Parasitoses Intestinais: Atualizações Karyne Ferreira Rezende Especializanda de 2º Ano Disciplina de Gastroenterologia Pediátrica Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de São Paulo • Giardíase: diagnóstico através do método Elisa • Nitazoxamida: uso na infecções gastrointestinais. • Tratamento da suboclusão intestinal por Ascaris. • Amebíase: quais espécies necessitam de tratamento. Giardíase Diagnóstico através do método Elisa * adaptado do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) http://www.dpd.cdc.gov/DPDx/HTML/Image_Library.htm 1.A contaminação do hospedeiro ocorre por ingestão de alimentos, água ou fômites contaminados com cistos viáveis do parasito; 2.O desencistamento é iniciado no estômago (meio ácido) e termina no duodeno e jejuno; 3.Colonização do delgado pelas trofozoítas; intestino formas 4.Encistamento do parasita, principalmente na região do ceco; 5.Eliminação do parasito para o meio externo juntamente com as fezes; Giardíase • Estudo realizado na Alemanha de junho a setembro 2005. • 795 pacientes que viajaram para países em desenvolvimento (Índia e África), para avaliar a sensibilidade e especificidade de um kit Elisa usado na detecção de antígenos( antígeno GSA‐ 65) nas fezes. • Principais sintomas: diarréia (59%), febre (21%), vários problemas de pele (10,4%). • 9,6% não apresentavam nenhum sintoma. Z Gastroenterol 1996 Giardíase • Foram coletadas 978 amostras de fezes, submetidas à microscopia (pesquisa de ovos e parasitas) e ao método Elisa. • A microscopia foi definida como referência para os resultados finais: somente as amostras positivas na microscopia foram consideradas realmente positivas. Z gastroenterol 1996 Giardíase Z gastroenterol 1996 Giardíase • Estudo realizado na Turquia em 2006. • 44 amostras de fezes com cistos ou trofozoítos de Giardia intestinalis foram submetidas a três métodos: método Trichrome, Elisa e Imunoflorescência Direta (DFA). • 84% método Trichrome; 88,6% Elisa; 79,5% DFA. • 61,4% foram positivos nos três métodos. Turkiye Parazitoloji Dergisi 2006 Giardíase Turkiye Parazitoloji Dergisi 2006 Giardíase • O exame parasitológico de fezes é o mais econômico e rápido e também pode detectar outros parasitas, porém necessita da experiência do examinador. • O método Elisa é adequado quando não é possível detectar o parasita em pacientes sintomáticos, além de ser útil no monitoramento do tratamento e estudos epidemiológicos. • O método DFA requer microscopia por imunofluorescência, apresenta alta sensibilidade e especificidade, ideal para confirmar o diagnóstico, quando há suspeita clínica de infecção mas o agente não pode ser demonstrado. Turkiye Parazitoloji Dergisi 2006 Nitazoxanida Uso nas infecções gastrointestinais Nitazoxanida • É um tiazólico com ação contra protozoários e vírus. • Mecanismo de ação contra os protozoários é através da inibição da enzima ferrodoxina oxidoredutase (PFOR), essencial para o metabolismo desse microrganismo. • Estudos em relação à ação contras os vírus sugerem a inibição da síntese da estrutura protéica viral, bloqueando a habilidade do vírus de se multiplicar. Aliment Pharmacol Ther 2006 Nitazoxanida • É uma droga parcialmente absorvida pelo trato gastrointestinal e rapidamente hidrolizada no plasma em seu metabólito ativo – tizoxanida. • A Tizoxanida é conjugada no fígado e excretada através da bile e da urina. • Não inibe as enzimas do citocromo P450, portanto, não induzindo a ocorrência de interações medicamentosas. • Os efeitos adversos mais comuns incluem dor abdominal, cefaléia, diarréia e náuseas; as taxas são similares à dos pacientes que recebem placebo. Aliment Pharmacol Ther 2006 Nitazoxanida 1. Gastroenterites virais: • Estudo realizado no Egito com pacientes maiores de 12 anos que apresentavam diarréia (3 episódios fezes líquidas/dia) e exame de fezes positivo para norovírus, rotavírus ou adenovírus. • Os pacientes foram randomizados, sendo que metade deles receberam nitazoxanida 500mg‐ 2x/dia, por 3 dias e o restante recebeu placebo. Aliment Pharmacol Ther 2006 Nitazoxanida Aliment Pharmacol Ther 2006 Nitazoxanida • A data da resolução dos sintomas foi informada por cada paciente através de um diário de sintomas e mantida por pelo menos 72h, para ser considerada válida. • Os pacientes retornavam à clínica no 7º dia para avaliação clínica e coleta de nova amostra de fezes. • As fezes foram analisadas pelo método Elisa. Aliment Pharmacol Ther 2006 Nitazoxanida Aliment Pharmacol Ther 2006 Nitazoxanida Aliment Pharmacol Ther 2006 Nitazoxanida Aliment Pharmacol Ther 2006 Nitazoxanida 2. Parasitas Intestinais • Estudo multicêntrico realizado em 4 regiões do Egito entre novembro de 1994 e maio de 1996 para avaliar o efeito do Nitazoxanida nas infecções parasitárias intestinais. • Foram incluídos 546 indivíduos: 912‐70 anos: 415 (277 homens e 18 mulheres). 