Argricultura Urbana e o Meio Ambiente No Municipio do Lubango 1º seminario Internacional sobre Agricultura urbana e Segurança Alimentar no Municipio do Lubango Denise Soraya Coimbra Lopes Moreira Engenheira do Ambiente E-mail: [email protected] RESUMO A agricultura não é uma actividade realizada exclusivamente no espaço rural, mas pode ser praticada também nas cidades ou no seu entorno, sendo chamada, nesta situação, de agricultura urbana ou peri-urbana. A agricultura urbana gera vários benefícios para a comunidade, como a produção de alimentos de alto valor nutricional e sem resíduos de agrotóxicos, a reciclagem do lixo, a produção de farmácia caseira através do cultivo de plantas medicinais, dentre outros. LUBANGO Aspecto físico Aspecto populacional Localização: Lubango Área: 3.140 km2 Altitude: 1.700 m Bacias hidrográficas=02 Abastecimento água= 19% Coleta esgoto=40% Coleta de resíduos sólidos=60% População: 1.414.000hab. Densidade demográfica: 354 hab./km2 INTRODUÇAO • A agricultura urbana é uma actividade realizada em pequenas áreas dentro de uma cidade, ou no seu entorno (peri- urbana), sendo destinada à produção de cultivos para o consumo próprio ou para a venda, em pequena escala, em mercados locais (FAO, 1999). • É normalmente estimulada por factores relacionados à insegurança alimentar (MOUGEOT, s.d.). Este tipo de cultivo tem sido reconhecido, em diversos países, como uma importante estratégia de gestão urbana sustentável e equitativa (CABANES & DUBBELING, s.d.). VANTAGENS • • • • • • • incremento da quantidade e da qualidade de alimentos disponíveis para consumo através do completo controle de todas as fases de produção, eliminando o risco do manuseio e do consumo de plantas que contenham resíduos de defensivos agrícolas; a utilização de resíduos e rejeitos domésticos pela reciclagem, tanto na forma de composto orgânico para adubação, como na reutilização de embalagens para formação de mudas; o melhor aproveitamento de espaços ociosos, evitando o acúmulo de lixo e entulhos ou o crescimento desordenado de plantas daninhas; a recreação e o lazer advindos de uma actividade recreativa/lúdica, sendo recomendada para o desenvolvimento da sociabilidade de comunidades; a formação de farmácias caseiras, contribuindo na prevenção e combate às doenças, através da utilização e aproveitamento de princípios medicinais de algumas plantas; o valor estético advindo da utilização racional do espaço, valorizando inclusive os imóveis; a diminuição da pobreza através da geração de renda adicional, seja com a venda do excedente, ou de cultivos exclusivamente comerciais, dentre outras. AGRICULTURA URBANA NO LUBANGO INTRODUÇAO DA AGRICULTURA URNANA NAS NOVAS URBANIZAÇOES •No caso concreto da introdução da Agricultura urbana nas novas urbanizações, a agricultura urbana pode diminuir ou contribuir para atenuar os gastos com alimentação dessas famílias. •Os alimentos oriundos da produção para auto consumo representam uma oportunidade importante para redução dos gastos com alimentação, principalmente para as famílias pobres. Atendendo que a cada familia cabe 1000m2, o exercicio da hortofruticultura será exercido nos (quintais das residências). •O destino dos produtos é predominantemente o auto consumo, com algum comércio. Neste sentido, a agricultura urbana pode ser considerada um modo de produção fora do mercado ou uma economia de subsistência. •Razões da práctica da actividade resumem-se em consumo e subsistência, tradição na agricultura e lazer; no entanto a razão principal é a alimentação das familias. RESULTADO INDIRECTO Como resultado indirecto observa-se uma gradativa difusão da prática da agricultura urbana, através da divulgação das actividades realizadas, contando, para isso, com a parceria da Área de Comunicação Social. Além disso espera-se fortalecer as organizações comunitárias para a gestão participativa do ambiente urbano. EXPECTATIVAS Possa ser implantada e disseminada acções integradoras nas políticas sectoriais das áreas de saúde, meio ambiente, saneamento, recursos hídricos, educação e desenvolvimento urbano do Municipio do Lubango, para que determinadas “situações de risco” não se transformem em “eventos de risco”. Possa minimizar a fragilidade dos sectores quanto à deficiência de recursos humanos através do aproveitamento do potencial técnico existente e da eliminação/redução de retrabalhos, uma vez que cada qual realiza actividades direta ou indiretamente de agricultura, saúde e ambiente. Por fim, propiciar que a prática da intersectorialidade e interdisciplinaridade conduza à elaboração de normas técnicas nos campos da agricultura, da saúde e ambiente voltadas para o desenvolvimento sustentável. CONCLUSÕES •A agricultura urbana oferece grande contribuição para o fortalecimento da segurança alimentar e da cidadania das comunidades em situação de vulnerabilidade. •Este projecto tem por conseguir grande inserção junto ao seu público alvo, gerando demanda para ampliação das actividades. •Em relação a pratica da agricultura urbana, chama a atenção o facto de as produções serem obtidas praticamente sem o uso de insumos químicos e com a máxima utilização dos recursos disponíveis nos locais de produção. •O uso reduzido de insumos modernos confere um carácter mais saudável aos alimentos produzidos. Cabe destacar também que a agricultura urbana é, na maioria dos casos, uma actividade que já possui uma certas tradição entre as famílias. OBRIGADO