Entrevista
A Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial, acreditando ser uma importante coadjuvante
na disseminação da pesquisa, do conhecimento e informação para os profissionais de Ortodontia, abre
espaço para duas destacadas áreas ligadas à nossa especialidade - a Ortopedia Funcional dos Maxilares
e a Fonoaudiologia.
Acreditando ser a busca constante do conhecimento e a interação das áreas afins, de maneira
multidisciplinar, as principais ferramentas para o aprimoramento dos bons profissionais, convidamos
o Dr. Marcos Nadler Gribel e a Drª. Esther Bianchini para que coordenassem as seções de Ortopedia
e Fonoaudiologia, respectivamente.
Confira, a seguir, as considerações feitas pelo Dr. Marcos Gribel a respeito da nova seção. Na
seqüência saiba um pouco mais sobre Ortopedia Funcional dos Maxilares e Fonoaudiologia, lendo as
respostas das interessantes entrevistas que o Dr. Marcos e a Drª. Esther concederam a esta
Revista.
Conselho Editorial da Revista
Marcos Nadler Gribel
nas suas virtudes e deficiências, nas suas
diferenças. Daí a necessidade de uma sessão exclusiva para a OFM.
Esta sessão será portanto, um fórum
para discussão e apresentação da pesquisa e
investigação que deram, dão e darão sustentação à Ortopedia Funcional dos Maxilares (OFM), tanto do ponto de vista clínico,
quanto do ponto de vista da investigação
nas áreas mais básicas da pesquisa. A publicação de artigos originais, traduções autorizadas de publicações de outros veículos de
divulgação científica, casos clínicos, entrevistas, perguntas e respostas, entre outros,
serão os meios a serem empregados.
É muito importante que, nos dias de
hoje, além do “know how”, se tenha também o “know why”: não basta apenas saber “Como Fazer”; é preciso saber “porquê
Fazer”. Não basta também ter o Conhecimento - discernir entre diferentes; é preciso
que se tenha a Sabedoria - discernir entre
semelhantes . Coisa que se consegue com o
tempo, com tentativas e erros, com a busca incessante, com troca de informação.
Na quase alvorada do Terceiro Milênio - O
Milênio da Informação - nada mais natural do que elas sejam trocadas também no
terreno da OFM, o que tenho certeza, muito contribuirá para torná-la mais madura,
mais conhecida e compreendida, menos
mistificada ou endeusada, menos privilégio de alguns “iniciados” nos seus meandros e labirintos.
Convoco portanto, todos aqueles que,
com seriedade, responsabilidade, e porque
não dizer ansiedade, desejem contribuir de
alguma forma, para o esclarecimento e o
engrandecimento da OFM, para que participem conosco deste esforço, que não tem
outro objetivo, que não a transmissão de
informação, conhecimento, sabedoria e
questionamentos, ligados à mesma.
Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial - V.4, Nº 3 - MAI./JUN. - 1999
1
Uma nova sessão na Revista
Dental Press de Ortodontia e
Ortopedia Facial
A partir do próximo número da Revista
Dental Press de Ortodontia e Ortopedia
Facial, será criada uma nova seção dedicada
à Ortopedia Funcional dos Maxilares (OFM)
por iniciativa de seu editor, Dr. Laurindo
Z. Furquim, com a anuência de seu Corpo
Editorial. Terei, após aceitar o honroso
convite deste importante veículo de divulgação da Odontologia brasileira, juntamente com a Dra. Edna Khoury, o privilégio e a oportunidade de coordenar nesta
seção, os esforços dos Ortopedistas Funcionais Brasileiros e estrangeiros, em divulgar, discutir, e informar, sempre com
discernimento e isenção, sustentado na
investigação criteriosa, clínica e de matéria
básica, o que pertinente for a esta instigante
área da Odontologia.
Parodiando um grande carnavalesco
carioca, diria que a Ortopedia Funcional
dos Maxilares “não é melhor nem pior que
a “ Ortodontia Clássica;” apenas diferente”. Diferente não por ser ou querer ser diferente, mas por apresentar princípios, características, bases operacionais e técnicas,
que em si não estão presentes em nenhum
outro campo da Odontologia. Sendo diferente, é preciso buscar conhecê-la melhor,
- Especialista em Ortodontia pelo
Conselho Federal de Odontologia.