94‐11 anos: 101 (59 homens e 42 mulheres). 91‐3 anos: 30 (15 masculino e 15 feminino). Curr Ther Res 1998 Nitazoxanida • Todos os indivíduos apresentavam exame parasitológico de fezes positivo para pelo menos um dos seguinte parasitas: Giardia lamblia, Entameba histolytica, Balantidium coli, Enterobuis vermiculares, Ascaris lumbricoides, Ancylostoma duodenale, Trichuris trichiura, Strongyloides stercoralis e Hymenolepis nana. • Inicialmente foram realizadas avaliação geral, exames laboratoriais (hemograma, TGO, TGP, bilirrubinas, creatinina e urina) e exame parasitológico de uma amostra de fezes. Curr Ther Res 1998 Nitazoxanida • Após a inclusão no estudo, os pacientes recebiam a medicação: 9 > 12 anos:500mg, 2x/dia, por 3 dias. 9 4‐11 anos: 200mg, 2x/dia, por 3 dias. 9 1‐3 anos: 100mg, 2x/dia, por 3 dias. • Os pacientes retornaram à clínica após 7 dias do exame inicial, sendo realizados os mesmos exames do início; além disso, também responderam um questionário à respeito dos sintomas durante o tratamento. Curr Ther Res 1998 Nitazoxanida • Os pacientes apresentavam infecções por protozoários, helmintos ou ambos: 9135 (25%) apenas protozoário. 9178 (33%) apenas helminto. 9232 (42%) infecções parasitárias múltiplas. Curr Ther Res 1998 Nitazoxanida Curr Ther Res 1998 Nitazoxanida • Aproximadamente 50% dos pacientes realizaram os exames de sangue no final do estudo; ficou demonstrado que o uso de Nitazoxanida não apresentou nenhuma alteração laboratorial. Curr Ther Res 1998 Nitazoxanida Curr Ther Res 1998 Nitazoxanida • Estudo realizado na Cidade do México avaliou a eficiência e a tolerância ao Nitazoxanida para o tratamento de crianças infectadas por parasitas. • 272 crianças de 85 famílias participaram do estudo. • As amostras de fezes foram coletadas de março de 1997 a janeiro de 1998. Am J Trop Med Hyg 2003 Nitazoxanida • Exame físico detalhado e administração da medicação eram realizados na Unidade Médica Familiar. • 10 dias após o tratamento as crianças que apresentaram exame positivo eram convocadas para realizar exame físico e coleta de três amostras de fezes. • 184 (68%) crianças tinham 6‐12 anos; 54% eram do sexo masculino. Am J Trop Med Hyg 2003 Nitazoxanida • 121 (44%) crianças apresentaram teste positivo para algum dos seguintes protozoários: Giardia lamblia (18%), Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar (10%), Blastocystis hominis (7%), Cryptosporidium parvum (4%) e Cyclospora cayetanensis (3%); helmintos: Hymenolepis nana (10%), Trichuris trichiura (6%) e Ascaris lumbricoides (6%). • 2 casos de Enterobius vermiculares. Am J Trop Med Hyg 2003 Nitazoxanida Am J Trop Med Hyg 2003 Nitazoxanida • Os sintomas mais frequentes foram: dor abdominal (85%), meteorismo (63%), flatulência (55%), anorexia (43%), irritabilidade (43%), diarréia (36%), náuseas (35%), hiporexia (35%) e 31% astenia. • Os sintomas foram mais frequentemente relatados pelas crianças > 6 anos. • A eficiência foi determinada pela porcentagem de crianças com as três amostras de fezes negativas após o tratamento: 87,6% (106 dos 121). Am J Trop Med Hyg 2003 Nitazoxanida Am J Trop Med Hyg 2003 Nitazoxanida • No Egito, foi realizado um estudo clínico aberto entre dezembro de 1994 e junho de 1995 para avaliar a eficiência do nitazoxanida no tratamento da fasciolíase causada pela Fasciola espécies em humanos. • 125 pacientes com coproparasitológico contendo ovos de Fasciola espécies foram incluídos no estudo: 9 < 12 anos: 7 (3 meninos e 4 meninas). 