VIII SOBER Nordeste Novembro de 2013 Parnaíba- PI - Brasil TRANSMISSÃO DE PREÇOS DA MANDIOCA ENTRE PRODUTORES DE RAIZ E FECULARIAS NO PARANÁ Aline de Queiroz Assis Andreotti (UEM) - [email protected] Mestranda do Programa de Pós-graduação em Economia Alexandre Florindo Alves (UEM) - [email protected] Professor Associado do Departamento de Economia VIII SOBER Nordeste Pluralidades Econômicas, Sociais e Ambientais: interações para reinventar o Nordeste rural Parnaíba – PI / Transmissão de preços da mandioca entre produtores de raiz e fecularias no Paraná Grupo de Pesquisa: Comercialização e mercado de produtos agropecuários RESUMO Devido ao destaque do Paraná na produção da mandioca e seus derivados, objetivou-se nesse trabalho analisar a relação nos preços da mandioca raiz com os preços da fécula, e especificamente realizar um estudo empírico da causalidade dos preços e da intensidade dos seus repasses no mercado da raiz com o da fécula de mandioca, no período de 1994 a 2011. As series temporais foram construídas com base nos dados disponibilizados pela SEABDERAL (Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná - Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura). Para tal estudo, utilizou os seguintes mecanismos: a análise de preços das séries em estudo; teste de cointegração; teste de Causalidades de Granger e a estimação de Funções Impulso a Resposta. Pelo teste de cointegração foi possível verificar que as séries não possuíam relação de equilíbrio no longo prazo. Com relação ao teste de Causalidade de Granger, se identificou uma relação de causalidade entre os preços pagos ao produtor com a fécula no atacado, porém, essa não é bicausal. As estimações das Funções Impulso a Resposta confirmaram que efeitos de choques não antecipados sobre os preços da fécula no atacado tem um grande impacto positivo em si próprio, e que choques não antecipados no preço da raiz pago ao produtor geram um aumento em seu preço, como também uma elevação momentânea nos preços da fécula durante primeiros meses que posteriormente voltam ao seu nível inicial. Enfim, o estudo concluiu que devido às características fisiológicas da mandioca e sua baixa capacidade de armazenamento, o principal determinante dos preços pago ao produtor é sua oferta da raiz, e quanto aos preços da fécula no atacado, essa é influenciada por esse comportamento, se diferenciando conforme sua estrutura de mercado e nível de concorrência. Palavras-chave: Preços, mandioca, fécula, causalidade Granger e Função Impulso-Resposta ABSTRACT Due to outstanding of Paraná State concerning the manioc production and its derivatives, this study has focused as main objective analyzing the relation on root-manioc with the costs of the starch, and specifically implement an empirical study on the causality of costs and on the intensity of its transfers in the root market towards the manioc starch, between 1994 and 2011. Time series were build upon data from SEAB-DERAL (Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná – Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura). Some mechanisms were used for such studies: the analysis of price series on study; cointegration study; Granger causality test and the evaluation of Impulse to Answer Functions. Through the test of co-integration it was possible to verify that the series did not have longterm equilibrium. Concerning the Granger causality test, a relation of causality between the prices paid to the producers with the starch on wholesale was identified, but that one is not bicausal. The evaluations of Impulse to Answer Functions confirmed that non-anticipated shock effects on the starch wholesale prices have a large positive impact in itself once nonanticipated ones paid to the producers generate an increase in their price, as well as a 1 Parnaíba, 06 a 08 de novembro de 2013, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural – VIII SOBER Nordeste VIII SOBER Nordeste Pluralidades Econômicas, Sociais e Ambientais: interações para reinventar o Nordeste rural Parnaíba – PI / momentaneous raise on the starch prices during the first months which subsequently back to their initial level.Finally, the study has concluded that owing to the physiological characteristics of the manioc and its low capacity of storing, the main determinant of the prices paid to the producer is his root offer,and as to the wholesale starch prices, the offer is influenced by such behavior, according to its market structure and competition level. Key words: