nº5 - 21 de dezembro de 2006 Sindipetro LP em maus lençóis A avaliação dos seis meses de uma administração divisionista Meia dúzia de ditadores decidem no lugar da categoria Um desempenho divisinista e individualista está marcando a atual diretoria do Sindipetro LP. Meia dúzia de ditadores impõem suas decisões sobre uma categoria que não é ouvida nem respeitada. Foi movida por esses interesses mesquinhos que os representantes desta diretoria abandonaram o XII Confup, em julho, pouco se importando em dar voz aos anseios de seus trabalhadores no maior fórum nacional petroleiro. Com uma truculência digna de regimes ditatoriais, esses mesmos déspotas tentaram expulsar os representantes do LP que compareceram ao Confup, ignorando as assembléias que os escolheram. Para impor sua vontade, esses diretores chegaram a fazer uma assembléia com um pequeno quorum para tentar aprovar a desfiliação da FUP. Declararam- se “desfiliados” da Federação contrariando o estatuto da entidade que determina que a assembléia deveria ter um quorum maior que aquele que aprovou à filiação da entidade. A atual gestão também é conhecida por suas trapalhadas que criaram ainda mais obstáculos às conquistas dos trabalhadores. Foi assim na imposição de uma entidade paralela à FUP que procurou dividir a categoria e enfraquecer o movimento sindical petroleiro. Essa entidade, de maneira estabanada e unilateral, tentou uma ocupação do Edise. Durante o “movimento” pediram cobertores e travesseiros para manterem sua “luta” com maior conforto, porém, o “hotel” não os atendeu e eles acabaram saindo de mãos abanando. A ocupação acabou em fiasco por ser uma manobra isolada de conseguir um acordo que só foi conquistado com a pressão e a negociação encabeçadas pela FUP. Para piorar o papelão, em vez de fazer o trabalho com a própria base, esses diretores foram para a porta da Replan (base do Sindipetro Unificado) atacar a proposta da empresa, quando ainda nem tinham marcado a própria assembléia no Litoral Paulista. Saíram vaiados pelos petroleiros da refinaria. A mais recente derrota dessa diretoria - a qual só representa a si mesma - foi a assembléia para a votação da proposta de acordo coletivo. Após levarem uma surra de votos a favor da proposta conquistada pela FUP (501 a 288), os diretores saíram à francesa desligando o microfone para evitar maiores constrangimentos como o de ter que explicar à categoria por que não defendem a vontade dos trabalhadores. O descontentamento está se transformando em revolta entre os petroleiros. Na última assembléia, a diretoria criou um clima de embate ao ameaçar retirar participantes da assembléia. Muitos trabalhadores responderam no mesmo tom: “vem tirar”. Naquele dia, esses diretores sindicais já haviam provocado brigas com trabalhadores no Terminal de Pilões e na RPBC. Seu objetivo foi inviabilizar as discussões sobre a repactuação da Petros. Além de tudo isso, a diretoria do LP é o símbolo maior da incoerência. Ao mesmo tempo que atacam FUP e a CUT diante da categoria, os diretores capitalizam as conquistas obtidas por essas entidades sindicais. Os maiores exemplos são: o acordo da CUT para o pagamento dos expurgos do FGTS e o próprio acordo coletivo recém-conquistado pela FUP. Um Natal de Luz e um 2007 de Luta. Que no ano que vem as conquistas continuem! A categoria petroleira tem o orgulho de terminar 2006 com a grande conquista deste acordo coletivo. Graças ao empenho e a garra da FUP e seus 12 sindicatos filiados que organizaram a categoria nas mobilizações e a representaram nas negociações, fechamos o ano de cabeça erguida e com uma montanha de conquistas na babagem. Acordo coletivo - De modo inédito, fechamos uma absurda injustiça que vigorava desde o início da Era FHC, a compensação dos dias das greves de 1994 e 1995. Além disso, recuperamos a inflação pelo ICV-Dieese, nível 220 como piso, abono e aumento real com a concessão de um nível. Também fizemos cumprir um benefício assinado em 2005, o auxílio medicamento, que vem trazer uma alento especialmente aos companheiros que necessitam de medicamentos de uso contínuo. Petros - Foi preciso muita pressão com mobilizações da categoria para que a empresa se manifestasse. Ao findar o prazo para a apresentação de uma proposta, os petroleiros se uniram e realizaram atrasos para que a Petrobrás se manifestasse. Como resultado, conquistamos o maior acordo já visto de um fundo de previdência privado. Com o acordo de obrigações recíprocas a empresa reconhece a dívida e se compromete a aportar R$6 bilhões no fundo de pensão. As pensionistas terão seus ganhos recalculados. O grupo 78/79 terá diminuição no limite de idade, o que se traduz em aumentos reais. O fundo finalmente terá gestão paritária e o novo sistema de reajuste das aposentadorias terá dois índices distintos, um para a par- cela do INSS e outro para a parcela Petros. Falta muito pouco para que esta etapa se concretize. A empresa espera a repactuação de 2/3 dos participantes, sendo que mais da metade já repactuou. Até 28 de fevereiro de 2007, com a adesão dos companheiros que ainda não repactuaram teremos enfim uma Petros mais aliviada e mais perto dos nossos anseios. Anistia - Fechamos também em 2006, o primeiro mandato de um governo que ajudamos a eleger. Uma das principais conseqüências disso foi a anistia em números jamais vistos no movimento petroleiro. Centenas de companheiros que aguardavam justiça foram finalmente contemplados com a justa anistia. Demitidos e punidos pelas greves de 1983 puderam finalmente ser indenizados pela truculência que sofreram durante o regime militar. Reeleição de Lula - Não só colaboramos para eleger Lula em 2002 como repetimos o feito em 2006. Eleito pelos brasileiros como o melhor presidente que o Brasil já teve, superando figuras ilustres como Juscelino Kubitschek Getúlio Vargas, Lula tem mostrado as diferenças de um governo comprometido com os interesses nacionais em especial com as classes mais necessitadas. Claro que nem tudo foram flores. Houve ataques e bravatas de grupos que queriam dividir a categoria e enfraquecer o movimento sindical. Com responsabilidade e respaldo dos trabalhadores, a FUP e seus sindicatos mostraram que falar em greve e paralisações não é ficar só nas palavras. Assim conquistaram o respeito e a credibilidade perante a categoria e diante da própria empresa assediada por grupos separatistas que só sabiam fazer barulho. Por tudo isso, companheiros, podemos continuar tendo orgulho de nossa categoria. Mesmo com toda a adversidade sairemos vitoriosos enquanto formos unidos e nos mantivermos firmes na luta. Um Natal de Paz e Saúde e um 2007 de muito mais Conquistas!