Isomeria Isomeria Isomeria é o fenômeno de dois ou mais compostos apresentarem a mesma fórmula molecular (F.M.) e fórmulas estruturais diferentes. Os compostos com estas características são chamados de isômeros (iso = igual; meros = partes). Isomeria Plana Isômeros planos são os que diferem pelas fórmulas estruturais planas. Isomeria de Cadeia Isomeria de Função Isomeria de Posição Isomeria de Compensação ou Metameria Tautomeria ou Isomeria Dinâmica Isomeria Plana Isomeria Espacial Isomeria de Cadeia São isômeros pertencentes a uma mesma função química com cadeias carbônicas diferentes. Cadeia normal X cadeia ramificada Exemplo: F.M. C4H10 – n-butano e metilpropano. Cadeia aberta insaturada X cadeia fechada saturada Exemplo: F.M. C3H6 – propeno e ciclopropano. Cadeia aberta insaturada X cadeia fechada insaturada Exemplo: F.M. C3H4 – propino e propadieno e ciclopropeno. Cadeia homogênea X cadeia heterogênea Exemplo: F.M. C2H7N – etilamina e dimetilamina. Isomeria de Função Os isômeros de função pertencem a funções diferentes. Os três casos de isomeria funcional são: - Álcool e Éter → CnH2n+2O - Aldeído e Cetona → CnH2nO - Ácido e Éster → CnH2nO2 Exemplos: - F.M. C2H6O – etanol e metoximetano; - F.M. C3H6O – propanal e propanona; - F.M. C3H6O2 ácido propanóico e etanoato de metila. Isomeria de Posição São isômeros de mesma função química, de mesma cadeia carbônica e que diferem pela posição de um grupo funcional, radical ou insaturação. Diferente posição de um radical Exemplo: F.M. C6H14 – 2-metilpentano e 3metilpentano. Diferente posição de um grupo funcional Exemplo: F.M. C3H8O – 1-propanol e 2-propanol. Diferente posição de uma insaturação Exemplo: F.M. C4H8 – 1-buteno e 2-buteno. Isomeria de Compensação ou Metameria São isômeros de mesma função química, com cadeias heterogêneas, que diferem pela localização do heteroátomo nas cadeias. Exemplos: - F.M. C4H10O – metoxipropano e etoxietano; - F.M. C4H11N – metil-propilamina e dietilamina. Tautomeria ou Isomeria Dinâmica É um caso particular de isomeria funcional, pois os isômeros pertencem a funções químicas diferentes, com a característica de um deles ser mais estável que o outro. Os isômeros coexistem em solução aquosa, mediante equilíbrio dinâmico no qual um isômero se transforma em outro pela transposição intramolecular simultânea de um átomo de hidrogênio e uma dupla ligação. Exemplos: Isomeria Espacial Isomeria Geométrica Um composto apresenta isomeria geométrica ou cis-trans quando: Neste caso, os isômeros têm a mesma fórmula molecular e fórmula espacial diferente. Existem dois casos de isomeria espacial: Isomeria Geométrica ou Cis – Trans Isomeria Óptica. a) tiver dupla ligação carbobo-carbono, e b) tiver ligantes diferentes a cada carbono da dupla ligação. Os isômeros cis e trans diferem pela fórmula espacial. No isômero cis, os ligantes iguais ficam do mesmo lado do plano da dupla ligação. No isômero trans, os ligantes iguais ficam em lados opostos ao plano da dupla. Exemplo: Condições para ocorrer isomeria geométrica em compostos de cadeia fechada Em pelo menos dois átomos de carbono do ciclo, devemos encontrar dois ligantes diferentes entre si. Exemplo: CONCEITOS IMPORTANTE Luz Natural Apresenta ondas eletromagnéticas em infinitos planos de vibração. Luz Polarizada É a luz que apresenta ondas eletromagnéticas vibrando num único plano. Substâncias Opticamente Ativas (SOA) São as substâncias que desviam o plano de vibração da luz polarizada. Substâncias Opticamente Inativas (SOI) São as que não desviam o plano de vibração de luz polarizada. Substâncias Dextrógiras São as substâncias que desviam o plano da luz polarizada para a direita. Substâncias Levógiras São as substâncias que desviam o plano da luz polarizada para a esquerda. Substâncias com 1 carbono Assimétrico Toda substância que apresenta um carbono assimétrico tem dois isômeros espaciais: um dextrógiro e um levógiro. Existem dois ácidos láticos espacialmente diferentes: o ácido lático dextrógiro e o levógiro. Aumentando o número de átomos de carbono assimétricos, temos um maior número de moléculas espacialmente diferentes. Atividade Óptica Substâncias com