- Fundador da Academia Brasileira de
Fisiopatologia Crânio-oro-cervical
01 – O que o Sr. pensa sobre o
emprego da Ortopedia Facial
para tratamento das Disfunções
de ATM e Dores Orofaciais? Con-
selho Editorial da Revista
A Ortopedia Funcional dos Maxilares tem
uma atuação muito favorável em várias alterações funcionais das ATMs e também em
vários tipos de Dores Orofaciais (DOF). Cerca de 60 a 90% das dores Orofaciais, variando de autor para autor este percentual, são
do tipo tensional, com algum envolvimento
muscular e/ou articular. Na OFM, busca-se
o tratamento das alterações de forma e função do Sistema Estomatognático (S.E.), através da Excitação Neural (Primeiro Princípio
da OFM. SIMÕES, WILMA A., 1974) ou seja,
através da produção de estímulos que venham a desencadear adaptações nos diversos componentes do S.E. Graças às várias
investigações feitas sobre a propriocepção
no S.E. em geral (MORIMOTO, T.; INOUE,
T.; MASUDA, Y.; NAGASHIMA, T., 1989)
(YAMAMURA, C.; KOSUGI, S.; ONO, K.;
SHIMADA, K., 1993) (JUCH, P.J.; VAN
WILLIGEN, J.D.; BROEKHUIJSEN, M.L.;
BALLINTIJN, C.M., 1984), e em especial à
Propriocepção Periodontal, hoje sabemos que
ao estimularmos, por exemplo os incisivos (KOHNO, 1993, 1995) (OSAKA 1990) , podemos interferir na atividade dos músculos
Masseter Superficial, Temporal (Anterior, Oblíquo e Posterior), Digástrico, Pterigoideo Lateral, Esternocleidomastóideo, Omohióideo,
etc.; MANNS, A.E.; GARCIA, C.; MIRALLES,
R.; BULL, R.; ROCABADO, M., (1991) demonstraram a importância da Propriocepção
Canina para o nível de atividade dos músculos elevadores da mandíbula; KARLSSON,
S.; MOLIN, M. (1995) demonstraram a variação da capacidade de discriminação
interdental quando se usa materiais restauradores não metálicos em dentes posteriores
e o que interfere no nível de atividade dos
músculos mastigatórios, etc. Portanto, é possível, através de estímulos adequados, produzidos por Aparelhos Ortopédicos Funcionais (AOFs), interferir especialmente nestes
quadros de disfunção com dor orofacial do
tipo tensional. Obviamente, não se pode esquecer dos outros mecanismos e processos,
bio-psico-sociais, envolvidos tanto nas DTM
quanto nas DOF, infelizmente ainda muito
pouco conhecidos, e que requerem uma ação
multi e interdisciplinar para obtenção de
resultados mais rápidos, seguros e estáveis,
com menor produção de efeitos colaterais
deletérios. Também nesta área estamos mais
para o “know how” do que para o “know
why”; sabemos mais ou menos “como”, mas
não o “porquê”. Mas chegaremos lá, com
trabalho sério, de investigação clínica e de
matéria básica.
02 - Como o Sr. encara a estabilidade no tratamento ortopédico facial? Conselho Editorial da Re-
vista
Na minha experiência pessoal, a estabilidade das alterações ortopédicas, produzidas por AOFs, é muito boa, especialmente quando estas são conseguidas em idades bem precoces. Creio serem as alterações
ortopédicas a base fundamental para o correto assentamento das peças dentárias, e
portanto indispensáveis na maioria dos tratamentos. E volto a insistir: são mais estáveis quanto mais precoces forem produzidas, se possível na infância, antes dos seis
anos de idade. Em breve publicarei, na Revista Dental Press, um artigo demonstrando a importância do crescimento craniofacial antes dos seis anos de idade. Citando
DAVID HAMILTON (1998): “Observar o paciente durante os seus anos de maior crescimento, com o intuito de realizar cirurgia
ortognática ou tratamento camuflagem em
uma idade tardia, não é a resposta”.
03 - Como o Sr. analisa a expansão rápida da maxila em
comparação com a expansão ortopédica facial? Conselho Editorial da
Revista
Realizei a Expansão Rápida da Maxila
(ERM) por vários anos, em muitos pacientes. Recordo-me de uma paciente, 32 anos,
cirurgiã dentista em Belo Horizonte, que
respondeu muito bem a este tratamento,
apesar da idade não muito favorável. Porém, o custo biológico me parece muito alto,
especialmente em crianças. Atualmente
emprego a ERM em raros casos. E veja
bem, ao fazer uma excitação de crescimento/desenvolvimento transversal da maxila, ortopédica funcional, onde o Aparelho
Ortopédico Funcional (AOF) atua por presença, sem entrar “apertado” ou inclinan-
Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial - V.4, Nº 3 - MAI./JUN. - 1999
do dentes, fazendo o papel da língua e dos
músculos peribucais e labiais, durante os
estágios iniciais de desenvolvimento em
uma criança, podemos obter algo como 1,5
