objetividade garante a eliminação ou restringe áreas de excessivo liberalismo na escolha de critérios, principalmente valores. Assim, por exemplo: Entre um valor documentado e um valor hipotético, deve-se escolher o valor documentado. O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA 45 Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais. TEMPESTIVIDADE Conforme texto do PRONUNCIAMENTO CONCEITUAL BÁSICO (R1) “QC29. Tempestividade significa ter informação disponível para tomadores de decisão a tempo de poder influenciá-los em suas decisões. Em geral, a informação mais antiga é a que tem menos utilidade. Contudo, certa informação pode ter o seu atributo tempestividade prolongado após o encerramento do período contábil, em decorrência de alguns usuários, por exemplo, necessitarem identificar e avaliar tendências.” Tempestividade trata-se de uma qualidade das informações contábeis. Em outras palavras, uma informação contábil que não seja gerada a tempo para que se possa tomar decisões é uma informação sem utilidade Gabarito: Letra A 36 - Um profissional, ao elaborar a escrituração contábil de uma empresa enquadrada e registrada no Simples Nacional, deve: a) deve deixar de elaborar a escrituração contábil uma vez que a empresa está dispensada diante do enquadramento tributário. b) deve observar o princípio da competência. c) deve observar o regime de caixa ou competência de acordo com o que for mais vantajoso para a empresa. d) deve observar o regime de caixa. Resposta: A questão fala em escrituração contábil. Com isso, entendemos que se refere ao uso dos Livros Diário e Razão. Ora, se a empresa está fazendo escrituração, isso quer dizer que ela deve obrigatoriamente, ao lançar no diário e no razão, baseado no principio da competência. As empresas enquadradas no Simples estão dispensadas da escrituração contábil, sendo obrigadas a proceder a feitura do Livro-Caixa e livro de entradas. Mas se a empresa faz escrituração contábil, ela obrigatoriamente tem que fazê-la respeitando o principio da competência. Gabarito: Letra B 37 - A NBC TG - ESTRUTURA CONCEITUAL - Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis estabelece os conceitos que fundamentam a preparação e a apresentação de demonstrações contábeis destinadas a usuários externos. 46 Portanto, NÃO é finalidade dessa NBC TG: a) apoiar os usuários das demonstrações contábeis na interpretação de informações nelas contidas, preparadas em conformidade com as normas. b) auxiliar os auditores independentes a formar sua opinião sobre a conformidade das demonstrações contábeis com as normas. c) dar suporte aos responsáveis pela elaboração das demonstrações contábeis na aplicação das normas e no tratamento de assuntos que ainda não tiverem sido objeto de normas. d) definir normas ou procedimentos para qualquer questão particular sobre aspectos de mensuração, divulgação ou de publicidade. Resposta: A NBC TG - ESTRUTURA CONCEITUAL nos diz : 1 - Esta Estrutura Conceitual estabelece os conceitos que fundamentam a preparação e a apresentação de demonstrações contábeis destinadas a usuários externos. A finalidade desta Estrutura Conceitual é: a) dar suporte ao desenvolvimento de novas normas e à revisão das existentes quando necessário; b) dar suporte aos responsáveis pela elaboração das demonstrações contábeis na aplicação das normas e no tratamento de assuntos que ainda não tiverem sido objeto de normas; c) auxiliar os auditores independentes a formar sua opinião sobre a conformidade das demonstrações contábeis com as normas; d) apoiar os usuários das demonstrações contábeis na interpretação de informações nelas contidas, preparadas em conformidade com as normas; e e) proporcionar, àqueles interessados, informações sobre o enfoque adotado na formulação das normas. A única que não encontra suporte na norma é a alternativa d. Gabarito: Letra D 38 - Uma sociedade empresária recebeu uma subvenção governamental, destinada a compensar as despesas com contratação, treinamento e manutenção de uma quantidade mínima de empregados durante os três primeiros anos de funcionamento. O recebimento da subvenção se deu mediante depósito em conta corrente de livre movimentação, no momento da assinatura do protocolo com o governo do estado. De acordo com a NBC TG 07 – Subvenção e Assistência Governamentais, o valor recebido pela sociedade empresária deverá ser: a) reconhecido imediatamente no Patrimônio Líquido, na conta Reserva de Incentivos Fiscais. b) reconhecido imediatamente no resultado do período e, uma vez apurado o resultado, registrado na conta Reserva de Incentivos Fiscais. c) registrado no passivo e reconhecido como receita ao longo do período e confrontada com as despesas que pretende compensar, em base sistemática. d) registrado no patrimônio líquido e reconhecido como receita ao final do período em que deverão ocorrer as despesas que pretende compensar, e em base sistemática. 