CRESCIMENTO FETAL: Assistência
imediata ao recém-nascido
Paulo R. Margotto
Escola Superior de Ciências da
Saúde/ESCS/SES/DF
Ecografia 4D
www.paulomargotto.com.br
13/5/2011
CRESCIMENTO FETAL
 Fatores Interferentes no Crescimento
Peso de Nascimento materno
- Mãe com restrição crescimento intra-útero ( RCIU)
maior risco de RN com RCIU ( 4,24 – 4,75 )
- Há um efeito intergeração no peso ao nascer transmitido pela mãe
( irmãs X esposas dos irmãos )
- Análise de nascimentos após doação de ovos
Doador X Receptor
o ambiente da mãe foi mais importante
- Criopreservação de embriões : Não afeta o
crescimento fetal e pós – natal
Crescimento Intra-uterino-Tese de
Doutorado (CLAP/OMS/OPS)
Autor (s): Paulo R. Margotto
Klebanoff,(1987, 1997 ) ; Brooks ( 1995);
Wennerholn ( 1998 ) ; Johnstone ( 1974)
CRESCIMENTO FETAL
 Fatores Interferentes no Crescimento
 Altitude :
- A alta altitude reduz o peso ao nascer
- 2000 m X nível do mar : 2 X risco do baixo peso
causa : deficiente oxigenação arterial materna
 Estatura Materna
- Não influencia o peso ao nascer
- ( mulher alta – RN pesado : devido ao seu maior peso
- R = 0,04 ( explica o peso ao nascer 0,16 % )
Margotto, PR - ESCS
Yip ( 1987), Moore ( 1982),
Ciari ( 1975 ) , Margotto( 1991 )
CRESCIMENTO FETAL
 Fatores Interferentes no Crescimento
 Idade Materna :
- Idade de maior capacidade biológica : 20 – 35 anos
* < 18 anos : toxemia, prematuridade, asfixia, distorcia
( Verdadeira competição materno fetal de nutrientes )
* > 35 anos : hipertensão, nefropatia,, malformações fetais
- Período reprodutivo iniciado na adolescência grande risco
de RN subseqüente de baixo peso
Margotto, PR - ESCS
Papaevaugelau ( 1973) Arias ( 1984 )
VarderBerg ( 1966 )
CRESCIMENTO FETAL
 Peso Materno:
- Peso materno e seu aumento na gravidez relacionam-se
com o peso ao nascer
- Expressão do máximo crescimento fetal: aumento da
massa corporal da mulher em 20% ( 12kg)
- Deficiente ganho de peso entre 28 – 32 sem  predicção
do RCIU
- R = 0,22 ( o peso materno explicou 5% o peso do RN)
Margotto, PR - ESCS
Pohland, 1989
Abranis, 1995
Lawton, 1988
Margotto, 1991
CRESCIMENTO FETAL
 Fatores Interferentes no Crescimento
 Condições sócio-econômicas :
- Classes sócio-econômicas mais baixas
hábitos alimentares, qualidade nutrição,
baixa escolaridade
pré-natal inadequado, fumo
- Renda familiar < 1 sal. Mínimo :
RR = 2 X baixo peso RA = 18,4%
Margotto, PR - ESCS
RN de menor
Peso
Pohland, 1989; Lawton, 1988;
Abranis, 1995; Margotto, 1991
CRESCIMENTO FETAL
 Fatores Interferentes no Crescimento
 Intervalo Intergenésico :
- Pequeno intervalo ( < 6 meses ) e grande intervalo
( > 6 anos ) aumenta o risco de RN baixo peso.