a 2,0 milímetros de excitação transversal de
crescimento ao mês, sem qualquer dano ou
lesão às estruturas da maxila. Se levarmos
em conta o tempo necessário para promover e consolidar a “fratura” na sutura
mediana do palato (cerca de 6 meses), teremos o mesmo período de tratamento nas
duas técnicas. É muito importante aprender também com as patologias: veja o exemplo da Distrofia Muscular Progressiva
(Síndrome de Duchenne). A falta de
sincronia entre a perda da tonicidade e potência entre os músculos da língua, os
músculos peribucais e labiais, leva a formas de maxila e mandíbula extremamente largas (transversalmente aumentadas), em decorrência da atividade muscular alterada pela doença. Sugiro a leitura
de L. ECKARDT, (Facial structure and
functional findings in patients with
progressive muscular dystrophy . AJODO,
p.185-190, aug 1996). Na literatura estamos
informados que a Respiração Bucal, é capaz de alterar a forma do palato (Palato
Ogival); os mecanismos e processos que
levam à esta deformação, são basicamente
adaptativos (nos Sistema Nervoso, Muscular, Ósseo, Vascular, etc.), ou seja, músculos
controlados e trabalhando de maneira
alterada, levam à adaptações no âmbito do
S.E. (e outros sistemas), que fogem aos
padrões da normalidade, tanto do ponto de
vista morfológico quanto do ponto de vista
funcional. Se pudermos produzir e induzir
estímulos adequados, os mesmos mecanismos e processos que permitem a deformação, permitirão a “deformação da deformação inicial” (portanto, a correção morfo-funcional), recolocando o carro nos trilhos e permitindo que o próprio organismo se mantenha na faixa da normalidade, a partir de
estímulos corretos à manutenção da homeostase. O resultado é que as “Pontas de
Icebergs” (vulgo dentes), terão chance de
se apresentarem bem distribuídos para
ajudar o “resto do Sistema Estomatognático” a desempenhar as suas 26 funções
(KAWAMURA, 1985). Insisto mais uma vez:
é na infância, antes dos seis anos de idade, quando estes fatores etiológicos
2
epigenéticos têm maior poder de ação, que
as nossas terapêuticas poderão produzir
efeitos mais rápidos, estáveis e seguros, com
menor risco de efeitos colaterais deletérios.
Clássica, nas técnicas de Ricketts (Arco
Base, elásticos, etc.) e Straigh Wire (Curva
de Spee reversa, elásticos, etc.) ou mesmo a
Cirurgia Ortognática.
4 - Quais os meios que o Sr. utiliza para controle da dimensão
vertical durante o tratamento ortopédico facial? Conselho Editorial da
05 - Considerando que clínica e
cefalometricamente as respostas com uso de AOF são muito
semelhantes para padrões
rotacionais A e R da análise de
Lavergne-Petrovic, qual a sua
opinião com relação à tabela de
sugestões de tratamento apresentadas por esses autores? Con-
Revista
A OFM dispõe de vários recursos técnicos para gerenciar a dimensão vertical. Basicamente eles utilizam as Quatro Forças
Naturais (SIMÕES, WILMA A.,1985), a
saber: Crescimento e Desenvolvimento,
Erupção Dentária, Postura e Movimentos
de Língua, e Postura e Movimentos de Mandíbula. Mudanças de postura não são exclusividade da mandíbula; podem ser iniciadas a partir da língua, como nos AOFs
Simões Network 2 (SN2), e influir nas direções de crescimento, especialmente na mandíbula. Atuando também sobre a língua,
lábios, guiando a erupção dentária, etc.,
permite-se uma nova adaptação e compensações para a má-oclusão inicial, fechando as mordidas abertas. No extremo oposto AOFs que executam Mudança de Postura da mandíbula (2o Princípio da OFM) ou
estão associados a um acessório – o
Equiplan (Planas 1987 e 1992) - podendo
permitir a recuperação da dimensão vertical do paciente, reeducando a musculatura elevadora da mandíbula, para o nova
dimensão vertical criada pela orientação do
crescimento e da erupção dentária. É importante relembrar que os músculos
mastigatórios, elevadores da mandíbula,
intrínsecos e extrínsecos da língua, supra e
infra-hióideos, cervicais, etc., são músculos esqueléticos e portanto podem ser trabalhados em sua força e potência, tônus,
volume, etc. como fazem os Fisioterapeutas com os músculos esqueléticos de qualquer parte do corpo, ou as Fonoaudiólogas
com os músculos da língua, lábios, etc. O
Equiplan, além de diminuir o crescimento
dento-alveolar anterior e permitir o crescimento dento-alveolar posterior (não é extrusão dentária posterior, portanto), reeduca
os músculos elevadores, diminuindo sua
força, potência e tônus.