47 Resposta: Conforme o Texto da NBC TG 07 – Subvenção e Assistência Governamentais: Apresentação da subvenção no balanço patrimonial 24. A subvenção governamental relacionada a ativos, incluindo aqueles ativos não monetários mensurados ao valor justo, deve ser apresentada no balanço patrimonial em conta de passivo, como receita diferida, ou deduzindo o valor contábil do ativo relacionado. 25. São considerados aceitáveis dois métodos de apresentação, nas demonstrações contábeis, da subvenção (ou parte apropriada de subvenção) não vinculada a obrigações futuras, relacionada com ativos. 26. Um dos métodos reconhece a subvenção governamental como receita diferida no passivo, sendo reconhecida como receita em base sistemática e racional durante a vida útil do ativo. Apresentação da subvenção na demonstração do resultado 29. A subvenção é algumas vezes apresentada como crédito na demonstração do resultado, quer separadamente sob um título geral tal como ”outras receitas“, quer, alternativamente, como dedução da despesa relacionada. A subvenção seja por acréscimo de rendimento proporcionado ao empreendimento, ou por meio de redução de tributos ou outras despesas, deve ser registrada na demonstração do resultado no grupo de contas de acordo com a sua natureza.” O item 26 nos mostra claramente como deve ser reconhecida esta subvenção. Gabarito: Letra C 39 - Admita-se a hipótese de que o Governo federal publicou, em 11.11.2011 um Decreto alterando o Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI de um determinado produto. Considerando o princípio da anterioridade, insculpido no Art.150 da Constituição Federal, podese afirmar que o: a) IPI não poderá ser cobrado em 1º.1.2012 por infringir o princípio da anterioridade nonagesimal. b) IPI poderá ser cobrado a partir 1º.1.2012, haja vista que o Decreto foi publicado no ano anterior. c) IPI, o Imposto sobre Operações Financeiras e o Imposto sobre Importações não se submetem ao princípio da anterioridade. d) princípio da anterioridade nonagesimal se aplica somente às contribuições sociais previstas no Art. 195 da Constituição Federal. Resposta: O principio da anterioridade anual diz que determinado tributo só poderá ser cobrado a partir do primeiro dia do exercício seguinte. Porem, alguns destes tributos também que respeitar o principio da anterioridade nonagesimal. Por este principio o tributo tem que ser cobrado no ano seguinte, e ainda respeitar os 90 dias da publicação da lei que crie ou aumente o tributo. Vamos analisar cada uma das assertivas. 48 Alternativa “a”: Se o decreto foi publicado em 11/11/2011 e a alternativa “a” fala que ele não poderá ser cobrado em 01/01/2012. Isso é verdade pois o IPI não é exceção ao principio da anterioridade nonagesimal. Assertiva correta. Alternativa “b”: O IPI não pode ser cobrado no ano seguinte, logo no primeiro dia, pois ele tem que respeitar o principio da anterioridade nonagesimal.Assertiva incorreta. Alternativa “c”:Quando se fala em anterioridade, está se referindo à anterioridade anual que é aquela que diz que o tributo só poderá ser cobrado a partir do primeiro dia do exercício seguinte.E os dois impostos citados se submetem sim ao principio da anterioridade. Assertiva incorreta. Alternativa “d”:Como já vimos, o principio da anterioridade nonagesimal se aplica a diversos tributos, impostos, contribuições , taxas, etc.Assertiva incorreta. A questão foi considerada anulada. Mas não vejo motivos para tal. Gabarito preliminar: Letra A Gabarito oficial: Anulada 40 - Exame de Suficiência 13 – Março 2012 – Bacharel O aviso prévio de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943 e alterações