 Paridade:
- A multiparidade favorece o crescimento fetal
(mães > 20 – 24 anos )
- Explicações: sensibilização da mãe pelos Ag do Pai
( no feto)
- Maiores níveis de glicose materna
Margotto, PR - ESCS
Warburton (1971), Page ( 1969 ),
Petros – Barvazian , (1973 )
CRESCIMENTO FETAL

Fatores Interferentes no Crescimento
 História reprodutiva :
- Risco de aborto prévio e baixo peso :OR (Odds ratio) : 1,34 a
1,71
- Natimorto: Risco maior de RN baixo peso
persistência da patologia causal
- RN anterior de baixo peso : 4 – 5 X risco de RN de baixo peso
Margotto, PR - ESCS
Papaevaugelau ( 1973) Arias ( 1984 )
VarderBerg ( 1966 )
CRESCIMENTO FETAL
 Fatores Interferentes no Crescimento
 Pré-Natal
- Ausência de pré-natal : OR = 2,78 a 4,92 ( < 2500g )
OR = 6,19 a 15,65 ( < 1500 g )
- Pré – natal inadequado
adequado : redução
de RN de baixo peso em 71% ( branco ) e 38% ( negros )
O não reconhecimento dos fatores interferentes
Margotto, PR - ESCS
Vander Berg ( 1966), Bellwicz ( 1973)
Eisser ( 1979 ) Murray ( 1988)
CRESCIMENTO FETAL

Fatores Interferentes no Crescimento
 Hábito de fumar
- a diferença de peso entre os RN de mães
fumantes X não fumantes : 420 g a menos ( fumantes )
- O risco para a baixo peso duplica, independente de classe
- Aumento da prematuridade
- Menor estatura / menor capacidade leitura ( 7 anos )
- Modificação do crescimento pulmonar fetal
( redução do no de alvéolos )
Causa : redução na capacidade de carrear O2 ( fumantes )
Efeito da nicotina : supressão resp.fetal
Margotto, PR - ESCS
Sprauve (1999); Belitzky ( 1987); Ubrich ( 1982)
Butter( 1973); Collins ( 1985); Abdul – Karin ( 1974 )
CRESCIMENTO FETAL

Determinantes do peso ao nascer
 Materna :
- Primigrávidas :
Ganho de Peso
nº de cigarros / dia
peso pré-gravídica
- Multíparas :
Peso de nascimento do último irmão
n º de cigarros dia
ganho de peso
peso pré – gravídica
Anderson, 1984
Margotto, PR - ESCS
CRESCIMENTO FETAL

- Para todas :
- Brasil :
Margotto, PR - ESCS
Determinantes do peso ao nascer
 Materna :
nº de cigarros / dia
peso pré-gravídica
ganho de peso
RA : 17,81
RA : 11,6%
RA : 14,8%
RA : 11,6%
( baixo peso materno )
( baixa educação materna )
( fumante )
( inadequado pré-natal )
Andreson, 1984
Ferraz, 1990
CRESCIMENTO FETAL

Fatores interferentes
 Patologias Maternos
- Distúrbios Hipertensivos:
Pré-eclampsia/eclampsia : restrição do crescimento fetal
OR : 1,97 OR : 1,95
Isquemia útero – placentária
- Diabetes ( Classe D e F )
Restrição do crescimento fetal predispõe a malformações
18 % X 3,3 %
Fator subjacente para dismorfogênese
Margotto, PR - ESCS
Pederoen, 1981
Xiong, 1999
CRESCIMENTO FETAL
 Determinantes do peso ao nascer
 Placenta Prévia
- 297 casos: a restrição do crescimento fetal : 17,5%
Segmento inferior menos vascular
Mais aderências com áreas de fibrose
Sangramento 1º trimestre separação parcial   superf.de
troca
-
Drogas
Etanol, hidantóina, prednisona, heroína,
Sind. Fetal alcoólica
Aos 10 anos , a maioria < P 3 na estatura / idade
Peso ao nascer reduzido em até 1200 g Khegman, 1983 ; Keiser, 1984
Margotto, PR - ESCS
Rodrigues, 1981
CRESCIMENTO FETAL
 Determinantes do peso ao nascer
 Fatores Fetais
Infecções congênitas
Rubéola
RCIU : 50 – 85 % da clínica
- Inibição da divisão celular
- maior percentagem de quebras cromossômicas
Citomegalia
RCIU : 21 – 50 %
- Efeito citopático do vírus
- Citólise / perda funcional celular
Margotto, PR - ESCS
Williams, 2001; Tonelli, 1985
Baue, 1969; Alford, 1990
CRESCIMENTO FETAL
 Determinantes do peso ao nascer
 Fatores Fetais
- Sexo:
Maior tendência ao crescimento da cabeça
( efeito de hormônios testiculares nas estruturas cerebrais ) :
10 – 18 sem / multiplicação neuronal (altos níveis de
testosterona)
- Consangüinidade :
A antropometria do RN aumenta na proporção direta das
distâncias de local nascimento dos pais
Efeito da exogamia no aumento de peso ao nascer
genes recessivos
RCIU
Margotto, PR - ESCS
Ramos, 1986; Silbert, 1969