dois átomos de carbono assimétricos diferentes Teremos quatro moléculas espacialmente diferentes: duas dextrógiras e duas levógiras. Exemplo: A atividade óptica está relacionada à constituição química e à concentração da substância. A rotação específica é utilizada como critério de identidade e pureza de algumas substâncias e as farmacopéias estabelecem os limites específicos para algumas delas. A rotação específica ou poder rotatório específico é determinada através da polarimetria. A polarimetria é uma técnica que se baseia na medição da rotação óptica produzida sobre um feixe de luz polarizada ao passar por uma substância opticamente ativa. Polarímetro Um polarímetro tem duas lentes, um vidro é o polarizador, o outro vidro é o analisador. O polarizador garante que apenas um raio de luz monocromática polarizada (luz de apenas uma freqüência – em outras palavras, uma única cor) seja transmitida através da solução por trás do polarizador no polarímetro. Uma substância opticamente ativa é uma substância que pode girar o plano de polarização do plano de luz polarizada. Se você acender a luz polarizada monocromática através de uma solução com uma substância oticamente ativa, a luz emerge: o seu plano de polarização é encontrado para ter girado. A substância gira o plano de polarização da luz, e assim o analisador não será perpendicularmente a ele por mais tempo e um pouco de luz vai passar. Você teria que rodar o analisador, a fim de cortar a luz de novo. A rotação pode ser no sentido horário ou anti-horário. Assumindo que o plano original era de polarização vertical, você pode facilmente dizer se o plano de polarização foi girado no sentido horário ou anti-horário, e por quanto. Aferição do polarímetro Procedimento de operação do polarímetro 1) Acender a fonte luminosa (lâmpada de sódio, = 589, 3nm). 1) Encher o tubo do polarímetro, limpo e seco, com a solução da amostra ou com a amostra líquida, evitando a formação de bolhas de ar. 2) Preencher o tubo do polarímetro com água destilada (substância opticamente inativa) para calcular o erro inicial; 2) Limpar os discos de vidro situados nas extremidades do tubo. 3) Girar rapidamente a alavanca solidária com o prismo analisador, a partir de 0, ora para direita ora para esquerda, e fazendo-o retornar lentamente à posição em que o campo é uniforme (em penumbra); 3) Colocar o tubo no polarímetro e observar no visor. Caso o campo esteja uniformemente iluminado, isto é, não esteja completamente em penumbra, a substância será opticamente ativa. 4) Realizar 5 leituras após girar para direita e cinco após girar para a esquerda. 5) Somar os resultados e tirar a média. O resultado desta operação será o erro inicial. Nota importante: Se a amostra analisada for líquida, não necessitará de solvente e neste caso o erro inicial deverá ser determinado através da realização da leitura com o tubo do polarímetro vazio e seco. 4) Neste caso, girar a alavanca para direita ou para esquerda até obter uma penumbra. 5) Realizar a leitura na escala, utilizando o nônio e descontando o erro inicial anteriormente calculado (conforme descrito na aferição). 6) Efetuar o cálculo, usando a fórmula da lei de Biot em conformidade com o tipo de amostra: Como calcular a concentração ou a atividade ótica e eventualmente identificar o isômero? Exemplo 1 A atividade ótica (rotação específica) é expressa da seguinte forma: a = [a]20D x l x c, onde A molécula é conhecida, porém não a sua concentração: Se temos sacarose, "20" é a temperatura da medição em graus centígrados, "D" é a linha D do espectro de emissão do sódio (598 nm), "l" é o comprimento do compartimento da amostra em dm, "c" a concentração da amostra em g/ml. sua [a]20D= + 66,5 e a medição mostra + 10,1, então temos: 10,1 = 66,5 x 1 dm x c g/ml, logo a concentração será: 0,152 g/ml, ou 152 mg/ml. Exemplo 2 A concentração da amostra "pura", por exemplo 0,25 g/ml e a atividade ótica, 19 graus, então teremos: 19,0 = [a]20D x 1 dm x 0,25 g/ml, e podemos calcular a rotação específica como sendo de 76,0o. Tendo uma tabela podemos concluir a respeito da identidade do isômero ou se se trata de uma mistura de isômeros.