13. DEERE & COMPANY
John Deere é uma das empresas líderes mundiais na fabricação de
máquinas agrícolas. Ao longo dos anos, consolidou-se no mercado de
equipamentos para construção. A empresa também fornece serviços financeiros,
como crédito para comercialização de seus produtos e serviços.
A John Deere, reconhecida pela liderança mundial em sistemas
mecanizados agrícolas e uma das 5 mais antigas corporações americanas, opera
32 fábricas, em 12 países. Seu faturamento global, no exercício terminado em
2000, superou os US$ 13 bilhões.
No Brasil, igualmente, a empresa conquistou a liderança sul-americana na
produção de colheitadeiras, na fábrica de Horizontina/RS, que igualmente produz
tratores e plantadeiras, contando ainda, com a unidade industrial em Catalão/GO,
onde são produzidas as colheitadeiras de cana Cameco e a Divisão de Fundidos,
em Santo Ângelo/RS.
Na área financeira, a John Deere Brasil disponibiliza a estrutura creditícia
do Banco John Deere, com sede em Porto Alegre/RS. Além dos Estados Unidos,
está presente na África do Sul, Alemanha, Argentina, Brasil, Canadá, China,
Espanha, França, Holanda, Índia e México. Também tem escritórios de vendas
nos EUA e em 11 países: África do Sul, Alemanha, Austrália, Canadá, China,
Espanha, França, Inglaterra, Itália, México e Uruguai.
A divisão agrícola inclui tratores, implementos para o preparo do solo,
plantadeiras, cultivadores mecânicos, pulverizadores, colheitadeiras de grãos e de
algodão e equipamentos para fenação e ensilagem. A divisão de equipamentos
para construção, produz e comercializa equipamentos pesados para a construção,
obras públicas, movimentação de materiais e florestamento. Além disso a divisão
de motores e de peças, bem como a divisão de crédito, dão suporte aos produtos
vendidos e comercializados sob seu nome.
Os equipamentos agrícolas responderam por 45% do faturamento do ano
2000, equipamentos comerciais e de consumo, 23%, equipamentos de
construção, 17% e serviços financeiros e outros, 15%. Ao final do ano 2000 as
vendas da Deere & Company foram de US$ 13.140 bilhões de dólares. Isso
representa um aumento de 11.8% em relação ao ano de 1999, quando a empresa
vendeu US$ 11.750 bilhões.
No ano de 1945 nasce a Schneider Logemann & Cia.Ltda., em Horizontina
(RS), esta empresa que dará origem à operação industrial que hoje simboliza a
presença da John Deere no Brasil. Foi em 1979 que a John Deere fez seu
primeiro investimento direto no Brasil, representativo de 20% na então formada
SLC S.A. – Indústria e Comércio, resultado da associação com a empresa local
Schneider Logemann & Cia. Ltda.
Em 1996, a John Deere aumenta sua participação para 40% e a empresa
adota a razão social SLC – John Deere S.A., marca que passa a identificar
também os produtos oferecidos ao mercado local.
O controle acionário total, no entanto, é transferido à Deere & Company
em 1999, quatro anos após o início da fabricação da linha de tratores no Brasil.
A John Deere Brasil S.A. quer atingir até 2004 a liderança nas vendas de
tratores no Brasil. A empresa é líder na venda de colheitadeiras ao deter, em
média, 40% do mercado interno e 60% do total das exportações brasileiras. No
último ano, os tratores da marca John Deere representaram 14% do mercado
nacional e 25% do total exportado pelo País. Para atingir seus objetivos, a John
Deere está agregando à sua linha de tratores significativas inovações tecnológicas
para o segmento de alta potência, ampliando sua oferta que abrange variadas
potências entre 75 a 175 cv. Firme em sua política de investimentos em
tecnologia, a John Deere Brasil S.A. reafirma seu compromisso em investir R$ 40
milhões anuais em desenvolvimento de produtos e modernização de fábricas até
2005. No ano passado, a companhia investiu R$ 80 milhões e agregou à sua linha
de produção inovações.
No segmento de colheitadeiras, a SLC-John Deere liderou as exportações
brasileiras com 54,5% do mercado externo e 31% de crescimento de janeiro a
outubro de 2000, comparado ao mesmo período de 1999. O crescimento se deve
a uma pequena recuperação no mercado argentino e paraguaio e à reconquista
do mercado centro-americano. A empresa exporta também para África, Japão e
Turquia, mas o grande projeto está vinculado a parceira Deere da Alemanha.
Desde 1997, a empresa colocou 1.112 máquinas na Europa através do
acordo com a parceira John Deere Zweibrucken, que oferece apoio logístico,
suporte técnico e reposição às colheitadeiras gaúchas produzidas em Horizontina.
Do faturamento de R$ 420 milhões previsto para este ano, a empresa calcula que
perto de 40% virá do mercado externo. A expectativa leva em conta a participação
da SLC-John DEERE também no mercado de tratores, um segmento em que a
empresa entrou apenas em 1996. As exportações de tratores restringem-se
basicamente à Argentina que produz motores, eixos e reduções finais para as
máquinas, que depois retornam completas. A empresa é dona de 42,7% do
mercado doméstico de colheitadeiras e de 14% do mercado de tratores. O Rio
Grande do Sul concentra perto de 60% da produção nacional de máquinas e
implementos para o campo.
De janeiro a outubro do ano passado, o mercado nacional de máquinas
agrícolas cresceu 19,5% em relação ao mesmo período de 1999. Nos dez meses
do ano, a produção consolidada foi de 23,2 mil tratores e 3,1 mil colheitadeiras. O
crescimento deve-se aos preços favoráveis das principais commodities e à
flexibilização dos juros e dos prazos de financiamento pelo Moderfrota, um
programa da Finame que financia máquinas agrícolas com juros mais baixos e
prazos mais longos. O recursos chegam ao campo a 8,75% ao ano para
tomadores com renda bruta anual de até R$ 250 mil e de 10,75% aos produtores
com renda bruta superior. As duas maiores montadoras do setor com sede no Rio
Grande do Sul trocaram de mãos há menos de quatro anos e assumiram o perfil
de empresas globais.
Primeiro a Agco comprou a Iochpe Maxion, e, em 1999, a Deere & CO.,
que já detinha 40% da SLC-John Deere, assumiu a totalidade da empresa. Dona
da marca de tratores Massey Ferguson, a mais vendida do planeta, ao comprar a
Maxion, a Agco recuperou também a licença do registro para o território brasileiro.
A empresa começou a pôr as mãos na marca líder mundial no segmento de
tratores, em 1992, quando incorporou a Massey Norte-Americana. Em 1994 veio a
consolidação, com a compra da Massey International. O grupo mantém quatro
centros mundiais de distribuição, com liberdade para buscar entre todas as
coligadas o melhor produto, pelo menor custo, o que estabelece uma concorrência
interna entre as empresas que formam o conglomerado. A partir de janeiro de
2001, a empresa passará a produzir em Canoas os modelos de tratores da Deutz
argentina. A Deutz, também incorporada pela Agco, foi desativada na Argentina e
a montagem das colheitadeiras passou para a unidade de Santa Rosa.
Os gastos com P&D na John Deere no ano 2000 foram de US$ 542
milhões, equivalente a 4.2% do total das vendas deste ano.
Empresa
Deere &
Company
Ano de Faturamento 2000 Vendas/Empregado
fundação
(US$ bilhões)
(US$)
1837
13.137
339.452
Gastos com P&D – 2000
(US$ milhões)
542.100
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