UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES Instituto Vez do Mestre Curso em Gestão de Recursos Humanos QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO: A IMPORTÂNCIA DO BOM DESENVOLVIMENTO DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO E O TEMPO LIVRE NO TRABALHO Aluno: Flávia Roberta Baptista do Nascimento Prof.ª: Adélia Maria Oliveira de Araujo Rio de Janeiro 2010 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES Instituto Vez do Mestre Curso em Gestão de Recursos Humanos QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO: A IMPORTÂNCIA DO BOM DESENVOLVIMENTO DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO E O TEMPO LIVRE NO TRABALHO O presente trabalho focaliza a importância do bom desenvolvimento da Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) e o tempo livre dos trabalhadores em uma organização. Aluno: Flávia Roberta Baptista do Nascimento Rio de Janeiro 2010 3 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus pela minha formação, mantendo-me sem desviar-me de meus objetivos e, pelo privilegio de ter a oportunidade de estudar. Meus pais pela minha criação e pela oportunidade de estudar e de me formar, pois o maior legado que se pode deixar a um filho é o estudo, os ensinamentos da vida e nossa confiança neles depositados. 4 RESUMO Este trabalho demonstra a oportunidade da empresa trazer aquele que trabalha a possibilidade de se aprimorar como pessoa, se tornando mais competitivo, motivado, eficiente e se relacionar de forma geral, não se esquecendo do tempo livre no trabalho como a forma utilizada pela organização para a obtenção de seus objetivos. 5 METODOLOGIA O trabalho pretende abordar o bom desenvolvimento entre Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) e o tempo livre dos colaboradores na organização, e mostrar que pode haver uma melhora na sua produtividade e também no seu estilo de vida. Opta-se pela realização de uma pesquisa bibliográfica exploratória de livros e revistas acadêmicas, e publicações atuais, na área de psicologia, administração e gestão de pessoas. 6 SUMÁRIO INTRODUÇÃO..........................................................................................................7 1. CAPITULO I – Qualidade de Vida e Qualidade de Vida no Trabalho..................10 1.1. Conceituando Qualidade de Vida......................................................................10 1.2. Conceituando Qualidade de Vida no Trabalho..................................................12 2. CAPITULO II – Tempo Livre.................................................................................14 2.1. O que é Tempo Livre no Trabalho?...................................................................14 2.2. O que é Tempo Livre do Trabalhador?..............................................................17 3. CAPITULO III – Desenvolvimento da Qualidade de Vida: Ações de RH para melhor aproveitamento do Tempo Livre......20 3.1. Conceituando Recursos Humanos (RH)...........................................................20 3.2. Recursos Humanos e suas ações.....................................................................23 CONCLUSÃO...........................................................................................................36 REFERÊNCIA BIBLIOGRAFIA................................................................................39 7 INTRODUÇÃO O presente trabalho focaliza a importância do bom desenvolvimento da Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) e o tempo livre dos trabalhadores em uma organização, e que com isso pode causar impacto na excelência e na produtividade da empresa. Dessa forma, no presente trabalho será analisado o tempo livre dos colaboradores de uma organização e a sua qualidade de vida no trabalho (QVT), onde o foco será á relação entre a melhoria da Qualidade de Vida das pessoas na empresa e sua relação direta na produtividade. Falarei também do Tempo Livre dos trabalhadores como ponto de partida utilizada pelos recursos Humanos como mola propulsora para maior produtividade e eficiência no trabalho. O tempo livre em questão é todo o tempo que as pessoas ficam libertas das ocupações de trabalho. A qualidade de vida no trabalho (QVT) é um tema que engloba vários aspectos. São várias as definições de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) tanto para os empregados como para os empregadores, que vai de segurança e medicina do trabalho até as atividades de lazer, motivação entre outros. Essas variáveis cuidam da condição do trabalho, do bem-estar do indivíduo ou do grupo. O trabalho é uma atividade na vida das pessoas que muitas vezes tornase o organizador do seu estilo de vida, podendo ser, para uns um prazer, e para outros, desprazer. A ênfase do estudo é a condição de vida no trabalho do trabalhador, que vem se tornando uma das maiores preocupações para os gestores, e com isso a qualidade de vida no trabalho passa a ser tratada com mais atenção nas organizações, aonde vem recebendo mais atenção hoje em dia, pois estão surgindo novos paradigmas sobre eles. Tendo em vista todos esses aspectos abordados, é que ressalto a importância do foco empírico do estudo proposto nas organizações. Desta 8 forma, a pesquisa possibilitará a busca de uma maneira satisfatória com ênfase na eficiência. O objetivo central desse trabalho é apresentar as organizações que se preocupam com a qualidade de vida no trabalho que trará para os mesmos resultados eficazes, pois as organizações funcionam por meio de colaboradores, pois organizações são constituídas de pessoas. São elas que agem que tomam as decisões. Nada acontece numa organização até que as pessoas tomem decisões e ajam em seu nome, ou seja, as organizações devem focar seus processos no talento humano, no desenvolvimento e na conquista de objetivos. Pretende-se com este trabalho verificar os fatores que interferem diretamente na qualidade de vida no trabalho (QVT) dentro de uma organização e quais são as causas decorrentes da insatisfação que assola grande parte dos profissionais. Quais os fatores motivadores para o ser humano e quais os incentivos que o tornam comprometido e satisfeito com a empresa em que trabalha. Dessa forma e no intuito de buscar maiores informações sobre o assunto, utilizarei alguns métodos de pesquisa, como: método indutivo, pesquisa exploratória, descritiva e documental. Para compreender o tema, foi realizada uma revisão de literatura, confrontando os principais conceitos sobre motivação, qualidade de vida no trabalho e tempo livre. Com isso, foi possível concluir que para alcançar maior produtividade, as organizações precisam manter em seu quadro profissional, pessoas qualificadas, comprometidas e satisfeitas com o trabalho que estão realizando. Dessa forma a produtividade tende a aumentar e os benefícios serão visíveis: na saúde, segurança, bem-estar e na qualidade de vida do trabalhador. Atualmente, as organizações estão passando por momentos de intensa competitividade e grandes exigências por parte de seus consumidores. Essa competitividade faz com a que a organização esteja atenta a todos os processos de crescimento e produtividade. Dessa forma, em decorrência dos grandes desafios enfrentados pelas organizações nos dias atuais, torna-se indispensável uma administração de Recursos Humanos (RH) voltada para as 9 necessidades e problemas de seus colaboradores. Uma organização só alcança seus objetivos, se toda sua equipe estiver satisfeita, motivada e comprometida com o seu trabalho. Diante disso, aumenta-se a necessidade de um ambiente de trabalho adequado, onde as empresas comecem a repensar seus conceitos e a interagir cada vez mais com seus profissionais. Ter qualidade de vida no trabalho é se beneficiar de todos os benefícios e cuidados que a organização venha a ter com seus profissionais. A saúde, a segurança, o bem-estar e a motivação, são fatores imprescindíveis para que o trabalhador desafie seus próprios limites em função da organização. 