posteriores, poderá perfazer um total de até: a) trinta dias. b) quarenta e cindo dias. c) sessenta dias. d) noventa dias. Resposta: Questão de Direito Trabalhista. A C.L.T (Decreto-Lei 5.452/1943) trazia , até 2011,a regulamentação sobre o assunto. Vejamos: Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de: I - oito dias, se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior; II - trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze) meses de serviço na empresa. Porem, tivemos uma alteração nesta Lei com a promulgação da Lei 12.506/2011. Diz o novo dispositivo legal: Art. 1o O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa. Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias. Gabarito: Letra D 49 41 - É vedado à empresa demitir o empregado sindicalizado a partir do: a) dia da divulgação do resultado final da eleição para representação sindical, salvo em caso de falta grave nos termos da lei. b) dia da eleição ao cargo de direção ou representação, salvo em caso de falta grave nos termos da lei. c) dia em que toma posse no sindicato da classe, salvo em caso de falta grave nos termos da lei. d) registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical, salvo em caso de falta grave nos termos da lei. Resposta: Art. 543 - O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais. § 3º - Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu mandato, caso seja eleito inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta Consolidação. Gabarito: Letra D 42- Conforme o Código de Ética Profissional do Contador, aprovado pela Resolução CFC 803/96 e alterações posteriores, no que se refere ao desempenho das funções do profissional da Contabilidade, julgue os itens abaixo como Verdadeiros (V) ou Falsos (F) e, em seguida assinale a opção CORRETA. I - É vedado ao profissional da Contabilidade não revelar negociação confidenciada pelo cliente ou empregador para acordo ou transação que, comprovadamente, tenha tido conhecimento. II. É vedado ao profissional da Contabilidade emitir referência que identifique o cliente ou empregador, com quebra de sigilo profissional, em publicação em que haja menção a trabalho que tenha realizado ou orientado, salvo quando autorizado por eles. III - É vedado ao profissional da Contabilidade iludir ou tentar iludir a boa-fé de cliente, empregador ou de terceiros, alterando ou deturpando o exato teor de documentos, bem como fornecendo falsas informações ou elaborando peças contábeis inidôneas. IV - É vedado ao profissional da Contabilidade não cumprir, no prazo estabelecido, determinação dos Conselhos Regionais de Contabilidade, depois de regularmente notificado. A sequência CORRETA é: a) F, V, V, V. b) V, F, F, F. c) F, V, F, V. d) V, F, V, F. Resposta: A Resolução CFC 803/96 nos traz a resposta para a questão: 50 O artigo 3º : No desempenho de suas funções, é vedado ao Profissional da Contabilidade: I – anunciar, em qualquer modalidade ou veículo de comunicação, conteúdo que resulte na diminuição do colega, da Organização Contábil ou da classe, em detrimento aos demais, sendo sempre admitida a indicação de títulos, especializações, serviços oferecidos, trabalhos realizados e relação de clientes; II – assumir, direta ou indiretamente, serviços de qualquer natureza, com prejuízo moral ou desprestígio para a classe; III – auferir qualquer provento em função do exercício profissional que não decorra exclusivamente de sua prática lícita; IV – assinar documentos ou peças contábeis elaborados por outrem, alheio à sua orientação, supervisão e fiscalização; V – exercer a profissão, quando impedido, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não habilitados ou impedidos; VI – manter Organização Contábil sob forma não autorizada pela legislação pertinente; VII – valer-se de agenciador de serviços, mediante participação desse nos honorários a receber; VIII – concorrer para a realização de ato contrário à legislação ou destinado a fraudá-la ou praticar, no exercício da profissão, ato definido como crime ou contravenção; IX – solicitar ou receber do cliente ou empregador qualquer vantagem que saiba para aplicação ilícita; X – prejudicar, culposa ou dolosamente, interesse confiado a sua responsabilidade profissional; XI – recusar-se a prestar contas de quantias que