Prices, manioc, starch, Granger casuality, Impulse to Answer 1. INTRODUÇÃO Atualmente, muitos são os estudos que circundam a formação do preço nos mercados, pois além de ser um dos principais determinantes da demanda, os preços delimitam também os lucros auferidos pelos agentes. Porém, sua análise apresenta certo grau de complexidade, pois, normalmente, este não é apenas uma função de oferta e demanda, ou seja, muitos são os fatores determinantes do preço, como a estrutura do mercado, a concorrência do setor e até mesmo as características de consumo do produto (elasticidade-preço e elasticidade-renda). A escolha pelo estudo da mandioca e a fécula justifica-se por sua potencial fonte energética na nutrição humana, estando presente na deita de milhões de habitantes, e por sua vasta utilização como matéria-prima. Conforme Santini, Oliveira e Pigatto (2010), a rusticidade da cultura da mandioca e sua produção intensiva em mão de obra (não especializada) são fatores que favorecem a redução de barreiras à entrada, principalmente por agricultores menos capitalizados. Sabe-se que a ausência de barreiras à entrada resultam em mercados mais competitivos, no entanto, pode impactar na volatilidade da raiz, com elevada produção nos momentos de altas nos preços do produto e a consequente instabilidade na atividade. O que justifica uma maior atenção, por parte dos agricultores, quanto às flutuações nos preços e em variáveis que o influencia, para com isso, determinar a quantidade produzida e os preços que serão auferidos. Ressalta-se ainda que o Brasil é um dos principais produtores mundiais da raiz e que cabe ao Paraná o título de maior produtor brasileiro de fécula de mandioca. Nesse contexto, Felipe, Alves e Camargo (2010) verificaram que nos últimos dez anos algumas fecularias passaram a agregar valor aos seus produtos, não mais comercializando a fécula em sua forma in natura, atendendo então outros nichos de mercado como: a indústria de papel e papelão, química, siderúrgica, entre outras. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2012) indicaram que o Pará é o principal estado produtor de raiz de mandioca com 18,74 % da produção brasileira 2 Parnaíba, 06 a 08 de novembro de 2013, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural – VIII SOBER Nordeste VIII SOBER Nordeste Pluralidades Econômicas, Sociais e Ambientais: interações para reinventar o Nordeste rural Parnaíba – PI / em 2010, seguido pelo Paraná com 16,36 % e pela Bahia com 13,09 %. Outros estados também se destacam na produção da raiz, sendo eles o Maranhão (6,28 %), Rio Grande do Sul (5,32 %), São Paulo (4,77 %) e Acre (3,46 %). Ressalta-se que essas regiões são responsáveis por produzirem aproximadamente 68 % do total brasileiro de raiz de mandioca no ano de 2010. No ano de 2009 o Paraná produziu cerca de 413,2 mil t de fécula de mandioca, correspondendo a 71% da produção nacional, seguido pelos estados de Mato Grosso do Sul com 82,45 mil t (14%), São Paulo 76,27 mil t (13%), Santa Catarina 6,92 mil t (1%) e Goiás com 5,1 mil t (1%) (CEPEA/ABAM, 2011). Vale destacar que a região noroeste do Paraná chegou a ser a maior produtora de raiz de mandioca em 2006, porém, a substituição da área de mandioca pela de grãos na busca de maiores lucros e rentabilidade levou à queda na produção de mandioca na região. (ALVES, FELIPE, CARDOSO 2009). Conforme as características da cadeia produtiva da mandioca e o destaque do Paraná frente a sua produção, o presente estudo tem o objetivo principal examinar a relação nos preços da mandioca raiz com os preços da fécula no atacado, e como objetivos específicos: i) realizar um estudo empírico da causalidade dos preços e ii) verificar a intensidade dos repasses nos preços entre o mercado da raiz com o da fécula de mandioca. 2. REFERENCIAL TEÓRICO Na agricultura brasileira os setores são bastante distintos, e tal comportamento não é justificado somente pelo tamanho das propriedades, valor da produção ou número de trabalhadores, mas principalmente pelo processo de formação de preços de cada setor; e esse é o processo que proporciona a correta elaboração de políticas agrícolas. (COELHO, 2004). O mesmo autor destaca que, de forma geral, os produtos agrícolas sempre foram divididos em dois grandes grupos, sendo eles, os produtos de mercado externo e os produtos de mercado interno. O primeiro grupo apresenta relação direta com variáveis externas como taxa de câmbio e preços internacionais. Já os produtos de mercado interno, relacionam-se somente às variáveis internas