10 1. CAPITULO I – Qualidade de Vida e Qualidade de vida no Trabalho Apresenta-se a seguir conceitos de qualidade de vida a qual as organizações utilizam-se como ferramenta para executar e mostrar fatores preponderantes e determinantes da qualidade de vida (QV) e qualidade de vida no trabalho (QVT) do individuo e seus reflexos dentro de uma organização. 1.1. Conceituando Qualidade de Vida Qualidade de vida é um fator de excelência pessoal e organizacional que pode trazer inúmeros benefícios as pessoas e empresas, porém, é necessário saber implementá-la. Lacombe (2005, p. 8), enfatiza que “as organizações são constituídas de pessoas. São elas que agem, que tomam as decisões. Nada acontece numa organização até que as pessoas tomem decisões e ajam em seu nome”. O conceito que se refere aos aspectos da experiência de trabalho, como estilo de gestão, liberdade e autonomia para tomar decisões, ambiente de trabalho agradável, segurança no trabalho, horas adequadas de trabalho e tarefas significativas e agradáveis. Um programa de qualidade de vida no trabalho (QVT) procura estruturar o trabalho e o ambiente de trabalho no sentido de satisfazer a maioria das necessidades individuais das pessoas e tornar a organização um local desejável e atraente. Também é a percepção que a própria pessoa tem sobre o seu bem-estar, sendo este o parâmetro para avaliar a eficácia das ações dos programas de qualidade de vida. Para LACAZ (2000, p 156) “é inadmissível falar em qualidade do produto sem tocar nas qualidades dos ambientes e condições de trabalho, o que seria sobremaneira auxiliado pela democratização das relações sociais nos locais de trabalho”. É fato que o ser humano possui sentimentos, ambições; cria expectativas, buscando sempre o melhor para si e para o seu ambiente de trabalho. Além de que não trabalha pelo simples fato de receber seu salário no 11 fim do mês, o ser humano busca integridade, reconhecimento e crescimento. Para isso um ambiente de trabalho agradável e que supere suas expectativas são fundamentais para que a sua qualidade de vida seja adequada. Segundo Bueno (1999, p. 42), “para cumprir sua missão, com base nos seus valores, a empresa concentrará seus esforços na satisfação dos diversos parceiros de negócios. Focando especificamente o empregado ou associado, na terminologia do futuro, diríamos que ele sobreviverá pela competência e pelo alto nível de desempenho”. Para medir a satisfação e o grau de envolvimento dos trabalhadores é necessário averiguar se a qualidade de vida no trabalho (QVT), oferecida pela empresa está suprindo suas expectativas. Antes, faz-se necessário verificar o conceito de qualidade. A qualidade de vida no trabalho surgiu a partir do conceito de qualidade total, que preconizou o desenvolvimento de um trabalho em equipe na intenção de atingir o máximo de qualidade na produção de produtos e/ou serviços. O conceito de qualidade se expandiu para além da forma de produção e de resultado do produto. Todos na organização são fiscais da qualidade, todos fazem o autocontrole da qualidade, todos têm que acertar sempre, ninguém pode errar nunca. Porém, isso só é conquistado se todos estiverem cientes do verdadeiro sentido da qualidade, melhorando suas atitudes e buscando constantemente essa qualidade. Muitos profissionais trabalham pela quantidade de benefícios que são oferecidos pela empresa, pois estes suprem a maioria das necessidades do profissional, além de que podem se estender para toda família, por meio de plano de saúde, convênio com farmácias, clínicas, auxílio educação, entre outros. Oferecer benefícios é uma forma de reter os melhores colaboradores dentro da organização, uma vez que as empresas estão competindo acirradamente pela qualidade de seus profissionais, torna-se indispensável proporcionar os melhores e mais completos planos de benefícios. Estes fazem parte da remuneração, uma vez que agregam valor ao salário do profissional. 12 1.2. Conceituando Qualidade de Vida no Trabalho Qualidade de vida no trabalho é o conjunto das ações de uma empresa que envolve a implantação de melhorias e inovações gerenciais e tecnológicas no ambiente de trabalho. Em conformidade com Luz (2001, p. 16), “a qualidade de vida no trabalho é ouvir as pessoas e utilizar ao máximo sua potencialidade. Ouvir é procurar saber o que as pessoas sentem, o que as pessoas querem, o que as pessoas pensam... e utilizar ao máximo sua potencialidade é desenvolver as pessoas, e procurar criara condições para que as pessoas em se desenvolvendo, consigam desenvolver a empresa.” Alguns fatores são de grande importância para a Qualidade de Vida no Trabalho como, a escolha da profissão, a infra-estrutura e a cultura da organização e a infra-estrutura familiar, entre outros, além disso, temos também às relações interpessoais, em especial os conflitos, a maneira de como é a relação da pessoa com a família e com a equipe de trabalho, que podem afetar a satisfação pessoal e de trabalho, a auto-estima e a forma como se sente em relação a si mesma, e por fim pode-se dizer que: “a Qualidade de Vida no Trabalho é o atendimento de necessidades e aspirações humanas, calcado na idéia de humanização e responsabilidade social da empresa”. (Walton. 1975, p.4) Segundo Vieira. 1990 p.45 “Qualidade de Vida no Trabalho é a melhoria das condições de trabalho com extensão a todas as funções de qualquer natureza e nível hierárquico, nas variáveis comportamentais, ambientais e organizacionais que venham, juntamente com políticas de Recursos Humanos condizentes, humanizar o emprego, de forma a obter-se um resultado satisfatório, tanto para os empregados como para a organização. Isto significa atenuar o conflito existente entre o capital e o trabalho” Um movimento importante nos dias atuais, é que o empregador está mais preocupado com a qualidade de vida do seu trabalhador. Com isso, esta preocupação inicia-se a partir das convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT), onde os países membros buscam adequar a sua legislação para a melhoria do trabalho, principalmente no que se refere à saúde, higiene e segurança do trabalhador, que antes de tudo é um ser humano com suas necessidades básicas dentro e fora do trabalho. “As visões e definições de 13 QVT são multifacetadas, com implicações éticas, políticas e de expectativas pessoais”. (LIMONGI FRANÇA. 2010, p. 22) Segundo Limongi-França. (2010, p 24) “Essas definições vão desde cuidados médicos estabelecidos pela legislação de saúde e segurança até atividades voluntárias envolvendo empregados e empregadores nas áreas de lazer, motivação, entre outras” Limongi-França. (2010, p. 80) diz: “Eu considero QVT importante, principalmente diante das necessidades de os profissionais que trabalham em empresas se sentirem satisfeitos com o que fazem. Acredito que uma preocupação com a QVT gera para essa profissional melhor satisfação e para a empresa ganhos de produtividade e redução de custos.” Albuquerque e Limongi. (1997, p.80) "A construção da qualidade de vida no trabalho ocorre a partir do momento em que se olha a empresa e as pessoas como um todo, o que chamamos de enfoque biopsicossocial. O posicionamento biopsicossocial representa o fator diferencial para a realização de diagnóstico, campanhas, criação de serviços e implantação de projetos voltados para a preservação e desenvolvimento das pessoas, durante o trabalho na empresa". A qualidade de vida no trabalho é também responsabilidade da CIPA (Comissão interna de prevenção de acidentes), onde os eleitos devem encontrar formas de conscientizar os colaboradores sobre os riscos de saúde, e prevenção de doenças, melhorando os aspectos ergonômicos, físicos e as próprias condições de higiene e segurança do trabalhador. 