lhe forem, comprovadamente, confiadas; XII – reter abusivamente livros, papéis ou documentos, comprovadamente confiados à sua guarda; XIII – aconselhar o cliente ou o empregador contra disposições expressas em lei ou contra os Princípios de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade; XIV – exercer atividade ou ligar o seu nome a empreendimentos com finalidades ilícitas; XV – revelar negociação confidenciada pelo cliente ou empregador para acordo ou transação que, comprovadamente, tenha tido conhecimento; XVI – emitir referência que identifique o cliente ou empregador, com quebra de sigilo profissional, em publicação em que haja menção a trabalho que tenha realizado ou orientado, salvo quando autorizado por eles; XVII – iludir ou tentar iludir a boa-fé de cliente, empregador ou de terceiros, alterando ou deturpando o exato teor de documentos, bem como fornecendo falsas informações ou elaborando peças contábeis inidôneas; XVIII – não cumprir, no prazo estabelecido, determinação dos Conselhos Regionais de Contabilidade, depois de regularmente notificado; XIX – intitular-se com categoria profissional que não possua, na profissão contábil; XX – executar trabalhos técnicos contábeis sem observância dos Princípios de Contabilidade e das Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade; XXI – renunciar à liberdade profissional, devendo evitar quaisquer restrições ou imposições que possam prejudicar a eficácia e correção de seu trabalho; XXII – publicar ou distribuir, em seu nome, trabalho científico ou técnico do qual não tenha participado; XXIII – Apropriar-se indevidamente de valores confiados a sua guarda; 51 XXIV – Exercer a profissão demonstrando comprovada incapacidade técnica. XXV – Deixar de apresentar documentos e informações quando solicitado pela fiscalização dos Conselhos Regionais. Percebam que o item XV fala que é vedado revelar negociação confidenciada pelo cliente ou empregador. Já a assertiva da questão fala em NÃO revelar, o que faz a assertiva ficar incorreta. F, V, V, V. Gabarito: Letra A 43- Um contador foi condenado com a penalidade de Censura Pública, dentro do devido processo legal instaurado no Conselho Regional de Contabilidade – CRC. Diante desse, fato é CORRETO afirmar que o CRC: a) poderá recorrer ex officio ao Tribunal Superior de Ética e Disciplina. b) deverá recorrer ex officio ao Tribunal Superior de Ética e Disciplina. c) poderá, a pedido do interessado, julgar o caso em Segunda Instância. d) deverá aguardar manifestação do interessado para recorrer ex officio. Resposta: Ainda utilizando a Resolução CFC 803/96, podemos ver que: Art. 12: A transgressão de preceito deste Código constitui infração ética, sancionada, segundo a gravidade, com a aplicação de uma das seguintes penalidades: I – advertência reservada; II – censura reservada; III – censura pública. Art. 13: O julgamento das questões relacionadas à transgressão de preceitos do Código de Ética incumbe, originariamente, aos Conselhos Regionais de Contabilidade, que funcionarão como Tribunais Regionais de Ética e Disciplina, facultado recurso dotado de efeito suspensivo, interposto no prazo de quinze dias para o Conselho Federal de Contabilidade em sua condição de Tribunal Superior de Ética e Disciplina. § 2º Na hipótese do inciso III do art. 12, o Tribunal Regional de Ética e Disciplina deverá recorrer ex officio de sua própria decisão (aplicação de pena de Censura Pública). Portanto, a resposta correta é letra ”b” o CRC “deverá” recorrer ex officio de sua própria decisão. Gabarito: Letra B 44 - Com relação aos deveres dos profissionais da Contabilidade, de acordo com o Código de Ética Profissional do Contador, aprovado pela Resolução CFC n.º 803/96, e alterações posteriores, julgue os itens abaixo e, em seguida, assinale a opção CORRETA. I - É dever do profissional da Contabilidade comunicar ao CRC a mudança de seu domicílio ou endereço e da organização contábil de sua responsabilidade, bem como a ocorrência de outros fatos necessários ao controle e fiscalização profissional. 