epigenéticos têm maior poder de ação, que as nossas terapêuticas poderão produzir efeitos mais rápidos, estáveis e seguros, com menor risco de efeitos colaterais deletérios. Clássica, nas técnicas de Ricketts (Arco Base, elásticos, etc.) e Straigh Wire (Curva de Spee reversa, elásticos, etc.) ou mesmo a Cirurgia Ortognática. 4 - Quais os meios que o Sr. utiliza para controle da dimensão vertical durante o tratamento ortopédico facial? Conselho Editorial da 05 - Considerando que clínica e cefalometricamente as respostas com uso de AOF são muito semelhantes para padrões rotacionais A e R da análise de Lavergne-Petrovic, qual a sua opinião com relação à tabela de sugestões de tratamento apresentadas por esses autores? Con- Revista A OFM dispõe de vários recursos técnicos para gerenciar a dimensão vertical. Basicamente eles utilizam as Quatro Forças Naturais (SIMÕES, WILMA A.,1985), a saber: Crescimento e Desenvolvimento, Erupção Dentária, Postura e Movimentos de Língua, e Postura e Movimentos de Mandíbula. Mudanças de postura não são exclusividade da mandíbula; podem ser iniciadas a partir da língua, como nos AOFs Simões Network 2 (SN2), e influir nas direções de crescimento, especialmente na mandíbula. Atuando também sobre a língua, lábios, guiando a erupção dentária, etc., permite-se uma nova adaptação e compensações para a má-oclusão inicial, fechando as mordidas abertas. No extremo oposto AOFs que executam Mudança de Postura da mandíbula (2o Princípio da OFM) ou estão associados a um acessório – o Equiplan (Planas 1987 e 1992) - podendo permitir a recuperação da dimensão vertical do paciente, reeducando a musculatura elevadora da mandíbula, para o nova dimensão vertical criada pela orientação do crescimento e da erupção dentária. É importante relembrar que os músculos mastigatórios, elevadores da mandíbula, intrínsecos e extrínsecos da língua, supra e infra-hióideos, cervicais, etc., são músculos esqueléticos e portanto podem ser trabalhados em sua força e potência, tônus, volume, etc. como fazem os Fisioterapeutas com os músculos esqueléticos de qualquer parte do corpo, ou as Fonoaudiólogas com os músculos da língua, lábios, etc. O Equiplan, além de diminuir o crescimento dento-alveolar anterior e permitir o crescimento dento-alveolar posterior (não é extrusão dentária posterior, portanto), reeduca os músculos elevadores, diminuindo sua força, potência e tônus. Em alguns casos, posso lançar mão dos recursos tradicionais da Ortodontia selho Editorial da Revista A tabela com as sugestões para escolha de condutas terapêuticas, presente nas publicações de PETROVIC, A.; STUTZMANN, J. e LAVERGNE, J. , a partir dos Tipos Rotacionais e Categorias Auxológicas, foi desenvolvida pela equipe de ortodontistas chefiada pelo Dr. LAVERGNE. O arsenal de terapêuticas utilizado por aquela equipe, difere daquela normalmente empregada por mim. Desta maneira, não me sinto capaz de criticar ou opinar sobre as recomendações terapêuticas presentes no referido trabalho. Gostaria de fazer apenas um comentário. As reações dos padrões rotacionais A e R (Anterior e Neutra), nem sempre são semelhantes, seja com OFM seja com Ortodontia. Podemos encontrar rotações Anteriores e Neutras em Categorias Auxológicas diferentes, que reagem de maneira muito diferente. Por exemplo, o Tipo Rotacional A2D, Categoria Auxológica 2, tem uma resposta muito lenta a qualquer tipo de tratamento. Já o Tipo Rotacional A1D, Categoria Auxológica 5, tem alta capacidade de resposta. Interessante, é que o aspecto da má-oclusão é muito semelhante nos dois casos. Dentro do limite do meu conhecimento, é a única informação capaz de diferenciar os indivíduos com características de Rotação Anterior, que são “bons e maus crescedores”. Se eu pudesse escolher, trataria apenas dos pacientes A1D, A1N, R1N, R2D, P1N, Tipos Rotacionais mais favoráveis, falando de maneira geral. 6 - Em sua última entrevista para a Revista Dental Press, o Dr. Wieslander comenta sobre a utilização do monobloco como con- Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial - V.4, Nº 3 - MAI./JUN. - 1999 tenção no pós-tratamento precoce com o Aparelho de Herbst, nas Classes II severas. A principal justificativa para este procedimento é que o Herbst, como aparelho ortopédico mecânico, devolve mais rapidamente à criança uma melhor condição estética e, a diminuição do overjet, a protege contra traumas nos incisivos superiores. Qual a sua opinião sobre o tratamento com ortopedia mecânica em idades precoces? Conselho Editorial da Revista Alexandre Petrovic demonstrou em seres humanos, convém frisar (in Cranial Growth Series, Univ. Michigan, 1990), que é mais importante a Categoria Auxológica do que o aspecto inicial da má-oclusão. As Classes II severas, identificadas pela chave de caninos e molares, overjet excessivo podem levar à falsas expectativas. Volto à resposta da pergunta anterior. Podemos encontrar dois indivíduos com sinais clínicos de Classe II severa, porém com ótimo prognóstico para tratamento com Ortopedia, seja Mecânica ou OFM. Por exemplo , os Tipos Rotacionais A1D e A1N, ambos da Categoria Auxológica 5, apresentam sinais clínicos muito semelhantes ao Tipo Rotacional A2D, que já tem prognóstico muito menos favorável quanto à duração do tratamento ativo. Respeito, embora não faça uso, o emprego da Ortopedia Mecânica, como o Aparelho de Herbst, em idades precoces. Porém, como também demonstrou Alexandre Petrovic (PETROVIC et al, Revista Iber. Ortodoncia, abril/87), em nível molecular, o Aparelho de Herbst promove mais movimentos sagitais dos dentes do que propriamente alterações ortopédicas. O uso do Monobloco como aparelho de contenção foi iniciado na Europa no princípio do século e se mostrou eficaz. Os AOF são muito bem aceitos e também muito eficazes na infância, antes dos 6 anos de idade, quando o nível de cooperação é excelente (Kiyak, H. A., 1997 e Tung, 1998). São a minha primeira opção para tratamento, com aparelhos, na infância. 07 - Na sua interpretação da Revisão da Teoria de Moss, quais os aspectos mais impor3