Instituto de Estudos para o
Desenvolvimento Industrial
DIRETRIZES DAS POLÍTICAS TECNOLÓGICAS
E DE INOVAÇÃO – UMA ANÁLISE COMPARADA
UMA VISÃO GERAL
Mar/2005
Conselho do IEDI
Abraham Kasinski
Josué Christiano Gomes da Silva
Sócio Emérito
Diretor Geral
Amarílio Proença de Macêdo
Lirio Albino Parisotto
Andrea Matarazzo
Luiz Alberto Garcia
Antonio Marcos Moraes Barros
Marcelo Bahia Odebrecht
Benjamin Steinbruch
Mário Milani
Carlos Antônio Tilkian
Miguel Abuhab
Carlos Francisco Ribeiro Jereissati
Nildemar Secches
Carlos Mariani Bittencourt
Olavo Monteiro de Carvalho
Carlos Pires Oliveira Dias
Paulo Guilherme Aguiar Cunha
Claudio Bardella
Paulo Setúbal
Daniel Feffer
Pedro Eberhardt
Décio da Silva
Pedro Franco Piva
Eugênio Emílio Staub
Pedro Grendene Bartelle
Flávio Gurgel Rocha
Rinaldo Campos Soares
Francisco Amaury Olsen
Robert Max Mangels
Guilherme Peirão Leal
Roberto Caiuby Vidigal
Hugo Miguel Etchenique
Roberto de Rezende Barbosa
Ivo Rosset
Roger Agnelli
Ivoncy Brochmann Ioschpe
Rogério Pinto Coelho Amato
Presidente do Conselho
Jacks Rabinovich
Salo Davi Seibel
Jorge Gerdau Johannpeter
Thomas Bier Herrmann
José Antonio Fernandes Martins
Victório Carlos De Marchi
José Roberto Ermírio de Moraes
Walter Fontana Filho
Paulo Diederichsen Villares
Membro Colaborador
Paulo Francini
Membro Colaborador
Julio Sergio Gomes de Almeida
Diretor-Executivo
DIRETRIZES DAS POLÍTICAS TECNOLÓGICAS
1
E DE INOVAÇÃO – UMA ANÁLISE COMPARADA
UMA VISÃO GERAL
Apresentação .........................................................................................................................1
Diretrizes das Políticas Tecnológicas e de Inovação - Uma Visão Geral .........................3
As diretrizes de política tecnológica e o financiamento e execução do gasto em
P&D – características gerais.....................................................................................4
Intensidade tecnológica e emprego.....................................................................................7
Intensidade tecnológica no comércio internacional............................................................8
Apoio às Pequenas e Médias empresas, aos fundos de Venture Capital e às políticas
regionais....................................................................................................................9
As novas apostas – nano e biotecnologia .........................................................................11
Anexo Estatístico.................................................................................................................16
1
Trabalho preparado por Tomás Bruginski de Paula.
Apresentação
O governo brasileiro divulgou no final de 2003 suas diretrizes para a Política Industrial,
Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE), com uma série de medidas de estímulo à
inovação e elevação da competitividade da indústria e a priorização estratégica de quatro
segmentos: software e semi-condutores no âmbito das tecnologias de informação (TI),
fármacos e bens de capital.
Numa iniciativa complementar e de grande importância, retomou e enviou ao Congresso o
Projeto da Lei de Inovação, que foi finalmente transformado, em dezembro, na Lei 10.973.
Ainda por ser regulamentada, a nova lei prevê e disciplina um maior engajamento das
instituições públicas de ensino e pesquisa no esforço de desenvolvimento tecnológico,
flexibiliza as possibilidades de participação de seus professores e pesquisadores nesse
processo e propõe mecanismos de estímulo à atividade de inovação nas empresas.
Essas iniciativas são bem-vindas e apontam na direção correta, especialmente como estratégia
para o médio e longo prazos. A elevação do gasto privado em Pesquisa e Desenvolvimento
(P&D), uma maior integração entre as instituições acadêmicas e de pesquisa e o setor
produtivo, um melhor uso do poder de compra do setor público em diversas áreas, um apoio
decisivo às pequenas empresas de base tecnológica são, dentre outras, medidas indispensáveis
à diversificação do aparato produtivo e ao fortalecimento da competitividade da economia nos
mercados internacionais. Essas diretrizes, como se verá adiante, foram incorporadas às
agendas econômicas dos países desenvolvidos nos anos 90.
É particularmente importante que o endosso às diretrizes tenha envolvido também o
Ministério da Fazenda e a Casa Civil da Presidência da República, o que deve conferir
prioridade à política no âmbito das decisões de governo. Mas ainda há um longo caminho a
percorrer que passa, antes de mais nada, pelo detalhamento e efetiva implementação das
medidas propostas e que só vai produzir os resultados esperados se houver, nessa área, uma
determinação permanente e pelo menos semelhante à que tem sido observada para
consecução dos objetivos das políticas fiscal e monetária.
Caros ao IEDI, os temas da política industrial e tecnológica já foram objeto de vários estudos
do Instituto ao longo dos últimos anos. Neles se observou que políticas explícitas e
abrangentes voltadas à ampliação do esforço tecnológico não só foram adotadas no passado
por vários países hoje desenvolvidos, moldando os respectivos sistemas nacionais de
inovação, como ampliaram seu espaço na agenda da política econômica desses países e dos
principais países em desenvolvimento desde meados dos anos 90.
No momento em que o governo brasileiro retoma essa temática e explicita uma política
tecnológica e de inovação, o IEDI procurou analisar diretrizes semelhantes de políticas
tecnológicas de alguns países ou regiões - como a União Européia – que podem ser úteis
para o debate, formatação e implementação das políticas brasileiras. Não se trata de
uma análise abrangente das políticas industriais ou tecnológicas desses países – o que
exigiria avaliar sua implementação e resultados – mas das diretrizes de apoio à
Diretrizes das Políticas Tecnológicas e de Inovação – Uma Análise Comparada – Uma Visão Geral
1
inovação, sinalizadas em documentos recentes e específicos, similares à proposta
brasileira. O propósito desse exame é exatamente identificar quais preocupações estão
presentes nesses documentos, os objetivos ou metas que estão sendo perseguidos, em
particular quais as áreas tidas como prioritárias e quais instrumentos são propostos
como pertinentes para os fins das políticas de inovação.
Note-se que os documentos existentes são desiguais em seus escopos e detalhamento e nem
todos os países que seriam relevantes para uma comparação internacional, quer entre os
desenvolvidos como entre os que têm desafios semelhantes aos colocados para o Brasil, têm
documentos oficiais sintetizadores das suas políticas e propósitos nessa área. Na Europa, por
outro lado, assumem relevância as políticas comunitárias para o setor. Entretanto, o extenso
material identificado e analisado, cobrindo um conjunto relevante e diferenciado de países
desenvolvidos, além dos muitos documentos recentes da União Européia, é rico, abrange um
amplo espectro de temas e tem grande pertinência para o debate brasileiro nesse momento,
permitindo algumas reflexões acerca da proposta de política industrial e tecnológica a ser
implementada pelo governo brasileiro.
Destacam-se desses documentos algumas características marcantes das políticas de inovação
que vêm sendo formuladas e implementadas pelos diversos países:
•
Importância crescente dessas políticas para a viabilização, no médio prazo, de objetivos
macroeconômicos importantes, de sustentação do crescimento, geração de empregos
qualificados e capacidade de competição internacional;
•
Destaque às pequenas e médias empresas de base tecnológica como foco das políticas de
inovação;
•
necessidade de estreitamento das relações entre universidades e centros de pesquisa e a
indústria, no sentido de ampliar a transferência de tecnologia e dinamizar a cadeia da
inovação;
•
Grande ênfase na necessidade de investir na formação de engenheiros e cientistas e em
treinamento de mão-de-obra;
•
Tratamentos tributários privilegiados para empresas e investimentos ligados à P&D
desenvolvida pelo setor privado;
•
Atenção permanente aos riscos e às oportunidades abertas pela rápida internacionalização
produtiva e, crescentemente, das atividades de P&D das grandes empresas;
•
Fortalecimento dos clusters e criação de ambientes regionais favoráveis à interação entre
C,T&I;
•
Permanência das Tecnologias de Informação no foco das políticas, mas uma grande aposta
dos principais players, resguardadas outras áreas de preocupação ou excelência nacionais,
em duas novas frentes: nanotecnologia, envolvendo vultosos investimentos nos principais
centros e ciências da vida, com destaque para a biotecnologia e aplicações ligadas à
saúde.
Diretrizes das Políticas Tecnológicas e de Inovação – Uma Análise Comparada – Uma Visão Geral
2
Diretrizes das Políticas Tecnológicas e de Inovação - Uma Visão Geral
As políticas de inovação foram definitivamente incorporadas às agendas governamentais dos
países desenvolvidos nos anos 90. Os avanços na área das Tecnologias de Informação e
Comunicações (TIC) e sua difusão para diferentes segmentos produtivos propiciaram rápido
crescimento da produtividade, reforçou a flexibilidade locacional – com forte impacto nos
fluxos internacionais de investimentos – e acelerou a expansão do setor de serviços e das
atividades intensivas em conhecimento.
Novas frentes de expansão tecnológica, crescentes restrições internas e externas às ajudas
governamentais à indústria e um processo de rápida internacionalização produtiva e financeira
determinaram mudanças no conteúdo e abrangência das políticas públicas voltadas ao
desenvolvimento industrial e tecnológico. A realidade de economias com maior
predominância dos serviços, fortemente apoiadas em trabalho qualificado e em esforços de
P&D reduziu, pelo menos nos segmentos de maior dinamismo e com peso crescente no
comércio internacional, a importância de fatores locacionais tradicionais, associados à mera
disponibilidade de mão-de-obra e recursos naturais. Isto ainda não significa a predominância
dos setores mais avançados na geração de empregos e no dinamismo regional, mas a
sinalização nos segmentos mais dinâmicos é nessa direção para as próximas décadas e os
países mais avançados estão ativamente se preparando para isso.
As atuais políticas governamentais diferem das que prevaleceram até os anos 70. Elas
passaram, gradativamente, do apoio a setores industriais específicos e a grandes projetos
tecnológicos setoriais, para uma ênfase na inovação, na interação entre pesquisa acadêmica e
empresarial, para programas e instrumentos mais horizontais, num contexto em que as frentes
de expansão tecnológica se ampliam em diferentes direções e os sistemas nacionais de
inovação enfrentam forte pressão internacional. O quadro que emerge, portanto, regularmente
documentado, por exemplo, pelas análises da OCDE, é hoje multifacetado e mais complexo
do que prevaleceu até duas décadas atrás.
Não há um recorte simples, por exemplo, de grandes áreas de concentração. Isso não significa
a inexistência de campos prioritários, como demonstra a grande ênfase em todos os países nas
TIC, nanotecnologia e ciências da vida, com destaque para a biotecnologia. Mas as novas
tecnologias implicam redefinições dos cortes setoriais tradicionais. É o caso das TICs, onde
há forte tendência de convergência das telecomunicações, informática e da indústria
eletrônica. A nano e a biotecnologia, por sua vez, perpassam vários setores da indústria.
Isso faz com que, no seu conjunto, as políticas tecnológicas nacionais sejam menos nítidas do
ponto de vista das classificações setoriais tradicionais, em favor de políticas que afetam vários
segmentos e de um amplo conjunto de instrumentos e incentivos à formação de recursos
humanos, ao empreendedorismo, ao esforço de desenvolvimento tecnológico das empresas,
aos clusters regionais com grande potencial competitivo, às políticas financeiras de apoio às
empresas inovadoras, à criação de um ambiente institucional favorável à inovação, incluindo,
por exemplo, novas legislações de proteção à propriedade intelectual.
Cortes industriais específicos permanecem em muitos países, especialmente porque
segmentos industriais de média e média alta tecnologia ainda são predominantes na maioria
das estruturas industriais. Mas convivem, crescentemente, com apostas tecnológicas mais
abrangentes, transversais, que englobam um leque de setores produtivos com potencial de
expansão, como é, nitidamente, o caso da nanotecnologia.