14 2. CAPITULO II – TEMPO LIVRE O que focaliza este capítulo é como o tempo livre dos colaboradores pode ser extremamente benéfico para empresa e para o mesmo, melhorando o potencial na profissão e na sua vida social com a família. Veremos também que o mau uso deste tempo livre na vida social torna este individuo improdutivo, já que acaba relacionando os conflitos familiares com os profissionais e como conseqüência afeta a saúde física e mental do colaborador. Hoje as organizações estão mais preocupadas com seus colaboradores e com isso usam este tempo livre para o bem-estar do colaborador dentro da própria organização com ambientes mais propícios o que garante uma satisfação pessoal e um novo estilo de vida. 2.1. O Que é tempo livre no Trabalho: O tempo livre é nada mais do que às ações humanas que são realizadas sem que ocorra uma necessidade externa, que neste caso, o indivíduo pode atuar com a intenção de fazer o uso desse tempo com total liberdade e de maneira criativa, dependendo de sua consciência de valor sobre seu tempo. Elias e Dunning (1992, p. 107-108) “Tempo livre é todo tempo liberto das ocupações de trabalho. Nas sociedades como as nossas, só parte dele pode ser voltado às atividades de lazer. Podem distinguirse cinco esferas diferentes no tempo livre das pessoas, as quais se confundem e se sobrepõem de várias maneiras, mas que, todavia, representam categorias diferentes de atividades, que, até certo ponto, levantam problemas diferentes”. Já há algum tempo vem-se alertando sobre os efeitos da velocidade na vida profissional e social. Fazer tudo rapidamente dá uma sensação de que não se deve perder tempo. Reportagens que abordam excesso de trabalho, consumismo, felicidade, qualidade de vida revelam novos problemas e novas soluções. Todos os problemas apontam como vilão o trabalho, seja o excesso ou a falta dele. 15 Tornou-se o tempo de trabalho e não mais o tempo de vida. O depressa, o rápido torna-se sinônimo de eficiência. Severa reestruturação dos hábitos, inicialmente de trabalho depois da própria vida. O tempo aparece, então, como devorador, desfigurador, tirano, cegador de vidas. Dominar ou controlar o tempo para “ganhar tempo” ou “poupar tempo”, tornou-se bem moderno. No mundo da velocidade a informação chega aos borbotões e processála é terrivelmente fatigante. O amanhã está se tornando hoje com uma velocidade assustadora. E o passado já foi consumido pelo tempo. As conseqüências já se fazem sentir: sintomas e doenças como estresses, depressão, dores musculares, ansiedade, agitação e desconcentração, cansaço extremo, já se tornaram um problema de saúde pública decorrente da vida acelerada bombardeada com intensos apelos ao consumo e a resultados. O movimento inverso, a busca por uma redução dessa velocidade, a retomada e o controle do tempo pelas pessoas já são sentidos de várias formas: pessoas que resolvem mudar o ritmo de sua vida repensando a relação lida e preguiça, reeducando o consumo, desacelerando o tempo de alimentação, modificando o ritmo de suas atividades. A busca pela qualidade de vida também vem provocando um movimento, ainda que tímido, de certos segmentos sociais que se deslocam para cidades menores, que oferecem um ambiente mais saudável, seja do ponto de vista social ou natural. Predominam nesses grupos, por enquanto, os aposentados com boa renda e executivos, que aumentam seu tempo livre, ou seja um tempo para o ócio. A queda de braço do ritmo frenético do tempo exaustivo de trabalho com o tempo livre é uma novidade. Tema quase tabu mais afeito às discussões acadêmicas, hoje aflora na área de saúde e no ambiente de trabalho para todas as camadas sociais. As políticas de qualidade de vida no trabalho passam pela necessidade de equilíbrio entre o tempo de produção profissional com o tempo dedicado às relações sociais e familiares. Já não se trata mais de lazer paliativo como compensação do esforço alienante do trabalho, mas de um novo estilo de vida. 16 O custo social e econômico de um tempo melhor distribuído tem sido objeto de estudos e pesquisas. Programas de atividades físicas ou orientação e opções de lazer têm sido recomendados nas empresas públicas e privadas que estimulam a realização de cursos, viagens, práticas esportivo, passeio cultural como visita a museus e exposições, freqüências a cinemas e teatros. Tem sido uma prática tais empresas disponibilizarem salas de descanso, bibliotecas multiuso para a fruição de seus funcionários. Funcionários com a cultura taylorista-fordista estão dando lugar a funcionários de ação positiva, propositiva e criativa. Busca-se com isso associar qualidade de vida e vida produtiva e minimizar custos de saúde pública oriundos das doenças do trabalho. 17 2.2. O que é tempo livre do Trabalhador: O tempo livre do Trabalhador deve ser constituído por um aspecto de tempo social, aonde o homem conduz com menor ou maior grau de nitidez a sua vida pessoal e social. Esse tempo livre deveria ser destinado ao ócio, ou seja, um tempo livre para não se fazer nada, mas hoje em dia devido ao Capitalismo, o trabalhador cai no consumismo acabando por deteriorá-lo fazendo com que perca o significado da palavra “Livre”. Rosso, Sadi Dal. (1996, p.27) “tempo de trabalho é o tempo de trabalho empregado na produção da própria subsistência, seja quando seu resultado permaneça nas mãos de seu produtor, seja quando passe para mãos de terceiros, observando que todo o tempo não ocupado pelo trabalho é o tempo de não trabalho.” Lopes, Maria Izabel de Souza “Deve-se entender que todo tempo livre é tempo para o desenvolvimento livre. O tempo usurpado é apropriado pelo usurpador para seu próprio livre desenvolvimento.” Hoje em dia a sociedade vive novos paradigmas visando à vida dentro e fora da empresa, tendo como conseqüência, novos valores e demandas de Qualidade de Vida no Trabalho. Com isso alguns autores discutem o tempo livre dos trabalhadores bem como discutem a relação das atividades de tempo livre com a Qualidade de Vida no Trabalho. De acordo com Frank Pot em seu trabalho de pesquisa de (2003), “Productivity and utilisation of the potential workforce” – “Produtividade e a utilização da mão-de-obra potencial”, vários países estão preocupados no que se refere ao tempo livre dos trabalhadores e correlacionando a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) com a produtividade da empresa, mostrando o quanto as organizações deixam de ganhar, quanto gastam e, além disso, o custo da má gestão dos processos que afetam a saúde dos trabalhadores. Dowbor Ladislau “Ao pensarmos o tempo livre como categoria econômica, entramos numa visão moderna da economia, porque centrada no resultado final, na qualidade de vida. Em termos econômicos, isto significa darmos valor tanto ao tempo que não é diretamente contratado por um empregador, - e que as empresas consideram gratuito pois não lhes custa – como ao tempo dedicado a atividades socialmente úteis mas que não entram no circuito monetário, como os cuidados com a família, o embelezamento dos nossos jardins, a arborização de nossas calçadas por vizinhos dedicados e assim por diante, porque o prazer da vida tem valor. 