9 12‐90 anos: 118 (73 homens e 45 mulheres). Curr Ther Res 2000 Nitazoxanida • A administração do nitazoxanida ocorreu da seguinte forma: 9 > 12 anos: 500mg, 2x/dia por 6 dias. 9 > 12 anos: 200mg, 2x/dia por 6 dias. • Foram realizados exame físico, testes laboratoriais e coleta de amostras de fezes no inicio e após 30 dias do tratamento. • O paciente foi considerado curado se o coproparasitológico no 30º dia não apresentasse ovos de Fasciola espécies. Curr Ther Res 2000 Nitazoxanida • Os sintomas mais frequentes foram: febre, anorexia, náusea, dor abdominal (hipocôndrio direito), hepatomegalia e hepatoesplenomegalia. • Ao final do estudo (30º dia) 121 ( 97% ) pacientes apresentaram coproparasitologico negativo para Fasciola espécies e foram considerados curados. Curr Ther Res 2000 Ascaris Tratamento da suboclusão intestinal Suboclusão Intestinal por Ascaris • Ascaris lumbricoides é um dos mais comuns protozoários a infectar o ser humano. • A prevalência de infecção devido a este microorganismo pode ser de até 80% nos países em desenvolvimento, especialmente na China e Sudeste Asiático. • A infecção ocorre por via fecal‐oral após a ingestão de óvulos fertilizados de alimentos ou água contaminada. • Clinicamente, a ascaridíase pode se apresentar de várias formas, dependendo da fase de infestação. Cid 2006 * adaptado do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) http://www.dpd.cdc.gov/DPDx/HTML/Image_Library.htm 1.Ovos contendo larva L3 contaminam água e/ou alimentos; 2.Ingestão dos alimentos contaminados com os ovos larvados; 3.Passagem do ovo pelo estômago e liberação da larva L3 no intestino delgado; 4.Penetração intestinal; das larvas na parede 5.Larvas carreadas pelo sistema porta até os pulmões; T 6.Larvas sofrem muda para L4, sendo que posteriormente rompem os capilares e caem nos alvéolos, sofrendo nova muda (L5). Migração das larvas para a faringe; 7.Expulsão das larvas pela expectoração ou deglutição das mesmas; 8.Larvas atingem novamente o duodeno transformando-se em adultos. Fêmeas, após a cópula, iniciam a ovoposição. 9.Eliminação dos ovos pelas fezes e contaminação do ambiente; 10 a 12. Evolução dos ovos férteis até se tornarem larvados, com L3. Suboclusão Intestinal por Ascaris • A complicação mais comum da ascaridíase intestinal é a obstrução do intestino delgado, usualmente devida a uma obstrução física causada por um grande número de vermes adultos. • Outros mecanismos de obstrução do intestino envolvem a formação de volvos ou intussepção, que podem causar isquemia ou infarto do segmento acometido. • A taxa de mortalidade entre crianças com obstrução intestinal pode alcançar até 24% dos casos; esta elevada taxa é atribuível à demora na apresentação. Cid 2006 Suboclusão Intestinal por Ascaris Cid 2006 Suboclusão Intestinal por Ascaris • A ascaridíase é diagnosticada por visualização dos óvulos nas fezes. • Ocasionalmente, o escarro ou aspirado gástrico podem conter larvas que migram através dos pulmões durante a fase pulmonar, e podem ser detectadas antes que os óvulos estejam presentes nas fezes. • Não há teste sorológico eficaz para ascaridíase. • Eosinofilia periférica pode ocorrer durante a fase pulmonar, entretanto, este achado não é sensível nem específico. Cid 2006 Suboclusão Intestinal por Ascaris • Atualmente, uma variedade de agentes anti‐ parasitários são utilizados para tratar a ascaridíase intestinal. • O tratamento preferido é uma única dose de albendazol (400 mg). • Mebendazol administrado à dose de 100 mg 2x/dia durante 3 dias tem‐se mostrado tão eficaz quanto o albendazol, apresentando uma taxa de cura de 96%. • Piperazina é um agente antihelmintico que causa paralisia flácida no verme; por causa da sua neurotoxicidade é menos comumente utilizado do Cid 2006 que outros tratamentos. Suboclusão Intestinal por Ascaris • Antihelminticos de espectro mais amplo, como a ivermectina ou nitazoxanida, podem ser benéficos para pacientes que vivem em áreas endêmicas e que podem ter infecções mistas com ascaridíase e outros helmintos. • A suboclusão intestinal é tratada com o tratamento conservador consistindo de descompressão através da colocação de sonda nasogástrica, fluídos e eletrólitos e terapia antihelmíntica. • A intervenção cirúrgica exigindo enterectomia ou ressecção pode ser necessária se a obstrução não for resolvida dentro de 24‐48 h. Cid 2006 Brasília, 27 de fevereiro de 2009 ‐ 15h30 Lista de substâncias controladas recebe novas inclusões A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) incluiu quatro novas substâncias na RDC 07/09, que lista as substâncias proibidas e de uso controlado no Brasil. As substâncias Agomelatina e Etravirina são novas e foram incluídas, respectivamente, nas