Em alguns casos, posso lançar mão
dos recursos tradicionais da Ortodontia
selho Editorial da Revista
A tabela com as sugestões para escolha de condutas terapêuticas, presente nas
publicações de PETROVIC, A.; STUTZMANN,
J. e LAVERGNE, J. , a partir dos Tipos
Rotacionais e Categorias Auxológicas, foi
desenvolvida pela equipe de ortodontistas
chefiada pelo Dr. LAVERGNE. O arsenal de
terapêuticas utilizado por aquela equipe,
difere daquela normalmente empregada
por mim. Desta maneira, não me sinto
capaz de criticar ou opinar sobre as recomendações terapêuticas presentes no referido trabalho. Gostaria de fazer apenas
um comentário. As reações dos padrões
rotacionais A e R (Anterior e Neutra), nem
sempre são semelhantes, seja com OFM seja
com Ortodontia. Podemos encontrar rotações Anteriores e Neutras em Categorias
Auxológicas diferentes, que reagem de maneira muito diferente. Por exemplo, o Tipo
Rotacional A2D, Categoria Auxológica 2,
tem uma resposta muito lenta a qualquer
tipo de tratamento. Já o Tipo Rotacional
A1D, Categoria Auxológica 5, tem alta capacidade de resposta. Interessante, é que o
aspecto da má-oclusão é muito semelhante
nos dois casos. Dentro do limite do meu conhecimento, é a única informação capaz de
diferenciar os indivíduos com características
de Rotação Anterior, que são “bons e maus
crescedores”. Se eu pudesse escolher, trataria apenas dos pacientes A1D, A1N, R1N,
R2D, P1N, Tipos Rotacionais mais favoráveis, falando de maneira geral.
6 - Em sua última entrevista para
a Revista Dental Press, o Dr.
Wieslander comenta sobre a utilização do monobloco como con-
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tenção no pós-tratamento precoce com o Aparelho de Herbst,
nas Classes II severas. A principal justificativa para este procedimento é que o Herbst, como
aparelho ortopédico mecânico,
devolve mais rapidamente à criança uma melhor condição estética e, a diminuição do overjet, a
protege contra traumas nos incisivos superiores. Qual a sua
opinião sobre o tratamento com
ortopedia mecânica em idades
precoces? Conselho Editorial da Revista
Alexandre Petrovic demonstrou em seres humanos, convém frisar (in Cranial
Growth Series, Univ. Michigan, 1990), que
é mais importante a Categoria Auxológica
do que o aspecto inicial da má-oclusão. As
Classes II severas, identificadas pela chave
de caninos e molares, overjet excessivo podem levar à falsas expectativas. Volto à resposta da pergunta anterior. Podemos encontrar dois indivíduos com sinais clínicos
de Classe II severa, porém com ótimo prognóstico para tratamento com Ortopedia,
seja Mecânica ou OFM. Por exemplo , os
Tipos Rotacionais A1D e A1N, ambos da
Categoria Auxológica 5, apresentam sinais
clínicos muito semelhantes ao Tipo
Rotacional A2D, que já tem prognóstico
muito menos favorável quanto à duração
do tratamento ativo. Respeito, embora não
faça uso, o emprego da Ortopedia Mecânica, como o Aparelho de Herbst, em idades
precoces. Porém, como também demonstrou Alexandre Petrovic (PETROVIC et al,
Revista Iber. Ortodoncia, abril/87), em nível molecular, o Aparelho de Herbst promove mais movimentos sagitais dos dentes
do que propriamente alterações ortopédicas. O uso do Monobloco como aparelho
de contenção foi iniciado na Europa no
princípio do século e se mostrou eficaz. Os
AOF são muito bem aceitos e também
muito eficazes na infância, antes dos 6
anos de idade, quando o nível de cooperação é excelente (Kiyak, H. A., 1997 e Tung,
1998). São a minha primeira opção para
tratamento, com aparelhos, na infância.
07 - Na sua interpretação da
Revisão da Teoria de Moss,
quais os aspectos mais impor3
tantes da investigação que dão
suporte científico para o que observamos na clínica ao trabalharmos com a OFM? Dra. Edna Araú-
jo Khoury
Este tema será muito discutido em breve nesta mesma revista, em duas edições,
quando o Dr. Melvin Moss responderá a
várias perguntas sobre o assunto, em entrevista recentemente formulada. Porém
gostaria de realçar que a Revisão da Hipótese da Matriz Funcional, publicada em
quatro números do AJODO (Julho a Outubro de 1997), traz um corpo enorme de
evidências, demonstrando a grande importância dos fatores epigenéticos na formação do Sistema Estomatognático. Investigações como a de CARVALHO, R.; SCOTT, J.
ELLIOT; BUMANN, AXEL; YEN, EDWIN
(1997, 1998) demonstram a grande
plasticidade dos tecidos duros, que são capazes de perceber as deformações a que são
submetidas (estímulos) e elaboram resposta
apropriada (Reabsorção, Manutenção ou
Formação da matriz extra-celular),
acionando o programa genético específico,
para reagir ao estímulo (deformação) percebido. Evidências de uma propriedade denominada Tensegridade, ou Estabilidade
Tensional (INGBER, DONALD E., 1995,
1998), onde os diversos componentes do
esqueleto celular, interferem na atividade dos
genes, que são estimulados a produzir respostas tão diversas quanto a apoptose (morte
celular) ou a divisão celular, a partir de deformações no citoesqueleto; a constatação
de que campos eletromagnéticos gerados durante a atividade muscular fisiológica, são
percebidos, na mesma freqüência, pelas células dos tecidos duros, enfim, um conjunto
de evidências muito grande e forte que dão
respaldo e sustentação no âmbito das matérias básicas, para vários fenômenos observados clinicamente quando se emprega a
OFM e Reabilitação Neuro-Oclusal. Quem
viver, lerá.