Diretrizes das Políticas Tecnológicas e de Inovação – Uma Análise Comparada – Uma Visão Geral
3
Os documentos de políticas analisados respondem às características diversas das realidades
nacionais ou regionais em C&T. Há diferenças substantivas, mesmo dentre os países
desenvolvidos, nas formas de financiar e executar as atividades de P&D, sua intensidade,
composição e impactos sobre variáveis econômicas como emprego, comércio exterior e
produtividade. Mas o fato de um conjunto relevante de países desenvolvidos estar
explicitamente formulando e implementando estratégias abrangentes de política tecnológica é
ilustrativo da magnitude dos desafios colocados nessa área e da importância atribuída à C&T
no desenvolvimento dessas economias nos próximos anos.
Esta seção procura sintetizar os principais temas que são objeto de preocupação dos
formuladores de políticas nos diversos documentos analisados, tendo presentes a diversidade
dos sistemas e as trajetórias de algumas variáveis e países relevantes nos anos 1990, a partir
dos dados consolidados pela OCDE.2
As diretrizes de política tecnológica e o financiamento e execução do gasto em P&D –
características gerais
As análises comparadas dos sistemas nacionais de inovação já mostraram que o grau de
desenvolvimento tecnológico dos países e o dinamismo dos seus sistemas diferem
marcadamente, mesmo dentre os países desenvolvidos.
Embora não expressem a complexidade de fatores econômicos e institucionais que
determinam as principais características desses sistemas, o volume de gastos brutos em P&D
relativamente ao PIB e a divisão de responsabilidades pelo financiamento e execução do gasto
nessa área são indicadores importantes no diagnóstico das deficiências e na definição das
metas das políticas de inovação na maioria dos países.
As tabelas do Anexo mostram esses indicadores para os países da OCDE. Note-se que
Estados Unidos e Japão, acompanhados apenas da Alemanha, Suécia e Suíça, já dispendiam,
no início dos anos 90, mais de 2,5% do PIB em P&D. Ao final dos anos 90, dentre as
economias desenvolvidas com maior expressão econômica, somente Finlândia e Coréia do
Sul lograram juntar-se a esse grupo, com políticas tecnológicas ativas. O gasto do conjunto
dos países da União Européia permaneceu em torno de 1,9% do PIB, com tendência a
distanciar-se do restante dos países da OCDE.
A Suécia, com gastos em P&D equivalentes a 4,3% do PIB em 2001, e a Finlândia, com
3,46%, claramente se destacam dos demais no tocante à intensidade tecnológica, enquanto
países europeus importantes, como Itália e Espanha, apresentam gastos em P&D em níveis
muito inferiores, em torno de 1,0% do PIB. No caso do Reino Unido houve uma queda nesse
indicador em relação a seu patamar do início dos anos 80, revertida apenas no final da década.
Com a exceção de Israel, com gastos em P&D estimados em 5,04% do PIB em 2001, no caso
dos países não pertencentes à OCDE para os quais há dados disponíveis, esse indicador de
gasto situa-se num patamar bem inferior, embora em elevação em muitos países. Na China,
2
Integra esta seção um Anexo Estatístico, que detalha os principais dados citados ao longo do texto.
Diretrizes das Políticas Tecnológicas e de Inovação – Uma Análise Comparada – Uma Visão Geral
4
por exemplo, as estimativas da OCDE já são de um gasto equivalente a cerca de 1,23% do
PIB em 2002, frente a 1,09% em 2001.
A crise recente no setor de TI, com redução dos gastos privados em P&D, especialmente nos
EUA, determinou forte redução do ritmo de crescimento desses gastos em relação ao
observado nos anos 90. Mas é uma meta de todos os países e regiões cujos documentos de
política tecnológica foram analisados, elevar esse indicador nos próximos anos. No caso
da União Européia, por exemplo, para 3,0% do PIB em 2010.
Os dados da OCDE ensejam duas observações adicionais acerca dos esforços tecnológicos
nacionais. A primeira diz respeito à magnitude absoluta dos gastos em P&D, que passa a ser
decisiva na determinação do potencial de desenvolvimento tecnológico dos países,
especialmente em áreas onde as escalas de pesquisa e de mercado importam e num contexto
de acirramento da competição internacional, que exigirá focalização das políticas tecnológicas
em áreas consideradas promissoras e ampliação dos esforços de cooperação internacional. A
segunda diz respeito ao ritmo de crescimento dos gastos em P&D nos últimos anos.
Nos dois casos é clara a posição de liderança dos EUA, responsáveis por mais de 40% de todo
o gasto em P&D da OCDE e que apresentaram taxa de crescimento dos gastos nessa área
acima do Japão e dos principais países europeus na segunda metade dos anos 90. A posição
americana é expressiva, mesmo levando-se em consideração que os gastos de P&D no setor
de defesa representam cerca de 0,5% do PIB e cerca de 50,0% dos gastos federais em P&D.
Além dos países que receberam apoio da União Européia para consolidar sua integração ao
bloco, destacam-se as taxas de crescimento dos escandinavos e da Coréia do Sul, acima de
7,0% ao ano.
A percepção de ampliação do gap de recursos em relação aos EUA é uma preocupação
explícita dos documentos da União Européia, da mesma forma que a preocupação
americana com a elevação do volume de recursos e disponibilidade de mão-de-obra
qualificada nos países asiáticos. Note-se que embora os gastos da China sejam inferiores,
em termos relativos, aos de outros países desenvolvidos, sua magnitude em termos
absolutos (medida pela paridade do poder de compra) já situa a China como o terceiro
maior orçamento nacional de P&D, abaixo apenas dos EUA e do Japão.
As características do financiamento do esforço tecnológico são ilustrativas das peculiaridades
dos sistemas nacionais e um dos principais focos das políticas de inovação. Países asiáticos
como Japão e Coréia já apresentavam no início dos anos 90 uma ampla predominância das
empresas (superior a 70%) no financiamento. Ao longo da década de 90 a responsabilidade
das empresas avançou para níveis próximos a 70% nos EUA, Alemanha, Finlândia, Irlanda e
Suécia. Mas para a maioria dos países da OCDE o peso do setor privado ainda é inferior a
60,0%.
O financiamento público representou, em 2001, cerca de 18,5% do total no Japão, 25,0% na
Coréia do Sul e na Finlândia e 27,0% nos EUA, ficando em torno de 1/3 do financiamento
total na Alemanha, Canadá e no Reino Unido. Mas chega a 37% nos casos da França, 40% na
Espanha e a cerca de 50% (dados de 1997) na Itália. Embora o financiamento externo tenha
se ampliado na década, em poucos países da OCDE ele é expressivo no financiamento ao
esforço tecnológico. Dentre as grandes economias, apenas no Canadá e, principalmente, no
Reino Unido, ele é relevante, passando de 12% do financiamento total em 1991 para cerca de
18,0% em 2001.
Diretrizes das Políticas Tecnológicas e de Inovação – Uma Análise Comparada – Uma Visão Geral
5
Uma constatação evidente desses dados é que nos países que lideraram o crescimento
dos gastos em P&D nos anos 90, o financiamento privado cresceu a taxas superiores ao
financiamento público. Atingir ou manter esse desempenho é uma meta comum a todos
os documentos nacionais de políticas, não significando uma redução do financiamento
público, que tem projeções de crescimento na maioria dos países, mas uma
predominância das empresas na expansão do financiamento.
Essa ampliação do esforço de financiamento passa por um maior engajamento das instituições
financeiras oficiais no apoio a linhas de política, segmentos de empresas ou mesmo a áreas
específicas (caso da biotecnologia em alguns países), por ampliação dos incentivos tributários
tanto para as empresas inovadoras como para aplicações em empresas emergentes de base
tecnológica, pela priorização e proteção dos gastos públicos em P&D nas definições de metas
para a política fiscal, por uma utilização mais ampla de intrumentos de garantia e de parcerias
com o setor privado na provisão de recursos humanos e infra-estrutura para P&D.
Na área tributária, em particular, o tratamento favorável aos esforços de P&D das empresas
ampliou-se nos anos 90. Estendeu-se em muitos casos para as grandes empresas e passou a
incentivar, como na França, com maiores deduções tributárias os acréscimos de gastos de
P&D realizados pelas empresas.
A responsabilidade pela execução dos gastos é, predominantemente, das empresas na
maior parte dos países. Para o conjunto dos países da União Européia ela é de cerca de 2/3
do gasto total. Nas três maiores economias da OCDE – EUA, Japão e Alemanha – as
universidades respondem por um percentual semelhante do gasto – entre 14 e 16% em 2001 –
mas chegam a 21,4% no Reino Unido e a 30,0% nos casos da Itália (1997), Espanha e
Canadá. Já os institutos públicos de pesquisa tiveram sua participação no gasto total de P&D
reduzida nos últimos anos. Eles respondem por menos de 10% do gasto total nos EUA e no
Japão, cerca de 12-13% na Coréia do Sul e Alemanha e chegam a 18,0% na França (23,0%
em 1991), que é a participação mais elevada dentre as principais economias desenvolvidas. A
queda na participação relativa dos institutos públicos não necessariamente significa menor
importância da P&D desenvolvida nessas instituições, especialmente em áreas como saúde e
defesa, embora tenha sido bastante acentuada em alguns casos, como na Finlândia, suscitando
críticas das instâncias colegiadas encarregadas de orientar a política científica e tecnológica.
Do mesmo modo que as políticas de financiamento, as responsabilidades pela execução
do gasto encontram-se no bojo de um amplo esforço de reorganização institucional nos
principais países, no sentido de modernizar seus sistemas em direção à
internacionalização, às demandas de escala e complexidade postas pelas novas
tecnologias, a maior cooperação com o setor privado.
No caso do setor público, trata-se de focalizar e tornar mais eficiente o gasto público em
P&D, flexibilizar os regimes de gestão e administração de pessoal das instituições públicas e
universidades, permitindo explorar melhor o potencial dos pesquisadores e as áreas de
excelência, ampliar a consulta e a participação de segmentos não-governamentais,
notadamente da indústria, na definição das prioridades governamentais de C&T, bem como de
introduzir sistemáticas de avaliação e financiamento por projetos, ao lado das sistemáticas
tradicionais. Diferentes modalidades de parcerias e esforços de cooperação UniversidadeIndústria são enfatizados nas propostas nacionais, envolvendo redefinição ou proposição de
diretrizes para a transferência de tecnologia e a proteção e o compartilhamento da propriedade
intelectual.
Diretrizes das Políticas Tecnológicas e de Inovação – Uma Análise Comparada – Uma Visão Geral
6
Intensidade tecnológica e emprego
A diversidade do grau de intensidade tecnológica da indústria nos principais países da OCDE
reflete-se nas prioridades dos documentos de política. Um indicador dessa diversidade é a razão
entre o gasto em P&D e o Valor Adicionado (VA) da indústria. Dentre as principais economias,
em poucos países (EUA, Japão, Alemanha, Suécia e Suíça) essa relação era igual ou superior a
2,5% no início da década de 90. Ao longo da década dois países com políticas deliberadas de
elevação dos gastos de P&D, Coréia do Sul e Finlândia, juntaram-se a esse grupo.
O foco das políticas tecnológicas nas chamadas indústrias baseadas no conhecimento (IBC)
apóia e traduz seu crescente peso econômico. Para a maior parte dos países, as indústrias de
alta e média alta tecnologia, segundo a classificação da OCDE, apresentaram nos anos 90
taxas de crescimento do Valor Adicionado (VA) superiores ao verificado para o conjunto do
segmento empresarial. Para o conjunto dos países da OCDE, a taxa de crescimento do VA das
IBC foi em torno de 5,0% na década, frente a 3,8% do VA total. Essa tendência foi
particularmente expressiva para alguns países como Canadá, EUA, Coréia do Sul e para
várias economias européias (Finlândia, Irlanda, Suécia, Suíça, Holanda e, dentre as maiores,
Reino Unido e Espanha).
As taxas mais elevadas de crescimento das IBC propiciaram taxas superiores de crescimento
da oferta de empregos relativamente ao conjunto do setor empresarial. Novamente, essa é uma
tendência para a maioria dos países, mas é particularmente marcante para algumas economias
mais dinâmicas, como é o caso da Coréia do Sul.
A elevação dos gastos em P&D, o crescente peso dos serviços no conjunto da atividade
econômica e a priorização das IBC implicam ampliar significativamente os esforços de
formação de recursos humanos qualificados. Essa é uma tônica presente a todos os
documentos de política tecnológica analisados.
