MÓDULO DE PARASITOLOGIA
PARTE I – REVISÃO DA MATÉRIA
PROFESSOR: DR. SILVIO RENATO ARRUDA TAVARES,
Ph.D.
1 - Não possui o estágio de cisto, somente de trofozoíta.
Mede cerca de 10 a 35 micrômetros de diâmetro. Possui
ectoplasma claro, endoplasma granuloso, vacúolos
alimentares contendo restos celulares, bactérias e
hemácias. O núcleo é aproximadamente esférico,
membrana nuclear com grânulos de cromatina situados
muito próximos uns dos outros, cariossomo central.
Movimenta-se através de pseudópodes.
2 - A infecção amebiana tem lugar quando os cistos
maduros da E. Histolytica são ingeridos por um indivíduo
suscetível. Pois nem todos os pacientes, inoculados por via
oral, se infectam.
3 - Trofozoíto de Entamoeba histolytica 12-60 µ, assimétrico,
um núcleo esférico e com cariossoma central.
Trofozoíto de Entamoeba histolytica
4 - Anulada.
5 - Entamoeba gingivalis
Não possui ou não são conhecidos os cistos.
Entamoeba polecki
Cisto com 1 núcleo.
Entamoeba histolytica, Entamoeba díspar, Entamoeba hartmani
Cistos com 4 núcleos.
Entamoeba coli
Cistos com 8 núcleos.
6 - 01. Mutualismo obrigatório – Neste caso, há uma
associação entre indivíduos de espécies diferentes, que é
obrigatória para que a vida. No exemplo clássico dos
líquens, temos os fungos fazendo o papel de absorção, e
das algas fazendo o papel de fotossíntese, sendo que, se
houver separação dos dois indivíduos, nenhum dos dois
pode sobreviver. Outros exemplos de mutualismo são o boi
e as bactérias na pança, o cupim e a triconinfa.
02. Protocooperação – Também é uma associação entre
indivíduos de espécies diferentes, na qual há benefício para
ambas as partes. É muito semelhante ao mutualismo só
que, nesse caso, não existe um comprometimento
anatômico entre os indivíduos, podendo-se a qualquer
momento separá-los e garantir-se à sobrevivência de
ambos. Sua coexistência não é obrigatória.
Exemplos: o paguro-eremita e as anêmonas do mar, o
pássaro anu e o boi, o pássaro palito e os crocodilos.
03. Inquilinismo – Neste tipo de relação interespecífica, um
dos indivíduos utiliza o outro como hospedeiro temporário,
porém não há qualquer tipo de prejuízo para a parte que o
hospeda. É que esse é um tipo de associação muito
parecido com o comensalismo, diferindo deste apenas por
não haver cessão de alimentos para o inquilino. São
exemplos de inquilinismo o peixe agulha e a holotura, as
orquídeas e bromélias com troncos de árvores.
04. Comensalismo – É a associação entre indivíduos de
espécies diferentes, na qual um deles aproveita os restos
alimentares ou metabólicos do outro sem causar a este
qualquer tipo de prejuízo. Modernamente, acredita-se que
espécies que são parasitas ou que foram parasitas no
passado tendem a tornar-se comensais. Esta mudança seria
um modo evolutivo de se conseguir uma relação duradoura.
Exemplos: a rêmora e o tubarão, Entamoeba coli e o
homem.
05. Competição inter específica – É uma interação
desarmônica entre seres de espécies diferentes que
habitam um mesmo local geográfico e disputam o mesmo
nicho ecológico. A competição difere do predatismo, pois
neste caso, podem estar competindo duas espécies de
herbívoros ou duas espécies de carnívoros sem que
necessariamente uma devore a outra.
06. Predatismo – É uma interação desarmônica na qual um
indivíduo geralmente maior persegue mata um ou mais
indivíduos de outra espécie para se alimentar. A presa pode
morrer durante a sua ingestão ou antes. O predador é
sempre um consumidor.