listas “C1”, de substâncias controladas e “C4”, de antiretrovirais. O uso delas está sujeito a controle especial. Proibidas Já a 1‐Benzilpiperazina (BZP) e a 1‐(3‐Trifluormetilfenil)piperazina (TFMPP) foram incluídas na lista F2 da portaria, que classifica as substâncias psicótropicas, de uso proibido no Brasil. A Anvisa levou em consideração recomendação do Departamento de Polícia Federal, já que a substância, produzida em laboratórios, estava sendo utilizada como droga. As substâncias psicotrópicas são aquelas que podem causar dependência física ou psíquica. Informações: Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa Site oficial da Anvisa Amebíase Espécies que necessitam de tratamento Amebíase • O gênero Entamoeba contém muitas espécies, seis das quais (Entamoeba histolytica, Entamoeba dispar, Entamoeba moshkovskii, Entamoeba polecki, Entamoeba coli e Entamoeba hartmanni) podem ser encontradas no lúmen intestinal humano. • Entamoeba histolytica é a única espécie definitivamente patológica associada a sequelas no ser humano; as outras são consideradas não patogênicas. • Estudos recentes destacam a recuperação de E. dispar e E. moshkovskii de pacientes com sintomas gastrintestinais, porém não há nenhuma prova definitiva de um nexo de causalidade entre a presença dessas espécies e os sintomas do hospedeiro. Clin Microbiol Rev 2007 Clin Microbiol Rev 2003 Amebíase • Entamoeba histolytica é o agente etiológico da amebíase e é globalmente considerado um dos principais parasitas humanos . • Recentemente há relatos que as doenças diarréicas causadas por E. histolytica exerça um impacto negativo sobre o crescimento das crianças. • Características clínicas da amebíase devido a E. histolytica vão desde a colonização assintomática, sintomas gastrointestinais e amebíase extraintestinal invasiva, que se manifesta mais comumente na forma de abscessos hepáticos. Clin Microbiol Rev 2007 Clin Microbiol Rev 2003 Amebíase • Em 1925, havia a teoria de que a diferença entre muitas infecções assintomáticas e os indivíduos com amebíase sintomática poderiam estar correlacionadas com a existência de duas espécies distintas mas morfologicamente idênticas, a E. histolytica (que é capaz de provocar invasão) e E. dispar (que nunca causa doença). • Em um estudo recente da Índia 68 amostras fecais foram positivas para espécies de Entamoeba espécies através da microscopia e PCR. 11 pacientes mostraram‐se positivos para E. dispar e E. moshkovskii e apresentaram leve desconforto gastrointestinal. Clin Microbiol Rev 2007 Clin Microbiol Rev 2003 Amebíase Clin Micribiol Rev 2007 Amebíase • Entamoeba dispar pode produzir lesões intestinais focais em animais e destruir células epiteliais in vitro . • Há também alguns indícios de que após infecção por E. dispar possam ocorrer alterações patológicas em alguns seres humanos. • Porém mais estudos devem ser realizados para avaliar o verdadeiro potencial patogênico desse parasita. Clin Micribiol Rev 2007 Clin Microbiol Ver 2003 * adaptado do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) http://www.dpd.cdc.gov/DPDx/HTML/Image_Library.htm 1.Contaminação dos alimentos e/ou água por cistos eliminados nas fezes humanas; 2.Ingestão dos cistos pela via oral; 3.Passagem do cisto pelo estômago sem sofrer ação do suco gástrico; 4.Inicio do desencistamento ao final do intestino delgado; 5.Colonização dos trofozoítos no intestino grosso podendo viver como: 5ª.comensal – aderidos à mucosa intestinal, às custas de bactérias e detritos; 5b.parasita – adquirindo caráter agressivo e invasivo para a mucosa intestinal ou determinar a amebíase extra-intestinal, invadindo outros tecidos, atingidos pela migração do parasito pela via hematogênica (fígado, pulmões, cérebro, etc.); 6.Trofozoítos se destacam da mucosa, sofrendo encistamento; 7.Eliminação dos cistos juntamente com as fezes; Amebíase • Em relação ao tratamento, apenas a E hystolitica deve receber tratamento. • A E dispar e a E moshkovskii só devem ser tratadas quando o paciente apresentar quadro de diarréia, sendo excluída a infecção por outros parasitas. • As outras espécies (Entamoeba polecki, Entamoeba coli e Entamoeba hartmanni) não requerem tratamento, pois são amebas não‐ patológicas. • Os medicamentos de escolha são: tinidazol, secnidazol e nitzoxanida. Clin Micribiol Rev 2007 Clin Microbiol Ver 2003