CAp/UERJ – Turma 1B – PROF. ILYDIO SÁ 1 CLASSIFICAÇÕES DAS FUNÇÕES Classificação relativa ao conjunto contra-domínio 1 − Injetora 2 − Sobrejetora 3 − Bijetora 4 − Nenhuma das anteriores 1 – INJETORA / INJETIVA Para ser injetora ou injetiva, uma função deve obedecer à seguinte condição: Dois elementos quaisquer do seu domínio nunca podem ser associados a um mesmo elemento do contra-domínio. Ex. 2 – SOBREJETORA / SOBREJETIVA Para ser sobrejetora ou sobrejetiva, uma função deve obedecer à seguinte condição: Nenhum elemento do contra-domínio pode ficar sem associação com qualquer dos elementos do domínio. Não pode sobrar elementos no contra-domínio sem associação. O conjunto-imagem é igual ao contra-domínio. Ex. 3 – BIJETORA / BIJETIVA Para ser bijetora ou bijetiva, uma função deve obedecer ao mesmo tempo às condições 1 e 2 citadas anteriormente. Assim, todo elemento do contra-domínio deve ser associado a um, e somente um, elemento do domínio. CAp/UERJ – Turma 1B – PROF. ILYDIO SÁ 2 4 – NENHUMA DAS ANTERIORES Se uma função não obedece nem a condição 1 nem a condição 2 citadas anteriormente, então ela não se classifica em nenhuma das opções anteriores. A figura a seguir resume essa classificação apresentada: Reconhecimento da injetividade e sobrejetividade através do gráfico Para reconhecer se uma função representada através de um gráfico é ou não injetora, basta traçar retas horizontais. Se, pelo menos, uma delas cortar a curva em mais de um ponto, a função não será injetora. Já se todas as retas horizontais cortarem a curva da função em apenas um ponto, então será injetora. 3 CAp/UERJ – Turma 1B – PROF. ILYDIO SÁ Para reconhecer se uma função representada através de um gráfico é ou não sobrejetora, basta identificar a imagem (I) através deste gráfico e comparar com o contra-domínio (C.D) que deve ser dado. Se eles forem iguais ela será sobrejetora. Se existir elemento do contra-domínio que não faz parte da imagem, então ela não será sobrejetora. f: R→R Ex. f : R → R y = 2x y=x+1 I = R *+ C.D. = R I ≠ C.D. → não é sobrejetora I=R C.D. = R I = C.D. → é sobrejetora FUNÇÃO INVERSA Dada uma função bijetora f (x) qualquer com pares ordenados do tipo (a, b), a função inversa f - 1(x) é uma função que fará o caminho inverso, ou seja, os pares ordenados terão a forma (b, a). Exemplo: Dada a função f : A → B, onde A = {2, 4, 7} e B = {3, 5, 8}, sua lei é dada por f (x) = x + 1. Usando o diagrama de flechas: f (x) → IDA Pares ordenados f = {(2, 3), (4, 5), (7, 8)} f - 1 (x) → VOLTA Pares ordenados -1 f = {(3, 2), (5, 4), (8, 7)} Regra Prática: Para achar a lei de associação para a função inversa f – 1 : B → A, basta trocar x por y e vice-versa, para em seguida isolar a variável y. No nosso exemplo, a nova lei será: função original função inversa: Assim f - 1(x) = x – 1. LEI DE ASSOCIAÇÃO y=x+1 trocando x por y e vice-versa x=y+1 isolando y: y=x–1 PAR ORDENADO f (4) = 5 (4,5) f – 1 (5) = 4 (5,4) 4 CAp/UERJ – Turma 1B – PROF. ILYDIO SÁ Uma função para ter uma função inversa deve ser bijetora. Caso contrário, quando fosse feita a inversão do par ordenado, um mesmo elemento de B mandaria para mais de um elemento de A se não fosse injetiva (figura da esquerda) ou um elemento de B ficaria sem um correspondente se não fosse sobrejetiva (figurada direita). Simetria existente entre uma função e a sua função inversa Ao ser feita a inversão da função y = x , verifica-se que a função obtida (y = x) é igual à própria função original. Essa função é chamada de função identidade e possui a propriedade de ser a única função cuja inversa é ela mesma. Do ponto de vista gráfico de uma função, essa função f (x) = x, funciona como um eixo de simetria para qualquer função e sua inversa. Veja o exemplo a seguir onde será feito o gráfico da função f (x) = 2x + 3 e a sua x−3 , ambas funções de primeiro grau, crescentes. função inversa f – 1 (x) = 2 f −1 ( x ) = x−3 2 Observa-se que os pares ordenados (0, 3) e (-1,5; 0) da função f (x) = 2x + 3 foram invertidos, obtendo os pares (3, 0) e (0; -1,5) da função inversa f – 1(x) = (x-3) / 2