08 - Você poderia nos explicar
por que é importante o toque em
DA (Determinada Área) numa
MPT (Mudança de Postura Terapêutica)? Dra. Edna Araújo Khoury
Como vimos na resposta à primeira
pergunta, a Propriocepção Periodontal pode
desencadear uma série de eventos NeuroMusculares. O toque dos incisivos, superiores e inferiores, em posição de topo-atopo, é um potente inibidor da atividade
dos músculos elevadores da mandíbula, especialmente o Temporal Anterior, o Masseter
e o Pterigoideo Medial. Já o toque das faces
palatinas dos incisivos superiores com a
face vestibular dos incisivos inferiores, diminui a atividade dos músculos protrusores
da mandíbula e aumenta a atividade dos
músculos retrusores da mandíbula. Quando se faz uma MPT, com a AOF, buscando o
contato dos incisivos, um dos objetivos é
este: permitir uma diminuição da atividade
do Músculo Pterigoideo Lateral, feixe inferior, e ativar o Músculo Digástrico e Temporal Médio e Posterior, para permitir um
recuo da mandíbula. Porém, o AOF continua presente, e leva a mandíbula à frente
novamente - em um caso de Disto-oclusão
- Portanto, o toque dos incisivos, funciona
como se fosse um “relay” (interruptor) que
aumenta e diminui a atividade dos músculos que projetam e recuam a mandíbula,
ou que projetam e desviam a mandíbula,
em movimento latero-protrusivo. Este vaie-vem da mandíbula, ativa o fluxo
sangüíneo na região do coxim-retro-discal,
nas ATMs, o que ativa o metabolismo na
região da Cartilagem Condilar, cartilagem
secundária, local de adaptação, conforme
concordam os investigadores do crescimento craniofacial (Petrovic, Moss, Vardimond,
Graber, Voss, Rakosi, Enlow, etc.) e conforme descreve o Servo-Sistema de Petrovic e
Stutzmann. Este mecanismo está muito
claro em publicação de SIMÕES, WILMA A.
(1991); PETROVIC, ALEXANDRE e
STUTZMANN, JEANNE. A recomendação de
fazer o toque dos incisivos em Determinada Área (terço incisal por palatino superior
com terço incisal por vestibular inferior),
vem a partir da observação clínica de que
os resultados clínicos são mais rápidos naqueles indivíduos onde este toque foi conseguido (respeitando os limites fisiológicos
individuais para a mudança de postura
sagital, vertical e lateral da mandíbula). Em
breve, a partir de investigações em andamento, teremos o “know why”. Por enquanto temos “apenas” o “know how”,
resultado da observação clínica, de investigadores como a Dra. Wilma A. Simões.
Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial - V.4, Nº 3 - MAI./JUN. - 1999
09 - No sentido sagital a OFM
só é eficiente no retrognatismo
mandibular, ou também é eficiente no prognatismo maxilar?
Qual a principal diferença técnica para se trabalhar com essas duas má-oclusões? Dra. Edna
Araújo Khoury
Bastaria que a OFM fosse eficiente nos
casos de Retrognatismo Mandibular, que
representam cerca de 85% dos casos com
sinal clínico de Classe II de Angle, na faixa etária dos 9 aos 12 anos de idade
(MCNAMARA 1981, 1983, 1994). Na faixa etária dos 6 aos 9 anos, cerca de 95%
dos casos de Classe II de Angle (Sinal Clínico) se apresentam com Retrognatismo
Mandibular (YERKES, 1994). Por esta razão denominamos com freqüência “Disto-oclusão” os casos de Classe II de Angle.
Porém, como demonstrou WOODSIDE
(1998), a correção de uma má-oclusão
tipo “Classe II” não se faz somente à custa de crescimento mandibular. Há um efeito restritivo sobre o crescimento posteroanterior da maxila a partir da ação dos
músculos retrusores da mandíbula, que
são ativados quando da Mudança de Postura. Lembre-se que um AOF atua sempre
bimaxilarmente (2o Princípio da OFM) e
portanto está ancorado na Mandíbula e
na Maxila. Além disto, há remodelamento
dento-alveolar na maxila, na mandíbula,
reinserção de fibras musculares, etc. Este
efeito restritivo é a resposta para os casos
de Prognatismo Maxilar, muito menos
freqüentes conforme vimos acima, especialmente em idades menores. É preciso
levar em conta também, mais uma vez, a
Categoria Auxológica de cada paciente.