18 Dormir bem também tem valor. È o nosso tempo.” Entretanto, o tema tempo livre ainda é entendido com muito preconceito. Mas também é preciso notar que tal situação não pode ser aplicada a todas as pessoas, a todos os trabalhadores. Ainda temos contingentes enormes excluídos socialmente. Ao mesmo tempo há ilhas de extrema modernidade que precisam ser observadas e nelas cabe a preocupação central do tema desta exposição. As situações opostas são, na verdade, contradições de um sistema perverso que mais exclui do que inclui. E é nessa contradição que as análises e intervenções devem acontecer. O tempo social, que ainda é predominantemente analisado, ainda é o tempo de trabalho. Todo processo educativo do homem tem o tempo de trabalho (alienado) como referência. Assim, ainda é quando ele é socializado na família e na educação formal, do ensino primário ao superior. O mundo da produção preocupa-se com o homem apenas durante o seu hiato de tempo de vida produtiva. O mundo do trabalho supunha incluir todos os trabalhadores nesse mundo e não é isso que está acontecendo. Esse era, pelo menos, o pacto integrador dessa sociedade. No entanto, o tempo de todos não foi sendo transformado em tempo de trabalho e os que nele estão acompanham suas profundas mudanças e antevêem sua exclusão futura. No mundo moderno e capitalista, o uso e o controle do tempo dos homens no trabalho social produtivo é um dado revelador de organização social. Nele, constituiu-se a jornada de trabalho e o tempo de trabalho passa a regular a vida dos sujeitos, controlando horas de sono e horas de prazer As pessoas trabalham cada vez mais e a pressão é cada dia maior. A tecnologia que deveria facilitar a vida de todos, não tem sido bem utilizada. O email virou ferramenta de gestão de poder, o telefone celular extrapola limites físicos e de horário, as pessoas ficam ligas 24 horas por dia. 19 Por este motivo, para melhorar o tempo livre será preciso que as empresas adotem políticas mais coerentes em relação ao seu quadro de pessoal, vale a pena questionar até que ponto qualidade de vida e responsabilidade social anda de mãos dadas, sendo preciso identificar o que as pessoas vêem como bem estar, em seus respectivos contextos (físicos psicológicos e emocionais). Como citado anteriormente o estresse e a falta de qualidade de vida diferem de uma empresa para outra, assim como diferem as estruturas e as dinâmicas. Não basta manter um bom ambiente de trabalho, ter um bom pacote de benefícios e um sistema de remuneração atraente, tudo isso é a base da estrutura, mas há o que se chama de contrato psicológico de trabalho: é preciso fazer um balanço entre as expectativas e a percepção de qualidade de vida de cada funcionários. De nada adianta oferecer academia de ginástica se não há condições de horário de trabalho para freqüentá-la, ou falar em boa alimentação se a remuneração não é suficiente para alimentar decentemente o funcionário e sua família, ou promover atividades de interação entre as áreas e pessoas para reduzir o nível de estresse se o estilo gerencial é de opressão. Para melhorar o tempo livre no trabalho deve-se pensar em poder trabalhar com o que se gosta, e ter tempo para a família e os amigos, o que significa para muitas pessoas tratar-se de um sonho distante, pois na maioria das vezes o trabalhador se vê sufocado por longas jornadas de trabalho, horas no transito e o stress pela sua segurança, principalmente nas grandes cidades. 20 3. CAPITULO III – QUALIDADE DE VIDA: AÇÕES DE RH PARA MELHOR APROVEITAMENTO DO TEMPO LIVRE A seguir falarei de conceito de Recursos Humanos (RH) e como as organizações podem utilizar ações que geram bem estar e satisfação aos colaboradores na medida em que o objetivo destas organizações é fundamentalmente o aumento da produtividade, para isso elas utilizam programas de qualidade de vida. Citarei exemplos de empresas que buscam nestas ações um melhor aproveitamento do tempo livre que conseqüentemente gera uma melhoria na relação entre empresa e colaborador. 3.1. Conceito de Recursos Humanos: Recurso humano é o mesmo que gestão de pessoas é falar de gente, de mentalidade, de vitalidade, ação e proação. A Gestão de pessoas é uma das áreas que mais tem sofrido mudanças e transformação nestes últimos anos. Por este motivo a gestão de pessoas tem como um dos seus focos em ações para melhor aproveitamento do tempo livre no trabalhador, pois este tempo é considerado a mola propulsora do mecanismo que tornara seus colaboradores mais satisfeitos e com isso trará maior produtividade e excelência nas organizações. Entre as décadas de 50 e 90, surgiu uma nova visão do assunto criandose os departamentos de recursos humanos, tratando as pessoas como uma extensão dos demais recursos organizacionais, ou seja, igualando-as em importância aos recursos financeiros, recursos materiais, recursos físicos, etc. A partir daí, surgem as especializações da atividade de RH como recrutamento, seleção, treinamento, cargos e salários, etc. O antigo departamento pessoal transforma-se em gerência de RH com subdivisões na sua estrutura, com a especialização do conhecimento dos assuntos e continuando com a centralização do processo decisório sobre as pessoas. Surge a necessidade de tratar a pessoa não mais como um “recurso” humano equiparado aos demais recursos empresariais, mas como um elemento diferenciado para o sucesso organizacional. O “talento” a ser 21 descoberto e desenvolvido. O conceito “gestão de pessoas” surge nesse momento. Uma nova forma de tratar as pessoas se estabelece a partir daí. As organizações buscam mais do que a satisfação, mas a felicidade dos seus parceiros internos admitindo que, dessa forma, conseguirão atrair e reter os melhores talentos que serão os elementos-chave para o seu sucesso. A responsabilidade sobre atividade de gestão das pessoas deixa de ser centralizada em um órgão de RH e passa a ser descentralizada para cada gestor de negócios, independentemente de sua área de atuação; este passa a ser “gestor de (sua) gente” contando com o assessoramento de um consultor de pessoas interno ou terceirizado. Chiavenato, Idalberto “Na era da informação, lidar com pessoas deixou de ser um problema e passou a ser a solução para as organizações. Deixou de ser um desafio e passou a ser a vantagem competitiva para as organizações bem sucedidas.” Quirino e Xavier “Diversidade das preferências humanas e diferenças individuais e o grau de importância que cada trabalhador dá as suas necessidades, implicando provavelmente em denotado custo operacional” Lima, Junia Maria de Sousa “Não acreditamos em alta produtividade sem que o profissional esteja estabilizado, com um nível adequado de ocupação de seu tempo, com chance de ter lazer e contato familiar. Acreditamos que só é produtivo o ser humano que estiver equilibrado. Então, nos preocupamos com esses outros lados” Saber qual a necessidade de um profissional em termos de conhecimento para desenvolver suas atividades, faz parte do processo do treinamento a ser desenvolvido pelo líder ou responsável de um setor. As organizações precisam treinar e desenvolver seus funcionários a fim de obterem deles o máximo de produtividade possível, isto se dá por meio de uma empresa moderna, que alie tecnologias com a boa vontade de satisfazer os anseios de seus profissionais. Quanto mais talento o profissional apresentar, maiores facilidades ele terá para desempenhar as suas atividades e melhor remuneração e tratamento ele terá (GUBMAN, 1999). Isso se traduz numa melhor qualidade de vida no trabalho, pois a empresa apóia o profissional da melhor forma e ele corresponde de acordo com aquilo que recebe. 