como renda e taxa de juros. E com pequenas modificações essa classificação vem sido mantida ao longo do tempo. Segundo a teoria apresentada, a mandioca se enquadra no grupo dos produtos de mercado interno, pois mesmo com uma alta produção ainda apresenta uma baixa competitividade internacional. Como também se observa no mercado da fécula, em que sua produção se direciona totalmente ao mercado interno, porém, outros derivados de mandioca 3 Parnaíba, 06 a 08 de novembro de 2013, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural – VIII SOBER Nordeste VIII SOBER Nordeste Pluralidades Econômicas, Sociais e Ambientais: interações para reinventar o Nordeste rural Parnaíba – PI / como os plets (também conhecidos como salgadinhos) nos últimos anos passaram a serem destinado para o mercado externo, mas com uma representatividade ainda é muito baixa. Ao analisar o agronegócio da mandioca em relação à produção primária identificam-se três tipos de sistemas produtivos: as unidades familiares, unidades domésticas e a unidade empresarial; e essas tipologias se diferem conforme o nível tecnológico, origem da mão de obra, nível de capital e participação do mercado. (SOUZA; FIALHO, 2003). Os autores classificaram a unidade doméstica pelo uso predominante de mão de obra familiar, de baixa tecnologia e capital, em que apenas os excedentes são destinados para a comercialização. Nas unidades familiares já se identifica um nível tecnológico e ainda a presença da mão de obra familiar. Porém, apresentam capitais para investimentos e significativas participações no mercado. Por fim, os autores apontaram que na unidade empresarial, diferentemente das anteriores, a mão de obra é terceirizada e esse sistema dispõe de capital suficiente para investimentos. Na literatura identifica-se que os maiores entraves para a melhoria comercialização da mandioca e seus derivados são a alta perecibilidade da raiz, assimetrias de informações e a competição por área de produção com outras culturas. Dois fenômenos são responsáveis pela a deterioração das raízes: um de ordem fisiológica (reduzindo a qualidade) e outro de ordem microbiana (responsável pela decomposição do produto). (ALVES et al., 2005). A alta perecibilidade da matéria-prima e seu grande teor hídrico impedem o transporte da raiz para regiões distantes, fazendo com que a produção fique próxima das unidades de processamentos (BARROS et al., 2003). Assim, os agentes incorrem em elevados custos de transporte e na consequente presença de especificidades locacionais e temporais, fazendo com que o processamento dos derivados de mandioca fique próximo à produção da raiz. (CARDOSO; ALVES; FELIPE, 2007). Vilpoux (2011) completa essa ideia ao identificar que o nível de especificidade dependerá da localização de produtores e empresas; e em regiões onde esses mais se concentram os níveis de especificidades tendem a ser menores. No que diz respeito ao comportamento dos preços da mandioca e seus principais derivados, Barros (2004) verificou que a pericibilidade da mandioca, figura uma complicação na convivência dos dois produtos principais (fécula e farinha) destinados a mercados completamente distintos. Assim, tal dicotomia exibe implicações no processo de formação 4 Parnaíba, 06 a 08 de novembro de 2013, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural – VIII SOBER Nordeste VIII SOBER Nordeste Pluralidades Econômicas, Sociais e Ambientais: interações para reinventar o Nordeste rural Parnaíba – PI / dos preços à medida que ocorre mudanças na proporção de mandioca raiz destinada para produção de cada derivado. Cardoso e Henry (2001 apud Barros, 2004) identificaram que as flutuações nos preços do varejo, principalmente da farinha, são reflexos de oscilações na oferta do produto, uma vez que as mudanças na demanda se dão lentamente devido à inelasticidade preço da demanda. No caso da fécula, revelaram uma relação positiva entre o desempenho da economia nacional e sua demanda. Então, um aumento na renda pode impactar em uma maior quantidade demandada do produto, e consequentemente preços mais elevados. Em seu estudo Cardoso et al. (2001) admitiram que a cadeia produtiva da fécula de mandioca, em termos gerais, era subsidiada, favorecendo a atividade que passou a auferir lucros acima do que se teria em condições de ausência de ações de políticas públicas. Desse modo, pode-se concluir que o mercado da fécula no Brasil apresenta correspondência com as variáveis internas como taxa de juros, renda e até mesmo com políticas públicas, como descritas anteriormente. Porém, por apresentar a mesma matéria-prima da farinha, essa pode influenciar seu preço e vice-versa. 