Um paciente com prognatismo maxilar,
pertencente a uma Categoria Auxológica
5 (alto potencial de crescimento na mandíbula), por exemplo, não deve ter uma
grande estimulação para o crescimento
mandibular. Neste caso, AOF menos elásticos (Bioplásticos) estariam mais indicados do que AOF muito elásticos (Bioelásticos). O grande atrativo para mim, entre
outras coisas, na OFM, é que é preciso
pensar. Não existe uma “Mecânica de classe II Padrão OFM”, nem um aparelho que
seja “tiro-e-queda” para esta ou aquela
má-oclusão. Cada paciente é um desafio,
4
cada caso é literalmente um caso. Precisamos pensar em cada indivíduo e propor
as suas:
a) necessidades de Excitação Neural
(Estímulos necessários)
b) estabelecer aquelas prioritárias (Estímulos Prioritários)
c) determinar as necessidades de Ancoragem
d) escolher (CRIAR, RECEITAR) o AOF
indicado para aquele paciente, naquela
etapa do tratamento, com os componentes de acordo com o observado nos itens
acima.
10 - Atualmente a OFM tem sido
muito importante nos tratamentos de DTM, em pacientes adultos. Na sua experiência clínica,
em quais problemas a OFM tem
sido mais eficiente? Dra. Edna Araú-
jo Khoury
O conceito de DTM varia muito na literatura. Para alguns, ruído articular é
sinal de disfunção; para outros não.
Abrasão dentária idem. Outros acreditam
que só exista disfunção quando há dor.
No conceito mais amplo de Disfunção e
Dor, eu diria, como disse na resposta à
primeira pergunta, que a OFM pode ajudar e tratar, não só adultos mas também
crianças e adolescentes. Já a eliminação
de ruído articular e a recaptura de disco
articular, na minha experiência, são muito difíceis de serem alcançados, com OFM
ou qualquer outra terapêutica de meu conhecimento e domínio. Dores do tipo
tensional, parafunções do tipo bruxismo
(frendor), briquismo, etc. são muito bem
gerenciadas com a OFM, associada à Fisioterapia, Fonoaudiologia, Neurologia,
Medicina Geral, etc. O enfoque multi e
interdisciplinar é muito salutar. Os princípios, mecanismos e processos da OFM
para os casos de DTM e DOF são praticamente os mesmos daqueles presentes no
tratamento e prevenção de má-oclusões:
estímulo adequado para se obter a adaptação desejada (neuro-muscular, óssea,
articular, vascular, etc.)
Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial - V.4, Nº 3 - MAI./JUN. - 1999
11 - Qual a importância do Novo
Conceito de Extração Seriada e
sua aplicação em OFM? Dra. Edna
Araújo Khoury
O Novo Conceito de Extração Seriada
(NCES) foi desenvolvido pela Dra. Wilma
Alexandre Simões e propõe o uso de exodontias de dentes temporários, para interferir na seqüência, velocidade e direção de
erupção de dentes permanentes. Não é utilizado para criar espaços, como no Velho
Conceito de Extração Seriada. Os dentes
temporários são extraídos para dar lugar tão
somente ao permanente correspondente.
Nos casos indicados, com curvas erupção de
dentes permanentes alteradas, interrompidas, ou entrelaçadas, faz-se a exodontia do
dente temporário correspondente ao dente
permanente mais próximo do Plano Oclusal,
com o intuito de acelerar sua erupção e liberar
o corredor de erupção dos outros dentes. Sugiro a leitura do livro da Dra. Wilma Simões
para maiores e melhores informações. É um
recurso terapêutico muito eficaz, a que recorro sempre que necessário.
5
Motricidade Oral? Conselho Editori-
01 - Quais são os campos de atuação do fonoaudiólogo ? Conselho
Editorial da Revista
A Fonoaudiologia é a ciência que estuda e atua com a comunicação, seja esta
oral ou escrita. Nossa área abrange diversos campos de atuação relativos à linguagem e seus problemas. Recentemente, a
partir de 1995, foram oficializadas quatro
especialidades profissionais: Audiologia,
Linguagem, Voz e Motricidade Oral. Estas
especialidades ainda são poucas diante da
ampla possibilidade de atuação do fonoaudiólogo. Situo-me no campo da Motricidade Oral , sendo este o que relaciona-se com
a área odontológica.
02 - Qual é a formação necessária para tornar-se um especialista e qual a importância
desta formação? Conselho Editorial
da Revista
Para tornar-se especialista é necessário cursar os cursos de Especialização que
sejam regulares junto ao Conselho Federal de Fonoaudiologia, pois é este quem
fornece o “Título de Especialista” em âmbito profissional. São cursos com duração mínima de 500 horas, voltadas para
o campo escolhido. É esta a principal importância desta formação: fazer com que
os profissionais deixem de ser generalistas
e tenham um aprofundamento científico
para o desempenho de sua atividade profissional clínica, com mais instrumentos
que possibilitem um melhor diagnóstico
e terapêutica.
