Profilaxia da TEV na cirurgia videolaparoscópica Renato Maciel - Coordenador da Comissão de Circulação da SBPT Profilaxia da TEV na cirurgia videolaparoscópica Você faz? Estudos prospectivos de pacientes com pesquisa de TVP após CVL CVL variadas com incidência baixa de TVP porém com profilaxia frequente. Vantagens da CVL 1- Menor trauma cirúrgico 2- Redução da dor pós-operatória 3- Mobilização pós cirúrgica mais precoce 4- Permanência hospitalar mais curta 5- Melhores resultados estéticos. Desvantagens da CVL 1- Maior duração do procedimento até o desenvolvimento adequado da técnica cirúrgica. 2- A pressão de insuflação do pneumoperitôneo causa estase venosa de MIs e compressão das ilíacas e cava inferior. 3- O pneumoperitôneo induz a hipercoagulabilidade 4- A posição de Trendelemburg invertida (supina em aclive) utilizada para melhor visualização do campo operatório acentua a venostase. Desvantagens da CVL 1- Maior duração do procedimento até o desenvolvimento adequado da técnica cirúrgica. 2- A pressão de insuflação do pneumoperitôneo causa estase venosa de MIs e compressão das ilíacas e cava inferior. 3- O pneumoperitôneo induz a hipercoagulabilidade 4- A posição de Trendelemburg invertida (supina em aclive) utilizada para melhor visualização do campo operatório acentua a venostase. Cirurgia aberta(OC), laparoscópica(LC) e mini-laparotomia(MC) Tempo cirúrgico (min) Permanência hospitalar (dias) MC/OC -2.7 (p = 0.50) -1.3 p = 0.004 LC/OC +20.2 (p < 0.001) -1.2 p = 0.003 Desvantagens da CVL 1- Maior duração do procedimento até o desenvolvimento adequado da técnica cirúrgica. 2- A pressão de insuflação do pneumoperitôneo causa estase venosa de MIs e compressão das ilíacas e cava inferior. 3- O pneumoperitôneo induz a hipercoagulabilidade 4- A posicão de Trendelemburg invertida (supina em aclive) utilizada para melhor visualização do campo operatório acentua a venostase. Estase venosa após insuflação abdominal para colecistectomia videolaparoscópica Bebee DD.- Surg Gyn Obst - 1993 8 pac - Anest. Geral + entub.orotraq tempo médio cirúrgico = 80 min Insuflacão. abdominal com pressão de até 14 mm Hg Cateterização V. femoral D medida da pressão venosa Scan Duplex V.femoral E medida do fluxo,dimensão, pulso venoso T1 T2 T3 Pressão venosa 10,2 18,2 18,5 12,2 mmHg Veloc. Fluxo 25,0 18,5 14,3 28,1 cm/s 1,1 1,2 1,4 0,9 100 25 37,5 100 Area seccional Pulsatilidade T4 T1 = pré insufl cm² T2 = 5´pós insufl T3 = pré desinsuf T4 = 5´pós desinsuf Conclusão : “ Insuflação abdominal causa venostase e elevação da pressão venosa femoral , sugerindo risco aumentado de TVP e TEP.” Bebee DD.- Surg Gyn Obst - 1993 Desvantagens da CVL 1- Maior duração do procedimento até o desenvolvimento adequado da técnica cirúrgica. 2- A pressão de insuflação do pneumoperitôneo causa estase venosa de MIs e compressão das ilíacas e cava inferior. 3- O pneumoperitôneo induz a hipercoagulabilidade 4- A posicão de Trendelemburg invertida (supina em aclive) utilizada para melhor visualização do campo operatório acentua a venostase. Entre maio/1999 e junho/2000 setenta pacientes foram prospectivamente randomizados para cirurgia gástrica aberta ou por laparoscopia. Profilaxia de TEV era feita com MCEG e CPI. Medidas de coagulacão CVL gástrica induz a um estado de hipercoagulabilidade similar a cirurgia aberta. “Nossos achados sugerem que a profilaxia da TEV utilizada na CVL gástrica deveria ser a mesma das cirurgias abertas”. Tríade de Virshow Guidelines for DVT Prophylaxis During Laparoscopic Surgery - 10/2006 Soc. of American Gastrointestinal and Endoscopic Surgeons (SAGES) • RISK FACTORS FOR VTE (One Point Each) • • PROCEDURE SPECIFIC Duration >1 Hour • Pelvic Procedures • For inherited or acquired thrombophilias hematology consult is recommended where available PATIENT SPECIFIC History of VTE, Congestive heart failure, Age >40, Myocardial infarction, Immobility, Hormone replacement therapy Varicose Veins Oral Contraceptive Use Cancer