3. METODOLOGIA 3.1. Testes para determinação de ordem de integração Harris e Sollis (2003) apontaram que existem diversas maneiras de se testar a presença de raiz unitária, em que uma dessas é a metodologia Dickey-Fuller (DF), proposta por Dickey e Fuller (1979) para testar a hipótese nula de que as séries apresentam raiz unitária, ou seja, são não estacionárias. Conforme autores, existem ainda outros testes com a mesma hipótese nula como o teste Durbin-Watson e o teste não paramétrico desenvolvido por Phillips e Perron, baseado no teste Z de Phillips (1987). O teste mais popular é o ADF, devido sua simplicidade e natureza mais geral. Existem também outros testes que buscam testar a hipótese nula de que as séries são estacionárias contra a hipótese alternativa de não estacionaridade, como é o caso do teste de Kwiatkowski, Phillips, Schmidt e Shin (1992) também conhecido por KPSS. Segundo Gujarati (2006) a maioria dos estudos empíricos de séries temporais pressupõe que a série subjacente seja estacionária, ou seja, sua média, variância e autocovariância (em diferentes defasagens) permaneçam as mesmas, indiferente do ponto qual será medida. Conforme autor, o teste ADF é utilizado no caso em que os erros são 5 Parnaíba, 06 a 08 de novembro de 2013, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural – VIII SOBER Nordeste VIII SOBER Nordeste Pluralidades Econômicas, Sociais e Ambientais: interações para reinventar o Nordeste rural Parnaíba – PI / correlacionados, e é conduzido por um aumento das equações do teste Dickey-Fuller devido acréscimo dos valores defasados da variável dependente. A idéia se sustenta no fato que deve se incluir o número de termos suficientes para tornar os erros não correlacionados. Destaca-se que esse teste segue a mesma distribuição do Dickey-Fuller, utilizando os mesmos valores críticos. Phillips & Perron (PP) utilizam de métodos estatísticos não-paramétricos para testar a correlação serial nos termos de erro sem somar termos de diferença defasados; e sua distribuição assintótica é a mesma que a da estatística do teste Dickey-Fuller aumentado. (GUJARATI, 2006). Segundo Aguiar e Figueiredo (2010) o método PP estima a equação não expandida do teste Dickey-Fuller e modifica a razão t do coeficiente α de modo que a correlação serial não afeta a distribuição assintótica do teste. Para Enders (2004), Phillips e Peron (1988) desenvolveram uma generalização do modelo DF com o relaxamento de pressupostos quanto a distribuição do erro 3.2. Teste de causalidade No presente estudo utiliza-se os testes de exogeneidade com a finalidade de identificar a causalidade entre as variáveis, através do método desenvolvido por Granger (1969). Em tal metodologia uma variável X causará efeito em Y se os valores correntes e passados de X apresentarem uma melhor previsão de Y. Granger (1969) ilustrou a seguinte definição com um método simplificado de duas variáveis Xt e Yt: (1) onde εt e ηt são duas séries não correlacionadas e ruído branco. A definição de causalidade implica em que Yt esteja causando Xt quando o valor estimado de bj seja diferente de zero e para Xt cause no sentido de Granger Yt, cj não poderá ser zero. Nesse caso, quando somente uma variável causa a outra, diz-se que a relação é direcional. Caso ambos eventos aconteçam pode-se dizer que existe uma relação bilateral entre Xt e Yt e quando os coeficientes estimados não são significativos, não existirá causalidade. Desse modo, tal verificação é realizada pelo teste F e conjunto 2 , onde a estatística é dada pela seguinte fórmula: (2) 6 Parnaíba, 06 a 08 de novembro de 2013, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural – VIII SOBER Nordeste VIII SOBER Nordeste Pluralidades Econômicas, Sociais e Ambientais: interações para reinventar o Nordeste rural Parnaíba – PI / em que SQRr é a soma dos quadrados dos resíduos da regressão com restrição, ou seja, com a inclusão das variáveis presentes e defasadas, SQRu soma do quadrado dos resíduos sem restrição, m é o número de defasagens, k número total de parâmetros e n o número de observações. Em suma, o modelo procura estimar uma equação da variável Y em função de X, para assim identificar se uma estará causando a outra. 