Acredito que a formação de um profissional não termina nunca; o importante é
que ele esteja continuamente desenvolvendo seu aprimoramento profissional, melhorando sua atuação clínica e/ou docente. Por
isso, temos lutado para que o fonoaudiólogo desenvolva pesquisas em nossa área e
mantenha-se vinculado aos novos caminhos que constantemente surgem.
03 - Qual é o papel do fonoaudiólogo no campo da Motricidade Oral? Conselho Editorial da Revista
Nosso objetivo maior é o restabelecimento das funções estomatognáticas; respiração, sucção, mastigação, deglutição e
articulação da fala. Nossa atuação pode
Esther Mandelbaum
Gonçalves Bianchini
- Especialista em Motricidade Oral
pelo Conselho Federal de
Fonoaudiologia
- Mestre em Fonoaudiologia pela
Pontifícia Universidade Católica
de São Paulo
ser no sentido de prevenir problemas, reabilitar funções ou até dar condições para
que estas funções ocorram mesmo na eminência de grandes modificações estruturais. Atuamos com indivíduos com ou sem
alterações anatômicas, assim sendo nossos objetivos modificam-se diante das possibilidades de cada um.
Nosso papel envolve a realização de
diagnóstico das alterações miofuncionais
orais, encaminhamentos para profissionais
de áreas afins que possam ser necessários,
elaboração de plano terapêutico e efetivação
do tratamento fonoaudiológico.
04 - Quais são as áreas afins
que mais se relacionam ao campo da Motricidade Oral? Conselho
Editorial da Revista
Em decorrência da mútua preocupação com o Sistema Estomatognático, a
Odontologia, mais especificamente a Ortodontia, Ortopedia Funcional dos Maxilares
e Cirurgia Maxilo-facial possuem uma estreita relação com a Fonoaudiologia voltada à Motricidade Oral. Na realidade, quando se pretende tratar de alterações da postura bucal, da respiração, deglutição e fala,
muitos caminhos se entrelaçam envolvendo profissionais também da Medicina como
Otorrinolaringologistas, Neurologistas,
Oncologistas e Cirurgiões, entre outros.
05 - Quem são os pacientes do
fonoaudiólogo que atua com a
Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial - V.4, Nº 3 - MAI./JUN. - 1999
al da Revista
Atuamos com maior freqüência associados a trabalhos realizados pela ortodontia de maneira geral e mais recentemente
pela ortopedia funcional dos maxilares. Os
ortodontistas ao constatarem alterações
funcionais orais, como por exemplo
interposição lingual em repouso e
deglutição, que dificultam seu tratamento, ou na intenção de conseguir maior estabilidade de sua terapêutica, costumam
encaminhar tais pacientes para uma avaliação fonoaudiológica. O mesmo costuma ocorrer nos casos de pacientes que serão ou que já foram submetidos à cirurgia
ortognática. Atuamos muito com portadores de distorções ou alterações da fala e
com os pacientes respiradores bucais. Especialmente nestes casos a integração profissional é fundamental.
Atualmente recebemos também pacientes em tratamento odontológico devido às
disfunções da ATM. Nestes casos nossa ajuda é ainda limitada, porém temos desenvolvido trabalhos bastante significativos
que tem auxiliado no tratamento deste problema.
Trabalhamos ainda com reabilitação de
pacientes com alterações anatômicas como
os fissurados, pacientes submetidos à
ressecção e radioterapia, pacientes
traumatizados e com paralisia facial. Nosso trabalho também tem se mostrado efetivo quanto aos problemas do idoso e de
doenças degenerativas. Nossa atuação tem
se diversificado e encontramos fonoaudiólogos em hospitais atuando com neonatos
de alto risco e com pacientes disfágicos.
06 - Qual a melhor época do tratamento ortodôntico para se encaminhar o paciente para um
tratamento fonoaudiológico?
Conselho Editorial da Revista
É muito difícil responder a esta pergunta, assim como é difícil dizer qual é a
melhor idade para se realizar o trabalho
fonoaudiológico. Temos investido muitos
dos nossos estudos e pesquisas em diagnóstico fonoaudiológico e quanto mais estudamos, maior certeza temos de que o
que guia a terapêutica fonoaudiológica e
conseqüentemente a melhor época para
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que ela ocorra é a natureza do problema. Existem casos em que a morfologia
alterada é que está determinando a modificação da funcionalidade oral. Nessa
situação torna-se necessária a intervenção ortodôntica ou ortopédica prévia ao
trabalho fonoaudiológico. Por outro
lado, constatam-se situações funcionais
que agravam ou até mesmo determinam
modificações dentárias e por vezes esqueléticas. Estes pacientes necessitam de
intervenção fonoaudiológica antes ou
durante a terapêutica ortodôntica. Nos
casos cirúrgicos nossa atuação é principalmente após o reposicionamento das
bases ósseas, porém existem pacientes
que se beneficiam com as orientações e
trabalho proprioceptivo prévio.