52 II - Se substituído em suas funções, é dever do profissional da Contabilidade informar ao substituto sobre fatos que devam chegar ao conhecimento desse, a fim de habilitá-lo para o bom desempenho das funções a serem exercidas. III - São deveres do profissional da Contabilidade, entre outros, cumprir os Programas Obrigatórios de Educação Continuada estabelecidos pelo Conselho Federal de Contabilidade e auxiliar a fiscalização do exercício profissional. Estão CORRETOS os itens: a) I, II e III. b) I e II, apenas. c) I, e III, apenas. d) II e III, apenas. Resposta: Ainda utilizando a Resolução CFC 803/96, temos que: Art. 2º São deveres do Profissional da Contabilidade: I – exercer a profissão com zelo, diligência, honestidade e capacidade técnica, observada toda a legislação vigente, em especial aos Princípios de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade, e resguardados os interesses de seus clientes e/ou empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência profissionais; II – guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional lícito, inclusive no âmbito do serviço público, ressalvados os casos previstos em lei ou quando solicitado por autoridades competentes, entre estas os Conselhos Regionais de Contabilidade; III – zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica dos serviços a seu cargo; IV – comunicar, desde logo, ao cliente ou empregador, em documento reservado, eventual circunstância adversa que possa influir na decisão daquele que lhe formular consulta ou lhe confiar trabalho, estendendo-se a obrigação a sócios e executores; V – inteirar-se de todas as circunstâncias, antes de emitir opinião sobre qualquer caso; VI – renunciar às funções que exerce, logo que se positive falta de confiança por parte do cliente ou empregador, a quem deverá notificar com trinta dias de antecedência, zelando, contudo, para que os interesses dos mesmos não sejam prejudicados, evitando declarações públicas sobre os motivos da renúncia; VII – se substituído em suas funções, informar ao substituto sobre fatos que devam chegar ao conhecimento desse, a fim de habilitá-lo para o bom desempenho das funções a serem exercidas; VIII – manifestar, a qualquer tempo, a existência de impedimento para o exercício da profissão; IX – ser solidário com os movimentos de defesa da dignidade profissional, seja propugnando por remuneração condigna, seja zelando por condições de trabalho compatíveis com o exercício ético-profissional da Contabilidade e seu aprimoramento técnico. X – cumprir os Programas Obrigatórios de Educação Continuada estabelecidos pelo CFC; XI – comunicar, ao CRC, a mudança de seu domicílio ou endereço e da organização contábil de sua responsabilidade, bem como a ocorrência de outros fatos necessários ao controle e fiscalização profissional. XII – auxiliar a fiscalização do exercício profissional. 53 Vemos então que os três itens elencados na questão estão de acordo com a Resolução. Gabarito: Letra A 45 - De acordo com a NBC TG 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, quando a provisão a ser mensurada envolve uma grande população de itens, a obrigação pode ser estimada utilizando o método estatístico de estimativa denominado valor esperado. Uma sociedade empresária vende bens com uma garantia segundo a qual os clientes estão cobertos pelo custo da reparação de qualquer defeito de fabricação que se tornar evidente, dentro dos primeiros seis meses, após a compra. Se forem detectados defeitos menores em todos os produtos vendidos, a entidade irá incorrer em custos de reparação de R$1.000.000,00. Se forem detectados defeitos maiores em todos os produtos vendidos, a entidade irá incorrer em custos de reparação de R$4.000.000,00. A experiência passada da entidade e as expectativas futuras indicam que, para o próximo ano, 75% dos bens vendidos não terão defeito, 20% dos bens vendidos terão defeitos menores e 5% dos bens vendidos terão defeitos maiores. O valor da provisão a ser constituída utilizando o Método Estatístico de Estimativa pelo Valor Esperado é de: a) R$400.000,00. b) R$1.250.000,00. c) R$1.600.000,00. d) R$5.000.000,00. Resposta: Nesta questão o importante é estabelecer uma relação entre o que está previsto e o que aconteceu no passado Primeiro vamos fazer uma relação para os defeitos menores, a saber: Defeitos menores em todos os produtos vendidos provocará um custo de reparação na ordem de R$1.000.000,00, mas a experiência passada da entidade e as expectativas futuras indicam que, apenas 