Margotto, 1995
CRESCIMENTO FETAL
 Determinantes do peso ao nascer
 Fatores Fetais
Anomalias congênitas
Fetos com trissomias
RCIU : nº reduzido de artérias musculares
no tronco viloso 3º ( placenta)
crescimento e diferenciação celulares anormais
Trissomia do 18 ( Edwards) : severo RCIU
Trissomia do 13 ( Patau ) : RCIU não tão severa
RCIU : distúrbios secundário
pode predispor a malformação
pode coexistir ( fatores etiológicos comuns )
Margotto, PR - ESCS
Williams, 2001
Khoury, 1988
CRESCIMENTO FETAL
 Determinantes do peso ao nascer
 Fatores Fetais
Gemelaridade
- a diferença do peso ocorre a partir da 30ª sem
- a incidência de baixo peso : 8 X ( < 1500 g : 10 X )
gêmeos monocorônicos
gêmeos monozigóticos
- pico da média de peso : 37 – 38 sem
- o sistema útero- placentário suporta crescimento normal
de um peso de 3000 g ( 1500 g cada )
com 1 ano de idade
peso equivalente ao único
Margotto, PR - ESCS
Kliegman,1997;Mc Culloch,1988
Naeye,1966; Ghai, 1988;
Gruenwald,1970 ; Min, 2000
CRESCIMENTO FETAL

 Macrossomia :
-
Determinantes do peso ao nascer
fetos e RN muito grandes
4000 g / > percentil 90
1979: 7300g
1879: 10000g
Peso de 6000g : 1 / 200000 nasc.
Peso > 5000g : 1 – 2 / 10000 – 1900
Parkland
15 / 10000 – 1999
Hospital
Fatores : em 40 % dos casos
Diabetes materno ( 6% )
Obesidade materno ( mãe c/136 kg): 30% macrossômicos
Multiparidade
Prévio RN > 4000 g
Margotto, PR - ESCS
Williams, 2000
CRESCIMENTO E
DESENVOLVIMENTO FETAL
 Crescimento da Placenta
Significado perinatal do peso da placenta
Margotto, PR - ESCS
Autor (s): Paulo R. Margotto
CRESCIMENTO E
DESENVOLVIMENTO FETAL
-
 Crescimento da placenta
Crescimento placentário > crescimento fetal até 16 ª sem.
Crescimento máximo do feto : 25ª - 37 – 38 ª sem
Sofre modificações de fatores intrínsecos e extrínsecos
Importância crescimento da placenta
Discrepância entre peso placenta e peso do RN
RCIU s/malformações : placenta pequena ( insuf.placentária)
RCIU c/ malformações : placenta de peso normal
RCIU c/ infecção perinatal crônica : placenta grande
Margotto, PR - ESCS
Gruenwald, 1960; Naraujo, 1979;
Philippe, 1985; Winick, 1967
Battaglia, 1970
CRESCIMENTO FETAL
Não sabe que dentro em breve abandonará
a placidez de sua “casa” para passar por uma
das experiências mais traumáticas
de sua vida: o nascimento.
Assistência ao Recém–Nascido
Nascer é prejudicial à saúde, porque
não há no mundo nenhum ambiente
mais controlado e confortável do
que o útero materno. Mas como
viver é um risco inevitável e
necessário, é bom saber que tem
gente empenhada em
garantir maior qualidade ao
nascimento e à vida.
Jucille Menezes, 2011
Assistência ao Recém–Nascido
Jucille Menezes, 2011
Jucille Menezes, 2011
Incentivar o Aleitamento Materno em Sala de Par
Jucille Menezes, 2011
Jucille Menezes, 2011
Assistência ao Recém–Nascido
Margotto PR
Jucille Menezes, 2011
Jucille Menezes, 2011
Jucille Menezes, 2011
Jucille Menezes, 2011
Ar Ambiente X O2 a 100%
Jucille Menezes, 2011
Jucille Menezes, 2011
Jucille Menezes, 2011
INDICAÇÕES de Intubacao Traqueal
Jucille Menezes, 2011
Jucille Menezes, 2011
Jucille Menezes, 2011
Jucille Menezes, 2011
Massagem Cardiaca
Jucille Menezes, 2011
Drogas na Reanimacao
Jucille Menezes, 2011
Medicações
• Adrenalina –1:10.000 (diluir 1:9)
• Expansores de volume: SF ou Ringer
lactato
Jucille Menezes, 2011
Adrenalina
• Dose: 0,1-0,3 mL/kg/dose da solução a
1/10.000 (0,01 – 0,03 mg/kg)-diluição em soro
fisiológico e NÃO EM ÁGUA DESTILADA
por via endotraqueal (UMA ÚNICA VEZ) e a
seguir, se necessário, endovenosa
(0,1 a 0,3 mL/kgdose)
•
Jucille Menezes, 2011
Expansores de volume
• Solução fisiológica ou Ringer lactato
• Volume: 10ml/kg em 5 a 10 minutos
• Veia umbilical
Jucille Menezes, 2011
REANIMAÇÃO PROLONGADA
Na reanimação prolongada, verificar
sempre a efetividade das técnicas. Se o RN
persistir ruim, considerar malformações de
vias aéreas, pulmonares, pneumotórax, hérnia
diafragmática, cardiopatia congênita.