Nossa intenção é conseguir realizar o
diagnóstico precocemente, ou seja, o paciente deve ser encaminhado para avaliação assim que for constatada alguma alteração miofuncional oral. Após o diagnóstico deverá ser estabelecida a melhor época
para o trabalho fonoaudiológico.
07 - Por falar em estudos e pesquisas, como estas tem sido realizadas e como se pode ter acesso a elas? Conselho Editorial da Revista
Dr. Adilson Luiz
Ramos
Dr. Hélio Hissashi
Terada
Dr. Laurindo Zanco
Furquim
- Membro do Conselho
Consultivo da Revista
Dental Press.
- Mestre em Ortodontia pela
Faculdade de Odontologia
de Bauru - USP
- Professor de Ortodontia do Departamento
de Odontologia da UEM/PR.
- Coordenador do I Curso de Aperfeiçoamento em Ortodontia promovido pelo
Instituto de Pesquisas Odontológicas, em
convênio com a UEM/PR.
- Coordenador do II Curso de Especialização de Ortodontia promovido pela Assoc.
Maringaense de Odontologia (Regional
ABO - Maringá).
- Membro do Conselho
Consultivo da Revista
Dental Press.
- Mestre e Doutorando em
Ortodontia pela Faculdade
de Odontologia de Araraquara - UNESP.
- Professor assistente do Departamento de
Odontologia da UEM/PR.
- Professor do Curso de Especialização em
Ortodontia promovido pela AMO-ABO.
- Ortodontista da Associação de Apoio ao
Fissurado de Maringá.
- Editor Científico da Revista Dental Press.
- Especialista em Ortodontia pela PROFIS (Sociedade de Promoção do
Fissurado Lábio Palatal) Bauru/SP,
- Professor do I e II Curso de Pós-Graduação (Latu Sensu) em Odontologia, Especialização em Ortodontia pela Associação
Maringaense de Odontologia - Maringá/
PR, desde março de 1995.
- Professor da cadeira de Ortodontia da
Universidade Estadual de Maringá.
- Autor do 1º Dicionário Ilustrado de Ortodontia, editado pela Livraria e Editora
Santos, que reúne mais de 180 páginas
de conceitos e definições na ortodontia.
Dra. Rosely Suguino
Dra. Edna Araújo
Khoury
- Membro do Conselho
Consultivo da Revista
Dental Press.
- Especialista em Ortodontia pela AMO.
- Responsável pelo setor de
Cefalometria, Documentação Ortodôntica
e Assistente da Clínica Ortodôntica Dr.
Laurindo Furquim.
Este tem sido um ponto muito importante para o fonoaudiólogo neste momento. Acredito que o intercâmbio de informações científicas entre as áreas correlatas é
que traz respeito e credibilidade para com
os trabalhos realizados. O aprimoramento
técnico-científico dos fonoaudiólogos conseguido por meio de educação continuada
tem possibilitado o desenvolvimento de pesquisas. Estas estão sendo realizadas junto
aos cursos de Pós-graduação Lato Sensu e/
ou Estrito Sensu, e por iniciativa própria
em vários centros interdisciplinares.
A divulgação destes trabalhos tem sido
viabilizada principalmente por meio de publicações em periódicos tanto da área
fonoaudiológica quanto de áreas afins.
Para isso contamos com a abertura de espaços em revistas de grande circulação
como esta que oferece agora uma seção
fonoaudiológica que muito nos orgulha.
- Cirurgiã dentista formada
pela UEL - Universidade
Estadual de Londrina em
1984.
- Atividade profissional
exclusivamente clínica, na área de Ortopedia Funcional dos Maxilares e Ortodontia.
Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial - V.4, Nº 3 - MAI./JUN. - 1999
Neste caso parece-me ainda mais interessante por tratar-se de uma revista que irá
atingir tanto dentistas quanto fonoaudiólogos, intensificando nosso vínculo e a troca
de dados.
08 - O que o fonoaudiólogo deve
fazer para ter seu trabalho publicado nesta revista? Conselho
Editorial da Revista
Solicitamos aos profissionais que tenham desenvolvido algum trabalho de investigação científica, relatos de casos clínicos ou de técnicas terapêuticas, que enviem sua produção para o Corpo Editorial
desta revista para apreciação, aprovação e
posterior publicação. As normas para publicação dos trabalhos fonoaudiológicos
encontram-se na pg. 98 da revista. Este
procedimento está também sendo divulgado por meio do jornal do Conselho Regional de Fonoaudiologia - 2ª região, com o
intuito de informar a todos os fonoaudiólogos da região desta nova possibilidade de
publicação e aprimoramento.
O Conselho Editorial da Revista Dental Press agradece à Dra.
Edna Araújo Khoury por esta participação na Seção Fórum, representando mais uma colaboração à
ciência ortodôntica e engrandecendo a qualidade da informação
para nossos leitores.
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Entrevista com Dr. Marcos Nadler Gribel