3.3. Testes de Cointegração Conforme Greene (2003), alguns estudos empíricos da macroeconomia, na maioria das vezes, envolvem variáveis não estacionárias e com tendência, assim, a forma apropriada de se trabalhar com elas, é utilizando o método da diferenciação ou outros mecanismos de diferenciação, ou seja, transformando-as em estacionárias e aplicando o método VAR, ou Box and Jenkins. Em estudos recentes já se verifica uma forma mais adequada de analisar a tendência das variáveis, assumindo que os distúrbios são estacionários e o ruído branco, porém, tal comportamento é verificado somente quando a variável dependente é co-integrada com a explanatória. Para verificar a existência de co-integração o presente artigo utilizou a abordagem de Johansen (1988) mas, existe também outra abordagem para esse teste, a de Engle e Granger (1987). Segundo Harris e Sollis (2004), a técnica de Johansen (1988, 1995) é um passo essencial para os modelos de estimação para séries temporais, uma implicação de não estacionaridade entre variáveis pode levar a regressões espúrias, ao menos que exista um vetor de cointegração, o que torna o teste um procedimento obrigatório. Os autores apresentam o modelo da seguinte maneira: (3) Onde zt é o vetor (n x 1) de n variáveis endógenas potenciais e cada Ai é uma matriz de parâmetros (n x n), sendo esse o tipo de modelo VAR qual será exposto posteriormente, ao reconfigurar a equação para o Modelo de Correção de Erro (VECM) chega-se na seguinte forma: (4) onde Γi = – ( I – A1 – ... – Aj) para i= 1, ..., k – 1) e Π = – ( I – A1 – ... – Ak). Nesse caso, assume-se que o vetor zt seja não estacionário I(1) e I(0) em primeira diferença, que Πzt-k 7 Parnaíba, 06 a 08 de novembro de 2013, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural – VIII SOBER Nordeste VIII SOBER Nordeste Pluralidades Econômicas, Sociais e Ambientais: interações para reinventar o Nordeste rural Parnaíba – PI / deva ser estacionária e o termo de erro ut I(0) e ruído branco. Desse modo, caso o rank da matriz Π seja nula o modelo não apresentará vetores de cointegração. Conforme proposto pelo modelo de Johansen (1988, 1995), o número de raízes características (λ) diferentes de zero na matriz Π, quais corresponderão ao número de vetores de cointegração (r), poderão ser identificadas pelos testes do traço e o teste do máximo autovalor, quais são respectivamente especificados da seguinte maneira: (5) (6) em que T é o número de observações e λi a iésima raiz característica de Π. A estatística do traço testa a hipótese nula de que o número de vetores de cointegração devem ser inferiores ou igual a r e quanto mais distantes de zero forem os valores de λi mais elevado será o valor da estatística. Já a hipótese nula máxima testa o número de vetores de cointegração ser r e a hipótese alternativa de r +1. 3.4. Modelo de autoregressão vetorial Judge et al. (1988) apontaram que, em um modelo composto por variáveis endógenas, é possível se utilizar o recurso de equações simultâneas para especificar as relações intertemporais e a dinâmica dessas variáveis. Em certos momentos é possível incluir mais do que uma defasagem para cada variável do modelo, chegando-se à seguinte forma reduzida: (7) Em que para um modelo com duas variáveis e têm-se: (8) Segundo autores, a relação exposta em (7) é muito próxima ao modelo Autorregressivo tradicional (AR) adicionado a um vetor de intercepto ν. Assim, quando os vetores das variáveis são relacionados aos vetores defasados verifica-se modelo de Vetor Autorregressivo (VAR) de ordem p. Quando o sistema apresentar M variáveis, a especificação será a seguinte: e o vetor de erros , e . Nesse caso, os erros 8 Parnaíba, 06 a 08 de novembro de 2013, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural – VIII SOBER Nordeste VIII SOBER Nordeste Pluralidades Econômicas, Sociais e Ambientais: interações para reinventar o Nordeste rural Parnaíba – PI / apresentam as mesmas propriedades estocásticas do modelo AR ( ou seja, ruído branco. Segundo Harris (1995), o modelo VAR tornou-se mais notório por Sims (1980) com uma forma dinâmica de estimação das relações conjuntas de variáveis endógenas sem a imposição de restrições.O modelo de auto-regressão vetorial (VAR) desenvolvido por Christopher Sims pode ser definido da seguinte maneira: onde o vetor yt é [yt , zt]’. Fazendo as primeiras diferenças se obtêm: (9) Se todas as variáveis são estacionárias em primeira diferença, I(1), então todas M variáveis explicativas são I(0). Portanto, a matriz produzirá combinações lineares da variável yt. (GREENE, 2003) Gujarati (2006) ressalta que, devido à complexidade de se interpretar os coeficientes individuais do modelo VAR estimado, usualmente, adota-se a técnica denominada por Função Impulso a Resposta (IRF). A IRF rastreia a resposta da variável dependente no sistema VAR a choques no termo de erro, ou seja, identifica o impacto de choques no período atual para vários períodos no futuro. 