Os dados da OCDE já mostram uma elevação do número de pesquisadores no total de
empregados, que passou de 5,6 por mil no início dos anos 1990 para 6,5 por mil no final da
década.
Em alguns países (EUA, Japão, Austrália, França, Finlândia, Alemanha, Noruega e Suécia)
essa relação já estava próxima ou era superior a 6,0 por mil no início da década. Em todos
eles ela cresceu nos anos 1990, com saltos particularmente expressivos nos casos da Finlândia
(chegando a 15,8 por mil em 2001) e Suécia, que alcançou uma relação semelhante à
observada no Japão e EUA, em torno de 10 pesquisadores para cada mil empregados.
Da mesma forma que na análise dos gastos brutos em P&D, é importante ter presentes as
dimensões absolutas dos contingentes de pesquisadores, especialmente diante das escalas dos
esforços exigidos nas áreas de fronteira, como nanotecnologia. Por essa ótica são
especialmente significativas as elevações observadas nesse indicador nos casos dos EUA,
França e Japão, com contingentes de pesquisadores já relevantes no início dos anos 1990.
Mas os dados disponíveis para os países não pertencentes à OCDE, especialmente os
asiáticos, são também ilustrativos da ampliação da concorrência internacional nessa área e da
elevação da capacidade competitiva dessas economias. Embora com indicadores relativos
mais baixos, o que vai exigir um enorme esforço de desenvolvimento e recursos, esses países
apresentam contingentes expressivos e crescentes de graduandos no ensino superior,
chegando, no caso da China e da Índia, por exemplo, respectivamente, a cerca de 739 mil e
Diretrizes das Políticas Tecnológicas e de Inovação – Uma Análise Comparada – Uma Visão Geral
7
686 mil em 2000, segundo as estimativas da OCDE. O total de graduandos em Ciências e
Engenharias (incluindo programas de pós-graduação), em 2000, foi de cerca de 290 mil nos
EUA e de 725 mil para o conjunto dos países europeus.
A oferta adequada de recursos humanos qualificados é um desafio importante e está presente
em todos os documentos nacionais. Em muitos casos tem ensejado esforços específicos,
complementares e articulados às políticas de inovação. Nessa área, além da ampliação e
fortalecimento dos programas de formação de cientistas e engenheiros, as políticas nacionais
buscam enfrentar a realidade da crescente internacionalização dos esforços de P&D, da
disputa pelos melhores pesquisadores, da crescente multidisciplinariedade das frentes de
desenvolvimento tecnológico. Além da ampliação da cooperação internacional e do
estabelecimento de redes relevantes de pesquisa, colocam-se a necessidade de revisão dos
curricula, a estruturação de carreiras mais atrativas e flexíveis para os pesquisadores, a
disponibilização de infra-estruturas de P&D modernas e em áreas de fronteira.
Intensidade tecnológica no comércio internacional
É na arena do comércio internacional que as políticas nacionais têm sido postas à prova
e o foco na competitividade internacional é dominante nos objetivos dessas políticas.
Essa prioridade é reforçada pelo fato de que a composição do comércio internacional de
produtos industrializados dos países da OCDE assistiu nos anos 1990 a uma elevação de
sua intensidade tecnológica.
No conjunto, os produtos classificados como de alta tecnologia passaram de 19,7% do total
em 1992 para 26,1% em 2001, enquanto os de baixa tecnologia passaram de 24,9% para
20,8% no mesmo período. O comércio internacional de alguns segmentos de alta e média alta
tecnologia, como farmacêutico (11,2%), computadores (7,2%), rádio, TV e comunicações
(10,2%), equipamentos elétricos, instrumentos científicos e aviões apresentou taxas de
crescimento superiores ao observado para o conjunto do comércio de industrializados (que
ficou em torno de 5,0%) e bem superiores às verificadas em segmentos tradicionais da
indústria como a de têxteis, metais básicos, bebidas, alimentos e fumo.
Desde o início da década, entretanto, o comércio exterior desses países já apresentava e
manteve uma elevada participação de manufaturados de média- alta tecnologia, em torno de
38,0%.
Uma análise das mudanças na composição das exportações por país mostra que em poucos
casos (EUA, Japão, Irlanda, Suíça e Reino Unido) a participação das indústrias de alta
tecnologia já era superior a 25% das exportações totais de manufaturados no início dos anos
1990. No final da década outros países alcançaram uma participação semelhante e, à exceção
do Japão, essa participação cresceu nos casos onde já era elevada: para cerca de 38% nos
EUA, 58,0% na Irlanda, 37,0% na Suíça e 40,0% no caso do Reino Unido. Coréia do Sul,
França, Suécia e, principalmente, Finlândia e Holanda, foram os países com as mais
expressivas elevações na parcela de exportações de produtos de alta tecnologia.
Em quase todos os casos onde ocorreu uma expansão significativa da parcela dos
produtos de alta tecnologia nas exportações, houve uma intensificação do esforço
tecnológico nos anos 1990. Nos casos da Irlanda, Holanda e Finlândia, por exemplo, as
exportações per capita de produtos de alta tecnologia são bem superiores às da União
Européia e mesmo aos valores verificados para os EUA e Japão.
Diretrizes das Políticas Tecnológicas e de Inovação – Uma Análise Comparada – Uma Visão Geral
8
Apoio às Pequenas e Médias empresas, aos fundos de Venture Capital e às políticas
regionais
Três diretrizes importantes são adicionalmente enfatizadas nos documentos de política
tecnológica, especialmente no âmbito europeu: a necessidade de incentivar as PMEs de
base tecnológica, por seu papel na ampliação do esforço tecnológico e na expansão da
oferta de empregos qualificados, propondo-se diferentes mecanismos de apoio às suas fases
iniciais de desenvolvimento; a importância da expansão das modalidades de investimento
de risco, como os fundos de venture capital, por meio de incentivos tanto aos investidores
como às empresas emergentes, especialmente de natureza fiscal; a pertinência de focos
regionais para as políticas de C,T&I, que permitam a exploração e fortalecimento dos
potenciais locais, estreitando os vínculos entre a base industrial e as instituições acadêmicas e
de pesquisa.
No tocante ao primeiro ponto, em que pese o generalizado reconhecimento da importância nas
PMEs de base tecnológica, a realidade da sua presença no esforço tecnológico dos países da
OCDE é bastante diferenciada. Tomando-se os dados de dispêndio global, por exemplo, nas
economias líderes – EUA e Japão – menos de 15% do gasto privado total é realizado por
empresas com menos de 250/300 empregados. O mesmo ocorre na França e Alemanha. Há
um conjunto intermediário de países – como Canadá, Finlândia e Holanda – onde essa
proporção é mais elevada, mas é em países como a Coréia do Sul, Reino Unido, Austrália,
Suíça e, principalmente, Noruega (cerca de 48%) e Irlanda (49%) que as PMEs são
representativas no conjunto do gasto empresarial em P&D. Numa situação singular e oposta
encontra-se a Itália, onde o esforço tecnológico privado é, no seu conjunto, relativamente
baixo e concentra-se fortemente (cerca de 65% em 2000) nas empresas com menos de 250
empregados.
É evidente que essas composições refletem estruturas econômicas e industriais próprias e
características específicas dos sistemas nacionais de inovação e da inserção internacional
dessas economias. Além disso, uma avaliação mais precisa acerca do papel das PMEs na
dinâmica de cada sistema de inovação implicaria análise mais detalhada dos setores, das
políticas de apoio, das formas de inserção dessas empresas nos esforços de P&D. No caso dos
EUA, por exemplo, em que pese a menor parcela relativa no conjunto do gasto, a contribuição
desse segmento é importante e as políticas de fomento tradicionalmente emprestam apoio
decisivo às pequenas empresas, quer por meio de financiamento como nas políticas de
compras dos departamentos governamentais. É diversa a realidade na média dos principais
países europeus, o que é visto como uma das razões do menor dinamismo tecnológico dessas
economias frente à economia americana.
Cabe aqui sublinhar a percepção da relevância dos novos empreendimentos de base
tecnológica nesses documentos e a pertinência em apoiar as empresas emergentes em campos
de alta tecnologia, especialmente na esteira das mudanças que vêm sendo propostas nas
formas e intensidade do relacionamento entre os esforços de P&D das empresas e das
universidades e institutos públicos.
Uma área onde há clara confluência entre os propósitos de elevação do esforço privado
em P&D e de estímulo ao surgimento e expansão de novas empresas de base tecnológica
é a dos investimentos de risco, especialmente por meio dos fundos de venture capital. Os
EUA são o paradigma nessa área, com uma indústria de fundos madura e iniciativas de
fomento que datam de várias décadas, ancoradas em financiamento público e no forte
Diretrizes das Políticas Tecnológicas e de Inovação – Uma Análise Comparada – Uma Visão Geral
9
desenvolvimento do mercado financeiro. Na década de 1990 vários países – dentre os quais
França, Alemanha, Coréia do Sul, Reino Unido – passaram a incentivar a constituição de
fundos de venture capital, quer diretamente, mediante o aporte de recursos a fundos ou linhas
específicas de apoio às empresas, quer indiretamente, por meio de incentivos tributários aos
investidores.
Praticamente todos os documentos analisados, especialmente os produzidos em âmbito
europeu – pela Comissão da União Européia ou pelos países individualmente – propõem
medidas de incentivo a esse segmento. O Plano de Ação da União Européia, que visa alcançar
os objetivos fixados nas reuniões do Conselho de Ministros de Lisboa (2000) e Barcelona
(2002), explicita a prioridade dos mecanismos financeiros de apoio à inovação, com destaque
para o capital de risco A revisão das políticas do European Investment Bank, a partir de 2000,
já foi na direção de priorizar o apoio às PMEs e fortalecer as iniciativas ligadas ao venture
capital.
A chamada indústria de fundos de venture capital foi fortemente afetada pela crise de 2000,
apresentando um forte declínio no conjunto das aplicações, notadamente nos EUA e nos
empreendimentos ligados à Internet. Segundo dados da OCDE (2004), o fluxo de
investimentos em VC reduziu-se de US$ 106 bilhões para US$ 18 bilhões nos EUA entre
2000 e 2003 e de Є 19,6 bilhões para Є 9,8 bilhões na Europa entre 2000 e 2002. No caso
europeu, além da escala de operações bem inferior, as várias iniciativas governamentais de
fomento ao segmento a partir de 2000 contribuíram para atenuar a queda no fluxo de
investimentos.
Mas as políticas de apoio a esse segmento devem permanecer na agenda das políticas
tecnológicas, especialmente associadas a outras formas de apoio às empresas nascentes de
base tecnológica. Os dados da indústria de capital de risco em geral confirmam a associação
desse segmento às indústrias de alta tecnologia, com os segmentos de TI, Comunicações e de
Saúde / biotecnologia predominantes nos principais países, superando 40% dos investimentos
e chegando a mais de 50% no caso dos EUA.
Finalmente, todos os documentos dão grande ênfase à dimensão regional das políticas de
inovação. Explorar e reforçar as relações locais entre indústrias e o meio acadêmico,
fortalecer os clusters existentes, incentivar redes de empresas e infra-estruturas públicas de
apoio, fomentar a criação de parques tecnológicos / científicos, articular as iniciativas federais
às dos governos regionais / locais são ações previstas em vários dos documentos.
Mesmo sistemas de inovação reconhecidamente maduros e que têm servido de paradigma
para os demais países, como o americano, têm dedicado atenção crescente ao potencial dos
clusters regionais. Dois estudos coordenados pelo Prof. Michael Porter, um para o Council of
Competitiveness nos EUA, e explicitamente referido no documento do Office of Technology
Policy (OTP), analisado adiante, e outro realizado para o Department of Trade and Industry
(DTI), no Reino Unido, enfatizam a importância e o potencial sinérgico da concentração
regional de empresas, instituições de pesquisa e condições adequadas de infra-estrutura.
Além disso, há uma generalizada percepção de que a competição internacional nos segmentos
mais dinâmicos assenta-se fortemente na qualificação dos recursos humanos regionais,
exigindo ações integradas entre governo, empresas e instituições acadêmicas e científicas. Em
boa medida, casos de sucesso nos anos 1990 como Finlândia, Irlanda e Coréia, conjugaram de
modo virtuoso esses esforços.