22 Apesar de todos os esforços de uma organização para compensar, atrair e manter profissionais motivados no seu ambiente de trabalho, nem sempre isso acontece. A insatisfação ocasiona sofrimentos para o indivíduo e prejuízos para a empresa, uma vez que o rendimento do profissional diminui, baixando a produtividade e prejudicando o profissional por meio de doenças e outras anomalias decorrentes da insatisfação vivenciada no ambiente de trabalho. É comum verificar nas empresas profissionais que usam drogas ou álcool e que apresentam problemas de saúde como hipertensão, úlceras, gastrites, problemas vasculares entre outros. As organizações pagam um preço alto pelo stress gerado no trabalho e estão buscando formas de eliminar os estragos causados sobre a saúde, o potencial, e a auto-estima de seus profissionais. “A maneira de trabalhar, as rotinas diárias, as normas, os estilos de liderança e a forma de atuação do poder interferem diretamente no nível de stress de uma organização”. (TAMAYO, 2004). No entendimento de Meyer (2003, p. 21), “o stress é o mal do século. É definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a ‘epidemia global’ que atinge nove em cada dez habitantes do planeta”. De acordo com Tamoyo (2004, p. 78), “o estresse é considerado como uma transação entre o trabalhador e o seu ambiente de trabalho”. Ele enfatiza ainda que “o estresse não é necessariamente negativo, que muitas pessoas desafiam seus limites pessoais, fixando metas para si mesmas ou para se adaptarem as exigências do meio externo” (TAMOYO, 2004). Ou seja, o stress na medida certa faz bem ao ser humano, enquanto que a exposição excessiva e sem controle pode causar desde pequenos distúrbios até doenças graves, como: doenças vasculares, depressão e falta de vontade de viver. O que torna as empresa um lugar bom para trabalhar é principalmente a identificação com seus valores e com sua estratégia de negócios. Concordar com os objetivos da empresa, sentir-se participante das decisões e ter orgulho de trabalhar lá pode pesar mais na satisfação do que um bom salário ou um chefe inspirador. 23 3.2. Recursos Humanos e suas ações: Estratégia é a arte de aplicar com eficácia os recursos de que se dispõe ou de explorar as condições favoráveis de que porventura se desfrute, visando ao alcance de determinados objetivos e Recursos são meios de que se pode dispor; aptidões. O sucesso da implementação de programas de qualidade de vida depende, por um lado, do comprometimento dos colaboradores em fazer boas escolhas quanto aos hábitos saudáveis e às atitudes de enfretamento à adversidade e, por outro lado, da empresa em poder fornecer condições necessárias para que essas escolhas aconteçam. Programar ações de qualidade de vida não é tarefa fácil se consideramos que as pessoas estão permanentes expostas a fatores estressores que podem afetar a saúde. “Todos dizem que trabalhar na Promon é garantia de aprender todos os dias” – Márcia Fernandes Kopelman, diretora de recursos humanos. A seguir apresentarei alguns exemplos de ações de qualidade de vida das 10 melhores empresas para se trabalhar no Brasil. A relação empresa e funcionários só continuaram a durar se nesta parceria elas oferecerem mais oportunidades de aprendizado, pois de um lado, a confirmação de que o nível de aprendizado e desenvolvimento que um profissional vislumbra na empresa pode ser um dos mais eficientes fatores de atração e retenção dos talentos, mantêm o processo contínuo de conquista de conhecimento, e é o maior desejo dos funcionários de todos os escalões. Muitas empresas que aderiram às atividades de qualidade de vida vivenciam benefícios que elas trazem à saúde e ao bem-estar dos seus colaboradores. Com certeza elas ganham maior produtividade através do maior envolvimento das pessoas e estas, por sua vez, ganharam uma fonte de prazer no trabalho. Não é por acaso que essas empresas encontram-se na classificação das melhores empresas para se trabalhar. 24 A PROMON é uma empresa que atua no segmento de engenharia e tecnologia, e depende literalmente da capacidade de empreender e da visão estratégica de seu pessoal. Há mais de três décadas ela foi adquirida por um grupo de funcionários que ofereceu aos demais a participação no capital. Desde então, 100% controlada por quem trabalha lá. Exemplo de ação da PROMON: A partir da avaliação de desempenho, é feito um plano de capacitação anual. A empresa custeia em 100% os cursos técnicos e tem convênio com a FGV para MBA internos. “Acredito se os fundamentos de uma boa empresa para se trabalhar: credibilidade, respeito, imparcialidade, orgulho e camaradagem” – Luiz Ernesto Gemignani – diretor presidente. A MASA é um braço do grupo americano Flextronics que fabrica peças plásticas com sede em Manaus, Amazonas, a melhor empresa para trabalhar do país. Exemplo de ação da MASA: Os funcionários têm muitos benefícios e muita liberdade para opinar dentro da empresa. Dentre as iniciativas estão à criação de um código de conduta e ética para nortear a relação funcionárioempresa, a ênfase aos projetos de capacitação profissional, o surgimento de diversos projetos voltados à qualidade de vida e às famílias dos funcionários. “Dinheiro encanta, mas não é tudo. Aqui temos um conjunto de coisas boas” – funcionário da matriz São Paulo. BV Financeira é um dos braços do grupo Votorantin, que atua em financiamento de veículos, material de construção, crédito consignado e empréstimo pessoal, a direção sabe que muito da satisfação dos funcionários vêm do bolso. Lá os salários são alto, as pessoas reconhecem que ganham bem, e, portanto, estão mais comprometidas em produzir mais. Exemplo de ação da BV Financeira: Atualmente é a empresa que tem o melhor pacote de remuneração do mercado. A participação nos lucros de 2005 foi de pelo menos quatro salários extras, mas alguns chegaram a receber 18; 25 quem bate as metas pode ganhar DVDs e viagem internacional. “Não é exagero dizer que o nome do SERASA virou o sobrenome de quem trabalha lá”. – Juliana de Mari – jornalista. A SERASA é uma empresa de informações de credito para negócios, cuja sede fica em São Paulo, virou praticamente o sobrenome de seu pessoal. Tamanha identificação não é à toa. A SERASA tem uma política de gestão de pessoas que considera que a parte é o todo, ou seja, cada um de seus 2.160 funcionários são fundamentais para que o conjunto – empresa e empregados – dê resultados. Exemplo de ação na SERASA: Há ginecologista, fonoaudióloga, acupunturista, clínico-geral e psicoterapeuta à disposição na sede da empresa; aulas de ioga e espaço para meditação, além de campanhas preventivas. A empresa preocupa-se genuinamente com o bem-estar geral do funcionário e sua família. “O clima de camaradagem talvez seja um dos grandes trunfos da administração da empresa para manter uma equipe coesa e comprometida”. Marina Izidoro – jornalista. LANDIS + GYR fabricante de medidores de energia elétrica, localizada na cidade industrial de Curitiba – Paraná. A Landis é encarada pelos funcionários como extensão de suas casa. Convive no mesmo ambiente de trabalho mães e filhos, maridos e esposas, irmãos e amigos de longa data. Exemplos de ação na LANDIS + GYR: Um grupo multidisciplinar atende funcionários dentro e fora da empresa em casos de estresse, uso de drogas, alcoolismo, tabagismo e problemas psicológicos. “Tudo verde – A fábrica de papel é cercada por reserva florestal, e um lago enfeita a entrada da sede”. A Internacional Paper fabricante de papel instalada em Mogi-Guaçu interior de São Paulo. Localizada em um parque florestal com varias nascente de água doce e uma área de mata preservada que pode ser visitada pelas famílias dos funcionários, mas que serve como sala de aula para alunos da rede publica. 