APÓS 10 MINUTOS DE ASSISTOLIA
COM A REANIMAÇÃO COMPLETA E
BEM FEITA, INTERROMPER A
REANIMAÇÃO.
Jucille Menezes, 2011
NASCIMENTO
4 perguntas
30 seg.
PASSOS INICIAIS
R. Irregular/ausente ou FC<100
VPP com B&M
RN não melhorou
30 seg.
VPP com B&CET
FC<60 bpm
Massagem Cardíaca
30 seg.
Jucille Menezes, 2011
FC<60 bpm
Medicações
Adrenalina e
Expansor de volume
Jucille Menezes, 2011
Assistência ao Recém–Nascido
Logo após após a assistência imediata
• Manter o RN em ambiente aquecido
( estabilização da temperatura )
• Observar ritmo respiratório, palidez, cianose, tremores,
gemidos, hipo e hipertermia, malformações, tipo de
choro, etc
• Vitamina K -1mg -IM
(prevenção da doença hemorrágica)
• Nitrato de Prata 1% ( 1 gota em cada olho)
(prevenção da gonococcia)
• Engerix B – 0,5 ml- IM
(prevenção da hepatite Virus B)
Margotto, PR. Unid Neonatol HRAS/ESCS
Assistência ao Recém–Nascido
Logo após após a assistência imediata
• Peso, Comprimento, Perímetro cefálico e peso da
placenta
• Classificar o RN e Placenta
• Estimar o risco de patologia
–
-
RN PIG / GIG Fitas reagentes – glicemia
Sorologia para infecção perinatal crônica ( RN PIG)
Exame físico Completo
Detectar anormalidades anatômicas
Determinar o estado de saúde do RN
Diminuir o máximo período de separação mãe – RN
Margotto, PR. Unid Neonatol HRAS/ESCS
PREMATURIDADE EXTREMA:<28 semanas
PREMATURO TARDIO:34 a 36semanas 6dias
HRAS/2011
*
Margotto, PR,
Pimentel, Rugolo,Margotto, 2011
PREMATURIDADE EXTREMA
-Marlow et al (2005):
Prognóstico aos 6 anos de RN ≤ 25
 Prematuridade Extrema: um dilema continuo
-
Controle : RN Termo
Marlow Grupo
et al (2005):
Taxa
de
na
alta
desabilidade
Taxa
de6 sobrevivência
sobrevivência
na
alta
com
desabilidade
Prognóstico
aos
anos
de RN ≤ 25
sem
Grupocom
Controle
: RNT
22
22 sem
sem
1%
1%
100%
100%
23
23 sem
sem
11%
11%
99%
99%
24
24 sem
sem
26%
26%
97%
97%
25
25 sem
sem
44%
44%
92%
92%
Dados mais novos disponíveis e relevantes para a prática obstétrica e
cuidado intensivo neonatal
Provê informação crítica necessária na tomada de decisão
Margotto PR (ESCS)
PREMATURIDADE EXTREMA
Prematuridade Extrema: um dilema continuo
- RN 22 – 25 semanas
-
Respiram através de bronquíolos terminais
Alto risco para lesão cerebral:
Hipoxia
Isquemia
Desnutrição
Sepse
Cascata de eventos
Hemorragia Cerebral – lesão na subst. Branca (LPV/VM)
Deficiente desenvolvimento neuro comportamental
Margotto PR (ESCS)
Vohr, Allen, 2005
PREMATURIDADE EXTREMA
• Recomendação:
•-< 23 seman : Não são Reanimados – Conforto
• -24 -25 seman : Depende:
•
Resposta a Reanimação Inicial/Estabilização
•
Se na UTI: CPAP Nasal
• - >= 26 seman : Reanimar sempre
A Sala de Parto é o local mais inadequado para decidir.