Diretrizes das Políticas Tecnológicas e de Inovação – Uma Análise Comparada – Uma Visão Geral
10
As novas apostas – nano e biotecnologia
No tocante às grandes prioridades / apostas tecnológicas, destacam-se sem dúvida a
nanotecnologia e a biotecnologia, a última geralmente no âmbito de uma prioridade mais
geral às chamadas ciências da vida.
A nanotecnologia é simplesmente a ciência e a engenharia desenvolvidas em escala
nanométrica, ou seja, 10-9metros. Nessa área, com os avanços obtidos ao longo dos últimos
vinte anos na manipulação da matéria ao nível de átomos singulares ou pequenos grupos deles
e na caracterização, nessa escala, das propriedades dos materiais e sistemas, há uma ampla
frente de descobertas, que perpassam as ciências físicas, biológicas e as engenharias.
É importante ter presente que nas grandes frentes de pesquisa, como nanotecnologia, as
escalas importam, tanto em termos de volume de recursos aplicados como no tocante à
quantidade de pesquisadores / engenheiros envolvidos nas principais linhas de pesquisa. Foco
e cooperação passam a ser decisivos, especialmente para países de porte médio e pequeno, o
que determina crescente internacionalização dos esforços de desenvolvimento tecnológico. O
exemplo europeu é o mais evidente nessa direção, na sua tentativa de nivelar volume de
gastos com os EUA e Japão.
Os EUA estabeleceram em janeiro de 2000 uma primeira grande iniciativa multidisciplinar
nessa área, a National Nanotechnology Initiative (NNI), num formato posteriormente seguido
por muitos países. Os EUA, o Japão e os países europeus têm hoje programas de pesquisa
abrangentes nessa área com apoio governamental, combinando P&D acadêmica e industrial.
Outros países como Austrália, Canadá e Coréia também vêm desenvolvendo programas e
criando instituições voltadas especificamente a programas de pesquisa em nanotecnologia. Os
gastos governamentais com P&D em nanotecnologia cresceram cerca de 700% entre 1997 e
2003, sob liderança dos EUA e do Japão e as estimativas são de que a produção mundial dos
setores de nanotecnologia deve ser superior a US$ 1,0 trilhão em 10 a 15 anos, com emprego
potencial de cerca de 2,0 milhões de trabalhadores (Rocco, 2003).
Diante da escala dos investimentos e do estágio ainda pré-competitivo da grande maioria das
aplicações projetadas, os países adotam diferentes estratégias e em muitos casos focalizam seus gastos
em segmentos específicos, ao mesmo tempo em que se ampliam as interrelações internacionais, com a
celebração de acordos envolvendo diferentes instituições e grupos de pesquisa.
Comparação Internacional dos Recursos Governamentais
1
para P&D em Nanotecnologia - US$ Milhões
Região
Europa Ocidental
Japão
EUA
Outros (2)
Total
Índice (1997 = 100)
1997
126
120
116
70
423
100
1998
151
135
190
83
559
132
1999
179
157
255
96
687
162
2000
200
245
270
110
825
195
2001
225
465
465
380
1.535
363
2002
400
720
697
550
2.367
560
2003
650
800
774
800
3.024
715
Fonte: Roco (2003) - NSF.
1. US$ 1,0/1,1 euro até 2002; US$ 1,0/0,9 euro em 2003.
2. Outros inclui Australia, Canadá, China, Europa do Leste, Fed Russa, Israel, Coréia, Cingapura, Taiwan
e outros países com P&D em nanotecnologia.
As prioridades dos programas nacionais geralmente se voltam às pesquisas para tornar a
nanoescala o mais eficiente espaço de manufatura. No caso dos EUA, União Européia,
Canadá e Coréia, colocam-se explicitamente a educação e o treinamento de uma nova geração
de trabalhadores para as novas indústrias que estarão surgindo.
Diretrizes das Políticas Tecnológicas e de Inovação – Uma Análise Comparada – Uma Visão Geral
11
Num relatório de avaliação da NNI pelo National Research Council (NRC) analisam-se
brevemente as aplicações atuais e as perspectivas concretas de emprego da nanotecnologia em
diferentes áreas nos próximos anos.3 Essas perspectivas são ilustradas na figura adiante.
Como nota o relatório do NRC, as aplicações iniciais de materiais em nanoescala ocorreram
em sistemas onde os pós em nanoescala podiam ser utilizados em suas formas livres, sem
consolidação ou mistura. As indústrias de cosméticos, de tintas e outros revestimentos são
exemplos pioneiros de uso de nanomateriais. Mais recentemente usos mais sofisticados desses
materiais passaram a ser feitos nos equipamentos de TI, integrados em produtos complexos
como os discos rígidos e os circuitos integrados de silício dos PCs, cuja confecção já requer
manejo de estruturas com espessura de cerca de 1 nanômetro. E a indústria de semicondutores
pressiona por tamanhos ainda menores, buscando transistores mais eficientes energeticamente
e mais rápidos. Processos semelhantes são demandados na fabricação de dispositivos de
armazenamento de informações.
Nas áreas biomédicas, esferas de lipídios chamadas liposomas, com diâmetro de cerca de 100
nanômetros, foram sintetizadas para melhorar a administração de medicamentos em doenças
como câncer e AIDS e nanopartículas magnéticas já são empregadas nas análises
laboratoriais, acelerando e melhorando a seletividade.
Mas muitos usos de partículas em escala nanométrica apareceram em áreas específicas, nas
aplicações de defesa ou nos equipamentos técnicos e científicos.
Figura – Aplicações Correntes de Nanotecnologia e Escala de Tempo para Avanços Previstos
Instrumentos de
corte e
revestimentos
resistentes ao uso
Pigmentosppig
em
tintas
Produtos
farmacêuticos
e remédios
Partículas em
nanoescala e filmes
ultrafinos em
dispositivos eletrônicos
Nano
hoje
Joalheria, ótica e
polimento de placas
semicondutores
Biosensores,
transcondutores
e detectores
Functional
designer fluids
Aditivos
retardantes de
chamas
Nano
2007
Propelentes,
nozzles e
válvulas
Nano-ótica,
nanoeletrônica e nano
fontes de energia
Nano
2012
Displays flexíveis
high-end
Nano bio materiais
como órgãos
artificiais
Aplicação de
medicamentos,
separação biomagnética
e tratamento de
ferimentos
Switches mais
velozes e sensores
ultrasensívies
Materiais baseados em
sistemas
Nanoeletromecânicos
Fonte: NRC – NNI Review, 2002.
3
Small wonders, Endless Frontiers – A review of the National Nanotechnology Initiative (NTC, 2002).
Diretrizes das Políticas Tecnológicas e de Inovação – Uma Análise Comparada – Uma Visão Geral
12
Olhando para as perspectivas de três a cinco anos à frente, despontam: aplicações de
nanocristais semicondutores para análise de sistemas biológicos (permitindo grandes avanços
na análise das moléculas em processos biológicos); a possibilidade de introduzir nano-pós em
sistemas comerciais de sprays, permitindo revestir os plásticos para maior uso e resistência à
corrosão (com grande interesse para a indústria automobilística, que já vem testando
protótipos em escala completa; o revestimento de superfícies para resistir à corrosão, novas
cerâmicas, cristais fotônicos para multiplexação e acopladores totalmente óticos para realizar
o pleno potencial de velocidade e amplitude de banda de todas as redes digitais de
comunicação. A área de TI continuará sendo uma das principais beneficiárias dos
avanços na nanociência e nanotecnologia, não apenas com redução de custos e melhor
performance de produtos existentes, como os chips microeletrônicos de silício, mas com
a própria superação das tecnologias atuais na direção, por exemplo, de transistores em
nanotubos de carbono, que podem aparecer em novos mercados e produtos ainda não
cobertos pelas atuais tecnologias.
Num horizonte mais longo, novos materiais, propriedades e aplicações deverão ser
descobertos. Grandes desafios se colocam nas áreas ligadas à nanofabricação, no sentido de
desenvolver as melhores técnicas de manufatura, combinando os processos existentes. Na área
de materiais será de grande importância sua aplicação como catalisadores altamente seletivos
e eficientes para processos químicos e de conversão de energia. Nas áreas biomédicas o
impacto será contínuo nos diagnósticos, tratamentos e no desenvolvimento de materiais
biocompatíveis para implantes e próteses.
Esses desenvolvimentos são percebidos pelos sistemas nacionais como relevantes e com
amplo alcance de modificação do cenário não apenas tecnológico, mas também econômico
nas próximas décadas, demandando grandes esforços de P&D.
Uma segunda grande frente tecnológica, que tem recebido de vários países atenção e
programas específicos é a biotecnologia, cujo desenvolvimento em várias áreas tem fortes
ligações com os avanços na nanotecnologia. Uma ampla gama de tratamentos médicos não
invasivos e a criação de bio-sistemas a partir de moléculas químicas ou biológicas para uso
médico, são apenas algumas das possibilidades concretas da nanobiotecnologia.
Mas a biotecnologia envolve também uma extensa gama de desenvolvimentos ligados às TI e
ao setor de fármacos, com grande potencial de aplicações não apenas no tratamento de
doenças graves como na detecção e prevenção de doenças a partir das pesquisas com as
chamadas células-tronco.
A França é um bom exemplo da priorização desse segmento, com o lançamento em 2001 de
um Plano Nacional de Biotecnologia e criação de vários instrumentos de apoio às pesquisas e
ao desenvolvimento de produtos e processos nessa área. Desde 1997 as próprias empresas do
setor já haviam constituído a France Biotech como interlocutora do segmento junto ao
governo e à sociedade francesa, com intuito de favorecer o contexto de pesquisa e negócios
nessa área. No Japão, as Ciências da Vida são uma das quatro grandes áreas (ao lado da
nanotecnologia e materiais, ciências ambientais e TICs) priorizadas pelo Plano 2001-2005.
Nessa área, a prevenção e tratamento de doenças (envolvendo a proteômica, as ciências do
cérebro, a bio-informática etc.) e a C&T aplicada aos alimentos são enfatizados como focos
de pesquisa.
Diretrizes das Políticas Tecnológicas e de Inovação – Uma Análise Comparada – Uma Visão Geral
13
No âmbito europeu, sob o título O novo quadro da saúde, o 6º Programa Europeu de
Pesquisas (FP6) elegeu as ciências da vida, genoma e a biotecnologia voltada à saúde como
uma das sete áreas prioritárias com vistas à criação da European Research Area, atrás apenas
das tecnologias ligadas à sociedade da informação no total dos recursos disponibilizados
(cerca de 2,4 bilhões de euros no período 2002-2006).
Enfatizam-se aí a extensa agenda pós-genômica e a proteômica, com os esforços de pesquisa
apoiados pela União Européia concentrando-se em dois grandes campos: genômica avançada
e aplicações em saúde – onde se enfatizam o conhecimento fundamental e ferramentas
básicas para a chamada genômica funcional em todos os organismos e a aplicação de
conhecimento e tecnologias nos campos da genômica e biotecnologia voltada à saúde
(diagnóstico, prevenção e terapia); e o combate a grandes doenças – aplicações médicas de
conhecimento e tecnologias genômicas no combate à diabete, doenças do sistema nervoso etc
e um amplo esforço, não limitado à genômica, voltado ao câncer e às doenças ligadas à
pobreza (Aids, malária e tuberculose).
OCDE – Resumo dos Planos Nacionais para Ciência, Tecnologia e Inovação
País
Plano Nacional
Principais Objetivos
Austrália
Backing Australia’s Ability (BAA)
Áustria
National
Action
Plan
Research and Innovation
Canadá
Achieving Excellence: Knowledge
Matters
Fortalecimento da capacidade da Austrália em gerar idéia
e pesquisar; acelerar a comercialização de idéias;
desenvolver e manter habilidades.
Melhorar a eficiência do sistema nacional de inovação,
mediante o fortalecimento das interações entre os atores
do setor público e privado.
Transformar-se em uma das principais economias e
sociedades inovadoras do mundo.
Transformar a nação em uma sociedade baseada em
ciência e tecnologia.
Fortalecer a posição da Dinamarca como uma sociedade
baseada em conhecimento, que produza, atraia,
dissemine e utilize conhecimento.
Desenvolvimento do sistema espanhol de ciência,
tecnologia e empresa; estímulo à competitividade das
empresas; focalização nos serviços aos cidadãos,
fortalecimento do bem-estar social e da geração de
conhecimento.