20% dos bens vendidos terão defeitos menores. Sendo assim, faremos o cálculo: R$1.000.000,00 X 20% = R$200.000,00 Segundo, vamos fazer uma relação para os defeitos maiores, a saber: Defeitos maiores em todos os produtos vendidos provocará um custo de reparação na ordem de R$4.000.000,00, mas a experiência passada da entidade e as expectativas futuras indicam que, apenas 5% dos bens vendidos terão defeitos maiores. Sendo assim, faremos o cálculo: R$4.000.000,00 X 5% = R$200.000,00 TOTAL DA PROVISÃO R$200.000,00 para defeitos menores R$200.000,00 para defeitos maiores 54 R$400.000,00 TOTAL DA PROVISÃO Gabarito: Letra A 46 - Uma sociedade empresária possui na sua carteira de duplicatas a receber um total de R$800.000,00 vencíveis em 3 meses. A empresa resolve realizar uma operação de desconto em uma instituição financeira contratada, com uma taxa de desconto racional de 2% ao mês. Na data da operação, a sociedade deverá classificar no Passivo o valor do desconto racional ou desconto por dentro como Encargo Financeiro a Transcorrer. O valor do desconto é: a) R$45.283,02. b) R$46.142,14. c) R$753.857,86. d) R$754.716,98. Resposta: Questão de matemática financeira misturada com contabilidade. Como pede o valor contabilizado como encargo a transcorrer efetivamente trata-se da contabilização apenas do desconto. Isso já excluiria as alternativas “c” e “d”. Só que a questão não é clara se a taxa de desconto empregada é simples ou composta. Vamos aos cálculos: Desconto Racional Simples: Temos duas fórmulas: Dr = A x i x n Ou N = A x ( 1 + i x n) Não podemos usar a primeira formula pois desconhecemos dois valores. Utilizemos a segunda. N = A x ( 1 + i x n) 800.000 = A x ( 1 + 0,02 x 3 ) 800.000 = A x 1,06 1,06.A = 800.000 A = 800.000 / 1,06 A = 754.716,98 Dr = N – A Dr = 800.000,00 - 754.716,98 Dr = 45.283,02 Desconto Racional Composto: N=Ax(1+i) n 800.000 = A x ( 1 + 0,02 ) 3 800.000 = A x 1,061208 55 A x 1,061208 = 800.000 A = 800.000 / 1,061208 A = 753.857,86 Dr = N – A Dr = 800.000,00 - 753.857,86 Dr = 46.142,14 Percebemos então que se usarmos o desconto simples encontramos resposta. Se usarmos o desconto composto também encontramos. Como o enunciado não fala em que tipo de desconto deveríamos usar, não da para sabermos qual assinalar. Gabarito: Anulada 47 - Uma sociedade empresária obteve, em 1º.9.2011, um empréstimo de R$120.000,00, com juros simples de 12% a.a. Os juros serão pagos semestralmente. O valor registrado em despesa financeira até 31.12.2011 é de: a) R$4.800,00. b) R$4.872,48. c) R$7.200,00. d) R$7.382,42. Resposta: Vamos calcular o juro mensal: i = 12% ao ano = 1% ao mês. Portanto: 120.000,00 x 1% = 1.200,00 por mês. Como o empréstimo foi tomado no dia 01/09/2011, durante o ano de 2011 foram 4 meses de gastos com despesas financeiras( setembro a dezembro).Assim; 1.200,00 x 4 = 4.800,00 Gabarito: Letra A Ampersand, Rebolo & Cia Fernando Sabino João Pádua me telefona com uma pergunta desconcertante: – Você sabe como se chama aquele sinalzinho que parece um S ao contrário, significando E no nome das companhias? – Significando o quê? Assim são as coisas: passo a vida inteira lendo e escrevendo, sem perceber que jamais soube como designar esse sinal sem nome, sempre diante de meus olhos, constante em tudo que é razão social de firma ou companhia. Isso mesmo, é esta letrinha &, significando a conjunção E. 56 – Pois fique sabendo que tem nome sim – insistiu ele: – Me admira que você não saiba. Chama-se AMPURSAND. – O quê? Teve de soletrar para que eu entendesse: A-M-P-U-R-S-A-N-D. Essa não, João! Você não vai querer que eu acredite nisso. – Em que língua é essa palavra? – Ah, você também já está querendo saber demais. No que deixei o telefone, comecei a derrubar dicionários e enciclopédias. Nenhum dos que disponho registra essa horrenda palavra, para designar um sinal tão bonitinho: &. Corresponde na máquina de escrever à parte de cima da tecla 7. Quando eu era menino, gostava de fazer correntinhas de & na velha Remington de meu pai: &&&&&&&&&&&&&. Como hoje tenho mais o que fazer (talvez nem tanto), passo o assunto para a frente: se algum leitor jamais ouviu falar que esse sinalzinho tenha acaso outra designação menos esquisita, agradeço se me informar. Fiquei com esse nome atravessado, gostaria de devolver ao João Pádua o ampursand que ele despejou no meu ouvido. [...] O leitor gosta mesmo é de brincar. Posso abordar os assuntos mais sérios, do mais alto interesse da Nação, não acontece nada. Mas no que escrevi outro dia sobre o ampersand (e não ampursand, como me ensinou o João Pádua),desencadeei verdadeira avalanche de manifestações, vindas de toda parte. (A volta por cima. In: Obra reunida. V. III. