LEI DO TRABALHO
O trabalho é uma lei natural, por isso mesmo é uma necessidade, e a
civilização obriga o homem a trabalhar mais, porque aumenta suas
necessidades e prazeres.
Tudo trabalha na natureza.
O trabalho é uma necessidade imposta ao homem como meio de
progresso e expiação ao mesmo tempo.
É progresso, porque é um meio de aperfeiçoar a sua inteligência.
Sem o trabalho, o homem permaneceria na infância intelectual.
É expiação, porque através do trabalho, o homem está sujeito ao
trabalho para satisfazer suas necessidades.
O limite do trabalho é o limite das forças, e a este
respeito Deus deixa inteiramente livre o homem.
(Livro dos Espíritos – perguntas 674 à 685)
LEI DE CONSERVAÇÃO
Todos os seres vivos possuem o instinto de conservação qualquer que
seja o grau de sua inteligência.
A composição natural da terra, nos provê todos os meios necessários para
que possamos sobreviver.
Tudo o que precisamos está integrado à natureza seja no solo, no mar ou
no ar.
Porém, por imprevidência de nossa parte, extraímos da natureza não só o
necessário, mas o supérfluo. Seja por razões de egoísmo ou de ganância.
O homem ponderado estabelece o limite do necessário pela intuição e
pela experiência, conquanto a própria natureza estabeleça a linha
divisória do uso e do abuso, conhecendo-se este pelos resultados nefastos
dele decorrentes.
O homem está obrigado, pela Lei de Conservação, a prover às
necessidades
do corpo, pois que, sem força e saúde, ser-lhe-ia impossível o trabalho.
(O Livro dos Espíritos - perguntas 702 à 727)
LEI DA DESTRUIÇÃO
É preciso que tudo se destrua para renascer e se regenerar.
Diz respeito às transformações causadas pelas “destruições” realizadas em
todos os tempos da humanidade. Seja pelo homem, seja pela própria
natureza.
O que chamamos de destruição, não é nada senão uma transformação, pois
na verdade o que se destrói ou se reestrutura de forma melhor é sobreposta
por algo mais adiantado.
Toda destruição que ultrapassa os limites da necessidade é uma violação da
lei de Deus.
Quer a morte chegue por um flagelo ou por uma outra causa, não se pode
escapar quando a hora é chegada; a única diferença é que, nos flagelos,
parte um maior número ao mesmo tempo.
(Livro dos Espíritos – perguntas 128 à 741)
LEI DA SOCIEDADE
Deus fez o homem para viver em sociedade. Deus deu-lhe a palavra
e todas as demais faculdades necessárias ao relacionamento.
O homem deve progredir, mas não pode fazer isso sozinho porque
não dispõe de todas as faculdades; eis por que precisa se relacionar
com outros homens.
Nenhum homem possui todos os conhecimentos. Pelas relações
sociais é que se completam uns aos outros para assegurar seu
bem estar e progredir: é por isso que, tendo necessidade uns dos
outros, são feitos para viver em sociedade e não isolados.
Para o homem, há outra coisa além das necessidades físicas: a
necessidade do progresso. Os laços sociais são necessários ao
progresso e os de família estreitam os sociais: eis por que fazem
parte da lei natural. Deus quis que os homens aprendessem
assim, a se amar como irmãos.
(Livro dos Espíritos – perguntas 766 à 775)
LEI DE IGUALDADE
Todos os homens são submissos às mesmas leis da natureza; todos nascem
com a mesma fraqueza, sujeitos às mesmas dores, e o corpo do rico se
destrói como o do pobre. Portanto, Deus não deu a nenhum homem
superioridade natural nem pelo nascimento, nem pela morte: todos são
iguais diante de Deus.
Deus criou todos os Espíritos iguais; mas, como cada um viveu mais ou menos,
conseqüentemente, adquiriu maior ou menor experiência; a diferença está
na experiência e na vontade, que é o livre-arbítrio. Daí uns se aperfeiçoarem
mais rapidamente do que outros, o que lhes dá aptidões diversas. A
variedade dessas aptidões é necessária, para que cada um possa concorrer
com os desígnios da Providência no limite do desenvolvimento de suas
forças físicas e intelectuais. O que um não pode ou não sabe fazer o outro
faz; é assim que cada um tem o seu papel útil.
A desigualdade das condições sociais é obra do homem e não de Deus.
Chegará o dia em que os membros da grande família dos filhos de Deus não se
olharão como de sangue mais ou menos puro, porque apenas o Espírito é
mais ou menos puro, e isso não depende da posição social.
Os homens se entenderão quando praticarem a lei da justiça.
(Livro dos Espíritos – perguntas 803 à 816 )
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