Intensificar o sucesso dos negócios e da sociedade
mediante inovação, empreendedorismo e especialização.
Foco e concentração, conhecimento que promova
atividade econômica, qualidade e recursos humanos,
estabelecer um roteiro que definia os passos das ações
governamentais para o fortalecimento da capacidade
inovadora do setor empresarial holandês.
Promover o desenvolvimento econômico e social pela
construção de uma estrutura legal favorável à inovação,
atraindo P& D, reforçando a proteção dos direitos sobre
propriedade intelectual e aumentando os recursos para
inovações nas pequenas empresas.
Promover P& D para transformar-se em uma economia
orientada por inovações; fortalecer a competitividade;
permanecer atraente para o investimento direto
estrangeiro; maximizar a coesão social.
Continua
for
Coréia
Dinamarca
Knowledge in Growth
Espanha
National Plan for Scientific
Research,
Technological
Development and Innovation
Finlândia
Knowledge,
Innovation
Internationalisation
Science Budget 2004
Innovation Letter
Holanda
Hungria
Irlanda
and
Government Programme 2002-06
Medium-Term Economic Policy
Programme
Diretrizes das Políticas Tecnológicas e de Inovação – Uma Análise Comparada – Uma Visão Geral
14
Continuação
Islândia
Japão
S&T Basic Plan
Luxemburgo
México
Nova Zelândia
Special Programme of Science
and Technology
i3 Challenge
Noruega
From Idea to Value: A Plan for a
Comprehensive Innovation Policy
Polônia
Knowledge,
Computerisation,
Competitiveness: Poland on the
Way to a Knowledge-based
Economy
Reino Unido
Science
and
Innovation
Investment Framework
República Checa
National
Research
Development Policy
República Eslovaca
National S&T Policy to 2005
and
Suécia
Suíça
Promotion
of
Education,
Research and Technology;
Action Plan for Promotion of
Innovation and Entrepreneurship
Intensificar os esforços em C&T para reforçar a posição
econômica e cultural da Islândia em um ambiente
internacional competitivo e assegurar a continuidade de
elevados padrão e qualidade de vida para a população.
Impulsionar os efeitos economicos e os benefícios
sociais dos valores intelectuais.
Aperfeiçoar a competitividade ampla do setor econômico
fortalecendo a ciência de base e elevando os níveis gerais
de investimento em P&D.
Fortalecer a competitividade e a inovação das empresas.
Definir as necessidades nacionais, fortalecer a
capacidade de pesquisa de longo prazo e extrair o
máximo de valor comercial das pesquisas.
Tornar-se um dos países mais inovadores do mundo,
onde sejam dadas oportunidades para pessoas e empresas
criativas e empreendedoras desenvolverem negócios
lucrativos.
Desenvolver o potencial da ciência e pesquisa; construir
a Área Polonesa de Pesquisa como parte da Área
Européia de Pesquisa; preparar e implementar estratégias
regionais de inovação; promover a sociedade de
informação.
Construir e manter centros mundiais de formação de
excelência; aperfeiçoar a responsabilização da pesquisa
com financiamento público; estimular o suprimento de
cientistas,
engenheiros
e
tecnólogos;
garantir
universidades e laboratórios públicos fortes e
financeiramente sustentáveis; promover o interesse e
confiança do público na pesquisa científica.
Melhorar a avaliação de pesquisas, a cooperação interregional e internacional, os recursos humanos e a
transferência dos resultados de P&D para à indústria.
Assegurar coordenação de longo prazo da política
nacional de C&T com as demais políticas; criar
condições para elevar as atividades de C&T a níveis
comparáveis aos europeus em 2005; criar condições para
cooperação internacional em C&T; aumentar a eficiência
do P&D.
Integrar as políticas tecnológica e industrial; ampliar a
comercialização das pesquisas das universidades.
Atualizar as estruturas de ensino; ampliar as atividades
de pesquisa; promover a inovação; intensificar a
cooperação nacional e internacional; fortalecer a
educação, pesquisa e tecnologia; estimular o
empreendedorismo; melhorar as relações entre
universidades e empresas; aprender com referências
internacionais.
Fonte: OCDE. Science, Technology and Industry Outlook. Paris: OCDE, 2004, pg. 51.
Diretrizes das Políticas Tecnológicas e de Inovação – Uma Análise Comparada – Uma Visão Geral
15
Anexo Estatístico
Tabela 1 - OCDE - GASTO BRUTO EM P&D (% do PIB)
PAÍSES
Canadá
México 1
10
Estados Unidos
Austrália 2
3
Japão
Coréia 11
Nova Zelândia
Áustria
Bélgica
Rep. Checa
Dinamarca
Finlândia
França
Alemanha4
Grécia 5
Hungria
Islândia
Irlanda
Itália
Holanda
Noruega
Polônia
Portugal 6
Rep. Eslováquia
Espanha
Suécia
Suíça2
Turquia
Reino Unido
União Européia9
7
Total OCDE
1981
1.24
..
2.34
0.95
2.11
..
0.99
1.13
..
..
1.06
1.17
1.93
2.43
0.17
..
0.64
0.68
0.88
1.79
1.17
..
0.30
..
0.41
2.17
2.18
..
2.38
1.69
1.95
1985
1.44
..
2.76
1.24
2.54
..
..
1.24
8
1.62
..
1.21
1.55
2.22
2.68
0.27
..
0.74
0.77
1.12
8
1.99
8
1.48
..
0.38
..
0.53
2.71
8
2.82
..
8
2.24
1.86
2.26
1991
8
1.60
0.22
2.72
1.52
2.75
1.92
0.98
1.47
8
1.62
2.02
8
1.64
8
2.03
2.37
8
2.53
8
0.36
1.06
1.18
0.93
8
1.23
8
1.97
1.64
..
0.61
2.16
0.84
2.70
8
2.66
0.53
2.07
1.90 8
8
2.23
1995
1.72
0.31
2.51
1.66
2.69
2.50
8
0.96
8
1.56
8
1.72
8
1.01
1.84
2.28
2.31
8
2.26
8
0.49
8
0.73
1.57
1.28
1.00
8
1.99
8
1.70
8
0.69
8
0.57
8
0.94
8
0.81
8
3.35
..
0.38
8
1.95
1.80 8
8
2.10
1998
1.79
0.38
2.60
1.51
2.94
2.55
..
1.78
1.90
1.24
2.06
2.88
2.17
2.31
..
0.68
2.07
1.25
1.07
1.94
..
0.72
0.69
0.79
0.89
..
..
0.50
1.80
1.81
2.17
2000
1,92
0.37
2.72
1,54
2.99
2.65
1.02
12
1.86
2.04
1.33
2.19
3.40
8
2.18
2.49
0.67
0.80
2.75
12
1.15
1.07
1.90
1.65
0.66
0.80
0.65
0.94
13
3.65
2.57
0.64
1.84
1.88 12
12
2.24
2001
2,03
0.39
2,74
..
3.07
2.92
8
1.18
12
1.92
2.17
1.30
2.40
3.41
2.23
2.51
0.65
0.95
3.06
12
1.15
1.11
1.89
1.60
0.64
0.85
0.64
0.95
13
4.27
..
..
1.86
1.92 12
12
2.28
2002
1,91
2,67
3.12
2.91
1,93
12
1.30
2.52
3.46
12
2.20
12
2.52
1.02
12
3.09
1.67
0.59
0.93
0.58
1.03
1.88
1.93 12
12
2.26
Fonte: 1981,1985,1991,1995 e 1998: OCDE Science & Technology Scoreboard - 2003; 2000-2002 : OECD (2004)
1. 1993 e não 1991
2. 1986 e não 1985; 1992 e não 1991;1996 e não 1995
3. Ajustado pela OCDE até 1995
4. Valores para Alemanha depois de 1991 referem-se à Alemanha unificada
5. 1986 e não 1985
6. 1982 e não 1981; 1986 e não 1985; 1992 e não 1991
7. Inclui Mexico e Coréia a partir de 1991 e Rep. Tcheca, Hungria, Polônia e Rep. Eslováquia a partir de 1995
8. Quebra na série em rel.ao ano anterior para o qual dados são disponíveis
9. Europa - 15 países
10. Exclui a maior parte ou totalmente os gastos de capital
11. Exclui P&D nas ciências sociais e humanas
12. Estimativa
13. Subestimado
Diretrizes das Políticas Tecnológicas e de Inovação – Uma Análise Comparada – Uma Visão Geral
16
Tabela 2 - Países Não Pertencentes à OCDE
Gastos Brutos em P&D - 2001 (1)
Países
Chipre (2000)
Romênia
Argentina
Letônia
Bulgária (2000)
Chile
Hong Kong, China
África do Sul (2000)
Estônia (2000)
Lituânia
India (2000-01)
Brasil (2000)
China
Rússia
Eslovênia
Cingapura
Taipei, China
OCDE
4
Israel
% PIB
US$ milhões PPPs
(correntes)
0,26
0,40
0,42
0,44
0,52
0,54
0,55
0,64
0,66
0,68
0,85
1,04
2
1,09
3
1,16
1,63
2,13
2,16
2,33
5,04
41
544
1.926
81
255
851
990
2.607
95
152
19.440
13.659
59.829
11.624
577
1.993
10.902
645.410
6.385
Fonte: OCDE - MSTI Database; Eurostat, NewCronos database, 2003.
1. Dados para Brasil, Hong Kong, Africa do Sul e Índia não
necessariamente de acordo com o Manual Frascati.
2. Gastos equivalentes a 1,23% do PIB em 2002 (OECD, 2004).
3. Gastos equivalentes a 1,24% do PIB em 2002 (OECD,2004).
4. Dado para 2001 de OECD STI Outlook (2004); em 2002, 4,72% do PIB
(estimativa).
Tabela 3 - OCDE - Evolução do Gasto
Doméstico em P&D - 1995-2001
Países
Rep. Eslováquia (1997-2001)
Suíça (1996-2000)
Austrália (1996-2000)
Reino Unido
França (1997-1999)
Itália (1997-2000)
Japão (1996-2001)
Holanda (1996-2000)
Alemanha
União Européia
Polônia
Nova Zelândia (1995-1999)
Noruega
Total OCDE
Estados Unidos
Canadá
República Checa
Áustria
Bélgica (1995-1999)
Espanha
Suécia
Dinamarca (1995-1999)
Irlanda
Coréia
Hungria
Portugal
Finlândia
Grécia (1995-1999)
México (1995-1999)
Turquia (1995-2000)
Islândia
Taxa Média
Anual de
Crescimento
(%)
-9,7
1,3
1,8
2,3
2,4
2,7
2,8
2,9
3,3
3,7
4,0
4,4
4,4
4,7
5,4
5,6
5,9
5,9
6,0
6,5
7,2
7,2
7,5
7,5
8,5
10,1
11,3
12,0
14,1
15,4
17,0
Gasto em P&D
(US$ bilhões PPP
correntes em 2001 ou
último ano disponível)
0,4
5,6
7,7
29,4
35,1
15,5
103,8
8,4
53,9
186,3
2,6
0,8
2,7
645,4
282,3
17,4
2,0
4,4
4,9
8,2
9,9
3,2
1,4
22,3
1,3
1,5
4,7
1,1
3,5
2,7
0,3
Fonte: OECD, MSTI database, maio 2003.
Diretrizes das Políticas Tecnológicas e de Inovação – Uma Análise Comparada – Uma Visão Geral
17
Tabela 4 - OCDE - Financiamento do Gasto em P&D - Composição - %
Países
Canadá
México
Estados Unidos
1
Austrália
2
Japão
Coréia
Nova Zelândia
Áustria
Bélgica
Rep. Checa
Dinamarca
Finlândia
França
3
Alemanha
Grécia
Hungria
Islândia
Irlanda
Itália
Holanda
Noruega
Polônia
5
Portugal
Rep. Eslováquia
Espanha
Suécia
5
Suíça
Turquia
Reino Unido
União Européia 12
Total OCDE 6
1991
38,2
..
8
57,2
..
7
77,4
..
27,4
50,3
64,8
..
51,4
56,3
42,5
61,9
21,8
56,0
24,5
60,6
44,4
47,8
44,5
..