3.5. Dados Os dados da pesquisa foram obtidos na SEAB-DERAL, em suas médias mensais, no período de agosto de 1994 a dezembro de 2011, totalizando 209 observações. Posteriormente, os preços foram corrigidos para dezembro de 2011 pelo Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna, IGP-DI/FGV. 4. RESULTADOS Para realização dos testes metodológicos e verificação dos resultados utilizou-se os softwares estatísticos Stata 10.0 da Statacorp LP e EViews 6 da QMS – Quantitative Micro Software. Para melhor compreensão dos dados em análise, segue Tabela 1 com as estatísticas descritivas das séries temporais de preços da mandioca nos níveis de mercado do atacado para fécula e do produtor para a raiz. Conforme SEAB (2011) no ano de 2003 a produção total da raiz no Paraná foi de 2.476.346 kg, e já com uma maior estabilização da oferta nas safras subsequentes, a produção 9 Parnaíba, 06 a 08 de novembro de 2013, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural – VIII SOBER Nordeste VIII SOBER Nordeste Pluralidades Econômicas, Sociais e Ambientais: interações para reinventar o Nordeste rural Parnaíba – PI / paranaense voltou a se equilibrar, e no ano de 2007 chegou ao patamar de 3.377.008 kg. Conforme a Tabela 01 o preço médio recebido pelo produtor foi de R$ 0,19 kg (R$193,75/t) de raiz, sendo o preço máximo da série de R$ 0,49 kg (R$490,98/t) em fevereiro de 2004 ,quando os preços registraram as maiores altas, e o preço mínimo de R$ 0,08 kg (R$ 81,82/t) em outubro de 2001. Tabela 1 – Estatística Descritiva dos preços da fécula de mandioca no atacado e do preços da raiz pago ao produtor período de agosto de 1994 a dezembro de 2011 Estatísticas Preço Fécula - Atacado Preço Raiz – Produtor Média 1,366 0,194 Máximo 2,695 0,491 Mínimo 0,730 0,082 Desvio-padrão 0,406 0,076 Assimetria 0,780 1,294 Curtose 3,356 5,096 209 209 Observações Fonte: Resultados da pesquisa com dados fornecidos pela SEAB/DERAL (2011). Os preços da fécula de mandioca no atacado seguem os mesmos comportamentos do preço da raiz pago ao produtor. Nesse caso, o repasse de preços foi instantâneo de forma que o valor máximo também foi em fevereiro de 2004, com R$ 2,69 kg (R$ 67,37/25 kg) e o mínimo no mês anterior, em setembro de 2001 com R$ 0,73/kg (R$18,25/25 kg). Nessa série desvio padrão foi de 0,406 e o preço médio de R$ 1,36/kg (R$ 34,14/25 kg), indicando uma estabilidade um pouco maior que ao produtor. O Gráfico 1 mostra que os anos de 2003 e 2004 foram os que apresentaram maiores preços da série, justificados pela oferta e estoques reduzidos. Observa-se também, no ano de 2010 e final 2009, que os preços voltaram a se elevar devido os excessos de chuva no período de janeiro de 2010 e a consequente redução da oferta, aliada ao ligeiro aumento da demanda dos compradores da matéria-prima para repor os estoques. (FELIPE; ALVES; CAMARGO, 2010). Segundo Eduardo Pasquini, ex-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca - ABAM a justificativa para os preços abaixo da média nos anos de 2001 e 2002 foi a de elevada oferta da raiz nesses períodos, quando já se imaginava que esse comportamento teria consequências, e foi que realmente aconteceu, levando a queda nos 10 Parnaíba, 06 a 08 de novembro de 2013, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural – VIII SOBER Nordeste VIII SOBER Nordeste Pluralidades Econômicas, Sociais e Ambientais: interações para reinventar o Nordeste rural Parnaíba – PI / preços pagos ao produtor e o consequente desestímulo de plantio ou até mesmo de colheita da mandioca nos períodos sequentes. Dessa forma a oferta que crescia desde 1998 caiu resultando na alta dos preços nas safras de 2003 e 2004. Com a finalidade de reduzir os prejuízos dos compradores de matéria-prima, a ABAM programou nesse período uma campanha de incentivos para atrair o produtor e elevar a oferta (PORTO, 2003). Conforme os dados coletados e a análise proposta por Barros (2004) verifica-se que a produção da raiz é sensível a preços, de forma que os momentos de baixa nos preços levam a um desestímulo de plantio, e à consequente redução na oferta. Portanto, os preços se elevam e os produtores voltam a produzir ou até mesmo colher uma maior quantidade da raiz, aumentando a oferta do produto e resultando novamente na queda nos preços. Assim, forma- 0 1 2 3 se o clico oferta preços da mandioca. 