07. Parasitismo – No parasitismo, há a espoliação de um
indivíduo chamado de hospedeiro. Nesses casos, o parasita
é geralmente menor que seu hospedeiro e, quando o ataca,
habitando o lado externo, é chamado de ectoparasito
(carrapatos), e quando se fixa ao hospedeiro internamente é
chamado de endoparasita (E. histolytica). Sua definição é
muito semelhante à do predatismo, porém, neste caso, é
necessário, geralmente, um grande número de parasitos
para matar um hospedeiro.
7 - Trofozoíto: É a forma ativa do protozoário, na qual ele
se alimenta e se reproduz, por diferentes processos.
Cisto: É a forma de resistência ou inativa. O protozoário
secreta uma parede resistente (parede cística) que o
protegerá quando estiver em meio impróprio ou em fase de
latência. Freqüentemente há divisão nuclear interna durante
a formação do cisto.
Gameta: É a forma sexuada, que aparece em algumas
espécies. O gameta masculino é o microgameta, e o
feminino é o macrogameta.
9 - (Giardia lamblia) é um protozoário microscópico que
parasita o intestino dos ... e ainda dois axonemas cada um;
enquanto os cistos são arredondados
8 - Pesquisa de Cistos nas Fezes Pelo Método de Faust
10 - O parasita encontrado com mais freqüência na urina é o
Trichomonas vaginalis, devido à contaminação por
secreções vaginais.
Este método fundamenta-se em uma diferença de
densidade em que os cistos flutuam quando tratados por
uma solução de sulfato de zinco a 33% com densidade
1,180. Permite a identificação de cistos, que são corados
com lugol.
Técnica de Coloração por Hematoxilina Férrica
A hematoxilina férrica utilizando fezes preservadas é sem
dúvida, o método que maior segurança oferece na
identificação e no diagnóstico da E. histolytica.
Os trofozoítas apresentam uma cor cinza-azulada,
diferenciando-se de estruturas de tonalidades escuras. Seu
tamanho varia entre 15 a 60 micra.
O citoplasma é distinto e observa-se uma nítida
diferenciação entre o ectoplasma e o endoplasma,
principalmente se a forma observada estava emitindo
pseudópodes quando da sua fixação. O ectoplasma
apresenta-se hialino com uma coloração cinza-clara,
diferenciando-se do endoplasma, que se apresenta
granuloso e mais intensamente corado. No seu interior
pode-se observar uma ou mais hemácias coradas de negro,
evidenciadas nitidamente por um halo claro em toda sua
parte externa. O núcleo geralmente não é central,
permanecendo em local afastado da emissão dos
pseudópodes, corando suas estruturas em negro. O
cariossoma geralmente é central, mais corado, os grânulos
de cromatina são escuros e distribuídos uniformemente no
interior da membrana nuclear.
A forma pré-cistica é geralmente esférica, podendo
apresentar-se oval, corando em azul-acinzentado e não
apresentando diferenciação entre o ectoplasma e o
endoplasma. O vacúolo ocupa 2/3 do parasito, que é o
vacúolo de glicogênio, pouco corado. Os corpos
cromatóides, corados em negro, se apresentam como um
ou dois bastonetes de tamanhos diferentes. O núcleo se
apresenta um pouco maior na forma pré-cistica. O
cariosoma é grande, de aspecto geralmente uniforme.
Já nos cistos pode-se observar uma nítida membrana cística
corada em negro e o citoplasma se apresenta em uma cor
cinza-azulada contendo um vacúolo de glicogênio grande e
não corado. Os corpos cromatóides, mais freqüentes nos
cistos imaturos, coram em negro e apresentam-se em
quantidades variáveis, porém dificilmente são observados
nos cistos tetranucleados.
11 - O exame microscópico permite a visualização dos ovos
ou larvas de helmintos, ... Procedimento é inviável quantidade insuficiente de fezes, ou pelo elevado ...
Métodos de concentração são melhores
mais amostra,
maior sensibilidade.
12 - O xenodiagnóstico é um processo muito valioso para o
diagnostico etiológico da moléstia de Chagas. Consiste em
alimentar-se barbeiros normais em supostos portadores da
infecção e determinar-se, depois, si eles adquirem ou não o
parasitismo.