Dê ao RN o benefício da dúvida
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ALEITAMENTO MATERNO
Anatomia da Mama
Partes da mama envolvidas na lactação
A produção do leite materno
• Durante a gravidez – 2º trimestre –
tecido glandular das mamas inicia a
produção do colostro.
• Estrógeno e progesterona impedem que
a mama produza quantidades maiores de
leite.
• 30 a 40 horas após o parto o nível dos
hormônios placentários caem
aumento da produção láctea.
• Prolactina e ocitocina aumentam no
final da gravidez e após sucção do bebê.
Prolactina
• Estimula os alvéolos a produzirem leite
• Pode fazer a mãe sentir-se relaxada
• Seus níveis devem ser mantidos altos
para que os alvéolos produzam leite
• 20 min. após a sucção
aumenta o
nível iniciando a produção para a
próxima mamada
• Retirada ineficiente do leite em certa
parte da mama, interrompe sua
produção nesta região (acúmulo de
peptídeos inibidores).
Como manter elevado o nível de
prolactina
• Manter uma boa pega do bebê ao seio
• Não usar bicos
• Amamentar o bebê sempre que ele
quiser
• Deixar que ele mame durante o tempo
que desejar
• As mamadas noturnas aumentam a
produção de prolactina.
Ocitocina
Estimula contração
das cel. alveolares
(mioepiteliais).
Descida do leite até
os ductos lactíferos
onde fica disponível.
Reflexo de ejeção
ou descida do leite
*Pós- parto imediato
ejeção pode provocar contrações
* O ritmo da sucção do bebê muda: rápido
profundo lento
regular
A liberação da ocitocina pode ser
temporariamente diminuída pelos
seguintes fatores:
• Dor (fissuras nos mamilos, incisão
cirúrgica)
• Estresse, dúvidas, vergonha ou
ansiedade
• Nicotina, álcool ou alguns
medicamentos.
Como estabelecer uma boa comunicação com a
mãe.
•
•
•
•
Sentar-se no mesmo
nível e perto da mãe ao
falar com ela
Ajuda-la a expressar
seus sentimentos
Evite palavras que
sugiram julgamento,
problemas ou
dificuldades
Colha informações da
mãe que lhe permitam
ter uma noção de seus
sentimentos e crenças
•
•
•
•
Escute mais e fale
menos. Não faça muitas
perguntas diretas
Faça a mãe sentir que
você se interessa por
ela e a aprova
Oriente a mãe e
ofereça-lhe poucas
informações relevantes
Faça o
acompanhamento da
mãe e, se possível,
encaminhe-a a um
grupo de apoio.
Como ajudar a mãe a amamentar
•
•
•
•
Mantenha bebê e mãe
juntos desde o
nascimento
Oferecer-se para ajudar
a mãe a amamentar
durante as primeiras
mamadas
Ajude-a a aprender a
responder às
necessidades do bebê
Se o bebê estiver
sonolento demais para
mamar, tente acorda-lo,
espere um pouco e
tente novamente.
• Não limite de forma
alguma a freqüência e
duração das mamadas
• Se a mãe sentir dores
durante uma mamada,
verifique e corrija a pega.
• Oriente a mãe a deixar o
bebê largar o peito
espontaneamente.
Avaliação da Idade Gestacional
Objetivo
• Avaliar o risco de morbi-mortalidade afim de
proporcionar assistência adequada
• Identificar e facilitar reconhecimento do RN
quanto a relação entre seu peso de nascimento e
idade gestacional para avaliar seu crescimento e
desenvolvimento intra-uterino.