1995m1 2000m1 2005m1 2010m1 time FEC RAIZ Gráfico 1 - Variações dos preços da mandioca raiz (preço pago ao produtor) e da fécula de mandioca no atacado para o período de agosto de 1994 a dezembro de 2011. (Valores corrigidos para dez./2011 pelo IGP-DI) Fonte: Dados básicos SEAB/DERAL. Elaboração dos autores. Ressalta-se que ao analisar os picos e vales sinalizados do Gráfico 01, sugere-se uma possível relação de causalidade entre os preços analisados, pois esses seguem a mesma relação de alta e baixa nos preços. O teste de causalidade de Granger confirmará tal relação e identificará o comportamento da causalidade entre os preços. 11 Parnaíba, 06 a 08 de novembro de 2013, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural – VIII SOBER Nordeste VIII SOBER Nordeste Pluralidades Econômicas, Sociais e Ambientais: interações para reinventar o Nordeste rural Parnaíba – PI / Para aplicação do teste de causalidade de Granger é necessário que as séries temporais estudadas sejam estacionárias, para tal, realizou-se o teste Dickey-Fuller Aumentado (ADF), para posteriormente identificar a direção da causalidade no sentido de Granger. O teste ADF foi estimado para os casos da série sem intercepto e com tendência, sem tendência e o modelo completo (com tendência e com intercepto), utilizando-se a defasagem ("lags") de zero (0) a doze (12). Ressalta-se ser necessário especificar o número de lags que o modelo deve apresentar tanto para elaboração dos testes de raiz unitária quanto para os de cointegração. Portanto, por meio do teste DF-GLS realizou-se o calculo dos lags com as séries logaritimizadas, e os critérios de Akaike e Schuartz indicam uma (1) defasagem. A Tabela 2 mostra os resultados dos testes de raiz unitária obtidos pelo teste ADF, para as duas séries . Tabela 2 – Teste de Raiz Unitária de Dickey-Fuller Aumentado (ADF) e a ordem de integração Série Laga ADF τ Ordem de τµ ττ Integração Nível Lnfec 1 -2,34929 -3,0037 -2,98325 I(1) Lnraiz 1 -0,89304 -3,22148 -3,36798 I(1) Primeira diferença Dlnfec 1 -10,2263* -10,2057* -10,1948* I(0) Dlnraiz 1 -7,66667* -7,65122* -7,63217* I(0) *Rejeita-se a hipótese nula de raiz unitária ao nível de 1% de significância. a Para definir o número de lags utilizou-se a menor defasagem conforme o Critério de Akaike e Schwartz. Os valores em destaque são as melhores opções indicada pelo Critério Akaike. Fonte: Informações da pesquisa. Os resultados indicam que as séries sejam não estacionárias em nível, porém estacionárias nas primeiras diferença, o que significa dizer que, as séries em nível são integradas de ordem 1, ou seja, são I(1). E por meio do menor Critério Akaike selecionou-se como o melhor, o modelo sem intercepto e sem tendência. Após identificar o comportamento das séries e o melhor modelo, partiu-se par as três técnicas de análise: 1) análise de cointegração; 2) teste de Causalidades de Granger e 3) a estimação de Funções Impulso a Resposta. 12 Parnaíba, 06 a 08 de novembro de 2013, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural – VIII SOBER Nordeste VIII SOBER Nordeste Pluralidades Econômicas, Sociais e Ambientais: interações para reinventar o Nordeste rural Parnaíba – PI / A Tabela 3 apresenta os valores obtidos para os testes do traço e do λ máximo, baseado no método de Johansen, para definir o número de equações cointegradas. Tabela 3 – Teste de Johansen para co-integração Testes λ máximo Traço Hipótese Hipótese Hipótese Hipótese Nula Alternativa Nula Alternativa r<=0 r>0 11,7379 r=0 r=1 8,2969 r<=1 r>1 3,4410 r=1 r=2 3,4410 Modelo com 2 defasagens, * significativo a 5% Fonte: Informações da pesquisa. Constatou-se que nenhuma das duas variáveis são cointegrada. Em ambos os testes não se rejeita a Hipótese Nula de nenhuma cointegraçã em favor de uma cointegração e de uma cointegração em favor de 2. Com isso, os resultados apontaram que no longo prazo as séries não possuem uma relação de equilíbrio. A Tabela 4 demonstra os resultados do teste de causalidade de Granger, que objetiva identificar a relação se causalidades no sentido de Granger entre as variáveis: preços da fécula de mandioca no atacado e preço da raiz de mandioca em nível do produtor. Como verificado no teste ADF, o teste foi realizado com as séries em primeira diferença. Tabela 4 –Teste de causalidade de Granger X2 Probabilidade dlnraiz não causa dlnfec 19,832 0,000 Rejeita dlnfec não causa dlnraiz 0,32246 0,570 Não Rejeita Hipótese Nula Resultado Fonte: Informações da pesquisa. Os valores obtidos para a estatística Quiquadrado indicam que há uma relação de causalidade, no sentido de Granger, dos preços da raiz pagos aos produtores sobre os preços da fécula de mandioca no atacado, ou seja, rejeitou-se a hipótese nula de que não há causalidades entre as séries. Isso pode ser justificado pelo fato da mandioca raiz ser a principal matéria-prima da fécula, e assim, um dos determinantes de seus respectivos preços. 