26 Exemplo de ação INTERNATIONAL PAPER: Os níveis de segurança e o respeito aos funcionários elevam o sentimento de orgulho. Há um clube com academia, piscina e área de lazer aberta para as famílias dos empregados no fim de semana. Drucker, Peter Ferdinand (1989) “Para manter e atrair pessoas com espírito empreendedor, as empresas são obrigadas a criar novas estruturas com novas relações e políticas, e complementar a remuneração, os benefícios e os incentivos aos administradores com as diferentes realidades e com espírito empreendedor”. Arcelor Brasil é um conglomerado que reúne a Companhia Siderúrgica Tubarão, a Vega do Sul e a Belgo-Mineira. É uma empresa completa do ponto de vista de gestão de pessoas. Exemplo de ação da ARCELOR BRASIL: Sua política de remuneração prevê salários que vão de 80% a 120% da mediana de mercado. Aqueles que assumem uma determinada função e não tem muita experiência ficam 80%. Já os mais tarimbados e que estão no ponto Maximo de produtividade recebem 120%.O PLR pode gerar ate quatro salários extras e inclui metas globais, setoriais e pessoais, aspectos relacionados a segurança e acidente de trabalho. Há também metas de saúde. O pacote de benefícios é bem reforçado: plano de previdência privada, kit escolar para filhos, suporte psicológico, seguro de vida e bolsa de estudos que variam de 50% a 100% para faculdade, pós, MBA e cursos de inglês. O programa de qualidade de vida é feita com base na avaliação medica de cada um. Há também reuniões internas dos alcoólicos Anônimos com participação dos familiares. A responsabilidade social acontece também dentro de casa. Se alguém tem uma emergência e precisa de dinheiro, pode recorrer ao empréstimo social. A Fras-Le é fabricante de pastilhas e lonas para freios, com sede em Caixas do Sul, Rio Grande do Sul. Valorização, confiança, respeito e transparência essas palavras explicam o motivo de orgulho que os 2.138 funcionários sentem pela organização. Exemplos de ações da FRAS-Le: Existe um programa de recrutamento 27 interno aberto a todos, sistema de rodízio entre os gerentes para se movimentarem nas empresas do grupo e plano de sucessão bem estruturado. Há também auxílio de 50% para ensino médio e cursos técnicos e de 30% a 40% para graduação, pós-graduação e MBA e cursos de idiomas. Há uma área na empresa com médicos e dentistas em todos os turnos.Reembolso de 50% para assistência psicológica e psiquiátrica . Accor grupo francês atua em duas divisões de negócios: serviços e hotelaria. O Accor Services engloba emissão de vouchers para alimentação, gestão de frotas, marketing de relacionamento e administração de RH. Os funcionários são um verdadeiro exercito de pessoas que tem paixão pelo que fazem. A concorrência vive de olho nos funcionários dos hotéis Accor porque sabem que eles são super bem preparados. Exemplos de Ações na ACCOR: Nos hotéis, o plano de carreira é muito bem estruturado. Quem entra sabe exatamente o que fazer e que competências desenvolver para mudar de cargo. Bolsas de estudos; cursos de graduação feitos especialmente para o Accor; convênios com cursos de (1 grau a pós –graduação) extensivos à família dos funcionários. Na área da saúde em caso de cirurgias ou terapias especiais, há programas como a segunda opinião que encaminha o funcionário para ouvir outro médico. Em 2005, foram atendidas 230 pessoas. Existem programas como Viva Melhor cuida da gestão do plano de saúde e de tudo o que tem a ver com o bem-star dos funcionários. A Albras produtora de alumínio primário, com sede em Barbacena, Pará. A preocupação com o bem-estar físico e emocional dos funcionários é regra básica na organização. Durante seis meses, todos os 1.300 funcionários responderam a um questionário individual elaborado por uma das maiores especialistas sobre o assunto em estresse. As perguntas serviram para avaliar o nível de tensão do pessoal. Exemplo de ações da ALBRAS: Existe uma avaliação de desempenho anual, com estruturação de um plano de desenvolvimento, no ano passado, houve promoção e aumento de salário para cerca de 900 pessoas. Existe 28 escola para funcionário e familiares; aulas na empresa para supletivo e formação mais técnica; MBA e pós in company; bolsas de até 70% para a faculdade. Na área da saúde tem o programa Vida Saudável inclui preparação física, avaliação médica, orientação nutricional e apoio psicológico; exames periódicos de seis em seis meses para funcionários operacionais. Todos os trabalhadores passam por uma avaliação que diagnosticou o nível de estresse e, a partir daí tiveram treinamento sobre técnicas e comportamentos adequados para combater o problema. Segundo Walton (1973) estudiosos de QVT há oito fatores conceituais de qualidade de vida no trabalho: 1) Compensação justa e adequada: Caracteriza pela remuneração recebida pelo trabalho realizado, dividindo-se em dois critérios: v Remuneração adequada: Remuneração necessária para o empregado viver dignamente dentro das necessidades pessoais e dos padrões culturais, sociais e econômicos da sociedade onde vive. v Equidade interna: Equidade na remuneração entre outros membros de uma mesma organização. v Equidade externa: Equidade na remuneração em relação a outros profissionais no mercado de trabalho. 2) Condições de trabalho: Caracteriza pelas condições existentes no local de trabalho, apresentando os seguintes parâmetros: v Jornada de trabalho: Número de horas trabalhadas, previstas ou não pela legislação, e sua relação com as tarefas desempenhadas. v Carga de trabalho: Quantidade de trabalho executados em um turno de trabalho. 29 v Ambiente físico: Local de trabalho em relações as condições de bem estar (conforto) e organização para o desempenho do trabalho. v Material e equipamento: Quantidade e qualidade de material disponível para execução do trabalho. v Ambiente saudável: Local de trabalho e suas condições de segurança e de saúde em relação aos riscos de injurias ou doenças. v Estresse: Quantidade percebida de estresse que o profissional é submetido na sua jornada de trabalho. 3) Uso e desenvolvimento de Capacidade: É a mensuração da qualidade de vida no trabalho em relação a oportunidades que o empregado tende a aplicar no seu dia a dia, seu saber e suas aptidões profissionais. Entre os critérios se destaca: v Autonomia: Medida permitida, ao individuo, de liberdade substancial, independência e descrição na programação e execução do trabalho. v Significado da tarefa: Relevância da tarefa desempenhada na vida e no trabalho de outras pessoas, dentro ou fora das instituições. v Identidade da tarefa: Medida de tarefa medida na sua integridade e na avaliação do resultado. v Variedade de habilidade: Possibilidade de utilização de uma larga escala de capacidades e de habilidades do individuo. v Retroinformação: Informação ao individuo acerca de avaliação de seu trabalho com um todo, e de suas ações. 