20,2
68,3
48,1
61,9
67,4
28,5
49,6
51,9
58,8
Empresas
Governo
Outras Fontes Nacionais
1997
2001
1991
1997
2001
1991
1997
2001
48,1
48,3
45,7
32,0
30,5
6,7
7,7
8,4
10
10
10
29,8
59,1
9,8
16,9
..
71,1
..
9,5
8
8,10
8
8
8,10
8
8
8,10
64,0
67,3
38,9
31,5
27,8
3,9
4,4
5,0
10
10
10
10
46,3
45,7
4,8
50,2
45,7
47,1
..
4,7
9
8
9
8
9
16,4
6,1
74,0
18,2
7,5
73,0
18,5
8,1
8
8
8
8
8
8
22,9
4,5
72,5
72,5
25,0
2,1
..
..
10
10
10
37,1
46,4
9,9
30,5
61,8
52,3
8,2
12,0
10
10
39,9
41,1
43,3
46,5
41,0
0,3
0,4
0,3
10
10
21,4
64,3
31,3
22,2
1,0
3,4
2,5
67,6
8
7
30,8
7,5
59,8
52,5
..
43,6
..
1,7
10
10
28,0
61,5
39,7
36,1
4,6
4,1
2,6 10
53,4
62,9
70,8
40,9
30,9
25,5
1,5
0,9
1,2
9
10
9
10
9
10
38,8
1,6
51,6
54,2
36,9
1,7
48,8
0,7
10
65,7
61,4
35,7
35,9
31,5
0,5
0,3
0,4
10
10
46,9
2,0
21,6
29,7
57,7
54,2
0,7
1,6
36,6
34,8
40,0
54,8
53,6
0,1
0,5
0,4
42,0
46,2
69,7
50,9
34,0
1,7
0,9
1,6
10
10
10
66,0
22,6
2,6
67,3
27,9
24,3
2,2
1,7
43,0
..
49,6
50,8
..
..
..
..
9
10
9
10
9
10
39,1
2,6
45,6
51,8
36,2
1,1
48,6
1,8
49,4
51,7
49,5
42,9
39,8
1,3
1,2
1,4
35,1
30,8
..
61,7
64,8
..
1,6
2,0
10
9
31,5
68,2
21,2
59,4
61,2
5,4
4,4
2,1
7,9
7
9
7,9
7
63,6
34,5
0,1
56,1
0,8
31,7
41,3
..
44,7
47,2
45,7
43,6
39,9
0,6
4,9
5,3
9
9
2,8
25,8
21,0
2,7
3,8
67,9
71,9
34,0
10
10
10
69,1
23,2
3,4
..
28,4
..
2,3
..
10
10
10
42,9
50,6
5,3
41,8
70,1
53,7
1,3
2,7
10
10
10
47,3
28,5
5,0
50,0
35,0
30,7
3,5
4,8
11
11
53,8
56,0
41,2
37,1
34,1
1,3
2,0
2,2 11
62,0
63,6 11
35,6
31,1
28,9 11
3,5
4,4
4,6 11
1991
9,4
..
..
..
8
0,1
..
2,5
3,0
3,0
..
4,4
1,3
8,0
1,9
19,9
1,8
4,1
9,4
6,1
1,9
4,6
..
15,0
..
5,6
1,5
1,9
0,2
11,9
5,7
..
Exterior
1997
12,3
2,5
..
..
9
0,3
8
0,1
5,2
15,3
6,8
1,9
6,4
5,4
9
7,9
2,4
22,6
4,3
6,2
6,7
6,2
9
12,8
6,5
1,6
9
6,1
7,9
1,9
6,7
3,5
..
1,8
14,6
7,2
..
2001
12,9
10
1,3
..
10
3,3
0,4
8
0,5
10
6,6
18,9
10
11,8
2,2
10
7,8
2,5
10
7,2
10
2,5
10
21,4
9,2
18,3
10
8,9
..
10
11,0
7,1
2,4
10
5,1
7
1,9
7,7
3,4
10
4,3
10
1,2
10
18,4
10
7,8
..
Fonte: OECD - MSTI Database, 2003.
1. 1996 e não 1995; 1998 e não 1997;2000 e não 2001.
2. Ajustado pela OCDE até 1995.
3. Valores para Alemanha após 1991 referem-se à Alemanha unificada.
4. 1992 e não 1991.
5. 1992 e não 1991; 1996 e não 1995.
6. Inclui Rep. Checa, Hungria, Polônia e Rep. Eslovaca a partir de 1995.
7. Superestimado.
8. Subestimado.
9. Quebra na série em relação ao último ano para o qual dados estavam disponíveis.
10. Dados do OECD STI Outlook (2004).
11. Estimativa.
12. Europa - 15.
Diretrizes das Políticas Tecnológicas e de Inovação – Uma Análise Comparada – Uma Visão Geral
18
Tabela 5 - OCDE - Gasto em P&D por Segmento Executores - %
Empresas
Países
Canadá
México
Estados Unidos
Austrália 1
Japão 2
Coréia
Nova Zelândia
Áustria 3
Bélgica
Rep. Checa
Dinamarca
Finlândia
França
Alemanha 4
Grécia
Hungria
Islândia
Irlanda
Itália
Holanda
Noruega
Polônia
Portugal 5
Rep. Eslováquia
Espanha
Suécia
Suíça 6
Turquia
Reino Unido
União Européia 11
Total OCDE 7
1991
49,7
..
9
72,5
44,2
8
75,4
..
26,8
55,9
66,5
69,4
58,5
57,0
61,5
69,5
26,1
41,4
21,8
63,6
55,8
49,7
54,6
..
21,7
74,6
56,0
68,5
70,1
21,1
67,1
63,5
68,9
1997
59,7
19,7
9
74,1
45,8
10
72,0
9
72,6
28,2
63,6
71,6
62,8
61,5
66,0
10
62,5
67,5
25,6
41,5
40,6
71,0
10
49,8
10
54,6
56,9
39,4
22,5
8,10
75,6
48,8
74,9
..
32,3
65,2
62,9
68,9
Universidades
2001
59,6
30,3
9
73,0
47,5
73,7
9
76,2
36,5
63,6
73,7
60,2
68,7
71,1
63,2
69,9
32,7
40,1
58,9
69,7
49,1
58,3
59,7
35,8
31.8
8
67,3
52,4
77,6
73.9
33.4
10
66,8
64.7
69.3
1991
30,6
..
9
14,5
26,2
9
12,1
..
28,6
35,0
26,2
1,6
22,6
22,1
15,1
16,2
33,8
20,3
29,4
23,2
21,5
29,7
26,7
..
43,0
3,9
22,2
8
27,4
25,0
71,1
16,7
18,7
16,2
1997
26,5
39,9
9
14,3
28,6
10
14,3
9
10,4
36,4
29,7
23,8
9,1
22,2
10
20,0
10
17,4
17,9
50,6
23,0
28,3
20,7
10
30,8
10
27,3
26,6
28,6
40,0
8,10
6,7
32,7
8,10
21,4
..
57,2
19,7
21,5
17,2
Governo
2001
29,3
30,4
9
14,5
..
14,5
9
10,4
..
..
..
15,6
..
18,1
18,9
16,4
44,9
25,7
18,8
22,4
32,6
27,0
25,7
32,7
36,7
8
9,0
30,9
8
19,4
22,9
60,4
21,8
21,4
17,3
1991
18,7
..
9
9,8
28,1
9
8,1
..
44,6
8,9
6,1
29,0
17,7
20,2
22,7
14,0
40,1
24,5
44,5
11,6
22,7
18,3
18,8
..
22,1
21,5
21,3
8,9
4,1
3,7
7,9
14,5
17,0
12,4
1997
13,2
38,8
8,2 9
23,2
10
8,8
9
15,8
35,3
6,4
3,3
26,6
15,4
13,6
10
18,7
14,6
23,4
25,1
29,8
7,6
10
19,4
10
17,1
16,4
32,0
24,2
8,10
17,7
17,4
8,9
3,5
..
10,5
13,8
14,8
11,2
Privado S/ Fins Lucrativos
2001
10,9
39,1
9
7,9
..
9,5
9
12,4
33,2
6,4
6,0
23,7
11,7
10,2
16,5
13,7
22,1
25,9
20,1
7,9
18,4
14,2
14,6
31,3
20,8
8
23,7
15,9
8,9
2,8
1,3
6,2
10
9,9
13,1
10,5
1991
1,0
..
9
3,3
1,6
9
4,4
..
..
0,3
1,2
..
1,2
0,7
0,8
0,4
..
..
4,4
1,7
..
2,3
..
..
13,2
..
0,5
8,9
0,1
1,2
..
1,8
0,9
2,6
1997
0,6
1,6
9
3,5
2,5
10
4,9
9
1,2
..
0,3
1,3
1,4
1,0
0,5
10
1,4
..
0,4
..
1,3
0,7
..
10
1,0
..
..
13,3
10
0,0
1,1
8
0,1
..
..
1,3
0,9
2,8
2001
0,2
0,2
4,7
2,7
2,3
10
1,1
..
0,3
1,1
0,5
0,7
0,6
1,4
..
0,4
..
2,3
..
..
0,6
..
0,2
10,0
0,0
0,8
0,1
1,9
..
1,5
0,9 12
2,8 12
Fonte: 1991,1997: OCDE (2003) MSTI Database; 2001: OECD (2004).
1. 1992 e não 1991; 1996 e não 1995, 1998 e não 1997.
2. Ajustado pela OECD até 1995.
3. 1993 e não 1991;1998 e não 1997.
4 Valores para Alemanha após 1991 referem-se à Alemanha unificada.
5. 1992 e não 1991.
6. 1992 em vez de 1991; 1996 e não 1995.
7. Inclui Rep. Tcheca, Hungria, Polônia e Rep. Eslovaca desde 1995.
8. Superestimado.
9. Subestimado.
10. Quebra na série em relação ao último ano para o qual dados estavam disponíveis.
11.Europa - 15.
12. Estimativa.
Diretrizes das Políticas Tecnológicas e de Inovação – Uma Análise Comparada – Uma Visão Geral
19
Tabela 6 - OCDE - Gastos de P&D em Defesa
Países Selecionados
P&D em Defesa
Países
P&D em Defesa
(% do PIB)
(% no total do
financiamento de P&D pelo
Governo)
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,0
0,1
0,1
0,2
0,2
0,2
0,3
0,3
0,5
0,0
0,2
0,9
0,7
0,6
0,7
1,1
1,9
7,0
4,8
4,0
2,9
4,1
4,2
5,3
7,3
15,1
15,3
30,3
22,2
29,8
24,2
37,3
54,4
Áustria (2002)
Bélgica (2001)
Grécia (2002)
Nova Zelândia (1999)
Dinamarca (2002)
Suíça (2000)
Portugal (2002)
Holanda (2001)
República Eslováquia
Canadá (2000)
Itália (2001)
Finlândia
Japão (2002)
Noruega
Alemanha (2002)
Austrália
União Européia (2001)
Coréia (2002)
Reino Unido (2001)
Suécia
OCDE (2001)
França (2002)
Espanha (2001)
Estados Unidos
Fonte: OECD, MSTI database, maio 2003.
Tabela 7 - Valor Adicionado nas
1
Indústrias Baseadas no Conhecimento
Taxa média anual de crescimento do VA
Países
Anos
Canadá
México
Estados Unidos
Japão
Coréia
Nova Zelândia
Áustria
Bélgica
Rep. Checa
Dinamarca
Finlândia
França
Alemanha
Grécia
Hungria
Irlanda
Itália
Holanda
Noruega
Portugal
Espanha
Suécia
Suíça
Reino Unido
União Européia
Total OCDE
1985-97
1988-99
1985-00
1985-98
1985-99
1987-96
1985-00
1985-00
1990-99
1985-00
1985-00
1985-99
1991-00
1995-99
1995-99
1991-98
1990-00
1985-99
1990-97
1995-99
1985-99
1985-98
1997-98
1990-99
1990-98
1990-97
Total do setor
empresarial
2.05
3.30
3.28
2.56
7.02
2.50
2.68
2.28
-0.53
1.96
2.45
2.10
1.48
2.44
3.62
6.64
1.23
2.78
2.94
3.42
2.62
1.63
2.38
1.87
1.46
3.79
Baseadas
no conhec.
3.72
5.91
4.74
2.79
10.28
1.92
4.01
3.50
1.96
3.12
5.15
2.50
1.67
1.75
6.67
10.55
2.20
4.48
2.40
4.22
3.47
2.88
4.74
2.76
2.07
5.06
Fonte: OCDE (2002).