13 Parnaíba, 06 a 08 de novembro de 2013, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural – VIII SOBER Nordeste VIII SOBER Nordeste Pluralidades Econômicas, Sociais e Ambientais: interações para reinventar o Nordeste rural Parnaíba – PI / Porém, não foi possível identificar uma relação de causalidade bilateral, no sentido de Granger, pois não se rejeitou a hipótese nula de que não há causalidade dos preços da fécula no atacado sobre os preços da raiz pagos ao produtor. Deduzindo que devido às características fisiológicas da mandioca e sua baixa capacidade de armazenamento, o principal determinante dos preços pago ao produtor é a própria oferta da raiz. Como as séries em estudo apresentam uma frequência mensal, utilizou-se para as análises impulso-resposta um período que corresponde a 12 meses depois da ocorrência de um choque. O comportamento das estimações das Funções Impulso a Resposta, podem ser observados na Figura 1. Figura 1 – Funções de Resposta para os preços da fécula no atacado e o preços da raiz pago a produtor Fonte: Informações da pesquisa. A análise impulso-resposta para os preços da fécula no atacado revela que um choque não antecipado no seu preço causa um elevado impacto positivo em si próprio no primeiro mês, tornado-se constante nos próximos meses, porém, não causa nenhum efeito sobre os preços da raiz paga ao produtor. Em relação ao efeito de um choque no preço da raiz de mandioca paga ao produtor, observa-se um aumento nos preços da fécula no atacado durante os primeiros meses, seguido 14 Parnaíba, 06 a 08 de novembro de 2013, Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural – VIII SOBER Nordeste VIII SOBER Nordeste Pluralidades Econômicas, Sociais e Ambientais: interações para reinventar o Nordeste rural Parnaíba – PI / por uma queda nos preços até seu nível inicial, e um aumento em seu próprio preço que, diferentemente da fécula, não é eliminado ao longo de um ano. 5. CONCLUSÃO O presente trabalho teve como objetivo examinar a relação de preços da mandioca raiz e dos preços da fécula no atacado para o estado do Paraná no período de agosto de 1994 a dezembro de 2011, e especificamente realizar um estudo empírico da causalidade dos preços e da intensidade dos repasses nos preços entre o mercado da raiz com o da fécula de mandioca. Para tal, utilizou os seguintes mecanismos: a análise de preços das séries em estudo; teste de cointegração; teste de Causalidades de Granger e a estimação de Funções Impulso a Resposta. O teste de cointegração, baseado do método de Johansen, revelou que as séries não possuem relação de equilíbrio no longo prazo. Com o teste de Causalidades de Granger, pôdese identificar que o preço do produtor influencia o preço da fécula no atacado, no sentido da causalidade Granger, porém essa relação não é bicausal. Pois o principal determinante dos preços pago ao produtor é sua própria oferta da raiz. E com base nas estimações das Funções Impulso a Resposta confirmou-se que os efeitos de choques não antecipados no preço da fécula no atacado tem um grande impacto positivo no seu próprio preço. Já os choques não antecipados no preço da raiz pago ao produtor além de impactar seu próprio preço, gera um aumento momentâneo nos preços da fécula nos primeiros meses, que posteriormente voltam ao seu nível inicial. Desse modo, conclui-se que devido às características fisiológicas da mandioca e sua baixa capacidade de armazenamento, o principal determinante dos preços pago ao produtor é a oferta da raiz. No que diz respeito aos preços da fécula, essa segue o mesmo comportamento da raiz, diferenciando-se somente conforme sua estrutura de mercado e nível de concorrência. REFEÊNCIAS AGUIAR, D. R. D.; FIGUEIREDO, A. M. F. Análise Econométrica do Poder de Mercado no Varejo Alimentar Brasileiro. In: Congresso SOBER (Sociedade Brasileira de Economia Administração e Sociologia Rural. 48. 2010. Campo Grande. Anais eletrônicos. Campo Grande: UFMS, 2010. 1 CD-ROM. ALVES, A.; CASIAN, R. L.; STUART, G.; VALDUGA; E. 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