Avaliação da Idade Gestacional
Autor(es): Paulo R. Margotto / Alessandra de
Cássia Gonçalves Moreira
Margotto, PR. Unid Neonatol HRAS/ESCS
Assistência ao Recém–Nascido
Avaliação da Idade Gestacional
Peso / Idade Gestacional (IG)
• Estima-se o risco de patologia / morte
• IG: Concepção – Nascimento
( Inferido pela DUM )
Se desconhecida
Na Gestação
Fundo de útero
USG
Margotto, PR. Unid Neonatol HRAS/ESCS
Ao nascer
( Exame clínico-neurológico)
Avaliação da Idade Gestacional
Métodos de Avaliação da IG
Durante a gestação
• DUM (regra de Naegele);
• Medição de fundo uterino
• Ultra-sonografia (até 20 semanas);
Ao nascer
• Se RN com IG >28 sem: Método de Capurro
(subestimação da IG a partir da da 35ª sem);
• Se RN <1500g: Método de Ballard e col,
• Se RN for pré termo extremo (IG<26 sem.):
1. Valores do Perímetro Cefálico ao Nascer;
2. Longitude da Espinha Dorsal (LED).
Margotto, PR. Unid Neonatol HRAS/ESCS
Avaliação da Idade Gestacional
Cálculo da Idade Gestacional pela DUM
• Regra de Naegele:
Adicionar a data da DUM sete dias e somar nove
meses (ou diminuir 3 meses)
Exemplo:
DUM: 02/08/2004
DPP: 09/05/2005 (40 sem)
Nascimento: 11/03/2005
IG: 29(31-2)+30+31+30+31+31+28+11=221
221 dividido por 7 = 31 semanas e 4 dias
Margotto, PR. Unid Neonatol HRAS/ESCS
Assistência ao Recém–Nascido
Avaliação da Idade Gestacional
Data da Última Menstruação
(Fescina e cl, 1984)
- DUM desconhecida ou dúvida
- Ultra - som
(maior precisão, quanto mais precoce)
- Exame físico neonatal
Margotto, PR. Unid Neonatol HRAS/ESCS
Assistência ao Recém–Nascido
Avaliação da Idade Gestacional
Ultrassom
• Primeiras 12 semanas: Longitude céfalo- caudal
• 20 - 30 semanas: r = 0,98 +/- 4,2 dias
( DBP )
Campbell, 1969
• 20 - 40 semanas: r = 0,83
( DBP )
Levi e Erbsman, 1975
• 12 - 40 semanas: r = 0,99
( DBP )
- 12 - 29 semanas: 4,9 dias
- 30 - 34 semanas: 7 dias
- > 35 semanas: 9,8 dias
Fescina e cl, 1980
Margotto, PR. Unid Neonatol HRAS/ESCS
Assistência ao Recém–Nascido
Avaliação da Idade Gestacional
• Ao Nascer: Capurro (J Pediatr 1978; 93: 120)
– Extremamente fácil
– Pode ser realizado na sala de parto ( Método Somático)
– Método Somático: 5 caracteres físicos
(r = 0,88 com a DUM)
- Textura da Pele
- Forma da Orelha
- Glândula mamária
- Formação do mamilo
- Pregas Plantares
Margotto, PR. Unid Neonatol HRAS/ESCS
Assistência ao Recém–Nascido
Avaliação da Idade Gestacional
• Método Somático-Neurológico:
– (r: 0,90 com a DUM)
- 4 caracteres físicos anteriores exceto formação do
mamilo
- 2 caracteres neurológicos:
Sinal do Xale
Posição da cabeça ao levantar o RN
– (r = 0,90 com Dubowitz - J Pediatr 1970;77:1)
- 10 critérios neurológicos
- 11 critérios físicos
Margotto, PR. Unid Neonatol HRAS/ESCS
Avaliação da Idade Gestacional
Método de Capurro
Avaliação da Idade Gestacional
Método de Ballard
Avaliação da Idade Gestacional
Método de Ballard
Avaliação da Idade Gestacional
Valores do Perímetro Cefálico ao nascer
PC(cm)
I.G. (semanas)
Peso(g)
Mínimo
Médio
Máximo
18
20  1,5
180
380
580
19
21  1,5
240
450
670
20
22  1,5
320
530
740
21
23  1,5
360
610
860
22
24  1,5
420
700
980
23
25  2
480
770
1070
24
26  2
560
820
1160
25
27  2
620
960
1350
26
28  2,5
700
1100
1550
27
29  2,5
840
1280
1800
28
30  2,5
1000
1460
2000
29
31  2,5
1160
1640
2200
30
32  3
1300
1840
2370
31
33  3
1510
2070
2590
31,5
34  3
1770
2320
2900
32
35  3
2060
2610
3210
33
36  3
2320
2890
3510
CLAP- Centro
Latino Americano de
Perinatologia e
Desenvolvimento
Humano
(OPS/OMS), 1991.