Multiparity (3) Chronic Renal Failure Inflammatory bowel disease Obesity Severe infection Peri-partum Guidelines for DVT Prophylaxis During Laparoscopic Surgery - 10/2006 Soc. of American Gastrointestinal and Endoscopic Surgeons (SAGES) SUGGESTED VTE PROPHYLAXIS • PROCEDURE RISK FACTORS RECOMMENDATION LEVEL OF RECOMMEND/ LEVEL OF EVIDENCE • Lap Chole 0 or 1 Lap Chole 2 or more Lap Appy 0 or 1 Lap Appy 2 or more Diagn Lap 2 or more Lap Ing H 2 or more Lap Nissen 0 or 1 Lap Nissen 2 or more LapSpltomy 0 or 1 LapSpltomy 2 or more Other Major Lap proceds: Roux-Y, etc 0 or more None,PCD's,UH or LMWH PCD's,UH or LMWH None,PCD's,UH or LMWH PCD's,UH or LMWH PCD's,UH or LMWH PCD's,UH or LMWH PCD's,UH or LMWH PCD's and UH or LMWH PCD's,UH or LMWH PCD's and UH or LMWH C; II,III C; II,III C; II,III C; II,III C; II,III C; II,III B; II B; I,II B; II B; II PCD's and UH or LMWH B; III (Pneumatic compression devices (PCD) Recommendations: Laparoscopic Surgery 2.5.1. For patients undergoing entirely laparoscopic procedures who do not have additional thromboembolic risk factors, we recommend against the routine use of thromboprophylaxis, other than early and frequent ambulation (Grade 1B). 2.5.2. For patients undergoing laparoscopic procedures, in whom additional VTE risk factors are present, we recommend the use of thromboprophylaxis with one or more of LMWH, LDUH, fondaparinux, IPC, or GCS (all Grade 1C). Arch Surg-1998;133:967 Estudo prospectivo não randomizado de 100 pacientes submetidos a colecistectomia videolaparoscópica (59) ou por minilaparotomia (41). PROFILAXIA : HBPM pré e pós op + MCEG + CPI intraoperatória SCAN DUPLEX MMIIs dia 0 , 1,e 2 a 4 semanas após a cirurgia. Incidência de TVP : 2 casos diagnosticados no primeiro dia de PO. A duração do ato anestésico foi de 118min na CVL e 98 min na ML. CONCLUSÃO : ” Um protocolo de tromboprofilaxia com HBPM pré e pós operatória + MCEG + CPI intra operatória deve ser recomendado para pacientes submetidos a colecistectomia minimamente invasiva” Thromboembolism in Laparoscopic Surgery: Risk Factors and Preventive Measures Catheline JM. Surg Laparosc Endosc Percut Techniques. 1999;9:135. De junho/92 a junho/97 foram estudados prospectivamente 2384 pacientes consecutivos submetidos a CVL digestiva sendo 848 colecistectomias ( 1/3 aproximadamente). Todos receberam profilaxia com MCEG e HBPM até completa mobilidade. Durante a cirurgia a pressão de pneumoperitôneo era mantida em 12 mmHg. Nos trinta dias que se seguiram a CVL os pacientes eram avaliados em busca de sinais de TVP e quando havia suspeita era realizado US doppler de MIs. Diagnosticados oito casos de TVP e todos nos primeiros dez dias de PO. Catheline JM. Surg Laparosc Endosc Percut Techniques. 1999;9:135. “Tromboprofilaxia para cirurgia laparoscópica deve ser a mesma que na cirurgia convencional, adequada aos fatores de risco individuais e mantida por sete a dez dias. Recomendamos também baixas pressões de insuflação e descompressão intermitente do pneumoperitôneo além de manter a posicão de Trendelemburg inversa pelo tempo possível”. Estudo prospectivo avaliando diferentes pressões de pneumoperitôneo na colecistectomia VL : 7mmHg ou 12 mmHg. 148 pacientes consecutivos com indicação de colecistectomia sem complicacões foram randomizados. O tempo cirúrgico foi semelhante. Questionário de QoL após 7 dias de cirurgia foi significativamente melhor no grupo de baixa pressão (p<0,001). J Bras Pneumol. 2004;30:480 Conclusão : Apesar das inegáveis vantagens como menor trauma cirúrgico, deambulação precoce e hospitalização mais breve, não existe evidência cientifica que permita concluir que a colecistectomia videolaparoscópica seja de baixo risco para TEV. Pelo contrário, sugerimos que a tromboprofilaxia na CVL deve ser a mesma da cirurgia convencional, observando-se as respectivas categorias de risco. Profilaxia da TEV na cirurgia videolaparoscópica Você fará? Renato Maciel - Coordenador da Comissão de Circulação da SBPT