4)Oportunidade de Crescimento e segurança: caracteriza pelas oportunidades que a instituição estabelece e o crescimento pessoal de seus empregados e para segurança do emprego. Os critérios que expressam a importância do desenvolvimento e a perspectiva de aplicação são os seguintes: 30 v Possibilidade de carreira: Viabilidade de oportunizar avanços na instituição e na carreira, reconhecidos por colegas, membros da família, comunidade. v Crescimento pessoal: Processo de educação continuada para o desenvolvimento das potencialidades da pessoa e aplicação das mesmas. v Segurança de seu emprego: Grau de segurança dos empregados quanto a manutenção de seus empregos. 5)Integração Social na Organização: É o grau de integração pessoal existente na instituição. v Igualdade de Oportunidades: Grau de ausência de estratificação na organização de trabalho, em termos de símbolos “status” ou escrituras hierárquicas íngremes: e de discriminação quanto a raça, sexo, credo, origem, estilos de vida e aparência. v Relacionamento: Grau de relacionamento marcado por auxilio recíproco, apoio sócio-emocional, abertura interpessoal e respeito as individualidade. v Senso comunitário: Grau de senso de comunidade existente na instituição. 6)Constitucionalismo: Caracteriza pelos direitos dos empregados cumpridos na instituição. v Direitos trabalhistas: Observância ao cumprimento dos direitos do trabalhador, inclusive o acesso à apelação. v Privacidade social: Grau de privacidade que o empregado possui dentro da instituição. 31 v Liberdade de expressão: Forma como o empregado pode expressar seus pontos de vista aos superiores sem medo de represálias. v Normas e rotinas: Maneira como normas e rotinas influencia o desenvolvimento do trabalho. 7)Trabalho e Espaço Total de Vida: É o equilíbrio entre a vida social do empregado e da vida no trabalho. v Papel balanceado no trabalho: Equilíbrio entre jornada de trabalho, exigências de carreira, viagem, convívio familiar. v Horário de entrada e saída do trabalho: Equilíbrio entre horários de entrada e saída do trabalho e convívio familiar 8)Relevância Social da Vida no Trabalho: Percepção do empregado em relação à responsabilidade social da instituição na comunidade, á qualidade de prestação dos serviços de ao atendimento dos seus empregados. v Imagem da Instituição: Visão do empregado em relação a sua instituição de trabalho: importância para comunidade, orgulho e satisfação pessoal de fazer parte da instituição. v Responsabilidade social da instituição: Percepção do empregado quanto a responsabilidade social da instituição para a comunidade, refletida na preocupação de resolver os problemas da comunidade e também não causar danos. v Responsabilidade social pelos serviços: Percepção do empregado quanto a responsabilidade da instituição com a qualidade dos serviços postos à disposição da comunidade. v Responsabilidade social pelos empregados: Percepção do empregado quanto a sua valorização e participação na instituição, á partir da política de recursos humanos 32 O tema qualidade de vida tem sido objeto de reflexão devido à busca de melhores condições de vida, devendo ser enfatizada a promoção da saúde, englobando diversos fatores que determinam a qualidade de vida da população. Pode-se afirmar que a saúde é um dos principais parâmetros, porém há mais indicadores que visam quantifica – lá. Cinco campos centrais para a promoção da saúde: 1) Elaboração e implementação de políticas saudáveis, devendo ser prioridade no setor saúde, incluindo legislações, medidas ficais, mudanças organizacionais, além de ações inter-setoriais que visem a equidade em saúde, distribuição de renda e políticas sociais. 2) Criação de ambientes favoráveis à saúde, incluindo tanto a conservações do meio ambiente e recursos naturais quanto o ambiente de trabalho, lazer, lar, escola, cidade, devendo estes serem valorizados pelo setor saúde. 3) Reforço da ação comunitária, enfatizando o seu poder técnico e político para fixar prioridades, propor intervenções e estratégias que assegurem melhor nível de saúde, através de informação e educação em saúde. 4) Desenvolvimento de habilidades pessoais, sendo imprescindível informações e educação em saúde para que os indivíduos tenham consciência da importância do coletivo em saúde e da sua responsabilidade para a promoção da saúde. 5) Vida da população. Segundo MINAYO, Hartz e Buss (2000, p.10) devem-se “respeitar a satisfação das necessidades mais elementares da vida humana: alimentação, acesso a água potável, habitação, trabalho, educação, saúde, lazer, conforto, bem-estar e realização individual e coletiva”. Existem muitas formas de organizar e proporcionar às pessoas o que elas realmente esperam, porém é preciso estabelecer a forma mais condizente com a realidade da empresa e obter assim os melhores resultados. É preciso quebrar paradigmas, realizar mudanças constantes e desenvolver projetos que 33 visem o desenvolvimento das equipes de trabalho, bem como a realização das atividades de forma mais simples e humana. As relações de trabalho evoluíram muito, porém ainda existem muitas dificuldades para atingir um equilíbrio entre os interesses e as expectativas dos empregadores e empregados. A teoria de Abraham H. Maslow é um dos modelos mais conhecidos de motivação, ela reflete no entendimento de que as primeiras necessidades, ou seja, as de nível mais baixo devam ser satisfeitas primeiro, antes de passar para um nível superior. LACOMBE, Francisco José Masset. Tipo de Necessidade O que ela representa Fisiológica São necessidades físicas como: sexo, bebida, comida, sono etc. Segurança A contrapartida da insegurança natural das pessoas: estabilidade, proteção, livre de perigo; um abrigo, uma estrutura, uma ordem etc. Social A necessidade endógena de amar e ser amado, ter amizades, vínculos familiares, intimidade etc. Estima O sentimento das pessoas de sentirem-se valorizadas pelos que as rodeiam; sua auto-estima; o desejo de sentirse importante, competente e valorizado. Auto-realização O desejo dos indivíduos de renovar e reciclar seu potencial; tornar-se cada vez mais o que cada um seria capaz de ser. Ilustração I, Fatores motivadores segundo Maslow Fonte: Marras (2000, p. 34) Para Herzberg todos os fatores tendem a serem positivos, no intuito de aumentar a produtividade e os resultados, enquanto que os fatores higiênicos podem impedir situações negativas – porém precisam ser bem administradas para atingir certo limite, uma vez que não interferem na motivação, pois a motivação está dentro de cada um. 34 Fatores Motivadores Determinantes Realização O término com sucesso de um trabalho ou tarefa; os resultados do próprio trabalho. Reconhecimento pela realização O reconhecimento de um reconhecimento público, ou não, por um trabalho bem-feito ou um resultado conseguido. O trabalho em si Tarefas consideradas agradáveis e que provocam satisfação. Responsabilidade Proveniente da realização do próprio trabalho ou do trabalho de outros. Desenvolvimento pessoal Possibilidade de aumento de status, perfil cognitivo ou mesmo de posição social. Possibilidade de crescimento Alavancagem dentro da estrutura organizacional, em termos de cargo ou responsabilidade. Ilustração II. Teoria de Herzberg Fonte: Marras (2000, p. 36). Fatores higiênicos Determinantes Supervisão A disposição ou boa vontade de ensinar ou delegar responsabilidades aos subordinados. Políticas empresariais Normas e procedimentos que encerram os valores e crenças da companhia Condições ambientais Ambientes físicos e psicológicos que envolvem as pessoas e os grupos de trabalho. Relações interpessoais Transações pessoais e de trabalhão com os pares, os subordinados e os superiores. Status Forma pela qual a nossa posição está sendo vista pelos demais. Remuneração O valor da contrapartida da prestação de serviço Vida pessoal Aspectos do trabalho que influenciam a vida pessoal Ilustração