1. Definidas como a soma das Indústrias de alta e média-alta tecnologia, serviços postal e
de comunicações, finanças e seguros e serviços empresariais.
Diretrizes das Políticas Tecnológicas e de Inovação – Uma Análise Comparada – Uma Visão Geral
20
Tabela 8 - OCDE - Gasto Empresarial em P&D
% do VA da Indústria
Países
Canadá
México
Estados Unidos
Austrália
Japão
Coréia
Nova Zelândia
Áustria
Bélgica
República Checa
Dinamarca
Finlândia
França
Alemanha 1
2
Grécia
Hungria
Islândia
Irlanda
Itália
Holanda
Noruega
Polônia
3
Portugal
República Checa
Espanha
Suécia
Suíça 4
Turquia
Reino Unido
União Européia
Total OCDE 5
1981
0,8
..
2,3
0,3
1,8
..
0,3
0,9
1,5
..
0,9
0,9
1,6
2,3
0
..
0,1
0,4
0,6
1,4
0,9
..
0,1
..
0,2
2,2
1,6
..
2,1
1,4
1,7
1985
1
..
2,8
0,5
2,5
..
..
1
1,7
..
1,1
1,3
1,9
2,7
0,1
..
0,2
0,5
0,8
1,6
6
1,3
..
0,1
..
0,4
2,9
2,6 6
..
2
1,7
2,1
1991
1,1
0,1
2,8
0,8
2,8
..
0,4
..
1,6
1,8
1,5
1,8
2,1
2,5 6
0,1
0,6
0,4
0,8
6
1,0
1,4
1,3
..
0,2
..
0,6
3
2,9 6
0,1
6
2,0
1,7 6
2,2 6
1998
1,5
0,2
2,7
0,9
3
2,2
..
1,6
2
1,1
2,2
2,9
2
2,2
..
0,4
1,2
1,2
0,7
1,5
..
0,4
0,2
0,7
0,7
..
..
0,2
1,7
1,6
2,1
2000
1,5
..
9
2,8
1
3,1
2,4
..
..
2,2
1,1
..
3,5
2
2,5
..
0,5
2,5
1,1
0,8
1,6
..
0,4
0,4
0,6
0,7
..
3,1
0,3
1,8
1,8
2,2
2001
8
1,6
0,2
9
2,7
1,1
3,3
2,8
..
..
2,4
1
2,6
3,6
2,1 6
2,5
8
0,3
0,6
2,8
1,1
7
0,8
1,6
1,4
0,3
0,4
0,6
0,7
5,2 10
..
..
6
1,8
1,8 8
2,2 8
2002
8
1,4
2,6
8,9
7
2,5
1,1
2,8
3,6
2,0 7
2,5 8
0,6
2,8
7
0,8
7
1,6
1,4
0,30,2
0,5
0,5
6
0,8
1,9
1,8 8
2,1 8
Fonte: OECD, MSTI Database, 2003; 2001 e 2002: OECD (2004).
1. Números para Alemanha a partir de 1991 são para Alemanha unificada.
2. 1986 em vez de 1985.
3. 1982 e não 1981;1986 e não 1985;1992 e não 1991.
4. 1986 e não 1985; 1992 e não 1991.
5. Inclui México e Coréia desde 1991 e Rep. Checa, Hungria, Polônia e Eslováquia a partir de 1995.
6. Quebra na série em relação ao último ano para o qual dados estavam disponíveis.
7. Provisório.
8. Estimativa.
9. Exclui maior parte ou totalmente gastos de capital.
10. Subestimado.
Diretrizes das Políticas Tecnológicas e de Inovação – Uma Análise Comparada – Uma Visão Geral
21
Tabela 9 - OCDE - Crescimento do
Emprego Total Taxa Média Anual
Países
Canada
Mexico
Estados Unidos
Japão
Coréia
Áustria
Bélgica
Dinamarca
Finlândia
França
Alemanha
Itália
Holanda
Espanha
Suécia
União Européia
Total OCDE
Anos
1985-99
1988-99
1985-00
1985-98
1985-99
1985-00
1995-00
1985-00
1985-00
1985-99
1995-00
1990-00
1995-99
1985-99
1990-99
1990-99
1990-98
Empresas
Total do setor
Baseadas no
empresarial
conhec.1
1,65
2,74
2,42
3,55
1,75
2,39
0,75
0,64
2,16
6,56
0,46
1,52
1,07
1,80
0,27
1,11
-0,44
1,33
0,54
1,34
0,70
2,37
0,20
1,49
2,78
5,71
1,80
2,63
-1,00
0,33
-0,13
0,79
0,44
2,25
Fonte: OCDE, STAN Database, 2002.
1. Definidas como a soma das Indústrias de alta e média-alta tecnologia,
serviços postal e de comunicações, finanças e seguros e serviços empresariais.
Tabela 10 - Recursos Humanos em C&T (1995/2002)
Países
Australia
Austria
Bélgica
Canada
Rep. Checa
Dinamarca
Finlândia
França
Alemanha
Grécia
Hungria
Islândia
Irlanda
Itália
Japão6
Coréia do Sul
Luxemburgo
Holanda
Nova Zelândia
Noruega
Polônia
Portugal
Rep. Eslováquia
Espanha
Suécia
Suíça
Reino Unido
Estados Unidos
RH em C&T
Crescimento Médio
Participação no
Anual,
Emprego Total, 2002
1995-2002
3,07
2,08
2,23
3,00
1,69
3,46
2,32
2,11
2,04
2,65
-1,03
5,60
7,05
4,26
3,40
5,43
3,90
3,06
7,64
-1,14
-0,64
1,03
8,36
3,37
1,04
2,49
2,00
1
3
3
4
3
5
5
3
1
5
5
7
4
7
35,6
24,7
30,1
29,0
29,7
35,3
32,5
29,2
33,5
19,7
23,9
29,0
22,4
28,4
15,7
16,2
31,6
34,3
26,0
34,7
23,5
14,8
28,8
23,1
37,7
36,1
25,3
32,7
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
Fonte: OCDE - Science, Technology and Industry Scoreboard 2003.
1. 1996-2001 instead of 1995-2002.
2. 2001 instead of 2002.
3. 1995-2001 instead of 1995-2002.
4. 1997-2001 instead of 1995-2002.
5. 1999-2001 instead of 1995-2002.
6. Dados para o Japão são estimativas nacionais.
7. 1999-2002 instead of 1995-2002.
Diretrizes das Políticas Tecnológicas e de Inovação – Uma Análise Comparada – Uma Visão Geral
22
1
Tabela 11 - OCDE - Pesquisadores Para Cada 1.000 Empregados
Países
9
Canadá
2
Mexico
Estados Unidos
3
Austrália
Japão 4
Coréia
Nova Zelândia
2
Áustria
Bélgica
Rep. Checa
Dinamarca
Finlândia
França
Alemanha 5
Grécia
Hungria
Irlanda
Itália
Holanda 2
Noruega
Polônia
6
Portugal
Rep. Eslováquia
Espanha
Suécia
Turquia
Reino Unido
União Européia
Total OCDE 7
1991
5,1
0,4
7,7
6,8
7,5
..
5,0
3,3
4,8
..
4,6
6,0
5,7
6,3
1,7
3,2
4,4
3,3
4,6
6,6
..
2,1
..
2,9
5,9
0,6
4,6
4,7
5,6
1995
6,5
0,6
8
7,6
7,2
8,3
4,9
8
5,7
..
8
6,1
..
6,1
8,2
6,7
6,2
2,5 8
2,9
4,5
3,4
4,8 8
8
7,5
3,4
8
2,6
4,5
3,5
8
8,2
0,8
5,3 8
5,2 8
5,8 8
1998
6,2
0,5
..
7,2
9,7
4,6
..
4,7
7,1
..
..
13,9
6,7
6,3
..
3,2
5,1
2,9
5,1
..
3,6
3,1
4,6
4,1
..
0,9
5,5
5,5
6,3
1999
6,1
0,6
8,6
..
9,9
5,0
7,6
..
7,5
..
6,8
14,5
6,8
6,7
3,7
3,3
4,9
2,9
5,1
8,0
3,7
3,3
4,3
4,1
9,6
0,9
..
5,6
6,4
2000
..
..
..
7,2
9,7
5,2
..
..
..
..
..
15,1
8
7,1
6,7
..
3,8
8
5,0
2,9
5,2
..
3,7
3,4
4,7
4,9
..
1,1
..
5,8
6,5
2001
10
7,1
..
..
7,3
10,2
6,3
6,9
4,7
7,8
2,9 10
7,0
15,8
7,2
6,8
..
3,8
8,10
5,0
2,8
..
8,5
3,8
10
3,5
4,7
5,0
10,6
10
1,1
..
5,9 10
6,5 10
Fonte: OCDE, MSTI Database, 2003; 2001: OECD S,T&I Outlook (2004).
1. Inclui programas de pós graduação.
2. 1993 e não 1991.
3. 1992 e não 1991;1996 e não 1995.
4. Ajustado pela OCDE até 1995.
5. Valores para Alemanha depois de 1991 referem-se à Alemanha unificada.
6. 1992 e não 1991.
7. Inclui Rep. Checa, Hungria, Polônia e Rep. Eslovaca desde 1995.
8. Quebra na série em relação ao último ano para o qual dados estavam disponíveis.
9. 2000 e não 2001.
10.Estimativa.
11.Subestimado.
Tabela 12 - Países Não Pertencentes à OCDE
Entrada e Graduação no Ensino Superior - 2000
Países
Estudantes
Ingressantes no
Ensino Superior
China
India
Russia
Filipinas
Brasil
Indonésia
Tailândia
Chile
Argentina
Malásia
Israel
1.398.262
..
1.297.293
630.838
744.024
615.363
440.458
93.474
310.503
92.633
49.482
Estudantes
Graduandos no
Ensino Superior
739.422
686.980
611.236
352.827
320.979
284.655
175.896
53.785
47.025
43.722
38.568
Graduandos
em Programas
de Pesquisa
Avançada 1
10.320
10.951
26.079
..
20.218
8.710
19.547
1.983
1.214
148
688
Fonte: OECD, base de dados MSTI, maio 2003 e Eurostat, base de dados NewCronos, maio 2003.
1. Programas de pós-graduação.
Diretrizes das Políticas Tecnológicas e de Inovação – Uma Análise Comparada – Uma Visão Geral
23
Tabela 13 - OCDE - Estrutura do Comércio Exterior
de Manufaturas por Intensidade Tecnológica
% no Total do Comércio de Manufaturados
Anos
Alta
tecnologia
Média-alta
tecnologia
Média- baixa
tecnologia
Baixa
tecnologia
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
19,7
20,6
20,9
21,2
21,6
22,7
23,9
25,1
26,9
26,1
38,9
38,4
38,9
39,1
39,4
39,2
39,2
39,2
38,1
38,3
16,5
16,2
15,8
16,0
15,6
15,4
14,8
14,1
14,7
14,7
24,9
24,7
24,3
23,6
23,3
22,6
22,0
21,5
20,3
20,8
Fonte: OECD, base de dados STAN, maio 2003.
Tabela 14 - OCDE - Crescimento do Comércio de Industrializados por
Indústria e Intensidade Tecnológica (1992/2001)
Taxa Média de
Crescimento Anual
Intensidade de
Tecnologia
Farmacêutico
Rádio, TV, Comunicações
11,2
10,2
Alta tecnologia
Alta tecnologia
Computadores
Equipamentos elétricos
7,2
6,9
Alta tecnologia
Média-alta-technologia
Instrumentos Científicos
Aeronáutico
Refino de petróleo
6,5
6,3
5,3
Alta tecnologia
Alta tecnologia
Média-baixa tecnologia
Veículos a motor
Outros industrializados
Total de industrializados
5,3
5,1
5,0
Média-alta-technologia
Baixa tecnologia
Outros transportes
Borrachas, plásticos
4,7
4,7
Média-alta-technologia
Média-baixa tecnologia
Química
Produtos metalicos
Maquinários, equipamentos
4,6
4,0
3,7
Média-alta-technologia
Média-baixa tecnologia
Média-alta-technologia
Construção naval
Madeira
Papel, grafica
3,6
3,4
2,9
Média-baixa tecnologia
Baixa tecnologia
Baixa tecnologia
Têxteis
Minerais não-metálicos
2,8
2,7
Baixa tecnologia
Média-baixa tecnologia
Metais básicos
Bebidas, alimentos e fumo
2,5
2,0
Média-baixa tecnologia
Baixa tecnologia
Setores
Fonte: OECD, base de dados STAN, maio 2003.