13 – Trypanosoma cruzi.
14 - Importante estrutura para a adesão do parasito à
mucosa. ... paralelas, em forma de vírgula, conhecidas
como ... O cisto é oval ou elipsóide, medindo ... variável de
fibrilas (axonemas de flagelos) e os corpos ... divisão binária
longitudinal.
15 - PROTOZOÁRIOS : protos (primeiro) zoon (animal) São animais simples destituídos de tecidos e órgãos, mas
apesar disso, exercem todas as funções necessárias às
atividades vitais. São constituídos de protoplasma e
organóides. São chamados de organismos unicelulares. Os
protozoários dividem-se conforme o modo de locomoção:
a) Amebas: Classe Rhizopoda, movimentam-se pela
emissão de pseudópodes (falsos pés). Ex. Entamoebas,
Endolimax, Iodamoebas, Dientamoeba fragilis.
b) Flagelados: Classe Mastigophora. Movimentam-se
através de flagelos. Dentre os 3 tipos que se encontram no
homem (Giardia intestinalis, Chilomastix mesnilii e
Trichomonas hominis) somente a Giardia é considerada
patogênica.
c) Ciliados: O único ciliado que parasita o homem é o
Balantidium coli (é um parasita comum do intestino dos
suínos).
Os protozoários patogênicos são:
Entamoeba histolytica, Dientamoeba fragilis, Giardia
intestinalis, Trichomonas vaginalis, Balantidium coli,
Isospora belli e Sarcocystis sp.
16 - A leishmaniose é uma doença crônica, de manifestação
cutânea ou visceral (pode-se falar de leishmanioses, no
plural), causada por protozoários flagelados do gênero
Leishmania, da família dos Trypanosomatidae. O calazar
[1]
(leishmaniose visceral) e a úlcera de Bauru (leishmaniose
[2]
tegumentar americana) são formas da doença.
17 - Flagelos que se originam de blefaroplastos ou corpos
basais situados nos pólos anteriores dos dois núcleos: um
par de ... variável de fibrilas (axonemas de flagelos) e os
corpos escuros com ... G. lamblia é um parasito monoxeno.
18 - Diagnóstico Parasitológico: o diagnóstico de certeza
somente se obtém pela demonstração do parasita, que pode
ser
conseguida
através
de
diferentes
técnicas
parasitológicas de pesquisa direta e indireta. O exame mais
simples, e por essa razão geralmente o primeiro a ser
realizado, é a pesquisa direta das formas amastigotas em
material obtido da lesão por escarificação, aspiração ou
biópsia da borda, corado pelo Giemsa ou Leishman.
Em relação à pesquisa de parasitas em cortes histológicos,
a análise comparativa das alterações histopatológicas de
quatro grupos geograficamente distintos de leishmaniose
cutânea, em um total de 147 pacientes, evidenciou os
seguintes resultados. No grupo brasileiro, onde a pesquisa
do parasita nos cortes histológicos foi quase sempre
negativa, a agressão máxima ocorreu no tecido conjuntivo.
19 - Doença parasitaria transmitida através do mosquito
conhecido popularmente como "barbeiro" ... Reduz a
resistência orgânica possibilitando o aparecimento de
infecções oportunistas. ... porém na prática procura-se
determinar a presença ou ausência de um deles,
especificamente o ... Pesquisa de Inclusões eritrocitárias.
20 – Sintomas: Caracteriza-se por intenso calafrio seguido
de febre alta, vômitos, dores de cabeça e no corpo; à
medida que a temperatura começa abaixar, o doente
apresenta intensa sudorese. Estes acessos se repetem com
intervalos diferentes, de acordo com a espécie do
plasmódio:
P.vivax - em dias alternados, 48 em 48 horas - terçã
benigna;
P. malarie - se repetem cada 72 horas - febre quartã;
P. falciparum - com intervalos de 36 a 48 horas - terçã
maligna, pode resultar em formas graves da doença, com
possibilidade de evoluir para o coma e o êxito letal. Formas
brandas: causadas pelo P. malarie e P. vivax.