Avaliação da Idade Gestacional
Longitude da Espinha Dorsal (LED) em mm (margem superior 1a
vert. e margem inferior 12a vert. torácica)
L.E.D
I.GES
T.
L.E.D
I.GES
T.
L.E.D
I.GES
T.
L.E.D
I.GES
T.
50
22.8
63
27.3
76
32.7
89
38.0
51
23.1
64
27.6
77
33.1
90
38.6
52
23.5
65
27.9
78
33.5
91
38.9
53
23.8
66
28.3
79
33.8
92
39.3
54
24.2
67
28.6
80
34.2
93
39.6
55
24.5
68
29.0
81
34.5
94
40.0
56
24.8
69
29.3
82
34.8
95
40.3
57
25.2
70
29.7
83
35.2
96
40.7
58
25.6
71
30.0
84
35.5
97
41.0
59
25.9
72
30.4
85
35.9
98
41.4
60
26.3
73
31.0
86
36.2
99
41.7
61
26.6
74
32.1
87
36.6
100
42.0
62
26.8
75
32.4
88
37.0
Martell M e cl, 1997
Assistência ao Recém–Nascido
Classificação do RN
Margotto, PR. Unid Neonatol HRAS/ESCS
Avaliação da Idade Gestacional
Conceitos de Prematuridade
• OMS – WHO 1950:
Todo RN vivo com peso de nascimento menor ou
igual a 2500 g;
• OMS – Comitê de Especialistas em Saúde
Materno-infantil 1961:
RN de baixo peso é todo RN vivo com peso de
nascimento inferior a 2500g;
• Academia Americana de Pediatria(AAP) 1970:
RN vivo que nasce antes da 38ª semana de idade
gestacional;
• OMS atual:
Todo RN que nasce antes da 37ª
Margotto, PR. Unid Neonatol HRAS/ESCS
Avaliação da Idade Gestacional
Classificação atual dos RN
• Pré termo: nascidos vivos antes da 37ª semana;
• Termo: nascidos vivos entre 37ª e 41ª semana e
6 dias;
• Pós termo: nascidos vivos com 42ª semanas ou
Crescimento Intra-uterino-Tese de Doutorado
mais.
(CLAP/OMS/OPS)
M
a
r
g
o
t
t
o
P
R
.
Autorcurves:
(s): Paulo
R.4413
Margotto
[Intrauterine growth
study of
single live births of normal pregnancies].
Margotto PR.
J Pediatr (Rio J). 1995 Jan-Feb;71(1):11-21. Portuguese. Free Article
Avaliação da Idade Gestacional
Classificação relacionando
Peso e Idade Gestacional
• PIG: abaixo do percentil 10;
• AIG: entre os percentis 10 e
90;
• GIG: acima do percentil 90.
Exemplo 01:
RN, 31 semanas e 4 dias, peso 1600g,
45 cm.
Conclusão: RN AIG
Assistência ao recém-nascido de risco, P.R. Margotto, 2006
Assistência ao Recém–Nascido
Classificação do RN
Importância:
- Antecipação de problemas clínicos
- Prognóstico de crescimento desenvolvimento
- Busca inteligente de anomalia congênita inaparente
Qualifica o risco de morbimortalidade
Margotto, PR. Unid Neonatol HRAS/ESCS
Assistência ao Recém–Nascido
Classificação do RN
AIG/PIG
- Deprivação crônica intra-útero
afeta a atividade
oligodendrócita
- Prematuros PIG< 1500g
prognóstico favorável
se adequado suporte nutricional (2 primeiros anos)
- RN de baixo peso PIG: menores e menos pesados aos 10 anos
AIG: supera desvantagens aos 5 anos
- RN a termo PIG x AIG: diferença de peso, estatura, perímetro
cefálico desaparecem aos 18 meses
Margotto, PR. Unid Neonatol HRAS/ESCS
Assistência ao Recém–Nascido
Classificação do RN
Importância
- Disfunção hepatocelular nos primeiras 3 semanas (PIG)
- Menor conteúdo mineral ósseo (PIG < percentil 3)
- Menor percentagem e menor tempo de perda de peso
Margotto, PR. Unid Neonatol HRAS/ESCS
Assistência ao Recém–Nascido
Classificação do RN
Importância
- Aos 3 anos – PIG: peso e comp < p10: 2 x
perimetro cefálico < p10: 4x
- Aos 2 anos – 34% PIG < P3 – peso / comprimento
- 21% PIG sequela neurológica (asfixia)
- Idade Escolar – 30% PIG
Deficiências de
linguagem e visumotor
9% AIG
Margotto, PR. Unid Neonatol HRAS/ESCS
Avaliação da Idade Gestacional
Classificação relacionando
Peso e Idade Gestacional
• PIG: abaixo do percentil 10;
• AIG: entre os percentis 10 e
90;
• GIG: acima do percentil 90.