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996. p. 554-555.) 48 - Com base no texto, é INCORRETO afirmar que: a) A tentativa de correlacionar a denominação e o sinal “&” acabou por trazer à tona recordações da infância. b) Na crônica de Fernando Sabino, o tema do texto é a discordância dos amigos quanto ao nome do sinal “&”. c) O nome do sinal “&” – “ampersand” – não é palavra da língua portuguesa; por isso, é grafado com itálico. d) O sinal “&” é empregado em denominações comerciais com valor semântico aditivo. Resposta: Vamos analisar cada uma das alternativas: Alternativa “a”: Exatamente isso. Isso se mostra no trecho: “Quando eu era menino, gostava de fazer correntinhas de & na velha Remington de meu pai”. Correta Alternativa “b”: O tema do texto não é a discordância dos amigos com relação ao nome do sinal “&”. Não há discussão. Um amigo apenas questiona o nome dado ao caracter. “&”. Incorreta. Alternativa “c”: Exatamente. Uma palavra quando não é escrita no nosso idioma deve vir escrita em itálico. Correta. Alternativa “d”: O sinal “&” possui valor comercial de adição. Nome de dois sócios, por exemplo. Correta. Gabarito: Letra B 57 49 - Considerando que o texto contém exemplos da linguagem informal, julgue os itens a seguir. I – colocação do pronome átono em relação ao verbo (“Chama-se”, na linha 10, “se me informar”, na linha 23, ou “como me ensinou o João Pádua”, na linha 28) II – ocorrência de palavras no diminutivo (“sinalzinho”, na linha 2, “bonitinho”, na linha 18, e “correntinhas”, na linha 19) III – uso de expressões da fala (“em tudo que é razão social de firma ou companhia.”, na linha 7, e “Essa não, João!”, nas linhas 12-13) IV – o emprego de palavras como “desconcertante”, na linha 1, e “avalanche”, na linha 29. O item VERDADEIRO é: a) I e II são evidências de informalidade. b) I e III são evidências de informalidade. c) II e III são evidências de informalidade. d) II e IV são evidências de informalidade. Resposta: Analisemos cada uma dos itens e verifiquemos se estão corretos ou não. Item I – Obviamente o uso do pronome átono (se, me) representa o seu uso correto da língua. Portanto, trata-se do uso formal e não informal, como diz o item. Incorreto. Item II – O uso de palavras no diminutivo representa tentativa do autor de proximidade. Isso representa claramente a intenção de ser informal. Correto. Item III – Usar no texto expressões que são comuns no uso da fala é sinal que o autor quer exprimir informalidade. Correto. Item IV – As palavras estão sendo usadas de acordo com o padrão oficial da língua. Isso não denota informalidade do autor. Incorreta. Gabarito: Letra C 50- Quanto ao emprego dos sinais de pontuação no texto, identifique o item VERDADEIRO, de acordo com a norma culta da língua portuguesa. a) O uso da vírgula, em “Fiquei com esse nome atravessado, gostaria de devolver ao João Pádua o ampursand que ele despejou no meu ouvido.” (linhas 23 a 25) é obrigatório. b) O emprego de parênteses, em “(e não ampursand, como me ensinou o João Pádua)”, na linha 28, isola enunciado com sentido aditivo, combinando as conjunções “e” e “não”. c) No quinto parágrafo, o enunciado entre travessões duplos (“– insistiu ele: –“) corresponde à fala de João Pádua. d) Cinco das oito formas verbais no gerúndio são precedidas de vírgula. Resposta: Vamos analisar cada uma das alternativas: Alternativa “a”: Sim. O uso da vírgula é obrigatório, pois separa a oração principal (Fiquei com esse nome atravessado) da reduzida de infinitivo. Correta. 58 Alternativa “b”: Não é sentido de adição. Possui sentido adversativo, de contrariedade. Incorreta. Alternativa “c”: A fala é do autor do texto (Fernando Sabino) e não de seu amigo João Pádua. Incorreta. Alternativa “d”: Consegui encontrar no texto sete ocorrências de gerúndio e apenas em duas delas, há vírgula as precedendo. Incorreta. Gabarito: Letra A 59