21 - Até hoje, pelo menos oito espécies do gênero
Cryptosporidium foram descritas, mas somente o C. parvum
têm sido associado às doenças gastroentestinais em
humanos. A criptosporidiose pode ser fatal para
imunocomprometidos e pode debilitar severamente
indivíduos
imunocompetentes.
Os
oocistos
de
Cryptosporidium são resistentes às pressões ambientais,
podendo sobreviver por vários meses no ambiente aquático
e são também resistentes à desinfecção por cloro utilizada
no tratamento convencional de água.
22 - O diagnóstico para malária foi fornecido por
microscopistas
da
Funasa,
através
do
método da gota espessa e coloração por Giemsa.
23 - Plasmódios.
24 – Pesquisa de formas evolutivas no sangue através de
esfregaços corados..
25 - Após caírem na luz intestinal, são eliminados com as
fezes. A maturação .do oocisto depende da espécie
parasitária. Após tornarem-se maduros - oocistos com dois
esporocistos e quatro esporozoítos (formas infectantes), e
serem ingeridos recomeça o ciclo esquizogônico ou
assexuado.
26 – Longo e pouco visível.
27 - Ascaris lumbricoides.
28 - Ascaris lumbricoides.
29 - Taenia saginata.
30 – Hymenolepis nana.
31 – Penetração através da mucosa..
32 – Cavidade bucal pequena e primórdio genital amplo.
33 – Trichuris trichiura.
34 – Taenia saginata.
35 – Trichuris.
36 – “a” Por vezes a penetração das larvas na pele pode
provocar reações "alérgicas" como eritema e prurido. A
passagem pelos pulmões, principalmente se por muitas
larvas, pode levar à irritação com tosse e hemoptise. O
período de incubação é de duas ou três semanas.
Na fase intestinal muitos são assintomáticos, mas pode
haver dor, diarreia ou esteatorreia, flatulência, e se o
número de parasitas é elevado, necrose e edema com má
absorção dos nutrientes. Em indivíduos subnutridos pode
levar à perda de peso e síndromes por défice de vitaminas
lipofílicas.
37 - MÉTODO DE KATO-KATZ (para fezes pastosas)
Material: Kit para exame parasitológico de fezes qualitativo e
quantitativo de Kato-Katz (lamínulas confeccionadas em
papel celofane preparadas com glicerina + verde de
malaquita a 3%, tela metálica com orifícios de 200μ, cartões
plásticos de 0,137 mm de espessura com orifício no meio de
6 mm de diâmetro, palitos de plástico), lâminas de vidro.
Método: Comprimir a tela metálica contra a superfície das
fezes (pelos orifícios passam os ovos de helmintos e os
detritos menores). Com o palito, raspar uma pequena
quantidade das fezes passadas pela malha, e preencher o
orifício central do cartão de plástico, o qual deve estar
colocado sobre a lâmina de vidro, nivelando a superfície
com o palito. Retirar cuidadosamente o cartão, deixando as
fezes sobre a lâmina de vidro. Com a lâmina de papel
celofane preparada, cobrir as fezes, inverter a lâmina sobre
uma folha de papel absorvente e fazer compressão
uniforme, para que o material se espalhe sem extravasar.
Aguardar 1 ou 2 horas e realizar a leitura em microscópio
ótico de toda a superfície da lâmina de celofane. O número
de ovos contados, multiplicado pelo fator 24, corresponderá
ao número de ovos por grama de fezes.
38 – Sedimentação espontânea de ovos.
39 – Ascaris.
40 – “Hemateína” - Hemateína (raramente citada como
haematina) é um derivado oxidado da hematoxilina, usado
em colorações em biologia.
A hemateína é a substância ativa nas soluções de
hematoxilina necessitando de um mordente com o qual
forma uma laca (sal) para que assim possa corar os tecidos.
A hemateína é solúvel no etanol e no glicerol, mas pouco
solúvel em água ao contrário da hematoxilina.
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MÓDULO DE PARASITOLOGIA PARTE I – REVISÃO DA MATÉRIA