Exemplo 02:
RN, 40 semanas, peso 2000g, 45 cm.
Conclusão: RN PIG
Assistência ao recém-nascido de risco, P.R. Margotto, 2006.
Avaliação da Idade
Gestacional
Exemplo:
RN, 40 semanas, peso 2000g, 45 cm
Índice Ponderal:
IP= 2000 = 0,0219 x 100 = 2,19
A
(45)3
Conclusão: RN PIG Assimétrico
Assistência ao recém-nascido de risco, P.R. Margotto, 2006
Avaliação da Idade
Gestacional
Avaliação da Idade Gestacional
Avaliação da Idade Gestacional
Avaliação da Idade Gestacional
Restrição do crescimento intra-uterino
Fatores de Risco:
• Tabagismo;
• HA crônica ou
gestacional;
• Gestação Múltipla;
• Antecedentes de RCIU;
• Infecções perinatais
crônicas;
Margotto, PR. Unid Neonatol HRAS/ESCS
• Anomalias Congênitas;
• Ganho Ponderal Materno
insuficiente;
• Sangramento persistente
no 2º trimestre;
• Consumo de álcool;
• Desnutrição Materna;
CRESCIMENTO E
DESENVOLVIMENTO FETAL
 Crescimento da Placenta
Margotto, PR. Unid Neonatol HRAS/ESCS
Avaliação da Idade Gestacional
Crescimento da placenta
• Crescimento da placenta
acontece até que seu peso
chegue 300g
(considerando placenta
sem cordão e membranas)
e o feto pese 2300g, o que
acontece após 36ª semana
de gestação.
Assistência ao recém-nascido de risco, P.R. Margotto, 2002.
Avaliação da Idade Gestacional
Crescimento da Placenta
RCIU e Peso da placenta
Placenta Adequada
Placenta Grande
(P10 e P90)
(>P 90)
Malformações
Infecção congênita
Placenta Pequena
(<P10)
Insuficiência Placentária
Margotto, PR. Unid Neonatol HRAS/ESCS
Assistência ao Recém–Nascido
Crescimento da Placenta
Margotto PR e cl ( 1999)
Anemia Materna e Placenta PIG (RR=3,90)
RN PIG com placenta PIG e DHEG (RR=4,16)
RN GIG com placenta GIG e hipoglicemia (RR= 10,2)
RN PIG com placenta AIG/GIG e infecção inespecífica (RR=1,6)
Significado perinatal do peso da
placenta
Autor (s): Paulo R. Margotto
Margotto, PR. Unid Neonatol HRAS/ESCS
Avaliação da Idade Gestacional
Idade Gestacional Pós-Concepcional (IGpc)
e Corrigida (IGc)
Exemplo:
IG 29 sem ao nascer
Depois de 12 semanas
IGpc: 41 semanas
IGc: 1 semana
Margotto, PR. Unid Neonatol HRAS/ESCS
CRESCIMENTO E
DESENVOLVIMENTO FETAL
 Conclusões
-  Morbimortalidade Perinatal
(O reconhecimento pré-natal do desvio do crescimento )

- Pré-requisito para reduzir a mortalidade fetal e neonatal
- Prevenção ou redução do retardo físico ou mental
- Ótimo peso ao nascer : é aquele associado com a menor mortalidade
Curvas de crescimento aplicados a nossa população
(social, cultural, ambiental que variam de uma sociedade a outra e de uma
geração a outra ).
Margotto, PR. Unid Neonatol HRAS/ESCS
“ Jamais considere seus estudos como
uma obrigação, mas como uma
oportunidade invejável para aprender a
conhecer a influência libertadora da
beleza do reino do espírito, para seu
próprio prazer pessoal e para proveito da
comunidade à qual seu futuro trabalho
pertencer”
(Albert Einstein)
Assistência ao Recém–Nascido
OBRIGADO PELA ATENÇÃO!
Margotto, PR. Unid Neonatol HRAS/ESCS
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Crescimento fetal:Assistência imediata ao recém