Diretrizes das Políticas Tecnológicas e de Inovação – Uma Análise Comparada – Uma Visão Geral
24
Tabela 15 - Países da OCDE
1
Composição das Exportações de Industrializados por Intensidade Tecnológica
Países
Canadá
México
Estados Unidos
Austrália
Japão
Coréia do Sul
Nova Zelândia
Áustria
Bélgica
República Checa
Dinamarca
Finlândia
França
Alemanha
Grécia
Hungria
Islândia
Irlanda
Itália
Holanda
Noruega
Polônia
Portugal
Eslováquia
Espanha
Suécia
Suíça
Turquia
Reino Unido
União Européia
Total OCDE 2
Total da Ind.
Transformação
Indústria de
Alta Tecnologia
1992
100
100
100
100
100
..
100
100
100
..
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
..
100
100
100
100
100
100
100
1992
11,3
21,2
32,4
9,9
30,1
..
2,1
9,8
8,3
..
13,4
9,7
18,3
14,7
2,0
8,1
0,3
32,7
10,6
16,6
8,6
3,7
6,3
..
9,3
17,6
28,3
2,8
25,7
15,5
20,0
2001
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
100
Indústria de MédiaAlta Tecnologia
2001
14,3
29,9
37,9
13,5
30,8
32,4
3,0
15,6
15,0
12,1
20,6
24,4
25,4
20,6
9,0
28,3
3,4
58,2
11,8
29,8
12,0
6,8
11,2
6,0
10,2
23,5
37,1
6,6
40,3
23,5
26,4
1992
43,0
50,1
39,1
15,2
51,9
..
8,8
41,2
40,0
..
26,6
25,4
40,2
52,3
8,9
28,6
0,8
21,7
37,4
30,1
24,5
27,0
20,9
..
46,9
36,1
42,7
13,8
38,4
41,1
41,8
2001
43,5
46,7
37,1
19,8
52,2
29,4
13,0
40,5
42,0
45,0
29,0
25,4
39,8
51,1
15,1
40,5
3,7
23,9
38,8
29,0
25,8
33,3
31,6
42,7
46,8
36,3
38,0
22,5
33,3
40,2
40,7
Indústria de MédiaBaixa Tecnologia
1992
18,4
13,4
11,1
40,7
11,7
..
12,6
22,0
22,3
..
15,7
21,1
17,0
15,9
26,6
19,4
14,0
7,4
18,5
20,0
43,6
35,6
13,2
..
21,9
19,5
11,8
24,1
15,6
17,7
16,2
2001
16,6
8,1
10,6
32,5
11,4
22,9
10,9
18,3
18,3
23,5
12,9
18,9
14,7
14,6
34,8
11,3
27,0
3,0
18,0
17,3
39,3
27,1
13,3
29,3
19,2
17,4
12,0
23,1
11,9
15,3
14,2
Indústria de Baixa
Tecnologia
1992
27,2
15,4
17,3
34,2
6,2
..
76,6
27,0
29,3
..
44,3
43,9
24,4
17,0
62,5
43,5
84,9
38,2
33,5
33,3
23,3
33,7
59,6
..
22,0
26,9
17,2
59,3
19,4
25,7
22,0
2001
25,6
15,3
14,3
34,2
5,6
15,4
73,1
25,7
24,8
19,5
37,4
31,4
19,7
13,7
41,1
20,0
66,0
15,0
31,3
23,9
22,9
32,8
43,8
22,1
23,8
22,8
12,9
47,8
13,8
20,8
18,6
Fonte: OCDE - S&T Scoreboard (2003).
1. Participação das indústrias no total das exportações de manufaturados.
2. Total da OCDE exclui Coréia, Luxemburgo, Rep. Eslováquia e Rep Checa.
Tabela 16 - Exportações e Importações de
Produtos de Alta Tecnologia (em € 1.000/per capita )
Países
Irlanda
Luxemburgo
Holanda
Finlândia
Suécia
Bélgica
França
Dinamarca
Reino Unido
Alemanha
Austria
Japão
Estados Unidos
União Européia
Itália
Espanha
Grécia
Portugal
Importações
5,5
5,2
3,6
1,4
1,6
1,7
1,4
1,4
1,4
1,2
1,5
0,6
1,0
0,6
0,6
0,5
0,3
0,5
Exportações
8,3
4,3
3,6
2,3
2,0
1,6
1,5
1,5
1,3
1,2
1,2
1,1
0,9
0,5
0,4
0,2
0,1
0,1
Fonte: Comissão da União Européia - DG Research; Dados: Eurostat (Comext), UM (Comtrade).
Diretrizes das Políticas Tecnológicas e de Inovação – Uma Análise Comparada – Uma Visão Geral
25
Tabela 17 - Gastos Privados em P&D
por Tamanho de Empresa - 2001 - Em %
Países
Japão
Suécia
França (2000)
Estados Unidos (2000)
Turquia (2000)
Alemanha (1999)
OCDE
Áustria (1998)
Holanda (2000)
Finlândia
União Européia
Canadá (2000)
Coréia do Sul
República Checa
Portugal
Suíça (2000)
Hungria
Dinamarca (1999)
Reino Unido
Espanha
Polônia
Austrália (2000)
Nova Zelândia (1999)
Eslováquia
Noruega
Irlanda
Grécia (1999)
Itália (2000)
Empresas com
Menos de 50
Empregados
Empresas com
50 a 249
..
..
4,2
5,9
5,7
5,8
5,3
5,5
5,9
10,0
7,4
10,7
..
6,7
9,7
10,6
8,0
12,7
14,4
12,2
4,8
20,8
25,2
6,0
22,0
20,5
21,2
5,9
7,0
13,1
9,2
8,2
8,4
9,3
11,4
12,3
13,2
12,6
17,0
14,2
27,1
22,0
20,3
19,6
22,4
17,8
20,5
24,3
33,2
19,0
17,1
37,0
26,0
28,7
28,4
59,6
Empregados 1
Fonte: OCDE (2003:29).
1. Para Holanda e Noruega, consideram-se as empresas de 50 a 199
empregados; para a Nova Zelândia, empresas de 50 a 99
empregados. Para o Japão e Coréia do Sul, empresas com menos de
299 empregados.
Diretrizes das Políticas Tecnológicas e de Inovação – Uma Análise Comparada – Uma Visão Geral
26
Tabela 18 - Tratamento Tributário da P&D, 1990-2004
Parcela de Subsídios Tributários para cada US$ 1,0
1
de Gasto em P&D , Grandes Empresas e PMEs
Países
Australia 2
Austria
Bélgica
Canada
3
Dinamarca
Finlândia
França
Alemanha
Grécia
5
Hungria
Islândia
Irlanda
Itália
Japão6
Mexico
Holanda 7
Nova Zelândia
Noruega
Portugal
Espanha
Suécia
Suíça
Reino Unido
Estados Unidos
1999
0,11
0,12
-0,01
0,32
-0,01
0,09
-0,04
-0,01
-0,03
0,06
0,45
0,06
0,03
-0,13
-0,02
0,15
0,31
-0,01
-0,01
0,11
0,07
PMEs
2001
0,20
0,12
-0,01
0,32
0,11
-0,01
0,06
-0,02
-0,01
-0,01
0,44
0,12
0,03
0,35
-0,02
0,23
0,34
0,44
-0,01
-0,01
0,11
0,07
2004
0,12
0,11
-0,01
0,32
0,18
-0,01
0,13
-0,02
-0,01
0,16
-0,01
0,05
0,45
0,19
0,39
0,11
-0,02
0,23
0,28
0,44
-0,01
-0,01
0,11
0,07
1990
0,28
0,02
-0,01
0,17
0,00
-0,02
0,09
-0,05
-0,03
0,00
-0,04
-0,02
-0,02
-0,02
-0,04
-0,02
0,25
-0,02
-0,01
0,00
0,09
Grandes empresas
1995
1999
2001
0,21
0,11
0,20
0,07
0,12
0,12
-0,01
-0,01
-0,01
0,17
0,17
0,17
0,13
-0,02
0,11
-0,01
-0,01
-0,01
0,08
0,09
0,06
-0,05
-0,04
-0,02
-0,01
-0,01
-0,03
-0,01
0,06
-0,05
-0,03
-0,03
-0,01
0,02
0,01
-0,02
0,03
0,03
0,10
0,10
0,10
-0,13
-0,02
-0,02
-0,02
-0,02
-0,02
0,15
0,34
0,28
0,31
0,44
-0,02
-0,01
-0,01
-0,02
-0,01
-0,01
0,00
0,00
0,10
-0,02
0,07
0,07
2004
0,12
0,11
-0,01
0,17
0,18
-0,01
0,13
-0,02
-0,01
0,16
-0,01
0,05
-0,03
0,14
0,39
0,02
-0,02
0,21
0,28
0,44
-0,01
-0,01
0,10
0,07
Fonte: OCDE S,T&I Outlook (2004).
1. Tax subsidies are calculated as 1 minus the B-index. For example, in Australia in 2001, 1 dollar of R&D expenditure by
large firms results in 20 cents of tax relief.
2. Calculation of Australia’s B-index was adjusted to show the correct weights of the volume-based, 125% tax concession
and the 175% incremental tax concession for R&D.
3. The 2004 calculation for Denmark applies to the 150% allowance on collaborative research at universities or public
research institutions. Without this incentive, the B-index is 1.015.
4. 1998 instead of 1999.
5. The B-index for Hungary is based on the 100% R&D tax allowance for research and technology development (which also
applies to subcontracted R&D if the partner is a public or non-profit research organization). A 300% allowance is available if
the company’s R&D laboratory is located at a university or public research site; the B-index in this situation equals 0.666.
6. The 2004 B-index for large firms in Japan applies to firms with a ratio of R&D to sales of less than 10%. The B-index for
large firms with a R&D-to-sales ratio above 10% is 0.831. The B-index for research conducted in collaboration with
universities is 0.782.
7. Calculations for the Netherlands were revised to reflect the taxability of the savings from the tax credit.
Diretrizes das Políticas Tecnológicas e de Inovação – Uma Análise Comparada – Uma Visão Geral
27
Tabela 19 - Participação de Setores de
Alta Tecnologia no Total do Venture Capital - 1998-2001 (%)
Países
Rep. Eslováquia
Austrália
Japão
Espanha
Itália
Suécia
Reino Unido
Portugal
Holanda
União Européia
Suíça
Áustria
França
Grécia
Alemanha
Coréia
Finlândia
Polônia
Islândia
OCDE
Nova Zelândia
Estados Unidos
República Checa
Hungria
Bélgica
Dinamarca
Noruega
Irlanda
Canadá
Comunicações
Tecnologia da
Informação
Saúde /
Biotecnologia
0,5
11,9
6,2
10,1
21,7
7,6
9,8
16,4
10,2
12,0
7,7
16,1
16,9
21,8
9,5
15,0
13,4
37,8
11,4
21,8
26,0
26,0
47,3
34,4
19,2
11,1
27,7
16,1
19,5
1,8
4,5
17,0
10,7
5,6
12,1
11,5
13,7
16,4
14,4
20,2
18,0
17,8
16,9
20,2
25,9
19,1
7,6
24,7
18,4
22,8
18,9
8,0
4,0
28,2
24,2
30,2
60,6
44,1
2,9
0,5
7,4
1,6
10,7
9,1
0,7
4,9
8,9
10,3
7,6
7,2
3,7
14,4
3,3
15,3
2,9
12,6
9,5
5,5
9,4
0,0
19,4
10,9
26,3
7,1
3,9
18,3
Fonte: OECD, base de dados da EVCA (Europa); NVCA (Estados Unidos); CVCA (Canadá); Jornal
Asiático de Venture Capital (O Guia de Venture Capital na Asia de 2003).
Diretrizes das Políticas Tecnológicas e de Inovação – Uma Análise Comparada – Uma Visão Geral
28
Download

Diretrizes das Políticas Tecnológicas e de Inovação – Uma Análise