II. Teoria de Herzberg Fonte: Marras (2000, p. 36) 35 O homem nunca está satisfeito. Quando se satisfaz com alguma coisa, logo surge outra necessidade e assim ele vive numa constante busca para realizar os seus desejos. Quando o indivíduo satisfaz plenamente suas necessidades fisiológicas, aparece a categoria das necessidades de segurança, depois as necessidades de afeto e amor, de auto-estima ou status e outras. Para algumas pessoas uma necessidade pode ter um grau maior de preferência, enquanto para outras a mesma necessidade não é tão importante. “Cabe a cada um avaliar o que é melhor para si e buscar uma felicidade plena, satisfazendo todos os seus desejos”. MOSCOVICI, Fela. Para manter e atrair pessoas com espírito empreendedor, as empresas são obrigadas a criar novas estruturas com novas relações e políticas, e complementar a remuneração, os benefícios e os incentivos aos administradores com as diferentes realidades e com espírito empreendedor. DRUCKER, Peter Ferdinand A motivação deve vir de cima, ou seja, dos liderados para os subordinados, dessa forma o líder estará contagiando seus trabalhadores e incentivando-os a desafiar seus próprios limites. A influência de um gerente motivado reflete na motivação dos profissionais, onde os subordinados se espelham nas atitudes positivas de seu líder e como conseqüência disso tem-se a qualidade de vida no trabalho, almejada e sonhada por todos. 36 CONCLUSÃO É preciso ter em mente que a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), por si só não se estabelece, é necessária criar mecanismos que proporcionem aos trabalhadores, conceitos de cidadania e que a personalidade de cada um, seja mantida com diferenciação entre a maneira de ver a vida e de vivê-la, por isso humanizar a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), é hoje uma prioridade. Não se pode mais deixar de lado questões tão importante como a: saúde, lazer, nutrição, segurança no trabalho, responsabilidade social e relações do trabalho. As organizações têm que focar o indivíduo como gerador de produtividade, quando o colaborador não está satisfeito, a empresa acaba tendo dificuldades no âmbito global. O administrador tem que ver a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) como uma estratégia para organização de sua empresa. As empresas que aderem ás atividades de qualidade de vida no trabalho (QVT) proporcionam benefícios da saúde ao bem-estar dos seus colaboradores. Com certeza elas têm maior produtividade através de maior envolvimento das pessoas no trabalho e por sua vez ganharam uma fonte de prazer no trabalho. A Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) é a oportunidade de a empresa trazer aquele que trabalha a possibilidade de se aprimorar como pessoa, se tornando mais competitivo, motivado, eficiente. As empresas devem promover ações que se revertam em benefícios á saúde física e mental dos funcionários e deve criar mecanismos para lidar com as dificuldades que as pessoas e a empresa têm para aderirem a pratica continua de atividades de qualidade de vida, considerando que qualidade de vida no trabalho é muito mais do que escolher praticar atividades físicas, ter uma alimentação adequada, aproveitar melhor o tempo livre, aprimorar seus relacionamentos, em fim, escolhas que fazem com que as pessoas tenham 37 uma vida saudável. É ter plena consciência dos benefícios á saúde (física e mental) e que essa escolha traga às pessoas, meios para que a empresa possa aproveitar melhor o potencial dos seus colaboradores. A motivação aliada à percepção dos papéis é o que faz o indivíduo tomar ciência das suas atribuições dentro de uma organização e dessa forma desenvolver suas habilidades profissionais na certeza de que isso é importante para o seu crescimento. O trabalho em equipe é imprescindível para que as atividades sejam concluídas rapidamente, com qualidade e efetividade. É necessário que os Recursos Humanos das organizações saibam trabalhar com a diferença de cada pessoa, não havendo distinção entre cor, raça, religião, orientação sexual, classe econômica, etnia e outros. É preciso administrar as pessoas como indivíduos, apoiando e utilizando essas diferenças para benefícios da organização. É fundamental que os Recursos Humanos (RH) acompanhem a carga horária do trabalhador, a manutenção da higiene e segurança, as doenças decorrentes do trabalho, a satisfação ou insatisfação em relação aos benefícios oferecidos, entre outras coisas que demonstrem a preocupação da empresa em atender as necessidades principais do seu quadro funcional. Se a empresa focar seus processos na qualidade de vida de seu profissional, apoiando-o em todos os momentos e dando a ele oportunidade de crescimento terá conquistado grande parte do seu sucesso e maior produtividade com normas e determinações na área da saúde e segurança, conscientizando e educando seus trabalhadores para atuarem de forma segura em seu ambiente de trabalho. Reconhecer e valorizar o ser humano fazem com que a organização cresça e se desenvolva, atingindo seus objetivos de forma constante e efetiva. Isso é sucesso, isso é qualidade de vida no trabalho. Por outro lado, a verdadeira economia não está assentada sobre a 38 redução da força de trabalho e sim sobre a redução do tempo de trabalho. O desenvolvimento das forças produtivas com o avanço do conhecimento e das tecnologias reduz os custos de produção a um mínimo. Então, reduzir o tempo de trabalho com o aumento das forças produtivas significa também aumentar as capacidades e os meios de prazer, de fruição. Assim é que economizar o tempo de trabalho é aumentar o tempo livre dos trabalhadores. Mas essa “economia de tempo” não tem aumentado o tempo livre do trabalhador, tem sim aumentado a jornada de trabalho dos que permanecem no mercado de pessoal para a fruição de um tempo livre descompromissado tornou-se mais trabalho e o medo do desemprego torna-os cegos, individualistas em alguns casos e corporativistas em muitos outros. O que deveria ser o enriquecimento um quesito na acirrada disputa por uma vaga no mercado de trabalho. Mas podemos refletir que, para romper com a velocidade vertiginosa imposta pela era da informação globalizada que destrói e constrói o ambiente sociocultural numa velocidade que não se ajusta ao tempo do indivíduo, mas o substitui por outro já sintonizado, comprometendo populações e seus estilos de vida, significa romper com o preconceito, arraigado em nossa cultura, de desprezo à preguiça, ao prazer, à criação, à felicidade. A formação da consciência cultural, social e política são necessárias a um mundo que vive da inovação permanente, em constante revolução. Portanto, saber dosar a velocidade dessas mudanças é hoje o maior desafio. As pessoas devem ser educadas para lidar com o tempo, com as informações, com as ações e intervenções. 39 BIBLIOGRAFIA Revista: ALBUQUERQUE, Lindoufo Galvão de & FRANÇA, Ana Cristina Limongi. Estratégias de Recursos Humanos e Gestão da Qualidade de Vida no Trabalho: O Stress e a Expansão do conceito de Qualidade Total. Revista de Administração. São Paulo: nº 2, Abril/Junho, 1998. Livro: BATEMAN, Thomas S. Scot A SNELL. Administração: construindo vantagem competitiva. São Paulo: Atlas, 1998. Livro: BERGAMINI, Cecília W; CODA et al. Psicodinâmica da vida organizacional: motivação e liderança. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1997. Livro: BERGAMINI, Cecília Whitaker. Desenvolvimento de recursos humanos: uma estratégia de desenvolvimento organizacional. São Paulo: Atlas, 1980. 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